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9 7 8 8 5 3 8 7 0 1 1 2 5 Fundação Biblioteca Nacional ISBN 978-85-387-0112-5 2008 Mestre em Educação em Ciências da Saúde pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Especialista em Análises Clínicas pela Universidade São Judas Tadeu (SP). Graduada em Biomedicina pela Universi- dade de Mogi das Cruzes (SP). Atualmente ministra aulas no Ensino Superior. Marisa Laporta Chudo Sumário O desenvolvimento da criança nos primeiros anos de vida ................................................... 13 Desenvolvimento da fecundação ao nascimento ......................................................... 14 Desenvolvimento após o nascimento ............................................................................... 15 Desenvolvimento nos primeiros meses ............................................................................ 16 Desenvolvimento nos primeiros anos ............................................................................... 19 Desenvolvimento postural .................................................................................................... 23 Desenvolvimento da criança na escola: importância do teste visual e auditivo .............................................................................. 25 Alimentação da criança .......................................................... 33 Alimentação na escola............................................................................................................. 42 Alergias alimentares ................................................................................................................. 45 A influência da relação materno-infantil sobre a alimentação .............................. 51 Relação materno-infantil e a nutrição ............................................................................... 52 Leite e alimentos sólidos ........................................................................................................ 54 Anemia ferropriva .................................................................... 65 Sinais de anemia ........................................................................................................................ 70 Controle do esfíncter .............................................................. 81 Resíduos orgânicos ................................................................................................................... 81 O sono e a criança .................................................................... 93 Os padrões de sono dos bebês ............................................................................................ 95 Distúrbios do sono .................................................................................................................... 98 A importância da higiene ....................................................107 Higiene física .............................................................................................................................108 Higiene mental .........................................................................................................................109 Higiene do meio ......................................................................................................................111 Projeto político-pedagógico: temáticas e ações sobre saúde ................................115 Gabarito .....................................................................................129 Referências ................................................................................139 Anotações .................................................................................143 Apresentação Educação e saúde têm formado um elo inseparável para a sociedade devido à sua importância no desenvolvimento de uma vida saudável. Atualmente, existe um consenso sobre a necessidade de os professores possuírem conhecimentos e habilidades profissionais abrangentes, e entre os vários temas que o educador precisa conhecer estão as relações existentes entre educação e saúde. Sem uma boa saúde o indivíduo não tem suas capacidades e seu potencial plenamente desenvolvidos. As ações políticas em toda a sua história contemplam essa integração no âmbito dos cursos formadores de professores, tendo em vista ações dentro do contexto escolar. Em suma, é preciso ensinar saúde. Sabe-se que crianças escolarizadas tendem a apresentar menos problemas de saúde, do mesmo modo que crianças saudáveis apresentam melhores rendimentos escola- res. Ou seja, crianças que crescem com saúde e educação têm maior possibilidade de tornarem-se adultos com melhor qualidade de vida. Este livro está organizado em sete aulas, iniciando com uma abordagem das principais características do desenvolvimento biológico da criança nos pri- meiros anos de vida. Em seguida apresenta-se a importância da alimentação da criança destacando os nutrientes essenciais para o seu bom desenvolvimento e crescimento. O terceiro capítulo apresenta a influência materna sobre a alimen- tação da criança, ganhando destaque o contato e atenção sobre o ato de alimen- tar. Na sequência aborda-se sobre a anemia ferropriva, e como devemos prevenir essa doença que é cada vez mais comum em crianças. A quinta aula apresenta como ocorre o controle do esfíncter, destacando esse ponto como um dos indi- cadores de maturação orgânica. Em seguida, explica-se a importância do sono, os padrões normais de sono do bebê, bem como os distúrbios do sono. Finalizando, o livro traz uma abordagem sobre a importância da higiene física, mental e do meio ambiente em que a criança brinca, bem como os cuidados para evitar a con- taminação por verminoses. Lembrando que todos os assuntos estão relacionados com os processos de desenvolvimento e aprendizagem das crianças. Por essa razão, é fundamental que os futuros educadores estejam cons- cientes de seu papel como cidadãos e como educadores e procurem conhecer os aspectos vitais relacionados ao desenvolvimento da criança: seu crescimento, sua alimentação, prevenção de doenças, interação saúde-indivíduo-ambiente, fato- res da saúde comunitária e pública do país. Dados levantados pela Secretaria Municipal de Educação de São Paulo re- velam que existem, entre as crianças de unidades educacionais da capital, vários problemas de saúde: 28% delas apresentam anemia; 72,9%, lesões e cáries dentá- rias; 10,4%, problemas visuais; 20%, verminoses; 8%, desnutrição; 9,7%, obesida- de; e 4,3%, baixa estatura. Ações públicas foram desenvolvidas: “São Paulo é uma Escola”, concomi- tantemente do projeto “Escola Promotora de Saúde”. Este segundo projeto pre- tende incluir ações educativas em saúde no projeto pedagógico, com o objetivo de contribuir para que a comunidade escolar se sinta motivada a refletir sobre o significado da saúde e da qualidade de vida, e a discutir sobre as causas e possíveis soluções para os problemas existentes na escola e nas comunidades. A escola é o lugar ideal para a aplicação de programas de promoção de saúde de amplo alcance e repercussão, já que exerce uma grande influência sobre as crianças e adolescentes em cada etapa de seu desenvolvimento. Marisa Laporta Chudo O desenvolvimento da criança nos primeiros anos de vida Sim ao direito à vida Sim à saúde e educação Sim à cultura, lazer e esporte Sim à igualdade, justiça e paz Sim à plena cidadania Albertina Duarte Takiut – CMDCA O ciclo biológico do ser humano é considerado como sendo o desen- volvimento embrionário-fetal, o nascimento, o crescimento, a reprodução, o envelhecimento e a morte. O desenvolvimento e o crescimento se dão pelos seguintes aspectos: desenvolvimento biológico, hereditário, adqui- rido (como doenças), psicológico e socioambiental. Um serhumano ne- cessita que seu crescimento e desenvolvimento sejam saudáveis desde o início para que tenha condições favoráveis a uma vida plenamente satis- fatória e exerça suas atividades por toda vida. Os estímulos adequados e acompanhamento diário do ser que acaba de nascer farão com que qual- quer problema detectado, nessa fase, seja monitorado por profissionais capacitados, possibilitando plenas condições de tratamento e cura. Segundo o Ministério da Saúde, considera-se crescimento o aumento do tamanho corporal. É um processo dinâmico e contínuo que ocorre desde a fecundação até a morte dos sistemas orgânicos, considerando os processos de substituição e regeneração de tecidos e órgãos. Assim, o crescimento é considerado como um dos melhores indicadores de saúde da criança. Desenvolvimento é a transformação, complexa, contínua, dinâmica e progressiva, que inclui, além do crescimento, a maturação, a aprendiza- gem e os aspectos psíquicos e sociais. Desenvolvimento psicossocial é o processo de humanização que inter- -relaciona aspectos biológicos, psíquicos, cognitivos, ambientais, socio- econômicos e culturais, mediante o qual a criança vai adquirindo maior capacidade para mover-se, coordenar, sentir, pensar e interagir com os outros e o meio que a rodeia; em síntese, é o que lhe permitirá incorporar- -se, de forma ativa e transformadora, à sociedade em que vive. 14 Desenvolvimento da fecundação ao nascimento O crescimento e desenvolvimento humano se iniciam logo após a fecunda- ção, dentro do útero. Durante os meses em que o feto está intrauterino, ele de- senvolve mês a mês todos os seus órgãos (cérebro, fígado, rins etc.), sistemas (nervoso, digestório, respiratório etc.), até que esteja completamente pronto para nascer. Durante a vida intrauterina, o feto necessita retirar de sua mãe (pelo cordão umbilical) todos os nutrientes (água, carboidratos, oxigênio etc.) para seu completo desenvolvimento, interagindo com o meio em que vive: o útero materno (o feto recebe os estímulos da mãe e manifesta reações para esses es- tímulos, o chute, por exemplo). Portanto, o desenvolvimento humano saudável requer que a relação mãe e filho, durante a gravidez e nos primeiros meses de vida, seja prazerosa (afetiva e emocional) e responsável, o que será determinan- te para o bem-estar de ambos, sobretudo para o crescimento da criança: físico, emocional e social. Embrião é o nome do ser em desenvolvimento desde o momento em que a célula-ovo (que carrega toda herança genética) começa a se dividir até a oitava semana, quando começa a ter forma humana. É chamado de feto após a oitava semana até o nascimento. A placenta é o órgão por meio do qual o embrião, e depois o feto, recebe alimento e oxigênio e elimina os excretos (por meio do cordão umbilical). Observe abaixo: Idade Característica (S A N TO S, 2 00 2. A da pt ad o. ) 4 semanas Com menos de 1cm de comprimento, o embrião já apresenta o cora- ção batendo e os olhos parcialmente formados. 