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O poder judiciário

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O PODER JUDICIÁRIO 
• Introdução 
 O Poder Judiciário é o terceiro Poder do Estado atribuído à União no 
Estado Federal brasileiro, onde se organiza nos artigos 92 a 126 da 
Constituição Federal. Têm por função compor conflitos de interesses em 
cada caso concreto; utilizando as leis, os costumes ou as normas gerias; o 
que se chama de função jurisdicional, realizado por meio de um processo 
judicial. 
 As funções da soberania nacional são divididas por três Poderes 
distintos, Legislativo e Executivo e Judiciário. Os órgãos do Judiciário, os 
juízes e tribunais devem decidir atuando o direito objetivo, ou seja, não 
podem estabelecer critérios particulares, privados ou próprios para compor 
conflitos de interesses ao distribuírem justiça. A jurisdição hoje é monopólio 
do Poder Judiciário do Estado, conforme o art.5º, XXXV. 
 Para que haja a solução das lides e, portanto, pacificação das crises 
sociais e pessoais, várias pessoas atuam no mecanismo judiciário para que 
a tutela jurisdicional do Estado tenha efeito. Assim, faz necessária a 
presença de magistrados, membros do Ministério Público, auxiliares da 
Justiça tais como serventuários e oficiais de Justiça, peritos, interpretes, 
policiais e advogados. 
• Função jurisdicional 
 O Poder Judiciário tem como função típica a função de julgar, chamada 
também de função jurisdicional, ou seja, dizer o direito ao caso concreto, 
dirimindo conflitos que lhe são levados, quando da aplicação da lei. Pode o 
Poder Judiciário exercer funções atípicas, tais como elaborar o regimento 
interno de seus tribunais (legislativa) assim como, conceder licenças e férias 
a seus magistrados e seus serventuários (executivo). 
 Tendo a função de julgar, o mesmo encontra-se regularmente 
estruturado para exercer a sua função jurisdicional por intermédio de seus 
órgãos. O Poder Judiciário é o único que detém o poder jurisdicional de 
forma que não pode ele abster-se de analisaras demandas jurídicas que lhe 
são submetidas. Art.5 XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder 
Judiciário lesão ou ameaça a direito; 
 No entanto, pelo Princípio da inércia da jurisdição, o Poder Judiciário 
não atua de ofício nas demandas, ou seja, ele deve ser provocado pelo 
interessado para poder intervir nas relações conflituosas. 
 Se tem então, a ordem judiciária do País, que compreende: a) um 
órgão da cúpula, como guarda da Constituição e Tribunal da Federação, que 
é o Supremo Tribunal Federal; b) um órgão de articulação e defesa do direito 
objetivo federal, que é o Superior Tribunal de Justiça; c) as estruturas e 
sistemas judiciários; d) os sistemas judiciários dos Estados, Distrito Federal e 
Territórios. 
• Estrutura do Poder Judiciário 
Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário: 
I - o Supremo Tribunal Federal (STF); 
Il-A o Conselho Nacional de Justiça (CNJ); 
II - o Superior Tribunal de Justiça (STJ); 
III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais (TRF); 
IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho (TST, TRT); 
V - os Tribunais e Juízes Eleitorais (TSE, TRE); 
VI - os Tribunais e Juízes Militares (STM); 
VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios (TJ). 
§ 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os 
Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal. 
§ 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm 
jurisdição em todo o território nacional. 
O Art.92 é taxativo, de forma que quaisquer outros órgãos, mesmo que 
recebam a denominação de Tribunal não integram o Poder Judiciário. 
A doutrina faz distinção entre órgãos do Poder Judiciário dividindo-os 
entre justiça comum ou ordinária e justiça especial ou especializada. A 
exceção é o Supremo Tribunal Federal (STF), pois suas decisões se 
sobrepõe a todas as Justiças e Tribunais, não pertencendo a nenhuma 
Justiça específica (comum ou especializada). 
A discussão doutrinária gira em torno de pertencer o Superior Tribunal de 
Justiça - STJ a uma justiça especifica, comum ou especial. O entendimento 
majoritário da doutrina está no sentido de que o STJ não pertence a 
nenhuma das duas justiças, sendo considerado também um órgão de 
instância máxima da justiça brasileira. Cada justiça especializada tem o seu 
tribunal superior, sendo que a justiça comum também teria o seu próprio 
tribunal superior, ou seja, o STJ. 
