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DIREITO PREVIDENCIÁRIO 3

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CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS 
PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA 
Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 1
Aula 02 
Prof. Gabriel Pereira 
I – Introdução 
Olá, pessoal! 
Chegamos à terceira aula do nosso curso de Direito Previdenciário 
(Conhecimentos Específicos) para Técnico do INSS. Primeiramente, gostaria de 
avisá-los que tive alguns contratempos nos últimos dias e não consegui 
responder às perguntas do Fórum de Dúvidas, mas dedicarei meu fim-de-
semana para responder às questões pendentes. 
Na Aula Demonstrativa, vimos os tipos de segurados do Regime Geral de 
Previdência Social (RGPS). Na Aula 01, abordamos o tema da evolução 
histórica da previdência, sua conceituação e os princípios constitucionais que 
regem a Seguridade e a Previdência Social, além do tópico 2 (Legislação 
Previdenciária). Nesta Aula 2, estudaremos o financiamento da Previdência 
Social (tópicos 4 e 5 do edital), com foco nas Contribuições para a Previdência. 
Portanto, estamos saindo da parte geral para começar a parte de Custeio. 
Desde a fusão da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da 
Receita Previdenciária, em 2007, houve uma consolidação da repartição de 
competências do tema previdenciário, conforme abordaremos no item 5.4.1 da 
próxima aula – que é um assunto muito importante para o concurso. Desde 
então, a Receita Federal do Brasil ficou com a parte de contribuições e o INSS 
ficou com a administração dos benefícios previdenciários. A cobrança nos 
concursos tem acompanhado essa transformação: os concursos da Receita 
Federal priorizam a matéria de Custeio e os do INSS dão maior ênfase ao 
conteúdo de Organização do RGPS e Benefícios. 
Nas últimas três seleções públicas do INSS (Médico Perito/2010; Analista 
com formação em Serviço Social/2008 e Analista e Técnico/2008), não houve 
nenhuma questão que cobrasse a matéria específica de contribuições. 
Contudo, o aluno não deve abandonar esse conteúdo, pois ele continua 
CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS 
PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA 
Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 2
constando no edital e pode ser cobrado na prova, além de ser necessário para 
uma compreensão sistêmica do Direito Previdenciário. Além disso, o tópico 
sobre salário de contribuição, inserido na parte de Custeio, tem boas chances 
de ser cobrado na prova. 
Antes de iniciarmos a aula, gostaria de lembrar aos alunos que ainda não 
fizeram sua inscrição para o concurso que o prazo vai até às 14 horas do dia 
11/01/2012, próxima quarta-feira. Portanto, falta menos de uma semana para 
o encerramento do período de inscrições. Não deixe para última hora e faça 
sua inscrição o quanto antes! 
Então é isso. Vamos à aula. 
Bons estudos! 
AULA 02
Conteúdo: 4) Empresa e empregador doméstico: conceito 
previdenciário. 5) Financiamento da Seguridade Social. 5.1) Receitas da União. 
5.2) Receitas das contribuições sociais: dos segurados, das empresas, do 
empregador doméstico, do produtor rural, do clube de futebol profissional, 
sobre a receita de concursos de prognósticos, receitas de outras fontes. 5.3) 
Salário de contribuição. 5.3.1) Conceito. 5.3.2) Parcelas integrantes e parcelas 
não integrantes. 5.3.3) Limites mínimo e máximo. 5.3.4) Proporcionalidade. 
5.3.5) Reajustamento. 
CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS 
PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA 
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4) EMPRESA E EMPREGADOR DOMÉSTICO: CONCEITO 
PREVIDENCIÁRIO. 
O Direito Previdenciário é um ramo autônomo do Direito e adota 
conceitos próprios, que são aplicáveis às relações por ele amparadas. Para o 
estudo das contribuições previdenciárias, é importante conhecer os conceitos 
previdenciários de empresa, equiparados à empresa e empregador doméstico, 
que seguem as definições da legislação previdenciária. O art. 12 do Decreto n° 
3.048/99 (RPS) traz as seguintes definições: 
Empresa: é a firma individual ou a sociedade que assume o risco 
de atividade econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como 
os órgãos e entidades da Administração Pública direta, indireta e fundacional. 
Equiparados: são equiparados à empresa o contribuinte 
individual, em relação a segurado que lhe preste serviço; bem como a 
cooperativa, a associação ou a entidade de qualquer natureza ou finalidade, a 
missão diplomática e a repartição consular de carreira estrangeira; o Órgão 
Gestor de Mão de Obra (OGMO); e o proprietário ou dono de obra de 
construção civil, quando pessoa física, em relação ao segurado que lhe presta 
serviço. 
Empregador doméstico: aquele que admite a seu serviço, no 
âmbito residencial, mediante remuneração, sem finalidade lucrativa, 
empregado doméstico. 
Como vimos anteriormente, a relação previdenciária é compulsória para 
os segurados. Da mesma forma, a admissão de trabalhador remunerado a seu 
serviço também gera obrigações para as empresas, equiparados e para o 
empregador doméstico. A obrigação principal é o dever de contribuir para o 
RGPS, pois a própria Constituição Federal previu as contribuições do 
empregador, da empresa e da entidade a ela equipara em seu art. 195. 
CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS 
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Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma 
direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes 
contribuições sociais: 
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, 
incidentes sobre: 
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a 
qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo 
empregatício; 
b) a receita ou o faturamento; 
c) o lucro; 
(...) 
Nesse sentido, os conceitos previdenciários são importantes para dar o 
enquadramento legal dos contribuintes das referidas contribuições. Se não 
fosse assim, uma cooperativa ou uma autarquia poderia alegar que não é 
empresa e que, por isso, não é devedora da referida contribuição 
previdenciária. Portanto, o conceito previdenciário de empresa, equiparados e 
empregador doméstico representa o enquadramento do contribuinte daquela 
contribuição previdenciária. 
5) FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL 
Sobre o financiamento da Seguridade Social, a Constituição de 1988 
define: 
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de 
forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos 
orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das 
seguintes contribuições sociais: 
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i) do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma 
da lei, incidentes sobre: 
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou 
creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, 
mesmo sem vínculo empregatício; 
b) a receita ou o faturamento; 
c) o lucro. 
ii) do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não 
incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime 
geral de previdência social de que trata o art. 201; 
iii) sobre a receita de concursos de prognósticos; 
iv) do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele 
equiparar. 
A seguridade social é financiada por toda a sociedade, de forma direta e 
indireta. A sociedade financiaa seguridade social de forma indireta quando os 
entes federativos destinam recursos orçamentários às ações da seguridade, 
pois tais recursos vêm da arrecadação de outros tributos recolhidos pela 
sociedade, como o imposto de renda e o imposto sobre a circulação de 
mercadorias e serviços, por exemplo. Por sua vez, a seguridade social também 
é financiada pela sociedade de forma direta através do recolhimento das 
contribuições sociais, que têm seu produto destinado constitucionalmente ao 
financiamento da seguridade social. 
Foram criadas contribuições sociais destinadas à seguridade social de 
forma ampla, abrangendo também a saúde e a assistência social, tais como 
COFINS, CSLL, PIS/PASEP e contribuições sobre a receita de concursos de 
prognósticos. No que se refere exclusivamente à Previdência Social, foram 
criadas contribuições dos segurados, conhecidas como contribuição para o 
INSS; da empresa, sobre a folha de pagamento (cota patronal), riscos 
ambientais de trabalho (RAT) e outros eventos relacionados à contratação de 
serviços que têm a participação de mão de obra; e do empregador doméstico. 
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Devido à importância do sistema da seguridade social, além de relacionar 
as bases econômicas sobre as quais podem incidir as contribuições sociais, o 
legislador constituinte previu regras bastante específicas no art. 195 referentes 
ao financiamento da seguridade social. Essas regras são objeto de cobrança 
frequente em questões de concursos. A seguir, os parágrafos do artigo 195, 
com breves comentários. 
§ 1º - As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não 
integrando o orçamento da União. 
Apesar de a maior parte do financiamento da seguridade social estar 
contida no orçamento da União, que é o ente competente pela arrecadação das 
contribuições sociais, o legislador constituinte determinou que os valores que 
os Estados, o DF e os Municípios destinam à seguridade social não comporão 
os valores que a União empregará nas despesas securitárias. 
§ 2º - A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de 
forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e 
assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei 
de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus 
recursos. 
Esse dispositivo também está relacionado ao processo legislativo 
orçamentário, mas se refere especificamente ao trabalho técnico que antecede 
a elaboração do orçamento anual dos entes políticos, que é realizado 
conjuntamente por membros das três áreas da seguridade social – saúde, 
previdência e assistência social. Se a seguridade compreende um conjunto 
integrado de ações, a elaboração do orçamento também deve ser integrada. 