5 semanas Começam a se desenvolver os braços e as pernas, e o embrião já con- trai seus músculos ao ser estimulado. 8 semanas Com aproximadamente 2,5cm de comprimento, o embrião já está com forma humana. 12 semanas O feto está com os dedos bem formados e movimenta-se por conta própria. 22 semanas O feto está com 20cm de comprimento e 500g de peso. Desenvolve- -se rapidamente o aparelho respiratório. 32 semanas O feto já pode sobreviver fora do corpo da mãe. 38-40 semanas O feto já está pronto para nascer, com aproximadamente 50cm de comprimento e peso de 3 a 3,5kg em média. O bem-estar físico, emocional e social da mãe é importantíssimo para que ela possa contribuir no desenvolvimento do bebê. Uma gravidez indesejada, doen- Atenção à Saúde Infantil 15 O desenvolvimento da criança nos primeiros anos de vida ças adquiridas, má alimentação, violência, estresse podem ser fatores determi- nantes para patologias encontradas posteriormente na criança. Desenvolvimento após o nascimento Logo após o nascimento, observamos na criança características genotípicas e fenotípicas e passa-se a acompanhar mensalmente seu desenvolvimento em todos os aspectos durante os primeiros anos de vida. As características fenotípicas (resultantes da interação entre o genótipo e o meio) dividem-se em três: Hereditárias � – são as características genéticas (cor dos olhos, altura, cor do cabelo etc.). Congênitas � – características adquiridas durante a gestação; por exemplo, se a mãe adquire rubéola, o vírus pode atingir o embrião e a criança pode- rá nascer com anomalias, como surdez. Adquiridas � – de causas principalmente ambientais, como a paralisia in- fantil. O desenvolvimento biológico do corpo se dá a partir do desenvolvimento: Céfalo-caudal � – o cérebro se liga aos demais órgãos do corpo. Primeiro a criança sustenta a cabeça, depois senta, fica em pé e por último anda. Próximo distal � – a maturação ocorre do centro do corpo para a periferia, de dentro para fora; ocorre o controle dos órgãos dentro do tronco e pos- teriormente desenvolvem-se braços e dedos. O acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança pode ser analisado e observado levando-se em consideração: Desenvolvimento corporal � Motor � – controle dos movimentos. Curvas de crescimento � – peso, altura, crescimento da circunferência da cabeça e dos braços. Perceptivo � – visão, audição, olfato, tato e paladar. Desenvolvimento cognitivo � – linguagem e memória. Desenvolvimento psicossocial � – social, emocional e adaptativo. 16 Para haver um desenvolvimento completo e saudável da criança, são neces- sários: boa alimentação, hábitos de higiene, imunização contra doenças e cuida- dos com o meio ambiente. Esses fatores influenciam diretamente a vida da crian- ça, positivamente (quando a criança está bem alimentada, por exemplo, terá seu sistema imunológico mais preparado para combater doenças, e terá um melhor rendimento escolar) ou negativamente (criança sem hábitos de higiene e sem uma boa alimentação terá comprometida a saúde, pois essa criança pode adquirir do- enças, dificultando a aprendizagem e rendimento escolar). Pediatras afirmam que bebês que têm uma alimentação saudável, um bom sistema imunológico e fisiolo- gia normal em pleno desenvolvimento podem dobrar o seu peso com 180 dias. Desenvolvimento nos primeiros meses Mês Motor Cognitivo Social 1.º Coordenação motora grosseira (diversas ações refle- xas): estremecimento no queixo, tremor nas mãos e sobressaltos; movimentos espasmódicos suaves. Assim que o sistema nervoso amadurece melhora o controle muscular. Dorme muito, precisa ser ama- mentado, em média, de 3 em 3 horas. Percebe e reco- nhece os bati- mentos cardíacos da mãe. Linguagem: vo- caliza, imita sons além de chorar, reage a vozes e sons familiares. Comunica-se com os olhos, que se fixam em rostos em resposta a um sorriso. 2.º Coordenação motora grosseira: movimentos reflexos começam a desaparecer e ações intencionais tornam- se mais frequentes; o apoio do pescoço desenvolve- se, consegue erguer a 45 graus quando se deita de bruços; as pernas endireitam-se e podem dar um impulso (apoio) para baixo quando apoiadas numa superfície; com o desenvolvimento da flexibilidade das articulações dos quadris e joelhos, os chutes fi- cam mais fortes. Coordenação motora fina: junta as mãozinhas, aperta os objetos colocados na mão. Linguagem: res- munga e emite sons de vogais, como “ah-ah”. Ouve mais do que enxerga. Percebe quem lhe proporciona bem-estar e carinho. Mostra sinais autênticos de felicidade e cordialidade. 3.º Praticamente permanece inalterado. Linguagem: a emissão de sons é estimulada ao ouvir a conversa dos outros. Sorrifrequen- temente; troca sorrisos com os pais e começa a mostrar preferên- cia por eles. 4.º Coordenação motora grosseira: ergue a cabeça a 90 graus quando está deitado de bruços; mantém a ca- beça firme quando colocado em pé; quando deitado sobre o estômago, o bebê consegue manter a parte superior do corpo com os braços; consegue virar-se de lado. Coordenação motora fina: alcança objetos, aperta um chocalho e leva-o à boca. Pode reconhecer a mãe em um grupo de pessoas. Linguagem: ri alto e pode dar gritinhos de sa- tisfação; balbucia para si mesmo ou para os outros. Vocaliza ou sorri para começar ou responder a socialização. Na medida em que aumenta sua mo- bilidade, torna-se mais assertivo e curioso. (G U TM A N , 2 00 5. A da pt ad o. ) Atenção à Saúde Infantil 17 O desenvolvimento da criança nos primeiros anos de vida Mês Motor Cognitivo Social 5.º Coordenação motora grosseira: mantém a cabeça fir- me quando é colocado em pé; consegue virar para um lado; flexiona os braços e arqueia as costas para erguer o peito; “balança-se” sobre o estômago, dá chutes com as pernas e nada com os braços; agarra os pés e leva-os até a boca quando deitado de cos- tas. Coordenação motora fina: agarra e faz força para al- cançar objetos. Antecipa o objeto completo mesmo somente após ver parte dele. Ri espon- taneamente, balbucia rotinei- ramente e pode combinar vogais e consoantes. Gosta de brincadeiras socializantes. Interessa-se por outras crianças. Demonstra expec- tativas. Ergue os braços para que o peguem; agarra quando alguém o segura. 6.º Coordenação motora grosseira: mantém a cabeça ni- velada quando colocado para se sentar; com ajuda, senta-se direito. Inicia-se a dentição. Coordenação motora fina: alimenta-se de comidas simples; transfere objetos de uma mão para a outra, vira-os de um lado para outro, gira-os de cabeça para baixo. Observa as bocas atentamente e procura imitar sons e inflexões; faz sons de esta- lar a língua. Prefere brincar com pessoas, especialmente os jogos de par- ticipação, como esconde- -esconde. 7.º Coordenação motora grosseira: senta-se sem apoio; vira-se em ambas as direções. Coordenação motora fina: consegue comer com maior firmeza; quando sentado consegue fazer mo- vimentos de agarrar; move-se de bruços para frente para pegar um objeto fora do alcance; suporta algum peso nas pernas, começa a engatinhar. Usa brincadeira como esconde- -esconde para aprimorar-se. Pode fazer vários sons em um fôle- go só; reconhece tons e inflexões diferentes. Pode fazer objeção de alguém tentar tirar seu brinquedo. Começa a mostrar humor. Quer ser incluído nas interações sociais. Quer explorar e mani- pular tudo. 8.º Coordenação motora grosseira: suporta todo seu peso nas pernas; gosta de pular; quando sentado, dá um giro para procurar objetos caídos; fica na posição sen- tada usando os braços. Solidificação do quadril. Coordenação motora fina: transfere objetos de uma mão para a outra; junta pequenos objetos e pega-os com a mão fechada; pega pequenos objetos fazendo uma “pinça” com o polegar e o indicador. Começa a imitar uma ampla va- riedade de sons. Volta a cabeça em direção a sons e vozes familiares. Mostra autocons- ciência. Olha-se no espelho e tem consciência de sua imagem. 9.