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DIREITO PREVIDENCIÁRIO 4

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CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS 
PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA 
Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 1 
Aula 03 
Prof. Gabriel Pereira 
I – Introdução 
Olá, pessoal! 
Essa é a quarta aula do nosso curso de Direito Previdenciário 
(Conhecimentos Específicos) para o cargo de Técnico do Seguro Social. 
Estamos chegando à metade do nosso curso, terminando a parte geral e de 
custeio da previdência social para iniciarmos, a partir da próxima aula, os 
tópicos sobre benefícios. 
O conteúdo desta Aula 03 não costuma ser tão cobrado quanto o das 
outras aulas, por isso foi mais difícil encontrar questões de provas anteriores 
sobre os tópicos abordados hoje. Por esse motivo, a lista de exercícios tem 
apenas 18 questões, pois minha criativa para criar questões inéditas se 
esgotou. 
Na primeira aula do curso, a Aula Demonstrativa, não foram incluídos os 
comentários dos exercícios, somente o gabarito. Assim, em complemento 
àquela aula, as questões comentadas foram inseridas no final desta Aula 03. 
A partir da próxima aula, iniciaremos o estudo do Plano de Benefícios da 
Previdência Social, que é um conteúdo que certamente será muito cobrado na 
prova também. Na contagem regressiva para o concurso, hoje estamos a um 
mês do dia da prova. Portanto, é hora de aproveitar essas últimas semanas 
para manter os estudos e chegar bem preparado no sprint final. 
Bons estudos! 
CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS 
PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA 
Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 2 
AULA 03
Conteúdo: 5.4) Arrecadação e recolhimento das contribuições destinadas à 
seguridade social. 5.4.1) Competência do INSS e da Secretaria da Receita 
Federal do Brasil. 5.4.2) Obrigações da empresa e demais contribuintes. 5.4.3) 
Prazo de recolhimento. 5.4.4) Recolhimento fora do prazo: juros, multa e 
atualização monetária. 6) Decadência e prescrição. 7) Crimes contra a 
seguridade social. 8) Recurso das decisões administrativas. 
5.4) ARRECADAÇÃO E RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES 
DESTINADAS À SEGURIDADE SOCIAL 
5.4.1) Competência do INSS e da Secretaria da Receita Federal. 
Essa é uma seção muito importante da aula, que de certa forma 
complementa a evolução histórica da Previdência Social no Brasil apresentada 
na Aula 01. A Lei n° 11.457/2007 unificou a Secretaria da Receita Federal, 
vinculada ao Ministério da Fazenda, e a Secretaria da Receita Previdenciária, 
que fazia parte da estrutura do Ministério da Previdência Social. A partir da 
fusão das duas Receitas, surgiu a Secretaria da Receita Federal do Brasil 
(SRFB), vinculada ao Ministério da Fazenda. 
A criação da SRFB provocou mudanças significativas na organização da 
previdência brasileira, pois um novo órgão passou a ser responsável pela 
arrecadação, fiscalização e cobrança das contribuições previdenciárias. Antes 
da fusão promovida pela Lei, havia uma separação de competências entre as 
duas Receitas em relação aos tributos que cada uma arrecadava, fiscalizava e 
cobrava. De um lado, a Secretaria da Receita Federal (SRF) era responsável 
pela administração dos tributos da União, inclusive aqueles incidentes sobre o 
comércio exterior. A SRF já era responsável por PIS/Cofins e CSLL, que são 
contribuições sociais, mas não são contribuições previdenciárias. Por outro 
CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS 
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Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 3 
lado, a Secretaria da Receita Previdenciária era responsável por arrecadar, 
fiscalizar e cobrar as contribuições previdenciárias (das empresas, dos 
empregadores domésticos, dos trabalhadores, de terceiros e outras). 
Desse modo, a partir da Lei n° 11.457/2007, a SRFB passou a ser 
responsável pela arrecadação, fiscalização e cobrança de todos os tributos 
federais, inclusive os previdenciários, pois acumulou as competências das duas 
Receitas. Assim, cabe à RFB, além das competências da Receita Federal, 
planejar, executar, acompanhar e avaliar as atividades relativas à tributação, 
fiscalização, arrecadação, cobrança e recolhimento das contribuições sociais 
previdenciárias, que até então eram administradas pela Receita Previdenciária 
– inclusive as contribuições devidas a terceiros. Da mesma forma, foram 
transferidos para a RFB os processos administrativos-fiscais e as guias e 
declarações apresentadas ao Ministério da Previdência Social ou ao INSS, 
referentes às contribuições administradas até aquele momento pela Receita 
Previdenciária. 
A despeito das alterações trazidas pela Lei n° 11.457/2007, o produto da 
arrecadação das contribuições previdenciárias, incluindo os acréscimos legais 
incidentes, que antes eram administradas e fiscalizadas pela Receita 
Previdenciária, permaneceu sendo destinado exclusivamente ao pagamento de 
benefícios do RGPS e creditados diretamente ao Fundo do Regime Geral de 
Previdência Social. 
Já o INSS, autarquia federal vinculada ao Ministério da Previdência 
Social, tem por finalidade promover o reconhecimento, pela Previdência Social, 
de direito ao recebimento de benefícios por ela administrados, assegurando 
agilidade, comodidade aos seus usuários e ampliação do controle social. Nesse 
sentido, cabe ao INSS a concessão e pagamento de benefícios e prestação de 
serviços previdenciários; atendimento a segurados; análise de processos 
administrativos que tenham por objeto a comprovação dos requisitos 
necessários ao gozo de benefícios e serviços previdenciários vinculados ou 
relacionados às contribuições sociais previdenciárias. 
CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS 
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Ademais, a Lei n° 11.457/2007 também garantiu a permanência, além 
das demais competências estabelecidas na legislação aplicável, das seguintes 
atribuições do INSS: I) emissão de certidão relativa a tempo de contribuição; 
II) gestão do Fundo do Regime Geral de Previdência Social; e III) cálculo do 
montante das contribuições previdenciárias e emissão do correspondente 
documento de arrecadação, com vistas ao atendimento conclusivo para 
concessão ou revisão de benefício requerido. 
Portanto, a partir da fusão da Receita Federal e da Receita 
Previdenciária, houve uma repartição de competências da matéria 
previdenciária entre os órgãos do poder executivo. De um lado, a parte das 
contribuições previdenciárias ficou como competência da RFB, que é ligada ao 
Ministério da Fazenda. Do outro, a parte de concessão e pagamento de 
benefícios previdenciários ficou como competência do INSS, que é ligado ao 
Ministério da Previdência Social. 
5.4.2) Obrigações da empresa e demais contribuintes 
O Regulamento da Previdência Social (Decreto n° 3.048/1999) trata da 
arrecadação e recolhimento das contribuições sociais nos artigos 216 a 218. A 
arrecadação e o recolhimento estão relacionados ao adimplemento da 
obrigação de pagar o tributo, no caso, as contribuições sociais. Atualmente a 
arrecadação, a fiscalização e a normatização de todas as contribuições sociais 
da seguridade social estão a cargo da Secretaria da Receita Federal do Brasil. 
Contudo, o exercício da capacidade tributária ativa pela União, através da 
Receita Federal do Brasil, não descaracteriza a natureza das contribuições 
sociais, que são destinadas ao financiamento da seguridade social por força 
constitucional. Assim, o INSS permanece como o gestor dos recursos oriundos 
das contribuições previdenciárias, a fim de administrar o pagamento dos 
benefícios do RGPS. 
As empresas são obrigadas por lei, de forma exclusiva, a recolher as 
contribuições relativasaos segurados empregados e avulsos que lhe prestem 
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serviços, havendo presunção absoluta de recolhimento nesses casos. Isso 
significa que os segurados empregados ou avulsos não respondem pelo 
recolhimento das contribuições a que seriam obrigados, mesmo se a empresa 
não fizer a retenção e o recolhimento devidos. Portanto, a empresa tem 
obrigação exclusiva pelo recolhimento das contribuições previdenciárias 
decorrentes do trabalho do empregado e do avulso, tanto sua cota patronal 
como a contribuição devida pelo segurado. 
A Lei n° 10.666/2003 estendeu o mesmo tratamento para os segurados 
contribuintes individuais que prestam serviços a empresas, cabendo à empresa 
a obrigação pelo recolhimento das contribuições previdenciárias envolvidas na 
prestação de serviço, com presunção absoluta de recolhimento. Todavia, essa 
regra não se aplica se o contratante do serviço for outro contribuinte 
individual, equiparado à empresa, ou produtor rural pessoa física ou missão 
diplomática e repartição consular de carreira estrangeira. Nesses e nos demais 
casos, os contribuintes individuais, assim como os segurados facultativos, 
estão obrigados a recolher sua contribuição por iniciativa própria. 
Para os segurados empregados domésticos, a obrigação de arrecadar sua 
contribuição recai sobre o empregador doméstico, que é obrigado a reter e 
recolher a contribuição do empregado a seu serviço, assim como a parcela a 
seu cargo. Durante o período da licença-maternidade da empregada 
doméstica, cabe ao empregador apenas o recolhimento da contribuição a seu 
cargo, pois o próprio INSS fará o desconto da parcela a cargo do empregado 
doméstico na ocasião do pagamento do benefício. 
