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Com a equipe do Portal F3 DICAS DE DIREITO TRIBUTÁRIO Prof. Claudio Carneiro 1ª Dica Segundo o art. 146, III da CF/88 cabe à lei complementar estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre a definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes. Cuidado que a alíquota não entra!!!! 2ª Dica A EC 75/13 criou a imunidade (somente para impostos) de fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. 3ª Dica Segundo a CF/88 é vedado à União tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes; Prof. Pedro Barretto 1ª Dica COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA. Recordem-se que alguns tributos são de competência comum, podendo os quatro entes federativos instituí-los. É o caso das taxas e contribuições de melhoria. Alguns são de competência exclusiva da União, e falo aqui dos empréstimos compulsórios e das contribuições especiais, sendo que, quanto a essas, há duas exceções! Das quatro espécies de contribuições especiais, duas são realmente exclusivas da União (Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico - CIDE e Contribuições Profissionais); todavia, no reino das contribuições sociais (mais uma das quatro espécies de contribuições especiais) temos uma exceção: os Estados, DF e Municípios que tiverem regime próprio de previdência para os seus servidores efetivos devem instituir a contribuição previdenciária desses servidores. Logo, a primeira exceção à exclusividade da União é essa, prevista no art.149,§1º, CRFB/88. A segunda exceção é a da Contribuição de Iluminação Pública – CIP, que é de competência dos Municípios e do DF. Cuidado, não vai marcar que a CIP é dos Estados, heim!!! Iluminação Pública é serviço de interesse local e está ligado ao urbanismo; logo, por dois motivos, competência municipal, e o DF cumula! Portanto, o que vocês estão vendo:as taxas e contribuições de melhoria são de competência comum da União, Estados, DF e Municípios; os empréstimos compulsórios e contribuições especiais são de competência exclusiva da União, ressalvada a CIP que é dos Municípios e DF e a contribuição previdenciária dos servidores públicos efetivos se houver regime próprio no DF, Estados e Municípios, caso em que esses entes é que cobrarão a contribuição. 2ª Dica IMPOSTOS / ITCMD E ITBI – IMUNIDADES DO ART.150, VI, CRFB. IMUNIDADE RECÍPROCA DOS ENTES FEDERATIVOS – Importante lembrar que não incidem nem o ITBI e nem o ITCMD quando o adquirente é uma das pessoas abrangidas pelas normas de IMUNIDADE TRIBUTÁRIA do art.150, VI, alíneas ‘a’, ‘b’ e ‘c’ da Constituição, desde que cumpridas as regras para que se faça jus às imunidades ali estabelecidas. Dessa forma, a se tratar, por exemplo, dos casos da aliena ‘a’ do art.150, VI, que consagra a chamada IMUNIDADE RECÍPROCA, se o imóvel é adquirido pela União, ou por uma Autarquia Federal ou Fundação Pública Federal, assim como por Empresas Públicas Prestadoras de Serviço Público (ex: ECT, INFRAERO, Casa da Moeda do Brasil) aplica-se a regra da “imunidade recíproca” (art.150, VI, ‘a’ c/c art.150,§2º, CRFFB/88) e fica vedada a incidência do imposto, seja o ITBI municipal (nos casos de aquisição onerosa) seja o ITCMD (nos casos de doação ou legado do bem em favor do Poder Público). Registre-se, ainda, que nos casos de herança vacante (hipóteses em que não haja herdeiros para ficar com a herança ou, se havia, exerceram, todos, o direito de renunciarem “pró monte” não aceitando a herança – “renúncia abdicativa”) os bens se transmitem ao Município e não incide o ITCM por força da IMUNIDADE RECÍPROCA. 