º Coordenação motora grosseira: esforça-se para pegar objetos fora do alcance; faz progressos quando, sen- tado, tenta se levantar; mantém-se em pé agarrando em alguma coisa. Coordenação motora fina: aprende a abrir os dedos e a deixar cair objetos; brinca de esconde-esconde. Percebe quando um dos pais deixa o ambiente e espera pela sua volta. Pode dizer, aleatoriamen- te, “mamã” ou “papá”. Demonstra ansiedade com estranhos e fica ansioso diante de situações não ha- bituais. Demonstra ansiedade de separação e torna- se excessivamente apegado. 10.º Coordenação motora grosseira: move-se agarrando nos móveis; por instantes fica em pé sem ajuda. Coordenação motora fina: interessa-se por coisas pe- quenas; gosta de brinquedos que tenham manivelas ou rodas que girem. Pode reagir ao seu nome ou a palavras como “não”. Procura obter aprovação dos pais e evita a reprovação. Com- preende o “não”. 18 Mês Motor Cognitivo Social 11.º Coordenação motora grosseira: consegue sentar-se e virar na posição de bruços. Coordenação motora fina: institui a “pinça” feita com os dedos para pegar coisas; segura um lápis e ten- ta rabiscar; consegue bater palmas e acenar com a mão. Diz “mamã” ou “papá” intencional- mente. A maioria diz ao menos uma dessas palavras por volta dos 14 meses. Fica com receio de situações, ob- jetos e barulhos altos (medo de escuro, aspirador de pó etc.). 12.º Coordenação motora grosseira: com auxílio, anda mais firme; começa a andar sem apoio. Coordenação motora fina: apanha pequenos objetos do chão com habilidade; empilha blocos e forma tor- res. Diz alguma outra palavra além de “mamã” ou “papá”. Muitos não dizem nenhuma outra palavra além de “mamã” ou “papá” até os 14 meses ou mais. Desenvolve o senso de humor. Demonstra afeto por pessoas e objetos, como dar abraços. Desenvolvimento perceptivo: bebês nascem com os sentidos funcionando, alguns mais desenvolvidos do que outros. O paladar, o tato e o olfato do recém- -nascido são mais desenvolvidos, enquanto a visão é menos desenvolvida. Audição � : ainda no útero, o feto de 28 semanas ouve e responde aos sons. Após o nascimento, e durante o primeiro mês, é sensível a sons muito al- tos. Reconhece sons e vozes familiares; acalma-se com vozes e música su- ave. Reconhece a voz da mãe e volta a cabeça na direção do som. Por volta do sétimo mês, localiza sons com precisão. Olfato � , tato e paladar: recém-nascidos que mamam no peito reconhecem a mãe pelo cheiro, preferem suavidade ao serem acariciados, abraçados e embalados. Visão � : enevoada ao nascer, embora tenha visão periférica; prefere con- templar os objetos a uma distância de 20 a 40 centímetros de seu rosto. Durante o primeiro mês, aprende a seguir objetos que se movem; prefere branco e preto ou formas e rostos contrastados. Por volta do terceiro mês acompanha objetos familiares; reconhece objetos e pessoas a distância. Entre o quarto e o sétimo mês, diferencia as cores; prefere vermelhos e azuis. No sétimo mês, a visão está totalmente desenvolvida. Devemos sempre levar em consideração que todo o processo depende e varia muito de criança para criança. Uma criança que frequenta a escola desde bebê deve ser observada e estimu- lada pela(s) pessoa(s) que diariamente cuida(m) dela. O papel da escola, nesse momento, é o de incentivar a mãe a amamentar seu filho, registrar e informar sobre o acompanhamento e evolução do crescimento da criança para que a Atenção à Saúde Infantil 19 O desenvolvimento da criança nos primeiros anos de vida mãe também possa observar, acompanhar e informar o pediatra a fim de que o mesmo possa fazer sua avaliação. Também devemos considerar que a criança percorre um processo de mudança psicossocial adaptativo, pois ela começa a conviver mais cedo com o meio social e ambiental, diferente das crianças que até o primeiro ano ficam sob os cuidados exclusivos da mãe. IE SD E Br as il S. A . Desenvolvimento motor da criança (primeiro ano de vida) Recém-nascido 1 mês 2 meses 3 meses 4 meses 5 meses 6 meses 7 meses 8 meses 9 meses 10 meses 11 meses 12 a 14 meses reflexos subcortiais segue a luz sorri, balbucia sustentaa cabeça agarra objetos gira sobre o abdômen mantém-se sentado preensão palmar pinça digital põe-se sentado engatinha de pé, dá passos com apoio caminha só Desenvolvimento nos primeiros anos A partir do primeiro ano de vida, o processo de aprendizagem da criança é uma constante e uma transformação crescente e rápida. A criança aprenderá a: andar; subir e descer escadas; correr; falar; vestir-se; expressar suas vontades; necessidades e desejos; exprimir suas emoções; aprender regras de convívio social; controlar o corpo, como saber a hora de ir ao banheiro; pintar; escrever; ler; pular; criar; enfim, colocar em prática todos os potenciais que o ser humano tem e precisa desenvolver. Mas para isso acontecer é preciso ter boa saúde, ou seja, bem-estar para ter um rendimento compatível ao aprendizado necessário. 20 Curvas de crescimento As curvas de crescimento nos ajudam a quantificar o crescimento corporal da criança. Estão relacionados às suas necessidades fisiológicas para o bom desen- volvimento, tais como: possuir um bom sistema imunológico para não contrair doenças, ter alimentação saudável e seu sistema corporal em perfeito funciona- mento, como no que se refere à produção de hormônios que ajudam a crescer. As curvas de crescimento medem peso, altura e circunferência da cabeça e do braço em relação à idade da criança. Crianças de baixo peso e altura podem indicar desnutrição (no entanto, outros fatores como o genético podem estar presentes); a desnutrição faz com que a criança apresente sinais como sonolência, desânimo, e possa contrair doenças mais facilmente, deixando o rendimento escolar comprometido. Atualmente, sabemos que temos um alto índice de crianças obesas. Crianças que não fazem atividade física, pois ficam muito tempo paradas na frente de computadores e videogames e ainda possuem uma alimentação desequilibrada, rica em carboidratos e gorduras (fast food), são levadas à obesidade. Os professores podem contribuir fazendo uma pesquisa com seus alunos, medindo peso e altura dos mesmos e comparando os resultados com a tabela- -padrão, não esquecendo que cada criança é uma e pode apresentar variações, sem que sua saúde esteja comprometida. Com os dados em mãos, a professora poderá desenvolver ações que auxiliem o desenvolvimento das crianças: ativida- de física, aulas sobre boa alimentação, entre outras. Observe o crescimento e de- senvolvimento de crianças acima de um ano na tabela e nos gráficos a seguir: IE SD E Br as il S. A . Ótimo Seu filho está com o peso ideal. Atenção Seu filho está um pouco abaixo do peso ideal. Cuidado Seu filho está acima do peso ideal. Cuidado Seu filho está muito abaixo do peso ideal. Observe a linha de seu filho Bom Perigo Grande perigo Atenção à Saúde Infantil 21 O desenvolvimento da criança nos primeiros anos de vida Gráfico de peso X idade – de 2 a 5 anos (M IN IS TÉ RI O D A S AÚ D E, 2 00 2)2 anos 3 anos 4 anos 5 anos2 4 6 8 10 2 4 6 8 10 2 4 6 8 10 2 anos 3 anos 4 anos 5 anos 2 4 6 8 10 2 4 6 8 10 2 4 6 8 10 25 24 23 22 21 20 19 18 Kg P E S O 17 16 15 14 13 12 11 10 9 8 25 24 23 22 21 20 19 18 Kg P E S O 17 16 15 14 13 12 11 10 9 8 Gráfico de altura X idade – de 2 a 5 anos (M IN IS TÉ RI O D A S AÚ D E, 2 00 2)2 anos 3 anos 4 anos 5 anos2 4 6 8 10 2 4 6 8 10 2 4 6 8 10 2 anos 3 anos 4 anos 5 anos2 4 6 8 10 2 4 6 8 10 2 4 6 8 10 120 115 110 105 100 95 90 85 80 75 cm A L T U R A 120 115 110 105 100 95 90 85 80 75 cm A L T U R A 22 Gráfico de altura e peso X idade – de 5 a 10 anos (M IN IS TÉ RI O D A S AÚ D E, 2 00 2) 5 anos 6 anos 7 anos 8 anos 9 anos 10 anos2 4 6 8 10 2 4 6 8 10 2 4 6 8 10 2 2 4 6 8 104 6 8 10 5 anos 6 anos 7 anos 8 anos 9 anos 10 anos 2 4 6 8 10 2 4 6 8 10 2 4 6 8 10 2 2 4 6 8 104 6 8 10 150 145 140 135 130 125 120 115 110 105 100 90 95 25 20 15 10 cm kg A L T U R A P E S O 150 145 140 135 130 125 25 30 35 40 45 50 55 20 15 10 cm kg A L T U R A P E S O O Ministério da Saúde aponta que entre 10 a 12 meses: o bebê está crescido, gosta de imitar os pais, dá adeus, bate � palmas. Fala pelo menos uma palavra com sentido e aponta para as coi- sas que ele quer. Come comidas sólidas, porém, precisa comer mais vezes, (em pequenas porções) que um adulto. Gosta de ficar em pé apoiando-se nos móveis ou nas pessoas. Engatinha ou anda com apoio. 13 a 18 meses: a criança está cada vez mais independente: quer comer sozinha � e já se reconhece no espelho. Anda alguns passos, mas sempre busca o olhar dos pais ou familiares. Fala algumas palavras e, às vezes, frases de duas ou três palavras. Brinca com brinquedos e pode ter um predileto. Anda sozinho. 19 meses a 2 anos: a criança já anda com segurança, dá pequenas corridas, � sobe e desce escadas. Brinca com vários brinquedos. Aceita a companhia de outras crianças, mas brinca sozinha. Já tem vontade própria, fala muito a palavra “não”. Sobe e mexe em tudo: deve-se ter cuidado com o fogo e cabos de panelas. Corre e/ou sobe degraus baixos. 