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* Temas de Seminários 1-Geologia e Processos Formacionais do Depósito de Ouro de Jacobina-Ba 2. Deposito de Au de Serra Pelada – 3. Deposito de Evaporito da Bacia Sergipe Alagoas - 4. Garnierites and garnierites: Textures, mineralogy and geochemistry of garnierites in the Falcondo Ni-laterite deposit, Dominican Republic 5-Depósitos de Rochas Ornamentais do estado do Ceará 6-Depósitos de magnesita da Serra das Éguas, Ba 7- Depósito de Opala do Piauí 8- Depósitos de Fe da Província Carajás,Pa 9-Depósito de Manganês de Urucum, MT 10-Depósito de Niquel Laterítico de Goiás 11-Depósito de Grafita do Ceará- 12-Depósito de Talco , Paraná 13-Depósito de Urânio de Itataia, CE 14-Geologia do Pré-Sal – * 15-Depósito de Manganês do Azul, Província Carajás. 16- Depósito de Ouro de Witwatersrand, Africa do Sul – 18 Depósito de Cu de Camaquã-RS – 17- Depósito de Fe de Minas Gerais 19- Oxygenation of the Earth’s atmosphereeocean system: A review of physical and chemical sedimentologic responses 20-Depósitos de Ironstone do Brasil – 21-The Chemistry of Manganese Ores through Time: A Signal of Increasing Diversity of Earth-Surface Environments 22-Sediment-Hosted Lead-Zinc Deposits in Earth History 23-Global lithium resources: Relative importance of pegmatite, brine and other deposits - 24-Supergene features and evolution of gossans capping massive sulphide deposits inthe Iberian Pyrite Belt 25- Depósito de Barita de Camamu, Bahia * METODOLOGIA DO ESTUDO DOS DEPÓSITOS MINERAIS * CARACTERIZAÇÃO DE UM DEPÓSITO MINERAL Envolve 2 aspectos importantes: 1- Aspectos descritivos – visão geral do depósito, envolvendo – os aspectos geológicos, morfológicos ( geometria do corpo mineralizado e suas relações com as rochas encaixantes – concordância e discordância), quimicos, mineralógicos ou composicionais, zoneamentos, etc; 2-Aspectos genéticos – explicação racional e consistente sobre os processos de formação do depósito, levando em conta suas características descritivas * Roteiro de descrição de depósitos Nome do depósito Latidute/longitude Toponímia/folha topográfica Município/estado/país Bens minerais Informar o bem mineral e tipo provável de depósito (depósito de concentração residual; de enriquecimento supergênico; de concentração mecânica, etc) Coordenadas Nome da localidade e da Folha em que o depósito está inserido Crato, Ceará, Brasil Produtos e subprodutos * Roteiro de descrição de depósitos/ocorrências Enquadramento no contexto geográfico (localização remota sem infraestrutura, estradas, água, etc); Contexto Geológico – procura-se estabelecer as relações do depósito com o conjunto de rochas encaixantes e estruturas tectônicas), Cartografia Geológica- mapeamento cuja escala dependerá dos objetivos do estudo Fatores geográficos podem determinar se ou não um depósito é viável economicamente Cada ambiente geológico pode apresentar um conjunto de minerais cujas ocorrências são previsíveis * Descrição do Depósito (texto livre) Unidades geológicas Tipos de rochas Ambiencia Tectônica Estruturas Composição das rochas hospedeiras Mineralogia do minério Minerais de alteração Estruturas e texturas do minério Idade das rochas hospedeiras e da mineralização Formação, Sequencia, Grupo, Supergrupo Rochas hospedeiras: intrusivas, metamórifcas, etc; Tectonica que afetou a rocha hospedeira (cisalhamento, falhas, dobras, etc); cronologia dos eventos deformacionais) Sinformacional ou pós-formacional ao minério ; Descrição por tipo litológico mineralizado Minerais opacos e transparentes Associações por zona de alteração Bandada, filoneana, substituição, etc. Idades e métodos de datação * Descrição do Depósito (texto livre) Controles da mineralização Assinatura geoquímica Fluidos mineralizantes Assinatura isotópica Alteração Hidrotermal e/ou supergênica Reserva estimada Depósitos associados Outros depósitos similares Litológicos, estruturais, etc Anomalias positivas e negativas na área do depósito