O produtor rural pessoa física e o segurado especial são obrigados a 
recolher a contribuição incidente sobre a receita bruta da comercialização de 
sua produção rural, caso comercializem a sua produção com adquirente 
domiciliado no exterior; diretamente, no varejo, a consumidor pessoa física; a 
outro produtor rural pessoa física; ou a outro segurado especial. A pessoa 
física não produtor rural que adquire a produção rural de segurado especial ou 
de produtor rural pessoa física, para vender, no varejo, a consumidor pessoa 
física, é obrigada a descontar e recolher a contribuição do segurado especial ou 
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do produtor rural pessoa física, incidente sobre a receita bruta da 
comercialização da produção rural (é a situação típica do feirante). 
 
5.4.3) Prazo de recolhimento 
O prazo para recolhimento das contribuições sociais das empresas e dos 
equiparados à empresa, para todos os fatos geradores de contribuição, é o dia 
20 do mês subsequente, antecipado. Isso significa que, se não houver 
expediente bancário no dia 20, o prazo para o recolhimento será o dia útil 
anterior. Nessa hipótese incluem-se o PRPJ, a agroindústria, o PRPF, o SE e a 
cooperativa de trabalho. Essa regra abrange inclusive as contribuições 
descontadas dos segurados. 
Para as contribuições sociais incidentes sobre o 13° salário, o prazo para 
recolhimento é o dia 20 de dezembro, antecipado, exceto na hipótese de 
rescisão do contrato de trabalho. Nessa situação, as contribuições referentes à 
parcela do 13° salário devem ser recolhidas até o dia 20 do mês subsequente 
à rescisão, antecipado. 
Já as contribuições do segurado contribuinte individual, do facultativo e 
do empregador doméstico devem ser recolhidas até o dia 15 do mês 
subsequente, postecipado – se não houver expediente bancário no dia 15, o 
pagamento pode ser feito no dia útil posterior. Porém, a contribuição sobre o 
13° deverá ser recolhida até o dia 20 de dezembro. Caso esses contribuintes 
recolham sobre o valor do salário-mínimo, eles podem optar por recolher 
trimestralmente, efetuando o pagamento até o dia 15 do mês subsequente ao 
trimestre civil (15 de abril, 15 de julho, 15 de outubro e 15 de janeiro), 
postecipado. 
Por fim, as contribuições sociais incidentes sobre as receitas dos eventos 
desportivos, referentes às associações esportivas que mantêm equipe de 
futebol profissional, devem ser recolhidas em até 2 (dois) dias úteis após o 
evento, pelo organizador do espetáculo esportivo. Para as contribuições 
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incidentes sobre os patrocínios e demais receitas tributadas da associação, 
vale a regra geral das empresas – dia 20 do mês subsequente, antecipado. 
• PRAZOS DE RECOLHIMENTO 
CONTRIBUINTE / RESPONSÁVEL PRAZOS 
EMPRESAS – todos os FGs 
(PRPJ, PRPF, SE, Cooperativa de Trabalho) 
DIA 20 DO MÊS SUBSEQUENTE, 
ANTECIPADO
CI, F E EMPREGADOR DOMÉSTICO 
- Exceto 13° salário* (Carnê – GPS) 
DIA 15 DO MÊS SUBSEQUENTE, 
POSTECIPADO** 
EVENTOS DESPORTIVOS 2 DIAS ÚTEIS APÓS O EVENTO 
13° SALÁRIO (Exceto na recisão) DIA 20 DE DEZEMBRO, 
ANTECIPADO
* O empregador doméstico tem prazo até dia 20 de dezembro para recolher a contribuição referente ao 13° salário, 
podendo recolher também as contribuições de novembro na mesma ocasião. 
** CI, Facultativo e Doméstico que tenha o salário-mínimo como salário de contribuição podem optar por recolher 
trimestralmente, no prazo de até dia 15 do mês subsequente ao trimestre civil (15/abril; 15/jul; 15/out; e 15/jan), 
postecipado. 
Obs1: Na hipótese de rescisão contratual, as contribuições referentes à parcela do 13° salário devem ser recolhidas até 
dia 20 do mês subsequente à rescisão, antecipado. 
Obs2: RECLAMATÓRIAS TRABALHISTAS: quando o empregador tiver que pagar direitos trabalhistas sobre os quais 
incidam contribuições previdenciárias, o recolhimento será feito até dia 10 do mês seguinte ao da liquidação da 
sentença, postecipado. 
5.4.4) Recolhimento fora do prazo: juros, multa e atualização 
monetária 
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Quando o recolhimento da contribuição social é feito fora do prazo, há 
incidência de juros e multa. Há duas regras distintas: uma para quando o 
recolhimento é efetuado espontaneamente pelo contribuinte, ainda que 
extemporâneo, e outra para quando a falta de recolhimento é alvo de 
fiscalização e cobrança por parte do Fisco. 
Quando o recolhimento é efetuado fora do prazo, mas de forma 
espontânea pelo contribuinte, incidem juros de mora e multa de mora. Os 
juros de mora são cobrados a partir do mês subsequente ao mês de 
vencimento da contribuição, aplicando-se a taxa SELIC nos meses 
intermediários mais o percentual fixo de 1% no mês de pagamento. Portanto, 
os juros SELIC serão acumulados mensalmente a partir do 1° dia do mês 
subsequente ao do vencimento até o mês anterior ao pagamento, quando será 
adicionado de mais 1%. Já a multa de mora é de 0,33% ao dia, não podendo 
ultrapassar 20%. A multa de mora incide desde o primeiro dia após o 
vencimento até o dia em que efetivamente ocorrer o pagamento. 
Quando o contribuinte não recolher as contribuições sociais devidas no 
prazo e ficar inadimplente, a cobrança poderá ser feita mediante procedimento 
fiscalizatório, que lançará contra o contribuinte o valor dos tributos devidos e 
ainda as multas de ofício. A multa de ofício pode ser normal, de 75%, ou 
dobrada, de 150%, quando ocorrer crime de sonegação, fraude ou conluio. 
Além disso, tal multa pode ser agravadaem 50%, chegando a 112,5% ou 
225%, se o sujeito passivo não atender intimação para prestar 
esclarecimentos durante o procedimento fiscalizatório. Nessas ocasiões, serão 
aplicadas apenas as multas de ofício e os juros de mora, não incidindo a multa 
de mora. 
6) DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO 
As contribuições previdenciárias são tributos e, de uma forma geral, 
devem seguir as regras do direito tributário. Como visto anteriormente, o 
sujeito passivo das contribuições sociais tem um prazo para efetuar o 
CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS 
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pagamento. Quando não há recolhimento, cabe à Administração Tributária 
identificar a inadimplência do sujeito passivo, através de procedimento 
fiscalizatório, e efetuar a cobrança, acrescida da multa de ofício e juros de 
mora, que serve de desestímulo à inadimplência. 
No entanto, em nome do princípio da segurança jurídica, a Fazenda 
Pública tem um prazo para lançar o tributo não declarado nem recolhido, assim 
como também tem um prazo para promover as ações cabíveis de cobrança. 
Esses são os prazos de decadência e prescrição, respectivamente. O prazo de 
decadência é o prazo para que o Fisco exerça o direito de lançar. O prazo 
prescricional é o prazo para propositura da ação de execução fiscal. 
Durante algum tempo pairou uma polêmica sobre o Direito Previdenciário 
a respeito desse assunto, pois a Lei n° 8.212/1991 dizia que esses prazos 
eram de 10 anos para as contribuições previdenciárias, enquanto o CTN 
afirmava que tais prazos eram de apenas 5 anos para os tributos de um modo 
geral. 
Depois de algumas controvérsias, o Supremo Tribunal Federal (STF) 
pacificou a questão com a edição da Súmula Vinculante n° 8, que declarou a 
inconstitucionalidade dos artigos da Lei n° 8.212/1991, que fixavam em 10 
anos os prazos de decadência e prescrição das contribuições previdenciárias. A 
base da decisão do STF está no art. 146 da CF, III, que prevê a necessidade 
de lei complementar para disciplinar normas gerais sobre matéria tributária, 
incluindo decadência e prescrição. Logo, os prazos de decadência e prescrição 
são de 5 anos, assim como acontece para todos os demais tributos. 
Diante da importância da matéria, transcrevo parte da Ementa de um 
julgado do STJ de 2007 que decidiu no mesmo sentido: “... cabe à lei 
complementar dispor sobre normas gerais em matéria de prescrição e 
decadência tributárias, compreendida nessa cláusula inclusive a fixação dos 
respectivos prazos. Consequentemente, padece de inconstitucionalidade formal 
o artigo 45 da Lei 8.212, de 1991, que fixou em dez anos o prazo de 
decadência para o lançamento das contribuições sociais devidas à Previdência 
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Social”. Embora não fosse objeto da ação, o mesmo raciocínio vale para o art. 
46 daquela Lei, que se referia ao prazo de prescrição das mesmas 
contribuições. 
7) CRIMES CONTRA A SEGURIDADE SOCIAL 
A Seguridade Social tem uma importância fundamental no espectro de 
políticas públicas de nosso país, pois cobre áreas sensíveis para o bem-estar 
da população que mais precisa do amparo do Estado. Mais especificamente, a 
Previdência Social desempenha um papel muito importante, uma vez que os 
benefícios previdenciários, além de contribuírem para prover a subsistência dos 
beneficiários, também ajudam a movimentar a economia de cidades menores 
no interior do Brasil. Por tudo isso, é essencial resguardar a Previdência Social 
de condutas ilícitas que atentem contra o Regime, tipificando tais condutas 
como crimes. 