Há mais uma divisão feita entre as justiças do Poder Judiciário: órgãos 
judiciários federais e órgãos judiciários estaduais. 
- Justiças Federais: são organizadas pela União - Justiça 
Especializada do Trabalho, Justiça Especializada Eleitoral, Justiça 
Especializada Militar da União, Justiça Comum Federal e Justiça Comum 
do Distrito Federal e dos Territórios, além do STF e STJ. 
- Justiças Estaduais: são organizadas pelos Estados - Justiça 
Especializada Militar dos Estados e a Justiça Comum Estadual. 
A estrutura das Justiças Federais está prevista no texto constitucional, 
enquanto que das Justiças Estaduais no texto das Constituições Estaduais, 
respeitadas as diretrizes constitucionais. 
No que toca ao Poder Judiciário há que se falar ainda do princípio do 
duplo grau de jurisdição, tendo como significado que toda demanda 
apresentada ao Poder Judiciário para apreciação está sujeita a um duplo 
exame, sendo o primeiro exame feito pelo juízo monocrático e o segundo 
exame, em caráter recursal, por um juízo colegiado, com prevalência da 
segunda decisão em relação à primeira. 
Exceção a este princípio ocorre nas causas que têm inicio diretamente 
nos Tribunais ou órgãos colegiados e não no juízo, denominada competência 
originaria dos Tribunais. 
Conselho Nacional de Justiça - CNJ 
 Surgiu com a EC nº45/2004 em substituição ao denominado Conselho 
Nacional da Magistratura, prevista na Constituição Federal de 1967. A 
Constituição Federal de 1988 trouxe autonomia dos tribunais no sentido de 
processarem e julgarem seus magistrados nos casos de infração disciplinar. 
O CNJ é composto por 15 membros, todos nomeados pelo Presidente da 
República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, para o 
exercício de um mandato de dois anos, admitida uma recondução. 
 Tem competência para controlar a atuação administrativa e financeira do 
Poder Judiciário e o cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, além de 
outras atribuições que constam no Estatuto da Magistratura. Entre elas estão 
a de zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do 
Estatuto da Magistratura; zelar pela observância do art.37 da CF; receber e 
conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário. 
Não tem função jurisdicional, ou seja, não soluciona conflitos de lides que 
lhe são submetidas. 
O Presidente do CNJ será o Ministro do STF, o qual será substituído em 
suas ausências e impedimentos pelo vice-presidente do STF. O Ministro-
Corregedor do CNJ será o Ministro do STJ. O Procurador-Geral da República 
e o Presidente do Conselho Federal da OAB, embora não integrem o CNJ, 
oficiarão perante este, nos termos do §6º do artigo em referencia. 
O Supremo Tribunal Federal - STF 
O Supremo Tribunal Federal é o órgão de cúpula do Poder Judiciário, ou 
seja, é a máxima instância da Justiça brasileira, cabendo-lhe especialmente 
a guarda da CF. 
A composição do STF é de 11 Ministros, que serão nomeados pelo 
Presidente da República, depois de aprovada a escolha pelo Senado 
Federal, dentre cidadãos (brasileiros natos) com mais de trinta e cinco e 
menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e 
reputação ilibada. 
 A competência do STF vem prescrita na CF em seus artigos 102 e 103, 
sendo competência originária, recursal ordinária, recursal extraordinária e 
competência paraa edição de súmulas vinculantes. O STF tem sede na 
Capital Federal (Brasilia) e jurisdição em todo o território nacional. 
 As atribuições judicante previstas nos incisos do art.102 têm, quase 
todas, conteúdo de litígio constitucional, logo, a atuação do STF se destina a 
compor a lide constitucional, mediante o exercício de jurisdição 
constitucional. 
• Súmulas vinculantes 
 As súmulas vinculantes são de competência do Supremo Tribunal 
Federal, disposto no art.103-A introduzido pela EC- 45/2004. É a adoção 
oficial de uma interpretação fixa, que se imponha a todos. 