3ª Dica IMPOSTOS / ITCMD E ITBI – IMUNIDADES DE PARTICULARES DO ART.150, VI, CRFB – Se o adquirente do bem é uma das entidades privadas citadas nas alíneas ‘b’ e ‘c’ do art.150, VI, desde que cumprida a regra do §4º, se aplica a norma imunizante e não incidem os impostos em estudo (ITCMD ou ITBI). Por assim ser, quando o bem é adquirido por um templo religioso, ou por um partido político ou fundação partidária, bem como por entidades sindicais de trabalhadores, e, ainda, por entidades de educação, saúde ou assistência social sem fins lucrativos, não incide o ITBI e nem o ITCMD, desde que, evidentemente, o bem adquirido seja destinado à atividade fim da instituição adquirente, ficando vinculado nas finalidades essenciais institucionais (ex: bem adquirido para uso na atividade religiosa, partidária, sindical, educacional, etc). 4ª Dica IMPOSTOS / ITBI – IMUNIDADES ESPECÍFICAS DO ART.156,§2º, I, CRFB/88 – A nossa Constituição veda a incidência do ITBI em cinco hipóteses, assegurando aos adquirentes, nessas situações, o direito de gozo da “imunidade tributária”, não havendo, como dito, a incidência do ITBI. Frise-se, todavia, que em tais hipóteses, a imunidade não favorece três perfis de adquirentes, os quais ficam sujeitos à incidência do ITBI, NÃO GOZANDO DAS IMUNIDADES previstas. Esses três perfis de adquirentes precisam ser sempre lembrados pois quando nas questões de provas eles são os personagens citados, eles não gozam da imunidade e o imposto incide normalmente; trata-se, no caso, das seguintes pessoas: a) aquele que tem por atividade preponderante a compra e venda de imóveis; b) aquele que tem por atividade preponderante a locação de imóveis; c) aquele que tem por atividade preponderante o arrendamento de imóveis; esses três perfis de pessoas não gozam das imunidades previstas noa rt.156,§2º, I, CRFB/88. As imunidades se dão nas seguintes hipóteses: 1) pessoa jurídica adquirindo imóvel do próprio sócio realizando capital social subscrito; 2) pessoa jurídica decorrente de fusão de outras adquirindo os imóveis das PJ’s que deram ensejo à fusão; 3) pessoa jurídica decorrente de cisão de outra PJ e adquirindo, com a cisão, imóvel que pertencia à PJ que se extinguiu; 4) PJ incorporadora que em razão da incorporação de outra PJ adquire imóveis que pertenciam à incorporada; 5) pessoa que adquire imóvel de uma pessoa jurídica em extinção. Nessas hipóteses, o adquirente do imóvel não se sujeita à incidência do ITBI, valendo regra de IMUNIDADE TRIBUTÁRIA, salvo se, nesses casos, ele seja um dos três empreendedores do mercado imobiliário acima citados, os que possuem atividade preponderante nos ramos da compra e venda, locação ou arrendamento de imóveis. 5ª Dica IMPOSTOS / ITCMD e ITBI – CESSÃO DE DIREITOS – Quando os herdeiros confirmam a aceitação da herança, não fazendo a renúncia abdicativa “pró monte”, eles se sujeitam ao imposto pela transmissão causa mortis, pagando o tributo que incide sobre o valor do quinhão adquirido. Nesse momento, perceba-se que o que incide é o ITCM, sendo que o fato gerador que se está tributando é exatamente a transmissão causa mortis dos bens, do de cujus para eles, os herdeiros beneficiários que confirmaram a aceitação da herança. Ocorre que, se no decorrer do processo e antes de findo o inventário, algum desses herdeiros quiser alienar seus direitos sobre a herança (direitos já adquiridos desde a confirmação da aceitação; são os chamados “direitos sobre a sucessão aberta”), fazendo a chamada CESSÃO DE DIREITOS HEREDITÁRIOS, transferindo suas “quotas” sobre o espólio para terceiros (os próprios outros herdeiros preferencialmente, ou, subsidiariamenteum terceiro que não seja herdeiro), ocorre NOVO FATO GERADOR incidindo, aqui, SOBRE O ATO DE CESSÃO DE DIREITOS HEREDITÁRIOS (que é um ato inter vivos – entre o cedente e o cessionário), NOVO IMPOSTO, e não mais pela transmissão causa mortis, que já ocorreu e já fora anteriormente tributada como o ITCM; aqui, na cessão de direitos hereditários o que incide é o imposto inter vivos; se essa cessão for GRATUITA, é considerada DOAÇÃO DE DIREITOS HEREDITÁRIOS, e incide o Imposto sobre Doação (ITCMD), em razão da DOAÇÃO e não por ter havido nova transmissão causa mortis (que não é o que ocorre quando em vida se alienas direitos hereditários sobre a sucessão aberta e em