No intuito de coibir as condutas relativas ao descumprimento das normas 
que regem as contribuições destinadas ao financiamento da seguridade social, 
foram criadas tipificações penais a fim de punir os autores do ilícito tributário-
previdenciário. Os crimes previdenciários estavam disciplinados na própria Lei 
n° 8.212/91, mas a Lei n° 9.983/2000 acrescentou artigos ao Código Penal, 
tipificando os seguintes crimes: 1) Apropriação indébita previdenciária; 2) 
Inserção de dados falsos em sistemas de informações; 3) Modificação ou 
alteração não autorizada em sistemas de informações; 4) Sonegação de 
contribuição previdenciária; 5) Falsificação de documentos em prejuízo da 
Previdência Social. 
1) Apropriação indébita previdenciária (art. 168-A do Código Penal): 
deixar de repassar à Previdência Social as contribuições recolhidas dos 
contribuintes, no prazo e na forma legal ou convencional. Nas mesmas penas 
incorre quem: deixar de recolher, no prazo legal, contribuição ou outra 
importância destinada à Previdência Social que tenha sido descontada do 
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pagamento efetuado a segurados, a terceiros ou arrecadada do público; ou 
deixar de recolher contribuições devidas à Previdência Social que tenham 
integrado despesas contábeis ou custos relativos à venda de produtos ou à 
prestação de serviços; ou deixar de pagar benefício devido a segurado, quando 
as respectivas cotas ou valores já tiverem sido reembolsados à empresa pela 
Previdência Social. 
Agente: empregador. Pena: Reclusão de 2 a 5 anos e multa. 
2) Inserção de dados falsos em sistemas de informações (art. 313-A 
do Código Penal): inserir ou facilitar o funcionário autorizado a inserção de 
dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas 
informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de 
obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano. 
Agente: funcionário público. Pena: Reclusão de 2 a 12 anos e multa. 
3) Modificação ou alteração não autorizada em sistemas de 
informações (art. 313-B do Código Penal): modificar ou alterar, o 
funcionário, sistema de informações ou programa de informática sem 
autorização ou solicitação de autoridade competente. 
Agente: funcionário público. Pena: Reclusão de 3 meses a 2 anos e multa. 
4) Sonegação de contribuição previdenciária (art. 337-A do Código 
Penal): suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e qualquer 
acessório, mediante as seguintes condutas: I – omitir de folha de pagamento 
da empresa ou de documento de informações previsto pela legislação 
previdenciária, segurado empregado, empresário, trabalhador avulso ou 
trabalhador autônomo ou a este equiparado que lhe prestem serviços; II – 
deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da contabilidade da empresa 
as quantias descontadas dos segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo 
tomador de serviços; III – omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros 
auferidos, remunerações pagas ou creditadas e demais fatos geradores de 
contribuições previdenciárias. 
CURSO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO PARA O INSS 
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Agente: responsável pelas informações à previdência social. Pena: Reclusão 
de 2 a 5 anos e multa. 
5) Falsificação de documentos em prejuízo da Previdência Social (§§ 
3° e 4° do art. 297 do Código Penal): falsificar, no todo ou em parte, 
documento público, ou alterar documento público verdadeiro. Inserir ou fazer 
inserir: 1) na folha de pagamento ou em documento de informações que seja 
destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não possua a 
qualidade de segurado obrigatório; 2) na Carteira de Trabalho e Previdência 
Social do empregado ou em documento que deva produzir efeitoperante a 
previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita; 
3) em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com 
as obrigações da empresa perante a previdência social, declaração falsa ou 
diversa da que deveria ter constado. Omitir nos documentos acima 
mencionados, nome de segurado, bem como seus dados pessoais, a 
remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de prestação de serviços. 
Agente: responsável pelas informações à previdência social. Pena: Reclusão 
de 2 a 6 anos e multa. 
Em relação aos cinco delitos citados, deve-se perceber que as situações 
tipificadas pelos artigos 313-A e 313-B, inserção de dados falsos em sistemas 
de informações e modificação ou alteração não autorizada em sistemas de 
informações, não ficam restritas apenas ao campo previdenciário, sendo 
aplicadas a toda a esfera administrativa governamental. Esses crimes são 
praticados por funcionários públicos. 
Já os demais delitos são crimes específicos contra a previdência social e 
tem, na maioria das vezes, os próprios responsáveis pelo recolhimento das 
contribuições como agentes dessas condutas. Vale ressaltar que os crimes de 
apropriação indébita previdenciária e de sonegação de contribuição 
previdenciária atentam contra as regras de custeio do Regime Geral de 
Previdência Social e prejudicam o financiamento da seguridade social. 
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8) RECURSO DAS DECISÕES ADMINISTRATIVAS 
Ao se filiar ao Regime Geral de Previdência Social, o segurado passa a 
ter direitos e deveres. Seu principal direito é o de receber benefícios 
previdenciários quando vivenciar algum dos riscos sociais para os quais a 
previdência oferece proteção: aposentadoria, em caso de idade avançada; 
salário-maternidade, em caso de gravidez; e pensão por morte para os 
dependentes, em caso de falecimento do segurado; dentre outros. Por sua vez, 
o vínculo previdenciário pressupõe obrigações, cuja principal delas é a de 
recolher as contribuições previdenciárias. 
Até há pouco tempo atrás, tanto a arrecadação das contribuições como a 
concessão dos benefícios previdenciários estavam a cargo da Secretaria da 
Receita Previdenciária e do INSS, ambos ligados ao Ministério da Previdência 
Social. Entretanto, a Lei n° 11.457/2007 unificou a Secretaria da Receita 
Previdenciária e a Secretaria da Receita Federal, formando a Secretaria da 
Receita Federal do Brasil, ligada ao Ministério da Fazenda e responsável pela 
arrecadação, fiscalização e cobrança de todos os tributos federais, inclusive os 
previdenciários. 
Desse modo, é a Receita Federal do Brasil quem tem competência para 
cobrar o cumprimento da obrigação do contribuinte de pagar as contribuições 
sociais, enquanto o INSS é competente para administrar a concessão de 
benefícios previdenciários. Logo, cabe ao INSS o reconhecimento ou não dos 
direitos dos segurados e, à Receita Federal do Brasil, cabe o reconhecimento 
das obrigações dos contribuintes e sua cobrança, quando for o caso. Porém, 
nem sempre há concordância entre o segurado/contribuinte e a administração. 
Por esse motivo, a lei garantiu ao segurado/contribuinte a oportunidade de 
recorrer de decisões administrativas que considere equivocadas. 
Recurso das decisões relativas às contribuições 
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 No tocante a sua obrigação de recolher contribuições previdenciárias, o 
contribuinte poderá recorrer das decisões do Fisco quando julgar que a 
cobrança que está sendo feita é indevida. Nessas situações, instaura-se um 
processo administrativo fiscal, que é regulado pelas normas do Decreto n° 
70.235/1972. Assim, depois que o Fisco formaliza a exigência da contribuição 
social que ele entende devida, através da lavratura do auto de infração ou da 
notificação de lançamento, o sujeito passivo pode apresentar impugnação para 
contestar a exigência. 
Depois da Lei n° 11.457/2007, a competência para o julgamento do 
processo, em primeira instância, é da Secretaria da Receita Federal do Brasil, 
através de suas Delegacias de Julgamento (DRJ), que são órgãos colegiados 
criados para essa finalidade. Se houver recurso, o julgamento do processo em 
segunda instância compete ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais 
(CARF), órgão colegiado, com representantes do governo e da sociedade, que 
integra a estrutura do Ministério da Fazenda. O CARF é constituído por seções 
e pela Câmara Superior de Recursos Fiscais (CSRF). As seções do CARF são 
especializadas por matéria e constituídas por câmaras, podendo ser dividas em 
turmas. Já a CSRF é constituída por turmas, compostas pelos Presidentes e 
Vice-Presidentes das câmaras. 
Portanto, o processo administrativo fiscal configura-se como o recurso da 
decisão administrativa nos casos de cobrança das contribuições sociais. O 
primeiro passo do processo é a impugnação, que é a maneira que o sujeito 
passivo tem para manifestar sua discordância quanto à exigência fiscal. A 
impugnação, formalizada por escrito e instruída com os documentos em que se 
fundamentar, será apresentada ao órgão preparador, no prazo de 30 dias, 
contados da data em que for feita a intimação da exigência (art. 15, Decreto 
n° 70.235/1972). 
Com a apresentação da impugnação, o processo é submetido ao 
julgamento da DRJ (primeira instância), que decidirá sobre a procedência ou 
não do lançamento. Se for necessário, a autoridade julgadora determinará, de 
ofício ou a requerimento do impugnante, a realização de diligências ou perícias 
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(art. 18, Decreto n° 70.235/1972). O impugnante pode desistir do processo 
em qualquer fase do processo, o que se concretiza inclusive com o pedido de 
parcelamento, a confissão irretratável da dívida ou a extinção do crédito, por 
qualquer modalidade. 