 O STF poderá de ofício ou por provocação, após reiteradas decisões 
sobre matéria constitucional, editar enunciado de súmula que, a partir de sua 
publicação, na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais 
órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública direta e indireta, nas 
esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou 
cancelamento, na forma prevista em lei, a Lei11.417/96. Essa lei dispõe 
sobre a disciplina de edição, revisão e cancelamento de enunciado de 
súmula vinculante. Nos termos do §1º do art.103-A, o enunciado da súmula 
terá por objeto a validade, a interpretação e a eficácia de normas 
determinadas, acerca das quais haja, entre órgãos judiciários, ou entre esses 
e a Administração Pública, controvérsia atual que acarreta insegurança 
jurídica e relevante multiplicação de processos sobre idêntica questão. A 
edição, a revisão e o cancelamento da súmula vinculante dependerá de 
decisão tomada por dois terços dos membros do Supremo Tribunal Federal, 
em sessão plenária, o mesmo vale para que a súmula tenha efeito 
vinculante. 
 São legitimados para propor a edição, a revisão e o cancelamento de 
enunciado de súmula vinculante: 
l- o Presidente da República; 
ll- a Mesa do Senado Federal; 
lll- a Mesa da Câmara dos Deputados; 
lV- o Procurador-Geral da República; 
V- o Conselho Federal da OAB; 
Vl- o Defensor Público-Geral da União; 
Vll- partido político com representação no Congresso Nacional; 
Vlll- confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional; 
lX- a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito 
Federal; 
X- o Governador de Estado ou do Distrito Federal; 
Xl- os Tribunais Superiores, os Tribunais de Justiça de Estados ou do Distrito 
Federal e territórios, os Tribunais Regionais Federais, os Tribunais Regionais 
do Trabalho, os Tribunais Regionais Eleitorais e os Tribunais Militares. O 
Município o é, mas apenas incidentalmente ao curso do processo em que 
seja parte, sem a suspensão do processo. 
• O STF, ao editar súmula vinculante, exerce atipicamente a função 
legislativa? 
 Carmen Lúcia Antunes Rocha aborda o raciocínio de que o STF exerce 
atipicamente a função legislativa. Segundo seu pensamento: “ Ao contrário 
de todos os princípios e direitos políticos fundamentais postos no sistema, a 
instituição da súmula vinculante não tem: a fonte legítima da representação 
popular; o respeito à possibilidade constitucionalmente prevista como direito 
fundamental do cidadão de participar da formação do Direito (art. 14); nem a 
garantia do processo legislativo democrático, discutido, aberto e participativo 
(arts. 59 e seguintes) para a criação de norma jurídica. (ROCHA, 1997, p. 
57)” 
 Deste modo, é entendimento assente de que ao Legislativo cabe, como 
função precípua, a criação do direito, a inovação na ordem positiva, que 
ganha validade após legítimo processo. Por sua vez, pela via do Devido 
Processo Constitucional, aos órgãos judiciários e demais sujeitos do 
processo cabe a interpretação e a aplicação do direito já existente, sem, 
contudo, como se disse alhures, limitando-se ao que já está positivado 
garantindo, por consequência deste formato constitucional, maior eficácia 
aos direitos e garantias fundamentais quando da análise dos litígios 
submetidos à sua apreciação. 
 Pode-se dizer, portanto, que a inovação permanente no texto legal 
somente é legítima quando reflexo da vontade do povo. Soa estranho à 
democracia, portanto, a formulação permanente de conteúdos impositivos 
uniformizados de obrigações por magistrados, que não foram eleitos e não 
representam os interesses da população, historicamente situados no projeto 
constitucional. 
Posição a favor - 
 A adoção da postura ativista pelo Poder Judiciário pode ser benéfica 
em algumas situações e prejudicar em outras. É possível extrair o ativismo , 
que pode ser justificado especialmente nos casos em que uma desarrazoada 
omissão legislativa impeça a efetividade dos direito fundamentais previsto no 
texto constitucional. O entendimento de Sergio Moro (2004, p.257), que 
defende uma atuação mais afirmativa do Poder Judiciário quando se tratar 
da concretização de direitos fundamentais. 
 Segundo o entendimento desse autor, uma vez que aos representantes 
eleitos pelo povo compete a primazia na formulação das políticas públicas, 
principalmente por meio de atos legislativos, a intervenção do Poder 
Judiciário somente se justifica se ficar demonstrado que a interpretação 
judicial da Constituição é mais acertada do que a interpretação subjacente ao 
ato legislativo controlado. 
