Buscar

Filosofia_Resumo_e_Questoes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Prof. Norberto Mazai 
Φ A Diferença no Pensar Φ 
 www.derphilosopher.supralus.com 
 
 
 
 
F I L O S O F I A 
Revisão geral / Vestibular 2009 - Unb 
 
 
 
 
Obs: Esse texto é apenas um breve resumo que não substitui o estudo detalhado dos 
livros indicados. 
 
 
1- Etimologia: 
 
 
Φ FILOSOFIA→ palavra de origem grega cunhada por Pitágoras ( philos = amigo; 
sophia = sabedoria ) 
 
O pensamento filosófico tem sua origem no THAUMA (espanto, admiração, 
perplexidade) 
 
 
 
2- Características da reflexão Filosófica: 
 
a) é radical: vai a raiz de todas as coisas, busca a origem; 
b) é rigorosa: possui um método, caminho; 
c) é de conjunto: dialoga com as outras áreas do conhecimento, totalidade, 
abrangência. 
 
 
 
3- Origem da Filosofia: 
 
A Filosofia nasce no berço do mundo grego como inauguração da razão que expressa a 
realidade. Foram fatores relevantes para o seu surgimento na Grécia: 
 
1- os gregos tinham uma situação geográfica favorável; 
2- surgimento da polis (organização social); 
3- a filosofia grega nasceu procurando desenvolver o logos em contraste com os 
mitos; 
4- ágora lugar de reuniões, reflexões; 
5- navegação e comércio. 
 
 
 
 
 
Prof. Norberto Mazai 
Φ A Diferença no Pensar Φ 
 www.derphilosopher.supralus.com 
 
4- Filosofia Antiga 
 
4.1- Pré- socráticos: cosmos / physis. 
 
4.2- Sofistas: “o homem é a medida de todas as coisas”(Protágoras). A verdade é 
relativa. 
 
4.3- Sócrates, Platão e Aristóteles: O Homem, Episteme, Ética, Política, Lógica. 
 
 
 
 
5- Pré- socráticos: 
 
 
Como surgiu o mundo? Qual a verdadeira origem do ser humano e da natureza? 
Por que existe uma determinada harmonia física entre o ser humano e a natureza? 
Estas e outras tantas perguntas também foram feitas pelos filósofos pré-socráticos, ou 
seja, os filósofos da natureza, os quais,contribuíram significativamente para com o 
pensamento ocidental. A respeito das principais características do pensamento pré-
socrático, complete as lacunas abaixo: 
1. Para Heráclito de Héfeso tudo está em 
constante______________movimento__________________. 
2. Segundo Tales de Mileto a ___água_______é o princípio primordial de todas as 
coisas. 
3. No pensamento de ______anaximandro______ o “apeíron é o ilimitado, indefinível 
e em movimento perpétuo, o princípio do processo cosmológico”. 
4. Para _____Pitágoras_________ o princípio de todas as coisas é o número. 
5. No entendimento de Demócrito todas as coisas que formam a realidade são 
constituídas por partículas invisíveis e indivisíveis, chamadas de 
_____átomos_________. 
6. Anaxímenes defendia a teoria de que o __ar__ é o elemento originante de todas as 
coisas: elemento vivo, que constitui as coisas através da condensação ou rarefação. 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Norberto Mazai 
Φ A Diferença no Pensar Φ 
 www.derphilosopher.supralus.com 
 
 
6- Sofistas: 
 
A carreira mais popular na Grécia naquela época era a habilidade na política. Assim, os 
sofistas concentraram seus esforços no ensino da retórica. Os objetivos dos jovens 
políticos que eles treinavam eram o de persuadir as multidões de tudo o que quisessem 
que elas acreditassem. A busca da verdade não era a sua prioridade. Consequentemente 
os sofistas se empenhavam em providenciar um estoque de argumentos sobre qualquer 
que fosse o assunto, ou ainda para provar qualquer posição. Vangloriavam-se de sua 
habilidade de fazer com que o pior parecesse melhor, de provar que preto era branco. 
Alguns sofistas como Górgias garantiam que não era necessário ter nenhum 
conhecimento sobre um determinado assunto para dar respostas satisfatórias em respeito 
a ele. Portanto, Górgias respondia com ostentação a qualquer questionamento que lhe 
faziam sobre qualquer assunto. Para obter seus fins, utilizava de linguagem evasiva. 
Dessa maneira, os sofistas tentavam envolver, enredar e confundir seus oponentes e até 
mesmo, se isso não fosse possível, derrotá-los por mera força e violência. Buscavam 
também sobrepujar-se por intermédio de metáforas rebuscadas, figuras de linguagem 
inusitadas, epigramas e paradoxos, isto é, sendo em geral mais astutos e sagazes ao 
invés de sinceros e verdadeiros. Através de Platão ficamos sabendo que havia um certo 
preconceito sobre o título de "sofista". Na época de Aristóteles esse título sustenta um 
significado de insolência à medida que define "sofista" como uma pessoa que faz uso da 
razão de maneira falsa para obter lucros. Protágoras de Abdera, nascido em cerca de 445 
a.C. é considerado como o primeiro Sofista. Outros que se destacaram foram Górgias de 
Leontini, Pródico de Ceos e Hípias de Elis. Onde quer que eles aparecessem, 
especialmente em Atenas, eram recebidos com entusiasmo e muitos se ajuntavam para 
ouvi-los. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Norberto Mazai 
Φ A Diferença no Pensar Φ 
 www.derphilosopher.supralus.com 
 
