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RelatorioPlanoAula 2 SUCESOES

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DIREITO CIVIL VI - CCJ0095
Semana Aula: 2
Sucessão e Herança
Tema
Sucessão e Herança
Palavras-chave
Objetivos
1-    Discorrer sobre a indivisibilidade da herança.
2-    Compreender a responsabilidade dos herdeiros.
3-    Conceituar cessão de direitos hereditários e compreender seus efeitos jurídicos.
4-    Estudar os efeitos da administração provisória da herança.
5-    Compreender a ordem de vocação hereditária e seus efeitos jurídicos.
Estrutura de Conteúdo
Indivisibilidade da herança.
Responsabilidade dos herdeiros.
Cessão de direitos hereditários.
Administração provisória da herança.
Vocação hereditária
Procedimentos de Ensino
O presente conteúdo pode ser trabalhado em uma única aula, podendo o professor dosá-lo de acordo com as condições (objetivas e subjetivas) apresentadas pela turma.
 
O professor deverá retomar os conceitos de sucessão e herança firmados na aula anterior, bem como os princípios estudados e, a partir deles, passar a explanar as questões referentes à administração da herança.
 
Deve-se lembrar que o momento da transmissão da herança é o exato momento do falecimento que gera a transferência abstrata do acervo, “oportunidade em que se opera a imediata e automática transmissão das relações jurídicas do ‘de cujus’ aos seus herdeiros. É a abertura da sucessão. [...]. O fato jurídico morte, pois, desencadeia uma série de atos a serem praticados para formalização e efetivação da sucessão (Francisco José Cahali, 2007, p. 52)”, atos que serão exercitados por meio do inventário, procedimento necessário para o exercício do direito sucessório (e que serão futuramente estudados com maior detalhe).
 
INDIVISIBILIDADE DA HERANÇA
 
Até que seja efetivada a partilha, a herança é considerada uma universalidade de direito, todo unitário e indivisível do qual os coerdeiros são considerados condôminos (art. 1.791, CC) e, por isso, são a ela aplicadas as regras referentes aos condomínios (uma vez que se trata de condomínio forçado).
 
Assim, “decorre da indivisibilidade imposta por lei a prerrogativa, para cada herdeiro [fato que não exclui a legitimidade do espólio representado pelo inventariante], de reclamar qualquer dos bens que compõem a herança de quem injustamente os possua. E assim agindo, mesmo sendo titular apenas de parte ideal do acervo, o herdeiro que teve a iniciativa beneficiará a todos os demais, não lhe sendo exclusivo o resultado”, natural de obrigações indivisíveis (Francisco José Cahali, 2007, p. 53).
 
Também se deve destacar que o herdeiro nunca responde ‘ultra vires hereditatis’, o que significa afirmar que não responderá por encargos superiores às forças da herança (art. 1.792, CC), incumbindo-lhe, no entanto, a prova do excesso (exceto quando o inventário demonstra desde logo o valor dos bens herdados).
 
CESSÃO DE DIREITOS HEREDITÁRIOS (OU CESSÃO DA HERANÇA)
 
Os direitos hereditários são incorporados no patrimônio dos sucessores a partir da abertura da sucessão (princípio da ‘saisine’[1]�). Por isso, a indivisibilidade desde então estabelecida é também determinante na cessão de direitos hereditários que é limitada à quota-parte (ou fração ideal) do herdeiro na herança, uma vez que ninguém pode transferir mais direitos do que tem. Vale também lembrar que a própria cessão de direitos hereditários faz presumir sua aceitação e, como ato ‘inter vivos’ só terá validade quando feita após a morte de quem lhe deu causa (art. 426, CC).
 
