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CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula 02 Prof. Gabriel Pereira I – Introdução Olá, pessoal! Chegamos à terceira aula do nosso curso de Direito Previdenciário (Conhecimentos Específicos) para Técnico do INSS. Primeiramente, gostaria de avisá-los que tive alguns contratempos nos últimos dias e não consegui responder às perguntas do Fórum de Dúvidas, mas dedicarei meu fim-de- semana para responder às questões pendentes. Na Aula Demonstrativa, vimos os tipos de segurados do Regime Geral de Previdência Social (RGPS). Na Aula 01, abordamos o tema da evolução histórica da previdência, sua conceituação e os princípios constitucionais que regem a Seguridade e a Previdência Social, além do tópico 2 (Legislação Previdenciária). Nesta Aula 2, estudaremos o financiamento da Previdência Social (tópicos 4 e 5 do edital), com foco nas Contribuições para a Previdência. Portanto, estamos saindo da parte geral para começar a parte de Custeio. Desde a fusão da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciária, em 2007, houve uma consolidação da repartição de competências do tema previdenciário, conforme abordaremos no item 5.4.1 da próxima aula – que é um assunto muito importante para o concurso. Desde então, a Receita Federal do Brasil ficou com a parte de contribuições e o INSS ficou com a administração dos benefícios previdenciários. A cobrança nos concursos tem acompanhado essa transformação: os concursos da Receita Federal priorizam a matéria de Custeio e os do INSS dão maior ênfase ao conteúdo de Organização do RGPS e Benefícios. Nas últimas três seleções públicas do INSS (Médico Perito/2010; Analista com formação em Serviço Social/2008 e Analista e Técnico/2008), não houve nenhuma questão que cobrasse a matéria específica de contribuições. Contudo, o aluno não deve abandonar esse conteúdo, pois ele continua CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 2 constando no edital e pode ser cobrado na prova, além de ser necessário para uma compreensão sistêmica do Direito Previdenciário. Além disso, o tópico sobre salário de contribuição, inserido na parte de Custeio, tem boas chances de ser cobrado na prova. Antes de iniciarmos a aula, gostaria de lembrar aos alunos que ainda não fizeram sua inscrição para o concurso que o prazo vai até às 14 horas do dia 11/01/2012, próxima quarta-feira. Portanto, falta menos de uma semana para o encerramento do período de inscrições. Não deixe para última hora e faça sua inscrição o quanto antes! Então é isso. Vamos à aula. Bons estudos! AULA 02 Conteúdo: 4) Empresa e empregador doméstico: conceito previdenciário. 5) Financiamento da Seguridade Social. 5.1) Receitas da União. 5.2) Receitas das contribuições sociais: dos segurados, das empresas, do empregador doméstico, do produtor rural, do clube de futebol profissional, sobre a receita de concursos de prognósticos, receitas de outras fontes. 5.3) Salário de contribuição. 5.3.1) Conceito. 5.3.2) Parcelas integrantes e parcelas não integrantes. 5.3.3) Limites mínimo e máximo. 5.3.4) Proporcionalidade. 5.3.5) Reajustamento. CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 3 4) EMPRESA E EMPREGADOR DOMÉSTICO: CONCEITO PREVIDENCIÁRIO. O Direito Previdenciário é um ramo autônomo do Direito e adota conceitos próprios, que são aplicáveis às relações por ele amparadas. Para o estudo das contribuições previdenciárias, é importante conhecer os conceitos previdenciários de empresa, equiparados à empresa e empregador doméstico, que seguem as definições da legislação previdenciária. O art. 12 do Decreto n° 3.048/99 (RPS) traz as seguintes definições: Empresa: é a firma individual ou a sociedade que assume o risco de atividade econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e entidades da Administração Pública direta, indireta e fundacional. Equiparados: são equiparados à empresa o contribuinte individual, em relação a segurado que lhe preste serviço; bem como a cooperativa, a associação ou a entidade de qualquer natureza ou finalidade, a missão diplomática e a repartição consular de carreira estrangeira; o Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO); e o proprietário ou dono de obra de construção civil, quando pessoa física, em relação ao segurado que lhe presta serviço. Empregador doméstico: aquele que admite a seu serviço, no âmbito residencial, mediante remuneração, sem finalidade lucrativa, empregado doméstico. Como vimos anteriormente, a relação previdenciária é compulsória para os segurados. Da mesma forma, a admissão de trabalhador remunerado a seu serviço também gera obrigações para as empresas, equiparados e para o empregador doméstico. A obrigação principal é o dever de contribuir para o RGPS, pois a própria Constituição Federal previu as contribuições do empregador, da empresa e da entidade a ela equipara em seu art. 195. CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 4 Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; b) a receita ou o faturamento; c) o lucro; (...) Nesse sentido, os conceitos previdenciários são importantes para dar o enquadramento legal dos contribuintes das referidas contribuições. Se não fosse assim, uma cooperativa ou uma autarquia poderia alegar que não é empresa e que, por isso, não é devedora da referida contribuição previdenciária. Portanto, o conceito previdenciário de empresa, equiparados e empregador doméstico representa o enquadramento do contribuinte daquela contribuição previdenciária. 5) FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL Sobre o financiamento da Seguridade Social, a Constituição de 1988 define: Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 5 i) do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; b) a receita ou o faturamento; c) o lucro. ii) do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201; iii) sobre a receita de concursos de prognósticos; iv) do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. A seguridade social é financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta. A sociedade financiaa seguridade social de forma indireta quando os entes federativos destinam recursos orçamentários às ações da seguridade, pois tais recursos vêm da arrecadação de outros tributos recolhidos pela sociedade, como o imposto de renda e o imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços, por exemplo. Por sua vez, a seguridade social também é financiada pela sociedade de forma direta através do recolhimento das contribuições sociais, que têm seu produto destinado constitucionalmente ao financiamento da seguridade social. Foram criadas contribuições sociais destinadas à seguridade social de forma ampla, abrangendo também a saúde e a assistência social, tais como COFINS, CSLL, PIS/PASEP e contribuições sobre a receita de concursos de prognósticos. No que se refere exclusivamente à Previdência Social, foram criadas contribuições dos segurados, conhecidas como contribuição para o INSS; da empresa, sobre a folha de pagamento (cota patronal), riscos ambientais de trabalho (RAT) e outros eventos relacionados à contratação de serviços que têm a participação de mão de obra; e do empregador doméstico. CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 6 Devido à importância do sistema da seguridade social, além de relacionar as bases econômicas sobre as quais podem incidir as contribuições sociais, o legislador constituinte previu regras bastante específicas no art. 195 referentes ao financiamento da seguridade social. Essas regras são objeto de cobrança frequente em questões de concursos. A seguir, os parágrafos do artigo 195, com breves comentários. § 1º - As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União. Apesar de a maior parte do financiamento da seguridade social estar contida no orçamento da União, que é o ente competente pela arrecadação das contribuições sociais, o legislador constituinte determinou que os valores que os Estados, o DF e os Municípios destinam à seguridade social não comporão os valores que a União empregará nas despesas securitárias. § 2º - A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos. Esse dispositivo também está relacionado ao processo legislativo orçamentário, mas se refere especificamente ao trabalho técnico que antecede a elaboração do orçamento anual dos entes políticos, que é realizado conjuntamente por membros das três áreas da seguridade social – saúde, previdência e assistência social. Se a seguridade compreende um conjunto integrado de ações, a elaboração do orçamento também deve ser integrada. Entretanto, a