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Questões_do_Thomas_S._Kuhn_-_Resolvidas (1)

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Questões do Thomas s. Kuhn
1 – Por que as Revoluções científicas não podem ser tratadas como um processo de desenvolvimento acumulativo e quais as consequências deste fato?
Uma Revolução científica ocorre quando o paradigma atual entra em crise, por sua vez, a crise começa quando surge um fenômeno que o paradigma não prevê e não consegue explicar, tal fenômeno denominado anomalia é o pré-requisito de uma revolução cientifica. Como a anomalia é um fato que não fora previsto, ela não se encaixa em nenhuma teoria já conhecida, daí vem que uma revolução não pode ser acumulativa, já que a revolução caracteriza a procura para a solução deste problema, que culminará na mudança de paradigma. Como dois paradigmas diferentes não podem ser comparados, tem-se que as revoluções cientificas não possuem caráter acumulativo. Tal fato nos indica que novas descobertas podem alterar completamente nossa visão atual do mundo. 
2 – Por que Kuhn diz que o trabalho da ciência normal é parecido com a resolução de quebra-cabeças?
Como na resolução de quebra-cabeças, a ciência normal tem o objetivo de encontrar aquilo que é previsto pelo paradigma, ou seja, a pesquisa normal é um processo no qual o resultado obtido tem que ser o resultado esperado. Dessa maneira, o importante não é p resultado em si, mas a maneira como este foi obtido, o método utilizado. Assim, pode se dizer, que com o desenvolvimento da ciência, a precisão e simplicidade vão sendo cada vez mais valorizadas.
3 – Qual a relação entre operação limpeza e resolução de quebra-cabeças? Explique.
Quando a resolução de quebra-cabeça não cabe dentro do paradigma, ocorre a operação limpeza, que é quando o cientista deseja encaixar o mundo naquele paradigma, ou seja, tenta resolver a anomalia, delimitando-a nos limites do paradigma.
4 – Qual a relação entre regras da ciência normal e o paradigma? Explique.
O paradigma independe de qualquer regra, e este pode sozinho guiar a ciência normal. Em outras palavras, o paradigma é prioridade em relação às regras, que muitas das vezes ficam até difíceis de definir. A existência de um paradigma não implica na existência de um grupo de regras. Estas podem se tornar necessárias somente em momentos em que o próprio paradigma começa a gerar duvidas sobre suas aplicações.
5 – Qual a diferença entre anomalia e quebra-cabeças? Explique.
Inicialmente não há distinção, até o cientista conseguir desenvolver outro paradigma, ai sim,olhando para trás consegue distinguir as anomalias dos quebra-cabeças. Então a anomalia, deixa de ser um quebra cabeças difícil para ser algo que não faz parte do paradigma e que por essa razão não tem solução dentro dele. Enquanto o quebra-cabeças constitui um problema dentro do paradigma e que pode ser resolvido dentro de seus limites.
6 – O que é, para Kuhn, uma descoberta científica? Como ela se dá?
Uma descoberta científica surge com o reconhecimento da anomalia, tanto conceitual como experimentalmente, e esta só se completa ao transformar o imprevisto no esperado, ou seja, só termina quando são feitos os ajustes necessários para torna-la parte do paradigma, de forma que este será capaz de prevê-la e explica-la, ou se necessário pode ocorrer também a substituição do paradigma, por outro que ajuste melhor ao fenômeno.
7 – Como se dá a transição entre a ciência normal e a ciência extraordinária? Explique.
O cientista quando se depara com anomalias em paradigmas da ciência normal e toma consciência disso, inicia outra forma de estudo, a ciência extraordinária, que pode ter como resultado um novo paradigma. Sendo assim a ciência extraordinária vem da ciência normal, quando esta se volta em explicar algum aspecto da natureza que não está devidamente relacionado com o atual paradigma.
8 – Quais as semelhanças entre ciência pré-paradigmática e ciência extraordinária? Explique. 
