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Apostila Educacão Física Adaptada - Bennett

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EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA
Apostila
Prof. MsC Cláudio Diehl Nogueira
UNIDADE I
CONCEITUAÇÃO E RETROSPECTIVA HISTÓRICA:
CONCEITOS BÁSICOS:
Deficiente.
Todos aqueles que estão abaixo dos padrões estabelecidos pela sociedade como normalidade, por motivos físicos, sensoriais, orgânicos, sociais ou mentais, e em conseqüência dos quais v6em-se impedidos de viver plenamente.
Refere-se a qualquer pessoa incapaz de assegurar por si mesma, total ou parcialmente, as necessidades de uma vida individual ou social normal, decorrência de uma deficiência congênita ou não em suas capacidades físicas ou mentais.
Deficiência.
Restrição ou perda, resultante do impedimento para desenvolver habilidades consideradas normais para o ser humano.
Impedimento.
Perda ou anormalidade das funções ou da estrutura anatômica do corpo humano.
Incapacidade.
Desvantagem individual, resultante do impedimento da deficiência, que impede ou limita o cumprimento ou o desempenho de um papel social.
Inclusão.
Refere-se a um processo educacional que visa estender ao máximo a capacidade do aluno deficiente na escola regular. Inclusão vai além da simples integração do aluno ao ambiente escolar normal; implica não deixar ninguém de fora desde o início. (Modelo Social)
Normalização.
Visa tornar acessível às pessoas socialmente desvalorizadas as condições e os modelos de vida análogos aos que são disponíveis de um modo geral ao conjunto de pessoas de um meio ou sociedade; implica a adoção de um paradigma de entendimento das relações entre as pessoas, fazendo-se acompanhar de medidas que objetivam a eliminação de qualquer tipo de rotulação.
Integração.
O objetivo é preparar a pessoa deficiente para ser aceita na sociedade. Sua prática era baseada na modificação (habilitar, reabilitar, educar) da pessoa com deficiência para torná-la apta a satisfazer os padrões aceitos no meio social. (Modelo Médico).
Individualização.
É o exercício do conhecimento particular de cada indivíduo, garantindo-lhe, assim, melhores condições no grande grupo, que se constitui da sua escola, da sua comunidade etc. Cada pessoa necessita de uma solução individual, embora isto não represente atendimento individual, mas sim, garantindo-lhe condições de aprendizado compatíveis com sua individualidade. 
Necessidades Especiais:
Aluno Portador de Necessidades Especiais:
Necessidades Educativas Especiais.
É o conjunto de recursos educativos destinados a alunos com necessidades educativas especiais transitórias ou contínuas. Seu objetivo é oferecer ao aluno com necessidades especiais possibilidades de inserção social, educacional e profissional.
Aluno Portador de Necessidades Educativas Especiais:
São aqueles que durante o processo educacional apresentam dificuldades acentuadas ou limitações no processo de aprendizagem, podendo ser não vinculadas a causas orgânicas ou então, relacionadas a condições, disfunções, limitações ou deficiências. Incluem-se os alunos com dificuldades na comunicação e os portadores de altas habilidades/superdotação.
Acessibilidade.
Educação Especial:
Modalidade de Educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino para alunos com necessidades especiais.
Educação Física Adaptada.
É uma área da Educação Física que tem como objeto de estudo a motricidade humana para pessoas com necessidades educativas especiais, adequando metodologias de ensino para o atendimento às características de cada aluno, respeitando as suas diferenças individuais.
RETROSPECTIVA HISTÓRICA:
MUNDO:
Século V a.C.
Culturas primitivas.
Idade Média.
Renascimento.
Século XX.
BRASIL:
Período Colonial e Imperial.
Período republicano.
Século XX.
A RELAÇÃO COM O PORTADOR DE DEFICIÊNCIA:
Sociedade.
Escola.
Família.
Trabalho.
UNIDADE II
NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS:
PRESSUPOSTOS E SUBSÍDIOS PARA A ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL:
Pressupostos e Subsídios Filosóficos.
Declaração Universal dos Direitos do Homem.
Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes.
Convenção sobre os Direitos da Criança.
Declaração de Salamanca.
Declaração de Madri.
Pressupostos e Subsídios Legais.
Constituição da República Federativa do Brasil (1988).
Lei nº9394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional).
Resolução nº2 CNE/CEB – 2001
PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais) – Educação Física.
UNIDADE III
ATIVIDADES FÍSICAS ADAPTADAS ÀS NECESSIDADES ESPECIAIS:
A estratégia a ser utilizada para encaminhamento de alunos à Educação Especial deve levar em consideração:
Crianças que estão freqüentando a rede regular e que apresentam transtornos de aprendizagem.
Crianças que já chegam às escolas identificadas.
Crianças que chegam às escolas não identificadas.
ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS:
Ao falar de necessidades educativas especiais estamos desvinculando a pessoa do conceito de enfermidade permanente, definido mediante diagnóstico e tratamento médico e o estamos situando dentro de uma realidade educativa. Condicionada pelo entorno que o rodeia e pelos recursos educativos disponíveis tais como: a família, escola e a sociedade. Aspectos estes suscetíveis a troca e modificações durante o transcorrer do tempo . 
A identificação do aluno com necessidades especiais é o ponto de partida.
Avaliação diagnóstica.
Crianças com condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais e sensoriais diferenciadas.
Crianças com deficiência e bem dotadas.
Crianças trabalhadoras ou que vivem nas ruas.
Crianças de populações distantes ou nômades.
Crianças de minorias lingüísticas, étnicas ou culturais.
Crianças de grupos desfavorecidos ou marginalizados.
Identificar o aluno com necessidades especiais nos implica obter informações relevantes em três aspectos fundamentais:
Informações sobre o desenvolvimento do aluno.
Conhecer o que o aluno é capaz de fazer, como ponto de partida para o ensino e a aprendizagem.
Conhecer como fazer, e decidir, qual será o seu estilo de aprendizagem.
QUEM SÃO:
Pessoas que apresentem problemas de desenvolvimento e /ou dificuldades de aprendizagem significativamente maiores que o comum dos mesmos de sua idade
Aqueles que apresentam atrasos ou incapacidades que lhe dificultam no uso dos recursos mais comuns e gerais que dispõem as escolas para os alunos de sua mesma idade.
Aqueles que por causa de risco pessoal, familiar ou social chegam a incluir-se em algum dos itens anteriores, por não ter recebido ou facilitado ajuda na infância.
Podemos incluir dentro das pessoas com necessidades especiais os superdotados
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL:
De acordo com a Política Nacional de Educação Especial, a educação deve ser, por princípio, liberal, democrática e não doutrinária. Dentro desta concepção, o educando é, acima de tudo, digno de respeito e do direito à educação de melhor qualidade. A principal preocupação da educação, dessa forma, deve ser o desenvolvimento integral do homem e a sua preparação para uma vida produtiva na sociedade, fundada no equilíbrio entre os interesses individuais e as regras de vida nos grupos sociais.
Além de seguir os princípios democráticos de igualdade, liberdade e respeito à dignidade, a Educação Especial norteia sua ação pedagógica por princípios.
Princípio da Normalização:
Oferecer as mesmas condições e oportunidades sociais, educacionais e profissionais respeitando-se as características pessoais.
Princípio da Integração:
Refere-se aos valores democráticos de igualdade, participação ativa e respeito a direitos e deveres socialmente estabelecidos.