7- Sócrates 
 
Nascido em Atenas, Sócrates (469-399 a.C.) é tradicionalmente considerado um marco 
divisório da história da filosofia grega. Por isso, os filósofos que o antecederam são 
chamados pré-socráticos e os que o sucederam, de pós-socráticos. O próprio Sócrates 
não deixou nada escrito, e o que se sabe dele e de seu pensamento vem dos textos de 
seus discípulos e de seus adversários. O estilo de vida de Sócrates assemelhava-se ao 
dos sofistas, embora não vendesse seus ensinamentos. Desenvolvia o saber filosófico 
em praças públicas, conversando com os jovens, sempre dando demonstrações de que 
era preciso unir a vida concreta ao pensamento. Unir o saber ao fazer, a consciência 
intelectual à consciência prática ou moral. O autoconhecimento era um dos pontos 
fundamentais da filosofia socrática. “Conhece-te a ti mesmo”, frase inscrita no templo 
de Apolo, era a recomendação básica feita por Sócrates a seus discípulos. 
Sócrates percebe que a sabedoria começa pelo reconhecimento da própria ignorância. 
“Só sei que nada sei” é, para Sócrates, o princípio da sabedoria, atitude em que se 
assume a tarefa verdadeiramente filosófica de superar o enganoso saber baseado em 
idéias pré-concebidas. 
 Sua filosofia era desenvolvida mediante diálogos críticos com seus 
interlocutores. Esses diálogos podem ser divididos em dois momentos básicos: a ironia 
(do grego eironeia, perguntar fingindo ignorar) e a maiêutica (de maieutiké, relativo ao 
parto). 
Na linguagem cotidiana, a ironia tem um significado depreciativo, sarcástico ou de 
zombaria. Mas não é esse o sentido de ironia socrática. No grego, ironia quer dizer 
interrogação. Sócrates interrogava seus interlocutores sobre aquilo que pensavam saber. 
O que é o bem? O que é a justiça? São exemplos de algumas perguntas feitas por ele. 
Com habilidade de raciocínio, procurava evidenciar as contradições afirmadas, os novos 
problemas que surgiam a cada resposta. Seu objetivo inicial era demolir, nos discípulos, 
o orgulho, a ignorância e a presunção do saber. A ironia socrática tinha um caráter 
purificador na medida em que levava os discípulos a confessarem suas próprias 
contradições e ignorâncias, onde antes só julgavam possuir certezas e clarividências. 
Libertos do orgulho e da pretensão de que tudo sabiam, os discípulos podiam iniciar o 
caminho da reconstrução das próprias idéias. 
Prof. Norberto Mazai 
Φ A Diferença no Pensar Φ 
 www.derphilosopher.supralus.com 
 
Nesta segunda fase do diálogo, o objetivo de Sócrates era ajudar seus discípulos a 
conceberem suas próprias idéias. Essa fase do diálogo socrático, destinada à concepção 
de idéias, era chamada de maiêutica, termo grego que significa arte de trazer à luz. 
 
 
8- PLATÃO 
 
Platão parte do pressuposto que existem dois mundos. O primeiro é constituído por 
idéias eternas, invisíveise dotadas de uma existência diferente das coisas concretas. O 
segundo é constituído por cópias das idéias (coisas sensíveis). Com base neste 
pressuposto afirmou que os sentidos estão permanentemente a enganar-nos. A 
verdadeira realidade não nos é dada pelos sentidos, mas só pode ser intuída através da 
razão, e está no mundo das idéias. 
Em resumo, para Platão a realidade se dividia em duas partes. A primeira parte é o 
mundo dos sentidos, do qual não podemos ter senão um conhecimento aproximado ou 
imperfeito, já que para tanto fazemos uso de nossos cinco (aproximados e imperfeitos) 
sentidos. Neste mundo dos sentidos, tudo "flui" e, consequentemente, nada é perene. 
Nada é no mundo dos sentidos; nele, as coisas simplesmente surgem e desaparecem. A 
outra parte é o mundo das idéias, do qual podemos chegar a ter um conhecimento 
seguro, se para tanto fizermos uso de nossa razão. Este mundo das idéias não pode, 
portanto, ser conhecido através dos sentidos. 
 
 
 - A Alegoria da Caverna 
 
 Um dos principais escritos de Platão. Alguns dos possíveis temas/problemas 
abordados na Alegoria: 
 
 
conhecimento, amor, educação, ética, corporeidade e política 
 
 
Prof. Norberto Mazai 
Φ A Diferença no Pensar Φ 
 www.derphilosopher.supralus.com 
 
 
MUNDO das IDÉIAS x MUNDO MATERIAL 
⇓⇓⇓⇓ ⇓⇓⇓⇓ 
Imaterial Aparência 
Eterno Sombra 
Imutável Crença 
Conhecimento Opinião 
Verdade Ilusão 
 
 
9- FILOSOFIA MEDIEVAL 
 
Durante a Idade Média a Igreja, grande detentora do poder ideológico, explicava através 
da fé todos os fenômenos e acontecimentos. Na grande maioria das vezes estes eram 
castigos divinos ou milagres, verdades inquestionáveis escritas na Bíblia. O bom 
homem na Idade Média era aquele que não questionava, submisso a Deus, aceitava 
todas essas verdades e por elas, se preciso fosse, lutaria e morreria bravamente. 
 