Na verdade a ciência pre-paradigmatica e ciência extraordinária tem somente uma diferença: na pre-paradigmatica não existe nenhuma teoria anterior (paradigma), e na ciência extraordinária sim. Mas as duas são ciências que vão dar origem a vários teorias e paradigmas e o sucesso destas vai depender da capacidade de fazerem com que a maior parte da comunidade passem a aderi-la. Mais uma vez a diferença é que enquanto o paradigma da ciência pré-paradigmatica tem tudo para se tornar o primeiro manual, o da ciência extraordinária vem com o intuito de substituir outro.
9 – Por que as Revoluções são invisíveis para os cientistas?
Grande parte da imagem que cientistas tem da atividade criadora provém de manuais científicos textos de divulgação e obras filosóficas que disfarçam sistematicamente a existência e o significado das revoluções cientificas.
10 – Sendo a ciência normal um processo de limpeza do paradigma e de resolução de quebra-cabeças, como se explica a menor estabilidade do paradigma científico em comparação ao senso-comum?
O senso comum parte do saber partilhado, aquilo que é comum a todos, por isso qualquer conhecimento não deve ser necessariamente testado, e pode fazer parte apenas dos costumes e boas maneiras, assim, pode se dizer que o senso comum é menos rigoroso em relação a seus “fenômenos” e sendo assim, mais estável. Já a ciência vem com o intuito de explicar fatos, de maneira como eles realmente são, baseados em estudos e pesquisas cientificas, o que a torna mais rigorosa e precisa, sendo assim qualquer tipo de problema lhe fara perder a credibilidade, por isso a ciência é mais instável.
11 – Na mudança de paradigma os próprios dados mudam. Explique esta afirmação e comente sobre sua importância para a compreensão da evolução da ciência?
Na mudança de paradigma, ocorre também a mudança na maneira de ver o mundo, o que era ciência pode deixar de ser e o que não era pode vir a ser ciência. Tal mudança afeta não só na obtenção de dados mas também na maneira como estes vão ser analisados. Isso tudo faz com que a ciência evolua, por que cada mudança de paradigma transforma totalmente a ciência.
12 – Dado que a ciência normal não busca novidade, e quando bem sucedida não as encontra, explique como é possível que ela seja substituída por outro período de ciência normal?
Mesmo que a ciência normal não busque novidades e o próprio trabalho do especialista na resolução de quebra-cabeças dentro da ciência normal pode se deparar com anomalias que vão dar inicio a pesquisa extraordinária e através dela pode surgir novos paradigmas que vão substituir completamente o outro paradigma ou apenas acrescentar a ciência normal.
13 – Cientistas viam mundos diferentes usando os mesmos instrumentos. Explique essa afirmação e comente sobre sua importância para a história da ciência.
A visão do mundo está diretamente relacionada com o paradigma e não com os instrumentos de experimentação. O cientista só vê aquilo que seu paradigma lhe permite ver, por isso, mesmo usando os mesmos instrumentos se forem cientistas guiados por paradigmas diferentes, dificilmente chegaram a mesma conclusão. Guiados por um novo paradigma cientistas adotam novos instrumentos e orientam seu olhar em novas direções. São reeducados aprendendo a ver uma nova forma em situações com as quais já esta familiarizado, pois, o que o homem vê depende tanto daquilo que ele olha como daquilo que sua experiência visual conceitual o ensinou a ver. A importância disto é que possibilita o desenvolvimento da ciência, pois após uma revolução os cientistas “se adaptam” ao novo paradigma. 
14 – O que é a pesquisa pré-paradigmática? Cite algumas características deste estagio?
É a pesquisa que ainda não tem um paradigma como base. Ela tem inicio quando varias pessoas pesquisam sobre assuntos não necessariamente iguais, debatem essas pesquisas para tentar criar uma teoria sobre o assunto de modo que ela consiga dar conta de diversos problemas e depois divulgam essa teoria tentando fazer com que ela atinja uma comunidade significativa.