Princípio da Individualização:
Pressupõe a adequação do atendimento educacional a cada pessoa com necessidades educativas especiais, respeitando seu ritmo e características pessoais.Princípio Sociológico da Interdependência:
A sociedade civil organizada deve, também, articular-se com órgãos governamentais em ações conjuntas e interdependentes.
Princípio Epistemológico da Construção do Real:
Refere-se à conciliação entre o que é necessário fazer para atender às aspirações e interesses da pessoa com necessidades especiais e à aplicação dos meios disponíveis.
Princípio da Efetividade dos Modelos de Atendimento Educacional:
Embasa a qualidade das ações educativas
Infra-estrutura (administrativa, recursos humanos e materiais).
Hierarquia do poder (interno e externo às instituições envolvidas).
Consenso político em torno das funções sociais e educativas (ideologias educacionais).
Princípio do Ajuste Econômico com a Dimensão Humana:
Refere-se ao valor que se deve atribuir à dignidade das pessoas com necessidades especiais como seres integrais. Nesse sentido, as relações custo/benefício na Educação Especial não devem prevalecer sobre a dimensão da pessoa com necessidades especiais. Cumpre alertar que a falta de atendimento educacional adequado a essas pessoas representa, em longo prazo, um alto custo à nação.
Princípio de Legitimidade:
Visa à participação das pessoas com necessidades especiais, ou de seus representantes legais, na elaboração de políticas, planos e programas.
Estes princípios e fundamentos embasam todo o Planejamento da Educação Especial, que faz parte do Planejamento da Educação Geral, já que são idênticos aos seus objetivos e finalidades.
LOCAL DOS SERVIÇOS DE EDUCAÇÃO ESPECIAL:
A educação especial deve ocorrer em todas as instituições escolares que ofereçam os níveis, etapas e modalidades da educação escolar previstos na LDBEN, de modo a propiciar o pleno desenvolvimento das potencialidades sensoriais, afetivas e intelectuais do aluno, mediante um projeto pedagógico que contemple, além das orientações comuns – cumprimento dos 200 dias letivos, horas aula, meios para recuperação e atendimento do aluno, avaliação e certificação, articulação com as famílias e a comunidade e um conjunto de outros elementos que permitam definir objetivos, conteúdos e procedimentos relativos à própria dinâmica escolar.
Assim sendo, a educação especial deve ocorrer nas:
Escolas Públicas e Privadas da rede regular de ensino.
Serviços Públicos ou Privados Especiais.
Hospitais.
Ambiente domiciliar.
MODALIDADES DE ATENDIMENTO:
O atendimento educacional especializado fundamenta-se, hoje, no modelo pedagógico, em substituição aos modelos clínicos. Enfatiza a investigação das possibilidades do aluno, visando ao desenvolvimento máximo de suas potencialidades.
Apoio pedagógico especializado:
 Atendimento educacional especializado, realizado preferencialmente na rede regular de ensino, ou, extraordinariamente, em centros especializados para viabilizar o acesso e permanência, com qualidade, dos alunos com necessidades educacionais especiais na escola. Constitui-se de atividades e recursos como: ensino e interpretação de Libras, sistema Braille, comunicação alternativa, tecnologias assistidas, educação física adaptada, enriquecimento e aprofundamento curricular, oficinas pedagógicas, entre outros. Pode ser feito com o professor itinerante.
Classe hospitalar:
Alternativa de atendimento educacional especializado, ministrado aos alunos com necessidades educacionais especiais temporárias ou permanentes, em razão de tratamento de saúde, que implique prolongada internação hospitalar e impossibilite-os de freqüentar a escola. 
Atendimento pedagógico domiciliar: 
Alternativa de atendimento educacional especializado, ministrado aos alunos com necessidades educacionais especiais temporárias ou permanentes, em razão de tratamento de saúde, que implique permanência prolongada em domicílio e impossibilite-os de freqüentar a escola.
Estimulação precoce: 
Atendimento educacional especializado a crianças com necessidades educacionais especiais do nascimento até os três anos de idade, caracterizado pelo emprego de estratégias de estimulação para o desenvolvimento físico, sensório-perceptivo, motor, sócio-afetivo, cognitivo e da linguagem.
ADAPTAÇÕES PEDAGÓGIAS:
A aprendizagem escolar está diretamente vinculada ao currículo, organizado para orientar, dentre outros, os diversos níveis de ensino e as ações docentes.
A concepção de currículo inclui desde os aspectos básicos que envolvem os fundamentos filosóficos e sociopolíticos da educação até os marcos teóricos e referenciais técnicos e tecnológicos que a concretizam na sala de aula. Relaciona princípios e operacionalização, teoria e prática, planejamento e ação.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO:
O projeto político pedagógico da escola de Educação Especial, como ponto de referência para definir a prática escolar, deve orientar a operacionalização do currículo, como um recurso para promover o desenvolvimento e a aprendizagem dos alunos, considerando-se os seguintes aspectos:
A atitude favorável da escola para diversificar e flexibilizar o processo de ensino-aprendizagem, de modo a atender às diferenças individuais dos alunos;
A identificação das necessidades educacionais para justificar a priorização de recursos e meios favoráveis à sua educação.
A adoção de currículos abertos e propostas curriculares diversificadas, em lugar de uma concepção uniforme e homogeneizadora de currículo.
A flexibilidade quanto à organização e ao funcionamento da escola, para atender à demanda diversificada dos alunos.
A possibilidade de incluir professores especializados, serviços de apoio e outros, não convencionais, para favorecer o processo educacional.
Nessas circunstâncias, as adaptações curriculares implicam a planificação pedagógica e a ações docentes fundamentadas em critérios que definem:
O que o aluno deve aprender.
Como e quando aprender.
Que formas de organização de ensino são mais eficientes para o processo de aprendizagem.
Como e quando avaliar o aluno.
Para que alunos com necessidades educacionais especiais possam participar integralmente em um ambiente rico de oportunidades educacionais com resultados favoráveis, alguns aspectos precisam ser considerados, destacando-se entre eles:
A preparação e a dedicação da equipe educacional e dos professores.
O apoio adequado e recursos especializados, quando forem necessários.
As adaptações curriculares e de acesso ao currículo.
ADAPTAÇÕES ARQUITETÔNICAS:
São adaptações necessárias para permitir a acessibilidade da pessoa com necessidades especiais a todas as áreas possíveis, garantido assim o seu direito de ir e vir.
A ATIVIDADE FÍSICA ADAPTADA:
Para muitos, aula de Educação Física é fonte de prazer e alegria sempre bem esperados dentro do período na escola. A partir dessa característica, a Educação Física pode contribuir com o processo de inclusão de crianças com necessidades especiais na escola regular. Seus conteúdos e objetivos próprios contribuem para o melhor desenvolvimento da criança nos aspectos motor, cognitivo, afetivo e social. Afinal, “desenvolver a motricidade não é apenas apresentar maior rendimento em determinadas habilidades (...); bem mais que isso, significa adquirir melhores recursos para se relacionar com o mundo dos objetos e das pessoas” 
As contribuições da Educação Física para aquisição do conhecimento e das habilidades requeridas no processo de alfabetização não formal, podem ser:
Ato Gráfico: desenvolvimento da coordenação olhos/mãos e tonicidade muscular.