Se o sujeito passivo não impugnar o auto de infração nem efetuar o 
pagamento no prazo de 30 dias de seu recebimento, a autoridade fiscal 
decretará a revelia, permanecendo o processo no órgão preparador, pelo prazo 
de 30 dias, para cobrança amigável (art. 21, Decreto n° 70.235/1972). 
Decorrido o prazo de cobrança amigável sem que o débito tenha sido pago ou 
parcelado, o órgão preparador encaminhará o processo para inscrição em 
Dívida Ativa da União (DAU). 
O processo pode ter prosseguimento e a etapa seguinte do processo 
administrativo fiscal seria o recurso à segunda instância. Independentemente 
da decisão da DRJ, seja pela procedência ou improcedência da exigência fiscal, 
tanto o contribuinte quanto a própria autoridade julgadora podem recorrer 
para o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), solicitando o 
reexame da decisão de primeira instância. 
Da decisão de primeira instância (DRJ) caberá recurso voluntário, com 
efeito suspensivo, dirigido ao CARF (art. 33, Decreto n° 70.235/1972). Recurso 
voluntário é aquele apresentado pelo sujeito passivo para a segunda instância. 
De forma semelhante à impugnação, o prazo para interposição de recurso é de 
30 dias, contados da ciência da decisão de primeira instância. Esgotado o 
prazo sem que o recurso tenha sido interposto, o sujeito passivo será 
cientificado do trânsito em julgado administrativo e intimado a regularizar sua 
situação no prazo de 30 dias. Não sendo cumprida a exigência por meio da 
cobrança amigável, o processo será encaminhado para inscrição em DívidaAtiva da União. 
No caso de interposição de recurso, o sujeito passivo será cientificado da 
decisão do CARF e intimado, quando for o caso, a cumpri-la. Se a exigência 
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não for cumprida no prazo de 30 dias, o processo será encaminhado para 
inscrição em Dívida Ativa da União. 
Além do recurso voluntário, também existe a possibilidade do recurso de 
ofício, que é aquele apresentado pela própria Receita Federal do Brasil. O 
Presidente de Turma da DRJ recorrerá de ofício ao CARF sempre que a 
decisão: declarar indevida contribuição ou outra importância apurada pela 
fiscalização; e relevar ou atenuar multa aplicada por infração a legislação 
previdenciária. Entretanto, o Ministro da Fazenda pode estabelecer limite 
abaixo do qual será dispensada a interposição do recurso de ofício (art. 366, § 
3°, Decreto n° 3.048/1999). 
Por fim, a Câmara Superior de Recursos Fiscais atua exclusivamente nos 
casos de interpretações divergentes, unificando a interpretação das normas 
tributárias. Assim, nos casos de decisão que der à lei tributária interpretação 
divergente da que lhe tenha dado outra Câmara, turma de Câmara, turma 
especial ou a própria CSRF, caberá recurso especial à CSRF, no prazo de 15 
dias da ciência do acórdão ao interessado (art. 37, § 2°, Decreto n° 
70.235/1972). 
Processo relativo aos benefícios previdenciários 
Das decisões do INSS nos processos de interesse dos beneficiários 
caberá recurso para o Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS), 
órgão colegiado integrante da estrutura do Ministério da Previdência Social, 
nos processos referentes a benefícios a cargo do INSS. O prazo para 
interposição de recursos é de 30 dias, contados da ciência da decisão (RPS, 
art. 305, §1°). A partir da data da interposição do recurso, inicia-se a 
contagem do prazo de 30 dias para o INSS oferecer contrarrazões. 
Admitir ou não o recurso é prerrogativa do CRPS, sendo vedado a 
qualquer órgão do INSS recusar o seu recebimento ou sustar-lhe o andamento, 
exceto quando reconhecido o direito pleiteado, antes da subida dos autos ao 
CRPS. 
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O CRPS compreende os seguintes órgãos: (I) 29 Juntas de Recursos, 
com competências pra julgar, em primeira instância, os recursos interpostos 
contra as decisões prolatadas pelos órgãos regionais do INSS, em matéria de 
interesse de seus beneficiários; (II) 4 Câmaras de Julgamento, com sede em 
Brasília, com a competência para julgar, em segunda instância, os recursos 
interpostos contra as decisões proferidas pelas Juntas de Recursos que 
infringirem lei, regulamento, enunciado ou ato normativo ministerial; (III) 
Conselho Pleno, com a competência para uniformizar a jurisprudência 
previdenciária (RPS, art. 303, §1°). 
Assim, em matéria de interesse dos beneficiários do RGPS, há duas 
instâncias recursais: 
1ª Instância do CRPS: Junta de Recursos (JR), com a competência para 
julgar os recursos interpostos contra as decisões prolatadas pelos órgãos 
regionais do INSS. 
2ª Instância do CRPS: Câmaras de Julgamento (Caj), com a competência 
para julgar os recursos interpostos contra decisões proferidas pelas Juntas de 
Recursos que infringirem lei, regulamento, enunciado ou ato normativo 
ministerial. 
Os recursos tempestivos contra decisões das Juntas de Recursos do 
CRPS têm efeito suspensivo e devolutivo (RPS, art. 308). Todavia, para estes 
fins, não se considera recurso o pedido de revisão de acórdão endereçado às 
Juntas de Recursos e Câmaras de Julgamento (RPS, art. 308, §1°). 
A propositura, pelo beneficiário ou contribuinte da Previdência Social, de 
ação judicial que tenha por objeto idêntico pedido sobre o qual versa o 
processo administrativo importa renúncia às instâncias administrativas e 
desistência de eventual recurso interposto (Lei n° 8.213/1991, art. 126, §3°). 
Todavia, quando diferentes os objetos do processo judicial e do processo 
administrativo, este terá prosseguimento normal no que se relaciona à matéria 
diferenciada. 
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QUESTÕES 
1 – (CESPE/Técnico do Seguro Social-INSS/2008) A fusão da Secretaria 
da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciária centralizou em 
apenas um órgão a arrecadação da maioria dos tributos federais. Contudo, a 
fiscalização e a arrecadação das contribuições sociais destinadas aos chamados 
terceiros — SESC, SENAC, SESI, SENAI e outros — permanecem a cargo do 
INSS. 
2 – (Estilo FCC/Inédita) A respeito das alterações promovidas pela Lei n° 
11.457/2007, assinale a assertiva incorreta. 
A) Foi extinta a Secretaria da Receita Previdenciária do Ministério da 
Previdência Social. 
B) Compete ao INSS gerir o Fundo do Regime Geral de Previdência Social. 
C) Cabe à Secretaria da Receita Federal do Brasil planejar, executar, 
acompanhar e avaliar as atividades relativas a tributação, fiscalização, 
arrecadação, cobrança e recolhimento das contribuições sociais 
previdenciárias. 
D) A partir da Lei n° 11.457/2007, o produto da arrecadação das contribuições 
previdenciárias passou a integrar o fundo único da União. 
E) Compete ao INSS emitir certidão relativa a tempo de contribuição. 
3 - (FCC / Juiz do Trabalho - TRT / 2005 - adaptada) Em relação à 
responsabilidade pela arrecadação e recolhimento das contribuições, é correto 
afirmar: 
A) O empregador é responsável pelo desconto e recolhimento da contribuição 
previdenciária devida pelo empregado. Caso se omita, a cobrança do montante 
devido será feita diretamente do segurado. 
B) O trabalhador avulso somente é responsável pelo recolhimento de sua 
própria contribuição se não for sindicalizado, caso contrário o sindicato será o 
responsável. 
C) A empresa que remunera contribuinte individual que lhe presta serviço é 
responsável pela retenção e recolhimento da contribuição devida por esse 
trabalhador. 
D) O empregado doméstico é responsável pelo recolhimento de sua própria 
contribuição, sendo tal encargo a este facultado, mediante assinatura de termo 
perante o INSS. 
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E) O segurado especial é responsável pelo recolhimento de sua própria 
contribuição, sem a qual não terá direito a recebimento de benefício 
previdenciário, o que se impõe em razão da contributividade do sistema 
previdenciário, aplicável também aos trabalhadores do campo. 
4 - (Estilo FCC/Inédita) Analise as assertivas abaixo e marque a alternativa 
correta: 
I - A omissão da empresa nos descontos previdenciários a que for obrigada por 
lei transfere, automaticamente, a responsabilidade respectiva aos segurados 
(Cespe / Delegado da Polícia Federal / 1997 - adaptada). 
II - O segurado contribuinte individual está obrigado a recolher sua 
contribuição por iniciativa própria ou mediante transferência ao respectivo 
sindicato, até o dia oito do mês seguinte ao da competência (Cespe / Fiscal 
INSS / 1998 - adaptada). 
III - cabe ao empregador, durante o período de licença-maternidade da 
empregada doméstica, recolher apenas a parcela da contribuição a seu cargo 
(inédita). 
Está correto o que se afirma em: 
A) I e III. 
B) Apenas em I. 
C) II e III. 
D) I e II. 
E) Apenas em III. 
5 - (Estilo FCC/Inédita) O produtor rural pessoa física e o segurado especial 
são obrigados a recolher sua contribuição, nomês subsequente ao da operação 
de venda, nas seguintes situações, exceto: 
A) caso comercializem a sua produção diretamente, no varejo, a consumidor 
pessoa física. 
B) caso comercializem a sua produção a outro produtor rural pessoa física. 
C) caso comercializem a sua produção com adquirente domiciliado no exterior. 