2 a 3 anos: a criança gosta de ajudar a se vestir. Dá nomes aos objetos, diz � seu próprio nome e fala “meu”. A mãe deve começar, aos poucos, a tirar Atenção à Saúde Infantil 23 O desenvolvimento da criança nos primeiros anos de vida a fralda e ensinar, com paciência, o seu filho a usar o peniquinho. Ela já demonstra suas alegrias, tristezas e raivas. Gosta de ouvir histórias e está cheia de perguntas. Diz seu nome e nomeia objetos como sendo seus. 3 a 4 anos: gosta de brincar com outras crianças. Tem interesse em apren- � der sobre tudo o que a cerca, inclusive contar e reconhecer as cores. A criança ajuda a vestir-se e a calçar os sapatos. Brinca imitando as situações do seu cotidiano e os seus pais. 4 a 6 anos: a criança gosta de ouvir histórias, aprender canções, ver livros e � revistas. Veste-se e toma banho sozinha. Escolhe suas roupas, sua comida e seus amigos. Corre e pula alternando os pés. Gosta de expressar as suas ideias, comentar o seu cotidiano e, às vezes, conta ou inventa pequenas histórias. Toda criança, além de crescer, ou seja, ganhar peso e altura, necessita adquirir habilidades físicas e motoras. É muito importante observar permanentemente o desenvolvimento físico e a postura da criança. A finalidade de acompanhar o crescimento e desenvolvimento da criança é detectar problemas orgânicos para um adequado encaminhamento aos profis- sionais; estimular o indivíduo para que seu desenvolvimento melhore a qualidade de vida e o aprendizado. Desenvolvimento postural IE SD E Br as il S. A . Além do desenvolvimento físico e motor, é muito importante observar o de- senvolvimento postural da criança. Crianças obesas, desnutridas, com proble- mas físicos podem comprometer o desenvolvimento postural e levar a sérios problemas na adolescência e/ou na fase adulta. Mães e professoras devem estar 24 atentas às crianças no caminhar, na postura dos ombros, quando estas estão fazendo atividades físicas, na hora de se alimentar e também na hora de estudar. Crianças que estudam deitadas e relaxadas comprometem a postura e a con- centração, causando sonolência. Durante a alimentação, crianças que ficam na frente da televisão relaxadas comprometem a digestão; esse hábito também contribuirá para torná-las criançasobesas. Observe: Toda criança de um ano de idade já deve começar a ficar de pé e dar os � primeiros passos. Aos dois anos já deve andar sozinha, usar as mãos para levar até a boca os � alimentos e falar muitas palavras. Aos três anos já deve saber comer sozinha e correr. A partir daí a criança � deve adquirir cada vez mais liberdade e segurança para realizar movimen- tos e controlar seu corpo. Uma criança “quieta” e que não dá trabalho pode ser sinal de que alguma coisa não vai bem com o seu desenvolvimento físico. Observe o seu jeito de andar, comer e sentar. Crianças que caem com frequência, que reclamam de dores nas pernas, nas costas e cansaço precisam ser avaliadas e orientadas. Na adolescên- cia, quando o corpo cresce e se modifica rapidamente, os vícios de postura são muito comuns (ombros caídos, coluna torta, pés planos) e precisam ser avaliados para que não se transformem em problemas sérios de saúde na idade adulta. Portanto, além da vigilância, é necessário oferecer à criança e ao adolescente estímulos e condições apropriadas para um bom desenvolvimento físico e uma boa postura. É importante brincar, praticar esportes e ter contato com a nature- za. Tudo isso é essencial para ter corpo e mente saudáveis. Pense nisso, qualquer dúvida encaminhe a criança a um serviço de saúde. G is el le S ap or ito . Maneira correta de se sentar.Maneira incorreta de se sentar. G is el le S ap or ito . Atenção à Saúde Infantil 25 O desenvolvimento da criança nos primeiros anos de vida Desenvolvimento da criança na escola: importância do teste visual e auditivo Segundo Granzoto (2008), [...] a visão, essencial para o aprendizado, é responsável pela maior parte da informação sensorial que recebemos do meio externo. A integridade desse meio de percepção é indispensável para o ensino da criança. Com o ingresso na escola, passamos a desenvolver mais intensamente as atividades intelectuais e sociais, diretamente associadas às capacidades psicomotoras e visuais. Granzoto (2008) aponta que dados do Ministério da Educação indicam que o número de alunos na primeira série do Ensino Público Fundamental é de quase 6 milhões. Entretanto, somente parte inexpressiva dessa população se submete a algum tipo de avaliação oftalmológica antes de ingressar na escola. A capacidade visual desenvolvida nos primeiros anos de vida pode apresen- tar alterações reversíveis, como quadros de estrabismo, astigmatismo e miopia, que aparecem geralmente durante os primeiros anos escolares. A observação e o reconhecimento da baixa visão durante a infância são da maior importância, pois na maior parte das vezes podem ser corrigidos com tratamentos simples e adequados. Professoras devem estar atentas às crianças que reclamam muito de dores de cabeça, que coçam ou esfregam muito os olhos, e aquelas que franzem a testa quando fazem leituras de perto ou de longe. Nesses casos convém avisar os pais para encaminhar a criança para exames. A escola deve motivar e incentivar o uso de óculos ou tampões pelas crianças que, segundo diagnóstico seguido de prescrição, necessitarem. Deve também coibir brincadeiras e comentários mal-intencionados de outras crianças. A escola precisa ter cuidado na hora das brincadeiras pedagógicas, na hora do lanche e nas atividades físicas para evitar que a criança sofra um acidente como uma queda, por exemplo. Considerando a importância da visão na educação e socialização da criança, as ações de promoção da saúde e de educação em saúde assumem importância decisiva. A prevenção e a detecção precoce de deficiências oculares são os melhores recursos para combate à visão subnormal e devem ser feitas, preferencialmente, na infância. Para atingir o objetivo comum da saúde da criança em idade escolar, é necessária a ação integrada lar-escola-comunidade. (GRANZOTO, 2008) Os testes devem ser feitos preferencialmente por pessoas da área da saúde, que estão preparadas e treinadas para fazer o diagnóstico da criança, ou em clí- nicas especializadas. 26 Segundo a fonoaudióloga Letícia Cintra (2008), [...] tanto as perdas auditivas como as desordens no processamento auditivo podem trazer sérias consequências para o desenvolvimento da linguagem, como também podem dificultar as relações sociais, comprometer o comportamento escolar, fragilizando as emoções da criança. Por esses motivos, o diagnóstico e o tratamento devem ser realizados o quanto antes, de preferência logo que detectada qualquer dúvida a respeito da audição, da linguagem e da aprendizagem escolar da criança. [...] As desordens do processamento auditivo são diagnosticadas a partir de exames específicos (avaliação do processamento auditivo) e da observação de manifestações comportamentais da linguagem compreensiva e expressiva (oral e escrita), comportamento social e desempenho escolar realizados no ambiente familiar e da escola. Esses exames e avaliações são realizados por fonoaudiólogos. O tratamento dessas alterações acontece, progressivamente, em sessões de fonoterapia. Texto complementar A escola promotora de saúde (MOREIRA; QUEIROZ, 2008) “A escola pública, exercendo uma função articuladora no meio social, pode ser um poderoso instrumento nas mãos da população para o enfrenta- mento dos seus problemas” (GADOTTI, 2000). A promoção da saúde, definida na Carta de Ottawa (1986) como “o pro- cesso de capacitação da comunidade para atuar na melhoria da qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle do processo” preconiza que “para atingir um estado de completo bem-estar físico, mental e social os indivíduos devem saber identificar aspirações, satisfazer necessida- des e modificar favoravelmente o meio ambiente.” Partindo desse contexto, a prática da promoção da saúde poderá ser exercida em ambientes diversifica- dos, como centros de saúde, empresas, escolas, residências e outros espaços. No contexto escolar, a promoção da saúde poderá estar incluída na pro- posta político-pedagógica das escolas, envolvendo a estrutura escolar e as parcerias comprometidas com a proposta de trabalho elaborada. A promo- ção da saúde no âmbito escolar requer o desenvolvimento de ações integra- das com os diversos assuntos que envolvem educação, saúde, meio ambien- te, trabalho, cultura, música, educação física, alimentação saudável, moradia e outros, considerando que “a saúde se cria e se vive na vida cotidiana, nos centros de ensino, de trabalho e de lazer [...]” (MINISTÉRIO da Saúde Promo- Atenção à Saúde Infantil 27 O desenvolvimento da criança nos primeiros anos de vida ção da Saúde, 1999) e, ainda, que a “escola tem um papel relevante em re- lação à educação da personalidade e, como consequência, no estilo de vida das pessoas para que tenham saúde” (MARTÍNEZ, 1996). Uma escola engajada com a saúde e a vida do cidadão aborda conteúdos que visem ao desenvolvimento integral da pessoa e à diminuição de sua vul- nerabilidade frente às doenças, o que contribuirá para a adoção de estilos de vida mais saudáveis. A saúde e a educação são áreas estratégicas da sociedade que, trabalha- das a partir da escola, permitem pensar no cidadão que assume a sua parcela de responsabilidade por sua saúde e condições de vida. A comunidade, a família e a escola são segmentos que interagem em íntima relação com o contexto social em que estão situados e, portanto, não podem estar dissociados de um processo educativo mais integral. Mediante os temas transversais estabelecidos pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) – entre os quais se inclui saúde – o professor pode explorar os assuntos da área de saúde com mais propriedade, aproveitando todas as oportunida- des e situações vividas no cotidiano escolar. Componentes essenciais para a implantação