A cessão de direitos hereditários, prática comum, é novidade prevista no Código Civil de 2002 (arts. 1.973, 1.974 e 1.975, CC), uma vez que o Código de 1916 não se referia especificamente a ela, restringindo-se a determinar a aplicação das regras da cessão de crédito (art. 1.078, CC/16). Segundo Eduardo de Oliveira Leite (2007, p. 57) “o legislador brasileiro assumiu posição clara e precisa sobre o tema: a) admitiu a cessão do ‘direito à sucessão’, bem como do ‘quinhão hereditário de que disponha o coerdeiro’; b) via escritura pública [porque a herança é considerada um bem imóvel, art. 80, II, CC]”. O que se transfere a título oneroso ou gratuito, frise-se, é a titularidade do quinhão ou legado e não a qualidade do herdeiro (que é pessoal e intransmissível), o que significa afirmar que se o herdeiro adquiriu uma universalidade, seu cessionário o sucede nesta mesma universalidade.
 
Desta forma, admite-se que desde a abertura da sucessão o herdeiro possa transmitir seus direitos ou quinhão, independente de prévia partilha, desde que o autor da herança não lhe tenha realizado restrições como as decorrentes de cláusulas de inalienabilidade. No entanto, destaca Sílvio de Salvo Venosa (2011, p. 31) que “o objeto da cessão da herança é a universalidade que foi transmitida ao herdeiro. Destarte, não podia o herdeiro individualizar bens dentro dessa universalidade. Se houvesse essa individualização (e isso ocorre ordinariamente), não poderia o herdeiro, nesse negócio, garantir que esse determinado bem fosse atribuído na partilha ao cessionário, a não ser que todos os herdeiros e interessados concordassem, mas nem por isso se desvirtuaria o caráter da cessão, para a venda de um bem determinado. Nesse caso, haveria uma promessa de venda”.
 
Neste sentido, afirma o art. 1.973, §2o., CC, que “é ineficaz a cessão, pelo coerdeiro, de seu direito hereditário sobre qualquer bem da herança considerado singularmente”. O coerdeiro só pode ceder parte indivisa ou fração ideal, não podendo nunca alienar um bem singular do acervo sem consentimento dos demais coerdeiros.
 
Assim, sendo a cessão de herança uma forma de cessão de crédito, feita a título oneroso o herdeiro garante ao cessionário a existência da sua condição de herdeiro; sendo gratuita essa garantia só se aplicará se o herdeiro agiu de má-fé (art. 295, CC). Dessa forma, assim que realizada a cessão, ainda que não tenha sido feita a notificação dos demais herdeiros ou de terceiros, poderá o cessionário exercer todos os atos necessários à conservação de seu direito. Além disso, antes do inventário a cessão de herança é negócio aleatório e, por isso, não responde o herdeiro pela evicção.
 
Ressalva o art. 1.973, §1o., CC, que “os direitos, conferidos ao herdeiro em consequência de substituição ou de direito de acrescer; presumem-se não abrangidos pela cessão feita anteriormente”. Por isso, ocorrendo substituição ou direito de acrescer, o cedente continua herdeiro para efeitos sucessórios.
 
Também é “ineficaz a disposição, sem prévia autorização do juiz da sucessão, por qualquer herdeiro, de bem componente do acervo hereditário, pendente a indivisibilidade” (art. 1.973, §3o., CC). 
 
Sendo a coisa indivisa, não pode o coerdeiro ceder seus direitos a terceiros antes de dar preferência (legal e real) aos condôminos, se o fizer terá o coerdeiro direito de haver a quota cedida a estranho se depositada a integralidade do o preço em até 180 dias após a transmissão. Se vários herdeiros pretenderem exercer o direito de preferência o quinhão a ser cedido deve ser rateado proporcionalmente (de acordo com as respectivas cotas) entre todos  (arts. 1.794 e 1.795, CC).
 
INSTAURAÇÃO DO INVENTÁRIO
 
Ensina Eduardo de Oliveira Leite (2007, p. 60) que “o estado de indivisão, decorrente da abertura da sucessão, desaparece via inventário que, minucioso e exato, faz conhecer o complexo de bens transmitido pelo ‘de cujus’ aos herdeiros. Ele garante a igualdade dos quinhões, prepara a partilha e põe fim ao estado condominial”.
 
O art. 1.796, CC (art. 983, CPC), estabelece que o prazo para a instauração do inventário é de trinta dias contados da abertura da sucessão, devendo finalizar em até seis meses conforme previsto na lei processual, não estabelecendo a legislação civil penalidades para inobservância deste prazo. O foro competente será o do último domicílio do ‘de cujus’, ressalvadas as demais hipóteses já estudadas na aula anterior (arts. 89 e 96, CPC).
 