andamento para terceiros). Todavia, é preciso ter muita atenção na seguinte informação: se a cessão de direitos hereditários for ONEROSA o imposto que incide é o ITBI, por se tratar de uma transmissão inter vivos a título oneroso de bens IMÓVEIS. É preciso conhecer o Direito Civil para lembrar que OS DIREITOS À SUCESSÃO ABERTA SÃO DEFINIDOS COMO BENS I-M-Ó-V-E-I-S PELO CÓDIGO CIVIL (art.80, II, Código Civil). Portanto, perceba-se que quando no curso de um inventário um dos herdeiros resolve ceder seus direitos (no todo ou em parte) para terceiros (normalmente outro herdeiro, que tem direito de preferência para adquirir), pode incidir tanto o ITCMD (pelo “D” de “doação”) como pode incidir o ITBI; o que vai determinar qual imposto incidirá é a característica dessa cessão, se foi gratuita (sem reposição patrimonial em favor do cedente) ou se onerosa (com “torna” ou “reposição” – remuneração); HAVENDO “TORNA”, O IMPOSTO A INCIDIR É O ITBI; NÃO HAVENDO A “REPOSIÇÃO”, É O ITCMD. 6ª Dica COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA – Quanto aos impostos, o macete é simples: basta lembrar quais são os três impostos ordinários dos Municípios e os três dos Estados (o DF cumula e fica com os seis); todo o resto é da União. Logo, lembrem-se: os Municípios instituem o IPTU, ITBI e ISS (art.156, CRFB/88); já os Estados instituem o ITD, ICMS e IPVA (art.155, CRFB/88); o DF fica com os seis (competência cumulativa – art.147 c/c art.155). Todos os demais impostos são da União, sejam os outros sete impostos ordinários (II, IE, IPI, IOF, IR, ITR e IGF),vide art.153, CRFB/88, sejam os impostos residuais (art.154,I, CRFB/88) ou os impostos extraordinários de guerra (art.154, II, CRFB/88). 7ª Dica COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA / COMPETÊNCIA CUMULATIVA TRIBUTÁRIA – Lembrem-se que no Brasil não existem mais Territórios Federais, mas, caso existam, a União, nos mesmos, cumulará os impostos estaduais e, caso o Território não seja dividido e Municípios, ocorrerá também a cumulação dos impostos municipais. Cuidado pois se o Território for dividido em Municípios, por lógico, o próprio Município ficará com os impostos municipais, e, nesse caso, a União só cumulará os impostos estaduais com os federais. Falamos aqui da competência cumulativa da União nos Territórios (art.147, CRFB/88). 8ª Dica COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA – COMPETÊNCIA RESIDUAL: Quanto à competência residual tributária, lembrem-se que a Carta nos arts.154, I e 195,§4º assegura que a União (e apenas ela!) poderá instituir tanto impostos residuais como contribuições de seguridade social residuais, e, em ambos os casos, somente por via de lei complementar, não cabendo lei ordinária nem medida provisória; impostos residuais terão que ter fato gerador e base de cálculo diferente dos impostos já previstos na Carta, idem quanto às Contribuições de Seguridade Social em relação às Contribuições de mesma natureza previstas na Constituição. E, se for o caso, terão também que respeitar a não cumulativa, técnica que, a priori, se aplica no IPI e no ICMS para combater enriquecimento ilícito na tributação. 9ª Dica COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA / INDELEGABILIDADE – Recordem-se também que A COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA É INDELEGÁVEL, ainda que o ente competente possa delegar duas das quatro capacidades que integram a competência. Ou seja, o ente competente pode delegar as capacidades tributárias de fiscalização e arrecadação, inclusive a particulares, o que, todavia, jamais permite crer que se delegou a titularidade sobre o tributo (competência), a qual, repito, é sempre indelegável. Profa. Giovana Carnavalli IMUNIDADES 4ª Dica Vamos falar sobre as imunidades que estão fora do art. 150, VI, da CRFB/88. Dentre um vasto rol, destaco duas expressas no art. 195 da CRFB/88, imunidade que alcança os aposentados e pensionistas pelo Regime Geral Da Previdência