Entretanto, a gestão dos recursos é feita individualmente por cada uma das 
áreas da seguridade. Em outras palavras, o orçamento é conjunto, mas o gasto 
é separado. 
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§ 3º - A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, 
como estabelecido em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem 
dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios. 
Esse dispositivo impõe uma restrição aos inadimplentes junto à 
seguridade social. Devido à importância dos direitos sociais garantidos pela 
seguridade, a própria Constituição criou um mecanismo para desestimular a 
inadimplência, a fim de evitar que a pessoa jurídica que esteja em débito com 
a seguridade social obtenha acesso a recursos públicos. Portanto, uma 
empresa em débito com suas contribuições sociais para a seguridade social 
não pode, por exemplo, participar de concorrência pública, nem usufruir de 
isenções tributárias, nem obter empréstimos concedidos por instituições 
financeiras públicas. 
§ 4º - A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a 
manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 
154, I. 
Essa é a chamada competência residual da União para criar novas fontes 
destinadas ao financiamento ou expansão da seguridade social, além das 
atualmente previstas no próprio artigo 195. Contudo, o exercício dessa 
competência residual deve observar os requisitos fixados no art. 154, I, da 
Constituição. Desse modo, a criação da nova fonte deve ocorrer por meio de lei 
complementar, obedecer à técnica da não-cumulatividade e deve haver 
inovação quanto às bases de cálculo e fatos geradores. 
§ 5º - Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser 
criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total. 
Esse princípio, que também é conhecido como princípio da preexistência 
da fonte de custeio, da reserva do possível ou da contrapartida, foi analisado 
no tópico 1. Significa que qualquer alteração que provoque aumento de 
despesas da seguridade só está autorizada se houver a criação simultânea da 
respectiva fonte de custeio, equivalente ao desembolso adicional que a 
seguridade social terá que realizar. Trata-se de uma garantia do próprio 
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sistema protetivo, pois favorece o equilíbrio financeiro ao evitar legislações 
oportunistas que criem benefícios sem que haja a correspondente fonte de 
custeio total. Desse modo, sem receita não pode haver despesa. 
§ 6º - As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser 
exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as 
houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 
150, III, b. 
O dispositivo referido (art. 150, III, b) veda a cobrança de tributos no 
mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou 
aumentou, princípio conhecido como anterioridade do exercício ou anual. 
Porém, as contribuições da seguridade social têm regra específica, que é a 
anterioridade nonagesimal. Logo, é possível a cobrança de contribuição nova 
ou aumentada dentro do mesmo ano em que for publicada a lei que a instituiu, 
bastando que dessa publicação transcorra o período de noventa dias. Tanto a 
anterioridade anual quanto a nonagesimal homenageiam o princípio da não-
surpresa, garantindo ao contribuinte um prazo razoável para se preparar para 
um gasto tributário maior. 
§ 7º - São isentas de contribuição para a seguridade social as 
entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências 
estabelecidas em lei. 
As entidades beneficentes de assistência social já desenvolvem ações 
que integram a seguridade. Assim, em vez de contribuírem com dinheiro, 
contribuem com a prestação de serviços que de outra forma seriam de 
responsabilidade do Estado. 
§ 8º - O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o 
pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas 
atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, 
contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota 
sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios 
nos termos da lei. 
CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS 
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Esse é o fundamento constitucional para a criação dos denominados 
segurados especiais, que têm tratamento diferenciado.Reconhecendo que 
esses trabalhadores não possuem capacidade contributiva equivalente a dos 
demais segurados, a Constituição possibilita o tratamento diferenciado e mais 
benéfico. Dessa maneira, em vez de recolher sobre o salário de contribuição, o 
segurado especial recolherá sobre a receita da comercialização da produção e 
terá a cobertura de benefícios conforme previsto em lei, com a delimitação do 
valor do benefício a um salário mínimo, por exemplo. 
§ 9º - As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste 
artigo poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da 
atividade econômica, da utilização intensiva de mão-de-obra, do porte da 
empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho. 
A lei poderá dar tratamento diferenciado às pessoas indicadas no inciso I 
do caput (empregador, empresa e entidade a ela equiparada), no tocante à 
determinação das alíquotas ou das bases de cálculo das contribuições a seu 
cargo (sobre as remunerações dos trabalhadores a seu serviço; sobre a receita 
ou o faturamento; e sobre o lucro), em razão da atividade econômica, da 
utilização intensiva de mão-de-obra, do porte da empresa ou da condição 
estrutural do mercado de trabalho. Exemplo prático disso é a contribuição das 
instituições financeiras e das empresas que se dediquem à atividade rural, 
como veremos a frente. 
§ 10 - A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o 
sistema único de saúde e ações de assistência social da União para os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e dos Estados para os Municípios, 
observada a respectiva contrapartida de recursos. 
Uma vez que as contribuições são destinadas à cobertura de três direitos 
sociais, não é possível no instante do recolhimento saber se os recursos serão 
destinados para a saúde, previdência ou assistência social. Desse modo, o 
destino do produto arrecadado com as contribuições será determinado por 
meio de lei ordinária, atendendo assim as necessidades do poder público. A 
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única ressalva são as contribuições previdenciárias sobre folha de pagamento e 
dos trabalhadores, que serão destinadas especificamente ao pagamento de 
benefícios previdenciários, por previsão expressa do art. 167, inciso XI, da 
Constituição. 
Entende-se que a efetividade da prestação de serviço ocorre 
principalmente em nível municipal, assim tanto a União como os Estados 
devem transferir recursos arrecadados para os Municípios. Os critérios para 
rateio de valores entre as unidades da Federação poderá levar em 
consideração a população, nível de renda na localidade, quantidade de 
hospitais e postos de saúde. 
§ 11 - É vedada a concessão de remissão ou anistia das contribuições 
sociais de que tratam os incisos I, a, e II deste artigo, para débitos em 
montante superior ao fixado em lei complementar. 
No Direito Tributário, "remissão" e "anistia" significam, respectivamente, 
perdão da dívida tributária e esquecimento da infração cometida pelo 
contribuinte. Para as contribuições sociais das empresas incidentes sobre a 
folha de salários e as contribuições dos trabalhadores, nenhum débito superior 
ao fixado em lei complementar poderá ser remido ou anistiado. Essa é mais 
uma garantia do sistema, pois se fosse possível dispensar indistintamente os 
contribuintes do pagamento das contribuições, o financiamento da seguridade 
poderia ficar comprometido. Até o momento tal lei complementar não foi 
publicada. 
§ 12 - A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as 
contribuições incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do caput, serão não-
cumulativas. 
Essa previsão foi introduzida pela Emenda Constitucional nº 42/2003, 
com vistas a permitir a instituição da sistemática não cumulativa para as 
contribuições de PIS e Cofins. A não cumulatividade no texto constitucional 
refere-se à possibilidade de, no instante do recolhimento do tributo, ser 
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considerado o montante cobrado nas operações anteriores. Essa previsão 
constitucional alcança também o PIS-importação e o Cofins-importação. 
§ 13 - Aplica-se o disposto no § 12 inclusive na hipótese de 
substituição gradual, total ou parcial, da contribuição incidente na forma do 
inciso I, a, pela incidente sobre a receita ou o faturamento. 
Em todas as hipóteses em que a contribuição previdenciária patronal for 
substituída pela contribuição sobre a receita ou o faturamento, será aplicado o 
disposto no § 12, caso o contribuinte atue num daqueles setores da atividade 
econômica sujeitos à não cumulatividade. 
5.1) Receitas da União 
A contribuição da União para a Seguridade Social é constituída de 
recursos adicionais do Orçamento Fiscal, fixados obrigatoriamente na Lei 
Orçamentária Anual (art. 196, RPS). As propostas orçamentárias anuais ou 
plurianuais da Seguridade Social serão elaboradas por Comissão integrada por 
três representantes, sendo um da área da saúde, um da área da previdência 
social e um da área de assistência social (Lei n° 8.212/1991, art. 8°). 
A União é responsável pela cobertura de eventuais insuficiências 
financeiras da seguridade social, quando decorrentes do pagamento de 
benefícios de prestação continuada da previdência social (art. 196, parágrafo 
único, RPS). 
Conforme os dispositivos acima, a seguridade social será financiada, 
dentre outras, com receitas da União. Essa previsão do uso de receitas da 
União para financiar a Saúde, Previdência e Assistência Social significa que, 
além das receitas das contribuições sociais, a União também deve destinar 
parte de suas receitas orçamentárias ao financiamento da Seguridade Social. 
