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Apostila Desenho Técnico

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO 
CENTRO DE CIENCIAS AGRÁRIAS 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA RURAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESENHO TÉCNICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Adaptada/Revisada por Giovanni de Oliveira Garcia Professor do Departamento de Engenharia Rural do 
CCAUFES 
 
 
 
 
CCAUFES/DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA RURAL 
 
 
Apostila de Desenho Técnico 
1 
 
CAMPUS: Centro de Ciências Agrárias – CCA-UFES 
CURSOS: Agronomia, Engenharia Florestal, Zootecnia, Engenharia de Alimentos, Engenharia 
Industrial Madeireira e Geologia. 
DEPARTAMENTO RESPONSÁVEL: Engenharia Rural 
IDENTIFICAÇÃO: Desenho Técnico / Técnicas de Representações Industriais 
CÓDIGO DISCIPLINA OU ESTÁGIO PERIODIZAÇÃO IDEAL 
ENG05236 (DT) 
ENG02230 (TRI) 
Disciplina 1º 
OBRIG./OPT. PRÉ/CO/REQUISITOS ANUAL/SEM. 
Obrigatória Não possui Semestral 
CRÉDITO 
CARGA 
HORÁRIA 
TOTAL 
DISTRIBUIÇÃO DA CARGA HORÁRIA 
TEÓRICA EXERCÍCIO LABORATÓRIO OUTRA 
3 / 5 45 / 75 15 / 30 30 / 45 
NÚMERO MÁXIMO DE ALUNOS POR TURMA 
TEÓRICAS EXERCÍCIO LABORATÓRIO OUTRA 
40 20 20 
 
OBJETIVOS (Ao término da disciplina o aluno deverá ser capaz de:) 
 Fornecer conhecimento técnico de desenho para que o aluno possa expressar um projeto 
específico por meio de representações gráficas; 
 Conhecer as normas utilizadas em desenho técnico; 
 Adquirir prática na utilização dos materiais de desenho e aplicações de escalas; 
 Compreender as vistas, cortes e seções de um objeto e, ou uma estrutura; 
 Compreender a representação de objetos e, ou estruturas em perspectiva; 
 Elaborar, compreensão e avaliar a aplicação da leitura de projetos em sua vida profissional; 
 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO (Título e descriminação das Unidades) 
 Introdução ao desenho técnico. 
 Apresentação da disciplina e dicas de trabalho; 
 Histórico do desenho técnico; 
 Aplicações do desenho técnico na atuação do profissional de ciências agrárias, e; 
 Classificação do desenho técnico 
 Normatização para elaboração de desenho técnico. 
 Materiais utilizados para elaboração de desenhos técnicos; 
 Normas técnicas NBR/ABNT empregadas em Desenho Técnico; 
 Folha de Desenho: Lay-out; dimensões e dobramento; 
 Regras básicas para desenho a mão livre; 
 Linhas técnicas: Tipos, espessura e hierarquia, e; 
 Caligrafia técnica: exigências, caracteres e condições específicas; 
 Cotagem 
 Escalas. 
 Definição; 
 Tipos; 
 Representação, e; 
 Aplicações. 
 
 
 