OPINIÃO PESSOAL 
 Na edição de uma Súmula Vinculante, que não é lei, mas tem força de 
lei, o judiciário exerce, de certa forma, o papel do Legislativo. Súmula é um 
mesmo entendimento uniforme e pacífico de decisões em processos 
assemelhados. A súmula não é mais apenas consultiva, ela tem um 
verdadeiro efeito vinculante, não podendo ser contrariada. É também uma 
garantia de que o princípio da igualdade seja cumprido, evitando que uma 
mesma norma seja interpretada de formas distintas para situações fáticas 
idênticas, criando distorções inaceitáveis no plano dos fatos. 
 
 Esse entendimento, de se presumir que o judiciário brasileiro legisla ao 
editar uma Súmula é equivocado. De maneira que, a função do Poder 
Judiciário é Julgar os conflitos, todavia, a lei permite-lhe legislar: 
 
Art. 96, CF/88 – Compete privativamente: 
I – aos Tribunais: 
a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar regimentos internos, com 
observância das normas de processo e das garantias processuais das 
partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos 
órgãos jurisdicionais e administrativos. 
 Regimento interno é lei. O exercício de julgar é apenas a função 
precípua do judiciário, podendo ainda legislar sobre determinadas hipóteses 
(como o caso do regimento interno) e atuar como executivo, ao tomar 
medidas administrativas quanto aos seus cargos e servidores. Cabe a cada 
órgão uma função: Legislativo de legislar; Judiciário de julgar e Executivo 
de executar as leis.
O Superior Tribunal de Justiça - STJ 
Art. 104. O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, no mínimo, trinta e 
três Ministros. 
Parágrafo único. Os Ministros do Superior Tribunal de Justiça serão 
nomeados pelo Presidente da República, dentre brasileiros com mais de 
trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e 
reputação ilibada, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do 
Senado Federal, sendo: 
1/3 de juízes dos Tribunais Regionais Federais; 
1/3 de desembargadores dos Tribunais de Justiça Estaduais; 
1/3 divididos da seguinte maneira: 1/6 de advogados; 1/6 de membros do 
Ministério Publico Federal, Estaduais e Distrital. 
No caso dos juízes dos Tribunais Regionais Federais e dos 
Desembargadores dos Tribunais de Justiça, o STJ elaborara lista tríplice, 
enviando-a ao Presidente da Republica que escolhera um nome e depois o 
nomeará Ministro, após a aprovação da maioria absoluta do Senado Federal. 
No caso da escolha dos Advogadose Membros do Ministério Publico, a 
regra a ser aplicada é a do quinto constitucional, ou seja, os órgãos de 
representação de cada classe (OAB e MP) farão a indicação em lista 
sêxtupla de seus membro.Art. 105. 
A composição inicial do STJ foi definida mediante dois critérios: pelo 
aproveitamento dos Ministros do Tribunal Federal de Recursos e pela 
nomeação dos Ministros que sejam necessários para completar o numero 
estabelecido na Constituição. 
O STJ tem a finalidade de guardar o ordenamento jurídico federal. 
As competências do STJ são definas no art.105 da cf e podem ser 
divididas em dois grandes grupos, conforme a maneira de acionar o STJ: 
originária e recursal. 
 Assim, será originária quando o STJ for acionado diretamente, através 
de ações que lhe caiba processar e julgar originariamente. Nestes casos, o 
Tribunal analisara a questão em única instancia. (Art.105, l) 
 Porém, igualmente, pode-se chegar o STJ através de recursos 
ordinários constitucionais ou especiais (competência recursal). Nestes casos, 
o Tribunal analisara a questão em ultima instancia. (Art.105, ll) 
Tribunal Superior Eleitoral - TSE 
 A Justiça eleitoral trata de toda matéria eleitoral, como eleições, crimes 
eleitorais, inscrição de eleitores, habilitação de candidatos, etc. 
 A Justiça eleitoral não configura a magistratura de carreira, isso quer 
dizer, toda a sua estrutura organizacional é composta de membros de outro 
órgãos do Poder Judiciário, de forma que não ha ingresso mediante 
concurso publico na carreira para juiz eleitoral. 