Social – RGPS (art. 195, II, da CRFB/88) e as entidades beneficentes de assistência social (art. 195 §7° da CRFB/88). Observo que apesar de o texto constitucional prever isenção, estamos diante de uma não incidência constitucionalmente qualificada, ou seja, imunidade. FICA A DICA! 5ª Dica Ainda sobre as imunidades fora do art. 150, VI CRFB/88, destaco o art. 184§5°da CRFB/88, que da mesma forma, o texto constitucional prevê isenção, estamos diante de uma não incidência constitucionalmente qualificada, ou seja, imunidade, destinada as operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária, são imunes ao recolhimento de impostos (Federais, Estaduais e Municipais). SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 6ª Dica O art. 151 do CTN elenca seis causas de suspensão da exigibilidade do crédito tributário, APENAS quatro destas permitem ao contribuinte questionar a cobrança realizada pela administração pública, sem que este sofra o risco de ser executado, enquanto se defende. São estas: Depósito do montante integral em dinheiro (art. 151, II, CTN), reclamação e recursos administrativos (art. 151, III, CTN), liminares em Mandado de Segurança (art. 151, IV, CTN) e Tutela Antecipada, (art. 151, V, CTN). FICA A DICA! Prof. Rafael Barretto 1. O mandado de segurança exige prova pré-constituída. 2. Somente é cabível mandado de injunção quando há falta de norma regulamentadora que inviabiliza o exercício de direito assegurado na Constituição. 3. A ação popular pode ser proposta apenas por cidadão. 4. Como regra geral, qualquer pessoa nascida em território brasileiros será brasileiro nato. A única exceção é se for filho de pai e mãe estrangeira que estejam a serviço do respectivo país de origem. 5. A organização político-administrativa do Brasil é formada pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, todos autônomos. A União não é soberana e os Territórios não integram a organização político-administrativa como entes da Federação. 6. As competências legislativas privativas da União podem ser delegadas aos Estados mediante lei complementar. 7. No âmbito da competência legislativa concorrente a União edita normas gerais e os Estados suplementam. Na ausência de normas gerais da União o Estado pode legislar de maneira plena. 8. Emenda constitucional não se submete a sanção ou veto presidencial. 9. Matéria constante de projeto de lei rejeitado pode ser rediscutida na mesma sessão legislativa; matéria constante de proposta de emenda constitucional rejeitada não pode ser discutida na mesma sessão legislativa. 10. As medidas provisórias têm sua são apreciadas no Congresso Nacional separadamente na Câmara e no Senado, iniciando pela Câmara. DICAS DE DIREITO AMBIENTAL Prof. Rodrigo Mesquita 1- A Lei nº. 9.985/2000 institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) e estabeleceu ainda os grupos de Unidades de Conservação de Proteção Integral e de Uso Sustentável, que resultam em 12 espécies de áreas especialmente protegidas. Tais espaços necessitam da realização prévia de estudos técnicos e consulta pública para que possam ser criadas por ato do Poder Público. Entretanto, a referida consulta não é obrigatória para a criação de Estação Ecológica (ESEC) e Reserva Biológica (REBIO), consoante o disposto no art.22, §4º, da Lei nº. 9.985/2000. Precisam possuir ainda uma zona de amortecimento obrigatória, exceto para Área de Proteção Ambiental (APA) e Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), de acordo com o art.25 da já referida lei. 2- A Lei nº. 10.165/2000 acrescentou dispositivos (letras) ao art. 17, da Lei nº. 6.938/1981, instituindo e regulando a cobrança da Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental – TCFA. O fato gerador de cobrança de tal tributo é o exercício regular do poder de polícia conferido ao IBAMA para controlar e fiscalizar as atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos naturais. Seu sujeito passivo é todo aquele que exerça