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Políticas Afirmativas - Trabalho

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UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
CURSO DE GRADUAÇÃO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
2013.1
GUILHERME CUNHA LEMOS 2011121092
LUIZ HENRIQUE FERREIRA OLIVEIRA JUNIOR 2011200245
PRISCILA NASCIMENTO DE FIGUEIREDO 2011110404
RODRIGO DA SILVA GOMES 2011180058
POLÍTICAS AFIRMATIVAS
Políticas Públicas em Educação
Prof.ª Stella Rocha
Rio de Janeiro, Junho de 2013.
Políticas Afirmativas (Ações Afirmativas)
Ações afirmativas são políticas focais que alocam recursos em benefício de pessoas pertencentes a grupos discriminados e vitimados pela exclusão socioeconômica no passado ou no presente. Trata-se de medidas que têm como objetivo combater discriminações étnicas, raciais, religiosas, de gênero ou de casta, aumentando a participação de minorias no processo político, no acesso à educação, saúde, emprego, bens materiais, redes de proteção social e/ou no reconhecimento cultural.
Entre as medidas que podemos classificar como ações afirmativas podemos mencionar: incremento da contratação e promoção de membros de grupos discriminados no emprego e na educação por via de metas, cotas, bônus ou fundos de estímulo; bolsas de estudo; empréstimos e preferência em contratos públicos; determinação de metas ou cotas mínimas de participação na mídia, na política e outros âmbitos; reparações financeiras; distribuição de terras e habitação; medidas de proteção a estilos de vida ameaçados; e políticas de valorização identitária.
Sob essa rubrica podemos, portanto, incluir medidas que englobam tanto a promoção da igualdade material e de direitos básicos de cidadania como também formas de valorização étnica e cultural. Esses procedimentos podem ser de iniciativa e âmbito de aplicação pública ou privada, e adotada de forma voluntária e descentralizada ou por determinação legal.
Conceito de Minoria
O primeiro esforço foi desenvolvido pela Subcomissão para Prevenção da Discriminação e Proteção das Minorias, quando, em 1950, sugeria:
I – o termo minoria inclui, dentro do conjunto da população, apenas aqueles grupos não dominantes, que possuem e desejam preservar tradições ou características étnicas, religiosas ou linguísticas estáveis, marcadamente distintas daquelas do resto da população;
II – tais minorias devem propriamente incluir um número de pessoas suficiente em si mesmo para preservar tais tradições e características;
III – tais minorias devem ser leais ao Estado dos quais sejam nacionais;
	Aparecem na definição aspectos relevantes: grupos não dominantes (que podem ser em maior ou menos número que os integrantes dos grupos dominantes, que exercem o poder, na sociedade); com características distintas da sociedade envolvendo, sendo estas étnicas, linguísticas ou religiosas; permanência como grupos distintos, preservando suas características distintivas. Mas surge, ao final, conceito político: devem ser leais ao Estado, do qual sejam nacionais. Ou seja, não há aceitação de quem não seja nacional. Mais. Não é reconhecimento ao direito de secessão.
	Esse conceito sofreu várias alterações, mas por fim, em 1985 Jules Deschênes, canadense, ofereceu à Subcomissão das Minorias uma outra definição, a partir dos estudos anteriores. Segundo ele, uma minoria é formada por um grupo de cidadãos de um Estado, constituindo minoria numérica e em posição não dominante no Estado, dotada de características étnicas, religiosas ou linguísticas que diferenciam daquelas da maioria da população, tendo um senso de solidariedade um para com o outro, motivado, senão apenas implicitamente, por uma vontade coletiva de sobreviver e cujo objetivo é conquistar igualdade com a maioria, nos fatos e na lei.
	Os conceitos trabalhados tanto pela Corte Permanente Internacional de Justiça, quanto pelos especialistas da ONU, Capotorti e Deschênes, assemelham-se aos formalizados por antropólogos, exceto quanto ao componente político introduzido naqueles primeiros.
Os antropólogos Wagley e Harris resumem como sendo 5 as características de minorias:
São segmentos subordinados de sociedades estatais complexas;
As minorias têm traços físicos ou culturais especiais que são tomadas em pouca consideração pelo segmento dominante da sociedade;
As minorias são unidade autoconscientes ligadas pelos trações especiais que seus membros partilham e pelas restrições que os mesmos produzem;
A qualidade de membro de uma minoria é transmitida pela regra de descendência a qual é capaz afiliar gerações sucessivas mesmo na ausência de prontamente aparentes traços físicos ou culturais;
Os povos minoritários, por escolha ou necessidade, tendem a casar dentro do grupo.
Segundo Norbert Rouland “não existem minorias propriamente ditas, elas apenas se definem estruturalmente. São grupos postos em situação minoritária pelas relações de força e de direito, que os submetem a outros grupos no seio de uma sociedade global cujos interesses estão ao cargo de um Estado que opera a discriminação, quer por meio de estatutos jurídicos, quer graças aos princípios de igualdade cívica”.