de uma escola que trabalha a promoçãoda saúde A promoção da saúde implica, entre outras coisas, a construção de uma política que agrega as áreas de saúde, educação, meio ambiente, assistência social, esporte, cultura, trabalho, organizações governamentais e não-gover- namentais que atuam na área social. O trabalho na escola que se propõe a promover a saúde é realizado de forma intersetorial, com a mobilização e participação direta da comunidade, desde as decisões sobre o projeto de trabalho e o envolvimento de toda a escola e unidade de saúde, comunidade de pais, voluntários, empresas, par- ceiros diversos, até a sua execução e avaliação. Como componentes essenciais que identificam uma escola que busca promover a saúde, estão o desenvolvimento de habilidades e práticas sau- dáveis visando melhorar os padrões de saúde e projetos que envolvem as crianças, adolescentes e adultos em um processo de reflexão sobre o cotidia- no, sobre a adequação e conservação dos espaços físicos, entorno da escola 28 e comunidade e outros fatores fundamentais para que, na prática, sejam de- senvolvidas habilidades pessoais que contribuam para uma vivência mais comprometida com a qualidade de vida. Desafios da prática docente Partindo do ambiente escolar, no qual alunos, professores, funcionários e direção necessitam buscar, criar e manter espaços para projetos que levem essas pessoas a viver melhor e resolver as questões que envolvem especial- mente os alunos, não apenas na escola, mas também em seu ambiente fami- liar e comunitário, é necessária uma prática docente diferenciada, na qual o professor será convidado a: participar ativamente da elaboração, execução e avaliação do projeto � político-pedagógico da escola, juntamente com os atores da comu- nidade local envolvidos no processo (pais, parceiros, Poder Público, ONGs e outras instituições locais/regionais); conhecer e trabalhar temas de saúde reconhecidos como de urgên- � cia social e indispensáveis, tais como sexualidade, DST/aids, gravidez precoce, drogas, alimentação saudável, saúde bucal, estilos de vida saudável, nas quais esteja presente a atividade física; entre esses te- mas deve se dar ênfase à prevenção e ao tratamento da obesidade, do tabagismo e do alcoolismo e suas consequências, como a violência; estimular, em todo o ambiente escolar, a consciência de direitos e � deveres e o exercício da cidadania, pela prática diária de uma escola aberta à comunidade e preocupada com a melhoria dos seus padrões de vida e pelo desenvolvimento de programas e projetos sociocomu- nitários que apoiem a ação da escola para trabalhar essas questões; explorar continuamente o potencial das tecnologias de comunicação; � contribuir para que o ambiente escolar e seu entorno seja saudável, en- � volvendo, nesse processo, os alunos, funcionários, pais e comunidade; estimular a participação da comunidade, estabelecendo parcerias � com empresas e comércio local, associação de moradores, associações beneficentes, entidades de classe, ONGs, estados e municípios; partilhar o espaço físico da escola com a comunidade. � Atenção à Saúde Infantil 29 O desenvolvimento da criança nos primeiros anos de vida Atividades 1. Uma professora reuniu 10 alunos, todos com 4 anos, mediu peso e altura e chegou aos resultados da tabela a seguir. Observe nos gráficos da apostila e veja se essas crianças estão com peso e altura compatíveis com a idade. Aluno Peso Altura Resposta 1 16kg 96cm 2 20kg 103cm 3 13kg 95cm 4 22kg 98cm 5 14kg 100cm 6 19kg 105cm 7 11kg 92cm 8 23kg 96cm 9 13,5kg 94cm 10 17kg 106cm 2. O desenvolvimento infantil deve ser acompanhado e estimulado levando-se em consideração todos os fatores que possam interferir antes e/ou depois do nascimento. Quais são esses fatores? 30 3. Como o(a) educador(a) pode contribuir para o desenvolvimento postural do aluno? Atenção à Saúde Infantil 31 O desenvolvimento da criança nos primeiros anos de vida Dicas de estudo O CORPO Humano: a incrível jornada do homem do nascimento à morte. Apresentado por Robert Winston. v. 2. Coleção Super Interessante. 1 DVD, color. O Volume 2 dessa coleção aborda o desenvolvimento infantil de uma maneira global do ser biológico, psicológico e social. Mostra-nos várias etapas e situações de desenvolvimento da criança e sua relação com o meio em que vive. Observe durante o filme as diferenças e como é possível estimular o desenvolvimento motor, cognitivo e psicossocial. CARTILHA. Síndrome de Down: estimulação precoce 2 a 5 anos. Disponível em: <www.projetodown.org.br>. Acesso em: 20 fev. 2008. A cartilha destaca que a síndrome de Down (SD) é essencialmente um atraso no desenvolvimento, tanto das funções motoras do corpo como das funções mentais. Faz uma abordagem sobre o trabalho de estimulação que procura dar à criança condições para desenvolver-se desde o nascimento, explorando ao máximo suas capacidades, ajudando a alcançar as fases seguintes do desenvol- vimento. A importância dessa pesquisa refere-se à atuação dos profissionais da educação que devem conhecer e estar preparados para a inclusão de crianças portadoras de necessidades especiais nas salas de aula regular. REVISTA CRESCER. Infância. Disponível em: <http://revistacrescer.globo.com/ Crescer/0,191 25,EFC429774-2335,00.htm>. Acesso em: 20 fev. 2008. Esse site aborda o tema crescimento e relata situações em que crianças em fase de crescimento podem apresentar dores nas pernas. Essa dor é chamada de dor do crescimento. De dia a criança está brincando normalmente e se queixa de dor nas pernas durante a noite. Conhecer esse assunto torna-se relevante para saber como diagnosticar e proceder com as crianças que possuem dores do crescimento. Alimentação da criança Quando se trata de alimentação, muitas pessoas logo pensam no leite materno como o primeiro alimento da criança. Mas deve-se considerar a nutrição do feto e não somente após o nascimento. Para desenvolver-se, o feto necessita de nutrientes que são obtidos da mãe através do cordão umbilical. Por isso é necessário que todas as ges- tantes se alimentem de forma saudável, para passar ao feto todos os nu- trientes necessários ao fortalecimento do seu organismo. Após o nascimento, o bebê necessita receber alimento, que nessa fase deve ser exclusivamente o leite materno, pois ele possui nutrientes essenciais para a criança, como água, proteínas, lipídios, carboidratos, vitaminas, cálcio, fósforo, ferro, sódio, potássio e os anticorpos. Os anticorpos são nossas células de defesa contra doenças e os bebês nascem sem essa defesa, por isso devem ser vacinados na maternidade e nos primeiros anos de vida. Veja a tabela de vacinação a seguir: Calendário de vacinação infantil Idade Vacina Dose (D is po ní ve l e m : < w w w .c ed ip i.c om .b r/ ca le nd ar io _c ria nc a. ht m >. ) Ao nascer BCG Hepatite B Única dose 1.ª dose 1 mês Hepatite B 2.ª dose 6 semanas Rotavírus 1.ª dose 2 meses Tríplice acelular Haemophilus influenzae tipo b Poliomielite (Salk/Sabin) Pneumococo 7-V conjugada 1.ª dose 3 meses Meningococo C conjugada 1.ª dose 14 semanas Rotavírus 1.ª dose 4 meses Pneumococo 7-V conjugada Tríplice acelular Haemophilus influenzae tipo b Poliomielite (Salk/Sabin) 2.ª dose 5 meses Meningococo C conjugada 2.ª dose 34 6 meses Pneumococo 7-V conjugada Tríplice acelular Haemophilus influenzae tipo b Poliomielite (Salk/Sabin) Hepatite B Influenza 3.ª dose A partir de 9 meses Febre amarela A partir de 1 ano Tríplice viral (sarampo, caxumba, rubéola) Varicela Hepatite A Meningococo C conjugada (reforço) 1.ª dose 15 meses Pneumococo 7-V conjugada Tríplice acelular Haemophilus influenzae tipo bPoliomielite (Salk/Sabin) 4.ª dose 18 meses Hepatite A 2.ª dose 4 a 6 anos Tríplice viral Tríplice acelular Poliomielite (Salk/Sabin) 2.ª dose 5.ª dose 5.ª dose 14 a 16 anos Dupla adulto (difteria + tétano) ou dTpa (difteria + tétano + pertússis acelular) Reforço a cada 10 anos Adaptado das recomendações publicadas pela Sociedade Brasileira de Imuniza- ções (SBIM, 2005), Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP, 2005) e Programa Nacio- nal de Imunizações (Ministério da Saúde do Brasil, 2004). Além das primeiras vacinas, a criança precisa receber anticorpos de sua mãe, pois as vacinas são insuficientes para a completa proteção do bebê, e elas prote- gem somente contra as doenças específicas. Para a proteção de todas as outras doenças, o bebê precisa dos anticorpos da mãe que são transferidos pelo leite materno. A criança só passará a produzir seus próprios anticorpos mais ou menos a partir dos 5-6 anos. Crianças que não foram amamentadas com o leite materno de maneira su- ficiente e passaram a frequentar as escolas (creches e berçários) são mais sus- cetíveis a doenças, por isso ouvimos algumas pessoas dizer: “Foi só entrar na escola e meu filho(a) ficou doente”. Evidentemente, a criança, sem as defesas necessárias ao organismo e passando a conviver com outras crianças, adoecerá mais facilmente. Em países e regiões onde há muita pobreza, ocorre o agravante de que a alimentação pode ser escassa e muitas mães podem ter uma alimentação de- Atenção à Saúde Infantil Alimentação da criança 35 ficiente; mas, mesmo que a mãe não se alimente adequadamente, seu leite é fundamental para o bebê e ela deve ser incentivada a amamentar. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a amamentação exclusiva é recomendada nos primeiros seis meses de vida. Com a introdução de alimentos, que variam de acordo com fatores sociais, econômicos e culturais da população, a amamentação deve ser de no mínimo um ano. Damos o nome de desmame quando ocorre a retirada do leite humano da criança. Advertimos que essa inter- rupção do leite materno precisa ser gradual para que o organismo da criança se adapte a novos tipos de alimentos. Vale lembrar a importância da higienização dos alimentos para o preparo das refeições e dos utensílios que o bebê utiliza. A função da escola nesse momento é o de incentivar as mães a ir à escola amamentar seus filhos, e na impossibilidade orientar a coleta de seu leite duran- te o dia para que seja oferecido para a criança no dia seguinte (desde que con- servado em geladeira). Deve ser incentivada a amamentação durante a noite. A amamentação é muito importante para a mãe e para o bebê. É o momento em que, além do alimento, a criança recebe o afeto, o carinho e a proteção que ele sentia durante o seu desenvolvimento intrauterino. A falta desse momento entre eles poderá ter consequências no desenvolvimento da personalidade da criança, afetando também a saúde mental do bebê e de sua mãe (BRÊTAS, 2006). Quando é iniciada a introdução de alimentos e do leite não-humano, são ne- cessários alguns cuidados, como estimular a criança a aprender a deglutir, toman- do cuidado para que ela não engasgue com pedaços grandes de alimentos, ofe- recendo uma variedade de alimentos que contenham nutrientes diferentes, além de incentivar que a criança coma lentamente para fazê-la sentir que a alimentação é prazerosa. Não se deve obrigar a criança a comer, devemos respeitar cada uma delas, mas estimular a alimentação é fundamental. Lembre-se de que na alimen- tação devemos incluir todos os tipos de alimentos para que a criança receba uma variedade de nutrientes capazes de suprir as necessidades do corpo. Quando há a falta de nutrientes, dizemos que a criança tem carências nutricionais. Para incentivar uma alimentação equilibrada, precisamos conhecer as princi- pais funções dos nutrientes para nosso organismo: Água – é fundamental para todos os processos metabólicos do corpo. Res- saltamos a importância de manter as crianças hidratadas, pois elas estão sempre em movimento e por isso necessitam de maior quantidade. Crianças que apresentam quadro de desidratação por diarreias e vômitos devem receber cuidados médicos. 36 Carboidratos – são os energéticos: açúcares e amidos que nos dão energia rápida. Isso quer dizer que, quando necessitamos correr, por exemplo, essa ener- gia é captada ou transformada por meio dos carboidratos. As crianças precisam de maior ingestão de carboidratos (pães, massas, arroz, se possível todos integrais, pois contêm fibras que ajudam no funcionamento do intestino) já que elas estão em constante movimento e a tendência é gastar maior quantidade de energia. Entretanto, chamamos a atenção para um problema mundial que atinge in- clusive crianças: obesidade e diabetes. Grande parte desses problemas decorre da ingestão exagerada de carboidratos por crianças que não brincam, não pra- ticam esportes e permanecem longo tempo diante de televisões, videogames e computadores. Quando estão paradas, seus corpos não consomem os carboi- dratos que são ingeridos e o excesso de carboidratos vai sendo armazenado na forma de gordura, causando obesidade e/ou diabete infantil. Gorduras – também são energéticos e servem para fornecer energia quando a dos carboidratos for insuficiente, principalmente para manter nosso corpo aquecido, pois as gorduras ajudam a evitar a perda de calor, controlando assim a temperatura do corpo. Gorduras em excesso ficam armazenadas e vão se acu- mulando, causando sérias consequências ao organismo. Conseguimos diferen- ciar de uma maneira simples as gorduras boas das gorduras prejudiciais à saúde. Temos as gorduras “boas” que são as de origem vegetal (azeite, óleo), e as “más”, que são as de origem animal (banhas, carnes gordurosas). A ingestão excessiva de gorduras ruins pode causar colesterol alto, hipertensão, obstrução dos vasos sanguíneos e obesidade. Há vários tipos de gorduras contidas nos alimentos que são apresentadas nos rótulos das embalagens e que merecem atenção especial. São elas: gorduras insaturadas, que podem ser divididas em: monoinsaturada (boa), � poli-insaturada (boa); gordura saturada (ruim); � gordura trans (ruim); � gordura ômega (boa); � colesterol (ruim, dependendo da quantidade). � Vamos entender cada uma delas: Gorduras insaturadas são provenientes de vegetais e produzem efeito posi- tivo, pois elas ajudam a elevar o HDL (bom colesterol) no nosso sangue. E o que o HDL faz? Ele é como um “exército” que coloca a gordura que ingerimos para dentro das células; isso quer dizer que a gordura fica armazenada e somente Atenção à Saúde Infantil Alimentação da criança 37 será retirada quando precisarmos para energia. Logo, quanto mais gordura “boa” ingerimos, mais teremos armazenada, porém ela fica dentro das células. As gorduras saturadas são oriundas das gorduras animais; elas têm um efeito negativo porque aumentam o LDL (mau colesterol) no nosso sangue. E o que ele faz? Ele retira toda a gordura armazenada dentro das células e joga no sangue, e isso em quantidades grandes poderá se acumular nas paredes dos vasos sanguí- neos e obstruí-los, levando o indivíduo à morte. Gorduras trans são originárias do processo de industrialização, muito en- contradas em margarinas. As margarinas são gorduras vegetais, logo deveriam ser boas. Em alguns casos, o processo de industrialização, para deixá-las duras, transforma essa gordura na pior gordura que possamos ingerir, pois ela aumen- ta muito a quantidade de LDL no sangue. Gorduras ômega são muito encontradas no salmão e adicionadas em alguns óleos vegetais. São boas porque quebram grandes moléculas de gordura ruim em pedaços menores (por isso é chamada ômega 3: quer dizer que ela quebra a molécula em três; se for ômega 6, em seis partes), fazendo com que moléculasgrandes, com maior risco de obstruírem vasos sanguíneos, fiquem em tamanhos menores, diminuindo os riscos de obstrução dos vasos. Colesterol é gordura de origem animal importante para nosso organismo, pois necessitamos dela para a produção de hormônios. Contudo, necessitamos de pouca quantidade e não em excesso. Proteínas – são elas que constroem nosso corpo e nos dão sustentação, chamamos de “tijolos”. São fundamentais para o desenvolvimento da criança. Nossas células necessitam de proteínas para a construção de pelos, unhas, cabe- los e tecidos de todos os órgãos. Agem até na cicatrização dos ferimentos. Co re l I m ag e Ba nk . Co m st oc k Co m pl et e. IE SD E Br as il S. A . Proteínas de origem animal estão presentes nos ovos, lácteos em geral, carnes e peixes. 38 Proteínas de origem vegetal podem ser encontradas em abundância nos frutos secos, na soja, nos legumes, nos cogumelos e nos cereais completos (com gérmen). Is to ck P ho to . Is to ck P ho to . IE SD E Br as il S. A . Vitaminas – antes eram chamadas de “vital amina ou amina vital”, depois passaram a chamar-se vitaminas. São reguladoras e controlam nosso organismo em vários processos. Vitaminas: suas funções e fontes de origem Vita- mina Nome químico Observações Funções Estados caren- ciais Fontes de origem Animal Vegetal A Retinol (vitamina antixerof- tálmica). Lipossolúvel (em excesso prejudica). 1. Favorece o crescimento normal. 2. Protege a visão e participa da formação da púr- pura retiniana. 3. Protege os epitélios. 4. Participa do metabolismo dos corticoides, colesterol e hor- mônios sexuais. 5. Aumenta a resistência às infecções – efeito indireto devido à proteção da pele e mucosas. 6. Estimula a formação da dentina e do esmalte. 1. Distúrbios oculares: xerof- talmia (secura da conjuntiva), hemerolepia (ce- gueira noturna), querotomálacia (ulceração da cór- nea), dificuldade de adaptação visual e fotofobia. 2. Distúrbios cutâneos e das mucosas. 3. Diminuição da resistência às infecções. 4. Atraso no crescimento. Óleo de fígado de bacalhau, fígado, rins, leite, manteiga, queijo, nata, gema. Geralmente, em forma de precurso- res: cenoura, pimentão, alface, agrião, abóbora, beterraba, tomate, espinafre, couve, man- ga, mamão, banana e vegetais de cores vermelha, laranja, amarela e verde- -escuro. B1 Tiamina (Vitamina antiberi- bérica). Hidrossolúvel (destrói-se com o calor. Tem suas necessida- des aumenta- das quando se ingere álcool ou açúcar refinado). 1. Favorece o crescimento e o metabolismo dos tecidos. 2. Aumenta o apetite. 3. Estabelece o equilíbrio nervoso. 1. Beribéri. 2. Falta de apetite, cansaço. 3. Constipação atônica. 4. Debilidade muscular. 5. Irritabilidade. Carnes, aves, gema, leite, fígado, rins. Levedura, arroz inte- gral, trigo integral, aveia, bata- ta, ervilha, legumino- sas, maçã, pêra, amei- xa, pêssego, banana, no- zes, folhas verdes. (D is po ní ve l e m : < w w w .h or ti. co m .b r/ ho m e/ di ca s/ sa ud e/ ta be la _v ita m in as .h tm >. ) Atenção à Saúde Infantil Alimentação da criança 39 Vitaminas: suas funções e fontes de origem Vita- mina Nome químico Observações Funções Estados caren- ciais Fontes de origem Animal Vegetal B2 Ribo- flavina (vitamina do cresci- mento). Hidrossolúvel (destruída pela luz). 1. Protege a pele. 2. Protege os olhos. 3. Dá vitalidade às células ner- vosas. 4. Favorece o crescimento e o metabolismo dos tecidos. 1. Queilose (fissu- ra nos lábios). 