- Fé x Razão ( teologia x filosofia) – (teocentrismo) 
- Duas correntes: patrísitica e escolástica 
- Patrística (padres da Igreja): maior representante é Sto. Agostinho. 
- Escolástica (escola): maior representante São Tomás de Aquino. 
 
 
10- FILOSOFIA MODERNA 
 
Filosofia de Descartes 
 
A Idade Moderna é marcada por uma série de transformações tanto na área cultural, 
religiosa, política e social quanto na área econômica. Tais transformações possibilitaram 
um novo modo do homem europeu conceber o mundo. O Período Moderno da história 
Prof. Norberto Mazai 
Φ A Diferença no Pensar Φ 
 www.derphilosopher.supralus.com 
 
do pensamento filosófico marca uma reviravolta, tanto na maneira de se produzir o 
conhecimento e as técnicas, quanto na maneira de as nações se organizarem comercial e 
socialmente. Com a dúvida metódica, Descartes, em o “Discurso do Método”, procura 
estabelecer os princípios de um método, de análise e de desenvolvimento do 
conhecimento, que não esteja apoiado nas orientações flutuantes dos sentidos, mas que 
se apóiem no uso ordenado da razão ( cogito ). 
 
 
 
As regras: 
 
 1° regra da evidência: “Jamais admitir coisa alguma como verdadeira se não 
reconheço evidentemente como tal”; a não ser que se imponha a mim como evidente, de 
modo claro e distinto, não me permitindo a possibilidade de dúvida. Em outras palavras, 
precisamos evitar toda precipitação e todos os preconceitos. Só devo aceitar o que for 
evidente, quer dizer, aquilo do qual não posso duvidar. 
 
 2° regra da análise: “Dividir cada uma das dificuldades em tantas parcelas 
quantas forem possíveis”. 
 
 3° regra da síntese: “Concluir por ordem meus pensamentos, começando pelos 
objetos mais simples e mais fáceis de serem conhecidos para, aos poucos, como que por 
degraus, chegar aos mais complexos”. 
 
 4° regra do desmembramento/inventariar: “Para cada caso, fazer 
enumerações o mais exatas possíveis... a ponto de estar certo de nada ter omitido” (Cf. 
Discurso do Método, II Parte). 
 
 
 
 
 
Prof. Norberto Mazai 
Φ A Diferença no Pensar Φ 
 www.derphilosopher.supralus.com 
 
 
⇒⇒⇒⇒ As partes da obra “Discurso do Método” – seis partes. 
 
 Na primeira, encontrar-se-ão diversas considerações atinentes às ciências. 
 Na segunda, as principais regras do método. 
 Na terceira, algumas das regras da moral que tirou desse método. 
 Na quarta, as razões pelas quais prova a existência de Deus e da alma humana, 
que são o fundamento de sua metafísica. 
 Na quinta, a ordem das questões de física que investigou, e, particularmente, a 
explicação do movimento do coração e algumas outras dificuldades que concernem à 
Medicina, e depois, também a diferença que há entre nossa alma e a dos animais. 
 E, na última, que coisas crê necessárias para ir mais adiante do que foi na 
pesquisa da natureza e que razões o levaram a escrever. 
 
 
 
⇒⇒⇒⇒ A questão do corpo e da alma: 
 
 - A essência do homem está no pensamento. Descartes considera, pelo Cogito 
( o pensamento), a natureza do SUM ( a existência ). Dualismo de espírito e matéria. 
 
 - O animal possui como o homem o corpo… o homem, porém, possui a alma ( 
linguagem e liberdade ). 
 
 - Funcionamento do corpo ( máquina ) – coração. 
 
 - Um aspecto importante na filosofia de Descartes é sua concepção de homem 
em dualidade corpo-espírito. O universo consiste de duas diferentes substâncias: as 
mentes, ou substância pensante, e a matéria, a última sendo basicamente quantitativa, 
teoreticamente explicável em leis científicas e fórmulas matemáticas. 
 
 
Prof. Norberto Mazai 
Φ A Diferença no Pensar Φ 
 www.derphilosopher.supralus.com 
 
⇒⇒⇒⇒ A dúvida cartesiana: 
 
 - Não é qualquer tipo de dúvida, ela é metódica; bem diferente das dos céticos. 
 
 - A dúvida é o método de sua filosofia. 
 
 - É preciso por em dúvida todas as coisas, pelo menos uma vez na vida, diz 
Descartes. 
 
 
 
Empirismo 
 
Os defensores do empirismo afirmam que a razão, a verdade e as idéias racionais 
são adquiridos por nós através da experiência. Antes da experiência, dizem eles, 
nossa razão é como uma “folha em branco”, onde nada foi escrito; uma “tábula 
rasa”, onde nada foi gravado, como uma cera sem forma e sem nada impresso nela, 
até que a experiência venha escrever na folha, gravar na tábula, dar forma à cera. 
 
