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Economia Politica AULA 01

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AULA 01
Conceito de Economia 
A Economia é uma ciência social que estuda a administração dos recursos escassos entre usos alternativos e fins competitivos.
Da Antiguidade Clássica ao Feudalismo e as Regras Morais e Éticas de São Thomas de Aquino
Antiguidade Grega 
Apareceram apenas algumas idéias econômicas fragmentarias em estudos filosóficos e políticos, mas sem o brilho dos trabalhos nos campos da filosofia, ética, política, mecânica e geometria.
Foi nesse período que o termo “econômico” (oikos: casa – nomos: norma), foi utilizado pela primeira vez pelo filósofo Xenofonte, como título de sua obra, no sentido de princípios de gestão de bens privados, porém os autores gregos apresentavam um pensamento econômico diferente. De modo geral, tratavam apenas de conhecimentos práticos de administração doméstica.
Exemplo deste pensamento é a obra do filósofo Aristóteles, Crematística (chrema: posse ou riquezas) que apesar do título, referia-se, sobretudo aos aspectos pecuniários das transações comerciais.
Aristóteles, contudo, apresentou algumas contribuições interessantes às teorias de valor, de preços e de moeda.
Antiguidade Romana
Da mesma forma, não houve um pensamento econômico geral e independente, embora a economia de troca fosse mais intensa em Roma do que na Grécia. A unidade econômica do vasto Império Romano, mantida por meios notáveis e eficazes de redes rodoviárias e navegação tornou sua capital Roma em centro de afluência dos produtos de todas as províncias estimulando as transações comerciais e a criação de companhias mercantis e sociedade por ações.
Mas as preocupações dos romanos limitaram-se fundamentalmente a política, de modo que sua contribuição foi quase nula.
Idade Média 
O Feudalismo originou-se no final do Império Romano e predominou durante toda Idade Média, principalmente do século XI ao XIV, baseando-se nas relações servo-contratuais (servis).
Os Reis (susserano) conferiam terras aos senhores feudais (nobreza) que tornava-se seus vassalos, estes tinham como principal função guerrear, além de exercer considerável poder político sobre as demais classes. 
O Rei lhes cedia terras e eles lhe juravam ajuda militar constituindo uma relação de susserania e vassalagem. 
Enquanto isso os camponeses (servos) cuidavam da agropecuária dos mansos senhoriais e, em contrapartida, recebiam, após juravam fidelidade e trabalho ao Senhor Feudal, o direito a uma gleba de terra para morar, além da proteção contra ataques inimigos.[2: Feudos]
Dentre as principais obrigações dos servos constituíam em 11, eram a: 
Corveia: o trabalho compulsório no manso senhorial em alguns dias da semana;
Talha: a parte da produção do servo que era entregue ao Senhor Feudal, geralmente ¹/3 da produção;
Banalidades: imposto cobrado pelo uso de instrumento ou bens do manso senhorial, como moinhos, a fornalha, o celeiro, as estradas e as pontes, exceto quando para lá se dirigiam a fim de cuidar das terras do respectivo Senhor Feudal;
Capitação: imposto pago por cada membro da família (per capita);
Dízimo ou Tostão de Pedro: 10% da produção do servo era pago à Igreja utilizado para a manutenção da capela local;
Censo: imposto que os vilões pagavam em dinheiro, para o Senhor Feudal;[3: Habitantes de uma vila. ]
Taxa de Justiça: os servos e vilões deviam pagar para serem julgados na corte do Senhor Feudal;
Formariage: quando o Senhor Feudal resolvia se casar, todo servo era obrigado a pagar um imposto para ajudar no casamento, a regra também se estendia quando um ente do nobre iria se casar. Todo casamento que ocorresse entre os servos deveria ser aceito pelo Senhor Feudal. Especificamente no sul da França, vigorava o iuris primer noctis (direito da primeira noite), no qual o Senhor Feudal poderia ou não determinar que a noite de núpcias de uma serva seria para usufruto dele próprio ou do marido oficial. Tal fato era incomum no restante da Europa, pois a Igreja o combatia ferrozmente ameaçando com excomunhões;
Mão Morta: era o imposto, para permanecer no manso senhorial da família servil em caso de falecimento do patriarca ou da família;
Ajudadeira: era o imposto pago ao Senhor Feudal, em circunstâncias singulares, tais como: quando casava a primeira filha, quando armava cavaleiro o primogênito, para resgate de um familiar cativo, etc;
Anúduva: era um imposto que poderia ser substituído na obrigação de trabalhar na construção e reparação de castelos, cavas, torres, muralhas e outras obras afins de necessárias à defesa da terra, assim como dos paços ali edificados para a estadia de um nobre ou do Burgo-mestre; 
Fossadeira: era uma multa que tinham que pagar os vilões e servos que faltavam ao fossado (serviço militar obrigatório);
Muiças, Direituras ou Foragens: era o imposto que incidia em especial sobre a fruição da casa onde o cultivador e seus gados se abrigavam. Era pago em produtos do solo de menor importância e ainda em uma enorme diversidade de espécies, onde se incluíam utensílios caseiros e animais domésticos, de vez em quando era pago em moeda.