ADMINISTRAÇÃO PROVISÓRIA DA HERANÇA
 
O administrador provisório é quem tem a possedo espólio e a legitimidade ativa e passiva para representar a herança (art. 1.797, CC). A posse do administrador provisório só cessará quando o inventariante prestar o respectivo compromisso.
 
São legitimados a exercer a administração provisória: cônjuge (independente do regime de bens) ou companheiro; herdeiro que estiver na posse e administração dos bens (se mais de um estiver na posse dos bens, a preferência será do mais velho só se justifica se demonstrar que possui mais experiência); testamenteiro; pessoa de confiança do juiz (na falta ou desídia dos demais), mas sendo dativo não terá representação do espólio (art. 12, §1o., CPC) (art. 1.797, CC).
 
O administrador provisório pode ser substituído por ordem do juiz, desde que se demonstre que esteja praticando atos em prejuízo do espólio. Destaca Carlos Roberto Gonçalves (2011, p. 67) que “nada obsta, por outro lado, a que a nomeação para o cargo de inventariante venha a recair sobre a mesma pessoa, desde que seja idônea e conste do elenco previsto no art. 990 do estatuto processual, inexistindo, nesse caso, interrupção da administração”.
 
VOCAÇÃO HEREDITÁRIA
 
[O presente item da aula visa apenas trazer noções gerais sobre vocação hereditária, uma vez que as regras específicas serão estudadas em aulas futuras, indicando-se ao professor que faça essa ressalva aos alunos].
 
Afirma Carlos Roberto Gonçalves (2011, p. 68) que “a legitimidade passiva[2]� é a regra e a ilegitimidade a exceção. No direito sucessório vigora o princípio de que todas as pessoas têm legitimação para suceder; exceto aquelas afastadas pela lei”.
 
O art. 1.798, CC, estabelece a capacidade de suceder (sucessão legítima e testamentária) de forma mais ampla do que a prevista no Código Civil de 1916. Assim, são capazes de suceder: as pessoas nascidas ou já concebidas (nascituros – eficácia da vocação depende do nascimento com vida – art. 1.800, §3o., CC) no momento da abertura da sucessão e que o herdeiro ou legatário sobreviva ao ‘de cujus’(princípio da coexistência). 
 
Quanto aos nascituros ensina Eduardo de Oliveira Leite (2007, p. 70) que “a nova lei assumiu nítida postura concepcionista atribuindo direitos sucessórios a quem ainda não nasceu: ‘ifans conceptus pro nato habetur quoties de commodis ejus agitur’. Ou na expressiva alusão de Carvalho Fernandes, ‘a título temporário, o direito subjectivo subsiste sem estar efectivamente atribuído a qualquer pessoa’”. No entanto, a eficácia da sucessão legítima ou testamentária do nascituro fica condicionada ao seu nascimento com vida, ou seja, seus direitos encontram-se em estado potencial, sob condição suspensiva.
 
O Código Civil de 2002 também prevê possibilidade de suceder aos não concebidos (prole eventual[3]� ou ‘nondum conceptus’) (art. 1.799, I, CC). Neste caso, a curatela caberá à pessoa cujo filho o testador esperava ter por herdeiro e, sucessivamente, às pessoas indicadas no art. 1.775, CC. A abertura da sucessão, no caso de prole eventual, faz com que a herança seja posta sob administração, permanecendo nessa situação até que a condição se implemente ou haja certeza de que não se poderá implementar (como no caso de comprovada esterilidade) (art. 1.800, CC). No entanto, deve o herdeiro ser concebido em até dois anos após a abertura da sucessão, caso isso não ocorra ou sendo natimorto os bens reservados retornam aos demais herdeiros legítimos (art. 1.800, §4o., CC – admite possibilidade de existência de direitos sem sujeito, ainda que por um breve tempo, o que gera ainda grandes discussões doutrinárias[4]�).
 