gestão dos recursos é feita individualmente por cada uma das áreas da seguridade. Em outras palavras, o orçamento é conjunto, mas o gasto é separado. CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 7 § 3º - A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios. Esse dispositivo impõe uma restrição aos inadimplentes junto à seguridade social. Devido à importância dos direitos sociais garantidos pela seguridade, a própria Constituição criou um mecanismo para desestimular a inadimplência, a fim de evitar que a pessoa jurídica que esteja em débito com a seguridade social obtenha acesso a recursos públicos. Portanto, uma empresa em débito com suas contribuições sociais para a seguridade social não pode, por exemplo, participar de concorrência pública, nem usufruir de isenções tributárias, nem obter empréstimos concedidos por instituições financeiras públicas. § 4º - A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I. Essa é a chamada competência residual da União para criar novas fontes destinadas ao financiamento ou expansão da seguridade social, além das atualmente previstas no próprio artigo 195. Contudo, o exercício dessa competência residual deve observar os requisitos fixados no art. 154, I, da Constituição. Desse modo, a criação da nova fonte deve ocorrer por meio de lei complementar, obedecer à técnica da não-cumulatividade e deve haver inovação quanto às bases de cálculo e fatos geradores. § 5º - Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total. Esse princípio, que também é conhecido como princípio da preexistência da fonte de custeio, da reserva do possível ou da contrapartida, foi analisado no tópico 1. Significa que qualquer alteração que provoque aumento de despesas da seguridade só está autorizada se houver a criação simultânea da respectiva fonte de custeio, equivalente ao desembolso adicional que a seguridade social terá que realizar. Trata-se de uma garantia do próprio CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 8 sistema protetivo, pois favorece o equilíbrio financeiro ao evitar legislações oportunistas que criem benefícios sem que haja a correspondente fonte de custeio total. Desse modo, sem receita não pode haver despesa. § 6º - As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b. O dispositivo referido (art. 150, III, b) veda a cobrança de tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, princípio conhecido como anterioridade do exercício ou anual. Porém, as contribuições da seguridade social têm regra específica, que é a anterioridade nonagesimal. Logo, é possível a cobrança de contribuição nova ou aumentada dentro do mesmo ano em que for publicada a lei que a instituiu, bastando que dessa publicação transcorra o período de noventa dias. Tanto a anterioridade anual quanto a nonagesimal homenageiam o princípio da não- surpresa, garantindo ao contribuinte um prazo razoável para se preparar para um gasto tributário maior. § 7º - São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei. As entidades beneficentes de assistência social já desenvolvem ações que integram a seguridade. Assim, em vez de contribuírem com dinheiro, contribuem com a prestação de serviços que de outra forma seriam de responsabilidade do Estado. § 8º - O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei. CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 9 Esse é o fundamento constitucional para a criação dos denominados segurados especiais, que têm tratamento diferenciado.Reconhecendo que esses trabalhadores não possuem capacidade contributiva equivalente a dos demais segurados, a Constituição possibilita o tratamento diferenciado e mais benéfico. Dessa maneira, em vez de recolher sobre o salário de contribuição, o segurado especial recolherá sobre a receita da comercialização da produção e terá a cobertura de benefícios conforme previsto em lei, com a delimitação do valor do benefício a um salário mínimo, por exemplo. § 9º - As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão-de-obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho. A lei poderá dar tratamento diferenciado às pessoas indicadas no inciso I do caput (empregador, empresa e entidade a ela equiparada), no tocante à determinação das alíquotas ou das bases de cálculo das contribuições a seu cargo (sobre as remunerações dos trabalhadores a seu serviço; sobre a receita ou o faturamento; e sobre o lucro), em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão-de-obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho. Exemplo prático disso é a contribuição das instituições financeiras e das empresas que se dediquem à atividade rural, como veremos a frente. § 10 - A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único de saúde e ações de assistência social da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e dos Estados para os Municípios, observada a respectiva contrapartida de recursos. Uma vez que as contribuições são destinadas à cobertura de três direitos sociais, não é possível no instante do recolhimento saber se os recursos serão destinados para a saúde, previdência ou assistência social. Desse modo, o destino do produto arrecadado com as contribuições será determinado por meio de lei ordinária, atendendo assim as necessidades do poder público. A CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 10 única ressalva são as contribuições previdenciárias sobre folha de pagamento e dos trabalhadores, que serão destinadas especificamente ao pagamento de benefícios previdenciários, por previsão expressa do art. 167, inciso XI, da Constituição. Entende-se que a efetividade da prestação de serviço ocorre principalmente em nível municipal, assim tanto a União como os Estados devem transferir recursos arrecadados para os Municípios. Os critérios para rateio de valores entre as unidades da Federação poderá levar em consideração a população, nível de renda na localidade, quantidade de hospitais e postos de saúde. § 11 - É vedada a concessão de remissão ou anistia das contribuições sociais de que tratam os incisos I, a, e II deste artigo, para débitos em montante superior ao fixado em lei complementar. No Direito Tributário, "remissão" e "anistia" significam, respectivamente, perdão da dívida tributária e esquecimento da infração cometida pelo contribuinte. Para as contribuições sociais das empresas incidentes sobre a folha de salários e as contribuições dos trabalhadores, nenhum débito superior ao fixado em lei complementar poderá ser remido ou anistiado. Essa é mais uma garantia do sistema, pois se fosse possível dispensar indistintamente os contribuintes do pagamento das contribuições, o financiamento da seguridade poderia ficar comprometido. Até o momento tal lei complementar não foi publicada. § 12 - A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do caput, serão não- cumulativas. Essa previsão foi introduzida pela Emenda Constitucional nº 42/2003, com vistas a permitir a instituição da sistemática não cumulativa para as contribuições de PIS e Cofins. A não cumulatividade no texto constitucional refere-se à possibilidade de, no instante do recolhimento do tributo, ser CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 11 considerado o montante cobrado nas operações anteriores. Essa previsão constitucional alcança também o PIS-importação e o Cofins-importação. § 13 - Aplica-se o disposto no § 12 inclusive na hipótese de substituição gradual, total ou parcial, da contribuição incidente na forma do inciso I, a, pela incidente sobre a receita ou o faturamento. Em todas as hipóteses em que a contribuição previdenciária patronal for substituída pela contribuição sobre a receita ou o faturamento, será aplicado o disposto no § 12, caso o contribuinte atue num daqueles setores da atividade econômica sujeitos à não cumulatividade. 5.1) Receitas da União A contribuição da União para a Seguridade Social é constituída de recursos adicionais do Orçamento Fiscal, fixados obrigatoriamente na Lei Orçamentária Anual (art. 196, RPS). As propostas orçamentárias anuais ou plurianuais da Seguridade Social serão elaboradas por Comissão integrada por três representantes, sendo um da área da saúde, um da área da previdência social e um da área de assistência social (Lei n° 8.212/1991, art. 8°). A União é responsável pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras da seguridade social, quando decorrentes do pagamento de benefícios de prestação continuada da previdência social (art. 196, parágrafo único, RPS). Conforme os dispositivos acima, a seguridade social será financiada, dentre outras, com receitas da União. Essa previsão do uso de receitas da União para financiar a Saúde, Previdência e Assistência Social significa que, além das receitas das contribuições sociais, a União também deve destinar parte de suas receitas orçamentárias ao financiamento da Seguridade Social. Além disso, o parágrafo único do art. 196 do RPS dispõe que, quando os recursos das contribuições previdenciárias forem insuficientes para o CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 12 pagamento de benefícios de prestação continuada da previdência social, o governo deve trazer previsão no Orçamento da União para cobrir essas insuficiências, a fim de manter o Regime funcionando. 