Quais grupos podem ser considerados minorias no Brasil?
Grupos étnicos (afrodescendentes, indígenas entre outros)
Alguns segmentos religiosos (tais como espíritas, hindus, islãs entre outros)
Deficientes Físicos (sem distinção de deficiência)
Homossexuais (dentro desta classe incorpora-se o que se chama que grupo LGBT – Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transgêneros)
Entre outros
Homossexualidade
Carta a uma mãe americana
9 de Abril de 1935
A homossexualidade não constitui por certo nenhuma vantagem, mas não é nada de que se deva ter vergonha, não é nenhum vício nem degradação, não podendo ser classificada como doença; consideramo-la uma variação das funções sexuais produzidas por certa parada no desenvolvimento sexual (Freud, 1951, p. 789).
Introdução
Há mais de duas décadas, o relacionamento sexual entre pessoas do mesmo sexo não é mais, por si só, considerado doença pela Associação Psiquiátrica Americana. O comportamento homossexual e o heterossexual são referidos cada vez mais como polos opostos de um abrangente espectro da orientação sexual, cujas origens necessitam ser melhor definidas e compreendidas.
Aspectos Históricos
	A homossexualidade existe desde os primórdios da humanidade, ainda que em nenhuma época, a sociedade ou cultura tenha sido a prática sexual predominante.
	Nesse sentido, a reação a esse tipo de orientação sexual variou desde a condenação à morte em fogueira, à aplicação de penalidades (prisão perpétua, tortura, castração) e até mesmo aceitação sem reservas (pela elite dominante).
	A homossexualidade era praticada pelos romanos, desde o início da Civilização. Não é consenso, entretanto, entre os estudiosos do assunto, que os gregos incentivassem a relação de um homem mais velho (e sábio) com um jovem. Por outro lado, essa tendência parece ter influenciado romanos e persas a se contraposto à cultura judaica que valorizou a heterossexualidade, por sua função procriadora. A tradição judaica se transmitiu aos cristãos que, no entanto valorizaram acima de qualquer tipo de prática sexual, a manutenção da castidade.
	Do que se sabe sobre o Oriente, a homossexualidade era conhecida, tendo sido alternadamente condenada e aceita na China, no Japão e na Índia, assim como servido à prostituição masculina.
	Na atualidade, a orientação homossexual é menos discriminada em países escandinavos, nos Estados Unidos, na Holanda e no Japão; é aceita com importantes restrições em países com tradição machista como os latino-americanos e é considerada crime em países socialmente conservadores, como no mundo árabe e na África. Mas já se pode constatar que o século XXI ficará na História, identificado como uma época de mudanças sociais significativas em relação à homossexualidade.
Conceito
A teoria mais influente na Psiquiatria do século passado defendeu que a homossexualidade é a expressãode uma tendência universal do ser humano, decorrente de uma predisposição bissexual, biologicamente determinada.
Dentro da homossexualidade encontram-se as seguintes disposições: Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transgêneros (Formando assim, o grupo LGBT – reconhecido pela Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transgêneros “ABGLT”).
Determinantes da Orientação Sexual
	Apesar do progresso das neurociências, o conhecimento sobre as determinantes da orientação sexual humana continua insuficiente. Não há nenhum elenco de fatores, até o momento, que explique completamente todos os padrões homossexuais.
Algumas Ações Afirmativas para o Grupo LGBT:
Programa Brasil sem Homofobia (Ministério da Saúde/Conselho Nacional de Combate à Discriminação);
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) – Temas Transversais: Orientação Sexual (Ministério da Educação)
PLC 122 – Projeto de Lei da Câmara nº 122/06 visa criminalizar a discriminação motivada unicamente na orientação sexual ou na identidade de gênero da pessoa discriminada (ainda em discussão na câmara dos deputados);
Programa Rio sem Homofobia (Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos - SEASDH);
Resolução nº 175/2013 (Dispõe sobre a habilitação, celebração de casamento civil, ou de conversão de união estável em casamento, entre pessoas de mesmo sexo – Conselho Nacional de Justiça).
Como Trabalhar a Homossexualidade na Escola?
A abordagem do tema expressão uma questão recorrente ao longo de toda a trajetória profissional: compreender o sentido da educação, da escola e da prática pedagógica e nas suas relações com a sociedade e com as demandas sociais.
	Na vivência em sala de aula percebeu-se que ensinar e aprender são processos que exigem e resultam em uma grande interação entre professores e alunos. Interação esta que se torna mais rica, quando os educadores conhecem os alunos, sabem como vivem, e suas lógicas de aprendizagens, como se relacionam com os saberes e valores instituídos e difundidos pela Escola, e como merecem ser respeitados nesse espaço.
	Conhecer mais sobre os saberes, sobre os valores, sentidos e significados construídos pelos jovens homossexuais em sua passagem pela escola, é também acreditar que este conhecimento poderia ajudar muito na relação professor-aluno e na apropriação, por alunos e professores dos saberes escolares.