 É composto por 7 juízes, sendo: 
- 3 entre os Ministros do STF 
- 2 entre os Ministros do STJ 
- 2 entre advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral. 
 Os membros do TSE, assim como os demais juízes eleitorais, terão 
mandado de 2 anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios 
consecutivos. 
 A Constituição Federal somente exige requisitos especiais para dois 
juízes pertencentes à advocacia, uma vez que os outros são membros do 
STF e STJ: notável saber jurídico e idoneidade moral. 
 A nomeação em relação aos Ministros do STF e do STJ, decorrerá de 
eleição mediante voto secreto, nos próprios Tribunais, para escolha dos 
juízes eleitorais. 
 Em relação aos dois juízes/advogados, o STF elaborara lista sêxtupla e 
a encaminhara ao Presidente da Republica, que nomeara dois, não havendo 
necessidade de aprovação do Senado Federal. 
 Obrigatoriamente o Presidente e Vice-Presidente do TSE serão 
ministros do STF, eleitos pelos 7 juízes eleitorais e o Corregedor Eleitoral 
será Ministro do STJ, igualmente eleito (art.119). 
 A lei complementar irá dispor sobre a organização e competência dos 
tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais (art.121). 
 O TSE tem competência originaria e recursal. A competência originaria 
encontra-se prevista no artigo 22, l do Código Eleitoral. A competência 
recursal ocorre na medida das revisões que são feitas das decisões dos 
Tribunais Regionais, dentro dos limites previstos no artigo 121, §4º da CF/88. 
O Superior Tribunal Militar - STM 
 
 Cabe ao Presidente da Republica nomear os 15 Ministros (vitalícios), a 
qual deve ser aprovada pela maioria simples do Senado Federal (art.123 da 
CF): 
• 3 oficiais-generais da Marinha, da ativa e do posto mais elevado da 
carreira; 
• 4 oficiais-generais do Exercito, da ativa e do posto mais elevado da 
carreira, e 
• 5 civis, dos quais 3 serão escolhidos dentre advogados de notório 
saber jurídico e conduta ilibada, com mais de 10 anos de efetividade 
profissional, 1 dentre juízes auditores e 1 membro do Ministério Publico da 
Justiça Militar. 
No que toca aos Ministros civis, são requisitos especiais, ser brasileiro 
nato ou naturalizado, ter mais de 35 anos, para os escolhidos dentre 
advogados, ter notório saber jurídico e conduta ilibada, com mais de 10 anos 
de efetividade profissional. Para os oficiais-generais, a CF/88 prevê a 
necessidade de serem brasileiros natos, nos termos do art.12, §3, Vl. 
No caso dos 10 Ministros escolhidos entre oficiais das Forcas Armadas, 
seguem-se os requisitos necessários para que atinjam a patente de oficiais-
generais, entre eles, serem brasileiros natos (art.12, §3º, Vl). 
A Justiça Militar da União tem competência exclusivamente penal, 
competindo-lhe processar e julgar os crimes militares definidos em lei, no 
Código Penal Militar. O crime de homicídio doloso não é mais considerado 
como crime militar, assim, será julgado quem o comete, pela Justiça Comum 
(estadual ou federal). 
Tribunal Superior do Trabalho 
Existe regra própria definida pelo art.111, §1º, da CF para a composição 
do Tribunal Superior do Trabalho, sendo que à partir da EC nº24/99, não ha 
mais participação classista temporária nesse ramo de justiça especializada. 
O TST compoem-se de 17 Ministros togados e vitalícios, escolhidos 
dentre os brasileiros nato ou naturalizados com mais de 35 anos e menos de 
65 anos, nomeados pelo Presidente da Republica após aprovação pelo 
Senado Federal, dos quais: 
• onze escolhidos dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, 
integrantes da carreira de magistratura trabalhista; 
• três dentre advogados; 
• três dentre membros do Ministério Publico. 
No caso dos Ministros escolhidos dentre os juízes dos Tribunais 
Regionais do Trabalho, o próprio TST elaborara lista tríplice e encaminhara 
ao Presidente da Republica para escolha. No caso dos advogados e 
membros do Ministério Publico, cada uma das carreiras encaminhara lista 
sêxtupla ao TST, observados os requisitos do art.94 da CF, que elaborara a 
lista tríplice, encaminhando-os ao Presidente da Republica, que procedera a 
escolha. 
