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Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia- UESB
Pós-graduação Latu Sensu em Alfabetização e Letramentos (POSALE)
Disciplina: Orientação de TCC (I)
Docente: Ms.Vânia Raquel Santos Amorim
Discente: Carine Silva Souza
KLEIMAN, Angela B. “Ação e mudança na sala de aula: uma pesquisa sobre letramento e interação”. IN: Rojo, Roxane (org.). Alfabetização e Letramento: perspectivas lingüísticas. Campinas, S P. Mercado das Letras, 1998. P. 173-200.
O texto Ação e mudança na sala de aula: uma pesquisa sobre letramento e interação da autora de Angela Del Carmen Bustos Romero de Kleiman trata-se da análise de dois projetos de pesquisa que objetivaram desvendar o fenômeno de letramento e como se dá a interação entre letrados e não-letrados na escola.
A autora é Ph. D em Linguística e atualmente é titular no departamento de Linguística da UNICAMP. Suas áreas de pesquisa são de leitura e letramento, com foco no letramento do professor. Autora de numerosos trabalhos sobre leitura e alfabetização de adultos, suas pesquisas e obras contribuem significativamente para a compreensão do tema e servem de auxílio aos futuros professores e pesquisadores.
O texto de Kleiman (1998) é constituído de vinte oito páginas e de seis tópicos que servem como passos para a compreensão do processo da aprendizagem dos alunos jovens e adultos e a interação professor-aluno. Para isso, no primeiro tópico a autora explica sobre a importância da interação entre professor e aluno. 	Comment by Jezu: Ano. Faça isso em todo o texto, ok?
Essa interação é importante para o desenvolvimento do aluno no ambiente escolar, pois segundo Garcia (2000 p. 63): “A educação seja ela escolar ou de ‘mundo’ é o fenômeno que só ocorre em razão de um processo básico de interação entre as pessoas.” 	Comment by Jezu: aspas simples na palavra mundo: ‘mundo’.
 
 A linguista cita sobre o fracasso escolar pelos grupos marginalizados, falhas e sucessos na comunicação e o estigma do analfabetismo numa sociedade letrada como a nossa. Expõe um trecho que julga ser o essencial ao tema, que é a necessidade de sensibilidade as diferenças culturais que deve ter o professor tanto para avaliar o aluno quanto para oferecer suporte e criar condições favoráveis para sua aprendizagem. Kleiman (1998) ressalta que faz-se necessário então, que o professor se adapte a esses “novos” aprendizes e suas necessidades para aprendizagem.
Diante disso, concorda-se com Guedes (1979) quando afirma que é preciso:
Um ambiente escolar encorajador, compreensivo, permissivo e que estimula trocas afetuosas e desperta atitudes de confiança no educando de forma que ele se sinta seguro e livre para decidir, opinar, declarar seus sentimentos e valorizar com criatividade suas próprias idéias e as dos outros, favorecendo assim a aprendizagem. (GUEDES, 1979, p.52)	Comment by Jezu: você já sinalizou a citação com recuo e fonte 10. Retire as aspas. Não são usadas nesse caso.
Outro ponto destacado pela autora é que alguns professores, tem uma concepção de ensino questionável, pois acham que pelo simples fato da apresentação de assuntos e informações o aluno já deve aprender rapidamente. Deste modo, Kleiman (1998) salienta que somente através da característica do processo de letramento desse professor que é o que, marcadamente mostra que ele é um sujeito letrado porque sem essa reprodução, ela não poderia reconhecer esse professor como sujeito letrado afinal suas atitudes deixam a desejar como professor que é letrado porém não habilitado para turmas como essa.
No terceiro tópico cujo título é o letramento como pratica social a autora esclarece essas práticas sociais que também está presente na oralidade, pois o texto ouvido possui marcas lexicais e esse letramento também se apresenta multifacetado, porque está nas instituições políticas onde, por exemplo, sujeitos quase sempre não alfabetizados de grupos sindicais trazem em sua argumentação marcas que são características da escrita, afinal a escola letrada transforma a oralidade dos alunos impondo marcas formais da fala e a família letrada ajuda bastante no sucesso escolar porque permite que mesmo antes da criança conhecer a escrita ela já compreenda seu sentido e função.
O objetivo da autora no terceiro tópico era explicar sobre as pesquisas e como essas foram elaboras o local onde foram aplicadas, (numa cidade do interior de São Paulo) e que teve seu público-alvo composto de adultos e adolescentes analfabetos, trabalhadores oriundos da zona rural. 	Comment by Jezu: Qual é o 3º tópico?
A autora discute também que uma boa parte da “culpa” do fracasso escolar dos programas de alfabetização de adultos é atribuído ao professor que por sua vez atribui a responsabilidade da aprendizagem ao aluno. A linguista fala da dificuldade do professor em trabalhar com metodologias diferentes e textos curtos de assuntos do cotidiano e a limitação das professoras e suas dificuldades e o fato de desconhecerem outros textos que divergem dos oferecidos num livro didático.
