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1Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Análise das bancas examinadoras Evandro Guedes* As bancas examinadoras são o ponto fundamental quando se quer começar uma estrutura sólida de preparação para con- cursos públicos. Os concursos públicos estão extremamen- te profissionalizados e, diante disso, não adianta uma prepara- ção tida como “genérica”. Dessa forma, cada banca organizadora de concurso possui um estilo, uma forma específica de elaborar provas. Responsáveis pela elaboração, divulga- ção e organização de seleções públicas contam com uma equipe de pro- fessores permanentes ou contratados apenas para elaborar as questões. As bancas também analisam e julgam recursos. Ao conhecer as características de cada uma, o passo seguinte é organizar e planejar os estudos. Uma boa dica é realizar provas anteriores, relativas ao concurso escolhido. Devido às peculiaridades de cada banca, separamos aqui as mais impor- tantes e que figuram com mais frequência nos concursos públicos nacio- nais. Assim, começaremos uma análise sistemática e objetiva de cada banca, com a única finalidade de ajudar você, concursando, a se preparar de forma adequada. * Professor de cursos pre- paratórios em Cascavel, Curitiba, Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais. Vasta experiência nas bancas Cespe/UnB, Esaf, fCC, fGV e outras. formação: Ad- ministração de Empresas no centro Universitário de Barra Mansa (UBM-RJ) e Direito no Centro Uni- versitário Geraldo di Biasi (UGB-RJ) e na faculdade Assis Gurgacz (fAG-PR). Is to ck ph ot o. 2 Análise das bancas examinadoras Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/UnB) D iv ul ga çã o. A banca Cespe/UnB é dita como a banca mais popular no cenário dos con- cursos públicos no Brasil, diante disso, entender o funcionamento dessa banca é dar um passo importante para a conquista da estabilidade financeira. As provas do Cespe são as mais bem elaboradas no segmento de concur- sos públicos. As questões são principalmente do tipo certo ou errado, nas quais cada erro anula um acerto – esse é o chamado fator de correção. Os conteúdos cobrados nas provas do Cespe exigem mais do que memoriza- ção. O candidato precisa ter capacidade de interpretação e de entendimento interdisciplinar. O Cespe organiza concursos de âmbito federal e estadual. Perfil da banca Formatação tradicional O Cespe utiliza em sua formatação padrão a estrutura de questões certo ou errado, e penaliza o concursando que erra uma questão retirando outro ponto. Dessa forma, a prova deve ser feita com certas técnicas e sempre ob- servando as características marcantes de cada disciplina. Procurando o erro da questão As questões são bem elaboradas e não pedem, em regra geral, que o con- cursando domine todas as matérias. Em questões extensas, o macete é pro- curar o erro da questão. Já tivemos o prazer de presenciar questões em que não dominávamos a matéria, contudo, em um texto extenso de sete linhas, Análise das bancas examinadoras 3Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br tivemos a oportunidade de não saber o que 95% da questão estava dizen- do, mas o Cespe colocou um erro grosseiro em uma oração. Dessa forma, mesmo não dominando tudo, o concursando consegue chegar ao acerto da questão, procurando por erros isolados. Teoria da “medida do possível” Essa teoria é de fácil entendimento. Analisando como exemplo a prova da Polícia federal, de 2009, vemos que a nota de corte girou em torno de 76 pontos, de 120 possíveis. Contando que uma errada anula uma certa, pode- mos ver que se, por exemplo, o concursando fizer somente 80 questões que tem certeza e deixar 40 em branco, ele já está previamente eliminado. Isso se dá porque por mais preparado que ele esteja, pelo menos 10% das questões ele naturalmente erra. Pense assim, fez 80 questões e errou 10%, oito questões perdidas mais as penalidades, o concursando perde 16 pontos no geral. Dessa maneira, ficará com 64 pontos e muito longe da nota de corte. Aí vai a dica: deixe, no máximo, 10% de uma prova do Cespe/UnB em branco, pois, do contrário, você estará eliminado de qualquer forma! Como “chutar” nas questões da banca Cespe/UnB Podemos reparar que em todas as provas da formatação padrão (certo ou errado) o Cespe se preocupa em deixar a prova “balanceada”, ou seja, sempre em média meio a meio. 50% das questões certas e 50% das questões erradas (não precisamente 50%, mas algo em torno disso). Pensando assim, imagine que você faça 100 questões e dessas 100 ques- tões 70 estejam certas e 30 erradas, pois bem, chute as demais em erradas para equilibrar a prova. fazendo isso, você conseguirá pontos importantes e conseguirá avançar na classificação geral. Se não der certo é porque você foi mal na prova, e as questões que havia marcado estão em desconformidade com o gabarito, ou seja, você já se desclassificou de qualquer forma. Tempo médio de preparação Média de oito meses a dois anos, dependendo da carga de estudo diária. 