CCAUFES/DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA RURAL 
 
 
Apostila de Desenho Técnico 
2 
 
 Sistemas de projeções. 
 Definição e tipos de projeções; 
 Cortes e seções; 
 Vistas e Perspectivas, e; 
 Exemplos de aplicações. 
 Elaboração de Projetos. 
 Projeto arquitetônico; 
 Elaboração, e; 
 Leitura; 
 Computação gráfica. 
 Configuração da área de trabalho; 
 Comandos; 
 Padrões gráficos; 
 Elaboração de desenhos em duas dimensões. 
 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA 
BALDAM, Roquemar de Lima. AutoCAD 2010:utilizando totalmente. 1ª edição. Érica, 2009. 
CUNHA, Luis V.C. Desenho Técnico. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1997. 10 Ed. 
FRENCH, Thomas E.; VIERCK, Charles J. Desenho Técnico e Tecnologia Gráfica. São Paulo: 
Globo, 1989. 
HOELSCHER, Randolph P.; SPRINGER, Clifford H.; DOBROVOLNY, Jerry S. Expressão Gráfica: 
desenho técnico. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Ed., 1978. 
KARTON, Rosa. AutoCAD 2010 – Desenhando em 2D. Editora Senac SP, 2009. 
NEUFERT, E. Arte de projetar em arquitetura. São Paulo: G.Gilli, 1976. 
PEREIRA, Aldemar. Desenho Técnico Básico. Rio de Janeiro: Ed. Francisco Alves Ltda, 1990. 
RIBEIRO, Cláudia Pimentel Bueno do Valle; PAPAZOGLOU, Rosarita Steil. Desenho técnico para 
engenharias. Curitiba: Juruá Ed., 2008. 
 
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM 
Provas Individuais 
P1, P2 e P3 - a nota atribuída às provas P1 e P2 varia de 0 a 8. Os 2 (dois) pontos restantes 
serão obtidos em atividades desenvolvidas durante a realização das aulas práticas. A nota 
atribuída a P3 varia de 0 a 8 e a mesma será aplicada no fim do semestre letivo com o objetivo de 
substituir uma das notas P1 ou P2 ou então por motivos de impossibilidade do discente não ter 
feito uma a P1 ou a P2. Para fins de peso será admitido P1 = 35% e P2 = 35% 
Trabalho 
1. Trabalho individual com nota de 0 a 10 e peso igual a 30%. 
A nota final será obtida por meio de média ponderada aplicando a seguinte equação: 
Nota final: [(P1x35)+(P2x35)+P3x30)]/100 
 
 
EMENTA (Tópicos que caracterizam as unidades dos programas de ensino) 
Introdução ao desenho técnico. Normatização para elaboração de desenho técnico. Escalas. 
Sistemas de projeção. Elaboração de Projetos. Computação gráfica. 
 
 
 
 
CCAUFES/DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA RURAL 
 
 
Apostila de Desenho Técnico 
3 
 
APROVAÇÃO (Número dos respectivos documentos) 
CÂMARA 
DEPARTAMENTAL 
COLEGIADO DE CURSO CONSELHO 
DEPARTAMENTAL 
 
 
 
 
ASSINATURA (S) DO(S) RESPONSÁVEL(EIS) 
 
 
 
 
 
Professor 
 
 
 
 
Chefe do Departamento de Engenharia Rural 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CCAUFES/DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA RURAL 
 
