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Produção de Biodiesel a partir do Pequi

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Pequi
Autor(es): MARIANA RODRIGUES PERES 
O pequi é uma fruta nativa do cerrado brasileiro, cujo nome científico é Caryocar brasiliense camb. É também conhecido como: piqui, pequiá, piquiá, piquiá-bravo, amêndoa-de-espinho, grão-de-cavalo, pequiá-pedra, pequerim e suari. Seu significado na língua indígena é “casca espinhosa”.
Do caroço desta fruta é extraído o óleo, e a partir dele é produzido o biodiesel e 50% deste corresponde ao óleo vegetal, que tem uma composição química adequada para a produção de biodiesel.
 Foto: Daniella Colares
	 
	 Figura 1. Frutos de pequi
	 
 
Porém, produzir biodiesel a partir do óleo de caroço de pequi leva tempo e investimento. É necessário produzir mudas, plantar, desenvolver e maturar a produção em escala comercial. 
O pequizeiro é uma árvore alta, com tronco de 2 m a 5 m de circunferência e altura de 15m a 20m. Ocorre mais frequentemente nos estados de Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, São Paulo e Bahia.
As etapas do plantio do pequizeiro são apresentadas a seguir:
Formação das mudas
Sementes
As sementes devem ser obtidas de plantas sadias, que possuam caroço grande, polpa espessa e coloração variando do amarelo ao laranja. Sua coleta ocorre geralmente entre os meses de outubro e janeiro, sendo que a enxertia, que é a união dos tecidos de duas plantas, é feita de outubro a março.
Para uma boa germinação, os frutos devem ser coletados quando estiverem completamente amadurecidos. Posteriormente, retira-se a casca e as sementes do caroço, colocando-os amontoados em um recipiente limpo durante uma semana.
A remoção da polpa é realizada em água corrente, ou em betoneira, que é a agitação das sementes com brita (pedra) média e grossa. As sementes são secadas à sombra, em lugar ventilado, durante uma ou duas semanas.
Germinação
A germinação é baixa e lenta. Para obter melhores resultados, as sementes devem ser mergulhadas por 48 horas em ácido giberélico, sendo, posteriormente, semeadas.
Semeadura
A sementeira deve ser construída em canteiros com 1 m de largura e leito de 10 cm de espessura (contendo areia grossa e peneirada). Os caroços são semeados com folga de 1 cm entre eles e recobertos com 1 cm de vermiculita ou pó de serra.
A irrigação deve ser feita diariamente para manter úmido o leito da sementeira. Após o início da emissão da radicela, as mudas podem ser transplantadas para sacos de polietileno, que são pretos, sanfonados e perfurados (na base e na lateral), com capacidade para 4  litros de substrato.
No viveiro, estes sacos são colocados em canteiros de 2, 3 ou 4 filas, com espaço de 60 cm a 80 cm. Recomenda-se que as mudas permaneçam no viveiro até a próxima estação chuvosa, quando estarão prontas para o plantio ou para a enxertia.
Enxertia
É feita nos meses quentes do ano por: garfagem lateral simples, garfagem no topo e borbulhia, sendo realizada quando as mudas atingem de 0,6 cm a 1,0 cm de diâmetro no caule e de 20 cm a 30 cm de altura.
Viveiro
O preparo do substrato e o enchimento dos sacos de polietileno deve ser feito no período seco. A terra deve conter de 30% a 40% de argila e não ser arenosa, para que não provoque o destorroamento durante o plantio. Além disso, ela deve ser coletada de subsolo abaixo de 20 cm de profundidade.
As principais doenças que ocorrem nas mudas do pequi são a podridão de raízes e a ferrugem das folhas. Para evitar a podridão das raízes, é recomendado o uso de substrato com até 10% de esterco e 40% de argila, sendo que os sacos plásticos devem ser bem perfurados para que não acumulem água. Deve-se também pulverizar as folhas com fungicidas para controlar a ferrugem. Além disso, recomenda-se a aplicação de cupinicidas e formicidas para evitar ou controlar cupins.
Plantio
• É feito no início da estação chuvosa, preferindo climas quentes.
• Espaçamento: recomendado de 8 m a 10 m entre as plantas.
• As covas devem ter as dimensões de 40 cm x 40 cm x 40 cm.
• Para solos de textura média, deve-se reduzir as doses de calcário e superfosfato simples para, respectivamente, 80% e 60%. Além disso, é misturado fertilizante na terra das covas.
• Deve-se retirar o saco plástico, plantar e regar bem a muda, depois cobrir a superfície da cova com material vegetal seco.
• Após o plantio, é necessário promover três adubações em cobertura com 25 g de sulfato de amônio e 10 g de cloreto de potássio, a cada 40 dias até o fim do período chuvoso. Além disso, sugere-se que faça adubações anuais, começando em 150 g após um ano de plantio e aumentando 150 g a cada ano, com doses de 5%, 2,5% e 2,5% de, respectivamente, sulfato de zinco, sulfato de cobre e sulfato de manganês.
 
Colheita
• A produção do pequizeiro, para mudas produzidas a partir de sementes, inicia-se de 4 a 5 anos pós plantio.
• O fruto estará pronto para ser colhido quando atingir a fase de maturação, que é quando se desprendem da planta. Posteriormente, são transportados para o local de comercialização, onde são descascados, sendo aproveitada a semente com polpa.
• A parte comestível do fruto é embalada em sacos plásticos e vendida por dúzia. O restante é levado às indústrias, onde se retira o óleo de pequi, que é vendido em litros.
• O rendimento de óleo da  polpa é de 30% a 40% em peso do fruto. Em 1 ha, com espaçamento de 10 m x 10 m, tem-se, aproximadamente, uma produtividade de 1.200 caixas de fruto por ano. Cada hectare de plantação produz até 3.200 litros de óleo.
Características e utilidades
• Raiz: usada para matar peixes, pois é tóxica.
• Madeira: macia, resistente e de boa durabilidade, sendo usada na construção naval, construção civil e obras de arte. Sabões caseiros também são produzidos a partir de suas cinzas.
• Folhas: formada por três folíolos ovais (que podem medir até 20 cm) recobertos com pêlos curtos, sendo usada para a produção de adstringentes.
• Flores: possuem cinco pétalas brancas e grandes, que florescem durante os meses de agosto a novembro e chegam a até 8 cm de diâmetro.
• Fruto: é formado por sementes redondas e oleaginosas, que são envoltas pela polpa alaranjada e rica em óleo. Seu caroço é formado por uma fina camada de espinhos e, mais internamente, contém uma amêndoa bastante oleosa de cor branca. Produz um óleo utilizado no preparo de arroz e carnes, contendo proteínas, açúcares e vitaminas A, tiamina, sais de cálcio, ferro e cobre. Os frutos ficam maduros de setembro a fevereiro, sendo que cada planta fornece, em média, 6.000 frutos por ano. Eles são comestíveis e servem para a extração de óleo, constituído por triglicerídeos que podem ser empregados na produção de biodiesel.
• Sementes: possuem propriedades aromáticas, sendo usadas na produção de óleo (manteiga de pequi) e no preparo de licores.
• Casca: fornece tinta castanha, que é usada pelos artesãos para tingir lã e algodão.
Fonte: http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/agroenergia/arvore/CONT000fbl23vmz02wx5eo0sawqe3egcicvo.html

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