- Maior representante é John Locke. 
- Emperia / experiência. 
- “Nada vem a mente sem antes ter passado pela experiência” 
 
 
 
11- FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA 
 
Abrange o pensamento filosófico que vai de meados do século XIX e chega aos nossos 
dias. Esse período, por ser o mais próximo de nós, parece ser o mais complexo e o mais 
difícil de definir, pois as diferenças entre as várias filosofias ou posições filosóficas nos 
parecem muito grandes porque as estamos vendo surgir diante de nós. 
 
Prof. Norberto Mazai 
Φ A Diferença no Pensar Φ 
 www.derphilosopher.supralus.com 
 
Nietzsche 
 
Principais obras: Assim falou Zaratustra – 1883-85 ( onde expõe a idéia do 
eterno retorno e da derrota da moral cristã pelo super-homem ); A Origem da 
Tragédia – 1872 – seu primeiro livro onde faz uma crítica a cultura grega e sua 
influência no desenvolvimento do pensamento ocidental. Em 1888 o Crepúsculo dos 
Ídolos – como filosofar a marteladas. 
 
⇒⇒⇒⇒ Para Nietzsche existem dois espíritos antagônicos: o apolíneo e o dionisíaco. 
 
 a) Dionisíaco: o deus da música e da embriaguez, o deus que não habita o 
Olimpo (reino do racionalismo); é a força vital, a alegria o excesso; a ação, a emoção o 
sentimento. 
 
 b) Apolíneo: o surgimento da filosofia representa o que Nietzsche chama o 
espírito apolíneo, derivado de Apolo, o severo deus da racionalidade, da medida, da 
regra, da lei, do método, do equilíbrio, da moralidade. 
 
 Segundo nossofilósofo, o papel da filosofia seria libertar o homem dessa 
tradição (apolínea) para encontrar-se com o niilismo. 
 
O que é niilismo? 
Do latin – Nihilismus. Doutrina segundo a qual não existe qualquer verdade moral ou 
hierarquia de valores. Em Nietzsche é empregado como para qualificar sua oposição 
radical aos valores morais tradicionais e às tradicionais crenças. Os valores devem ser 
afirmativos da existência real do homem, de sua vontade e não da tradição. 
 
⇒⇒⇒⇒ A decadência dos valores teria surgido com Sócrates, que elevou a questão da moral 
ao comportamento humano, desvinculando-o do prazer que deveria ser buscado por 
todos. 
Prof. Norberto Mazai 
Φ A Diferença no Pensar Φ 
 www.derphilosopher.supralus.com 
 
 ⇒⇒⇒⇒ A moral defendida por Nietzsche é radical, anticristã e o seu objetivo é o poder, a 
força e vê na compaixão uma fraqueza a ser combatida. 
 
O Eterno Retorno 
É a fórmula que pode sintetizar todo o pensamento de Nietzsche. Ele ataca o platonismo 
(dualismo platônico) e o paraíso cristão (mundo divino). Para ele só esse mundo é real 
com suas constantes mudanças. Há apenas perspectivas diferentes sobre um real em 
transformação e que se repete num eterno retorno → teste pelo qual o homem deveria 
passar: a vida, revivida inúmeras vezes, não trazendo nada de novo o que pode levar o 
homem à destruição ou exaltação, dependendo de sua capacidade para superar e admitir 
essa contínua repetição. Deve-se aceitar a vida como ela é. 
 
O super-homem 
Übermensche: aceitar a vida não é o mesmo que aceitar o homem. O super-homem é a 
vontade de poder, determinando a nova ordem de valores. É o líder guerreiro, altamente 
disciplinado. É o novo homem que quebrará as velhas cadeias e criará um novo sentido 
na terra. É o homem que vai além do homem. O cristianismo doma o espírito e 
enfraquece a vontade de poder, da conquista, da paixão. O santo cristão é o resultado do 
medo do inferno e não do amor à humanidade. 
 
⇒⇒⇒⇒ a racionalização histórica levava o homem a "perder-se ou destruir seu instinto 
fazendo com que ele não ouse soltar o freio do 'animal divino' quando a sua inteligência 
vacila e o seu caminho passa por desertos. 
 
⇒⇒⇒⇒ idéia da necessidade da formação de uma nova elite - não contaminada pelo 
cristianismo e pelo liberalismo - e que ao mesmo tempo os transcendesse, acometeu 
Nietzsche desde muito cedo. mostrou-se obcecado pela formação de uma seleta falange 
intelectual responsável pela transmutação de todos os valores, cuja obrigação e dever 
maior era a proteção de uma cultura superior ameaçada pela vulgaridade democrática. 
 
 
Prof. Norberto Mazai 
Φ A Diferença no Pensar Φ 
 www.derphilosopher.supralus.com 
 
O Crepúsculo dos Ídolos 
É obra que apresenta uma crítica aniquiladora de todas as "verdades" que se 
entronizaram no Ocidente. Crepúsculo do Ídolos é um dos escritos centrais de Nietzsche 
pela violência com que fustiga a religião, a política, a razão e a ciência, ao mesmo 
tempo que promove a imagem do homem vitalmente liberto. 
 
⇒⇒⇒⇒ “Não sou, por exemplo, nenhum bicho-papão, nenhum monstro de moral – sou até 
mesmo uma natureza oposta à espécie de homem que até agora se venerou como 
virtuosa. Entre nós, parece-me que precisamente isso faz parte de meu orgulho. Sou um 
discípulo do filósofo Dionísio, preferiria antes ser um sátiro do que um santo”. (Ecce 
Homo, prólogo). É assim que Nietzsche se descreve em sua autobiografia. Idolatrado 
por alguns, menosprezado por outros, ele é, de fato, um irreverente – ou talvez, melhor 
seria dizer, um extemporâneo. 
 
