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Estudo de Caso Clínico Anticonvulsivantes

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DISCIPLINA DE FARMACOLOGIA E TOXICOLOGIA II 
PROFA. DRA. CAMILA GARCEL PANCOTE 
 
ESTUDO DE CASO CLÍNICO 
Anamnese e Histórico Clínico 
O animal da espécie canina sem raça definida de pelagem bicolor (branco e dourado) com aproximadamen-
te 9 anos de idade e 24 quilos foi encaminhado à Clínica Veterinária Cães e Gatos na cidade de Lages no dia 29 de 
janeiro de 2010. O animal apresentava grave crise convulsiva (status epilepticus), iniciada repentinamente que ini-
cialmente achava-se que era de fundo tóxico (estricnina). Imediatamente o animal foi canulado e iniciado a fluido-
terapia e juntamente foi administrado diazepan e fenocris (fenobarbital). O animal teve boa recuperação e no dia 31 
de janeiro de 2010 foi liberado para casa. 
No dia 15 de fevereiro de 2010 no começo da manhã o animal apresentou novas crises convulsivas, sendo 
que essas crises o animal perdia o equilíbrio, ia ao solo com muitos tremores musculares e sialorreia excessiva. Foi 
administrado fenocris® (fenobarbital), receitou-se gardenal® e agendou-se retorno em 7 dias. No mesmo dia o 
proprietário retornou porque o animal apresentou novas crises. O animal ficou internado para se realizar a fluidote-
rapia e administração de diazepan. Foi administrado também fenocris® (fenobarbital) e azium® (dexametazona). 
Durante a noite o animal não convulsionou. 
No dia 17 de fevereiro de 2010 solicitou-se hemograma, uréia, creatinina, ALT e fosfatase alcalina. 
RESULTADO DO HEMOGRAMA: 
Hemácias 6,770 milhões / mm³ 
Hemoglobina 15,600 g% 
Hematócrito 51,200 % 
VCM 75,627u³ 
HCM 23,042 pg 
CHCM 30,468 
Plaquetas 225,00 mil/mm³ 
Leucócitos Totais 11.900 cel/mm³ 
Segmentados 10.353 cel/mm³ 
Linfócitos 714 cel/mm³ 
DISCIPLINA DE FARMACOLOGIA E TOXICOLOGIA II 
PROFA. DRA. CAMILA GARCEL PANCOTE 
 
Monócitos 833 cel/mm³ 
 
RESULTADOS DA BIOQUÍMICA SANGUÍNEA: 
ALT 57,940 
Fosfatase Alcalina 20,680 
Uréia 44,600 
Creatinina 0,8000 
 
Todos os valores resultaram em valores normais. 
No dia 18 de fevereiro de 2010 o animal apresentava-se melhor e manteve-se a administração de gardenal® 
(fenobarbital). 
No dia 22 de fevereiro de 2010 o proprietário relatou que o animal apresentava crises diferentes da convul-
siva, onde o animal uivava bastante, andava em círculos aparentava dores durante a crise com franzimento da face. 
Tentou-se a administração de brometo de potássio, mas pela dificuldade de administração não se obteve sucesso. 
Os proprietários relataram que, às vezes, falhavam na administração de gardenal® (fenobarbital). 
Foram realizados novos exames físicos, e todos sem alteração alguma. E durante a consulta o animal uivou. 
Indicou-se um novo receituário: prednisona a cada 24 horas, revimax® (propentofilina) e agendou-se retorno 
dentro de uma semana. 
No início de março de 2010 o proprietário relatou que o animal andava em círculos e aparentava dor, foi recei-
tado também dipirona sódica, para usar quando necessário. 
Houve uma nova suspeita e solicitou-se radiografia cranial suspeitando-se de uma neoplasia cerebral ou uma 
otite média. A radiografia não demonstrou qualquer indicativo de massa tumoral e/ou otite média. Necessitaria de 
uma tomografia para a região cerebral, pois há grandes indícios de massa tumoral. 
No dia 10 de março de 2010 o proprietário relatou que o animal apresentou melhoras com os medicamentos, 
mas apresentou crises e ainda continua uivando e andando em círculos. Foi receitado Nuflor® (florfenicol). 
No dia 18 e 28 de março de 2010 foi relatado que o animal não apresentara mais crises. 
DISCIPLINA DE FARMACOLOGIA E TOXICOLOGIA II 
PROFA. DRA. CAMILA GARCEL PANCOTE 
 
No dia 30 de março de 2010 foi receitado gardenal® (fenobarbital) novamente juntamente com ginkobiloba, 
vertix® (dicloridrato de flunarizina). Foi agendado retorno para o dia 15 de abril de 2010. 
Animal não compareceu ao consultório, os proprietários apenas ligaram e informaram sobre o estado de saúde 
do animal. Foi recomendado a diminuição da dose de prednisona por mais 10 dias, agora a cada 48 horas. 
No dia 15 de julho de 2010 o animal retornou, os proprietários relataram que o animal estava comendo pouco e 
com episódios esporádicos de convulsão. Foram feitos novos exames físicos e foi observado que o animal apresen-
ta déficit proprioceptivo no membro posterior direito, com dificuldade de movimentação (teste do carrinho de mão 
contrário – teste neurológico). Animal ficou internado. 
Foram feitos novos exames de hemograma, creatinina, uréia, ALT e fosfatase alcalina. 
Resultado do Hemograma: 
Hemácias 6,910 milhões / mm³ 
Hemoglobina 16,000 g% 
Hematócrito 49,000 % 
VCM 70,911 u³ 
HCM 23,154 pg 
CHCM 32,653 
Plaquetas 489,00 mil/mm³ 
Leucócitos Totais 11.600 cel/mm³ 
Segmentados 8.932 cel/mm³ 
Linfócitos 1.504 cel/mm³ 
Monócitos 464 cel/mm³ 
Eosinófilos 696 cel/mm³ 
Proteínas Totais 7,00 g/dL 
Observações: macroplaquetas, policromasia e anisocitose discretas. 
 
DISCIPLINA DE FARMACOLOGIA E TOXICOLOGIA II 
PROFA. DRA. CAMILA GARCEL PANCOTE 
 
Resultados da Bioquímica Sanguínea: 
ALT 48,340 
Fosfatase Alcalina 29,450 
Uréia 37,830 
Creatinina 0,7800 
 
Todos os valores resultaram em valores normais. 
Foi receitado novamente prednisona a cada 12 horas por cinco dias e após isso a cada 24 horas por 5 dias e 
depois a cada 48 horas por 5 dias. 
Animal melhorou e foi liberado 
Animal retornou dia 03 de agosto de 2010 com graves crises convulsivas que imediatamente foram contro-
ladas com a aplicação de diazepan e fenocris® (fenobarbital). 
Receitou-se nova dose de gardenal® (fenobarbital), administrada a cada 12 horas, por uso contínuo. 
E no dia 06 de agosto de 2010 foi receitado juntamente com gardenal® (fenobarbital), o diazepan, na dose 
de um comprimido a cada 12 horas. 
 Proprietário relatou que o animal não apresentou novas crises convulsivas. 
Diante do Caso Clínico apresentado, discuta a terapia anticonvulsivante utilizada, abordando tópicos 
tais como: uso terapêutico, dose recomendada, mecanismo de ação, efeitos colaterais e interações medica-
mentosas.

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