as atividades constantes do anexo VIII da Lei nº. 6.938/1981, sendo a mesma devida por estabelecimentos e os valores da TCFA fixados no Anexo IX da Lei nº. 6.938/1981. No cálculo da mesma se leva em conta o porte do estabelecimento, bem como o potencial de poluição (PP) e o grau de utilização (GU) de recursos naturais de cada uma das atividades sujeitas à fiscalização. Em caso do estabelecimento exercer mais de uma atividade sujeita à fiscalização, o mesmo pagará a taxa relativamente a apenas uma delas, pelo valor mais elevado. Possuem isenção da referida taxa as entidades públicas federais, distritais, estaduais e municipais, as entidades filantrópicas, aqueles que praticam agricultura de subsistência e as populações tradicionais. No que se refere a sua cobrança, a DICAS DE DIREITO CONSTITUCIONAL mesma é devida sempre no último dia de cada trimestre e seus recursos terão vinculação, ou seja, a utilização deverá ser restrita as atividades de controle e fiscalização ambiental. 3- O Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EIA ou EPIA) é instrumento de controle ambiental previsto constitucionalmente, no art. 225, §1º, inciso IV, da Carta Política de 1988, que exige, “na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade”. Este preceito demonstra que nem todos os empreendimentos e atividades considerados efetiva ou potencialmente poluidores necessitarão obrigatoriamente de EIA/RIMA, ou seja, somente os causadores de “significativa” degradação ambiental. Por isto, não se verificando a necessidade deste estudo ambiental pelo órgão competente pelo licenciamento, o mesmo definirá os estudos pertinentes ao licenciamento da atividade, podendo, por exemplo, definir ser necessário apenas um projeto de controle ambiental e/ou relatório ambiental preliminar e/ou diagnóstico ambiental. 4- O §4º, do art. 14, da Lei Complementar nº. 140/2011, estabelece norma sobre a renovação de licenças ambientais, esclarecendo que “a renovação de licenças ambientais deve ser requerida com antecedência mínima de 120 (cento e vinte) dias da expiração de seu prazo de validade, fixado na respectiva licença, ficando este automaticamente prorrogado até a manifestação definitiva do órgão ambiental competente”, ou seja, se o empreendedor entrar com o pedido de renovação da licença perante o órgão ambiental competente no prazo estabelecido e o mesmo não se manifestar, o prazo de validade da licença fica automaticamente prorrogado até a manifestação do órgão competente. Desta forma, ocorre a prorrogação pelo silêncio do órgão ambiental competente. 5- De acordo com o art.24, caput, inciso VI, e §§, compete à União, aos Estados e ao DF legislar concorrentemente sobre florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, proteção do meio ambiente e controle da poluição. No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar- se-á a estabelecer normas gerais. Não obstante, a competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. Em caso de inexistir lei federal sobre normas gerais, os Estados e o DF exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. Quanto aos Municípios, cabe aos mesmos suplementares a legislação federal e a estadual, no que couber, de acordo com o art.30, caput, inciso II, da CF/88. Prof. Rafael Barretto 1. A sanção disciplinar deve constar dos assentamentos do inscrito após o trânsito em julgado da decisão 2. Havendo atenuantes a censura pode ser convertida em advertência, em ofício reservado ao advogado sem registros nos assentamentos 3. A pretensão punitiva prescreve em 5 anos, mas ocorre prescrição se o processo disciplinar ficar paralisado por mais de três anos 4. Todos os prazos necessários à manifestação de advogados estagiários e terceiros nos processos em geral da OAB são de quinze dias 5. O processo disciplinar pode ser deflagrado de ofício ou mediante representação de qualquer pessoa desde que não seja anônima 6. O poder de punir disciplinarmente o advogado é do