5.3) Salário de contribuição Iniciaremos agora o estudo das contribuições para a seguridade social. Por uma opção didática, apresento o tópico 5.3 (salário de contribuição) antes do tópico 5.2. Assim, estudaremos primeiro o conceito de salário de contribuição, que é importante para a compreensão da incidência e da base de cálculo das contribuições, para depois analisarmos as várias hipóteses de contribuição para a seguridade social. 5.3.1) Conceito As contribuições sociais do empregador e do trabalhador são calculadas sobre a remuneração paga, devida ou creditada ao trabalhador. Assim, a legislação previdenciária definiu, para cada tipo de segurado, o que é considerado remuneração para cálculo das contribuições e deu a esse conceito o nome de salário de contribuição (SC). Portanto, salário de contribuição é a base de cálculo das contribuições sociais dos trabalhadores e demais segurados do RGPS. A base de cálculo das contribuições sociais da empresa incidentes sobre a folha de salários de empregados e avulsos é similar ao salário de contribuição desses, porém não observa teto (limite máximo). Para cada tipo de segurado há uma definição de salário de contribuição (base de cálculo do tributo): Contribuinte Individual: remuneração auferida em uma ou mais empresas oupelo exercício de sua atividade por conta própria durante o mês. Empregado Doméstico: remuneração registrada na carteira de trabalho (CTPS). CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 13 Segurado Facultativo: valor por ele declarado. Segurado Especial: receita bruta da comercialização da produção rural, quando houver. Empregado e trabalhador avulso: remuneração auferida em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês. 5.3.2) Parcelas integrantes e parcelas não integrantes Na relação entre empresas e trabalhadores, muitas vezes a remuneração pelo trabalho não é paga exclusivamente através do salário. Algumas vezes, inclusive, isso é feito com o intuito de sonegar a contribuição previdenciária. Por vezes, o empregador paga um salário menor, mas complementa com o pagamento do aluguel e de outras despesas do trabalhador. No entanto, a legislação considera esses ganhos habituais como parte integrante da remuneração e faz incidir contribuição previdenciária também sobre esses valores. Nesse sentido, a legislação definiu quais parcelas integram o SC e quais não integram. Basicamente, tudo o que é pago pelo trabalho faz parte do SC. Já as parcelas que têm caráter indenizatório, que são pagas para que o trabalhador tenha condições de trabalhar, estão excluídas do SC. PARCELAS INTEGRANTES: gorjetas, comissões, gratificações e prêmios; 13° salário / gratificação natalina; salário-maternidade (é o único benefício previdenciário que integra o SC); ganhos habituais sob a forma de utilidades; férias normais e adicional de 1/3; aviso prévio; e diárias que excedam a 50% da remuneração. Essa lista é exemplificativa, logo, pode haver outras parcelas integrantes do SC. PARCELAS NÃO INTEGRANTES: benefícios previdenciários (exceto salário-maternidade); indenizações – férias indenizadas, dobra das férias, CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 14 incentivo à demissão (PDV), abono de férias (venda de 1/3 das férias); alimentação (se estiver de acordo com o Programa de Alimentação do Trabalhador e não pode ser em dinheiro); transporte (se estiver de acordo com a lei, ainda que pago em dinheiro - STF); vestuário (uniforme para o trabalho); ajuda de custo (em caso de mudança, em parcela única); diárias (não superiores a 50% da remuneração); reembolsos comprovados (reembolso creche, para crianças até 6 anos; reembolso babá; e despesas com veículo próprio); transporte, alimentação e habitação, quando distante (canteiro de obra); direitos autorais; remuneração de estagiário (de acordo com a lei). Além disso, quando disponível para todos os empregados e dirigentes, não integram o SC: seguro de vida, assistência médica, educação (capacitação), previdência privada e complementação do auxílio-doença. Essa lista é exaustiva. Portanto, qualquer parcela que não tenha sido listada nela integrará o SC. Sobre a orientação dos tribunais superiores, é importante registrar que decisão recente do STF garantiu que o vale-transporte não integra o SC, ainda que pago em dinheiro. Anteriormente, o STJ tinha entendimento contrário, se posicionando a favor da incidência de contribuição previdenciária sobre o vale- transporte pago em dinheiro. O Supremo, ao julgar o Recurso Extraordinário 478.410/SP (rel. Min. Eros Grau, 10.3.2010), decidiu que o vale-transporte, tanto em tíquete como em dinheiro, tem natureza indenizatória e sobre o mesmo não há qualquer reflexo trabalhista ou fiscal. Segundo o relator, o benefício "não tem natureza salarial, nem se incorpora à remuneração para quaisquer efeitos. Não se constitui base para incidência da contribuição previdenciária, FGTS e não se configura como rendimento tributável do trabalhador para fins de Imposto de Renda". 5.3.3) Limites mínimo e máximo O limite mínimo do salário de contribuição corresponde ao piso salarial, legal ou normativo, da categoria ou, inexistindo este, ao salário mínimo, CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 15 tomado no seu valor mensal, diário ou horário, conforme o ajustado e o tempo de trabalho efetivo durante o mês. Vale registrar que, para o contribuinte individual, caso a remuneração auferida no mês não alcance o valor do salário mínimo, ele deve fazer a complementação da contribuição para atingir o valor do mínimo, para que o mês seja computado nos cálculos dos benefícios. Caso contrário, o mês é desconsiderado. Como o salário-mínimo é reajustado periodicamente, assim como outros valores contidos na legislação previdenciária, os limites mínimo e máximo do salário de contribuição são estabelecidos mediante Portaria Conjunta do Ministério da Previdência Social e do Ministério da Fazenda, valendo para todos os segurados. O limite máximo do SC corresponde ao teto do valor dos benefícios do RGPS e, atualmente, está fixado em R$ 3.691,74, de acordo com a Portaria Interministerial MPS/MF n° 407, de 14/07/2011. Registre-se que a contribuição das empresas e equiparados, conhecida como cota patronal, não observa limite máximo. É provável que seja editada em breve nova portaria interministerial para atualizar os limites mínimo e máximo do salário de contribuição, tendo em vista o reajuste do salário mínimo. No entanto, se isso realmente acontecer, tal portaria não poderá ser cobrada no concurso, pois somente a legislação vigente até a publicação do edital pode ser objeto de cobrança na prova. 5.3.4) Proporcionalidade O limite mínimo do salário de contribuição pode ser definido em dias ou em horas, caso o trabalhador seja contratado no meio do mês ou se trabalha somente meio expediente, recebendo um valor inferior ao salário-mínimo mensal. Nesses casos, o salário de contribuição será proporcional ao número de dias trabalhado no mês e, mesmo que o SC seja inferior ao mínimo mensal, o trabalhador terá esse período de contribuição computado, assegurado o recebimento de benefícios no valor mínimo mensal. Para o contribuinte individual, caso a remuneração auferida no mês não alcance o valor do salário CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 16 mínimo, ele deve fazer a complementação da contribuição para atingir o valor do mínimo, para que o mês seja computado nos cálculos dos benefícios. Caso contrário, o mês é desconsiderado. 5.3.5) Reajustamento O reajustamento do salário de contribuição não se confunde com o reajuste do valor dos benefícios da previdência social, mas sim ao limite máximo definido na legislação sobre o qual pode incidir contribuição previdenciária. Como vimos anteriormente, o limite máximo do SC atualmente é definido pela Portaria Interministerial MPS/MF n° 407, de 14/07/2011. A Lei n° 8.212/1991 determina que tal reajuste seja feito na mesma época que os do reajustamento dos benefícios de prestação continuada da Previdência Social. Assim, a periodicidade do reajuste não é fixa, mas geralmente ocorre uma ou duas vezes ao ano por meio de Portaria Interministerial do Ministério da Fazenda e do Ministério da Previdência Social. 