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IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

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DIREITO ADMINISTRATIVO
Me. Elton KRAUSE
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
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Noções
Improbus - vocábulo latino
Improbo – não probo (não honesto, desonesto)
Improbidade – desonestidade, que não tem a probidade
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CONCEI
“É a falta de retidão ou de honradez da pessoa, na sua maneira de conduzir-se na vida privada, ou pública; procedimento malicioso, contrário à lei, à moral e aos bons costumes”.
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CONCEITO
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Da Legislação
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Da tríplice responsabilidade
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Quarta responsabilização do agente público
Lei de Improbidade Administrativa (LIA)
(Lei 8.429/1992)
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Defesa Constitucional da Moralidade Administrativa: mecanismos processuais
Ação Popular
	(Art. 5º, LXXIII)
Ação de Improbidade Administrativa
	(Art. 37, § 4º)
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Existe alguma diferença?
Sim. Estão na legitimidade ativa e nos pedidos que podem ser formulados.
Ação Popular: só pode ser proposta por pessoa física (cidadão). Busca a anulação do ato lesivo à moralidade e a condenação ao pagamento de perdas e danos (Art. 11, Lei n. 4.717/65).
Ação de Improbidade: só pode ser intentada pelo representante do Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada (Art. 17, Lei n. 8.429/92).
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Efeitos possíveis da sentença:
Perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente
Ressarcimento integral do dano
Perda da função pública
Suspensão dos direitos políticos
Multa civil
Proibição de contratar com o Poder Público
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Competência para legislar
É de competência legislativa privativa da UNIÃO
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Abrangência e natureza da Lei de Improbidade
Uma vez praticados contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes (União, Estados, Distrito Federal, Municípios e Territórios), empresa incorporada ao patrimônio público, poderão ser de:
Qualquer agente público
Qualquer servidor público ou não 
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Notícia histórica
“Na época de CÍCERO, o Pretor em Roma – GAIU VERES, foi o primeiro corruptor a subornar empresas que prestavam serviços ao Império Romano. Usava seu prestígio para extorquir dinheiro com nomeações, afastamentos de juízes e interferir nos processos para condenar ou absolver os acusados” (OLIVEIRA, Edmundo, Crimes de Corrupção, 1991).
Em síntese, o micróbio da corrupção nasceu com a criatura humana.
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Sujeito passivo do ato de Improbidade
“É a entidade que sofre as consequências do ato de improbidade administrativa”. São:
Administração pública direta
Administração pública indireta
Empresas incorporadas ao patrimônio público
Entidades que recebam subvenção, benefício ou incentivo, provenientes de órgãos públicos
Entidades cuja criação ou custeio o erário haja concorrido com menos de 50% do patrimônio ou da receita anual
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Sujeito ativo do ato de Improbidade
Qualquer agente público, servidor ou não (poderão ser servidores estatutários, empregados públicos celetistas, agentes políticos, mesários e conscritos).
Todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades.
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Espécies de ato de Improbidade
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Da Declaração de Bens
Art. 13 - A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competente.
Compreenderá os imóveis, móveis, semoventes, dinheiro, título, ações
Será anualmente atualizada
Também ao deixar o exercício do mandato, cargo, emprego ou função
Será punido se houver recusa na prestação da declaração ou prestar falsamente: demissão a bem do serviço público
Poderá suprir com a cópia da declaração anual de bens à Delegacia da Receita Federal
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Do procedimento
Art. 14 - Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade (v. art. 27, do CPP).
Necessário: 
Representação escrita ou reduzida a termo e assinada
Qualificação do representante
Informações sobre o fato e sua autoria
Indicação das provas de que tenha conhecimento
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Instituir uma Comissão Processante
Dar conhecimento ao MP e ao Tribunal ou Conselho de Contas (art. 15)
Poderá requerer medida cautelar para:
Sequestro, investigação, exame ou bloqueio de bens
Bloqueio de contas bancárias e aplicações financeiras
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Ação Judicial
É de competência privativa do Poder Judiciário, não podendo ser realizada pela Administração Pública (STF – RTJ, 195/73).
A ação é de rito ordinário (Lei 7.347/85, Lei de Ação Civil Pública)
Somente o MP e a pessoa jurídica prejudicada podem propor ação de improbidade administrativa
Não se admite transação, acordo ou conciliação (Art. 17, § 1º)
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À seguir:
Elaborar uma peça jurídica conforme as instruções seguintes.
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Peça Jurídica: escolher uma das seguintes proposições
Ação Popular contra o representante legal da Prefeitura Municipal, para invalidar ato ou contrato administrativo que seja ilegal ou lesivo ao patrimônio público Municipal.
Observação: montar um silogismo lógico. Exemplo: discorrer sobre o que se pretende ver anulado através da ação popular.
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Ou, a peça jurídica seguinte:
Ação de perda da função pública e suspensão dos direitos políticos e proibição de contratar com o Poder Público
Observação: estas peças jurídicas têm o caráter eminentemente didático e ilustrativo no sentido de se bem entender o estudo teórico e aplicação da Lei Federal. 
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AÇÃO POPULAR
			(endereçamento da petição)
			(nome do peticionário) – (qualificação do mesmo), (domicílio), (identificação do Título Eleitoral, Zona Eleitoral) vem à presença de V.Exª, com fundamento no Artigo 5º - inciso LXXIII da CF/1988, propor AÇÃO POPULAR contra (identificar o ente jurídico), na pessoa de seu representante legal, o Prefeito (nome do prefeito), (qualificação do mesmo), podendo ser encontrado no Palácio Municipal sito à (endereço completo) , pelo qual passa a expor o seguinte:
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O requerente tem por legitimidade para propor a presente ação, uma vez que encontra-se com seus direitos políticos, possuindo elementares e legítimos direitos e deveres, porquanto de nenhuma forma exclui a Lei Maior, nem a Lei 4.717/1965, em seu Art. 1º (doc. 01).
A ação popular tem por finalidade a invalidação de atos ou contratos administrativos que sejam ilegais ou lesivos ao patrimônio público Municipal, Estadual, Federal ou do Distrito Federal, ou ainda, de suas autarquias, entidades paraestatais e pessoas jurídicas subvencionadas com dinheiro público.
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3. Visa também, atacar os atos que não se coadunem como princípio da moralidade administrativa, e isto por inovação introduzida na Lei Maior, em seu Art. 5º, inciso LXXIII.
4. À CF/1988 em vigência, mantendo o mesmo conceito já existente na Carta Magna anterior, aumentou a abrangência das hipóteses de cabimento da defesa do patrimônio público através da Ação Popular.
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(discorrer sobre o que se pretende ver anulado através da ação popular).
(discorrer sobre o fato, o fundamento jurídico e finaliza-se com o pedido.
Isto posto (delimita-se o pedido)
REQUER: (citação do ente público na pessoa de seu representante legal; pedido de liminar se houver; os meios de provas em direito admitidos; finaliza-se com a procedência do pedido; P.E.D.; local, data e assinatura).
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Ou, a peça jurídica seguinte
Perda da função pública e suspensão dos direitos políticos e proibição de contratar com o Poder Público.
Aproveita-se do mesmo silogismo técnico da ação anterior.
Conclusão:
Elaborar a petição, conforme a escolha feita
Redigí-la e imprimí-la.
Bom trabalho!
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