Conselho Seccional do local da infração, salvo se praticada perante Conselho Federal 7. Se o advogado não for encontrado, ou for revel, o Presidente do Conselho ou da Subseção deve designar-lhe defensor dativo 8. Conselho Federal, Conselhos Seccionais e Caixa de Assistência dos Advogados possuem personalidade jurídica própria! Subseções NÃO possuem personalidade jurídica! DICAS DE ESTATUTO DA OAB 9. A Caixa de Assistência pode ser criadas pelo Conselho Seccional que tenha mais de mil e quinhentos advogados inscritos 10. A eleição dos membros de todos os órgãos da OAB será realizada mediante votação direta dos advogados. DIREITOS HUMANOS Prof. Rafael Barretto 1. Direitos Humanos são direitos que materializam a dignidade de pessoa humana. 2. As 3 gerações de direitos humanos são as gerações da liberdade (direitos civis e políticos), igualdade (direitos sociais, econômicos e culturais) e fraternidade (direitos difusos, como ambiente) 3. As liberdades civis, típicas liberdades negativas, integram os direitos de primeira geração. 4. A segunda geração dos direitos consagra a idéia de que o Estado deve intervir na ordem econômica, no sentido de materializar a dignidade humana. 5. A dignidade da pessoa humana é fundamento do Estado brasileiro. 6. O Brasil deve se pautar, em suas relações internacionais, pela prevalência dos direitos humanos. 7. A constituição brasileira consagrou a aplicação imediata das normas definidoras de direitos e garantias fundamentais. Logo, as normas que definem direitos e garantias fundamentais possuem aplicação imediata. 8. Os tratados internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados duas vezes em cada casa do Congresso Nacional pelo quorum de 3/5 serão equivalentes a emenda constitucional. Os tratados que não passaram por esse rito possuem status supra-legal. 9. O Brasil pode se submeter à jurisdição do Tribunal Penal Internacional e já fez isso 10. O Tribunal Penal Internacional tem competência para julgar pessoas acusadas de praticarem crimes contra a humanidade, de guerra, genocídio e agressão. 11. A internacionalização dos direitos humanos é um fenômeno que se desenvolveu principalmente após a segunda guerra mundial, como uma reação às barbáries praticadas durante o conflito bélico em detrimento da dignidade humana. 12. A proteção internacional dos direitos humanos conta com um sistema global, coordenado pela ONU e com sistemas regionais. O sistema regional interamericano é coordenado pela OEA. 13. A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi aprovada mediante uma Resolução da ONU, ela não é um Tratado. 14. A Declaração Universal dos Direitos Humanos consagra direitos civis, políticos, sociais, econômicos e culturais em um regime de paridade normativa. Atenção: ela não consagrou os direitos de 3ª geração. 15. O Pacto Internacional dos DireitosCivis e Políticos possui aplicação imediata, enquanto que o Pacto Internacional dos Direitos Sociais, Econômicos e Culturais possui aplicação progressiva. 16. O Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos prevê, como mecanismos fiscalizatórios, os relatórios e as comunicações interestatais e, mediante um Protocolo Facultativo, as petições individuais. 17. O Pacto Internacional dos Direitos Sociais, Econômicos e Culturais prevê, como mecanismo fiscalizatório, apenas os relatórios. 18. O Pacto de San José de Costa Rica prevê apenas direitos civis e políticos e possui aplicação imediata. Já o Protocolo de San Salvador prevê direitos sociais, econômicos e culturais e possui aplicação progressiva. 19. O Pacto de San José de Costa Rica prevê como mecanismos de fiscalização os relatórios, as comunicações interestatais e as petições individuais. 20. O Pacto de San José de Costa Rica não aboliu a pena de morte, o que só veio a ocorrer com o Protocolo Facultativo sobre a Abolição da Pena de morte, que admite essa pena apenas para o caso de guerra declarada. 