Também podem ser chamadas à sucessão as pessoas jurídicas em geral (associações, sociedades empresárias, etc.) e as pessoas jurídicas constituídas como fundação (art. 1.799, II e III, CC), no entanto, estas pessoas só podem receber herança ou legado por disposição de última vontade. As sociedades para terem direito à sucessão devem estar regularmente constituídas[5]�; já as fundações por poderem ser constituídas pelo próprio testamento, não precisam existir ainda ao tempo da sucessão e, neste caso, os bens ficarão sob guarda provisória da pessoa encarregada de instituí-la, até o registro dos seus estatutos (arts. 62 e 1.799, III, CC).
 
Ensina Carlos Roberto Gonçalves (2011, p. 76) que “qualquer pessoa jurídica pode ser contemplada, seja simples, seja empresária, de direito público ou de direito privado. Em se tratando, porém, de pessoas jurídicas de direito público externo, pesam restrições legais: estão impedidas de adquirir no Brasil bens imóveis ou suscetíveis de desapropriação (LICC, art. 11, §2º.), excetuando-se os imóveis necessários para seu estabelecimento no país”.
 
O art. 1.801, CC, indica as regras referentes à incapacidade testamentária passiva de herdeiros ou legatários, por serem estes considerados suspeitos:
I. O que escreveu a rogo o testamento.
II. O cônjuge ou companheiro daquele que escreveu a rogo o testamento, bem como, interpostas pessoas (como descendentes - art. 1.802, parágrafo único, CC).
III. As testemunhas do testamento (porque podem ter interesse diverso da vontade do testador). A proibição também se aplica às testemunhas de auto de aprovação no testamento cerrado, ainda que não tenham conhecimento do teor da célula testamentária.
IV. O concubino do testador casado (se este estiver separado de fato, sem sua culpa, há mais de cinco anos). Trata-se de disposição que contraria os arts. 1.723 e 1.830, CC. O prazo aqui é considerado excessivo, bem como, inadequada a referência à culpa na causa da separação (pelos motivos estudados em Direito Civil V).
V. O tabelião civil ou militar, ou o comandante ou escrivão perante o qual se fez o testamento.
 
Ensina Carlos Roberto Gonçalves (2011, p. 80) que “entendem alguns autores que o dispositivo em tela cuida de situações de incapacidade relativa, sendo absoluta a da pessoa ainda não concebida ao tempo da morte do testador. As hipóteses, não são, todavia, de incapacidade relativa, mas de falta de legitimação, pois as pessoas mencionadas não podem ser beneficiadas em determinado testamento, conquanto possam sê-lo em qualquer outro em que não existam os apontados impedimentos”.
 
Assim, a nulidade de disposição testamentária pode decorrer de simulação sob a forma de contrato oneroso ou de simulação mediante interposta pessoa (ascendentes, descendentes, irmãos, cônjuges ou companheiros), conforme definido no art. 1.802, CC (causas que serão examinadas em aula própria).
 
Por fim, o art. 1.803, CC, estipula exceção em favor do descendente do concubino que é filho do testador (repetindo entendimento constante na Súmula 447, STF). 
 