Matemática: noções de pouco, muito, igual, grande, pequeno, longe, perto, contagem, marcação de pontos, figuras geométricas.
Ciências: conhecimento e funcionamento do corpo, seus limites e possibilidades, noção de higiene, condições climáticas.
Estudos Sociais: meio físico e periodicidade (dia e noite),meio social, tradições, lendas, direitos e deveres.
OS TIPOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA:
Educação Física Adaptada – Recreação e Lazer.
As atividades físicas possuem um caráter lúdico,são divertidas e contribuem para uma sensação de bem estar.
Educação Física Adaptada – Aprendizagem.
Tem por objetivo a estruturação do homem, através do conhecimento do seu corpo em movimento e suas relações (Psicomotricidade).
Educação Física Adaptada – Desporto.
Podem ajudar no desenvolvimento, na superação e na autonomia pessoais.
OBJETIVOS DA AULA DE EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA:
Integração consigo mesmo e conseqüente eliminação ou minimização de barreiras com o seu eu “próprio”.
Contato e confronto com outras pessoas, deficientes ou não.
Desenvolvimento de potencialidades.
Vivência de situações de sucesso.
Combate ao sedentarismo.
Melhora das condições orgânicas funcionais.
Aprimoramento das qualidades físicas.
Possibilidade de acesso à prática desportiva.
Adaptações dos movimentos de acordo com as limitações.
PLANO DE AULA:
Objetivos a serem alcançados.
Limitações impostas pela deficiência.
Atividades que proporcionam mais alegria, prazer e motivação.
Materiais adequados.
Nível de adequação do espaço físico à atividade.
UNIDADE IV
DEFICIÊNCIA FÍSICA:
É toda e qualquer alteração no corpo humano, resultado de um problema ortopédico, neurológico ou de má formação, levando o indivíduo a uma limitação ou dificuldade no desenvolvimento de alguma tarefa motora.
TIPOS DE DEFICIÊNCIA:
AMPUTAÇÃO:
É a retirada, parcial ou total, de um ou mais membros do corpo.
CLASSIFICAÇÃO:
Congênita:
A ausência de uma parte ou de todo o membro ao nascimento
Tumorosa:
Ocasionada pela remoção de parte de um membro ou do membro inteiro para interromper uma doença maligna.
Traumática:
Resultado de um acidente físico repentino que pode remover um membro, ou causar lesão que somente um procedimento cirúrgico possa remover.
Patológica:
Relacionadas aos problemas circulatórios.
FISIOPATOLOGIA APLICADA À AMPUTAÇÃO:
São indicados por traumas, doenças (câncer) e infecções.
A incidência anual de amputações de mmii é 10 vezes maior nos diabéticos.
Cerca de 50% destes pacientes amputados terão a outra perna amputada em aproximadamente 5 anos. 
Nas crianças as causas mais freqüentes das amputações são as más-formações congênitas, seguidas de infecção, trauma e neoplasias.
METODOLOGIA APLICADA À AMPUTAÇÃO:
Os indivíduos amputados não sofrem muitas restrições quanto à prática da atividade física e esporte, desde que estejam devidamente preparados psicologicamente para a realização destas atividades.
Melhoram as condições de controle da prótese, por diminuírem a atrofia muscular e aprimorarem a propriocepção.
Utilização de sistemas amortecedores e hidráulicos nos mmii facilitando as velocidades de movimento e os impactos nos saltos.
Sistemas de ajuste destes mecanismos, até mesmo computadorizado.
Exercícios de alongamento e fortalecimento localizados, com adaptação das cargas e da mecânica do movimento, evitando que a musculatura remanescente no coto atrofie.
As atividades aquáticas são recomendadas, pois não traumatizam o membro residual.
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVC):
Qualquer desordem que leve a uma obstrução ou rompimento de vasos sangüíneos que interrompam esse fluxo, privando o cérebro do suprimento sangüíneo necessário para manter a estrutura neural em funcionamento.
TIPOS DE AVC:
Isquêmico:
Interrupção do fluxo sangüíneo transitório, por no máximo 15 minutos, podendo não permanecer o déficit neurológico. 
Tumor, má-formação, trauma, trombo, aterosclerose.
Hemorrágico:
Interrupção do fluxo sanguíneo que resulta em uma ruptura de um dos vasos cerebrais. Produz déficit neurológico.
Hipertensão arterial, aneurisma.
FISIOPATOLOGIA APLICADA AO AVC:
Ocorre quando a estrutura neuronal não recebe um fluxo sangüíneo contínuo e constante de aproximadamente 72 litros de oxigênio e 150 gramas de glicose por 24 horas para o seu metabolismo.
Geralmente afeta a capacidade e o controle motor; sensação e percepção; comunicação, emoções e estado de consciência.
Pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas é mais freqüente nas pessoas acima dos 60 anos, sendo o AVC isquêmico entre 50-70 anos e o AVC hemorrágico entre 40-70 anos.
Nos homens com pressão arterial acima de 160/95mmHg possuem 4 vezes mais probabilidade de sofrer um AVC.
As mulheres que apresentam uma pressão arterial elevada, também correm os mesmo riscos.
A incidência no sexo masculino é 19% maior do que no sexo feminino.
O tabagismo é uma das maiores causas de AVC isquêmico, pois lesa diretamente as células de revestimento dos vasos sangüíneos, aumentando a possibilidade de formação de coágulos e da pressão arterial de forma aguda.
METODOLOGIA APLICADA AO AVC:
O quadro mais comum é a hemiplegia em graus variados.
Situações secundárias podem ocorrer: incontinência urinária e intestinal; perda parcial da memória; problemas psicológicos; depressão e instabilidade emocional; perda dos campos visuais; problemas perceptivos e proprioceptivos do lado afetado; distúrbios cardiovasculares; disfunção respiratória.
A participação em atividades físicas, quando possível, pode minimizar os sintomas secundários, como depressão, e estimular a recuperação e manutenção da atividade física.
Atividades físicas individualizadas podem ser mais indicadas no início, como natação, bocha adaptada, lançamentos e arremessos.
TRAUMATISMO CRÂNIO-ENCEFÁLICO (TCE):
Caracteriza-se por uma lesão traumática, acometendo o crânio e/ou encéfalo, podendo produzir diminuição ou alteração do estado de consciência e resulta em limitações do funcionamento motor, cognitivo, social, comportamental e emocional.
Geralmente ocorre como resultado de acidentes automotivos, esportivos, quedas, etc.
TIPOS DE TCE – FISIOPATOLOGIA APLICADA AO TCE:
Fechada:
Concussão cerebral:
Há abalo da massa cerebral. Causa alteração transitória da consciência e funções cerebrais específicas após o trauma. As seqüelas mais comuns são a hemiparesia, hemiplegia e paraparesia.
Contusão cerebral:
Manifesta-se com áreas de amolecimento cerebral e/ou hemorragias capilares, encontradas especialmente sobre as superfícies dos lóbulos frontal e temporal, resultantes do impacto do tecido nervoso contra a parede óssea. Possíveis seqüelas são a hemiplegia, monoplegia, distúrbios psíquicos e de memória.
Aberta:
Dilaceração cerebral:
Há perda da continuidade do tecido cerebral. Se há traumatismo aberto, há perda de substância cerebral. Pode-se evidenciar hemiplegia, paraplegia, tetraplegia e disfunções mentais (memória e personalidade).