21. Indivíduos e ONG´s podem peticionar diretamente à Comissão Interamericana de Direitos Humanos denunciando casos de violação de direitos humanos, mas as denúncias não podem ser anônimas. 22. A Comissão só deve admitir um caso se verificar que houve o esgotamento dos recursos internos, ou seja, que primeiro tentaram resolver o caso no próprio País; mas este requisito é dispensado se ficar demonstrado que o País não possui meios efetivos de resolver o caso ou que excedeu um prazo razoável para resolver. 23. Apenas os Estados e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos podem submeter um caso à Corte Interamericana. O que indivíduos e ONG´s podem fazer é denunciar perante a Comissão para que essa acione a Corte. Entretanto, uma vez admitido o Caso na Corte, os indivíduos e ONG´s podem se habilitar no processo e peticionar autonomamente, inclusive postulando pedidas provisórias. 24. As sentenças da Corte Interamericana de Direitos Humanos devem ser fundamentadas e são definitivas e inapeláveis. 25. A parte da sentença da Corte Interamericana que fixar indenização deve ser cumprida voluntariamente pelo Estado condenado. Se isso não ocorrer o beneficiário da indenização deve promover uma execução dentro do próprio Estado, pelas regras do direito interno. No caso do Brasil, seve ser promovida uma execução contra a União perante a vara federal territorialmente competente. Demais, a sentença da Corte não precisará ser homologada pelo STJ nem por qualquer outro órgão. Prof. Thiago Schubach 1 - Embora as Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista sejam de Direito Privado tenham obrigações comerciais/empresariais próprias da esfera privada, elas NÃO se sujeitam à falência. 2 - Contrato administrativo tem natureza de direito público e se caracteriza pela existência das cláusulas exorbitantes e a manutenção do equilíbrio econômico financeiro. 3 - O Controle do Poder Legislativo na Administração Pública é realizado pelo Congresso Nacional auxiliado pelo TCU. 4 - A Súmula Vinculante nº 13, que veda o nepotismo, não atinge a atividade política. 5- Desconcentração é distribuição interna de competências com a criação de Órgãos, descentralização é distribuição externa de competências com criação de Entidades. No que tange à licitação, a alienação de bens imóveis pela Administração ocorrerá por meio da modalidade concorrência. Mas se os bens tiverem sido adquiridos por dação em pagamento ou procedimento judicial, a Lei 8666/93 autoriza o uso da modalidade leilão. DICAS DE DIREITO ADMINISTRATIVO Profa. Claudia Molinaro TEMA: INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE PRIVADA. EFEITOS DA FASE DECLARATÓRIA: Permissão de acesso das autoridades, Fixa o estado do bem e inicia a contagem do prazo de caducidade do ato – ATENÇÃO!! NÃO TEM O CONDÃO DE TRANSFERIR A PROPRIEDADE PARA O PODER PÚBLICO. CONTESTAÇÃO NA AÇÃO DE DESAPROPRIAÇÃO DIRETA: Art. 9º E 20 do DL 3365/41 deve versar apenas sobre vícios do processo judicial (art. 267 do CPC – condições da ação) e no mérito , impugnação do preço da indenização. TEMA: RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO PRESCRIÇÃO Prazo de 5 anos – art. 1º do DL 20910/32 e art. 1º - C da lei 9494/97 ou o prazo de 3 anos, previsto Novo CC – art. 206, § 3º, V . Majoritariamente vale o prazo quinquenal pelo critério da especialidade.. STJ –inf. 406 Prof. Fabricio Bastos 1) O efeito regressivo dos recursos permite ao juiz exercer o juízo de retratação. Assim, poderá decidir de forma contrária ao que restou decidido. Este juízo excepciona a regra do artigo 463 do CPC. Via de regra, é um efeito verificado nos recursos de agravo, na forma retida e na forma de instrumento, conforme artigos 523, parágrafo segundo e 526 do CPC. No recurso de apelação será admitido nos seguintes casos: 285-A, 296 do CPC e 198, VII, ECA 2) As sentenças terminativas, assim consideradas aquelas que não resolvem o mérito, na forma do artigo 267 do CPC não geram a formação da coisa julgada material. Entretanto, nos casos do artigo 267, V c/c 268, primeira parte do CPC haverá coisa julgada material. As sentenças definitivas, como regra, por resolverem o mérito, geram coisa julgada material. Uma exceção é a sentença de improcedência por insuficiência de provas nos processos coletivos, confirme artigos 18 da Lei de Ação Popular, 16 da Lei de Ação Civil Pública e 103 do Código de defesa do consumidor. 