5.2) Receitas das contribuições sociais: dos segurados, das empresas, do empregador doméstico, do produtor rural, do clube de futebol profissional, sobre a receita de concursos de prognósticos, receitas de outras fontes.CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS DO RGPS Empregado, trabalhador avulso e empregado doméstico A contribuição do empregado, do trabalhador avulso e do empregado doméstico tem alíquotas diferenciadas a depender da faixa em que se encontre o salário de contribuição do segurado. Atualmente, existem três alíquotas fixadas, de 8%, 9% e 11%, que são aplicadas, para remunerações referentes CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 17 ao ano de 2011, seguindo a tabela abaixo (Portaria Interministerial MPS/MF n° 407/2011): Salário de contribuição Alíquotas até R$ 1.107,52 8,00% de R$ 1.107,53 a R$ 1.845,87 9,00% de R$ 1.845,88 a R$ 3.691,74 11,00% Essa contribuição é conhecida como o INSS do empregado e é descontada de sua remuneração pelo empregador, já que a lei enquadra o empregador como responsável tributário por tais contribuições. Contribuinte individual A contribuição previdenciária do contribuinte individual varia conforme o destinatário do serviço que ele presta. Se o CI presta serviço para empresa ou equiparados, sua contribuição será de 11% do salário de contribuição decorrente da remuneração paga pelo serviço. Nessas situações, haverá cota patronal (CP) por parte da empresa, conforme veremos posteriormente, e a contribuição do CI será recolhida pela tomadora do serviço e descontada da remuneração paga ao segurado. Já quando o CI presta serviço para pessoa física, produtor rural pessoa física, outro contribuinte individual, missão diplomática (e correlatas) ou para instituições isentas das contribuições previdenciárias, sua contribuição é de 20% do valor da remuneração paga pelo serviço. Quando o CI presta serviço a pessoas/entidades desobrigadas a descontar, ele mesmo deve proceder ao pagamento dos 20% através da Guia de Recolhimento da Previdência Social (GPS), também conhecido como carnê do INSS. Presunção de desconto CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 18 No caso do trabalhador empregado, do avulso, do empregado doméstico e do contribuinte individual que presta serviço a empresas, o desconto da contribuição do segurado sempre se presumirá feito, oportuna e regularmente, pela empresa, pelo empregador doméstico, pelo sindicato e pelo OGMO a isso obrigados, não lhes sendo lícito alegar qualquer omissão para se eximirem do recolhimento, ficando os mesmos diretamente responsáveis pelas importâncias que deixarem de descontar ou tiverem descontado de forma incorreta. Segurado Especial O segurado especial tem um tratamento preferencial concedido pela legislação, por se entender que ele trabalha em regime de economia familiar, produzindo geralmente o suficiente apenas para sua subsistência. Portanto, para o segurado especial, só haverá contribuição quando houver comercialização da produção. Nesses casos, o segurado especial estará sujeito a uma contribuição muito similar à contribuição do produtor rural pessoa física, como será detalhado posteriormente na seção específica. Segurado Facultativo Para o segurado facultativo, o valor da contribuição previdenciária será o resultado da aplicação da alíquota de 20% sobre o salário de contribuição, que é o valor por ele declarado, observados os limites mínimo e máximo. Plano Simplificado de Previdência Social (PSPS) O PSPS é uma forma de inclusão previdenciária com percentual de contribuição reduzido de 20% para 11% para algumas categorias de segurados da Previdência Social. Desde a competência abril/2007, podem contribuir com 11% sobre o valor do salário-mínimo os seguintes segurados: contribuintes individuais que trabalham por conta própria (antigo autônomo), sem relação CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 19 de trabalho com empresa ou equiparada; e segurados facultativos. Nesses casos, o valor do salário de contribuição é limitado ao salário mínimo, não podendo pagar mais que esse valor no PSPS. Tal opção implica exclusão do direito ao benefício de aposentadoria por tempo de contribuição (LC 123, de 14/12/2006). Mais recentemente, a Lei n° 12.470, de 31 de agosto de 2011, reduziu a alíquota de contribuição do PSPS para 5% do salário-mínimo para duas categorias específicas de segurado: o contribuinte individual enquadrado como Microempreendedor Individual (MEI) e o segurado facultativo sem renda própria e de baixa renda. CONTRIBUIÇÃO DAS EMPRESAS E EQUIPARADOS Cota Patronal O fato gerador da contribuição das empresas é, também, a atividade remunerada dos segurados a seu serviço, com ou sem vínculo empregatício. Há algumas exceções, como a contratação de cooperativa de trabalho, em que ainda assim o trabalho remunerado aparece como aspecto material da hipótese de incidência. Por esse motivo, a base de cálculo da cota patronal previdenciária será, em regra, a remuneração dos segurados. Lembre-se que, nesse caso, não há que se falar em limite máximo. Incide a cota patronal de 20% sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços. Da mesma forma, também incide a contribuição de 20% sobre o total das remunerações pagas ou creditadas aos segurados contribuintes individuais que lhe prestem serviços. Portanto, a contratação de serviços eventuais de pessoa física não exclui a contribuição da empresa. CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 20 Determina a lei que as instituições financeiras, além das contribuições básicas, devem a contribuição adicional de 2,5% sobre a mesma base de cálculo, ou seja, as remunerações de empregados, avulsos e CI. Assim, a cota patronal das instituições financeiras totaliza o percentual de 22,5%. Registre- se, também, que a CF conferiu imunidade às entidades de assistência social em relação às contribuições sociais. Recentemente, a Medida Provisória n° 540/2011, convertida na Lei n° 12.546, de 14 de dezembro de 2011, reduziu a cota patronal de alguns setores industriais no bojo da nova política industrial do governo, no chamado Plano Brasil Maior (www.brasilmaior.mdic.gov.br). O objetivo do plano é estimular a competitividade dos setores sensíveis ao câmbio valorizado que tem se observado nos últimos tempos. Assim, as empresas que prestam, exclusivamente, os serviços de tecnologia da informação (TI) e tecnologia da informação e comunicação (TIC) deixam de contribuir com os 20% sobre a remuneração de empregados, avulsos e individuais, mas passam a ter um aumento de 2,5% de COFINS em contrapartida. Também os setores de confecções, calçados e móveis tiveram sua alíquota da contribuição previdenciária patronal reduzida a zero (0%), mas o aumento de COFINS como contrapartida foi de apenas 1,5%. Esses benefícios são temporários, válidos até 31 de dezembro de 2014, e entraram em vigor três meses após a publicação da MP. Riscos Ambientais do Trabalho (RAT) A CF assegura aos trabalhadores seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador (CF, art.7°, XXVIII). Por isso, além da cota patronal das empresas de 20%, sobre a remuneração de empregados e avulsos incide a contribuição RAT de 1, 2 ou 3% a título de custeio do seguro de acidentes do trabalho. Tal contribuição não incide sobre a remuneração paga ao CI. CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIOPARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 21 Recentemente, foi implementada uma nova sistemática de ponderação da alíquota RAT com base no Fator Acidentário Previdenciário (FAP). O FAP é um multiplicador aplicado à alíquota RAT que mede o desempenho da empresa em relação à saúde e segurança no trabalho, com o objetivo de estimular a introdução de políticas mais efetivas nessa área. Assim, de acordo com o desempenho da empresa em relação ao seu setor econômico, a alíquota RAT pode ser dividida pela metade ou até dobrar. Contribuição para terceiros Além das contribuições previdenciárias, a Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) também arrecada as contribuições para terceiros, que são entidades de personalidade jurídica própria, de natureza privada. Os terceiros são, por exemplo, o SESC, SESI, SENAC, SENAT e o SENAR, que visam ao aprimoramento profissional e bem-estar de seus