	Muitas vilas fortificadas tornaram-se livres das relações servis e do predomínio dos senhores feudais. Essas praças chamavam-se burgos. Por motivos políticos, os burgueses recebiam freqüentemente o apoio dos reis que, muitas vezes estavam em conflito com os senhores feudais.[4: Vila ou cidade fortificada.]
	Nos burgos surgiu uma atividade econômica regional e inter-regional (com feiras periódicas que se tornaram célebres, como as de Flandres, Champagne, Beaucaire e outras), organizaram-se corporações de ofício, generalizaram-se as trocas de produtos urbano-rurais e entre um feudo e outro, retomou novo impulso o comércio mediterrâneo (Gênova, Pisa, Florença e Veneza tornaram-se os grandes centros comerciais da época) etc.
	Os burgueses dedicavam-se ao comércio e à produção artesanal, onde as filiações as corporações de ofício se faziam necessárias.
Corporações de ofício:
Também chamadas de guildas ou mesteirais, eram um misto de sindicato e escola, onde qualificava pessoas para trabalhar numa determinada função, unindo-se assim em corporações, a fim de se defenderem e de negociarem de forma mais eficiente. Assim um pessoa só poderia trabalhar em um determinado ofício (artesão, pedreiro, carpinteiro, padeiro, comerciante, etc) se fosse membro de uma corporação. Caso esse costume fosse desobedecido, o infrator corria o risco de ser expulso do burgo.
As corporações também amparavam seus trabalhadores em caso de velhice qualquer tipo de doença ou invalidez. Também protegia seus membros proibindo a entrada de produtos similares aos produzidos no burgo em que atuavam.
Essas corporações estabeleciam regras para o ingresso na profissão, atuavam como incentivo para o aumento da produção mantendo a rígida hierarquia entre aprendiz e mestre, controlavam a quantidade de matérias primas, a qualidade das mercadorias, fixavam os salários dos trabalhadores, o preço dos produtos e determinavam a margem de lucro.
Os artigos considerados de primeira necessidade (como pão, vinho, cerveja e cereais) tinham preços sujeitos a regulamentação, para outros produtos (como ferro e carvão) vigorava a liberdade de preços.
As Regras Morais e Éticas de São Thomas de Aquino
A Igreja Católica procurou moralizar o interesse pessoal, reconheceu a dignidade do trabalho (manual e intelectual), condenou a usura (juros abusivos), buscou o justo preço, a moderação dos agentes econômicos e o equilíbrio dos atos econômicos. 
São Thomas de Aquino então idealizou as Regras Morais e Éticas de Comportamento Econômico:
- sustentava que a propriedade privada estava de acordo com a lei natural;
- que a produção sob propriedade privada é preferível sob a propriedade comunal;
- que o comércio deve ser tolerado na medida que sustente as famílias e beneficie a nação;
- que o vendedor deva ser honesto;
- que a equidade existe quando os bens são trocados por preço justo;
- que a riqueza é boa se conduzir a uma vida virtuosa;
- condenava a usura;[5: Decretonº 22.626, de 7 de Abri de 1933.]
- teorizou o que hoje conhecemos como lucrum cessans (lucro cessante ou custo de oportunidade;[6: Artigo 403 do Código Civil de 2002]
- compras a créditos e descontos.
Mas o pensamento econômico medieval, de caráter eminentemente prático, também era dependente: da subordinação à filosofia ou à política, na Antiguidade Clássica, passara a ser orientado pela moral cristão.
A partir da metade do século XV, entretanto, essa subordinação religiosa seria substituída pela preocupação metalista que veremos nas próximas aulas.
A título de curiosidade, a Ilha de Sark, deixou de ser a ultima propriedade feudal do mundo em 2008, quando cerda de 500 habitantes, elegeram pela primeira vez os 28 membros do novo parlamento, o Senhor John Michael Beaumont ainda vive em seu castelo na ilha.

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