Ao final da aula o professor deve perguntar se ainda existem dúvidas com relação aos tópicos abordados. Após, deve realizar breve síntese dos principais conceitos e considerações feitas, preparando ao aluno para o próximo tópico: herança e sua administração.
�
[1] Ensina Sílvio de Salvo Venosa (2011, p. 16) que “o princípio da ‘saisine’ representa uma apreensão possessória autorizada. É uma faculdade de entrar na posse de bens, posse essa atribuída a quem ainda não a tinha. Na herança, o sistema da ‘saisine’ é o direito que têm os herdeiros de entrar na posse dos bens que constituem a herança. A palavra deriva de ‘saisir’ (agarrar, prender, apoderar-se). A regra era expressa por adágio corrente desde o século XIII: ‘le mort saisit vif’ (o morto prende o vivo). [...]”.
[2] Animais não têm legitimidade para suceder. Pode-se, no entanto, impor a herdeiro testamentário o encargo de cuidar de um animal.
[3] A prole eventual aqui deve ser compreendida em seu sentido amplo, abrangendo não só filhos naturais, como também, eventuais filhos adotivos ou ´de coração´ (art. 227, §6º., CF e art. 1.596, CC).
[4] Carlos Roberto Gonçalves (2011, p. 73) afirma que melhor seria realizar, nestas situações, sucessão provisória entregando os bens aos herdeiros legítimos sob condição suspensiva.
[5] Afirmam os autores que embora o Código Civil de 2002 tenha afastado a possibilidade de instituirherdeiro sociedade de fato (art. 986, CC) ou associação (ainda sem existência legal) a tendência é que essa prática (´testamenti factio passiva) continue aplicando-se por analogia as regras do nascituro. A vedação, portanto, seria aplicável apenas a instituir como herdeiro pessoa jurídica ainda não existente.
Estratégias de Aprendizagem
Indicação de Leitura Específica
Recursos
quadro e pincel; datashow.
Aplicação: articulação teoria e prática
Caso Concreto 1
Reginaldo morreu em 20/09/2009 deixando como único herdeiro seu filho Marcelo. Ao morrer Reginaldo possuía um único veículo avaliado em R$ 10.000,00 (dez mil reais), uma casa em Cascavel no valor de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) e uma dívida em uma conta corrente da qual era titular que já chega a R$ 130.000,00 (cento e trinta mil reais). Marcelo, após a abertura do inventário de seu pai é surpreendido com cobrança proposta pelo banco exigindo o pagamento dos R$ 130.000,00 (centro e trinta mil reais) com juros e correção monetária. Preocupado com a situação Marcelo lhe procura e pergunta se é obrigado a pagar a dívida toda deixada por seu pai. Explique sua resposta.
 
Caso Concreto 2
Renato tem duas filhas e em 06 de outubro de 2010 realiza testamento deixando a totalidade de seus bens da parte disponível para eventuais filhos que suas filhas tiverem. Pergunta-se:
1)    Considerando-se a ordem de vocação hereditária é possível instituir herdeiro a prole eventual? Explique sua resposta.
2)    A quem caberá a administração desses bens enquanto não houver filhos? Explique sua resposta.
3)    Renato faleceu em 10 de janeiro de 2011 e sua filha Júlia tem seu um filho em 15 de maio de 2014. O filho de Júlia pode exigir a sua parte da herança deixada em testamento pelo avô? Explique sua resposta.
 
Questão Objetiva
Assinale com V (Verdadeiro) e F(Falso). As alternativas consideradas falsas devem ser corrigidas ao final:
(    ) A herança é considerada uma universalidade de fato, todo unitário e indivisível do qual os coerdeiros são considerados condôminos.
(    ) Qualquer herdeiro pode reclamar os bens que compõem a herança de qualquer pessoa que os detenha injustamente. Neste caso, sua iniciativa irá beneficiar todos os demais herdeiros.
(    ) A cessão de direito hereditários (onerosa ou gratuita) se equipara a cessão de crédito e, como tal, exigirá o consentimento de todos os coerdeiros, podendo ser realizada por escritura pública ou instrumento particular.  
(    ) O administrador provisório tem a posse do espólio e a legitimidade ativa e passiva para representar a herança.
(   ) A prole eventual não pode ser instituída herdeira porque não pode existir direito sem sujeito.
Avaliação
Caso Concreto 1
Reginaldo morreu em 20/09/2009 deixando como único herdeiro seu filho Marcelo. Ao morrer Reginaldo possuía um único veículo avaliado em R$ 10.000,00 (dez mil reais), uma casa em Cascavel no valor de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) e uma dívida em uma conta corrente da qual era titular que já chega a R$ 130.000,00 (cento e trinta mil reais). Marcelo, após a abertura do inventário de seu pai é surpreendido com cobrança proposta pelo banco exigindo o pagamento dos R$ 130.000,00 (centro e trinta mil reais) com juros e correção monetária. Preocupado com a situação Marcelo lhe procura e pergunta se é obrigado a pagar a dívida toda deixada por seu pai. Explique sua resposta indicando qual foi o momento da abertura da sucessão.
 