associados, vinculados a estas entidades de acordo com a atividade econômica de seus empregadores. Portanto, embora estas contribuições não sejam destinadas à seguridade social, elas são devidas pelas empresas e, geralmente, têm a alíquota de 5,8%. Cooperativas de trabalho As cooperativas de trabalho não estão sujeitas à contribuição patronal de 20% sobre os valores pagos ou devidos ao contribuinte individual que lhe presta serviço, NA CONDIÇÃO DE COOPERADO, através de sua intermediação. As empresas que contratam os serviços de cooperativa de trabalho é que ficam responsáveis pela cota patronal, que é de 15%, incidente sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços. Contudo, a cooperativa está obrigada a descontar a contribuição a cargo do segurado CI cooperado e recolher o valor arrecadado. CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 22 Portanto, se o cooperado CI presta serviços através da cooperativa de trabalho a empresas em geral, a cooperativa deverá descontar 11% da contribuição do segurado e a empresa contratante contribuirá com 15% da nota fiscal correspondente à cota patronal. Já se o cooperado prestar serviços a empresas isentas de contribuição social ou a pessoas físicas, não haverá cota patronal e a contribuição do segurado será de 20%, valor que deve ser descontado e recolhido pela cooperativa. As cooperativas de trabalho não devem ser confundidas com as cooperativas de produção. Essas últimas, para fins previdenciários, são equiparadas a empresas e recebem o mesmo tratamento dado a tais entidades. Adicional RAT Haverá incidência adicional de 12, 9 ou 6% à alíquota RAT, respectivamente, se a atividade exercida pelo segurado a serviço da empresa ensejar a concessão de aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição. A legislação específica define quais são essas atividades. É importante notar que essas alíquotas adicionais não incidem sobre o total da folha de pagamento, mas somente sobre a remuneração dos empregados e trabalhadores avulsos sujeitos às condições de trabalho que prejudiquem de tal forma a saúde e a integridade física que ensejem a aquisição futura de aposentadoria especial. No caso de cooperados que prestem serviços por intermédio de cooperativa de trabalho, cuja atividade desenvolvida por eles enseje a concessão de aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição, haverá um acréscimo de contribuição, respectivamente, de 9, 7 ou 5% sobre a nota fiscal ou fatura de serviços, a cargo da empresa contratante. Microempresa e Empresa de Pequeno Porte CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 23 As empresas optantes pelo Simples Nacional, introduzido pela LC n° 123/06, têm uma forma simplificada substitutiva de pagamento de uma série de tributos (federais, estaduais e municipais): em vez de efetuar pagamentos de diversos tributos separadamente, pagam somente um percentual consolidado sobre sua receita bruta mensal auferida, incluindo as contribuições previdenciárias da empresa. Portanto, a cota patronal e a alíquota RAT estão inseridas no pagamento do Simples Nacional, recebendo a destinação de um pequeno percentual do valor arrecadado. As empresas que podem optar pelo Simples Nacional são limitadas a um patamar de receita bruta anual. É considerada Microempresa aquela que tem receita bruta anual menor ou igual a R$ 360.000,00. Já a Empresa de Pequeno Porte são aquelas que têm receita bruta anual entre R$ 360.000,00 e R$ 3.600.000,00. Os limites de enquadramento foram reajustados recentemente através da Lei Complementar n° 139/2011. Empresas que tenham receita bruta anual acima desses valores estão excluídas do Simples Nacional. A empresa optante pelo Simples Nacional continua obrigada a descontar e recolher a contribuição do segurado que lhe presta serviço, na condição de responsável por tais tributos. Ademais, estão isentas da contribuição para terceiros. Frete – Transportador Autônomo O contribuinte individual fretista ou transportador autônomo é tratado de forma diferenciada pela legislação previdenciária em relação a um contribuinte individual qualquer, pois a nota fiscal relativa ao frete inclui não somente o pagamento de remuneração ao transportador autônomo, mas também despesas com combustível, seguros da mercadoria e do veículo, entre outras. Por isso, seria injusto que as alíquotas previdenciárias incidissem sobre o valor total da nota. Assim, o RPS definiu uma base de cálculo reduzida (BCR) para essa situação, que é de 20% sobre o valor bruto do frete. CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 24 Sendo assim, no caso de um CI fretista que presta serviço a uma empresa, haverá incidência de cota patronal de 20% sobre a BCR, ou seja, 20% sobre 20% do valor bruto do frete. Já se uma empresa contrata um frete de uma cooperativa de trabalho (de fretistas), haverá cota patronal de 15% sobre a BCR, que será 20% do valor da fatura de serviço do frete. Nos dois casos, o desconto de 11% da contribuição do CI também será feito sobre a BCR. Produtor Rural Pessoa Jurídica e Agroindústria O produtor rural pessoa jurídica (PRPJ) é uma empresa dedicada à produção rural. Agroindústria é uma empresa que industrializa produtos rurais de sua própria produção, no todo ou em parte, mesmo que também adquira produção de terceiros para industrializar. O PRPJ e a agroindústria têm um tratamento diferenciado em relação a sua forma de contribuir para a previdência social: contribuem com 2,5% da receita bruta proveniente da comercialização de sua produção, como cota patronal, e mais 0,1% da mesma receita bruta, como alíquota RAT. Além disso, incide mais 0,25% de contribuição para terceiros (SENAR), totalizando 2,85%. Essa forma de contribuição substitui a cota patronal e o RAT referente a trabalhadores empregados e avulsos. As contribuições referentes a CI, cooperativas de trabalho e demais contribuições recebem o mesmo tratamento de qualquer empresa. Produtor Rural Pessoa Física e Segurado Especial Para o produtor rural pessoa física (PRPF) e para o segurado especial (SE), a base de cálculo da contribuição será a receita bruta da comercialização da produção rural, ou seja, o valor recebido ou creditado pela comercialização da produção, tendo as seguintes alíquotas e destinações: 2% para a CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR:GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 25 previdência social (cota patronal); 0,1% para a contribuição dos riscos ambientais do trabalho (RAT) e 0,2% para terceiros. A diferença entre o PRPF e o SE está no tamanho da propriedade, que para o SE deve ser limitada a 4 módulos fiscais, e na limitação de empregados, pois o SE só pode contar com ajuda eventual de terceiros. Daí decorre um desdobramento importante: para o SE, a contribuição mencionada refere-se a sua própria contribuição, como segurado. Já para o PRPF, a contribuição sobre a receita bruta da comercialização da produção corresponde a sua cota patronal e RAT, sendo devida, ainda, sua contribuição como contribuinte individual. Na comercialização da produção rural do PRPF ou do SE, ocorre o fenômeno da sub-rogação: o adquirente da produção rural fica responsável, como substituto tributário, pelo recolhimento das contribuições sociais incidentes na operação, salvo se o adquirente for pessoa física (no varejo) ou outro PRPF ou SE. Microempreendedor Individual – MEI O Empreendedor Individual é a pessoa que trabalha por conta própria e que se legaliza como pequeno empresário. Para ser um empreendedor individual, é necessário faturar no máximo até R$ 60.000,00 por ano, não ter participação em outra empresa como sócio ou titular e ter, no máximo, um empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da categoria. Além de outros benefícios tributários, o MEI é enquadrado como CI, devendo contribuir com 5% sobre o salário-mínimo, mas não fará jus à aposentadoria por tempo de contribuição. Anteriormente, o MEI contribuía com 11% do salário-mínimo, mas a Lei n° 12.470, de 30 de agosto de 2011, resultado da conversão da MP n° 529/2011, garantiu tratamento mais benéfico ao MEI, mediante a redução de sua alíquota de contribuição para 5%. Além CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 26 disso, em relação a seu empregado, o MEI tem cota patronal de 3% da remuneração e deve reter a contribuição do empregado. EMPREGADOR DOMÉSTICO O empregador doméstico deve efetuar o recolhimento de contribuição no valor de 12% sobre o salário de contribuição (SC) do empregado doméstico a seu serviço, que seria a contribuição correspondente à cota patronal das