Além disso, o parágrafo único do art. 196 do RPS dispõe que, quando os 
recursos das contribuições previdenciárias forem insuficientes para o 
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pagamento de benefícios de prestação continuada da previdência social, o 
governo deve trazer previsão no Orçamento da União para cobrir essas 
insuficiências, a fim de manter o Regime funcionando. 
5.3) Salário de contribuição 
Iniciaremos agora o estudo das contribuições para a seguridade social. 
Por uma opção didática, apresento o tópico 5.3 (salário de contribuição) antes 
do tópico 5.2. Assim, estudaremos primeiro o conceito de salário de 
contribuição, que é importante para a compreensão da incidência e da base de 
cálculo das contribuições, para depois analisarmos as várias hipóteses de 
contribuição para a seguridade social. 
5.3.1) Conceito 
As contribuições sociais do empregador e do trabalhador são calculadas 
sobre a remuneração paga, devida ou creditada ao trabalhador. Assim, a 
legislação previdenciária definiu, para cada tipo de segurado, o que é 
considerado remuneração para cálculo das contribuições e deu a esse conceito 
o nome de salário de contribuição (SC). Portanto, salário de contribuição é a 
base de cálculo das contribuições sociais dos trabalhadores e demais 
segurados do RGPS. A base de cálculo das contribuições sociais da empresa 
incidentes sobre a folha de salários de empregados e avulsos é similar ao 
salário de contribuição desses, porém não observa teto (limite máximo). Para 
cada tipo de segurado há uma definição de salário de contribuição (base de 
cálculo do tributo): 
Contribuinte Individual: remuneração auferida em uma ou mais 
empresas oupelo exercício de sua atividade por conta própria durante o mês. 
Empregado Doméstico: remuneração registrada na carteira de 
trabalho (CTPS). 
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Segurado Facultativo: valor por ele declarado. 
Segurado Especial: receita bruta da comercialização da produção rural, 
quando houver. 
Empregado e trabalhador avulso: remuneração auferida em uma ou 
mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos 
ou creditados a qualquer título, durante o mês. 
5.3.2) Parcelas integrantes e parcelas não integrantes 
Na relação entre empresas e trabalhadores, muitas vezes a remuneração 
pelo trabalho não é paga exclusivamente através do salário. Algumas vezes, 
inclusive, isso é feito com o intuito de sonegar a contribuição previdenciária. 
Por vezes, o empregador paga um salário menor, mas complementa com o 
pagamento do aluguel e de outras despesas do trabalhador. No entanto, a 
legislação considera esses ganhos habituais como parte integrante da 
remuneração e faz incidir contribuição previdenciária também sobre esses 
valores. 
Nesse sentido, a legislação definiu quais parcelas integram o SC e quais 
não integram. Basicamente, tudo o que é pago pelo trabalho faz parte do SC. 
Já as parcelas que têm caráter indenizatório, que são pagas para que o 
trabalhador tenha condições de trabalhar, estão excluídas do SC. 
PARCELAS INTEGRANTES: gorjetas, comissões, gratificações e 
prêmios; 13° salário / gratificação natalina; salário-maternidade (é o único 
benefício previdenciário que integra o SC); ganhos habituais sob a forma de 
utilidades; férias normais e adicional de 1/3; aviso prévio; e diárias que 
excedam a 50% da remuneração. Essa lista é exemplificativa, logo, pode haver 
outras parcelas integrantes do SC. 
PARCELAS NÃO INTEGRANTES: benefícios previdenciários (exceto 
salário-maternidade); indenizações – férias indenizadas, dobra das férias, 
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incentivo à demissão (PDV), abono de férias (venda de 1/3 das férias); 
alimentação (se estiver de acordo com o Programa de Alimentação do 
Trabalhador e não pode ser em dinheiro); transporte (se estiver de acordo com 
a lei, ainda que pago em dinheiro - STF); vestuário (uniforme para o trabalho); 
ajuda de custo (em caso de mudança, em parcela única); diárias (não 
superiores a 50% da remuneração); reembolsos comprovados (reembolso 
creche, para crianças até 6 anos; reembolso babá; e despesas com veículo 
próprio); transporte, alimentação e habitação, quando distante (canteiro de 
obra); direitos autorais; remuneração de estagiário (de acordo com a lei). 
Além disso, quando disponível para todos os empregados e dirigentes, não 
integram o SC: seguro de vida, assistência médica, educação (capacitação), 
previdência privada e complementação do auxílio-doença. Essa lista é 
exaustiva. Portanto, qualquer parcela que não tenha sido listada nela integrará 
o SC. 
Sobre a orientação dos tribunais superiores, é importante registrar que 
decisão recente do STF garantiu que o vale-transporte não integra o SC, ainda 
que pago em dinheiro. Anteriormente, o STJ tinha entendimento contrário, se 
posicionando a favor da incidência de contribuição previdenciária sobre o vale-
transporte pago em dinheiro. O Supremo, ao julgar o Recurso Extraordinário 
478.410/SP (rel. Min. Eros Grau, 10.3.2010), decidiu que o vale-transporte, 
tanto em tíquete como em dinheiro, tem natureza indenizatória e sobre o 
mesmo não há qualquer reflexo trabalhista ou fiscal. Segundo o relator, o 
benefício "não tem natureza salarial, nem se incorpora à remuneração para 
quaisquer efeitos. Não se constitui base para incidência da contribuição 
previdenciária, FGTS e não se configura como rendimento tributável do 
trabalhador para fins de Imposto de Renda". 
5.3.3) Limites mínimo e máximo 
O limite mínimo do salário de contribuição corresponde ao piso salarial, 
legal ou normativo, da categoria ou, inexistindo este, ao salário mínimo, 
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tomado no seu valor mensal, diário ou horário, conforme o ajustado e o tempo 
de trabalho efetivo durante o mês. Vale registrar que, para o contribuinte 
individual, caso a remuneração auferida no mês não alcance o valor do salário 
mínimo, ele deve fazer a complementação da contribuição para atingir o valor 
do mínimo, para que o mês seja computado nos cálculos dos benefícios. Caso 
contrário, o mês é desconsiderado. Como o salário-mínimo é reajustado 
periodicamente, assim como outros valores contidos na legislação 
previdenciária, os limites mínimo e máximo do salário de contribuição são 
estabelecidos mediante Portaria Conjunta do Ministério da Previdência Social e 
do Ministério da Fazenda, valendo para todos os segurados. 
O limite máximo do SC corresponde ao teto do valor dos benefícios do 
RGPS e, atualmente, está fixado em R$ 3.691,74, de acordo com a Portaria 
Interministerial MPS/MF n° 407, de 14/07/2011. Registre-se que a 
contribuição das empresas e equiparados, conhecida como cota patronal, não 
observa limite máximo. 
É provável que seja editada em breve nova portaria interministerial para 
atualizar os limites mínimo e máximo do salário de contribuição, tendo em 
vista o reajuste do salário mínimo. No entanto, se isso realmente acontecer, 
tal portaria não poderá ser cobrada no concurso, pois somente a legislação 
vigente até a publicação do edital pode ser objeto de cobrança na prova. 
5.3.4) Proporcionalidade 
O limite mínimo do salário de contribuição pode ser definido em dias ou 
em horas, caso o trabalhador seja contratado no meio do mês ou se trabalha 
somente meio expediente, recebendo um valor inferior ao salário-mínimo 
mensal. Nesses casos, o salário de contribuição será proporcional ao número 
de dias trabalhado no mês e, mesmo que o SC seja inferior ao mínimo mensal, 
o trabalhador terá esse período de contribuição computado, assegurado o 
recebimento de benefícios no valor mínimo mensal. Para o contribuinte 
individual, caso a remuneração auferida no mês não alcance o valor do salário 
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mínimo, ele deve fazer a complementação da contribuição para atingir o valor 
do mínimo, para que o mês seja computado nos cálculos dos benefícios. Caso 
contrário, o mês é desconsiderado. 
5.3.5) Reajustamento 
O reajustamento do salário de contribuição não se confunde com o 
reajuste do valor dos benefícios da previdência social, mas sim ao limite 
máximo definido na legislação sobre o qual pode incidir contribuição 
previdenciária. Como vimos anteriormente, o limite máximo do SC atualmente 
é definido pela Portaria Interministerial MPS/MF n° 407, de 14/07/2011. A Lei 
n° 8.212/1991 determina que tal reajuste seja feito na mesma época que os 
do reajustamento dos benefícios de prestação continuada da Previdência 
Social. Assim, a periodicidade do reajuste não é fixa, mas geralmente ocorre 
uma ou duas vezes ao ano por meio de Portaria Interministerial do Ministério 
da Fazenda e do Ministério da Previdência Social. 