METODOLOGIA APLICADA AO TCE:
Apresenta limitações motoras, falta de coordenação, de planejamento e de seqüência dos movimentos.
Espasticidade muscular.
Problemas de fala.
Convulsões.
Alterações perceptivas e sensoriais.
É a principal causa de morte e deficiência em adultos jovens com menos de 45 anos.
A maior taxa de incidência de lesão ocorre entre homens jovens com idade entre 15 e 24 anos.
TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR (LESÃO MEDULAR):
É caracterizado por um trauma na coluna vertebral, tumores ou más-formações, atingindo a medula espinhal.
É uma condição adquirida, resultante de uma lesão da vértebra e/ou dos nervos da coluna vertebral. Essa condição está quase sempre associada a algum grau de paralisia por causa dos danos à medula espinhal.
TIPOS DE LESÃO (NATUREZA):
Completa:
Quando não existe nenhuma função motora ou sensitiva abaixo do nível da lesão (PLEGIA).
Incompleta:
Quando existe alguma função residual, motora ou sensitiva abaixo do nível da lesão.
FISIOPATOLOGIA APLICADA À LESÃO MEDULAR:
Lesão traumática: fratura do corpo vertebral, não atingindo a medula, ocasionando poucas seqüelas.
Lesão traumática: medula atingida, a lesão é denominada neurológica, ocasionando comprometimento nas funções dos sistemas motor (movimento), sensorial (sensibilidade)e autônomo (batimentos cardíacos, pressão arterial, digestão, funções intestinais, urinárias e sexuais).
O grau de paralisia será determinado em função do local da lesão na coluna e do número de fibras que são subseqüentemente destruídas.
As lesões medulares causam danos em uma região em particular
O tamanho da lesão varia dependendo de sua causa e severidade.
A função é perdida tanto por causa da morte das células na região, como pela interrupção das fibras nervosas que carregam as informações aferentes e eferentes.
Podem apresentar espasticidade (tônus muscular elevado), acima de T6.
Podem apresentar espasmos ou respostas da musculatura flexora ou extensora, em resposta a mudanças de posição, a movimentos repentinos ou a estímulos externos.
Redução da ventilação pulmonar e surgimento de infecções respiratórias (pneumonia), até T12, em função do déficit da musculatura respiratória e abdominal.
Disfunção do sistema de regulação térmica (Termorregulação), coordenado pelo sistema nervoso autônomo.
Úlceras (escaras) de decúbito. Regiões necrosadas de pele e tecido subcutâneo, provocada por pressão prolongada.
Distúrbios no retorno venoso. A perda da contração muscular nos mmii dificulta em parte o retorno do sangue para o coração.
Osteoporose. A perda da contração muscular pode provocar uma perda de massa óssea progressiva, por dificuldade de absorção de cálcio.
METODOLOGIA APLICADA À LESÃO MEDULAR:
Imediatamente após uma lesão medular, as partes paralisadas estão em estado de “choque espinhal” e ficam soltas e flácidas devido ao rompimento dos nervos sensoriais e motores.
Mais tarde (dentro de alguns dias ou semanas), as pernas podem começar a ficar rígidas, especialmente quando o quadril ou as costas são endireitados. (Espasticidade).
As pernas podem começar a “saltar” (uma série rápida de contrações, chamadas de “espasmo clônico”) quando são movimentadas ou tocadas. (Espasticidade).
Em geral, a melhora substancial ocorre nos primeiros meses.
Se a lesão ocorrer acima da 2ª vértebra lombar, a espasticidade é muito provável.
Se a lesão estiver abaixo deste nível, a paralisia geralmente é flácida (sem espasmos musculares).
Analisar quais os músculos ainda em uso, qual a quantidade de forças desses músculos e o que pode ser feito por esses músculos, funcionalmente, em termos de movimentos e de habilidades motoras.
ESPINHA BÍFIDA:
É uma anomalia congênita, caracterizada por um defeito no desenvolvimento de um ou mais arcos neurais, através dos qual o conteúdo do canal espinhal pode projetar-se. Como resultado, fica uma área desprotegida, macia, que pode inchar através da pele em forma de uma bolsa escura (bolsa de nervos), que apresenta um revestimento (membrana) muito fino que pode soltar o líquido da medula espinhal e do cérebro. Não se conhece a sua causa.
TIPOS DE ESPINHA BÍFIDA:
Oculta:
Consiste em defeito no arco posterior da vértebra. Não há protusão da medula ou meninge. Geralmente é assintomática, mas pode estar associada a sintomas neurológicos, como desordens de micção.
Meningocele:
Consiste na falha do fechamento do arco posterior da vértebra com protusão das meninges. Pode ocorrer paralisia associada.
Mielomeningocele:
Consiste na falha do fechamento do arco posterior da vértebra com protusão da medula e tecido nervoso. Ë associada à paralisia motora e sensorial. É o tipo mais comum.
FISIOPATOLOGIA APLICADA À ESPINHA BÍFIDA:
Se não for feita uma cirurgia imediata para cobrir a bolsa de nervos, ela quase sempre fica infeccionada e a criança morre de meningite.
Fraqueza muscular e perda de sensibilidade, principalmente de mmii.
Pode haver deslocamento de quadril.
Pés invertidos e/ou evertidos.
Quando o defeito aparece em uma parte relativamente alta (L1 ou acima), podem ocorrer espasmos musculares (espasticidade) nas pernas e pés.
Controle precário da urina e do intestino.
De cada 5 crianças com espinha bífida, 4 desenvolvem hidrocefalia.
Lesão cerebral.
METODOLOGIA APLICADA Á ESPINHA BÍFIDA:
Perda da capacidade de sentir a posição do seu corpo, afetando o senso de equilíbrio. Devem-se desenvolver novas formas de sentir a posição do corpo e manter o equilíbrio.
Reeducação muscular. Todos os músculos funcionais têm de estar fortes e preparados para compensar os que não são funcionais, principalmente os da região do ombro, braço e estômago.
Controle de temperatura. Normalmente quando uma pessoa sente calor, ela começa a suar e os vasos sanguíneos sob a pele se dilatam. Este sistema automático de refrigeração é parcialmente perdido nas pessoas com lesão alta na medula espinhal. Por isso, quando faz calor elas podem ter febre alta e até mesmo morrer de insolação.
Disreflexia. Elevação repentina da pressão sangüínea com dor de cabeça latejante. As pessoas com tetraplegia ou com paraplegia muito alta correm os riscos de ter disreflexia que é a reação do corpo a alguma anormalidade que causa dor ou irritação, mas que a pessoa não sente devido à lesão medular.
POLIOMIELITE:
Doença aguda, provocada por um vírus (poliovírus). Este vírus ataca a substância cinzenta da medula, destruindo as células motoras. Ele geralmente se aloja no corno anterior da medula, deixando como seqüelas paralisia nas áreas motoras correspondentes, mas preservando a sensibilidade. Também é conhecida com Paralisia Infantil. É transmitida, geralmente, através do contato das fezes de uma criança contaminada, na boca de uma criança não contaminada.
TIPOS DE POLIOMIELITE:
Infecção Inaparente:
Não existem sintomas, o vírus se localiza na faringe, intestino e provavelmente no sangue. Observa-se um resfriado forte.
(CUIDADO): Se for aplicada uma injeção de qualquer medicamento em uma criança que está com o “resfriado” provocado pelo vírus da poliomielite, a irritação provocada pela injeção pode resultar em paralisia, pois os as mensagens dos músculos irritados viajam através dos nervos até a medula espinhal e provocam mudanças que permitem que o vírus da poliomielite produza paralisia.