15 – O que é ciência normal? Quais são os 3 tipos ou focos de atividade que ela desenvolve?
A ciência normal está limitada ao paradigma,é a pesquisa e a resolução de quebra-cabeças do paradigma. Dessa forma, a ciência normal se desenvolve em torno daquilo que já foi descoberto e tenta aprimorá-lo. A ciência normal consiste no aperfeiçoamento do paradigma, e para tal ela pode atuar de três maneiras: Desenvolver pesquisa naquilo que o paradigma mostrou ser central; estudar aqueles fenômenos, que embora sejam secundários, reafirmam a capacidade de previsão do paradigma e; a resolução de ambiguidades que são formadas dentro do paradigma.
16 – O que é a Revolução Científica?
Revolução cientifica é o processo de mudança de paradigma. É quando um paradigma substitui o outro, sendo que o ultimo somente foi descoberto através de uma crise no seu paradigma anterior.
17 – Como a Revolução Científica se dá?
A revolução científica surge a partir de uma crise no paradigma, a crise por sua vez, surge com o reconhecimento da anomalia, que gera o inicio de um novo estudo, caracterizando a ciência extraordinária. Desta ciência, vai se formar o novo paradigma, que substituirá o anterior, e daí tem-se a Revolução científica, que é a mudança dos paradigmas.
18 –Por que a ciência normal é tão bem sucedida e por que ela progride rapidamente?
A ciência normal tem como base o paradigma, ela é uma ciência detalhada e baseada em estudos anteriores. O paradigma já antecipa o resultado da pesquisa normal, por isso ela é tão bem sucedida. Já a sua rapidez é devido ao fato de que quando surge algum problema a ciência tende a ignorá-lo, e não perder tempo estudando unicamente.
19 – A ciência normal encoraja a descoberta de novidades?
A ciência normal não encoraja descobertas de novidades, pois estas vão em total desacordo com o paradigma. Enquanto a pesquisa normal se volta para encontrar o previsto pelo paradigma, a descoberta saí completamente do esperado, gerando um erro na forma de previsão do paradigma.
20 – Qual é o papel do paradigma na ciência normal? Para que ele serve e como é utilizado?
O paradigma serve para direcionar a visão dos cientistas e guiar seus trabalhos de acordo com as suas previsões, ou seja, um paradigma orienta a pesquisa da comunidade cientifica. A ciência normal vai melhorar o paradigma tornando-o mais preciso em condições novas ou mais rigorosas para realizar operações de limpeza e revolucionar quebra-cabeças. 
21 – Explique a relação entre paradigmas, regras da ciência normal e conhecimento tácito?
O paradigma rege a ciência normal e por essa razão o paradigma não precisa, necessariamente de regras para funcionar, sendo assim seus conceitos são aprendidos de forma tácita, ou seja, aprende-se com a própria convivência. Realizando pesquisa dentro de seus limites s cientistas desenvolvem um conhecimento do paradigma sem a necessidade de regras serem impostas. 
22 – O que é uma anomalia? Qual seu papel no modelo epistemológico de Thomas Kuhn?
Uma anomalia é algo que o paradigma não consegue explicar, algo que foge de suas previsões. Seu papel é induzir mudanças nos paradigmas, uma vez que quando surge anomalias o paradigma deve ser articulado a fim de encaixar a anomalia no paradigma . Isso , no entanto, pode acabar fazendo com que a ciência entre no período de ciência extraordinária o que pode causar o surgimento de um novo paradigma, uma revolução cientifica.
23 – Como a ciência normal produz naturalmente anomalias?
A ciência normal produz anomalias através da pesquisa cientifica, uma vez que as vezes os cientistas se deparam com novos e insuspeitados fenômenos, já que por mais eficaz que seja o paradigma ele não é universal. Como os cientistas são especialistas naquele assunto,é fácil detectar um problema no paradigma.
24 – Por que a ciência normal nos leva naturalmente para a Revolução Cientifica?