5.2) Receitas das contribuições sociais: dos segurados, das empresas, 
do empregador doméstico, do produtor rural, do clube de futebol 
profissional, sobre a receita de concursos de prognósticos, receitas de 
outras fontes.CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS DO RGPS 
Empregado, trabalhador avulso e empregado doméstico 
A contribuição do empregado, do trabalhador avulso e do empregado 
doméstico tem alíquotas diferenciadas a depender da faixa em que se encontre 
o salário de contribuição do segurado. Atualmente, existem três alíquotas 
fixadas, de 8%, 9% e 11%, que são aplicadas, para remunerações referentes 
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ao ano de 2011, seguindo a tabela abaixo (Portaria Interministerial MPS/MF n° 
407/2011): 
Salário de contribuição Alíquotas
até R$ 1.107,52 8,00% 
de R$ 1.107,53 a R$ 
1.845,87 9,00% 
de R$ 1.845,88 a R$ 
3.691,74 11,00% 
Essa contribuição é conhecida como o INSS do empregado e é 
descontada de sua remuneração pelo empregador, já que a lei enquadra o 
empregador como responsável tributário por tais contribuições. 
Contribuinte individual 
A contribuição previdenciária do contribuinte individual varia conforme o 
destinatário do serviço que ele presta. Se o CI presta serviço para empresa ou 
equiparados, sua contribuição será de 11% do salário de contribuição 
decorrente da remuneração paga pelo serviço. Nessas situações, haverá cota 
patronal (CP) por parte da empresa, conforme veremos posteriormente, e a 
contribuição do CI será recolhida pela tomadora do serviço e descontada da 
remuneração paga ao segurado. 
Já quando o CI presta serviço para pessoa física, produtor rural pessoa 
física, outro contribuinte individual, missão diplomática (e correlatas) ou para 
instituições isentas das contribuições previdenciárias, sua contribuição é de 
20% do valor da remuneração paga pelo serviço. Quando o CI presta serviço a 
pessoas/entidades desobrigadas a descontar, ele mesmo deve proceder ao 
pagamento dos 20% através da Guia de Recolhimento da Previdência Social 
(GPS), também conhecido como carnê do INSS. 
Presunção de desconto 
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No caso do trabalhador empregado, do avulso, do empregado doméstico 
e do contribuinte individual que presta serviço a empresas, o desconto da 
contribuição do segurado sempre se presumirá feito, oportuna e regularmente, 
pela empresa, pelo empregador doméstico, pelo sindicato e pelo OGMO a isso 
obrigados, não lhes sendo lícito alegar qualquer omissão para se eximirem do 
recolhimento, ficando os mesmos diretamente responsáveis pelas importâncias 
que deixarem de descontar ou tiverem descontado de forma incorreta. 
Segurado Especial 
O segurado especial tem um tratamento preferencial concedido pela 
legislação, por se entender que ele trabalha em regime de economia familiar, 
produzindo geralmente o suficiente apenas para sua subsistência. Portanto, 
para o segurado especial, só haverá contribuição quando houver 
comercialização da produção. Nesses casos, o segurado especial estará sujeito 
a uma contribuição muito similar à contribuição do produtor rural pessoa física, 
como será detalhado posteriormente na seção específica. 
Segurado Facultativo 
Para o segurado facultativo, o valor da contribuição previdenciária será o 
resultado da aplicação da alíquota de 20% sobre o salário de contribuição, que 
é o valor por ele declarado, observados os limites mínimo e máximo. 
Plano Simplificado de Previdência Social (PSPS) 
O PSPS é uma forma de inclusão previdenciária com percentual de 
contribuição reduzido de 20% para 11% para algumas categorias de segurados 
da Previdência Social. Desde a competência abril/2007, podem contribuir com 
11% sobre o valor do salário-mínimo os seguintes segurados: contribuintes 
individuais que trabalham por conta própria (antigo autônomo), sem relação 
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de trabalho com empresa ou equiparada; e segurados facultativos. Nesses 
casos, o valor do salário de contribuição é limitado ao salário mínimo, não 
podendo pagar mais que esse valor no PSPS. Tal opção implica exclusão do 
direito ao benefício de aposentadoria por tempo de contribuição (LC 123, de 
14/12/2006). 
Mais recentemente, a Lei n° 12.470, de 31 de agosto de 2011, reduziu a 
alíquota de contribuição do PSPS para 5% do salário-mínimo para duas 
categorias específicas de segurado: o contribuinte individual enquadrado como 
Microempreendedor Individual (MEI) e o segurado facultativo sem renda 
própria e de baixa renda. 
CONTRIBUIÇÃO DAS EMPRESAS E EQUIPARADOS 
Cota Patronal 
O fato gerador da contribuição das empresas é, também, a atividade 
remunerada dos segurados a seu serviço, com ou sem vínculo empregatício. 
Há algumas exceções, como a contratação de cooperativa de trabalho, em que 
ainda assim o trabalho remunerado aparece como aspecto material da hipótese 
de incidência. Por esse motivo, a base de cálculo da cota patronal 
previdenciária será, em regra, a remuneração dos segurados. Lembre-se que, 
nesse caso, não há que se falar em limite máximo. 
Incide a cota patronal de 20% sobre o total das remunerações pagas, 
devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados 
empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços. Da mesma 
forma, também incide a contribuição de 20% sobre o total das remunerações 
pagas ou creditadas aos segurados contribuintes individuais que lhe prestem 
serviços. Portanto, a contratação de serviços eventuais de pessoa física não 
exclui a contribuição da empresa. 
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Determina a lei que as instituições financeiras, além das contribuições 
básicas, devem a contribuição adicional de 2,5% sobre a mesma base de 
cálculo, ou seja, as remunerações de empregados, avulsos e CI. Assim, a cota 
patronal das instituições financeiras totaliza o percentual de 22,5%. Registre-
se, também, que a CF conferiu imunidade às entidades de assistência social 
em relação às contribuições sociais. 
Recentemente, a Medida Provisória n° 540/2011, convertida na Lei n° 
12.546, de 14 de dezembro de 2011, reduziu a cota patronal de alguns setores 
industriais no bojo da nova política industrial do governo, no chamado Plano 
Brasil Maior (www.brasilmaior.mdic.gov.br). O objetivo do plano é estimular a 
competitividade dos setores sensíveis ao câmbio valorizado que tem se 
observado nos últimos tempos. 
Assim, as empresas que prestam, exclusivamente, os serviços de 
tecnologia da informação (TI) e tecnologia da informação e comunicação (TIC) 
deixam de contribuir com os 20% sobre a remuneração de empregados, 
avulsos e individuais, mas passam a ter um aumento de 2,5% de COFINS em 
contrapartida. Também os setores de confecções, calçados e móveis tiveram 
sua alíquota da contribuição previdenciária patronal reduzida a zero (0%), mas 
o aumento de COFINS como contrapartida foi de apenas 1,5%. Esses 
benefícios são temporários, válidos até 31 de dezembro de 2014, e entraram 
em vigor três meses após a publicação da MP. 
Riscos Ambientais do Trabalho (RAT) 
A CF assegura aos trabalhadores seguro contra acidentes de trabalho, a 
cargo do empregador (CF, art.7°, XXVIII). Por isso, além da cota patronal das 
empresas de 20%, sobre a remuneração de empregados e avulsos incide a 
contribuição RAT de 1, 2 ou 3% a título de custeio do seguro de acidentes do 
trabalho. Tal contribuição não incide sobre a remuneração paga ao CI. 
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Recentemente, foi implementada uma nova sistemática de ponderação 
da alíquota RAT com base no Fator Acidentário Previdenciário (FAP). O FAP é 
um multiplicador aplicado à alíquota RAT que mede o desempenho da empresa 
em relação à saúde e segurança no trabalho, com o objetivo de estimular a 
introdução de políticas mais efetivas nessa área. Assim, de acordo com o 
desempenho da empresa em relação ao seu setor econômico, a alíquota RAT 
pode ser dividida pela metade ou até dobrar. 
Contribuição para terceiros 
Além das contribuições previdenciárias, a Secretaria da Receita Federal 
do Brasil (RFB) também arrecada as contribuições para terceiros, que são 
entidades de personalidade jurídica própria, de natureza privada. Os terceiros 
são, por exemplo, o SESC, SESI, SENAC, SENAT e o SENAR, que visam ao 
aprimoramento profissional e bem-estar de seus associados, vinculados a estas 
entidades de acordo com a atividade econômica de seus empregadores. 
Portanto, embora estas contribuições não sejam destinadas à seguridade 
social, elas são devidas pelas empresas e, geralmente, têm a alíquota de 
5,8%. 