 
Q u e s t õ e s 
 
 
(UEL_2003) - “Tales foi o iniciador da filosofia da physis, pois foi o primeiro a afirmar 
a existência de um princípio originário único, causa de todas as coisas que existem, 
sustentando que esse princípio é a água. Essa proposta é importantíssima... podendo 
com boa dose de razão ser qualificada como a primeira proposta filosófica daquilo que 
se costuma chamar civilização ocidental.” 
(REALE, Giovanni. História da filosofia: Antigüidade e Idade Média. São Paulo: 
Paulus, 1990. p. 29.) 
 
A filosofia surgiu na Grécia, no século VI a.C. Seus primeiros filósofos foram os 
chamados pré-socráticos. De acordo com o texto, assinale a alternativa que expressa o 
principal problema por eles investigado. 
 
a) A ética, enquanto investigação racional do agir humano. 
 
b) A estética, enquanto estudo sobre o belo na arte. 
 
c) A epistemologia, como avaliação dos procedimentos científicos. 
 
d) A cosmologia, como investigação acerca da origem e da ordem do mundo. 
 
e) A filosofia política, enquanto análise do Estado e sua legislação. 
Prof. Norberto Mazai 
Φ A Diferença no Pensar Φ 
 www.derphilosopher.supralus.com 
 
 
 
 (UEL-2003) Ainda sobre o mesmo tema, é correto afirmar que a filosofia: 
 
a) Surgiu como um discurso teórico, sem embasamento na realidade sensível, e em 
oposição aos mitos gregos. 
 
b) Retomou os temas da mitologia grega, mas de forma racional, formulando 
hipóteses lógico-argumentativas. 
 
c) Reafirmou a aspiração ateísta dos gregos, vetando qualquer prova da existência de 
alguma força divina. 
 
d) Desprezou os conhecimentos produzidos por outros povos, graças à supremacia 
cultural dos gregos. 
 
e) Estabeleceu-se como um discurso acrítico e teve suas teses endossadas pela força da 
tradição. 
 
 
 
 
(UEL-2004) “Mais que saber identificar a natureza das contribuições substantivas dos 
primeiros filósofos é fundamental perceber a guinada de atitude que representam. A 
proliferação de óticas que deixam de ser endossadas acriticamente, por força da tradição 
ou da ‘imposição religiosa’, é o que mais merece ser destacado entre as propriedades 
que definem a filosoficidade.” (OLIVA, Alberto; GUERREIRO, Mario. Pré-socráticos: 
a invenção da filosofia. Campinas: Papirus, 2000. p. 24.) 
 
Assinale a alternativa que apresenta a “guinada de atitude” que o texto afirma ter sido 
promovida pelos primeiros filósofos. 
 
a) A aceitação acrítica das explicações tradicionais relativas aos acontecimentos 
naturais. 
 
b) A discussão crítica das idéias e posições, que podem ser modificadas ou 
reformuladas. 
 
c) A busca por uma verdade única e inquestionável, que pudesse substituir a verdade 
imposta pela religião. 
 
d) A confiança na tradição e na “imposição religiosa” como fundamentos para o 
conhecimento. 
 
e) A desconfiança na capacidade da razão em virtude da “proliferação de óticas” 
conflitantes entre si. 
 
 
Prof. Norberto Mazai 
Φ A Diferença no Pensar Φ 
 www.derphilosopher.supralus.com 
 
(UEL-2007) Tendo por base o método cartesiano da dúvida, é correto afirmar que: 
 
a) Este método visa a remover os preconceitos e opiniões preconcebidas e 
encontrar uma verdade indubitável. 
 
b) Ao engendrar a dúvida hiperbólica, o objetivo de Descartes era provar que suas 
antigas opiniões, submetidas ao escrutínio da dúvida, eram verdadeiras. 
 
c) A dúvida hiperbólica é engendrada por Descartes para mostrar que não podemos 
rejeitar como falso o que é apenas dubitável. 
 
d) Só podemos dar assentimento às opiniões respaldadas pela tradição. 
 
e) A dúvida metódica surge, no espírito humano, involuntariamente. 
 
 
 (UEL – 2007) “A filosofia grega parece começar com uma idéia absurda, com a 
proposição: a água é a origem e a matriz de todas as coisas. Será mesmo necessário 
deter-nos nela e levá-la a sério? Sim, e por três razões: em primeiro lugar, porque essa 
proposição 
enuncia algo sobre a origem das coisas; em segundo lugar, porque faz sem imagem e 
fabulação; e enfim, em terceiro lugar, porque nela, embora apenas em estado de 
crisálida, está contido o pensamento: ‘Tudo é um’. A razão citada em primeiro lugar 
deixa Tales ainda em comunidadecom os religiosos e supersticiosos, a segunda o tira 
dessa sociedade e no-lo mostra como investigador da natureza, mas, em virtude da 
terceira, Tales se torna o primeiro filósofo grego”. Fonte: NIETZSCHE, F. Crítica 
Moderna. In: Os Pré-Socráticos. 
Tradução de Rubens Rodrigues Torres Filho. São Paulo: Nova Cultural, 1999. p. 43. 
 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre Tales e o surgimento da filosofia, 
considere as afirmativas a seguir. 
 