Um paradigma, por mais que seja eficaz, não é universal, ou seja, não engloba todos os tipos de fenômenos, isso implica que problemas possam surgir, portanto com o desenvolvimento da pesquisa cientifica pode ocorrer crises. Se o paradigma não conseguir resolver a anomalia surge a necessidade de uma mudança que ocorre com a Revolução Cientifica.
25 – Por que Revoluções científicas precisam da prévia existência de um paradigma para ocorrer?
Porque é dentro dos paradigmas que surgem as anomalias que irão dar origem à ciência extraordinária que posteriormente pode resultar em um novo paradigma, dando inicio à revolução. Pode se dizer que a anomalia é um pré-requisito da revolução, e este só existe quando um paradigma não é capaz de explica-la, o que leva diretamente na existência de um paradigma anterior.
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27 – Como a descoberta de uma anomalia pode causar uma revolução cientifica? 
Quando o paradigma não é capaz de prever um fenômeno, temos aquilo que chamamos de anomalia, a partir desse momento os cientistas se voltam para a resolução desta. É necessário, então, articular o paradigma para que este seja capaz de prever o fenômeno, tais articulações podem provocar uma mudança radical dentro do paradigma. Assim, o paradigma atual, pode ser até substituído por outro que seja mais adequado, caracterizando assim uma revolução cientifica. 
28 – Caso a anomalia não cause uma Revolução científica, como a ciência normalmente reage às anomalias? Justifique.
A primeira reação da ciência normal à anomalia é considera-la como um erro experimental, ou seja, quando um cientista normal faz uma descoberta e encontra algo que não foi previsto pelo paradigma, ele considera sua pesquisa um fracasso, e concluiu que a descoberta veio de um erro seu. Assim, de principio, uma descoberta pode ser tratada apenas como um quebra-cabeças muito difícil de ser resolvido, e muitas das vezes é deixada de lado para que futuros cientistas possam resolver. Caso, a ciência venha a resolver a anomalia está deixa de ser uma descoberta e passa a ser prevista no paradigma.
29 – O que significa dizer que dois paradigmas são incomensuráveis?
Não existem dois paradigmas que sejam iguais, na medida em que cada paradigma prevê determinados tipos de fenômenos, e cada paradigma descreve com diferente relevância cada fenômeno. Assim, o que um paradigma pode descrever como ciência, o outro pode desconsiderar, dessa forma, não existe um meio pelo qual possa se comparar dois paradigmas. Já que os fenômenos só faram sentido quando explicados dentro do seu próprio paradigma, impossibilitando sua interpretação por qualquer outro.
30 – Por que a descoberta de novos fatos quase sempre implica em mudanças de paradigmas?
A ciência normal se baseia na capacidade de previsão de um determinado paradigma, ou seja, todo e qualquer resultado da pesquisa normal já é, de certa forma, antecipado pela previsão do paradigma. Quando este se torna incapaz de prever tal fenômeno, uma anomalia é criada. Aquilo que foge ao previsto pelo paradigma, no caso as descobertas, são aquilo que geram uma contradição. Em outras palavras, o paradigma começa a entrar em crise, pelo fato de não ser mais capaz de prever todos os fenômenos, dessa forma, resta aos cientistas articularem o paradigma no intuito de tornar a descoberta algo previsível no paradigma. E é assim que as descobertas quase sempre implicaram na mudança de paradigmas, pois tais articulações podem ser tão profundas que chegam até a mudar completamente o paradigma.
31 – Como a mudança de paradigma implica na mudança da nossa maneira de ver o mundo?
O paradigma é o que determina à forma de o cientista ver o mundo, quando este sofre mudanças, a maneira de ver o mundo também muda. Por exemplo, quando um paradigma é posto em contradição, e é necessário alterá-lo, tudo aquilo que era considerado ciência pode deixar de ser, e aquilo que não era ciência pode passar a ser, dessa forma é possível ver uma relação direta entre a mudança do paradigma e a forma de ver o mundo.