D) caso comercializem a sua produção a cooperativa. 
E) caso comercializem a sua produção a outro segurado especial. 
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6 - (Estilo FCC/Inédita) Quanto à arrecadação e recolhimento das 
contribuições previdenciárias, analise as assertivas abaixo e marque a 
alternativa correta: 
I - O desconto da contribuição e da consignação legalmente determinado 
sempre se presumirá feito, oportuna e regularmente, pela empresa, pelo 
empregador doméstico, pelo adquirente, consignatário e cooperativa a isso 
obrigados, não lhes sendo lícito alegarem qualquer omissão para se eximirem 
do recolhimento, ficando os mesmos diretamente responsáveis pelas 
importâncias que deixarem de descontar ou tiverem descontado em desacordo 
com este Regulamento. 
II - A pessoa jurídica de direito privado isenta das contribuições sociais é 
obrigada a arrecadar a contribuição do segurado empregado e do trabalhador 
avulso a seu serviço, descontando-a da respectiva remuneração, e recolhê-la 
no prazo determinado. 
III - No caso de rescisão de contrato de trabalho, as contribuições devidas 
serão recolhidas no mesmo prazo das demais (dia 20), do mês subsequente à 
rescisão, exceto a parcela referente à gratificação natalina - décimo terceiro 
salário, que será recolhida em dezembro. 
Está correto o que se afirma em: 
A) I e II. 
B) Apenas em III. 
C) II e III. 
D) I e III. 
E) Apenas em I. 
7 - (ESAF/Analista-Tributário da Receita Federal/2009) A arrecadação e 
recolhimento das contribuições destinadas à Seguridade Social devem ser 
feitos com a cooperação dos entes e pessoas envolvidos com o fato gerador da 
contribuição social. A respeito dessa cooperação imposta pela lei, assinale a 
assertiva incorreta, nos termos da legislação de custeio previdenciário em 
vigor. 
a) Os segurados, contribuinte individual e facultativo, estão obrigados a 
recolher sua contribuição por iniciativa própria, até o dia 20 (vinte) do mês 
seguinte ao da competência. 
b) A empresa é obrigada a recolher os valores arrecadados dos segurados 
empregados até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da competência. 
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c) A empresa é obrigada a arrecadar as contribuições dos segurados 
empregados e trabalhadores avulsos a seu serviço, descontando-as da 
respectiva remuneração. 
d) O empregador doméstico está obrigado a arrecadar a contribuição do 
segurado empregado a seu serviço e a recolhê-la, assim como a parcela a seu 
cargo. 
e) Se não houver expediente bancário nas datas legais de recolhimento da 
contribuição, o recolhimento deverá ser efetuado no dia útil imediatamente 
posterior. 
8 - (Estilo FCC/Inédita) Sobre os prazos de recolhimento das contribuições 
previdenciárias, analise as assertivas abaixo: 
I - Os segurados empregado, avulso e contribuinte individual devem recolher 
suas contribuições previdenciárias até o dia 20 do mês subsequente ao da 
competência, antecipado. 
II – O empregador doméstico pode recolher a contribuição do segurado 
empregado a seu serviço e a parcela a seu cargo relativas à competência 
novembro até o dia 20 de dezembro, juntamente com a contribuição referente 
à gratificação natalina, utilizando-se de um único documento de arrecadação. 
III - Os segurados empregado doméstico, facultativo e segurado especial 
devem recolher suas contribuições previdenciárias até o dia 15 do mês 
subsequente, postecipado. 
Está correto o que se afirma em: 
A) I e II. 
B) Apenas em II. 
C) I e III. 
D) II e III. 
E) Apenas em III. 
9 - (Estilo FCC/Inédita) Podem optar pelo recolhimento trimestral das 
contribuições previdenciárias, no dia 15 do mês seguinte ao de cada trimestre 
civil, desde que seus salários de contribuição sejam iguais ao valor de um 
salário mínimo, as seguintes pessoas: 
A) o contribuinte individual, o empregado doméstico e o facultativo. 
B) o trabalhador avulso, o segurado especial e o facultativo. 
C) o contribuinte individual, o facultativo e o empregador doméstico. 
D) o segurado facultativo, o segurado especial e o empregador doméstico. 
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E) o contribuinte individual, o segurado especial e o empregador doméstico. 
10 - (Estilo FCC/Inédita) A falta de recolhimento das contribuições sociais 
devidas pelas empresas pode levar à cobrança no curso de procedimento 
fiscalizatório. Nesses casos, além de efetuar o lançamento de ofício das 
contribuições devidas, a administração tributária lançará contra o contribuinte 
também 
A) multa de ofício, somente. 
B) juros de mora, multa de ofício e multa de mora. 
C) juros de mora e multa de mora. 
D) juros de mora, não se aplicando a multa de ofício. 
E) os juros de mora e a multa de ofício, não se aplicando a multa de mora. 
11 - (Estilo FCC/Inédita) Em relação aos juros e multa incidentes na ocasião 
do recolhimento das contribuições previdenciárias fora do tempo, assinale a 
alternativa correta: 
A) os juros de mora incidem desde o primeiro dia após o vencimento até o dia 
em que efetivamente ocorrer o pagamento. 
B) a multa de mora é de 0,33% ao dia, não podendo ultrapassar 20%. 
C) a multa de ofício é de 75%, podendo chegar a 300%. 
D) a multa de mora é de 0,33% ao dia, não podendo ultrapassar 75%. 
E) os juros de mora são calculados pela taxa SELIC durante todo o período de 
atraso. 
12 - (ESAF/Auditor-Fiscal da Receita Federal/2009) A arrecadação e o 
recolhimento das contribuições destinadas à seguridade social constituem uma 
das principais tarefas de gestão tributária. Sobre elas o tempo decorrido 
mostra-se importante, considerando a jurisprudência dos Tribunais Superiores 
sobre a legislação previdenciária de custeio. Entre as assertivas a seguir 
indicadas, assinale a correta. 
a) O prazo decadencial das contribuições da seguridade social é de 5 anos. 
b) Prazos de prescrição e decadência podem ser definidos em lei ordinária. 
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c) A arrecadação e o recolhimento das contribuições podem ser feitos em 
qualquer momento. 
d) Valores recolhidos pelo fisco antes do julgamento de recursos 
extraordinários que discutiam o prazo de prescrição deverão ser devolvidos se 
forem superiores ao prazo de 5 anos do lançamento. 
e) A ação de cobrança do crédito tributário oriundo de contribuição social pode 
ser impetrada em qualquer momento. 
13 - (ESAF/Técnico da Receita Federal – Área Tributária e 
Aduaneira/2006) Segundo a Lei n. 8.212, de 24 de julho de 1991, 
a) o direito de cobrar os créditos da Seguridade Social, devidamente 
constituídos, prescreve em dez anos. 
b) o direito de cobrar os créditos da Seguridade Social, devidamente 
constituídos, decai em cinco anos. 
c) o direito de a Seguridade Social apurar e constituir seus créditos extingue-
se após trinta anos contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em 
que o crédito poderia ter sido constituído. 
d) o direito de a Seguridade Social apurar e constituir seus créditos extingue-
se após três anos contados da data em que se tornar definitiva a decisão que 
houveranulado, por vício formal, a constituição de crédito anteriormente 
efetuada. 
e) o direito de cobrar os créditos da Seguridade Social, constituídos na forma 
da lei e devidamente notificados ao sujeito passivo, prescreve em cinco anos 
contados da data do fato gerador. 
14 – (FCC/Analista Judiciário-TRF 5ª Região/2008) Mario deixou de 
recolher contribuições devidas à previdência social que integraram custos 
relativos à venda de produtos ou à prestação de serviços. Neste caso, de 
acordo com o Código Penal, em regra, Mário 
A) está sujeito a pena de detenção de um a três anos e multa. 
B) não está sujeito a qualquer penalidade uma vez que este fato é atípico. 
C) está sujeito a pena de reclusão de dois a cinco anos e multa. 
D) está sujeito apenas a aplicação de multa. 
E) está sujeito a pena de detenção de seis meses a dois anos e multa. 
15 – (FCC/Analista Judiciário-Execução de Mandatos-TRF 5ª 
Região/2008) Mário deixou de repassar à previdência social as contribuições 
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recolhidas dos contribuintes no prazo e forma legal. Após o início da ação fiscal 
e antes de oferecida a denúncia, Mário efetuou o pagamento da contribuição 
social previdenciária acrescida de seus acessórios. Neste caso, de acordo com 
o Código Penal Brasileiro, 
A) Mário terá direito apenas à redução da pena, uma vez que a ação fiscal já 
havia se iniciado. 
B) será extinta a punibilidade de Mário, por expressa determinação legal 
prevista no Código Penal. 
C) o juiz poderá aplicar somente a pena de multa se o Mário for primário e 
tiver bons antecedentes, mas não poderá deixar de aplicar a pena. 
D) é facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa 
se o Mário for primário e tiver bons antecedentes. 
E) o juiz deverá aplicar a pena de detenção de dois a cinco anos, uma vez que 
a ação fiscal já havia se iniciado. 
16 - (Estilo FCC/Inédita) A respeito dos recursos das decisões 
administrativas relativas às contribuições, assinale a alternativa incorreta: 
A) Atualmente, o julgamento dos recursos sobre a exigência de contribuições 
sociais é competência da Secretaria da Receita Federal do Brasil. 