Prof. Norberto Mazai 
Φ A Diferença no Pensar Φ 
 www.derphilosopher.supralus.com 
 
I. Com a proposição sobre a água, Tales reduz a multiplicidade das coisas e fenômenos 
a um único princípio do qual todas as coisas e fenômenos derivam. 
 
II. A proposição de Tales sobre a água compreende a proposição ‘Tudo é um’. 
 
III. A segunda razão pela qual a proposição sobre a água merece ser levada a sério 
mostra o aspecto filosófico do pensamento de Tales. 
 
IV. O Pensamento de Tales gira em torno do problema fundamental da origem da 
virtude. 
 
A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é: 
a) I e II 
b) II e III 
c) I e IV 
d) I, II e IV 
e) II, III e IV 
 
(UFMG-2007) A palavra Filosofia é resultado da composição em grego de duas outras: 
philo e sophia. A partir do sentido desta composição e das características históricas que 
tornaram possível, na Grécia, o uso de tal palavra, pode-se afirmar que: 
 
a) Sólon, mesmo sendo legislador, pode ser incluído na lista dos filósofos, visto que ele 
era dotado de um saber prático. 
 
b) a palavra, atribuída primeiramente a Parmênides, indica a posse de um saber divino e 
pleno, tornando os homens verdadeiros deuses. 
 
c) a Filosofia, como quer Aristóteles, é um saber técnico, possibilitando, pela posse ou 
não de uma habilidade, tornar alguns homens os melhores. 
 
d) a Filosofia, na definição de Pitágoras, indica que o homem não possui um saber, 
mas o deseja, procurando a verdade por meio da observação. 
Prof. Norberto Mazai 
Φ A Diferença no Pensar Φ 
 www.derphilosopher.supralus.com 
 
(UFSM-2006) Leia com atenção a citação e, em seguida, analise as assertivas. 
 
"E, tendo notado que nada há no eu penso, logo existo, que me assegure de que digo a 
verdade, exceto que vejo muito claramente que, para pensar, é preciso existir, julguei 
poder tomar por regra geral que as coisas que concebemos mui clara e mui 
distintamente são todas verdadeiras, havendo apenas alguma dificuldade em notar bem 
quais são as que concebemos distintamente." (DESCARTES, Discurso do Método. São Paulo: 
Abril Cultural, 1973. p. 55. Coleção "Os Pensadores") 
 
I- Este "eu" cartesiano é a alma e, portanto, algo mais difícil de ser conhecido do que o 
corpo. 
II- O "eu penso, logo existo" é a certeza que funda o primeiro princípio da Filosofia de 
Descartes. 
III- O "eu", tal como está no Discurso do Método, é inteiramente distinto da natureza 
corporal. 
IV- Ao concluir com o "logo existo", fica evidente que o "eu penso" depende das coisas 
materiais. 
 
Assinale a alternativa cujas assertivas estejam corretas. 
a) Apenas II e IV. 
b) I, II, IV. 
c) Apenas III e IV. 
d) Apenas II e III 
 
 
 
 
(UFMG-2005) A opinião (doxa, em grego), no pensamento de Platão (427-347 a.C.) 
representa um saber sem fundamentação metódica. É um saber que possui sua origem 
 
a) nos mitos religiosos, lendas e poemas da Grécia arcaica. 
b) nas impressões ou sensações advindas da experiência sensível. 
c) no discurso dos sofistas na época da democracia ateniense. 
d) num saber eclético, proveniente de algumas idéias dos filósofos pré-socráticos. 
 
O método argumentativo de Sócrates (469-399 a.C.) consistia em dois momentos 
distintos: a ironia e a maiêutica. Sobre a ironia socrática, pode-se afirmar que 
 
Prof. Norberto Mazai 
Φ A Diferença no Pensar Φ 
 www.derphilosopher.supralus.com 
 
I- tornava o interlocutor um mestre na argumentação sofística. 
II- levava o interlocutor à consciência de que seu saber era baseado em reflexões, cujo 
conteúdo era repleto de conceitos vagos e imprecisos. 
III- tinha um caráter purificador, à medida que levava o interlocutor a confessar suas 
próprias contradições e ignorâncias. 
IV- tinha um sentido depreciativo e sarcástico da posição do interlocutor. 
 
Assinale: 
 
a) se apenas a afirmação III é correta. 
b) se as afirmações I e IV são corretas. 
c) se apenas a afirmação IV é correta. 
d) se as afirmações II e III são corretas. 
 
(UFU-2007) Platão (428 – 347 a.C.), discípulo de Sócrates e mestre de Aristóteles, 
fundador da Academia, é até hoje um dos filósofos mais importantes da história da 
filosofia. Círculos culturais e intelectuais no mundo inteiro dedicam-se a estudar sua 
obra. 
Sobre o modo como Platão expressou seu pensamento, assinale a alternativa correta. 
a) Platão jamais escreveu textos filosóficos. 
b) Platão escreveu textos filosóficos na forma de romances. 
c) Platão escreveu textos filosóficos na forma de poesias. 
d) Platão escreveu textos filosóficos na forma de diálogos. 
 