Cooperativas de trabalho 
As cooperativas de trabalho não estão sujeitas à contribuição patronal de 
20% sobre os valores pagos ou devidos ao contribuinte individual que lhe 
presta serviço, NA CONDIÇÃO DE COOPERADO, através de sua intermediação. 
As empresas que contratam os serviços de cooperativa de trabalho é que ficam 
responsáveis pela cota patronal, que é de 15%, incidente sobre o valor bruto 
da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços. Contudo, a cooperativa está 
obrigada a descontar a contribuição a cargo do segurado CI cooperado e 
recolher o valor arrecadado. 
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Portanto, se o cooperado CI presta serviços através da cooperativa de 
trabalho a empresas em geral, a cooperativa deverá descontar 11% da 
contribuição do segurado e a empresa contratante contribuirá com 15% da 
nota fiscal correspondente à cota patronal. Já se o cooperado prestar serviços 
a empresas isentas de contribuição social ou a pessoas físicas, não haverá cota 
patronal e a contribuição do segurado será de 20%, valor que deve ser 
descontado e recolhido pela cooperativa. 
As cooperativas de trabalho não devem ser confundidas com as 
cooperativas de produção. Essas últimas, para fins previdenciários, são 
equiparadas a empresas e recebem o mesmo tratamento dado a tais 
entidades. 
Adicional RAT 
Haverá incidência adicional de 12, 9 ou 6% à alíquota RAT, 
respectivamente, se a atividade exercida pelo segurado a serviço da empresa 
ensejar a concessão de aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de 
contribuição. A legislação específica define quais são essas atividades. É 
importante notar que essas alíquotas adicionais não incidem sobre o total da 
folha de pagamento, mas somente sobre a remuneração dos empregados e 
trabalhadores avulsos sujeitos às condições de trabalho que prejudiquem de 
tal forma a saúde e a integridade física que ensejem a aquisição futura de 
aposentadoria especial. 
No caso de cooperados que prestem serviços por intermédio de 
cooperativa de trabalho, cuja atividade desenvolvida por eles enseje a 
concessão de aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição, 
haverá um acréscimo de contribuição, respectivamente, de 9, 7 ou 5% sobre a 
nota fiscal ou fatura de serviços, a cargo da empresa contratante. 
Microempresa e Empresa de Pequeno Porte 
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As empresas optantes pelo Simples Nacional, introduzido pela LC n° 
123/06, têm uma forma simplificada substitutiva de pagamento de uma série 
de tributos (federais, estaduais e municipais): em vez de efetuar pagamentos 
de diversos tributos separadamente, pagam somente um percentual 
consolidado sobre sua receita bruta mensal auferida, incluindo as contribuições 
previdenciárias da empresa. Portanto, a cota patronal e a alíquota RAT estão 
inseridas no pagamento do Simples Nacional, recebendo a destinação de um 
pequeno percentual do valor arrecadado. 
As empresas que podem optar pelo Simples Nacional são limitadas a um 
patamar de receita bruta anual. É considerada Microempresa aquela que tem 
receita bruta anual menor ou igual a R$ 360.000,00. Já a Empresa de Pequeno 
Porte são aquelas que têm receita bruta anual entre R$ 360.000,00 e R$ 
3.600.000,00. Os limites de enquadramento foram reajustados recentemente 
através da Lei Complementar n° 139/2011. Empresas que tenham receita 
bruta anual acima desses valores estão excluídas do Simples Nacional. 
A empresa optante pelo Simples Nacional continua obrigada a descontar 
e recolher a contribuição do segurado que lhe presta serviço, na condição de 
responsável por tais tributos. Ademais, estão isentas da contribuição para 
terceiros. 
Frete – Transportador Autônomo 
O contribuinte individual fretista ou transportador autônomo é tratado de 
forma diferenciada pela legislação previdenciária em relação a um contribuinte 
individual qualquer, pois a nota fiscal relativa ao frete inclui não somente o 
pagamento de remuneração ao transportador autônomo, mas também 
despesas com combustível, seguros da mercadoria e do veículo, entre outras. 
Por isso, seria injusto que as alíquotas previdenciárias incidissem sobre o valor 
total da nota. Assim, o RPS definiu uma base de cálculo reduzida (BCR) para 
essa situação, que é de 20% sobre o valor bruto do frete. 
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Sendo assim, no caso de um CI fretista que presta serviço a uma 
empresa, haverá incidência de cota patronal de 20% sobre a BCR, ou seja, 
20% sobre 20% do valor bruto do frete. Já se uma empresa contrata um frete 
de uma cooperativa de trabalho (de fretistas), haverá cota patronal de 15% 
sobre a BCR, que será 20% do valor da fatura de serviço do frete. Nos dois 
casos, o desconto de 11% da contribuição do CI também será feito sobre a 
BCR. 
Produtor Rural Pessoa Jurídica e Agroindústria 
O produtor rural pessoa jurídica (PRPJ) é uma empresa dedicada à 
produção rural. Agroindústria é uma empresa que industrializa produtos rurais 
de sua própria produção, no todo ou em parte, mesmo que também adquira 
produção de terceiros para industrializar. O PRPJ e a agroindústria têm um 
tratamento diferenciado em relação a sua forma de contribuir para a 
previdência social: contribuem com 2,5% da receita bruta proveniente da 
comercialização de sua produção, como cota patronal, e mais 0,1% da mesma 
receita bruta, como alíquota RAT. Além disso, incide mais 0,25% de 
contribuição para terceiros (SENAR), totalizando 2,85%. 
Essa forma de contribuição substitui a cota patronal e o RAT referente a 
trabalhadores empregados e avulsos. As contribuições referentes a CI, 
cooperativas de trabalho e demais contribuições recebem o mesmo tratamento 
de qualquer empresa. 
Produtor Rural Pessoa Física e Segurado Especial 
Para o produtor rural pessoa física (PRPF) e para o segurado especial 
(SE), a base de cálculo da contribuição será a receita bruta da comercialização 
da produção rural, ou seja, o valor recebido ou creditado pela comercialização 
da produção, tendo as seguintes alíquotas e destinações: 2% para a 
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previdência social (cota patronal); 0,1% para a contribuição dos riscos 
ambientais do trabalho (RAT) e 0,2% para terceiros. 
A diferença entre o PRPF e o SE está no tamanho da propriedade, que 
para o SE deve ser limitada a 4 módulos fiscais, e na limitação de empregados, 
pois o SE só pode contar com ajuda eventual de terceiros. Daí decorre um 
desdobramento importante: para o SE, a contribuição mencionada refere-se a 
sua própria contribuição, como segurado. Já para o PRPF, a contribuição sobre 
a receita bruta da comercialização da produção corresponde a sua cota 
patronal e RAT, sendo devida, ainda, sua contribuição como contribuinte 
individual. 
Na comercialização da produção rural do PRPF ou do SE, ocorre o 
fenômeno da sub-rogação: o adquirente da produção rural fica responsável, 
como substituto tributário, pelo recolhimento das contribuições sociais 
incidentes na operação, salvo se o adquirente for pessoa física (no varejo) ou 
outro PRPF ou SE. 
Microempreendedor Individual – MEI 
O Empreendedor Individual é a pessoa que trabalha por conta própria e 
que se legaliza como pequeno empresário. Para ser um empreendedor 
individual, é necessário faturar no máximo até R$ 60.000,00 por ano, não ter 
participação em outra empresa como sócio ou titular e ter, no máximo, um 
empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da categoria. 
Além de outros benefícios tributários, o MEI é enquadrado como CI, 
devendo contribuir com 5% sobre o salário-mínimo, mas não fará jus à 
aposentadoria por tempo de contribuição. Anteriormente, o MEI contribuía com 
11% do salário-mínimo, mas a Lei n° 12.470, de 30 de agosto de 2011, 
resultado da conversão da MP n° 529/2011, garantiu tratamento mais benéfico 
ao MEI, mediante a redução de sua alíquota de contribuição para 5%. Além 
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disso, em relação a seu empregado, o MEI tem cota patronal de 3% da 
remuneração e deve reter a contribuição do empregado. 
EMPREGADOR DOMÉSTICO 
O empregador doméstico deve efetuar o recolhimento de contribuição no 
valor de 12% sobre o salário de contribuição (SC) do empregado doméstico a 
seu serviço, que seria a contribuição correspondente à cota patronal das 
empresas. Contudo, diferentemente das empresas, a cota patronal do 
empregador doméstico obedece ao limite máximo do SC, que em 2010 é de R$ 
3.416,54. 