Sugestão de gabarito: A abertura da sucessão ocorreu em 20/09/2009 com a morte de Reginaldo. Marcelo não é obrigado a pagar toda a dívida uma vez que ninguém pode responder ‘ultra vires hereditatis’, ou seja, que ninguém pode responder por encargos superiores às forças da herança (art. 1.792, CC). Assim, Marcelo só é obrigado a responder pelo equivalente a R$ 50.000,00, montante dos bens deixados por seu pai.
 
Caso Concreto 2
Renato tem duas filhas e em 06 de outubro de 2010 realiza testamento deixando a totalidade de seus bens da parte disponível para eventuais filhos que suas filhas tiverem. Pergunta-se:
1)    Considerando-se a ordem de vocação hereditária é possível instituir herdeiro a prole eventual? Explique sua resposta.
2)    A quem caberá a administração desses bens enquanto não houver filhos? Explique sua resposta.
3)    Renato faleceu em 10 de janeiro de 2011 e sua filha Júlia tem seu um filho em 15 de maio de 2014. O filho de Júlia pode exigir a sua parte da herança deixada em testamento pelo avô? Explique sua resposta.
 
Sugestão de gabarito: 
1)    Considerando-se a ordem de vocação hereditária é possível instituir herdeiro a prole eventual? Explique sua resposta. A prole eventual pode ser instituída herdeira conforme autoriza o art. 1.799, I, CC.
2)    A quem caberá a administração desses bens enquanto não houver filhos? Explique sua resposta. A administração dos bens deixados à prole eventual ficará a cargo dos demais coerdeiros sob condição (enquanto não houver prole).
3)    Renato faleceu em 10 de janeiro de 2011 e sua filha Júlia tem seu um filho em 15 de maio de 2014. O filho de Júlia pode exigir a sua parte da herança deixada em testamento pelo avô? Explique sua resposta. Este neto não é mais herdeiro porque para sê-lo deveria ter sido concebido em até dois anos contados de 10 de janeiro de 2011 (art. 1.800, §4º., CC), dessa forma, os bens deverão ser destinados aos herdeiros legítimos.
 
Questão objetiva
Assinale com V (Verdadeiro) e F(Falso). As alternativas consideradas falsas devem ser corrigidas ao final:
(    ) A herança é considerada uma universalidade de fato, todo unitário e indivisível do qual os coerdeiros são considerados condôminos.
(    ) Qualquer herdeiro pode reclamar os bens que compõem a herança de qualquer pessoa que os detenha injustamente. Neste caso, sua iniciativa irá beneficiar todos os demais herdeiros.
(    ) A cessão de direito hereditários (onerosa ou gratuita) se equipara a cessão de crédito e, como tal, exigirá o consentimento de todos os coerdeiros, podendo ser realizada por escritura pública ou instrumento particular.  
(    ) O administrador provisório tem a posse do espólio e a legitimidade ativa e passiva para representar a herança.
(   ) A prole eventual não pode ser instituída herdeira porque não pode existir direito sem sujeito.
 
Sugestão de gabarito: 
Assinale com V (Verdadeiro) e F(Falso). As alternativas consideradas falsas devem ser corrigidas ao final:
(F) A herança é considerada uma universalidade de direito, todo unitário e indivisível do qual os coerdeiros são considerados condôminos.
(V) Qualquer herdeiro pode reclamar os bens que compõem a herança de qualquer pessoa que os detenha injustamente. Neste caso, sua iniciativa irá beneficiar todos os demais herdeiros.
(F) A cessão de direito hereditários (onerosa ou gratuita) se equipara a cessão de crédito e, como tal, não exigirá o consentimento de todos os coerdeiros, podendo ser realizada apenas por escritura pública.  
(V) O administrador provisório tem a posse do espólio e a legitimidade ativa e passiva para representar a herança.
(F) A prole eventual pode ser instituída herdeira ainda que provisoriamente se possa identificar situação em que há direito sem sujeito.
Considerações Adicionais
Referências Bibliográficas:
Nome do livro: Direito Civil 
Nome do autor: VENOSA, Sílvio de Salvo
Editora: Atlas
Ano: 2010
Edição: 10ª edição
Nome do capítulo: Capítulo 2
Número de páginas do capítulo: 23

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