B) a impugnação do contribuinte é apreciada em primeira instância pela DRJ. 
C) O Presidente de Turma da DRJ recorrerá de ofício ao CARF sempre que a 
decisão declarar indevida contribuição ou outra importância apurada pela 
fiscalização, respeitado o limite de valor estabelecido em ato do Ministro da 
Fazenda. 
D) o órgão responsável pela apreciação do recurso sobre as contribuições 
previdenciárias em segunda instância é o CARF. 
E) A impugnação, formalizada por escrito e instruída com os documentos em 
que se fundamentar, será apresentada ao órgão preparador, no prazo de 15 
dias, contados da data em que for feita a intimação da exigência. 
17 - (Estilo FCC/Inédita) O Conselho de Recursos da Previdência Social - 
CRPS, colegiado integrante da estrutura do Ministério da Previdência Social, é 
órgão de controle jurisdicional das decisões do INSS, nos processos referentes 
a benefícios a cargo desta Autarquia. A respeito do CRPS, assinale a 
alternativa incorreta: 
A) O CRPS é presidido por representante do Governo, com notório 
conhecimento da legislação previdenciária, nomeado pelo Ministro de Estado 
da Previdência Social. 
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B) o CRPS compreende 4 Câmaras de Julgamento, com sede em Brasília, com 
a competência para julgar, em segunda instância, os recursos interpostos 
contra as decisões proferidas pelas Juntas de Recursos que infringirem lei, 
regulamento, enunciado ou ato normativo ministerial. 
C) o mandato dos membros do Conselho de Recursos da Previdência Social é 
de dois anos, vedada a recondução. 
D) o CRPS compreende 29 Juntas de Recursos, com a competência para julgar, 
em primeira instância, os recursos interpostos contra as decisões prolatadas 
pelos órgãos regionais do INSS, em matéria de interesse de seus beneficiários. 
E) o Conselho Pleno do CRPS tem a competência para uniformizar a 
jurisprudência previdenciária mediante enunciados. 
18 - (Estilo FCC/Inédita) Sobre os recursos das decisões administrativas, 
analise os itens abaixo: 
I - É de trinta dias o prazo para interposição de recursos, contados da ciência 
da decisão. 
II – Das decisões do INSS nos processos de interesse dos beneficiários caberá 
recurso para o CRPS. 
III - A propositura pelo beneficiário de ação judicial que tenha por objeto 
idêntico pedido sobre o qual versa o processo administrativo importa renúncia 
ao direito de recorrer na esfera administrativa e desistência do recurso 
interposto. 
Está correto o que se afirma em: 
A) I e II. 
B) I e III. 
C) II e III. 
D) I, II e III. 
E) Apenas em III. 
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GABARITO 
1) E 2) D 3) C 4) E 5) D 6) A 7) A e E 8) B 9) C 10) E 
11) B 12) A 13) X 14) C 15) D 16) E 17) C 18) D 
 
QUESTÕES COMENTADAS 
1 – (CESPE/Técnico do Seguro Social-INSS/2008) A fusão da Secretaria da 
Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciária centralizou em apenas um 
órgão a arrecadação da maioria dos tributos federais. Contudo, a fiscalização e a 
arrecadação das contribuições sociais destinadas aos chamados terceiros — SESC, 
SENAC, SESI, SENAI e outros — permanecem a cargo do INSS. 
Gabarito: errado. Como vimos na aula, após a fusão da Secretaria da 
Receita Federal e da Secretaria da Receita Previdenciária com a Lei n° 
11.457/2007, a Secretária da Receita Federal do Brasil passou a acumular as 
competências das duas antigas Receitas. Assim, a fiscalização e a arrecadação 
das contribuições sociais destinadas aos chamados terceiros, que antes eram 
administradas pela Receita Previdenciária, também passaram a ser 
competência da Receita Federal do Brasil. Portanto, ao contrário do que afirma 
o enunciado, elas não estão a cargo do INSS. 
2 – (Estilo FCC/Inédita) A respeito das alterações promovidas pela Lei n° 
11.457/2007, assinale a assertiva incorreta. 
A) Foi extinta a Secretaria da Receita Previdenciária do Ministério da Previdência 
Social. 
B) Compete ao INSS gerir o Fundo do Regime Geral de Previdência Social. 
C) Cabe à Secretaria da Receita Federal do Brasil planejar, executar, acompanhar e 
avaliar as atividades relativas a tributação, fiscalização, arrecadação, cobrança e 
recolhimento das contribuições sociais previdenciárias. 
D) A partir da Lei n° 11.457/2007, o produto da arrecadação das contribuições 
previdenciárias passou a integrar o fundo único da União. 
E) Compete ao INSS emitir certidão relativa a tempo de contribuição. 
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Gabarito: letra “d”. Após a Lei n° 11.457/2007, que unificou as 
atribuições da Secretaria da Receita Federal e da Secretaria da Receita 
Previdenciária num órgão só, que passou a se chamar Secretaria da Receita 
Federal do Brasil, passou a ser competência desta planejar, executar, 
acompanhar e avaliar as atividades relativas a tributação, fiscalização, 
arrecadação, cobrança e recolhimento das contribuições sociais previdenciárias 
(letra “c”). Todavia, a despeito das várias mudanças legislativas que 
aproximaram o tratamento dado às contribuições previdenciárias daquele 
conferido aos demais tributos federais, o produto da arrecadação das 
contribuições previdenciáriase acréscimos legais incidentes continuaram sendo 
destinados, em caráter exclusivo, ao pagamento de benefícios do Regime Geral 
de Previdência Social e creditados diretamente ao Fundo do Regime Geral de 
Previdência Social. Logo, a alternativa “d” está incorreta. As demais assertivas 
estão corretas e foram pautadas nos artigos 1° a 5° da referida Lei. 
3 - (FCC / Juiz do Trabalho - TRT / 2005 - adaptada) Em relação à 
responsabilidade pela arrecadação e recolhimento das contribuições, é correto 
afirmar: 
A) O empregador é responsável pelo desconto e recolhimento da contribuição 
previdenciária devida pelo empregado. Caso se omita, a cobrança do montante devido 
será feita diretamente do segurado. 
B) O trabalhador avulso somente é responsável pelo recolhimento de sua própria 
contribuição se não for sindicalizado, caso contrário o sindicato será o responsável. 
C) A empresa que remunera contribuinte individual que lhe presta serviço é 
responsável pela retenção e recolhimento da contribuição devida por esse 
trabalhador. 
D) O empregado doméstico é responsável pelo recolhimento de sua própria 
contribuição, sendo tal encargo a este facultado, mediante assinatura de termo 
perante o INSS. 
E) O segurado especial é responsável pelo recolhimento de sua própria contribuição, 
sem a qual não terá direito a recebimento de benefício previdenciário, o que se impõe 
em razão da contributividade do sistema previdenciário, aplicável também aos 
trabalhadores do campo. 
Gabarito: letra “c”. Como vimos durante a aula, o Decreto n° 3.048/1999 
trata de arrecadação e recolhimento das contribuições em seus arts. 216 a 
218. A alternativa “c” está correta, pois a empresa é obrigada a arrecadar a 
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contribuição do segurado empregado, do trabalhador avulso e do contribuinte 
individual a seu serviço, descontando-a da respectiva remuneração (art. 216, 
I, “a”). A letra “a” está errada porque existe presunção absoluta quanto ao 
desconto e recolhimento da contribuição previdenciária por parte da empresa, 
não podendo a cobrança ser feita diretamente do segurado. As letras “b” está 
errada porque o trabalhador avulso não é responsável em nenhuma hipótese 
pelo recolhimento de sua contribuição, que cabe à empresa contratante ou ao 
operador portuário ou ao tomador de mão-de-obra. Na letra “d”, é o 
empregador doméstico que está obrigado a arrecadar a contribuição do 
segurado empregado doméstico a seu serviço e recolhê-la, assim como a 
parcela a seu cargo. Por fim, na letra “e”, além de o segurado especial só 
contribuir quando comercializa sua produção rural, há situações em que ele 
não é o responsável pelo recolhimento incidente sobre a receita bruta dessa 
comercialização, quando, por exemplo, a produção rural é comprada por 
empresa, que é obrigada a tal recolhimento. 
4 - (Estilo FCC/Inédita) Analise as assertivas abaixo e marque a alternativa 
correta: 
I - A omissão da empresa nos descontos previdenciários a que for obrigada por lei 
transfere, automaticamente, a responsabilidade respectiva aos segurados (Cespe / 
Delegado da Polícia Federal / 1997 - adaptada). 
II - O segurado contribuinte individual está obrigado a recolher sua contribuição por 
iniciativa própria ou mediante transferência ao respectivo sindicato, até o dia oito do 
mês seguinte ao da competência (Cespe / Fiscal INSS / 1998 - adaptada). 
III - cabe ao empregador, durante o período de licença-maternidade da empregada 
doméstica, recolher apenas a parcela da contribuição a seu cargo (inédita). 
Está correto o que se afirma em: 
A) I e III. 
B) Apenas em I. 
C) II e III. 
D) I e II. 
E) Apenas em III. 