32 -Qual a relação entre mundo e paradigma? Qual vem primeiro?
O paradigma é quem descreve o mundo, portanto nunca haverá o mundo sem o paradigma. O que nos leva a concluir que o paradigma veio primeiro, e assim foi possível ter uma visão de mundo, ou , os doisvieram juntos, mas jamais o mundo veio antes do paradigma.
33 – Para Kuhn, qual a importância da História e suas contingencias para a ciência?
Kuhn tenta descrever que a ciência se desenvolveu juntamente com a história, ou seja, a ciência não segue um curso programado e individual, ela é fortemente influenciada pelo meio e pelo momento histórico deste. Assim, pode se dizer que cada época provocou um certo enfoque em diversas áreas da ciência, se não fosse assim, muitas descobertas poderiam ter sido tratadas de formas irrelevantes.
34 – O que é ciência normal?
Ciência normal é a ciência baseada em um paradigma, ela se volta em pesquisar os fenômenos descritos por este. É uma ciência precisa e detalhada, onde o resultado obtido tem que ser o esperado.
35 – O que o experimento das cartas nos mostra? Qual a sua relevância para as teorias de Kuhn?
Sobre a questão da Gestalt, que é passar a ver o mundo de uma nova forma, Kuhn compara a experiência de cartas anômalas com as crises científicas, as pessoas participantes são confrontadas com cartas de baralho com combinações de naipes e cores inválidas,algumas pessoas relatam sensações de confusão mental e mal-estar, que tendem a desaparecer com o aumento do tempo de exposição que resulta na conscientização das alterações existentes daí as pessoas passam a tomar consciência da alteração e passam a ser capaz de reconhece-las. Kuhn usa esta experiência para confrontar com situações históricas ocorridas no desenvolvimento das ciências e seus paradigmas, que as seguem.
36 – Qual a relação entre Revolução Cientifica e revoluções politicas?
Nas duas revoluções surge um crescimento de mudanças . Na política isso se chama instituições e na cientifica, paradigmas, e essas mudanças são proibidas pela ciência ou pela própria instituição. Assim, os membros da comunidade são levados a escolher novas instituições ouparadigmas, usando como meio de ação a força ou a persuasão.
37 – Por que é tão difícil e raro abandonar um paradigma?
A ciência normal é totalmente baseada no paradigma, é ele quem determina como é o mundo, como ele deve ser visto e determinado. Mudar o paradigma é mudar completamente de visão, sendo assim, ele quase nunca será questionado. É mais fácil o cientista está errado, do que a ciência toda, por isso quase nunca um paradigma é abandonado, pois os cientistas insistem nele até o máximo possível.
38 – Como se dá o processo de abandono dos paradigmas? Por que este processo não pode ser lógico ou racional?
Um paradigma não é abandonado, é substituído. Um cientista jamais largaria seu paradigma, por nenhum outro. O processo se inicia com a consciência da anomalia, que gera a crise, e que consequentemente abre espaço para a ciência extraordinária. Desta surge um novo candidato a paradigma, mas não necessariamente um, podem surgir vários e assim começa a disputa. Como os paradigmas são incomparáveis, não existe uma disputa logica ou racional entre eles, pois não há o que se comparar e assim não há o que dizer a favor de um ou de outro para se tomar um decisão racional, a decisão acaba por ser psicológica, onde o paradigma que melhor persuadir a comunidade será o substituto. 
39 – Por que Kuhn diz que a disputa de paradigmas é um dialogo de surdos? Qual a importância disso para a teoria de Kuhn?
Kuhn diz que os paradigmas são incomensuráveis ,ou seja ,são mundos totalmente diferentes, então quem vive dentro de um paradigma o defende utilizando dos seus próprios meios, já que não há relação entre este paradigma e qualquer outro. O dialogo de surdos ocorre, por que cada paradigma se utiliza para se defender e explicar, assim como um partido politico, a decisão final cai sobre o que desenvolveu maior persuasão.