Doença Branda:
Infecção sem evidências clínicas. Observa-se desconforto faríngeo, distúrbios gastrointestinais, náusea, vômito e gripe.
Não Paralítica:
Consiste de sinais de irritação do líquor, rigidez na nuca e nas costas e partes do corpo ficam flácidas. A evolução desta forma é benigna, se revertida antes de 7 meses a partir do seu surgimento.
Paralítica:
Apresenta todos os sintomas acima citados, além de acometimento das células nervosas motoras na medula, cérebro, com paralisia em vários músculos.
FISIOPATOLOGIA APLICADA A POLIOMIELITE:
Existem 3 tipos de vírus:
Tipo 1: denominado MAHONEY (forma paralítica).
Tipo 2: denominado LASING.
Tipo 3: denominado LEON.
Fraqueza muscular.
A paralisia pode afetar qualquer músculo do corpo, mas é mais comum nas pernas.
A paralisia é do tipo “flácido” (sem rigidez), podendo deixar os músculos parcialmente debilitados, e outros moles e flácidos.
Com o passar do tempo, o membro atingido pode ficar deformado devido ao encurtamento ou contratura de certos músculos.
Os músculos e ossos do membro afetado tornam-se mais finos.
Os reflexos nos joelhos e tendões ficam reduzidos ou desaparecem.
A paralisia não piora, mas podem ocorrer problemas secundários, tais como contraturas, desvios posturais na coluna e deslocamentos.
METODOLOGIA APLICADA À POLIOMIELITE:
Podem-se trabalhar as potencialidades através dos exercícios, com o objetivo de quebrar as tensões, permitindo assim uma exploração e o manuseio do seu esquema corporal, melhorando o sedentarismo e as seqüelas secundárias.
Formas de atividades:
Psicomotricidade.
Musculação.
Basquetebol, atletismo, voleibol e natação (principalmente).
PARALISIA CEREBRAL:
É um grupo de sintomas incapacitantes permanentes, resultantes de dano às áreas do cérebro responsáveis pelo controle motor. É um problema não progressivo que podeter origem antes, durante ou logo após o nascimento e se manifesta na perda ou no comprometimento do controle sobre a musculatura voluntária.
CAUSAS OU ORIGENS:
As causas da paralisia cerebral são inúmeras e muitas vezes desconhecidas. É aceito hoje, que os agentes agressores ao sistema nervoso podem ocorrer em diferentes períodos, sendo eles, pré, peri e pós-natal.
PRÉ-NATAL: São as que ocorrem, desde a concepção até o início do trabalho de parto. A incidência chega a 42% entre crianças a termo e a 29% entre as pré-termo.
Anemia na gestante.
Hemorragia durante a gravidez.
Eclampsia.
Hipotensão.
Desprendimento prematuro da placenta.
Má posição do cordão umbilical.
Cardiopatias congênitas graves.
Infecções graves (rubéola, toxoplasmose, etc.).
Transtornos tóxicos.
PERINATAL: É o período que se estende do momento do parto até o nascimento. As intercorrências durante o parto dependem das condições maternas, das condições do feto e do ato obstétrico, ou seja, do parto em si ou de medicamentos ou manobras empregadas em seu transcurso.
Hemorragias intracranianas.
Anóxia.
Idade materna.
Parto prolongado.
Traumatismos durante o parto.
PÓS-NATAL: É o período após o nascimento até o surgimento da paralisia cerebral, durante a fase de maturação do SNC.
Traumatismos.
AVC.
Tumores.
Infecções.
Convulsões.
FISIOPATOLOGIA APLICADA A PARALISIA CEREBRAL:
CLÍNICA:
ESPASTICIDADE:
É o tipo mais comum da paralisia cerebral, estando a sua incidência em torno de 75%. É causada pelo dão às áreas do cérebro e se caracteriza pelo aumento do tônus muscular (hipertonicidade) principalmente dos flexores e rotadores internos, que pode levar a contraturas permanentes e deformidades ósseas.
ATETOSE:
É o segundo tipo de paralisia cerebral mais comum. Ocorre um sobrefluxo de impulsos motores para os músculos, devido ao dano nos gânglios basais. Movimentos lentos, contorcidos, involuntários e sem coordenação são as características deste tipo de paralisia cerebral. 
ATAXIA:
É um tipo clínico raro. Trata-se de uma incoordenação dos movimentos que normalmente controla o equilíbrio e a coordenação muscular. Os músculos apresentam graus anormais de hipotonicidade.
TOPOGRAFIA:
MONOPLEGIA
Acometimento de um único membro.
HEMIPLEGIA
Acometimento de um hemicorpo, apenas de um lado do corpo.
PARAPLEGIA
Acometimento do tronco e mmii.
DIPLEGIA:
Acometimento de mmii mais do que os mmss.
QUADRIPLEGIA:
Acometimento dos quatro membros de forma semelhante.
DUPLA HEMIPLEGIA:
Acometimento dos quatro membros, sendo um hemicorpo mais afetado.
SEVERIDADE:
LEVE:
Paresia.
MODERADA:
Paresia / Plegia.
GRAVE:
Plegia.
NEUROANATÔMICA:
PIRAMIDAL: Lesão nas fibras eferentes que vão do córtex aos membros. Resulta em paralisia espástica. ESPASTICIDADE.
EXTRAPIRAMIDAL: Lesão de outra área que não a das fibras eferentes. Geralmente assume-se que ocorre nos gânglios da base. Resulta em movimentos discinéticos. ATETOSE
CEREBELAR: Lesão no cerebelo. Chamado de “pequeno cérebro”, sua função é coordenar os movimentos, dar sensação de posição no espaço e manter o equilíbrio. ATAXIA.
METODOLOGIA APLCADA À PARALISIA CEREBRAL:
Experiências de movimento (neuroplasticidade).
Aptidão física e o desempenho podem ser limitados pelos espasmos musculares, movimentos atetóides, rigidez, falta de coordenação, tremores e pelas alterações do tônus muscular.
50% dos PC têm espasmos que podem levar a limitação na força e resistência muscular.
25% têm atetose, que causa dificuldades na execução de habilidades motoras finas e, por outro lado, afeta menos a força e a resistência muscular.
O desempenho no trabalho submáximo é seriamente afetado, pois parte do consumo de oxigênio é gasto nos espasmos e nos movimentos atetóides.
Em função dos espasmos musculares e do movimento atetóide, os níveis de freqüência cardíaca são altos, dando a impressão de limitação da potência aeróbia, quando feita a predição segundo esses parâmetros.
As medidas da potência aeróbia de pico e máxima são de 10 a 30% dos padrões normais.
UNIDADE V
DEFICIÊNCIA SENSORIAL:
É a perda parcial ou total dos mecanismos proprioperceptivos, incluindo a deficiência visual e auditiva.
DEFICIÊNCIA AUDITIVA:
Perda parcial ou total, congênita ou adquirida da capacidade de compreender a fala por intermédio do ouvido.
CAUSAS OU ORIGENS:
Lesão.
Alergias.
Drogas.
Exposição contínua à música alta.
Infecções.
FISIOPATOLOGIA APLICADA À DEFICIÊNCIA AUDITIVA:
CONDUTIVA:
O som é percebido corretamente para o ouvido interno, podendo ser corrigido por intervenção médica ou cirúrgica. (som baixo).