empresas. Contudo, diferentemente das empresas, a cota patronal do empregador doméstico obedece ao limite máximo do SC, que em 2010 é de R$ 3.416,54. O empregador doméstico está dispensado da contribuição para terceiros e do RAT. Vale a pena ressaltar que, durante o período de licença- maternidade, o empregador doméstico continua recolhendo a cota patronal e o salário-maternidade é pago pelo INSS. ASSOCIAÇÃO DESPORTIVA QUE MANTÉM EQUIPE DE FUTEBOL PROFISSIONAL Dispõe a lei que a contribuição das associações desportivas que mantêm equipe de futebol profissional corresponde a 5% da receita bruta decorrente dos espetáculos esportivos de que participem em todo o territorial nacional, em qualquer modalidade desportiva, inclusive jogos internacionais, e sob qualquer forma de patrocínio, licenciamento de uso de marcas e símbolos, publicidade, propaganda e de transmissão de espetáculos desportivos. Em nosso país, os salários de jogadores de futebol são astronômicos. Como a cota patronal não observa limite, a contribuição dessas associações desportivas sobre os salários seria muito elevada, gerando um incentivo à sonegação. Portanto, essa forma diferenciada de contribuição busca uma alternativa mais harmônica de cumprimento das obrigações, já que a CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 27 contribuição é deduzida diretamente das principais fontes de receita de tais associações. Tanto é assim que são as próprias empresas patrocinadoras ou promotoras dos espetáculos esportivos que devem descontar e recolher tal contribuição, ou seja, são responsáveis pelo tributo. CONTRIBUIÇÃO SOBRE A RECEITA DE CONCURSOS DE PROGNÓSTICOS A Constituição Federal estabelece que a receita de concursos de prognósticos é uma contribuição social. A legislação definiu que 100% da renda líquida dos concursos de prognósticos realizados pelos órgãos do Poder Público são destinados à seguridade social de sua esfera de governo. Portanto, do total da arrecadação são deduzidos os valores destinados ao pagamento de prêmios, de impostos e de despesas administrativas, além dos valores destinados ao Programa de Crédito Educativo – o restante é destinado à seguridade social. Além disso, incide ainda contribuição social de 5% sobre o movimento global de apostas em prado de corridas (corrida de cavalo) e de 5% sobre o movimento global de apostas em sorteio de números ou de quaisquer modalidades de símbolos, realizados por entidades privadas. RECEITAS DE OUTRAS FONTES Constituem outras receitas da Seguridade Social: as multas, a atualização moratória e os juros moratórios; as receitas patrimoniais, industriais e financeiras; as doações, legados e subvenções; 50% dos valores obtidos com os bens de valor econômico apreendidos em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins; e 40% do resultado dos leilões dos bens apreendidos pela Receita Federal. CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 28 QUESTÕES ATENÇÃO: Como dito anteriormente, os últimos concursos do INSS praticamente não cobraram questões da parte de contribuições. Não encontrei questões da FCC sobre esse tópico e apresento questões de outra banca. Algumas questões abordam temas de uma complexidade maior do que o padrão das questões da FCC e dos concursos do INSS. De qualquer forma, a resolução da lista de exercícios é essencial para a fixação da matéria. 1 - (ESAF/Auditor-Fiscal da Previdência Social/2002) A respeito do conceito previdenciário de empresa ou de empregador doméstico, assinale a assertiva incorreta. a) Empresa – a firma individual ou sociedade que assume o risco de atividade econômica urbana ou rural, com fins lucrativos, bem como os órgãos e entidades da administração pública direta, indireta ou fundacional. b) Empregador doméstico – a pessoa ou família que admite a seu serviço, sem finalidade lucrativa, empregado doméstico. c) Equipara-se à empresa, para os efeitos da Lei 8.213/91, o contribuinte individual em relação a segurado que lhe presta serviço. d) Equipara-se à empresa, para os efeitos da Lei 8.213/91, a cooperativa. e) Equipara-se à empresa, para os efeitos da Lei 8.213/91, a associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade. 2 - (ESAF/Técnico da Receita Federal – Área Tecnologia da Informação/2006) Leia cada um dos assertos abaixo e assinale (V) ou (F), conforme seja verdadeiro ou falso. Depois, marque a opção que contenha a exata seqüência. ( ) A contribuição da União para a Seguridade Social é constituída de recursos adicionais do Orçamento Fiscal. ( ) Os recursos adicionais do Orçamento Fiscal para a Seguridade Social serão fixados obrigatoriamente na lei orçamentária anual. ( ) A União é responsável pela cobertura de insuficiências financeiras da Seguridade Social, quando decorrentes do pagamento de benefícios de prestação continuada da Previdência Social. a) F F F. b) V V V. CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 29 c) F V V. d) V V F. e) F F V.3 - (CESPE/Juiz Federal –TRF 1ª Região/2009) Segundo a CF, o legislador infraconstitucional poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social. Essas medidas deverão observar o princípio da não-cumulatividade, podendo apresentar fato gerador ou base de cálculo dos impostos discriminados constitucionalmente. 4 - (ESAF/Técnico da Receita Federal do Brasil – Área Tributária e Aduaneira/2006) De acordo com os princípios constitucionais da Seguridade Social, é incorreta a seguinte opção: a) não incidirá contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime Geral da Previdência Social de que trata o art. 201 da CF/88. b) poderá ser instituída contribuição social do trabalhador sobre o lucro e o faturamento. c) podem ter alíquotas diferenciadas as contribuições sociais da empresa. d) os entes federados descentralizados têm seu orçamento da Seguridade Social distinto do orçamento da União. e) a transferência de recursos para o Sistema Único de Saúde terá seus critérios definidos em lei. 5 - (ESAF/Auditor-Fiscal da Receita Federal/2009) A respeito da Ordem Social e princípios constitucionais da seguridade social, assinale a opção incorreta. a) As contribuições sociais da empresa podem ter alíquotas diferenciadas. b) Poderá haver contribuição social do trabalhador sobre o lucro e o faturamento. c) A lei definirá critério de transferência de recursos para o Sistema Único de Saúde. CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 30 d) O orçamento da seguridade social dos entes federados descentralizados é distinto do orçamento da União. e) Pode ser dada remissão para as contribuições sociais do empregado retidas pelas empresas no pagamento dos salários. 6 - (ESAF/Técnico da Receita Federal – Área Tecnologia da Informação/2006) A Seguridade Social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Será financiada também por contribuições sociais, mas não pela contribuição a) sobre os proventos de aposentadoria ou pensão concedidos pelo Regime Geral de Previdência Social ao trabalhador ou demais segurados submetidos a tal regime. b) sobre a receita ou o faturamento, relativo a operações de comércio interno, do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei. c) sobre o lucro do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, independentemente de ser sujeito também pelo imposto de renda. d) do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar, independentemente da incidência do imposto de importação que no caso couber. 7 - (ESAF/Assistente Técnico Administrativo-MF/2009) À luz do texto constitucional, julgue os itens abaixo referentes ao financiamento da Seguridade Social: I – financiada por toda a sociedade. II – de forma direta e indireta. III – por meio de verbas orçamentárias entre outras. IV – financiamento definido por lei. a) Somente I e III estão corretos. b) Somente I está correto. c) Somente I e II estão corretos. d) Todos estão corretos. e) Somente III e IV estão corretos. CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 31 8 - (ESAF/PGFN/2003) Considerando o conceito, organização e princípios constitucionais da seguridade social na Constituição Federal, julgue os itens abaixo. I – Seguridade social vincula-se a um conjunto de ações independentes e estanques na área de saúde, previdência e assistência social. II – Não há previsão constitucional de recursos financeiros para a seguridade social. III – A contribuição social não constitui exação fiscal vinculada. IV – Só as empresas contribuem para o financiamento da seguridade social. a) Todos estão incorretos. b) Somente I está incorreto. c) II e IV estão corretos. d) I e II estão corretos. e) III e IV estão corretos. 