Gabarito: letra “e”. O item I está errado porque a legislação não prevê a 
transferência da responsabilidade pelo recolhimento das contribuições aos 
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segurados em caso de omissão da empresa, pois há presunção absoluta de 
desconto e recolhimento. O item II também está errado porque ou o 
contribuinte individual está obrigado a recolher sua contribuição por iniciativa 
própria (art. 216, II), ou cabe à empresa que contrata contribuinte individual 
descontar e recolher a contribuição incidente, mas não há previsão de 
transferência ao respectivo sindicato. Por fim, o item III está correto, pois, 
durante o período de licença-maternidade da empregada doméstica, cabe ao 
INSS pagar o salário-maternidade à segurada, já desconto sua contribuição do 
valor do benefício, e ao empregador doméstico cabe apenas o recolhimento da 
parcela a seu cargo. 
5 - (Estilo FCC/Inédita) O produtor rural pessoa física e o segurado especial são 
obrigados a recolher sua contribuição, no mês subsequente ao da operação de venda, 
nas seguintes situações, exceto: 
A) caso comercializem a sua produção diretamente, no varejo, a consumidor pessoa 
física. 
B) caso comercializem a sua produção a outro produtor rural pessoa física. 
C) caso comercializem a sua produção com adquirente domiciliado no exterior. 
D) caso comercializem a sua produção a cooperativa. 
E) caso comercializem a sua produção a outro segurado especial. 
Gabarito: letra “d”. Em algumas situações, o produtor rural pessoa física 
e o segurado especial estão obrigados a recolher sua própria contribuição, 
incidente sobre a receita bruta da comercialização da produção rural. Todavia, 
quando comercializam sua produção com empresas ou cooperativa, as 
adquirentes da produção é que passam a ter a obrigação de efetuar tal 
recolhimento. Essa regras estão previstas nos incisos III e IV do art. 216 do 
RPS. Segundo o inciso III, a empresa adquirente, consumidora ou 
consignatária ou a cooperativa são obrigadas a recolher a contribuição 
incidente sobre a receita bruta da comercialização, no mês subsequente ao da 
operação de venda ou consignação da produção rural, independentemente de 
estas operações terem sido realizadas diretamente com o produtor ou com o 
intermediário pessoa física. Por sua vez, o inciso IV prevê que o produtor rural 
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pessoa física e o segurado especial são obrigados a recolher a contribuição a 
seu cargo, no mês subsequente ao da operação de venda, caso comercializem 
a sua produção com adquirente domiciliado no exterior, diretamente, no 
varejo, a consumidor pessoa física, a outro produtor rural pessoa física ou a 
outro segurado especial. Portanto, o gabarito é a letra “d”, pois nesse caso a 
obrigação de recolhimento é da cooperativa. 
6 - (Estilo FCC/Inédita) Quanto à arrecadação e recolhimento das contribuições 
previdenciárias, analise as assertivas abaixo e marque a alternativa correta: 
I - O desconto da contribuição e da consignação legalmente determinado sempre se 
presumirá feito, oportuna e regularmente, pela empresa, pelo empregador doméstico, 
pelo adquirente, consignatário e cooperativa a isso obrigados, não lhes sendo lícito 
alegarem qualquer omissão para se eximirem do recolhimento, ficando os mesmos 
diretamente responsáveis pelas importâncias que deixarem de descontar ou tiverem 
descontado em desacordo com este Regulamento. 
II - A pessoa jurídica de direito privado isenta das contribuições sociais é obrigada a 
arrecadar a contribuição do segurado empregado e do trabalhador avulso a seu 
serviço, descontando-a da respectiva remuneração, e recolhê-la no prazo 
determinado. 
III - No caso de rescisão de contrato de trabalho, as contribuições devidas serão 
recolhidas nomesmo prazo das demais (dia 20), do mês subsequente à rescisão, 
exceto a parcela referente à gratificação natalina - décimo terceiro salário, que será 
recolhida em dezembro. 
Está correto o que se afirma em: 
A) I e II. 
B) Apenas em III. 
C) II e III. 
D) I e III. 
E) Apenas em I. 
Gabarito: letra “a”. Os itens I e II estão corretos, pois expressam 
corretamente as regras de arrecadação e recolhimento previstas nos §§ 4° e 
5° do art. 216 do RPS. O item III está errado na parte final, sobre a 
gratificação natalina. No caso de rescisão de contrato de trabalho, não há que 
se aguardar até dezembro para o recolhimento sobre a parcela proporcional do 
13° salário. Segundo o § 3° do art. 216, o prazo é o mesmo, dia 20 do mês 
subsequente à rescisão, a única diferença que essa parcela é computada 
separadamente. 
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7 - (ESAF/Analista-Tributário da Receita Federal/2009) A arrecadação e 
recolhimento das contribuições destinadas à Seguridade Social devem ser feitos com a 
cooperação dos entes e pessoas envolvidos com o fato gerador da contribuição social. 
A respeito dessa cooperação imposta pela lei, assinale a assertiva incorreta, nos 
termos da legislação de custeio previdenciário em vigor. 
a) Os segurados, contribuinte individual e facultativo, estão obrigados a recolher sua 
contribuição por iniciativa própria, até o dia 20 (vinte) do mês seguinte ao da 
competência. 
b) A empresa é obrigada a recolher os valores arrecadados dos segurados 
empregados até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da competência. 
c) A empresa é obrigada a arrecadar as contribuições dos segurados empregados e 
trabalhadores avulsos a seu serviço, descontando-as da respectiva remuneração. 
d) O empregador doméstico está obrigado a arrecadar a contribuição do segurado 
empregado a seu serviço e a recolhê-la, assim como a parcela a seu cargo. 
e) Se não houver expediente bancário nas datas legais de recolhimento da 
contribuição, o recolhimento deverá ser efetuado no dia útil imediatamente posterior. 
Gabarito: letras “a” e “e”. A questão trata dos prazos de recolhimento e 
das obrigações da empresa e dos demais contribuintes. A letra “b” está 
correta, pois o art. 30, I, da Lei n° 8.212/1991 dispõe que o prazo para 
recolhimento das contribuições da empresa é o dia 20 do mês subsequente, 
como afirma a assertiva. A letra “c” também está baseada no mesmo 
dispositivo legal e está correta, como vimos na aula. A alternativa “d” afirma 
corretamente que o empregador doméstico está obrigado a arrecadar e 
recolher a contribuição do segurado empregado doméstico a seu serviço, tal 
como dispõe o art. 30, V, da Lei n° 8.212/1991. O gabarito original da questão 
era a letra “a”, pois, ao contrário do que a assertiva afirma, o prazo de 
recolhimento dos segurados contribuinte individual e facultativo é o dia 15 do 
mês subsequente, e não o dia 20. Contudo, posteriormente a questão foi 
anulada, pois a alternativa “e” também está incorreta. A regra do pagamento 
postecipado, em caso de não haver expediente bancário no dia do pagamento, 
é válido para os segurados contribuinte individual e facultativo e para o 
empregador doméstico. No entanto, para as empresas, a regra é a antecipação 
do pagamento, ou seja, se não houver expediente bancário no dia do 
pagamento (20), o recolhimento deverá ser efetuado no dia útil imediatamente 
anterior. 
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8 - (Estilo FCC/Inédita) Sobre os prazos de recolhimento das contribuições 
previdenciárias, analise as assertivas abaixo: 
I - Os segurados empregado, avulso e contribuinte individual devem recolher suas 
contribuições previdenciárias até o dia 20 do mês subsequente ao da competência, 
antecipado. 
II – O empregador doméstico pode recolher a contribuição do segurado empregado a 
seu serviço e a parcela a seu cargo relativas à competência novembro até o dia 20 de 
dezembro, juntamente com a contribuição referente à gratificação natalina, utilizando-
se de um único documento de arrecadação. 
III - Os segurados empregado doméstico, facultativo e segurado especial devem 
recolher suas contribuições previdenciárias até o dia 15 do mês subsequente, 
postecipado. 
Está correto o que se afirma em: 
A) I e II. 
B) Apenas em II. 
C) I e III. 
D) II e III. 
E) Apenas em III. 
Gabarito: letra “b”. O item I está errado porque é obrigação da empresa 
descontar e recolher as contribuições dos segurados empregado, trabalhador 
avulso e contribuinte individual que lhe prestem serviços, e não dos próprios 
segurados. No item III, o único erro está na inclusão do segurado especial no 
rol dos contribuintes que devem recolher suas próprias contribuições, até o dia 
15 do mês subsequente, postecipado. Logo, a letra “b” é a resposta correta, 
pois o item II é a única assertiva correta. Essa regra específica do empregador 
doméstico é prevista no § 1-A do art. 216 do Decreto n° 3.048/1999. 
9 - (Estilo FCC/Inédita) Podem optar pelo recolhimento trimestral das contribuições 
previdenciárias, no dia 15 do mês seguinte ao de cada trimestre civil, desde que seus 
salários de contribuição sejam iguais ao valor de um salário mínimo, as seguintes 
pessoas: 
A) o contribuinte individual, o empregado doméstico e o facultativo. 
B) o trabalhador avulso, o segurado especial e o facultativo. 
C) o contribuinte individual, o facultativo e o empregador doméstico. 
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D) o segurado facultativo, o segurado especial e o empregador doméstico. 
E) o contribuinte individual, o segurado especial e o empregador doméstico. 