SENSONEURAL:
Dano neurológico, sendo mais grave que a perda condutiva e tem maior probabilidade de se tornar permanente. (distorção).
MISTA:
Combinação da perda condutiva e sensoneural.
GRAUS DE PERDA AUDITIVA:
LIGEIRA: limiar auditivo de 27 a 40 dB (fala baixa).
LEVE: limiar auditivo de 41 a 55 dB (fala normal).
MODERADA: limiar auditivo de 56 a 70 dB (fala alta).
SEVERA: limiar auditivo de 71 a 90 dB (fala gritada).
PROFUNDA: limiar auditivo superior a 90 dB (uso de sinais).
METODOLOGIA APLICADA À DEFICIÊNCIA AUDITIVA:
Não existem restrições à atividade física, porém devemos observar:
Manter contato visual durante toda a conversa.
Usar papel e caneta para ajudar na comunicação, quando necessário.
Sinalizar que entendeu apenas quando tiver compreendido de verdade.
LIBRAS.
DEFICIÊNCIA VISUAL:
Comprometimento da visão, incluindo a cegueira, que, mesmo, quando corrigido, prejudica o desempenho educacional do indivíduo. A definição do grupamento de deficientes visuais, cegos e portadores de visão subnormal, se dão por duas escalas oftalmológicas: acuidade visual (o que se enxerga a determinada distância) e o campo visual (a amplitude da área alcançada pela visão).
CAUSAS OU ORIGENS:
PRÉ-NATAL:
Fatores genéticos.
Infecções (rubéola, toxoplasmose, etc.).
Desnutrição da gestante.
Uso de tóxicos pela gestante.
PERINATAL:
Excessiva concentração de oxigênio na incubadora.
Conjuntivite purulenta causada por gonococos.
Anóxia.
PÓS-NATAL:
Tumor maligno.
Deficiência de vitamina do grupo A.
Traumatismos causados por objetos cortantes e/ou pontiagudos.
Golpes na cabeça ou na face.
Lesões causadas por substâncias cáusticas.
Infecções intra-oculares.
Pressão intra-ocular aumentada (glaucoma).
Diabetes.
FISIOPATOLOGIA APLICADA À DEFICIÊNCIA VISUAL:
CATARATA GONGÊNITA:
Opacificação do cristalino.
GLAUCOMA:
Aumento da pressão interna do olho causado por um bloqueio ao fluido no interior do olho, gerando, ao longo do tempo, dano ao nervo óptico.
DESLOCAMENTO DE RETINA:
Perda da visão em função da criação de uma cortina acinzentada que se move no campo de visão, sendo geralmente acompanhada por faíscas ou pontos de luz.
CEGUEIRA: Não significa total incapacidade para ver, mais sim, prejuízo dessa aptidão em níveis incapacitantes para o exercício de tarefas motoras.
PARCIAL: Nesta categoria estão os indivíduos apenas capazes de contar os dedos a curta distância e os que só percebem vultos, ou seja, indivíduos que só tem percepção e projeção luminosa.
TOTAL: também conhecida como AMAUROSE, pressupõe completa perda de visão. A visão é nula, isto é, nem a percepção luminosa está presente.
VISÃO SUBNORMAL: Aquele que possui acuidade visual de 20/200 e/ou campo visual de 20° a 50°. Permite ler textos impressos em tinta (ampliados), desde que empreguem recursos didáticos e equipamentos especiais para a educação. Excluem-se as deficiências visuais corrigidas pelo uso de lentes.
METODOLOGIA APLICADA À DEFICIÊNCIA VISUAL:
Não existem restrições à atividade física, porém devemos observar:
Conceituação e mapa mental.
Pistas ambientais.
Verbalização.
Reconhecimentodo aluno pelo nome.
Condutas e atitudes.
Desenvolver:
Imagem corporal.
Lateralidade.
Equilíbrio.
Orientação espaço temporal.
Ritmo.
Relaxamento.
Flexibilidade.
Percepção cinestésica.
UNIDADE VI
DEFICIÊNCIA MENTAL:
Caracteriza-se por registrar um funcionamento intelectual geral significativamente abaixo da média, associado a duas ou mais áreas de conduta adaptativa, nos aspectos de comunicação, cuidados pessoais, desempenho escolar, lazer e trabalho.
CAUSAS OU ORIGENS:
PRÉ-NATAL:
Fatores genéticos.
Uso de tóxicos e drogas pela gestante.
Radiações.
Desnutrição da gestante.
Incompatibilidade sangüínea materno-fetal.
Diabetes.
PERINATAL:
Prematuridade.
Complicações no trabalho de parto e/ou durante o mesmo.
Anóxia.
Icterícia grave.
Infecções.
PÓS-NATAL:
Desnutrição e falta de estimulação ambiental.
Infecções (sarampo, meningoencefalite, etc.)
Influências psicogênicas (privação sócio-afetiva-cultural).
Intoxicação Endógena (envenenamento por remédios, etc.).
Acidentes por asfixia, quedas, afogamento, maus tratos, etc.
FISIOPATOLOGIA APLICADA À DEFICIÊNCIA MENTAL:
Síndrome de Down.
Acidente genético que ocorre durante a divisão celular (mitose), onde há um par de cromossomos a mais (par 21). Também é conhecida como Trissomia 21.
Epilepsia.
Distúrbio de cérebro, que provoca vários tipos de crises, repetidas ou não e que podem se manifestar de diversas formas.
Crise convulsiva: o indivíduo pode cair no chão, apresentar contrações musculares em todo o corpo (espasticidade), mordedura de língua, salivação intensa, respiração ofegante, e em algumas vezes pode ficar cianótica e até se urinar.
Crise de ausência: O olhar fica fixo, perdendo contato com o meio por segundos. Como costuma ser muito rápida os professores e familiares muitas vezes não percebem. Em alguns casos pode até preceder uma crise convulsiva.
Crise de estado de alerta: O indivíduo perde o controle de seus atos, fazendo movimentos automaticamente (involuntários), e quem não conhecer muito bem o seu aluno, não irá identificar facilmente. A fala fica incompreensível, anda sem direção e com olhar parado. Na maioria dos casos a pessoa não se recorda de nada quando a crise acaba, sendo também conhecida, como crise parcial complexa.
Instabilidade Atlanto-Axial.
É uma anomalia que pode acometer o indivíduo com Síndrome de Down. A instabilidade é o aumento da distância entre duas vértebras (C1 e C2), que deve ter uma distância entre 1 a 4 mm, para ser considerada normal. Caso a distância seja igual ou superior a 5 mm, deve-se ter cuidados nos movimentos afim de proteger a coluna vertebral. Os sintomas mais conhecidos são: torcicolos freqüentes, postura anormal da cabeça, dor no local e deterioração motora progressiva. Contudo estes sintomas nem sempre se apresentam no indivíduo com a instabilidade.
Hidrocefalia.
É o resultado do acúmulo anormal e excessivo do líquor (líquido cefalorraquiano), produzido nas cavidades, ou ventrículos, no interior do cérebro, causando um aumento da pressão intracraniana. Quando não é diagnosticada precocemente, pode causar um aumento do perímetro cefálico em poucos dias (macrocefalia), alteração ocular, e crianças podem ter maior dificuldade de fixar e sustentar a cabeça. Pode provocar um atraso no desenvolvimento motor, em função do tamanho e peso da cabeça, prejudicando o equilíbrio.