O empregador doméstico está dispensado da contribuição para terceiros 
e do RAT. Vale a pena ressaltar que, durante o período de licença-
maternidade, o empregador doméstico continua recolhendo a cota patronal e o 
salário-maternidade é pago pelo INSS. 
ASSOCIAÇÃO DESPORTIVA QUE MANTÉM EQUIPE DE FUTEBOL 
PROFISSIONAL 
Dispõe a lei que a contribuição das associações desportivas que mantêm 
equipe de futebol profissional corresponde a 5% da receita bruta decorrente 
dos espetáculos esportivos de que participem em todo o territorial nacional, 
em qualquer modalidade desportiva, inclusive jogos internacionais, e sob 
qualquer forma de patrocínio, licenciamento de uso de marcas e símbolos, 
publicidade, propaganda e de transmissão de espetáculos desportivos. 
Em nosso país, os salários de jogadores de futebol são astronômicos. 
Como a cota patronal não observa limite, a contribuição dessas associações 
desportivas sobre os salários seria muito elevada, gerando um incentivo à 
sonegação. Portanto, essa forma diferenciada de contribuição busca uma 
alternativa mais harmônica de cumprimento das obrigações, já que a 
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contribuição é deduzida diretamente das principais fontes de receita de tais 
associações. Tanto é assim que são as próprias empresas patrocinadoras ou 
promotoras dos espetáculos esportivos que devem descontar e recolher tal 
contribuição, ou seja, são responsáveis pelo tributo. 
CONTRIBUIÇÃO SOBRE A RECEITA DE CONCURSOS DE PROGNÓSTICOS 
A Constituição Federal estabelece que a receita de concursos de 
prognósticos é uma contribuição social. A legislação definiu que 100% da 
renda líquida dos concursos de prognósticos realizados pelos órgãos do Poder 
Público são destinados à seguridade social de sua esfera de governo. Portanto, 
do total da arrecadação são deduzidos os valores destinados ao pagamento de 
prêmios, de impostos e de despesas administrativas, além dos valores 
destinados ao Programa de Crédito Educativo – o restante é destinado à 
seguridade social. 
Além disso, incide ainda contribuição social de 5% sobre o movimento 
global de apostas em prado de corridas (corrida de cavalo) e de 5% sobre o 
movimento global de apostas em sorteio de números ou de quaisquer 
modalidades de símbolos, realizados por entidades privadas. 
RECEITAS DE OUTRAS FONTES 
Constituem outras receitas da Seguridade Social: as multas, a 
atualização moratória e os juros moratórios; as receitas patrimoniais, 
industriais e financeiras; as doações, legados e subvenções; 50% dos valores 
obtidos com os bens de valor econômico apreendidos em decorrência do tráfico 
ilícito de entorpecentes e drogas afins; e 40% do resultado dos leilões dos 
bens apreendidos pela Receita Federal. 
 
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QUESTÕES 
ATENÇÃO: Como dito anteriormente, os últimos concursos do INSS 
praticamente não cobraram questões da parte de contribuições. Não encontrei 
questões da FCC sobre esse tópico e apresento questões de outra banca. 
Algumas questões abordam temas de uma complexidade maior do que o 
padrão das questões da FCC e dos concursos do INSS. De qualquer forma, a 
resolução da lista de exercícios é essencial para a fixação da matéria. 
1 - (ESAF/Auditor-Fiscal da Previdência Social/2002) A respeito do 
conceito previdenciário de empresa ou de empregador doméstico, assinale a 
assertiva incorreta. 
a) Empresa – a firma individual ou sociedade que assume o risco de atividade 
econômica urbana ou rural, com fins lucrativos, bem como os órgãos e 
entidades da administração pública direta, indireta ou fundacional. 
b) Empregador doméstico – a pessoa ou família que admite a seu serviço, sem 
finalidade lucrativa, empregado doméstico. 
c) Equipara-se à empresa, para os efeitos da Lei 8.213/91, o contribuinte 
individual em relação a segurado que lhe presta serviço. 
d) Equipara-se à empresa, para os efeitos da Lei 8.213/91, a cooperativa. 
e) Equipara-se à empresa, para os efeitos da Lei 8.213/91, a associação ou 
entidade de qualquer natureza ou finalidade. 
2 - (ESAF/Técnico da Receita Federal – Área Tecnologia da 
Informação/2006) Leia cada um dos assertos abaixo e assinale (V) ou (F), 
conforme seja verdadeiro ou falso. Depois, marque a opção que contenha a 
exata seqüência. 
( ) A contribuição da União para a Seguridade Social é constituída de recursos 
adicionais do Orçamento Fiscal. 
( ) Os recursos adicionais do Orçamento Fiscal para a Seguridade Social serão 
fixados obrigatoriamente na lei orçamentária anual. 
( ) A União é responsável pela cobertura de insuficiências financeiras da 
Seguridade Social, quando decorrentes do pagamento de benefícios de 
prestação continuada da Previdência Social. 
a) F F F. 
b) V V V. 
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c) F V V. 
d) V V F. 
e) F F V.3 - (CESPE/Juiz Federal –TRF 1ª Região/2009) Segundo a CF, o 
legislador infraconstitucional poderá instituir outras fontes destinadas a 
garantir a manutenção ou expansão da seguridade social. Essas medidas 
deverão observar o princípio da não-cumulatividade, podendo apresentar fato 
gerador ou base de cálculo dos impostos discriminados constitucionalmente. 
4 - (ESAF/Técnico da Receita Federal do Brasil – Área Tributária e 
Aduaneira/2006) De acordo com os princípios constitucionais da Seguridade 
Social, é incorreta a seguinte opção: 
a) não incidirá contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo 
Regime Geral da Previdência Social de que trata o art. 201 da CF/88. 
b) poderá ser instituída contribuição social do trabalhador sobre o lucro e o 
faturamento. 
c) podem ter alíquotas diferenciadas as contribuições sociais da empresa. 
d) os entes federados descentralizados têm seu orçamento da Seguridade 
Social distinto do orçamento da União. 
e) a transferência de recursos para o Sistema Único de Saúde terá seus 
critérios definidos em lei. 
5 - (ESAF/Auditor-Fiscal da Receita Federal/2009) A respeito da Ordem 
Social e princípios constitucionais da seguridade social, assinale a opção 
incorreta. 
a) As contribuições sociais da empresa podem ter alíquotas diferenciadas. 
b) Poderá haver contribuição social do trabalhador sobre o lucro e o 
faturamento. 
c) A lei definirá critério de transferência de recursos para o Sistema Único de 
Saúde. 
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d) O orçamento da seguridade social dos entes federados descentralizados é 
distinto do orçamento da União. 
e) Pode ser dada remissão para as contribuições sociais do empregado retidas 
pelas empresas no pagamento dos salários. 
6 - (ESAF/Técnico da Receita Federal – Área Tecnologia da 
Informação/2006) A Seguridade Social será financiada por toda a sociedade, 
de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes 
dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
Será financiada também por contribuições sociais, mas não pela contribuição 
a) sobre os proventos de aposentadoria ou pensão concedidos pelo Regime 
Geral de Previdência Social ao trabalhador ou demais segurados submetidos a 
tal regime. 
b) sobre a receita ou o faturamento, relativo a operações de comércio interno, 
do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei. 
c) sobre o lucro do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na 
forma da lei, independentemente de ser sujeito também pelo imposto de 
renda. 
d) do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele 
equiparar, independentemente da incidência do imposto de importação que no 
caso couber. 
7 - (ESAF/Assistente Técnico Administrativo-MF/2009) À luz do texto 
constitucional, julgue os itens abaixo referentes ao financiamento da 
Seguridade Social: 
I – financiada por toda a sociedade. 
II – de forma direta e indireta. 
III – por meio de verbas orçamentárias entre outras. 
IV – financiamento definido por lei. 
a) Somente I e III estão corretos. 
b) Somente I está correto. 
c) Somente I e II estão corretos. 
d) Todos estão corretos. 
e) Somente III e IV estão corretos. 
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8 - (ESAF/PGFN/2003) Considerando o conceito, organização e princípios 
constitucionais da seguridade social na Constituição Federal, julgue os itens 
abaixo. 
I – Seguridade social vincula-se a um conjunto de ações independentes e 
estanques na área de saúde, previdência e assistência social. 
II – Não há previsão constitucional de recursos financeiros para a seguridade 
social. 
III – A contribuição social não constitui exação fiscal vinculada. 
IV – Só as empresas contribuem para o financiamento da seguridade social. 
a) Todos estão incorretos. 
b) Somente I está incorreto. 
c) II e IV estão corretos. 
d) I e II estão corretos. 
e) III e IV estão corretos. 