Composições dos fluidos mineralizantes, estudo das inclusões fluidas Composição isotópica de rochas , minerais e fluidos Tipos de alteração que afetaram ou que estão associadas ao minério Quantidades por tipo de reserva, teores e ano Outros depósitos na mesma unidade geológica Outros depósitos do mesmo tipo no Brasil e no Mundo * Morfologia dos principais depósitos minerais (refere-se à geometria do corpo mineralizado em relação à rocha hospedeira – concordante ou discordante com a foliação ou o acamamento) Disseminada – a mineralização encontra-se dispersa homogeneinamente na rocha; Schilieren- concentrações das mineralizações disseminadas em corpos mais ou menos lenticulares nas rochas hospedeiras; Stockworks – conjunto de veios mineralizados que cruzam a rocha em várias direções; Estratiformes – Marcadas pela concordância entre as camadas mineralizadas e as rochas hospedeiras; (ex. Depositos em rochas sedimentares e mafica-ultramáficas; Estratabound – Corpo minralizado restrito á uma única unidade litoestratigráfica; Lentes – representam corpos lenticulares de todas as dimensões e com todos os graus achatamento; Amas – todo corpo mineralizado com morfologia irregular de dificil definição: corpo amebóide; Chaminés e pipes – Corpos tubulares ou cilíndricos, curtos em duas dimensões , com seção circular ou ovoide em superfície; Filão (veios) –Corpos tabulares, epigenéticos, extenso em duas dimensões e restrito na terceira. Quando os filões são estreitos denominam-se de veios. Quanto à composição, podem ser: simples e complexos. Podem ser também irregulares e anastomosados se são ramificados ou se interligam mutuamente. Ore Shoots- representam a parte mais mineralizada dos veios. * Forma Disseminada High-grade disseminated chalcopyrite mineralisation hosted within both clasts and matrix of a haematite-rich breccia. * Forma Disseminada * Forma das ocorrências em stockworks e pipes de brechas * Stockwork * Forma das ocorrências estratiformes * Formas das ocorrências em veios * Forma maciça e disseminada * TEXTURAS (tamanho, forma e arranjo dos cristais) O estudo das texturas é importante para o entendimento da gênese e a subsequente história (processos tardios) do corpo mineralizado; É também importante para saber qual o método de beneficiamento a ser aplicado por ocasião do beneficiamente, sobretudo, se houver intercrescimento mineral. Podem ser reconhecidas diversos tipos de texturas, entre os quais: 1- texturas de precipitação em espaços abertos – produz geralmente cristais com faces bem definidas em ambiente hidrotermal. No caso de líquido magmático, os cristais euedrais cristalizam-se na fase inicial, embora possam ser modificados posteriormente.Ex. Cromita euedral Se a composição química do fluido ou do magma muda enquanto o mineral cresce, haverá zonação química no mineral; * Exemplos de texturas de precipitação em espaço aberto (Textura Fill) Drusa – cristais crescem a partir da parede em direção centro do veio ou filão, com faces bem definida; Bandada – bandas de composição mineralogica diferentes se alternam; Coloforme- camadas de minerais tendo hábito coloforme (globular arredondado). Hábito típico de depósitos de baixa temperatura; * Layered textures as infill criteria * Textura de Infiltração * Textura de infiltração Microveios de óxido de ferro recortado e deslocado por microvenulações preenchidas por muscovita neoformada, quartzo e opacos. * Textura coloforme e bandada TEXTURA COLOFORME:DEPÓSITOS DO TIPO MISSISSIPPI VALLEY- MVT * Textura coloforme e bandada * Texturas secundárias de resfriamento 1- Exsolução – trata-se da cristalização de uma fase mineral a partir de uma outra durante o resfriamento. Resulta da desestabilização de uma solução sólida durante o resfriamento. A fase exsolvida apresenta uma textura característica que pode ser lamelar, gráfica (mirmequitica), globular, mais cristalograficamente orientada. * Texturas secundárias de resfriamento (Cont.) 2-Annealing-cicatrização –cristais tendem a