2. Estomatite e glossite 3. Prurido (derma- tite). 4. Antibioticotera- pia prolongada. Carnes, aves, peixes, leite, manteiga, queijo, fígado, ovos. Levedu- ra, trigo integral, soja, vagem, legumino- sas, ameixa, pera, folhas verdes. B5 Ácido pan-totênico. 1. Atua na síntese de várias substâncias de importância biológica. 2. Auxilia o meta- bolismo em geral. 1. Dermatite. 2. Distúrbio degenerativo do sistema nervoso. 3. Transtornos gastrintestinais. Carnes, gema, leite, rins, fígado, geleia real. Levedu- ra, trigo, aveia, arroz integral, batata, ervi- lha, couve, couve-flor, tomate. B6 Piridoxina. Hidrossolúvel. 1. Atua em certas funções do siste- ma nervoso. 2. Ativa o meta- bolismo proteico. 1. Degeneração e atrofia de vários órgãos. 2. Disfunção do sistema nervoso central. 3. Alterações cutâneas. Carnes, fígado, rins, ovos. Batata, legumes, melado, tri- go integral. B12 Cianoco- balamina (vitamina antianêmi- ca). 1. Regula o ana- bolismo proteico. 2. Influi na hema- topoiese. Anemia perni- ciosa. Carnes, fígado, rins, bacalhau, leite, queijo, ovos. Levedura. Ácido fólico Ácido pteroil glutâmico. 1. Importante para muitas reações metabó- licas. Anemia nacrocí- tica da gravidez e da lactação. Carnes, peixes, ovos, leite, queijo, fígado, rins. Trigo inte- gral, batata, espinafre, ervilha, fei- jão, cenou- ra, laranja, levedura, vegetais folhosos. C Ácido ascórbico (vitamina antiescor- bútica). Hidrossolúvel (destrói-se com a fervura a armazenagem larga). 1. Favorece o crescimento. 2. Fortalece os ossos. 3. Dá vitalidade às gengivas. 4. Dá vitalidade aos vasos. 5. Aumenta a resistência orgânica. 6. Reforça a atua- ção do ferro. 7. Efeito anties- tresse. 1. Escorbuto. 2. Gengivites. 3. Diátese he- morrágica (vasos frágeis). 4. Diminuição da resistência às infecções. 5. Perda do apeti- te, cansaço. Fígado e rins. Pimentão verde, tomate, espinafre, ervilha, ce- noura, bró- colis, limão, laranja, cajá, goiaba, mamão, abacaxi. 40 Vitaminas: suas funções e fontes de origem Vita- mina Nome químico Observações Funções Estados caren- ciais Fontes de origem Animal Vegetal D Calciferol (vitamina anti-raquí- tica) D2 – Ergocal- ciferol D3 – Calcife- rol. Lipossolúvel (o organismo sintetiza esta vitamina devi- do à presença do ergosterol na pele e é prejudicial em excesso). 1. Influencia o equilíbrio do cálcio e fósforo. 2. Favorece a ab- sorção intestinal do cálcio. 3. Favorece a re- tenção de cálcio e fósforo nos ossos e dentes. 1. Raquitismo. 2. Osteomalácia. Óleo de fígado de bacalhau, peixes, ova, fígado, leite, manteiga, queijos inte- grais, gema de ovo. Cacau. E Tocoferol (vitamina da fertili- dade). 1. Influencia a função reprodu- tora. 2. Favorece o metabolismo muscular. 3. Antioxidan- te, protege as células de danos e degeneração. 1. Esterelidade carencial. 2. Distrofia mus- cular. Óleo de fígado de bacalhau, fígado, ovos, manteiga, leite. Germes de cereais, óle- os vegetais, sementes, nozes, castanha, banana, repolho, espinafre, folhas verde- -escuras. H Biotina. 1. Protege a pele. 2. Favorece o metabolismo das proteínas e glicídios. 1. Furunculose carencial. 2. Seborreia do couro cabeludo (caspa). 3. Eczema caren- cial. Leite, queijo, carne, ovos, fígado, rins. Levedura, arroz inte- gral, ervilha, banana, la- ranja, maçã, nozes. K Naftoqui-na. Lipossolúvel (o organismo bem nutrido que recebe quotas adequadas de vegetais sintetiza essa vitamina nos intestinos, em presençade bile). 1. Atua na coagu- lação do sangue (indispensável ao fígado para a formação da protrombina). 2. Protege os va- sos sanguíneos. 1. Hemorragias espontâneas. Fígado. Repolho, espinafre, folhas em geral, vagem, ervilha, ce- noura, óleos vegetais, alfafa. PP Ácido nicotínico ou niacina Nicoti- namida (Vitamina antipela- grosa). Hidrossolúvel. 1. Indispensá- vel para que a energia dos alimentos seja aproveitada. 1. Pelagra. 2. Lesões na pele e mucosas. 3. Parestesias. 4. Perda de energia. Carnes, peixes, leite, queijo, fígado, rins, ovos. Levedura, nozes, trigo, aveia, arroz integral, cen- teio integral, amendoim, café, chá mate, couve, cenoura, cebola, espinafre, tomate, pimentão, vagem, soja, pêra, maçã, ameixa, pês- sego, limão, leguminosas. Atenção à Saúde Infantil Alimentação da criança 41 Vitaminas: suas funções e fontes de origem Vita- mina Nome químico Observações Funções Estados caren- ciais Fontes de origem Animal Vegetal P Rutina ou Citrina. Quase identi- ficada com a Vitamina C. 1. Favorece a vitalidade dos vasos sanguíne- os e da pele. Limão, espinafre, páprica, fo- lhas verdes (algumas). Sais minerais – os sais minerais existem em grande variedade, e cada um faz um trabalho diferente. Temos o cálcio, que mantém firme nossos ossos; o ferro, importante para a respiração celular (ele é um componente fundamental do sangue, pois faz a troca de gás carbônico pelo oxigênio); o cobre, que influi na formação dos tecidos da pele; o zinco, que ajuda o sistema imunológico; o fósfo- ro, importante para o funcionamento dos músculos; o sódio, que regula a quan- tidade de água no corpo; o potássio, que ajuda no metabolismo das proteínas e na contração dos músculos; o iodo, que regula o funcionamento da tireoide, uma glândula responsável pelo crescimento. O sal que usamos para cozinhar chama-se cloreto de sódio. Ele é obtido pela evaporação da água do mar, em lugares chamados salinas. O cloreto de sódio pode ser retirado de minas, lugares que eram recobertos pelo mar há milhões de anos. Fibras – as fibras alimentares não fornecem nutrientes para o organismo, en- tretanto elas são um elemento essencial na dieta. As fibras são um paradoxo porque não alimentam, mas são essenciais à saúde. Elas previnem doenças graves e até podem ajudar no emagrecimento. Dietas com quantidades suficientes de fibras regularizam o funcionamento do intesti- no e evitam prisão de ventre. São encontradas nas verduras e cascas de frutas. Todos esses nutrientes são encontrados nos alimentos que a natureza nos fornece. Qualquer tipo de alimentação pronta (sopinhas infantis, enlatados, macarrão semipronto), congelada (frutas, pedaços de frangos empanados, bo- linhos) ou em pó (sucos) não fornece as quantidades de nutrientes necessários para nosso corpo e não deve ser usada como substituta da alimentação natural. Vamos conhecer e decifrar as siglas que são trazidas nos rótulos das embalagens: 42 Valor calórico kcal Carboidratos gramas (g) quantidade de calorias ou energia Proteínas gramas (g) Gorduras totais gramas (g) somatória de todas as gorduras Gorduras saturadas gramas (g) Colesterol miligramas (mg) Fibra alimentar gramas (g) Cálcio miligramas (mg) Ferro miligramas (mg) Sódio miligramas (mg) Importante: faça da observação uma prática sempre que for comprar algum produto. Seguem algumas dicas: não compre alimentos que contêm gorduras trans: margarinas, bolachas, � salgadinhos etc.; observe a quantidade de gorduras saturadas e de colesterol; � o termo � light, segundo portaria 41/95 do Ministério da Saúde, refere- -se ao produto que apresenta uma redução de, no mínimo, 25% do valor ca- lórico total em relação ao alimento convencional, por exemplo: sucos ado- çados e sucos com pouco açúcar. Segundo a mesma portaria, o produto diet é o que deve atender a restrição de certos ingredientes, sendo o mais co- mum o açúcar, pois estes geralmente são produtos de uso para diabéticos; observe as quantidades de minerais: ferro, cálcio, sódio, entre outros, pois � são importantes para nosso organismo; dê preferência para alimentos que contenham fibras; � quase todos os alimentos informam se há ou não glúten, pois existem pes- � soas alérgicas a essa substância; � produtos que contêm sódio (bebidas líquidas) são importantes e podem ser bastante consumidos nos estados de desidratação e diarreia, como a água de coco. Alimentação na escola Nas escolas há várias situações que podem ou não contribuir na alimentação das crianças. Se as crianças levam lanches de casa para escola, as mães preci- Atenção à Saúde Infantil Alimentação da criança 43 sam inserir lanches mais saudáveis, sucos em vez de refrigerantes. As escolas que possuem cantinas devem oferecer alimentos mais saudáveis e não apenas salgadinhos, alimentos gordurosos e refrigerantes. Nas escolas que oferecem merenda, esta deve ser responsabilidade de nutricionistas e as cozinheiras (ou merendeiras) devem passar por cursos de aperfeiçoamento de preparo de refei- ções para melhor utilização dos nutrientes. Vale ressaltar que o papel do professor(a) durante as refeições dos alunos tem importância fundamental no incentivo e no processo de aprendizado das crian- ças em relação a escolher e a gostar de uma alimentação variada e equilibrada. Antes das refeições não é aconselhável que as crianças brinquem durante muito tempo nem fiquem cansadas, pois isso atrapalha sua alimentação. Segundo a nutricionista Martha (2008), para obter uma lancheira saudável é necessário conhecer algumas dicas importantes: � Os alimentos, de modo geral, estão sujeitos a sofrer alterações, deteriorando-se, se não forem tomadas precauções visando a sua preservação. Por isso, as lancheiras e os recipientes utilizados para acondicionar os alimentos devem estar sempre limpos. Para isso, deve-se lavar em água corrente com detergente neutro usando escovas ou esponjas que devem ser separadas exclusivamente para essa finalidade. Enxaguar abundantemente em água corrente, até a