PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA 2015 1

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UNIDADE 3 – O PROCESSO 
DE CONSTRUÇÃO DA 
ESCRITA PELA CRIANÇA 
  
 
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PSICOGÊNESE 
 DA LÍNGUA ESCRITA 
Referencial Teórico 
Epistemologia genética de Piaget 
•  Sujeito cognoscente - o sujeito que 
busca adquirir conhecimento - que 
procura ativamente compreender o 
mundo que o rodeia, e trata de 
resolver as questões que esse mundo 
coloca. 
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 DA LÍNGUA ESCRITA 
 
Como o sujeito aprende? 
 
• Os estímulos não atuam diretamente, mas 
são transformados pelos sistemas de 
assimilação/acomodação do sujeito; 
 
• A obtenção do conhecimento é um 
resultado da própria atividade do sujeito; 
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Como o sujeito aprende? 
 
•  Um sujeito ativo é um sujeito que 
compara, exclui, ordena, categoriza, 
reformula, comprova, formula 
hipóteses, reorganiza, em ação 
interiorizada (pensamento) ou em 
ação efetiva (segundo seu nível de 
desenvolvimento). 
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Como o sujeito aprende? 
 
•  O caminho para a aprendizagem 
não é linear, mas através de um 
processo construtivo, em que os 
erros aparecem; Os erros 
construtivos constituem pré-
requisitos para a obtenção da 
resposta correta. 
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Como o sujeito aprende? 
 
•  Um progresso no conhecimento 
só é possível através de um 
conflito cognitivo - quando a 
presença de um objeto não 
assimilável force o sujeito a 
mod i f i c a r s eus e squemas 
assimiladores. 
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Objetivos da investigação 
 Estudar o processo de construção 
dos conhecimentos no domínio 
da língua escrita, a partir da 
compreensão: 
• Das hipóteses das crianças sobre 
o sistema de escrita. 
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Objetivos da investigação 
•  Interpretação do processo de 
construção da língua escrita, do 
ponto de vista do sujeito que 
aprende; 
•  A criança realiza um processo de 
reconstrução da escrita para poder 
apropriar-se dela. 
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Objetivos da investigação 
•  Diagnosticar o tipo de conhecimento 
que a criança possui ao iniciar o 
processo de alfabetização escolar. 
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A HISTÓRIA DA 
ESCRITA 
•  Pictogramas 
•  Ideogramas 
•  Logogramas (escrita chinesa) 
•  Silabogramas (escrita japonesa) 
•  Fonemas consonânticos – Fenícios + vogais – gregos 
= escrita alfabética 
 
•  Nenhum sistema de escrita é puro. 
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Representação pictórica 
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Hieróglifos do Egito 
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Alfabeto 
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Pictogramas 
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Tirinhas 
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CONSTRUÇÃO DAS HIPÓTESES 
1) Não faz distinção entre 
desenho e escrita. 
 
 Respondendo à pergunta “onde tem algo para ler” 
os sujeitos assinalam tanto o desenho quanto o 
texto. 
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CONSTRUÇÃO DAS HIPÓTESES 
2) A criança espera que a 
escrita dos nomes seja 
proporcional ao tamanho 
das coisas; 
(realismo nominal) 
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REALISMO NOMINAL 
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Omar, 6 anos, diz que “mariposa tem menos letras 
que cavalo porque uma mariposa é menor que um 
cavalo”. 
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CONSTRUÇÃO DAS HIPÓTESES 
3) Escrever é reproduzir os 
traços típicos da escrita; 
 A intenção subjetiva do 
escritor conta mais que as 
d i ferenças objet ivas no 
resultado. 
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Luiza - 4 anos 
“Hoje tem uma festa no meu quarto”. 
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CONSTRUÇÃO DAS HIPÓTESES 
4) Para poder ler ou escrever 
coisas diferentes (atribuir 
significados diferentes) deve 
haver uma diferença objetiva 
nas escritas. (variação dos 
caracteres); 
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CONSTRUÇÃO DAS HIPÓTESES 
5) Para que algo possa ser 
lido ou escrito é preciso de 
uma quantidade mínima 
de grafismos. 
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•  Filipe, 4 anos, escola 
particular. 
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•  Eduardo, 4 anos, 
Escola Particular. 
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CONSTRUÇÃO DAS HIPÓTESES 
6) A fonetização da escrita se inicia quando as 
crianças começam a buscar uma relação entre o 
que se escreve e os aspectos sonoros da fala. 
(silábico; silábico-alfabético e alfabético) 
 
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CONSTRUÇÃO DAS HIPÓTESES 
•  Hipótese silábica: cada letra vale por uma sílaba - 
pela primeira vez a criança trabalha claramente 
com a hipótese de que a escrita representa partes 
sonoras da fala. 
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 Arielle, 5 
anos, escola 
pública. 
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 Camila, 5 
anos, NSE 
médio, 
 Escola 
Particular. 
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PSICOGÊNESE 
 DA LEITURA E DA ESCRITA 
CONSTRUÇÃO DAS HIPÓTESES 
•  Hipótese Silábico-afabética: coexistem duas 
formas de correspondência entre sons e grafia: a 
silábica(letras representam sílabas) e a alfabética 
(letras representam fonemas). 
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•  Leonardo, 6 anos, 
•  Escola Privada. 
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CONSTRUÇÃO DAS HIPÓTESES 
•  Hipótese alfabética: a escrita é organizada com 
base na correspondência entre grafemas e 
fonemas. Desaparece a análise silábica - a criança 
compreende que cada um dos caracteres da 
escrita corresponde a valores sonoros menores 
que a sílaba. 
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Lucas, 8 anos, escola pública, 1º ciclo. 
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•  Verônica, 6 anos, escola 
privada. 
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CONTRIBUIÇÕES 
•  A criança chega à escola com uma 
bagagem de conhecimentos sobre 
a língua escrita. 
 
 
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CONTRIBUIÇÕES 
•  Investir no entendimento 
sobre o que o sujeito já sabe 
e não só em métodos de 
ensino. 
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CONTRIBUIÇÕES 
•  C o n t r i b u i p a r a o 
entendimento das escritas 
não alfabéticas, realizando 
uma crítica contundente ao 
conceito de dislexia. 
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CONTRIBUIÇÕES 
•  A pesquisa abre espaço para 
a criação de alternativas 
didáticas dentro de um marco 
de referência conceitual. 
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LIMITES 
•  A pesquisa não apresenta uma 
proposta didática; torna-se incorreto o 
u s o d o t e r m o “ m é t o d o 
construtivista”. 
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LIMITES 
•  Pouca ênfase nas interações sociais 
na construção do conhecimento. 
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LIMITES 
•  A Psicogênese da leitura e da 
escrita é uma faceta do 
processo de alfabetização. 
 
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Referências 
•  FERREIRO, Emilia, TEBEROSKY, Ana. Psicogênese 
da língua escrita. Porto Alegre: Artes Médicas, 
1985. 
•  FERREIRO, Emilia. Reflexões sobre alfabetização. 
São Paulo: Cortez, 2001. 
•  FERREIRO, Emilia. O Ingresso na Escrita e nas 
Culturas do Escrito - Seleção de Textos de 
Pesquisa. São Paulo: Cortez, 2013. 
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