9 - (ESAF/Assistente Técnico Administrativo-MF/2009) Além das inúmeras contribuições sociais instituídas no texto da Constituição Federal, há possibilidade de instituição de novas espécies de contribuição social? Assinale a alternativa que responde incorretamente à pergunta formulada. a) Pode haver contribuição social com o mesmo fato gerador de outra já existente. b) O rol de contribuições sociais não é taxativo. c) Há previsão constitucional de competência residual. d) A diversidade da base de financiamento permite outras contribuições sociais. e) A União pode instituir outras contribuições sociais. 10 - (ESAF/Assistente Técnico Administrativo-MF/2009) A respeito da base de cálculo e contribuintes das contribuições sociais, analise as assertivas abaixo, assinalando a incorreta. CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 32 a) Remuneração paga, devida ou creditada aos segurados e demais pessoas físicas a seu serviço, mesmo sem vínculo empregatício – EMPRESA. b) Receita bruta decorrente dos espetáculos desportivos de que participem em todo território nacional – PRODUTOR RURAL PESSOA JURÍDICA. c) Incidentes sobre a receita bruta proveniente da comercialização da produção rural – SEGURADO ESPECIAL. d) Salário de contribuição dos empregados domésticos a seu serviço – EMPREGADORES DOMÉSTICOS. e) Incidentes sobre seu salário de contribuição – TRABALHADORES. 11 - (ESAF/Assistente Técnico Administrativo-MF/2009) Qual das parcelas abaixo não integram o salário de contribuição? a) Salário b) Gorjetas c) Despesas de viagem d) Abonos e) Ganhos habituais 12 - (ESAF/Assistente Técnico Administrativo-MF/2009) A respeito das contribuições sociais, é correto afirmar que: a) a contribuição do empregador incide só sobre a folha de salários. b) a contribuição da empresa pode ser feita em função do tipo de produto que ela vende. c) o trabalhador não contribui para a Seguridade Social. d) os concursos de prognósticos não estão sujeitos à incidência de contribuição social. e) pode haver incidência de contribuição social sobre a importação de bens do exterior. 13 - (ESAF/Auditor-Fiscal da Receita Federal/2009) A respeito do financiamento da Seguridade Social, nos termos da Constituição Federal e da legislação de custeio previdenciária, assinale a opção correta. a) A pessoa jurídica em débito com o sistema de seguridade social pode contratar com o poder público federal. b) Lei ordinária pode instituir outras fontes de custeio além das previstas na Constituição Federal. CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 33 c) As contribuições sociais criadas podem ser exigidas noventa dias após a publicação da lei. d) Podem-se criar benefícios previdenciários para inativos por meio de decreto legislativo. e) São isentas de contribuição para a seguridade social todas entidades beneficentes de utilidade pública distrital e municipal. 14 - (ESAF/Auditor-Fiscal da Receita Federal – Área Tributária e Aduaneira/2005) Quanto ao financiamento da seguridade social, de acordo com o estabelecido na CF/88 e na legislação do respectivo custeio, assinale a opção correta. a) A lei não pode instituir outras fontes de custeio além daquelas previstas na Constituição Federal. b) São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei. c) As contribuiçõessociais criadas podem ser exigidas no ano seguinte à publicação da respectiva lei. d) Há possibilidade de criar benefício previdenciário sem prévio custeio. e) Mesmo em débito com o sistema da seguridade social, pode a pessoa jurídica contratar com o poder público. 15 - (ESAF/Auditor-Fiscal da Receita Federal – Área Tributária e Aduaneira/2005) Com relação às contribuições sociais, no âmbito da seguridade social, é correto afirmar: a) As contribuições sociais, de que trata o art. 195 da CF/88, só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b, da Carta Magna. b) As contribuições sociais de que trata o art. 195, da CF/88, só poderão ser exigidas após decorridos cento e oitenta dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b, da Carta Magna. c) São isentas de contribuição para a seguridade social todas as entidades de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei complementar. CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 34 d) As contribuições sociais de que trata o art. 195, da CF/88, só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da assinatura da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b, da Carta Magna. e) As contribuições sociais de que trata o art. 195, da CF/88, só poderão ser criadas e exigidas após decorridos noventa dias da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b, da Carta Magna. 16 - (ESAF/Auditor-Fiscal da Receita Federal/2003) Responda com base na Constituição Federal. 1. É vedado que as contribuições sociais para a seguridade social tenham base de cálculo própria de impostos? 2. Incide contribuição social para a seguridade social sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social? 3. As contribuições sociais para a seguridade social sobre a folha de salários, a receita ou o faturamento de pessoas jurídicas poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica ou da utilização intensiva de mão-de-obra? a) Sim, não, não b) Sim, sim, sim c) Sim, sim, não d) Não, não, sim e) Não, sim, sim 17 - (ESAF/Auditor-Fiscal da Previdência Social/2002) A respeito do financiamento da Seguridade Social, nos termos da Constituição Federal e da legislação de custeio previdenciária, assinale a opção correta. a) A pessoa jurídica em débito com o sistema de seguridade social não pode contratar com o poder público. b) A lei não pode instituir outras fontes de custeio além das previstas na Constituição Federal. c) Pode-se criar benefício previdenciário sem prévio custeio. CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 35 d) As contribuições sociais criadas podem ser exigidas no ano seguinte à publicação da lei. e) São isentas de contribuição para a seguridade social todas as entidades beneficentes de utilidade pública federal. 18 - (Auditor Fiscal da Previdência Social/2002) Não constitui receita das contribuições sociais: a) as das empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados a seu serviço. b) as dos empregadores domésticos, incidentes sobre o salário-de-contribuição dos empregados domésticos a seu serviço. c) as provenientes da União. d) as das empresas, incidentes sobre o faturamento e o lucro. e) as incidentes sobre a receita de concursos de prognósticos. 19 - (ESAF/Auditor-Fiscal da Receita Federal – Área Tecnologia da Informação/2005) Constituem contribuições sociais, de acordo com a Lei n. 8.212/91, exceto: a) As das empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados a seu serviço. b) As dos empregados domésticos. c) As dos trabalhadores, incidentes sobre o seu salário-de-contribuição. d) As das empresas, incidentes sobre faturamento e lucro. e) As dos proprietários rurais, incidentes sobre o seu faturamento. 20 - (ESAF/Auditor-Fiscal da RFB/2009) Além das contribuições sociais, a seguridade social conta com outras receitas. Não constituem outras receitas da seguridade social: a) as multas. b) receitas patrimoniais. c) doações. d) sessenta por cento do resultado dos leilões dos bens apreendidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. e) juros moratórios. CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 36 GABARITO 1) A 2) B 3) C 4) B 5) B 6) A 7) D 8) A 9) A 10) B 11) C 12) E 13) C 14) B 15) A 16) D 17) A 18) C 19) E 20) D QUESTÕES COMENTADAS 1 - (ESAF/Auditor-Fiscal da Previdência Social/2002) A respeito do conceito previdenciário de empresa ou de empregador doméstico, assinale a assertiva incorreta. a) Empresa – a firma individual ou sociedade que assume o risco de atividade econômica urbana ou rural, com fins lucrativos, bem como os órgãos e entidades da administração pública direta, indireta ou fundacional. b) Empregador doméstico – a pessoa ou família que admite a seu serviço, sem finalidade lucrativa, empregado doméstico. c) Equipara-se à empresa, para os efeitos da Lei 8.213/91, o contribuinte individual em relação a segurado que lhe presta serviço. d) Equipara-se à empresa, para os efeitos da Lei 8.213/91, a cooperativa. e) Equipara-se à empresa, para os efeitos da Lei 8.213/91, a associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade. Gabarito: letra “a”. A assertiva contida em “a” está incorreta porque o conceito previdenciário de empresa não exige que a sociedade tenha finalidade de lucro, pode ser com fins lucrativos ou não. Portanto, o erro está na limitação da definição de empresa àquelas com fins lucrativos. Todas as demais alternativas estão correta, de acordo com o art. 14 da Lei n° 8.213/1991. 