40 – Explique a relação entre livros, manuais e artigos especializados na passagem da era pré-paradigmática?
Quando um grupo de cientistas aceitam um único paradigma surgem os manuais, os livros e os artigos especializados. Estes têm a função de expor as teorias aceitas, demonstrando suas aplicações, observações e experiências. Eles servem para que um cientista exponha suas teorias e para que outros possam dar continuidade à elas sem ter que começar do inicio. Eles diferem entre si apenas no fato de que os manuais e os livros são destinados a toda a comunidade cientifica, enquanto os artigos são destinados apenas aos interessados naquela pesquisa.
41 – O que significa dizer que paradigmas são apenas promessas de sucesso? Qual a importância disso para ciência normal?
Significa que não se sabe se um paradigma é realmente bem sucedido, pois, inicialmente, esse paradigma é apenas melhor que os seus competidores. Para a ciência normal isso é importante pois é dessa promessa que ela se ocupa, procurando melhorar cada vez mais o paradigma, ampliando o conhecimento dos fatos do paradigma, a relação entre eles, as predições do paradigma e articulando o próprio paradigma.
42 – Como se dá a articulação entre o paradigma e o mundo?
Inicialmente, na tentativa de explicar uma maior quantidade de fatos, força-se a natureza a se encaixar nos limites do paradigma, entretanto isso é muito difícil de se fazer. Dessa maneira o paradigma é articulado, sendo amplificado de maneira a enquadrar os fatos desejados da natureza. Entretanto muitas das vezes a reformulação do paradigma é insuficiente e nesse caso é preciso substituí-lo por outro e quando isso ocorre a maneira de visualizar o mundo também muda, isso porque o mundo agora é explorado de maneira diferente da anterior e o que era visto de uma maneira agora é visto de outra completamente diferente. Cientistas podem basear-se em um mesmo paradigma e mesmo assim visualizar o mundo de formas diferentes entre si.
43 – Por que o fracasso científico cai sobre o cientista e não sobre o paradigma? Qual a importância disso para a ciência normal?
O paradigma rege a ciência normal, e por isso é preservado ao máximo, isso porque qualquer alteração neste implica em consequências para toda aquela ciência. Um paradigma só é dito como errado quando existe um outro paradigma para substitui-lo, do contrario o fracasso cientifico é do cientista e não do paradigma. Dessa maneira um paradigma não entra em crise e com isso continua a ser um estudo da ciência normal. De certa forma, foi isso que permitiu um rápido desenvolvimento da ciência, pois permitiu que sempre ocorressem estudos, se a cada erro o paradigma fosse trocado a ciência não progrediria. 
44 – O que significa dizer que as respostas e até mesmos as próprias questões dependem dos paradigmas? Qual a importância disso para o processo da Revolução Científica?
Só se “pergunta” a um paradigma aquilo que ele pode responder e ele so “responderá" aquilo que lhe está ao alcance responder. Quando ocorre a mudança de paradigma as perguntas e as respostas a ele relacionadas não são transferidas ao paradigma substituto, porque todo o manual do paradigma muda, assim os conceitos, as relações e o mundo não serão vistos da mesma maneira, logo as questões e as soluções dependem do paradigma. No processo de Revolução Cientifica isso significa que a ciência é não cumulativa, pois se a mudança de paradigma muda as perguntas e as suas soluções então significa que os paradigmas sucessivos não são compatíveis.
45 – Por que podemos dizer que, para Kuhn, a diferença entre descoberta a invenção é artificial?
Porque a descoberta e invenção estão intimamente relacionadas. Na descoberta há o reconhecimento das falhas de um paradigma e na invenção a formulação de uma teoria que supra essas falhas. Sendo assim, a descoberta de fatos ocasiona a invenção de novas teorias, e, por conseguinte, a invenção de novas teorias pode ocasionar a descoberta de novos fatos.