Compete a Justiça do Trabalho conciliar e julgar os dissídios individuais e 
coletivos entre trabalhadores e empregados, abrangidos os entes de direito 
publico externo e da administração publica direta e indireta dos Municípios, 
do Distrito Federal, dos Estados e da União, e, na forma da lei, outras 
controvérsias decorrentes da relação de trabalho, bem como os litígios que 
tenham que origem no cumprimento de suas próprias sentenças, inclusive 
coletivas. 
A EC nº20/98 ampliou a competência da Justiça do Trabalho ao prever 
que devera executar, de oficio, as contribuições sociais do empregador, da 
empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei. 
Garantias da magistratura e do Poder Judiciário 
 As garantias inerentes ao Poder Judiciário referem-se à autonomia 
funcional, administrativa e financeira, pois os Tribunais tem autogoverno e 
devem elaborar suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados 
conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes. 
É o próprio Poder Judiciário quem organiza suas secretarias e serviços 
auxiliares e os juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da 
atividade correcional respectiva; propõe a criação de novas varas judiciarias; 
dá provimento, por concurso publico de provas, ou provas de títulos, aos 
cargos necessários à administração da justiça, exceto os de confiança assim, 
definidos por lei; concede licença, ferias e afastamentos a seus membros e 
aos juízes e servidores que lhes forem imediatamente vinculados (art.96). 
A fim de assegurar que o magistrado tenha um desempenho imparcial, 
livre de pressões e eventuais interesses políticos, bem como medo de 
desagradar a eventuais autoridades, o texto constitucional assegurou-lhe 
garantias, as quais estão discriminadas no artigo 95 da CF/88, que são, 
vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídio. Assim como os 
membros do MP, pois sua independência pressupõe um caráter externo, 
relativo aos órgãos ou entidades estranhas ao PJ, e um caráter interno, ou 
seja, independência dos membrosperante os órgãos ou em suas decisões, é 
acima de tudo, uma garantia concedida à toda coletividade. 
A vitaliciedade diz respeito à impossibilidade da perda do cargo por mero 
procedimento administrativo. Esta garantia é adquirida após dois anos de 
efetividade de magistrado, sendo considerado este período como estágio 
probatório, com a necessidade de envio de relatórios periódicos à 
Corregedoria-Geral de Justiça. 
Segundo o juiz vitaliciado, a perda do cargo se dará somente por meio de 
processo judicial específico, sendo-lhe assegurado o contraditório e a ampla 
defesa. Há a necessidade ainda, de que o magistrado participe de curso 
oficial ou reconhecido pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento 
de Magistrados. 
Os magistrados que ingressam na carreira pela regra do quinto 
constitucional são vitalizados no momento da nomeação, não passando pelo 
estagio probatório. 
A inamovibilidade é a garantia dada aos juízes titulares, que não poderão 
ser removidos de seus respectivos cargos, ou até mesmo providos para 
entrância superior, sem seu consentimento. Essa garantia não é absoluta 
tendo como exceção o interesse público. Por relevante interesse público 
poderá o juiz ser removido de sua comarca, cabendo esta decisão ao 
respectivo tribunal a que estiver vinculado ou ao Conselho Nacional de 
Justiça, por voto da maioria de seus membros, sempre assegurando o 
exercício da ampla defesa. 
Irredutibilidade de subsidio refere-se à proteção do valor nominal dos 
subsídios, não alcançando esta regra a reposição de eventuais perdas 
inflacionarias, bem como não impedindo descontos previdenciários e tributos 
incidentes. 
Vedações aos membros do Poder Judiciário 
Para assegurar essas garantias a CF estabelece algumas vedações. Art.
95, Parágrafo único. Aos juízes é vedado: 
I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma 
de magistério; 
II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em 
processo; 
III - dedicar-se à atividade político-partidária; 
IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de 
pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções 
previstas em lei; 
V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de 
decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou 
exoneração. 
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%20CRISTINA%20LIMA%20DE%20MORI.pdf?sequence=1 
http://resumosdireito.blogspot.com.br/2014/03/garantias-e-vedacoes-do-
poder-judiciario.html

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