9 - (ESAF/Assistente Técnico Administrativo-MF/2009) Além das 
inúmeras contribuições sociais instituídas no texto da Constituição Federal, há 
possibilidade de instituição de novas espécies de contribuição social? Assinale a 
alternativa que responde incorretamente à pergunta formulada. 
a) Pode haver contribuição social com o mesmo fato gerador de outra já 
existente. 
b) O rol de contribuições sociais não é taxativo. 
c) Há previsão constitucional de competência residual. 
d) A diversidade da base de financiamento permite outras contribuições 
sociais. 
e) A União pode instituir outras contribuições sociais. 
10 - (ESAF/Assistente Técnico Administrativo-MF/2009) A respeito da 
base de cálculo e contribuintes das contribuições sociais, analise as assertivas 
abaixo, assinalando a incorreta. 
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a) Remuneração paga, devida ou creditada aos segurados e demais pessoas 
físicas a seu serviço, mesmo sem vínculo empregatício – EMPRESA. 
b) Receita bruta decorrente dos espetáculos desportivos de que participem em 
todo território nacional – PRODUTOR RURAL PESSOA JURÍDICA. 
c) Incidentes sobre a receita bruta proveniente da comercialização da produção 
rural – SEGURADO ESPECIAL. 
d) Salário de contribuição dos empregados domésticos a seu serviço – 
EMPREGADORES DOMÉSTICOS. 
e) Incidentes sobre seu salário de contribuição – TRABALHADORES. 
11 - (ESAF/Assistente Técnico Administrativo-MF/2009) Qual das 
parcelas abaixo não integram o salário de contribuição? 
a) Salário 
b) Gorjetas 
c) Despesas de viagem 
d) Abonos 
e) Ganhos habituais 
12 - (ESAF/Assistente Técnico Administrativo-MF/2009) A respeito das 
contribuições sociais, é correto afirmar que: 
a) a contribuição do empregador incide só sobre a folha de salários. 
b) a contribuição da empresa pode ser feita em função do tipo de produto que 
ela vende. 
c) o trabalhador não contribui para a Seguridade Social. 
d) os concursos de prognósticos não estão sujeitos à incidência de contribuição 
social. 
e) pode haver incidência de contribuição social sobre a importação de bens do 
exterior. 
13 - (ESAF/Auditor-Fiscal da Receita Federal/2009) A respeito do 
financiamento da Seguridade Social, nos termos da Constituição Federal e da 
legislação de custeio previdenciária, assinale a opção correta. 
a) A pessoa jurídica em débito com o sistema de seguridade social pode 
contratar com o poder público federal. 
b) Lei ordinária pode instituir outras fontes de custeio além das previstas na 
Constituição Federal. 
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c) As contribuições sociais criadas podem ser exigidas noventa dias após a 
publicação da lei. 
d) Podem-se criar benefícios previdenciários para inativos por meio de decreto 
legislativo. 
e) São isentas de contribuição para a seguridade social todas entidades 
beneficentes de utilidade pública distrital e municipal. 
14 - (ESAF/Auditor-Fiscal da Receita Federal – Área Tributária e 
Aduaneira/2005) Quanto ao financiamento da seguridade social, de acordo 
com o estabelecido na CF/88 e na legislação do respectivo custeio, assinale a 
opção correta. 
a) A lei não pode instituir outras fontes de custeio além daquelas previstas na 
Constituição Federal. 
b) São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades 
beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em 
lei. 
c) As contribuiçõessociais criadas podem ser exigidas no ano seguinte à 
publicação da respectiva lei. 
d) Há possibilidade de criar benefício previdenciário sem prévio custeio. 
e) Mesmo em débito com o sistema da seguridade social, pode a pessoa 
jurídica contratar com o poder público. 
15 - (ESAF/Auditor-Fiscal da Receita Federal – Área Tributária e 
Aduaneira/2005) Com relação às contribuições sociais, no âmbito da 
seguridade social, é correto afirmar: 
a) As contribuições sociais, de que trata o art. 195 da CF/88, só poderão ser 
exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as 
houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, 
III, b, da Carta Magna. 
b) As contribuições sociais de que trata o art. 195, da CF/88, só poderão ser 
exigidas após decorridos cento e oitenta dias da data da publicação da lei que 
as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 
150, III, b, da Carta Magna. 
c) São isentas de contribuição para a seguridade social todas as entidades de 
assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei 
complementar. 
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d) As contribuições sociais de que trata o art. 195, da CF/88, só poderão ser 
exigidas após decorridos noventa dias da assinatura da lei que as houver 
instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b, 
da Carta Magna. 
e) As contribuições sociais de que trata o art. 195, da CF/88, só poderão ser 
criadas e exigidas após decorridos noventa dias da publicação da lei que as 
houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, 
III, b, da Carta Magna. 
16 - (ESAF/Auditor-Fiscal da Receita Federal/2003) Responda com base 
na Constituição Federal. 
1. É vedado que as contribuições sociais para a seguridade social tenham 
base de cálculo própria de impostos? 
2. Incide contribuição social para a seguridade social sobre aposentadoria e 
pensão concedidas pelo regime geral de previdência social? 
3. As contribuições sociais para a seguridade social sobre a folha de 
salários, a receita ou o faturamento de pessoas jurídicas poderão ter alíquotas 
ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica ou da 
utilização intensiva de mão-de-obra? 
a) Sim, não, não 
b) Sim, sim, sim 
c) Sim, sim, não 
d) Não, não, sim 
e) Não, sim, sim 
17 - (ESAF/Auditor-Fiscal da Previdência Social/2002) A respeito do 
financiamento da Seguridade Social, nos termos da Constituição Federal e da 
legislação de custeio previdenciária, assinale a opção correta. 
a) A pessoa jurídica em débito com o sistema de seguridade social não pode 
contratar com o poder público. 
b) A lei não pode instituir outras fontes de custeio além das previstas na 
Constituição Federal. 
c) Pode-se criar benefício previdenciário sem prévio custeio. 
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d) As contribuições sociais criadas podem ser exigidas no ano seguinte à 
publicação da lei. 
e) São isentas de contribuição para a seguridade social todas as entidades 
beneficentes de utilidade pública federal. 
18 - (Auditor Fiscal da Previdência Social/2002) Não constitui receita das 
contribuições sociais: 
a) as das empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos 
segurados a seu serviço. 
b) as dos empregadores domésticos, incidentes sobre o salário-de-contribuição 
dos empregados domésticos a seu serviço. 
c) as provenientes da União. 
d) as das empresas, incidentes sobre o faturamento e o lucro. 
e) as incidentes sobre a receita de concursos de prognósticos. 
19 - (ESAF/Auditor-Fiscal da Receita Federal – Área Tecnologia da 
Informação/2005) Constituem contribuições sociais, de acordo com a Lei n. 
8.212/91, exceto: 
a) As das empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos 
segurados a seu serviço. 
b) As dos empregados domésticos. 
c) As dos trabalhadores, incidentes sobre o seu salário-de-contribuição. 
d) As das empresas, incidentes sobre faturamento e lucro. 
e) As dos proprietários rurais, incidentes sobre o seu faturamento. 
20 - (ESAF/Auditor-Fiscal da RFB/2009) Além das contribuições sociais, a 
seguridade social conta com outras receitas. Não constituem outras receitas da 
seguridade social: 
a) as multas. 
b) receitas patrimoniais. 
c) doações. 
d) sessenta por cento do resultado dos leilões dos bens apreendidos pela 
Secretaria da Receita Federal do Brasil. 
e) juros moratórios. 
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GABARITO 
1) A 2) B 3) C 4) B 5) B 6) A 7) D 8) A 9) A 10) B 11) C 
12) E 13) C 14) B 15) A 16) D 17) A 18) C 19) E 20) D 
QUESTÕES COMENTADAS 
1 - (ESAF/Auditor-Fiscal da Previdência Social/2002) A respeito do conceito 
previdenciário de empresa ou de empregador doméstico, assinale a assertiva 
incorreta. 
a) Empresa – a firma individual ou sociedade que assume o risco de atividade 
econômica urbana ou rural, com fins lucrativos, bem como os órgãos e entidades da 
administração pública direta, indireta ou fundacional. 
b) Empregador doméstico – a pessoa ou família que admite a seu serviço, sem 
finalidade lucrativa, empregado doméstico. 
c) Equipara-se à empresa, para os efeitos da Lei 8.213/91, o contribuinte individual 
em relação a segurado que lhe presta serviço. 
d) Equipara-se à empresa, para os efeitos da Lei 8.213/91, a cooperativa. 
e) Equipara-se à empresa, para os efeitos da Lei 8.213/91, a associação ou entidade 
de qualquer natureza ou finalidade. 