46 – Se só experimentamos o que é previsto e habitual, como é possível descobrir uma anomalia?
A anomalia não é descoberta desde o inicio. No começo ela é tratada apenas como um quebra-cabeças que aparentemente é difícil de resolver. Entretanto, após alguns estudos o cientista, tendo conhecimento do que era previsto pelo paradigma,percebe que algo não saiu conforme o esperado e, portanto, percebe que o quebra-cabeças difícil era uma anomalia.
47 – Qual as diferenças e semelhanças entre anomalia e quebra-cabeças?
Inicialmente não há distinção, até o cientista conseguir desenvolver o paradigma e olhando para trás consegue distinguir as anomalias dos quebra-cabeças. Então a anomalia, deixa de ser um quebra cabeças difícil para ser algo que não faz parte do paradigma e que por essa razão não tem solução dentro dele. Enquanto o quebra-cabeças constitui um problema dentro do paradigma e que pode ser resolvido dentro de seus limites.
48 – Qual a relevância das teorias ad hoc? Com que proposito elas são utilizadas na ciência?
As teorias ad hoc surgem na tentativa de se articular um paradigma frente a um problema sem solução. Essas teorias são utilizadas pela ciência com o propósito de remendar tal problema e evitar que um paradigma entre em crise. Ela dá uma explicação muitas vezes inquestionável para o problema em questão. 
49 – Explique os três casos em que uma anomalia pode gerar uma crise.
50 – Uma vez em crise, como é o funcionamento da ciência?
Uma vez em crise, a ciência tentará resolver o problema que a criou. Isso começa com a tentativa de articular o paradigma, e a ciência normal pode conseguir resolver o problema. Caso isso não ocorra, o problema é simplesmente ignorado para ser resolvido por gerações futuras. Ou então, surgirá um novo candidato a paradigma, o que dará início ao processo da Revolução Científica.
51 – Qual a relação entre ciência, paradigma e comunidade científica?
Ciência, paradigma e comunidade científica possuem uma estreita ligação. O paradigma que norteia a ciência normal – que é praticada pela comunidade científica e aceito pela mesma, e melhorado através de operações de limpeza e resolução de quebra-cabeças, pela própria comunidade científica. 
52 – Como é possível que “durante as revoluções cientistas veem coisas novas quando utilizando instrumentos familiares”? Dê exemplos para ilustrar sua explicação.
Isso é possível porque durante uma revolução acontece uma mudança de paradigma. Orientado por um paradigma diferente do anterior, o cientista, usando instrumentos familiares, coleta dados diferentes dos coletados antes e assim, obtém outras conclusões. As medições feitas quando se observa um pêndulo são diferentes e também irrelevantes quando se observa uma queda forçada. O mesmo acontece quando se compara o estudo do oxigênio com o do ar desflogistizado.
53 – Por que a mudança de paradigma não pode ser vista como uma mudança de interpretação de mundo? 
Por que a mudança de paradigma implica na mudança do mundo em si. Como os paradigmas são incomensuráveis, um mundo será completamente diferente do outro, e não apenas uma nova interpretação, serão novas questões e novas respostas, não uma variação das anteriores.
54 – Por que Kuhn não explica como surgem os novos paradigmas? Como, então, ele é capaz de nos dizer onde eles normalmente surgem?
porque é uma questão psicológica, onde (cientistas que estão envolvidas com o paradigma), não surge quando se trabalha no paradigma antigo.
55 – Um novo paradigma pode nos dizer que dados antigos estão errados mesmo que não tenha novos dados para substituí-los. Como isso é possível e qual as consequências disso? 
Um novo paradigma significa um novo mundo, o que nos leva diretamente a desconsiderar tudo aquilo que antes era tomado como certo. Dois paradigmas são incomensuráveis, e são eles que geram a visão de mundo, o que nos leva a concluir que o mundo refletido por estes paradigmas serão incomensuráveis entre si, assim pode se dizer que os dados anteriores não serão relevantes para o paradigma atual.

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