Gabarito: letra “c”. Segundo o § 15 do art. 216, é facultado aos 
segurados contribuinte individual e facultativo, cujos salários de contribuição 
sejam iguais ao valor de um salário mínimo, optarem pelo recolhimento 
trimestral das contribuições previdenciárias, com vencimento no dia 15 do mês 
seguinte ao de cada trimestre civil, postecipado. O § 16 do mesmo dispositivo 
estende ao empregador doméstico, em relação aos empregados a seu serviço, 
a possibilidade de recolhimento trimestral. O objetivo do recolhimento 
trimestral é reduzir a burocracia para quem contribui sobre o salário mínimo. 
10 - (Estilo FCC/Inédita) A falta de recolhimento das contribuições sociais devidas 
pelas empresas pode levar à cobrança no curso de procedimento fiscalizatório. Nesses 
casos, além de efetuar o lançamento de ofício das contribuições devidas, a 
administração tributária lançará contra o contribuinte também 
A) multa de ofício, somente. 
B) juros de mora, multa de ofício e multa de mora. 
C) juros de mora e multa de mora. 
D) juros de mora, não se aplicando a multa de ofício. 
E) os juros de mora e a multa de ofício, não se aplicando a multa de mora. 
Gabarito: letra “e”. Questão sobre recolhimento fora do prazo. Vimos que 
o próprio contribuinte pode recolher espontaneamente sua contribuição devida 
fora do prazo, quando se aplica os juros de mora e a multa de mora; ou a falta 
de recolhimento pode gerar a cobrança no curso de uma fiscalização, que 
compete à Secretaria da Receita Federal do Brasil. Nesse último caso, além 
dos juros de mora, aplica-se a multa de ofício, de 75% no mínimo. Lembre-se, 
contudo, que não é possível a aplicação concomitante da multa de ofício e da 
multa de mora. Portanto, a única alternativa correta é a letra “e”. 
11 - (Estilo FCC/Inédita) Em relação aos juros e multa incidentesna ocasião do 
recolhimento das contribuições previdenciárias fora do tempo, assinale a alternativa 
correta: 
A) os juros de mora incidem desde o primeiro dia após o vencimento até o dia em que 
efetivamente ocorrer o pagamento. 
B) a multa de mora é de 0,33% ao dia, não podendo ultrapassar 20%. 
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C) a multa de ofício é de 75%, podendo chegar a 300%. 
D) a multa de mora é de 0,33% ao dia, não podendo ultrapassar 75%. 
E) os juros de mora são calculados pela taxa SELIC durante todo o período de atraso. 
Gabarito: letra “b”. Mais uma questão sobre juros e multa. Vimos que os 
juros de mora são cobrados a partir do mês subsequente ao mês de 
vencimento da contribuição, aplicando-se a taxa SELIC nos meses 
intermediários mais o percentual fixo de 1% no mês de pagamento. Já a multa 
de mora é de 0,33% ao dia, não podendo ultrapassar 20%. A multa de mora 
incide desde o primeiro dia após o vencimento até o dia em que efetivamente 
ocorrer o pagamento. A multa de ofício, por sua vez, pode ser normal, de 
75%, ou dobrada, de 150%, quando ocorrer crime de sonegação, fraude ou 
conluio. Além disso, tal multa pode ser agravada em 50%, chegando a 112,5% 
ou 225%, se o sujeito passivo não atender intimação para prestar 
esclarecimentos durante o procedimento fiscalizatório. Portanto, a letra “b” é a 
alternativa correta, pois trata corretamente dos percentuais da multa de mora. 
12 - (ESAF/Auditor-Fiscal da Receita Federal/2009) A arrecadação e o 
recolhimento das contribuições destinadas à seguridade social constituem uma das 
principais tarefas de gestão tributária. Sobre elas o tempo decorrido mostra-se 
importante, considerando a jurisprudência dos Tribunais Superiores sobre a legislação 
previdenciária de custeio. Entre as assertivas a seguir indicadas, assinale a correta. 
a) O prazo decadencial das contribuições da seguridade social é de 5 anos. 
b) Prazos de prescrição e decadência podem ser definidos em lei ordinária. 
c) A arrecadação e o recolhimento das contribuições podem ser feitos em qualquer 
momento. 
d) Valores recolhidos pelo fisco antes do julgamento de recursos extraordinários que 
discutiam o prazo de prescrição deverão ser devolvidos se forem superiores ao prazo 
de 5 anos do lançamento. 
e) A ação de cobrança do crédito tributário oriundo de contribuição social pode ser 
impetrada em qualquer momento. 
Gabarito: letra “a”. Questão sobre prescrição e decadência. Embora esse 
tema tenha sido pacificado e hoje não restem dúvidas sobre a normativa 
aplicável ao campo previdenciário, o assunto ainda pode ser cobrado. Como 
vimos durante a aula, depois da decretação de inconstitucionalidade dos 
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artigos da Lei n° 8.212/1991 que tratavam de prescrição e decadência, em 
razão da Constituição exigir lei complementar para tratar do assunto, os 
prazos de prescrição e decadência das contribuições da seguridade social são 
de 5 anos, assim como dos demais tributos, obedecendo a regra do Código 
Tributário Nacional (CTN). Logo, a alternativa “a” está correta. 
13 - (ESAF/Técnico da Receita Federal – Área Tributária e Aduaneira/2006) 
Segundo a Lei n. 8.212, de 24 de julho de 1991, 
a) o direito de cobrar os créditos da Seguridade Social, devidamente constituídos, 
prescreve em dez anos. 
b) o direito de cobrar os créditos da Seguridade Social, devidamente constituídos, 
decai em cinco anos. 
c) o direito de a Seguridade Social apurar e constituir seus créditos extingue-se após 
trinta anos contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o crédito 
poderia ter sido constituído. 
d) o direito de a Seguridade Social apurar e constituir seus créditos extingue-se após 
três anos contados da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, 
por vício formal, a constituição de crédito anteriormente efetuada. 
e) o direito de cobrar os créditos da Seguridade Social, constituídos na forma da lei e 
devidamente notificados ao sujeito passivo, prescreve em cinco anos contados da data 
do fato gerador. 
Gabarito: anulada. O gabarito da questão na época foi letra “a”, mas 
hoje existe súmula vinculante do STF determinando a inconstitucionalidade dos 
dispositivos que previam o prazo de prescrição e decadência das contribuições 
sociais em 10 anos. Além disso, o tal dispositivo da Lei n° 8.212/1991 foi 
revogado, o que prejudicou o enunciado da questão, que se fundamenta nessa 
Lei. Outro ponto interessante da questão é a diferença entre prescrição e 
decadência. O prazo que corre contra o direito de cobrar os créditos, como dito 
em “a” e “b” é o prazo de prescrição. Já o prazo para apurar e constituir os 
créditos é o prazo de decadência. 
14 – (FCC/Analista Judiciário-TRF 5ª Região/2008) Mario deixou de recolher 
contribuições devidas à previdência social que integraram custos relativos à venda de 
produtos ou à prestação de serviços. Neste caso, de acordo com o Código Penal, em 
regra, Mário 
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A) está sujeito a pena de detenção de um a três anos e multa. 
B) não está sujeito a qualquer penalidade uma vez que este fato é atípico. 
C) está sujeito a pena de reclusão de dois a cinco anos e multa. 
D) está sujeito apenas a aplicação de multa. 
E) está sujeito a pena de detenção de seis meses a dois anos e multa. 
Gabarito: letra “c”. De acordo com o art. 168-A do Código Penal 
(Decreto-Lei n° 2.848/1940), inserido pela Lei n° 9.983/2000, constitui crime 
de apropriação indébita previdenciária deixar de repassar à previdência social 
as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal ou 
convencional. Segundo o § 1° do dispositivo, incorre nas mesmas penas quem 
deixar de recolher contribuições devidas à previdência social que tenham 
integrado despesas contábeis ou custos relativos à venda de produtos ou à 
prestação de serviços (II). A pena prevista para esse crime é de reclusão, de 2 
a 5 anos, e multa. 
15 – (FCC/Analista Judiciário-Execução de Mandatos-TRF 5ª Região/2008) 
Mário deixou de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos 
contribuintes no prazo e forma legal. Após o início da ação fiscal e antes de oferecida 
a denúncia, Mário efetuou o pagamento da contribuição social previdenciária acrescida 
de seus acessórios. Neste caso, de acordo com o Código Penal Brasileiro, 
A) Mário terá direito apenas à redução da pena, uma vez que a ação fiscal já havia se 
iniciado. 
B) será extinta a punibilidade de Mário, por expressa determinação legal prevista no 
Código Penal. 
C) o juiz poderá aplicar somente a pena de multa se o Mário for primário e tiver bons 
antecedentes, mas não poderá deixar de aplicar a pena. 
D) é facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o 
Mário for primário e tiver bons antecedentes. 
E) o juiz deverá aplicar a pena de detenção de dois a cinco anos, uma vez que a ação 
fiscal já havia se iniciado. 
Gabarito: letra “d”. De acordo com o § 2º do art. 9º da Lei nº 
10.684/2003, extingue-se a punibilidade do crime de apropriação indébita 
previdenciária quando a pessoa jurídica relacionada com o agente efetuar o 
pagamento integral dos débitos oriundos de tributos e contribuições sociais, 
inclusive acessórios. Como não há referência ao momento em que o 
pagamento deve ser feito, ocorre a extinção da punibilidade do crime de 
apropriação indébita previdenciária a qualquer momento que o pagamento for

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