forma isometrica com angulos de 120o dando uma textura em mosaico – forma-se seguindo o resfriamento durante o metamorfismo Fonte: Passchier & Trouw 2005 * * Texturas secundárias de substituição Processo de dissolução-precipitação ou de difusão A fase substituida estará por todo o grão, ao longo de clivagem, fraturas ou outros planos de irregularidades * Textura secundária de resfriamento: textura de exsolução * Cristais zonados * Textura secundárias de substituição * Outros tipos de texturas de minerais minério Brecha – minério em forma de brecha Boxworks- vazios cujas formas invocam de maneira direta formas cristalinas que foram removidas Reticular-(textura de exsolução- cristais crescem dentro do outro segundo certas direções do retículo). Manchada ou em emulsão (textura de exsolução) Grafica ou mirmequítica (textura de exsolução) Pisolítica-camadas concentricas de minerais (tamanho ervilha) Oolitica- semelhante ao anterior, mas com tamanho menor, algo semelhante a ova de peixe. Framboidal – cubos de pirita bem pequenos, que em conjunto formam uma esfera, caracterísitico de baixa temperatura * Textura Boxwork - Textura boxwork (BW) marcada por cavidades revestidas parcialmente por limonita que se desenvolve particularmente ao longo das bordas. * No estudo do depósito mineral é importante destacar também Associação mineral ou assembleia mineral- minerais que ocorrem juntos, mas não necessariamente se depositaram ou formaram-se juntos; Paragênese- assembleia mineral formada no mesmo período de tempo, ligada ao mesmo processo geológico ou geoquimico e normalmente em equilibrio entre si. Sequencia paragenética –corresponde a ordem cronologica de deposição e/ou formação de uma dada paragênese mineral - registra as mudanças mineralógicas de maneira sequencial . Ex. Sequencia paragenética transportada por complexo sulfeto-metal em sistema hidrotermal associado a granito Fe-Ni-Sn-Cu-Zn-Pb-Ag-Au-Sb-Hg Transportada por complexo cloreto-metal Cu-Ag-Pb-Zn * Sequencia Paragnética * Zonação – caracterizada por mudanças que ocorrem na composição do corpo mineralizado ou do minerio ligado a sua distribuição espacial Pode ser: Textural, composicional, quimica, etc. Ocorre em depósitos sedimentares, magmáticos, hidrotermais e metamórficos Ex. Zoneamento hidrotermal epigenético (depósitos epitermais) Zoneamento hidrotermal singenético (sulfetos maciços) Zoneamento de sulfetos singenéticos sedimentares (Cu/Ag-Pb-Zn da borda para o centro) ex. Copperbelt de Zambia * Zonação pode variar também em função da escala Zoneamento regional Zoneamento de Distrito Mineiro Zoneamento do Depósito Mineral * * Controles da Mineralização Correspondem as pré-condiçoes favoráveis para que haja deposição do minério Principal condição - é o espaço a ser preenchido pelo minério, que está relacionado: A- porosidade; B-planos de acamamento C-fraturas D- falhas, cavidades E-contatos de rochas permeáveis com rochas impermeáveis F-regiões de baixa pressão em dobramentos G- fatores físico-químicos como Eh e pH que influenciam a deposição ou o carreamento em soluçoes dos elementos mineralizantes * Principais controles Controles Litologicos e estratigraficos Controles paleogeográficos – Jazidas de Pb e Zn estratiformes mostram condiçoes de sedimentação que podem ser salientadas através do estudo paleogeográfico da Bacia Controles estruturais Controles fisiográficos –depósitos de placeres * Controles estruturais * * * Quanto aos aspectos genéticos Três fatores são importantes 1- identificar a fonte do material mineralizante 2- especificar o modo de transporte 3- caracterizar o ambiente de deposiçao do minério Enfim, elaborar a hipótese genética para orientar futuras investigações sobre o depósito, comparando inclusive com outros depósitos já conhecidos * Bibliografia recomendada Capítulos 3 e 6 do livro The Geology of Ore Deposits de Guilbert & Park 1986 (tem edição mais nova) Cap. 5 do livro do Evans 1997.
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