4 Análise das bancas examinadoras Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Escola de Administração Fazendária (Esaf) D iv ul ga çã o. As questões da Esaf são sempre de múltipla escolha. É comum não serem cobrados todos os itens do edital, no entanto, as provas costumam ser extre- mamente bem elaboradas. Como a maioria dos concursos que a banca orga- niza é ligada ao Ministério da fazenda (Mf) as questões quase sempre abor- dam assuntos da área econômica. Essa banca organiza concursos federais e estaduais. Perfil da banca Formatação tradicional As questões seguem o formato A, B, C, D, E. São questões longas e extrema- mente inteligentes. Estudando o edital O edital costuma ser batido na integralidade, ou seja, a banca viaja por todo o conteúdo, o que torna a leitura do conteúdo programático obrigatória. Candidato mediano A prova costuma cobrar o mínimo de questões em cada matéria, dessa forma, não adianta ser um superastro em lógica se você não domina o mínimo de português. Tempo médio de preparação A briga aqui é de “cachorro grande”. Pelo nível das questões e da estrutura da prova, o concursando tem que se preparar, em média, de três a cinco anos. Análise das bancas examinadoras 5Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Fundação Carlos Chagas (FCC) D iv ul ga çã o. Invariavelmente, as questões elaboradas pela fCC são de múltipla esco- lha, sem fator de correção, e cobram todos os itens do edital. Por isso, é im- portante que o candidato estude bem todo o conteúdo proposto. Por muito tempo, foi considerada a banca “texto de lei”, por cobrar com frequência nas questões texto de lei puro e simples, o que fazia com que o nível das questões fosse considerado de grau baixo. Diante disso, historicamente a nota de corte tinha a característica mar- cante de vir extremamente alta. Perfil da banca Formatação tradicional As questões seguem o formato A, B, C, D, E. São questões longas e extre- mamente cansativas. Estrutura das questões São questões longas e carregadas na gramática, no que tange ao portu- guês. No campo do direito, costuma ser cobrado texto de lei puro e simples. Nível das questões Em relação ao Cespe/UnB e à Esaf, podemos considerar o nível das ques- tões como fácil. 6 Análise das bancas examinadoras Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Tempo médio depreparação Segue a linha do Cespe/UnB, em média oito meses a dois anos. Fundação Universa (Universa) D iv ul ga çã o. As provas da fundação Universa são mais centradas no Distrito fede- ral (Df), pois a banca é ligada à Universidade Católica de Brasília (UCB). As questões são de múltipla escolha e os itens dos enunciados costumam ser longos. Eventualmente, requerem elevada capacidade de interpretação e, às vezes, cobram conteúdos memorizados. Em Atualidades, a fundação Univer- sa cobra elementos do Df. Essa banca organiza, principalmente, concursos distritais e do estado do Tocantins. Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Assistência (FUNrio) D iv ul ga çã o. Geralmente, as questões da fUNRIO são longas e exigem que o candi- dato tenha boa memória, mais do que raciocínio, pois cobram conteúdos decorativos. Os enunciados costumam ser complexos. A fUNRIO organiza concursos federais e estaduais. Análise das bancas examinadoras 7Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Fundação Getulio Vargas (FGV) D iv ul ga çã o. As questões de provas elaboradas pela fGV não possuem muita homoge- neidade. Podem ser mais complexas, bem elaboradas e longas ou requere- rem conteúdos memorizados. Os enunciados pedem análise de itens, exigin- do do candidato a correlação entre o certo e o errado. O estilo dessa banca se assemelha com o da fundação Carlos Chagas e o da Cesgranrio. A fGV organiza concursos federais e estaduais. A banca tem realizado as provas da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). 8 Análise das bancas examinadoras Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
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