	Percebe-se dentro das escolas a existência da diversidade e como o tratamento uniforme quando ao aluno esconde muitas diferenças, tanto em relação à etnia, à religião, origem regional, orientação sexual, dentre outras.
	Para muitos professores com os quais houve e há convivência, os alunos são geralmente, caracterizados pelo negativo. Alguns destes professores já trazem consigo uma definição de como os jovens deveriam ser e agir.
	Um fato relevante para o interesse no estudo de jovens homossexuais foi à dificuldade de convivência, socialização ou angústia do aluno dentro do espaço escolar. Não poder se expressar, ser rotulado, ser alvo de bullying homofóbico – leia-se brincadeirinhas de mau gosto em salas de aula – tanto por parte dos colegas quanto dos professores, chamou a atenção para o trabalho que a escola está ou não fazendo quanto à discussão da sexualidade e por consequência da homossexualidade em seu meio.
	E a escola tem o dever de reverter esse quadro. O Ministério da Educação, através dos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs (1997), em seu trabalho de temas transversais – Orientação Sexual – oferece às escolas a possibilidade de trabalhar orientação sexual com seus alunos, incluindo conceitos básicos e informações sobre a homossexualidade aos estudantes das mais diferentes faixas etárias.
	O medo e o preconceito às diferenças, muitas vezes provocados pelo desconhecimento, geram violência física e simbólica. A escola deve ser um espaço onde seja possível experimentar e vivenciar a diversidade. A escola é um espaço de formação crítica e de direito para todo o cidadão. Um lugar onde podemos descobrir, através do convívio, nossas afinidades, nossas vontades e a nossa forma de ser...
	Não há fórmulas, pois, quando lidamos com educação, lidamos com processos e mudanças, e as mudanças não se dão da noite para o dia. Mas, colocamos abaixo algumas sugestões quando o tema é Sexualidade...
Identifique a cultura da escola e estabeleça um código de comportamento;
Não exponha nem inferiorize o aluno por ter agido de maneiro inesperada pelo grupo;
Imponha limites sem traumatizar;
Use sempre termos científicos;
No âmbito educacional não torne sua crença religiosa uma “verdade absoluta”, a instituição escolar é um espaço Laico, sendo a religião uma expressão da esfera privada, ela não pode interferir na vida escolar que é de esfera pública.
Procure ajuda se não se sentir seguro para falar do assunto. Peça ajuda a coordenação pedagógica e a direção escolar quando achar necessário.
Pesquise a temática, procure entender sobre o tema para melhorar e fundamentar em sua atuação profissional.
Pergunta:
Como as escolas vêm trabalhando a diversidade sexual? Existem meios administrativos e jurídicos na escola para trabalhar com esse tema?
Referências Bibliográficas
Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa – GEMAA. (2011) “Ações Afirmativas”. Disponível em: http://gemaa.iesp.uerj.br/index.php?option=com_k2&view=item&layout=item&id=1&Itemid=217
ABDO, Carmita. Sexualidade e seus transtornos, 3ªed. Atualizada e Ampliada – São Paulo: Leitura Médica, 2010.
FREUD. Sigmund. Letter to an American Mother (carta a uma mãe Americana). Am J Psychiatry. 1951; 107:786.
AMERICAN Psychiatric Association (APA) – Associação Psiquiátrica Americana. Diagnostic and statistical of mental disorders (DSM-III). 3rd. Ed. Washington DC: American Psychiatric Association, 1980.
GEBHARD, P.H. Human sexual behavior. In: Encyclopedia Britannica. Vol. XVI p. 593-601, 1980.
KAMEL, Luciana. Diversidade Sexual nas Escolas: O que os profissionais da educação precisam saber / Luciana Kamel; Cristina Pimenta. – Rio de Janeiro: ABIA, 2008.
PARKER, Richard. RIOS, Luís Felipe. ALMEIDA, Vagner de. Juventude e Homossexualidade: o que os pais precisam saber. – Rio de Janeiro: ABIA, Ministério da Saúde / Unesco e Fundação MacArthur, 2002.
ZENTI, Luciana, GENTILE, Paola. A vida invade a escola. Revista nova escola. São Paulo: Editora Abril. Abril/2011.
SABOIA. Gilberto Vergner, org. Anais de Seminários Regionais Preparatórios para Conferência Mundial contra Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância Correlata / Organizadores Gilberto Vergner Saboia, Samuel Pinheiro Guimarões. Brasília. Ministério da Justiça, 2001, 474 p.:21cm.
OLIVEIRA, Ana. GALEGO, Carla. A Mediação Sócio-Cultural: Um Puzzle em Construção (Observatório da Imigração:14). Edição: Alto-Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas (ACIME). Lisboa, Maio 2005.
CONSELHO Nacional de Combate à Discriminação. Brasil Sem Homofobia: Programa de combate à violência e a discriminação contra GLTB e promoção da cidadania homossexual. Brasília: Ministério da Saúde, 2004.

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