(INSAF- 2005) Através da Filosofia, os gregos instituíram para o Ocidente europeu as 
bases e os princípios fundamentais do que chamamos razão, racionalidade, ciência, 
ética, política, técnica, arte (Marilena Chauí, Convite à Filosofia). Com base nessa 
afirmação, podemos afirmar, exceto: 
 
a. ( C ) Através dos mitos, os gregos antigos procuravam explicar a origem do mundo e 
dos fenômenos naturais. Aos poucos, estas explicações foram sendo substituídas por 
categorias lógicas e racionais. 
 
b. ( C ) Os primeiros filósofos gregos procuravam respostas para as questões sobre a 
origem ou o fundamento do mundo. Estes fazem parte da primeira fase da filosofia 
grega, conhecida como pré-socrática ou cosmológica. 
 
c. ( C ) No final do século V a.C. teve início a segunda fase da filosofia grega, conhecida 
como socrática ou antropológica. Nesse período, os filósofos passaram a se preocupar 
também com os problemas relacionados ao indivíduo e à organização da humanidade. 
 
Prof. Norberto Mazai 
Φ A Diferença no Pensar Φ 
 www.derphilosopher.supralus.com 
 
d. ( C ) Sócrates foi um dos filósofos mais procurados na Grécia Antiga, por ajudar as 
pessoas a resolverem seus problemas, levando-as a encontrarem suas próprias respostas. 
Por incentivar o raciocínio, foi perseguido pelas autoridades atenienses, julgado e 
condenado à morte. 
 
e.( E ) A filosofia grega tem em Heráclito de Éfeso o principal representante do que se 
configurou chamar de período sistemático, situado no século IV a.C. 
 
 
(derphilosopher-2008) Obras filosóficas e seus respectivos autores (cobradas pelo PAS 
1ª,2ª e 3ª etapas): 
 
 
OBRA / Temáticas AUTOR 
A República ( política, 
Justiça, ética, conhecimento) Platão 
Discurso do Método (conhecimento, método) Descartes 
Saber Cuidar (planeta, ética, cidadania,química 
física, filosofia, falta de cuidado) Boffe 
Alegoria da Caverna (o que é real, conhecimento, 
educação, política, ética) Platão 
Crítica da Razão Tupiniquim (filosofia no Brasil) Roberto Gomes 
Manifesto do Partido Comunista (burgueses e proletariados; 
luta de classses, ideologia, capitalismo) 
 Karl Marx e Engels 
Germinal (luta de classes, sindicatos) Émile Zola 
Cidadão de Papel (mazelas do Brasil, pobreza e 
desigualdades sociais) GilbertoDimestein 
O Homem que Calculava (povo árabe, matemática, 
lógica, idade média) Malba Tahan 
Crepúsculo dos Ídolos (crise da razão, ídolos falsos, 
filosofia a marteladas, contra dogmas) Nietzsche 
 
 
“Tales foi o iniciador da filosofia da physis, pois foi o primeiro a afirmar a existência de 
um princípio originário único, causa de todas as coisas que existem, sustentando que 
esse princípio é a água. Essa proposta é importantíssima... podendo com boa dose de 
razão ser qualificada como a primeira proposta filosófica daquilo que se costuma 
chamar civilização ocidental.”(REALE, Giovanni. História da filosofia: Antigüidade e 
Idade Média. São Paulo: Paulus, 1990. p. 29.) 
Prof. Norberto Mazai 
Φ A Diferença no Pensar Φ 
 www.derphilosopher.supralus.com 
 
(UEL-2003) A filosofia surgiu na Grécia, no século VI a.C. Seus primeiros filósofos 
foram os chamados pré-socráticos. De acordo com o texto, assinale a alternativa que 
expressa o principal problema por eles investigado. 
 
a) A ética, enquanto investigação racional do agir humano. 
b) A estética, enquanto estudo sobre o belo na arte. 
c) A epistemologia, como avaliação dos procedimentos científicos. 
d) A cosmologia, como investigação acerca da origem e da ordem do mundo. 
e) A filosofia política, enquanto análise do Estado e sua legislação. 
 
Ainda sobre o mesmo tema, é correto afirmar que a filosofia: 
 
a) Surgiu como um discurso teórico, sem embasamento na realidade sensível, e em 
oposição aos mitos gregos. 
b) Retomou os temas da mitologia grega, mas de forma racional, formulando 
hipóteses lógico-argumentativas. 
c) Reafirmou a aspiração ateísta dos gregos, vetando qualquer prova da existência de 
alguma força divina. 
d) Desprezou os conhecimentos produzidos por outros povos, graças à supremacia 
cultural dos gregos. 
e) Estabeleceu-se como um discurso acrítico e teve suas teses endossadas pela força da 
tradição. 
 