2 - (ESAF/Técnico da Receita Federal – Área Tecnologia da Informação/2006) Leia cada um dos assertos abaixo e assinale (V) ou (F), conforme seja verdadeiro ou falso. Depois, marque a opção que contenha a exata seqüência. CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 37 ( ) A contribuição da União para a Seguridade Social é constituída de recursos adicionais do Orçamento Fiscal. ( ) Os recursos adicionais do Orçamento Fiscal para a Seguridade Social serão fixados obrigatoriamente na lei orçamentária anual. ( ) A União é responsável pela cobertura de insuficiências financeiras da Seguridade Social, quando decorrentes do pagamento de benefícios de prestação continuada da Previdência Social. a) F F F. b) V V V. c) F V V. d) V V F. e) F F V. Gabarito: letra “b”. As três assertivas da questão estão corretas e reproduzem disposições do art. 196 do Decreto n° 3.048/1999. Segundo o dispositivo, “a contribuição da União é constituída de recursos adicionais do Orçamento Fiscal, fixados obrigatoriamente na Lei Orçamentária anual”. A terceira assertiva traz o teor do parágrafo único do art: “ A União é responsável pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras da seguridade social, quando decorrentes do pagamento de benefícios de prestação continuada da previdência social, na forma da Lei Orçamentária anual”. Logo, todas as afirmativas são verdadeiras e a resposta certa é a letra “b”. 3 - (CESPE/JuizFederal –TRF 1ª Região/2009) Segundo a CF, o legislador infraconstitucional poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social. Essas medidas deverão observar o princípio da não-cumulatividade, podendo apresentar fato gerador ou base de cálculo dos impostos discriminados constitucionalmente. Gabarito: Certo. É o que diz o §4° do art. 195 da CF. Ao traçar essa possibilidade, conhecida como competência residual, o dispositivo assevera que o legislador infraconstitucional deve obedecer o disposto no art. 154, I, que trata da competência residual da União para criar impostos. Por esse comando, entende-se que uma nova contribuição social não pode ter mesmo fato gerador ou base de cálculo das outras contribuições sociais discriminadas CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 38 constitucionalmente. Porém, não há impedimento para que tais elementos da contribuição sejam idênticos aos dos impostos já previstos na Constituição, pois tratam-se de espécies tributárias distintas. 4 - (ESAF/Técnico da Receita Federal do Brasil – Área Tributária e Aduaneira/2006) De acordo com os princípios constitucionais da Seguridade Social, é incorreta a seguinte opção: a) não incidirá contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime Geral da Previdência Social de que trata o art. 201 da CF/88. b) poderá ser instituída contribuição social do trabalhador sobre o lucro e o faturamento. c) podem ter alíquotas diferenciadas as contribuições sociais da empresa. d) os entes federados descentralizados têm seu orçamento da Seguridade Social distinto do orçamento da União. e) a transferência de recursos para o Sistema Único de Saúde terá seus critérios definidos em lei. Gabarito: letra “b”. A alternativa “b” está incorreta porque, de acordo com o art. 195 da Constituição, poderá ser instituída contribuição social sobre o lucro e o faturamento a cargo do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, mas não do trabalhador – aliás, lucro e faturamento são conceitos típicos da atividade empresarial. Todas as demais alternativas estão corretas e se baseiam nas disposições constitucionais sobre o financiamento da seguridade social vistas durante a aula. 5 - (ESAF/Auditor-Fiscal da Receita Federal/2009) A respeito da Ordem Social e princípios constitucionais da seguridade social, assinale a opção incorreta. a) As contribuições sociais da empresa podem ter alíquotas diferenciadas. b) Poderá haver contribuição social do trabalhador sobre o lucro e o faturamento. c) A lei definirá critério de transferência de recursos para o Sistema Único de Saúde. d) O orçamento da seguridade social dos entes federados descentralizados é distinto do orçamento da União. e) Pode ser dada remissão para as contribuições sociais do empregado retidas pelas empresas no pagamento dos salários. CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 39 Gabarito: letra “b”. Questão muito semelhante à anterior, com mesmo gabarito inclusive. A letra “e” passível de gerar confusão no aluno, pois o § 11 do art. 195 da CF/1988 afirma que “é vedada a concessão de remissão ou anistia das contribuições sociais de que tratam os incisos I, a, e II deste artigo, para débitos em montante superior ao fixado em lei complementar”. Embora à primeira vista pareça que a letra “e” é incompatível, a remissão ou anistia é vedada apenas para débitos em montante superior ao fixado em lei complementar. Logo, a alternativa torna-se correta, pois, se o débito for inferior a tal montante, poderá ser dada remissão. 6 - (ESAF/Técnico da Receita Federal – Área Tecnologia da Informação/2006) A Seguridade Social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Será financiada também por contribuições sociais, mas não pela contribuição a) sobre os proventos de aposentadoria ou pensão concedidos pelo Regime Geral de Previdência Social ao trabalhador ou demais segurados submetidos a tal regime. b) sobre a receita ou o faturamento, relativo a operações de comércio interno, do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei. c) sobre o lucro do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, independentemente de ser sujeito também pelo imposto de renda. d) do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar, independentemente da incidência do imposto de importação que no caso couber. Gabarito: letra “a”. Mais uma vez vemos a importância de o candidato fixar as disposições constitucionais sobre a seguridade social. No Regime Geral, é vedada a incidência de contribuição sobre os proventos de aposentadoria e pensão (art. 195, II, CF/1988). Todas as demais alternativas apresentam hipóteses de incidência de contribuição previstas no texto constitucional. 7 - (ESAF/Assistente Técnico Administrativo-MF/2009) À luz do texto constitucional, julgue os itens abaixo referentes ao financiamento da Seguridade Social: I – financiada por toda a sociedade. CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 40 II – de forma direta e indireta. III – por meio de verbas orçamentárias entre outras. IV – financiamento definido por lei. a) Somente I e III estão corretos. b) Somente I está correto. c) Somente I e II estão corretos. d) Todos estão corretos. e) Somente III e IV estão corretos. Gabarito: letra “d”. Questão relativamente simples, baseada no art. 195 da Constituição: “A seguridade social será financiada por toda a sociedade (I), de forma direta e indireta (II), nos termos da lei (IV), mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais (III)...” 8 - (ESAF/PGFN/2003) Considerando o conceito, organização e princípios constitucionais da seguridade social na Constituição Federal, julgue os itens abaixo. I – Seguridade social vincula-se a um conjunto de ações independentes e estanques na área de saúde, previdência e assistência social. II – Não há previsão constitucional de recursos financeiros para a seguridade social. III – A contribuição social não constitui exação fiscal vinculada. IV – Só as empresas contribuem para o financiamento da seguridade social. a) Todos estão incorretos. b) Somente I está incorreto. c) II e IV estão corretos. d) I e II estão corretos. e) III e IV estão corretos. Gabarito: letra “a”. Todas os itens estão incorretos. As ações da seguridade social são integradas; há previsão expressa na Constituição de recursos financeiros para a seguridade (art. 195); a contribuição social é um tipo de tributo, portanto exação fiscal vinculada; e contribuem também para o financiamento da seguridade social os trabalhadores e outros além de empresas. CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 41 9 - (ESAF/Assistente Técnico Administrativo-MF/2009) Além das inúmeras contribuições sociais instituídas no texto da Constituição Federal, há possibilidade de instituição de novas espécies de contribuição social? Assinale a alternativa que responde incorretamente à pergunta formulada. a) Pode haver contribuição social com o mesmo fato gerador de outra já existente.
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