No desenvolvimento do texto proveniente das pesquisas, verifica-se que as professoras envolvidas na pesquisa rotulam um determinado aluno de agressivo, mas num trecho exemplificado pela autora, fica claro o conflito existente na interação, onde a professora manipula de modo grosseiro o discurso do aluno o que de fato pode levá-lo a resistência, ao seu fracasso escolar ou gerar consequências para sua aprendizagem.
Contudo, o educador deve estar ciente das várias realidades dos alunos e buscar interações entre elas e ter consciência de que entre esses alunos existe além das diferenças culturais, a variabilidade cronológica e ritmos de aprendizagem diversificados.
Cabe ao professor, estimular esses alunos a reconhecerem na educação a ponte para a liberdade, para seu desenvolvimento intelectual perante a sociedade. O educador deve obter recursos didáticos adequados a realidade desses educandos, utilizando sua práxis, que para Paulo Freire era entendida como “ação + reflexão (GADOTTI, 2006, p.48).	Comment by Jezu: Retire as aspas. Reveja as outras citações.
No tópico quatro (oralidade e letramento no discurso do alfabetizador) a autora fala sobre as confusões causadas pelo alfabetizador, que ao invés de facilitar a tarefa do aluno, problematizava-a.	Comment by Jezu: Citar título do 4º tópico
Então como conclusão no último tópico (emergência do letramento, resistência e conscientização cultural) a autora mostra que através desse panorama pode-se observar que esse campo de investigação é amplo e que ainda há muito que se descobrir sobre o letramento e aquisição da escrita no contexto das escolas brasileiras.
A riqueza do texto que está em possibilitar a confirmação que o professor dessa modalidade de ensino, não pode ser qualquer profissional da educação, pois ele precisa utilizar metodologias adequadas e didáticas que resultem em bons desempenhos em sala de aula. E salienta que ainda temos que ressaltar a precariedade do letramento do professor a resistência deste a mudança e a necessidade emergencial da sua conscientização para uma efetiva transformação do quadro lastimável da educação atual.
Ao longo de seu texto, Kleiman (1998) utiliza para fundamentar sua pesquisa, os seguintes teóricos: Gumpez, Erickson, Vigotsky, Wertsch, Cadzen, Orlandi e Fairclough.	Comment by Jezu: Citação no corpo do trabalho. O recuo é apenas a partir de 4 linhas...
A obra é indicada aos estudantes de Pedagogia e Letras, a os estudiosos do assunto e a todos os professores especialmente aqueles que trabalham com essa modalidade de ensino.
Porém, é preciso focar no professor, ele é o facilitador, é com que o aluno deve se apoiar e espelhar para continuar aprendendo. Diante disso, “Quando o professor é percebido pelo aluno como um ser de grande importância, ele passa a “ter em suas mãos um poder de influência sobre o aluno” (KUPFER, 2005, P. 87)
Ao longo dos tópicos que compõem o texto percebe-se que a autora comenta superficialmente sua pesquisa e expõe seus resultados,mas de fato, mão lança propostas de mudança para o quadro, apenas salienta que é um assunto que possui um campo de investigação amplo.
No entanto, o professor enquanto profissional, não é o único responsável pela educação pedagógica, acreditando no potencial de seu aluno. Segundo PILETTI (1989):
O professor que tem entusiasmo, que é otimista, que acredita nas possibilidades do aluno, é capaz de exercer uma influência benéfica na classe como um todo e em cada aluno individualmente, pois sua atitude é estimulante e provocadora de comportamentos ajustados. O clima da classe torna-se saudável, a imaginação criadora emerge espontaneamente e atitudes construtivas tornam-se a tônica do comportamento da aula como grupo. (PILETTI, 1989, p. 19)
É preciso propor aos professores uma mudança na didática e na postura para que possibilitem aos seus alunos o processo da interação e deste modo poderão gerar a aprendizagem que eles almejam visto que, seu retorno a sala de aula já consiste em um processo estigmatizado pela própria sociedade e por muitos de seus familiares. Então esse regresso tem que ser desmitificando e simplificado com o uso da oralidade e o letramento pois esse, nada mais é que a prática social do que aprendemos na sala de aula.
Referências Bibliográficas:
GADOTTI, Moacir. “Um legado de esperança”. 2 Ed. São Paulo: Cortez, 2006.
GARGIA, Regina Leite. “O papel social da universidade e sua repercussão na formação de professores”. São Paulo: Movimento, 2000.
GUEDES, Sulami Pereira. “Educação, Pessoa e Liberdade: Propostas Rogerianas para uma práxis Psico- Pedagógica centrada no aluno.” São Paulo: Cortez e Moraes, 1979.
KUPFER, Maria Cristina. “Freud e a educação: o mestre do impossível.” São Paulo: Scipione, 2005.
PILETTI, Cláudio. “Didática Gera”l. São Paulo: Ática, 1989.

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