“Você está acompanhando, Sofia? E agora vem Platão. Ele se interessava tanto pelo que 
é eterno e imutável na natureza quanto pelo que é eterno e imutável na moral e na 
sociedade. Sim... para Platão tratava-se, em ambos os casos, de uma mesma coisa. Ele 
tentava entender uma ‘realidade’ que fosse eterna e imutável. E, para ser franco, é para 
isto que os filósofos existem. Eles não estão preocupados em eleger a mulher mais 
bonita do ano, ou os tomates mais baratos da feira. (E exatamente por isso nem sempre 
são vistos com bons olhos). Os filósofos não se interessam muito por essas coisas 
efêmeras e cotidianas. Eles tentam mostrar o que é ‘eternamente verdadeiro’, 
‘eternamente belo’ e ’eternamente bom’.” (GAARDER, Jostein. O mundo de Sofia. 
Trad. de João Azenha Jr. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 98.) 
Prof. Norberto Mazai 
Φ A Diferença no Pensar Φ 
 www.derphilosopher.supralus.com 
 
 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria das idéias de Platão, assinale 
a alternativa correta. 
 
a) Para Platão, o mundo das idéias é o mundo do “eternamente verdadeiro”, 
“eternamente belo” e “eternamente bom” e é distinto do mundo sensível no qual 
vivemos. 
 
b) Platão considerava que tudo aquilo que pode ser percebido diretamente pelos sentidos 
constitui a própria realidade das coisas. 
 
c) Platão considerava impossível que o homem pudesse ter idéias verdadeiras sobre 
qualquer coisa, seja sobre a natureza, a moral ou a sociedade, porque tudo é sonho e 
ilusão. 
 
d) Para Platão, as idéias sobre a natureza, a moral e a sociedade podem ser explicadas a 
partir das diferentes opiniões das pessoas. 
 
e) De acordo com Platão, o filósofo deve preocupar-se com as coisas efêmeras e 
cotidianas do mundo, tidas por ele como as mais importantes. 
 
(derphilosopher-2008) O Crepúsculo dos Ídolos é obra que apresenta uma crítica 
aniquiladora de todas as "verdades" que se entronizaram no Ocidente. Crepúsculo dos 
Ídolos é um dos escritos centrais de Nietzsche pela violência com que fustiga a religião, 
a política, a razão e a ciência, ao mesmo tempo que promove a imagem do homem 
vitalmente liberto. 
Julgue os itens: 
 
(C)(E) Os ídolos são expressões da condição humana diante da necessidade de 
referenciais. 
(C)(E) Os ídolos são interpretados como os marcos da sociedade contemporânea. 
(C)(E) As “verdades” críticas por Nietzsche são manifestações de toda indignação 
perante conhecimentos considerados pela sociedade como inadequados à condição 
humana. 
(C)(E) As “verdades” críticas por Nietzsche são manifestações de toda 
irracionalidade da sociedade contemporânea. 
Prof. Norberto Mazai 
Φ A Diferença no Pensar Φ 
 www.derphilosopher.supralus.com 
 
 (C)(E) Para Nietzsche, a decadência dos valores teria surgido com Sócrates, que 
elevou a questão da moral ao comportamento humano, desvinculando-o do prazer 
natural que deveria ser buscado por todos. 
(C)(E) O niilismo de Nietzsche conduz o homem ao encontro de novos valores que 
sejam afirmativos de sua existência real, de sua vontade de poder. 
(C)(E) Para Nietzsche, só este mundo é real, com suas cores e movimentos, em 
constante mudança. 
(C)(E) Segundo Nietzsche, existem dois elementos fundamentais: o espírito 
apolíneo, que representa a ordem, e o espírito dionisíaco, que representa o 
sentimento, a ação e a emoção. 
(C)(E) Para Nietzsche, o homem deveria escapar dos valores e das crenças 
tradicionais, como aqueles impostos pelo cristianismo. 
 
 
 
B i b l i o g r a f i a 
 
ABRANTES, Paulo. Imagens de Natureza, Imagens de Ciência. São Paulo: Papirus, 
1998. 
BATTISTI, Augusto César. O Método de Análise em Descartes. Da resolução de 
problemas à constituição do sistema do conhecimento. Cascavel: Edunioeste, 2002. 
BIRCHAL, de Souza Telma. Filosofia no vestibular / UFMG 2006. Belo Horizonte: 
UFMG, 2006. 
BLACKBURN, Simon. Dicionário Oxford de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar 
Editor, 1997. 
BURTT, A. Edwin. As Bases Metafísicas da Ciência Moderna. Brasília: Editora 
Universidade de Brasília, 1983. 
CHALITA, Gabriel. Vivendo a Filosofia. São Paulo: Ática, 2008. 
DESCARTES, René. Discurso do Método. São Paulo: Martins Fontes, 1999. 
GAARDER, Jostein. O mundo de Sofia. Trad. de João Azenha Jr. São Paulo: 
Companhia das Letras, 1995. 
GILSON, Étiene. A filosofia na Idade Média. São Paulo: Martins Fontes, 2001. 
GLEISER, Marcelo. A Dança do Universo. Dos Mitos de Criação ao Big-Bang. São 
Paulo: Companhia das Letras, 1998. 
LALANDE, André. Vocabulário Técnico e Crítico da Filosofia. São Paulo: Martins 
Fontes, 1999. 
Prof. Norberto Mazai 
Φ A Diferença no Pensar Φ 
 www.derphilosopher.supralus.com 
 
MARCONDES, Danilo. Iniciação à História da Filosofia. Rio de Janeiro: Zahar 
Editor, 1997. 
MAZAI, Norberto. Apostila de revisão para o Pás. Brasília: Mímeo, 2008. 
PLATÃO. República. São Paulo: Scipione, 2002. 
PLATÃO. A República. Livro VII. Brasília: UnB, 1996.

Outros materiais