3) Em sede de execução o credor poderá valer-se do processo autônomo ou sincrético, de acordo com o título executivo. Caso o título seja extrajudicial, deverá usar o processo autônomo, com a necessidade de promover ação de execução com a necessidade de citação do devedor. Caso o título seja judicial, deverá usar o processo sincrético, sem a necessidade de promover ação com posterior citação. Bastará formular mero requerimento com intimação do devedor. Entretanto, nos casos dos artigos 475-N, pu, 730 e 748, deverá o credor valer-se do processo autônomo, ainda que o título executivo seja judicial. DICAS DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL Profa. Andrea Cabo 1ª Dica: NÃO ESQUEÇA: Os membros da mesma família que trabalhem para o mesmo empregador, tem direito a usufruir férias juntos, desde que queiram e se de tal fato não resultar prejuízos ao empregador, nos termos do art. 136, §1º da CLT, assim como os menores de 18 anos que sejam estudantes, possuem direito de coincidir as férias do trabalho com as escolares, conforme §2º do mesmo artigo. 2ª Dica: Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (art. 484 da CLT), o empregado tem direito a 50% (cinquenta por cento) do valor do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias proporcionais. Não esqueça que o empregado sacará o FGTS com acréscimo de apenas 20%. O saldo de salário é devido! Não há direito ao seguro desemprego! 3ª Dica: ATENÇÃO: O art. 6º da CLT com sua nova redação dispõe que não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego. Os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio. Profa. Andrea Cabo 1ª Dica: Execução contra a Fazenda Pública - Tratando-se de pessoa jurídica de direito público – União, Estados, Municípios, o Distrito Federal, Autarquias e FundaçõesPúblicas –, a execução se processa na forma prevista no art. 100 da CRFB, c/c o art. 730 do CPC, vale dizer, a Fazenda não é citada para pagar a dívida ou oferecer bens à penhora, mas para, querendo, oferecer os embargos, pois a execução propriamente dita é feita através dos precatórios. Esse fato ocorre basicamente em virtude da impenhorabilidade dos bens públicos (art. 100 do Código Civil), tendo em vista a indisponibilidade do interesse público – consagrado nos orçamentos, nos quais devem estar fixados os recursos necessários ao pagamento das despesas (art. 165 da CRFB), e os princípios da impessoalidade e moralidade. 2ª Dica: Ação Rescisória (art. 836 da CLT e art. 485 do CPC): - Precisa da constituição de advogado para o seu ajuizamento. - A ação rescisória consiste em um meio no qual a parte se utiliza para rescindir, anular, ab-rogar a coisa julgada, a qual, na maioria dos casos, encontra-se contaminada por algum vício capaz de gerar sua nulidade. DICAS DE DIREITO DO TRABALHO DICAS DE DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO - Exige o depósito prévio de 20%. - Prazo: 2 anos contados do trânsito em julgado da decisão. - Prazo de 15 a 30 dias para contestação. 3ª Dica: Procedimento Sumaríssimo – Art. 852, CLT. Requisitos: 1) Causas até 40 salários mínimos. Exceções: Ente público (art. 852 – A, CLT) Citação inicial (852-B,II, CLT) 2) Inicial Líquida (pedidos certos e/ou determinados) – Art. 852-B, I, CLT. 3) Nome e endereço do réu corretos – Art. 852 – B, II, CLT. Se não forem preenchidos os requisitos para a propositura da ação, esta deverá ser arquivada – Art. 852-B, § 1º, CLT. Instagram @portalf3focoforcafe Fan page no Facebook Portal F3_Foco Força e Fé
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