NÍVEIS DE COMPROMETIMENTO:
LEVE (QI entre 55 a 70): educabilidade é a característica principal desse grupo, que tem aprendizagem lenta, capacidade de dominar habilidades escolares e sociais, e muita capacidade de freqüentar escola comum em classes de adaptação e mesmo em classes regulares.
MODERADO (QI entre 35 a 55): com atraso perceptível no desenvolvimento, motor, mental, social e da linguagem, podem desenvolver habilidades básicas em termos de cuidados especiais e comunicação assim como em conteúdos acadêmicos de nível elementar, podendo também realizar tarefas simples de trabalho produtivo.
SEVERO (QI entre 20 a 35): atraso significativo em todas as áreas de desenvolvimento, necessitando de treinamento sistemático para aquisição das habilidades básicas referentes a cuidados pessoais, comunicação e independência e sendo dependentes em situações sociais e econômicas.
PROFUNDO (QI abaixo de 20): atraso intenso em todas as áreas do desenvolvimento, apresentando capacidades restritas de aprendizagem de habilidades básicas, podendo adquirir, de maneira limitada, hábitos de cuidados pessoais, não conseguem atingir padrões de independência, necessitando de cuidados permanentes. 
COMPROMETIMENTOS ASSOCIADOS:
ASPECTOS EDUCACIONAIS:
Vocabulário limitado.
Aprendizagem lenta.
Dislexia, disgrafias e discalculias.
Dificuldades de compreensão.
Desatenção.
Memória limitada e com desorganizações espaço-temporais.
Limitações na aprendizagem espontânea.
Limitação na atenção dirigida.
Dificuldades em relacionar conceitos ligados a números, formas, tamanhos, cores entre outros. 
ASPECTOS COMPORTAMENTAIS:
Tendência à auto-desvalorização.
Tendência à frustração.
Tendência à agressividade.
Teimosia.
Automatismo.
Sugestionabilidade.
Percepção deficiente quando relacionada à censura.
ASPECTOS PSICOMOTORES:
Debilidade, instabilidade, inibição e inadaptação de movimentos.
Hiperatividade.
Descoordenação visomotora, bilateral, global.
Descoordenação apendicular.
Desorganização de lateralidade e de direção.
Desorganização da imagem corporal.
Distúrbios de consciência corporal.
Desorganização no ritmo de movimentos.
ASPECTOS ORGÂNICOS:
Distúrbios no controle dos esfíncteres.
Distúrbios cardiorespiratórios.
Desorganização ventilatória.
ASPECTOS FÍSICOS:
Dobra de pele cobrindo o canto interno da pálpebra.
Manchas brancas na íris do olho, geralmente desaparecem por volta dos 12 meses de idade.
Olhos oblíquos virados para cima, às vezes míopes ou com visão fraca.
Orelhas baixas e pequenas.
Boca pequena, sempre aberta e língua protusa.
Mãos largas e curtas e dedos curtos. O dedo mínimo pode estar curvado ou ter somente uma dobra.
Cabeça curta ou pequena, larga e achatada na nuca.
Rosto achatado.
Nariz pequeno.
Pescoço curto.
Ombros arredondados.
Braços e pernas curtas.
Pés torcidos para dentro e achatados.
METODOLOGIA APLICADA À DEFICIÊNCIA MENTAL:
No caso de apresentar epilepsia tomar os devidos cuidados quando a crise epilética acontecer.
No caso de apresentar a instabilidade atlanto-axial tomar cuidado com atividades que possam gerar hiperextensão, flexão radical e/ou pressão direta sobre o pescoço ou parte superior da coluna.
No caso de apresentar hidrocefalia, devem-se evitar choques e/ou pancadas na cabeça, rolamentos para frente e para trás, assim como atividades que possam provocar uma pressão na cabeça.
Atividades fechadas que envolvam:
Construção da imagem corporal.
Identificar partes do corpo, consciência da imagem corporal e suas possibilidades.
Organização no plano motor.
Relação com o meio, objetos e pessoas, equilíbrio, coordenação, lateralidade, dominância.
Expressão e linguagem corporal.
Expressar através do corpo, desenvolvimento das potencialidades criativas (dança, desenho, teatro, música, etc.), apresentar um comportamento social, através das relações interpessoais.
Relaxamento.
Atividade cardiorespiratória, volta à calma.
Evitar muitas informações ao mesmo tempo.
Cada dia de aula deve iniciar e terminar com atividades que se relacionam com seus potenciais.
Preste atenção se ele está identificando os estímulos que lhe são oferecidos.
Alcançar a atenção seletiva.
Utilizar ao máximo de atitudes naturais e concretas para depois estimular as atividades abstratas.
Explique e demonstre.
UNIDADE VII
AVALIAÇÃO PARA A PESSOA PORTADORA DE DEFICIÊNCIA:
Os resultados da avaliação servirão como referenciaispara a tomada de decisões de natureza pedagógica. Após o dimensionamento das verdadeiras necessidades dos alunos e do conhecimento das variáveis que dificultam ou facilitam sua aprendizagem, deve-se planejar o atendimento especializado, não necessariamente em classes especiais. Ressalta-se que, em se tratando do processo ensino-aprendizagem, a avaliação não pode ficar restrita ao aluno. Deve incluir o contexto, o professor, a metodologia adotada, o ambiente familiar e o da escola. A metodologia e os procedimentos de avaliação seguem os mesmos critérios utilizados em avaliações comuns.
OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO:
Utilizar os dados em programas de atividades físicas.
Identificar os pontos fortes e fracos.
Determinar uma avaliação mais profunda.
Guiar o desenvolvimento das metas do programa.
Ajudar a determinar a eficiência do programa.
Sugerir estratégias que irão ser eficientes com certos estilos e comportamentos de aprendizagem.
Identificar aqueles que desejam participar em esportes.
TIPOS DE AVALIAÇÃO:
DIAGNÓSTICA:
É um processo abrangente que identifica pontos fortes e fracos, a fim de determinar o posicionamento e a intervenção apropriados.
FORMATIVA:
São aquelas que ocorrem enquanto habilidades, conhecimentos e/ou atitudes estão sendo formadas, e não ao final do programa.
SOMATIVA:
São aquelas conduzidas ao término de um programa identificado.
HIERARQUIA DOS TESTES:
NÍVEL BÁSICO FUNCIONAL (desenvolvimento motor básico):
Testes de reflexo.
Testes sensórios.
Testes perceptivo-motor.
NÍVEL INTERMEDIÁRIO FUNCIONAL (desenvolvimento físico):
Testes antropométricos.
Testes de aptidão cardiorespiratória
Testes de força funcional.
NÍVEL AVANÇADO FUNCIONAL (desenvolvimento motor avançado):
Testes de habilidade motora específica.
UNIDADE VIII
DEFICIÊNCIA E O DESPORTO ADAPTADO:
ORIGEM DO DESPORTO ADAPTADO:
Desde 1888, em Berlim, Alemanha, notícias de existência de clubes para pessoas surdas.
Em 1922, foi fundada a Organização Mundial de Esportes para Surdos – CISS.
Em 1945, após o término da II Guerra Mundial, o Dr. Ludwig Guttmann, cria no Centro Nacional de Lesionado Medular de Stoke Mandeville, na Inglaterra, atividades esportivas como forma de reabilitação médica para os ex-combatentes.