Gabarito: letra “a”. A assertiva contida em “a” está incorreta porque o 
conceito previdenciário de empresa não exige que a sociedade tenha finalidade 
de lucro, pode ser com fins lucrativos ou não. Portanto, o erro está na 
limitação da definição de empresa àquelas com fins lucrativos. Todas as 
demais alternativas estão correta, de acordo com o art. 14 da Lei n° 
8.213/1991. 
2 - (ESAF/Técnico da Receita Federal – Área Tecnologia da 
Informação/2006) Leia cada um dos assertos abaixo e assinale (V) ou (F), 
conforme seja verdadeiro ou falso. Depois, marque a opção que contenha a exata 
seqüência. 
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( ) A contribuição da União para a Seguridade Social é constituída de recursos 
adicionais do Orçamento Fiscal. 
( ) Os recursos adicionais do Orçamento Fiscal para a Seguridade Social serão fixados 
obrigatoriamente na lei orçamentária anual. 
( ) A União é responsável pela cobertura de insuficiências financeiras da Seguridade 
Social, quando decorrentes do pagamento de benefícios de prestação continuada da 
Previdência Social. 
a) F F F. 
b) V V V. 
c) F V V. 
d) V V F. 
e) F F V. 
Gabarito: letra “b”. As três assertivas da questão estão corretas e 
reproduzem disposições do art. 196 do Decreto n° 3.048/1999. Segundo o 
dispositivo, “a contribuição da União é constituída de recursos adicionais do 
Orçamento Fiscal, fixados obrigatoriamente na Lei Orçamentária anual”. A 
terceira assertiva traz o teor do parágrafo único do art: “ A União é 
responsável pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras da 
seguridade social, quando decorrentes do pagamento de benefícios de 
prestação continuada da previdência social, na forma da Lei Orçamentária 
anual”. Logo, todas as afirmativas são verdadeiras e a resposta certa é a letra 
“b”. 
3 - (CESPE/JuizFederal –TRF 1ª Região/2009) Segundo a CF, o legislador 
infraconstitucional poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção 
ou expansão da seguridade social. Essas medidas deverão observar o princípio da 
não-cumulatividade, podendo apresentar fato gerador ou base de cálculo dos 
impostos discriminados constitucionalmente. 
Gabarito: Certo. É o que diz o §4° do art. 195 da CF. Ao traçar essa 
possibilidade, conhecida como competência residual, o dispositivo assevera 
que o legislador infraconstitucional deve obedecer o disposto no art. 154, I, 
que trata da competência residual da União para criar impostos. Por esse 
comando, entende-se que uma nova contribuição social não pode ter mesmo 
fato gerador ou base de cálculo das outras contribuições sociais discriminadas 
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constitucionalmente. Porém, não há impedimento para que tais elementos da 
contribuição sejam idênticos aos dos impostos já previstos na Constituição, 
pois tratam-se de espécies tributárias distintas. 
4 - (ESAF/Técnico da Receita Federal do Brasil – Área Tributária e 
Aduaneira/2006) De acordo com os princípios constitucionais da Seguridade Social, 
é incorreta a seguinte opção: 
a) não incidirá contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime 
Geral da Previdência Social de que trata o art. 201 da CF/88. 
b) poderá ser instituída contribuição social do trabalhador sobre o lucro e o 
faturamento. 
c) podem ter alíquotas diferenciadas as contribuições sociais da empresa. 
d) os entes federados descentralizados têm seu orçamento da Seguridade Social 
distinto do orçamento da União. 
e) a transferência de recursos para o Sistema Único de Saúde terá seus critérios 
definidos em lei. 
Gabarito: letra “b”. A alternativa “b” está incorreta porque, de acordo 
com o art. 195 da Constituição, poderá ser instituída contribuição social sobre 
o lucro e o faturamento a cargo do empregador, da empresa e da entidade a 
ela equiparada na forma da lei, mas não do trabalhador – aliás, lucro e 
faturamento são conceitos típicos da atividade empresarial. Todas as demais 
alternativas estão corretas e se baseiam nas disposições constitucionais sobre 
o financiamento da seguridade social vistas durante a aula. 
5 - (ESAF/Auditor-Fiscal da Receita Federal/2009) A respeito da Ordem Social e 
princípios constitucionais da seguridade social, assinale a opção incorreta. 
a) As contribuições sociais da empresa podem ter alíquotas diferenciadas. 
b) Poderá haver contribuição social do trabalhador sobre o lucro e o faturamento. 
c) A lei definirá critério de transferência de recursos para o Sistema Único de Saúde. 
d) O orçamento da seguridade social dos entes federados descentralizados é distinto 
do orçamento da União. 
e) Pode ser dada remissão para as contribuições sociais do empregado retidas pelas 
empresas no pagamento dos salários. 
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Gabarito: letra “b”. Questão muito semelhante à anterior, com mesmo 
gabarito inclusive. A letra “e” passível de gerar confusão no aluno, pois o § 11 
do art. 195 da CF/1988 afirma que “é vedada a concessão de remissão ou 
anistia das contribuições sociais de que tratam os incisos I, a, e II deste artigo, 
para débitos em montante superior ao fixado em lei complementar”. Embora à 
primeira vista pareça que a letra “e” é incompatível, a remissão ou anistia é 
vedada apenas para débitos em montante superior ao fixado em lei 
complementar. Logo, a alternativa torna-se correta, pois, se o débito for 
inferior a tal montante, poderá ser dada remissão. 
6 - (ESAF/Técnico da Receita Federal – Área Tecnologia da 
Informação/2006) A Seguridade Social será financiada por toda a sociedade, de 
forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos 
orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Será 
financiada também por contribuições sociais, mas não pela contribuição 
a) sobre os proventos de aposentadoria ou pensão concedidos pelo Regime Geral de 
Previdência Social ao trabalhador ou demais segurados submetidos a tal regime. 
b) sobre a receita ou o faturamento, relativo a operações de comércio interno, do 
empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei. 
c) sobre o lucro do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma 
da lei, independentemente de ser sujeito também pelo imposto de renda. 
d) do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar, 
independentemente da incidência do imposto de importação que no caso couber. 
Gabarito: letra “a”. Mais uma vez vemos a importância de o candidato 
fixar as disposições constitucionais sobre a seguridade social. No Regime 
Geral, é vedada a incidência de contribuição sobre os proventos de 
aposentadoria e pensão (art. 195, II, CF/1988). Todas as demais alternativas 
apresentam hipóteses de incidência de contribuição previstas no texto 
constitucional. 
7 - (ESAF/Assistente Técnico Administrativo-MF/2009) À luz do texto 
constitucional, julgue os itens abaixo referentes ao financiamento da Seguridade 
Social: 
I – financiada por toda a sociedade. 
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II – de forma direta e indireta. 
III – por meio de verbas orçamentárias entre outras. 
IV – financiamento definido por lei. 
a) Somente I e III estão corretos. 
b) Somente I está correto. 
c) Somente I e II estão corretos. 
d) Todos estão corretos. 
e) Somente III e IV estão corretos. 
Gabarito: letra “d”. Questão relativamente simples, baseada no art. 195 
da Constituição: “A seguridade social será financiada por toda a sociedade (I), 
de forma direta e indireta (II), nos termos da lei (IV), mediante recursos 
provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, e das seguintes contribuições sociais (III)...” 
8 - (ESAF/PGFN/2003) Considerando o conceito, organização e princípios 
constitucionais da seguridade social na Constituição Federal, julgue os itens abaixo. 
I – Seguridade social vincula-se a um conjunto de ações independentes e estanques 
na área de saúde, previdência e assistência social. 
II – Não há previsão constitucional de recursos financeiros para a seguridade social. 
III – A contribuição social não constitui exação fiscal vinculada. 
IV – Só as empresas contribuem para o financiamento da seguridade social. 
a) Todos estão incorretos. 
b) Somente I está incorreto. 
c) II e IV estão corretos. 
d) I e II estão corretos. 
e) III e IV estão corretos. 
Gabarito: letra “a”. Todas os itens estão incorretos. As ações da 
seguridade social são integradas; há previsão expressa na Constituição de 
recursos financeiros para a seguridade (art. 195); a contribuição social é um 
tipo de tributo, portanto exação fiscal vinculada; e contribuem também para o 
financiamento da seguridade social os trabalhadores e outros além de 
empresas. 
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9 - (ESAF/Assistente Técnico Administrativo-MF/2009) Além das inúmeras 
contribuições sociais instituídas no texto da Constituição Federal, há possibilidade de 
instituição de novas espécies de contribuição social? Assinale a alternativa que 
responde incorretamente à pergunta formulada. 
a) Pode haver contribuição social com o mesmo fato gerador de outra já existente.

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