retirada de todo o resíduo de detergente. � No caso das garrafas térmicas, recomenda-se na lavagem o uso de escovas próprias semelhantes às utilizadas na higienização de mamadeiras, para auxiliar na retirada completa dos resíduos. � Alimentos mais indicados para o lanche da escola são frutas, frutas secas, suco de frutas, barra de cereais, pães simples e integrais, bolos e biscoitos simples, água de coco, queijos e margarina [sem gordura trans]. � Utilizar frutas inteiras e devidamente higienizadas, para evitar que a criança se suje muito e dependa de um adulto. Não cortar ou descascar a fruta para evitar o processo de oxidação e as perdas de nutrientes. Vale ressaltar o bom senso nesse item: caso a criança seja muito pequena e não consiga comer sozinha a fruta inteira, a escola precisa orientar as professoras para acompanhar e estimular o consumo, e não para inibi-lo só porque é mais difícil e complicado do que um chocolate ou uma bolacha. Compre aqueles aparelhos simples e com preço acessível que são destinados para cortar a fruta (maçã, pêra, goiaba etc.) em gomos. Essa dica também vale para as crianças que estão na fase de trocar sua dentição e para as que usam aparelho ortodôntico. Os sucos de fruta naturais acondicionados em embalagens longa vida são práticos, nutritivos e higiênicos. Os in natura (frescos, feitos em casa) podem ser utilizados se forem acondicionados em garrafas térmicas e por um curto período de tempo, para evitar perdas nutricionais importantes ou alteração de sabor. 44 Utilizar bolos e biscoitos simples. Os bolos recheados ou com cobertura têm maior risco de contaminação, principalmenteem dias mais quentes. Os biscoitos recheados são menos saudáveis por conter, em geral, mais gordura. Devem-se evitar salgadinhos, refrigerantes, sucos artificiais e guloseimas (balas, pirulitos, chicletes etc.), por não apresentarem valor nutricional significativo, não serem saudáveis e, além disso, prejudicarem o apetite para o consumo dos alimentos realmente importantes. Portaria Interministerial 1.010, de 8 de maio de 2006 Institui as diretrizes para a Promoção da Alimentação Saudável nas Es- colas de Educação Infantil, Fundamental e Nível Médio das redes públicas e privadas, em âmbito nacional. [...] Art. 5.º Para alcançar uma alimentação saudável no ambiente escolar, de- vem-se implementar as seguintes ações: I - definir estratégias, em conjunto com a comunidade escolar para fa- vorecer escolhas saudáveis; II - sensibilizar e capacitar os profissionais envolvidos com alimentação na escola para produzir e oferecer alimentos mais saudáveis; III - desenvolver estratégias de informação às famílias, enfatizando sua corresponsabilidade e a importância de sua participação neste processo; IV - conhecer, fomentar e criar condições para a adequação dos locais de produção e fornecimento de refeições às boas práticas para serviços de alimentação, considerando a importância do uso da água potável para consumo; V - restringir a oferta e a venda de alimentos com alto teor de gordura, gordura saturada, gordura trans, açúcar livre e sal e desenvolver opções de alimentos e refeições saudáveis na escola; VI - aumentar a oferta e promover o consumo de frutas, legumes e verduras; VII - estimular e auxiliar os serviços de alimentação da escola na divulga- ção de opções saudáveis e no desenvolvimento de estratégias que possibili- tem essas escolhas; Atenção à Saúde Infantil Alimentação da criança 45 VIII - divulgar a experiência da alimentação saudável para outras escolas, trocando informações e vivências; IX - desenvolver um programa contínuo de promoção de hábitos ali- mentares saudáveis, considerando o monitoramento do estado nutricional das crianças, com ênfase no desenvolvimento de ações de prevenção e con- trole dos distúrbios nutricionais e educação nutricional; e X - incorporar o tema “alimentação saudável” no projeto político peda- gógico da escola, perpassando todas as áreas de estudo e propiciando expe- riências no cotidiano das atividades escolares. [...] (Disponível em:<www.ftp://ftp.fnde.gov.br/web/resolucoes_2006/por1010_08052006.pdf>.) Alergias alimentares Outro fator importante para observar na alimentação da criança são as aler- gias por determinados alimentos ou por substâncias (naturais ou não) presentes em alimentos prontos; é o caso dos corantes artificiais contidos em alimentos (salsichas), sucos ou refrigerantes. Nem sempre a criança apresenta alergia no primeiro contato com o alimento ou a substância, às vezes pode ser até no ter- ceiro contato, por isso é importante estar atento aos sinais de alergia alimen- tar, tais como: pele irritada, problemas gastrintestinais e respiratórios, cefaleias, dores nas articulações, fadiga e mal-estar geral. Os alimentos mais comuns que causam alergia são: maçã, nozes, tomate, leite, ovos, espinafre, uva, banana, amendoim, cacau, frutos do mar, soja, frango, chocolate e especiarias. Uma alergia pouco conhecida é a alergia ao glúten, substância que encon- tramos na maioria das farinhas. Ele causa uma alergia que não conseguimos observar, pois inicialmente acarreta irritação nas paredes do intestino. Suas ma- nifestações ocorrem no intestino delgado, onde são absorvidos os nutrientes. O glúten impede a absorção desses nutrientes, logo a criança pode iniciar um quadro de anemia ou desnutrição mesmo alimentando-se bem. Em um quadro mais severo, pode causar irritação no intestino, aparecendo sangue nas fezes, fato que pode ser confundido com verminoses. Em qualquer situação, é importante recorrer à assistência médica, pois é sempre o médico que deve diagnosticar e tratar o problema. 46 Texto complementar Estudo liga boa nutrição de bebês a salários mais altos na fase adulta (BBC Brasil, 2008) Um estudo realizado por cientistas norte-americanos liga a boa nutrição até os 3 anos de idade a uma renda mais alta na fase adulta. A pesquisa, publicada na revista científica The Lancet, comparou a situa- ção financeira e profissional de 1,5 mil pessoas entre 25 e 42 anos na Guate- mala com dados colhidos quando estas eram bebês. Esses dados vieram de uma pesquisa realizada durante 1969 e 1977, quando o Instituto de Nutrição da América Central e Panamá (Incap, na sigla em inglês) analisou o efeito do consumo de proteínas no desenvolvimento mental e físico de crianças de quatro vilas do país. Nesse estudo, o Incap dividiu as cidades em dois grupos: um recebeu um suplemento nutritivo líquido e outro um placebo. Os cientistas americanos da Universidade de Emory, em Atlanta, nos Esta- dos Unidos, obtiveram dados econômicos recentes de 60% das pessoas que participaram, quando criança, da pesquisa do Incap. O estudo divulgado nesta sexta-feira indica que os homens que consumi- ram o suplemento nutritivo até os 3 anos de idade tinham um salário 46% maior do que os que haviam consumido o placebo. Os cientistas também observaram que os homens que haviam consu- mido o suplemento nutritivo entre 0 e 2 anos trabalhavam menos horas e tinham renda maior. Para obter uma estatística mais precisa, os cientistas consideraram fato- res como a qualidade das escolas e a localização das cidades, que poderiam influenciar no resultado. Atenção à Saúde Infantil Alimentação da criança 47 Sexo O aumento nos salários, no entanto, não foi observado nas mulheres que participaram da pesquisa. Segundo John Hoddinott, que liderou o estudo, as razões para a diferen- ça de aumento salarial entre os sexos pode ser a natureza do trabalho das mulheres, que normalmente trabalhavam na colheita agrícola e em outras atividades de renda baixa. De acordo com ele, a equipe pretende desenvolver mais pesquisas para esclarecer a diferença do resultado entre homens e mulheres. Efeitos Hoddinott ressalta que a principal influência da boa nutrição sobre os salários na fase adulta não estaria relacionada com um crescimento físico, mas com uma melhoria na atividade cerebral. “A idade entre 0 e 3 anos é considerada como uma janela de ouro para os nutricionistas”, afirma Hoddinott. “Nas crianças novas, a subnutrição tem efeitos sérios, pois pode retardar o crescimento e afetar o desenvolvimento do cérebro”, esclarece. Segundo ele, os cientistas suspeitam que a diferença na capacidade cog- nitiva das crianças bem nutridas foi crucial para os resultados da pesquisa. Economia Os pesquisadores sugerem que investimentos em nutrição na infância po- deriam se tornar fatores importantes no crescimento econômico de um país. De acordo com Hoddinott, o estudo publicado nesta sexta-feira é o pri- meiro a estabelecer “uma relação direta entre a boa nutrição na infância e a produtividade econômica na vida adulta”, afirma. “Os governos que estão interessados em reduzir a pobreza deveriam in- vestir mais em nutrição antes do período escolar”, aconselha o pesquisador. 48 Atividades 1. Para fazer esta atividade, pesquise no site do Fundo Nacional de Desen- volvimento da Educação (<www.fnde.gov.br/home/index.jsp?arquivo= alimentacao_escolar.html>.) no link Encontros Nacionais – oficinas de cardá- pios. Em seguida, monte um cardápio escolar para uma semana. 2. Faça uma pesquisa a respeito de como o professor pode acompanhar os alu- nos acometidos pelo diabetes e elabore um resumo. Atenção à Saúde Infantil Alimentação da criança 49 3. Organizar trios para selecionar embalagens de produtos alimentícios. Cada participante deve
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