Em 1948, no dia 28 de julho, foi realizada a primeira competição internacional para atletas deficientes, na cidade de Stoke Mandeville, na mesma data do início das olimpíadas de Londres.
Em 1952, foi fundado o Comitê Internacional de Stoke Mandeville, vindo a ser tornar posteriormente em Federação Internacional de Esporte em Cadeira de Rodas de Stoke Mandeville. (ISMWSF)
Em 1960, ocorreram os I Jogos Paraolímpicos, na cidade de Roma, com 400 atletas.
Em 1964, foi criada a Organização Internacional de Esporte para Deficientes (ISOD), responsável por atletas de outras deficiências.
Em 1976, a ISOD inclui nos Jogos Paraolímpicos de Toronto, provas para atletas cegos e amputados.
Em 1978, foi fundada a CP-ISRA.
Em 1980, foi fundada a IBSA.
A ISOD ficou responsável por atletas amputados.
Em 1980, nos Jogos Paraolímpicos Amhem, foi incluída a participação de atletas com paralisia cerebral.
Em 1982, foi criada o Comitê Internacional Coordenador dos Esportes para Deficientes no Mundo. (ICC).
Faziam parte do ICC: ISMWSF, ISOD, CP-ISRA e IBSA.
Em 1986, juntam-se ao ICC a Federação Internacional de Esportes para Deficientes Mentais (INAS-FID) e o Comitê Internacional de Esportes para Surdos (CISS).
Em 1989, foi fundado o Comitê Paraolímpico Internacional. (IPC)
A partir de 2001, o IPC e o IOC assinam acordo para realização conjunta dos Jogos Olímpicos e dos Jogos Paraolímpicos.
Em 2004, ISMWSF e o ISOD se juntaram, formando a Associação Internacional de Esporte em Cadeira de Rodas e Amputados. (IWAS)
São membros do IPC: IWAS, CP-ISRA, IBSA, INAS-FID e mais 160 Comitês Paraolímpicos Nacionais.
ORIGEM DO DESPORTO ADAPTADO NO BRASIL:
Em 1958, foi criado no Rio de Janeiro o Clube do Otimismo por Robson de Almeida Sampaio e o Clube dos Paraplégicos de São Paulo por Sérgio Delgrande.
Em 1959 foi realizada a primeira competição de atletas portadores de deficiência em nosso país, um jogo de basquetebol em cadeiras de roda entre as equipes do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Com o tempo outras modalidades foram incorporadas, surgindo a necessidade da criação de uma entidade que organizasse o paradesporto nacional.
Em 1975, foi fundada a ANDE (Associação Nacional de Desporto para Deficientes).
Em 1977, foi realizado os Jogos Para-panamericanos, no Rio de Janeiro.
A partir de então a ANDE se torna a entidade nacional responsável por todas as áreas de deficiência.
Em 1984, foram fundadas a ABRADECAR e a ABDC.
Em 1989, foi criada a ABDEM.
Em 1990, foi criada a ABDA.
Em 1995, foi criado o Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB).
Em 1996, foi realizado o I Jogos Brasileiros Paradesportivos.
Em 2001, foi sancionada a Lei 10.264/01 (Lei Agnelo-Piva), que estabelece 2% da arrecadação bruta das loterias federais ao COB e ao CPB.
Deste montante 15% dos recursos são destinados ao CPB e devem ser investidos na formação, preparação técnica, manutenção e locomoção dos atletas nos locais de competição.
Isto gera uma receita fixa de aproximadamente R$ 10 milhões.
MODALIDADES PARAOLÍMPICAS:
Arco e Flecha. Esqui Alpino.
Esqui Nórdico. Basquetebol (DM & CR).
Ciclismo. Atletismo.
Bowls. Futebol de 5
Equitação. Goalball
Futebol de 7. Halterofilismo
Judô. Natação
Iatismo. Voleibol
Tênis de Mesa. Dança (CR)
Esgrima. Rugby (CR)
Tênis (CR). Hockey Sobre o Gelo.
A IMPORTÂNCIA DO DESPORTO PARA O PORTADOR DE DEFICIÊNCIA:
Aspecto motor.
Aspecto cognitivo.
Aspecto social.
A CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DESPORTIVA E SUA IMPORTÂNCIA:
O propósito da classificação funcional é capacitar todos os atletas a competirem no máximo de igualdade de condições. O objetivo da classificação é garantir que o sucesso do atleta seja atingido pelo seu treinamento, nível de habilidade, talento e experiência competitiva ao invés das suas condições patológicas.
O PROPÓSITO DA CLASSIFICAÇÃO:
Permitir uma competição justa e equilibrada.
Dar a cada atleta uma oportunidade igual de competir a nível internacional.
Medir somente limitações funcionais causadas pela deficiência.
Ser tão simples quanto possível para que possa ser usada de modo consistente em todos os países participantes.
Ser específica para cada esporte.
SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL:
Cada organização internacional determina as linhas gerais para a classificação dos seus atletas, juntamente com o IPC (International Paralympic Committee).
Os atletas são classificados mais de uma vez (nacional e internacional).
Cada combinação de letra e número descreve a deficiência ou a classe funcional.
Existe um sistema de protesto que pode ser usado tanto por um atleta ou por um representante de alguma organização nacional.
A classificação, na maioria dos esportes, consiste de dois testes. Teste médico e teste específico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAGATINI, Wilson. Educação Física para Deficientes. Porto Alegre, Sagra, 1987.
CARMO, Apolônio A. do. Deficiência Física: a sociedade brasileira cria, recupera e discrimina. Brasília, Secretaria dos Desportos, 1991.
ROSADAS, S. C. Atividades Físicas Adaptadas e Jogos Esportivos para Deficientes. Eu Posso Vocês Duvidam? Rio de Janeiro, Atheneu, 1988.
ROSADAS, S. C. Educação Física e Prática Pedagógica: portadores de deficiência mental. Vitória, UFES, 1994.PEDRINELLI, V. J. et all. Educação Física e Esporte para Pessoas Portadoras de Deficiência. Brasília, SESI/SEDES/MEC, 1994.
SHERRILL, C. Adapted Physical Activity, Recreation and Sport, Crossdisciplinary and Lifespan. 5th edition, MacGraw-Hill, USA, 1998.
SALTER, Robert B. Distúrbios e Lesões do Sistema Musculoesquelético. 3ª edição, Rio de Janeiro, MEDSI, 2001.
SOBAMA (Sociedade Brasileira de Atividade Motora Adaptada). Temas em Educação Física Adaptada. Curitiba, Imprensa Universitária da UFPR, 2001.
WINNICK, Joseph P. Educação Física e Esportes Adaptados. São Paulo, Manole, 2004.
OUTRAS
OSTOMIZADOS
QUEIMADOS
AIDS
IDOSOS
DEFICIÊNCIA CARDÍACA
DEFICIÊNCIAS PULMONARES
SÍNDROMES CEREBELARES
SÍNDROME EXTRA-PIRAMIDAL
OUTRAS
LESÃO MEDULAR
CÂNCER
SÍNDROMES PIRAMIDAIS
AMPUTADOS
DEFICIÊNCIA RESTRITIVA
DEFICIÊNCIA NEUROLÓGICA
DEFICIÊNCIA ORTOPÉDICA
DEFICIÊNCIA FÍSICA

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