 
Apostila de Desenho Técnico 
4 
 
1.0) INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO 
1.1) Apresentação 
O Desenho Técnico surgiu da necessidade de representar, com precisão, máquinas, peças, 
ferramentas e outros instrumentos de trabalho, bem como edificações de projetos de Engenharia e 
Arquitetura. A principal finalidade do Desenho Técnico é a representação precisa, no plano, das 
formas do mundo material, de modo a possibilitar a reconstituição espacial das mesmas. Assim, 
constitui-se no único meio conciso, exato e inequívoco para comunicar a forma dos objetos. 
O desenho técnico é considerado como a linguagem gráfica universal da Engenharia e Arquitetura. 
Da mesma forma que a linguagem verbal escrita exige alfabetização, é necessário que haja 
treinamento específico para a execução e a interpretação da linguagem gráfica dos desenhos 
técnicos, uma vez que são utilizadas figuras planas (bidimensionais) para representar formas 
espaciais. 
No seu contexto mais geral, o Desenho Técnico engloba um conjunto de metodologias e 
procedimentos necessários ao desenvolvimento e comunicação de projetos, conceitos e idéias. 
Para isso, faz-se necessária a utilização de um conjunto constituído por linhas, números, símbolos 
e indicações escritas normalizadas internacionalmente. 
A computação revolucionou a utilização da expressão gráfica no exercício da engenharia, 
viabilizando a execução de trabalhos em três dimensões, que antes só eram possíveis por meio da 
construção de modelos. 
Os softwares existentes no mercado possibilitam a construção de modelos virtuais, cujas imagens 
são muito próximas do real, onde se podem ver, em três dimensões, todos os detalhes de uma 
máquina, de um equipamento ou até mesmo de um processo inteiro. Estes modelos virtuais 
possuem recursos de cores, textura e animação onde as imagens podem ser giradas, cortadas, 
alteradas e ao mesmo tempo compartilhadas, por meio de redes ou da Internet, por todas as 
partes envolvidas no desenvolvimento de estudos e projetos de engenharia. 
A computação gráfica, com certeza facilitou e ampliou o desenvolvimento de projetos na área da 
engenharia e da arquitetura porque, além de poder ser utilizada integrada com softwares de 
cálculos ou com banco de dados, os modelos virtuais são fáceis de serem compreendidose 
enchem os olhos de quem está comprando o projeto. 
1.2) História do Desenho Técnico 
No estudo da história da arte, vemos que anteriormente, um objeto era facilmente representado 
por formas planas e nas mais variadas situações. Os homens pré-históricos reproduziam objetos 
ou seres reais nas paredes das cavernas. Para os egípcios e os maias, a realidade era retratada 
por meio de desenhos mais avançados. 
À medida que as civilizações foram evoluindo com a escrita, houve o surgimento do alfabeto e os 
desenhos começaram a se assemelhar com as fotografias surgindo os primeiros desenhos 
técnicos, por volta do Renascimento. Mas, de acordo com registros históricos, o primeiro uso do 
desenho técnico consta no álbum de desenho da Livraria do Vaticano, no ano de 1490, o 
desenhista Giuliano de Sangalo já usava uma planta e elevação. 
 
 
 
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Apostila de Desenho Técnico 
5 
 
No século XVII, o matemático e desenhista francês Gaspar Monge (1746-1818) criou um sistema 
utilizado na engenharia militar com o uso de projeções ortogonais capaz de representar as três 
dimensões de um objeto, com precisão, em superfícies planas. 
Esse sistema foi publicado em 1795, cujo título era “Geometrie Descriptive ou Geometria 
Descritiva”, conhecida como método de monge ou geometria mongeana. Essa geometria passou a 
retirar a expressão artística do desenho, caracterizando-o com uma linguagem técnica e precisa. 
Sua metodologia consiste em utilizar a épura (técnica capaz de representar o volume de um 
sólido) para visualizar objetos situados no infinito. 
Por volta do século XIX, com a Revolução Industrial, a Geometria Descritiva precisava ser 
normalizada para que a comunicação pudesse ser feita em nível internacional. Assim, a Comissão 
Técnica TC 10, da International Organization for Standardization – ISO cumpriu esse papel e 
tornou a Geometria Descritiva a principal forma de linguagem gráfica da engenharia e da 
arquitetura, sendo chamada de desenho técnico. 
1.3) Desenvolvimento do Conhecimento Aplicado ao Desenho Técnico 
As informações técnicas sobre a forma e construção de uma estrutura no meio rural podem ser 
transmitidas de uma pessoa a outra, por meio da linguagem falada ou escrita. À medida, porém, 
que a estrutura torna-se mais complexa, pela adição de detalhes, é preciso usar métodos mais 
exatos para descrevê-la adequadamente. 
O treinamento em leitura de desenho técnico inclui não somente o conhecimento de certos 
princípios básicos de representação em uma ou mais vistas, como também o desenvolvimento da 
habilidade de visualizar todo processo de edificação. 
Portanto, o desenho técnico possui as seguintes características: 
 Exatidão; 
 Regras estabelecidas previamente – normas técnicas; 
 Traços, símbolos, números e indicações, escritas; 
 Linguagem gráfica universal da engenharia e arquitetura; 
 Figuras planas (bidimensionais) para representar formas espaciais; 
 Deve ser feito da maneira mais clara possível; 
 Exercita a capacidade de percepção. 
As figuras geométricas podem ser planas ou espaciais (sólidos geométricos). Uma das maneiras de 
representar as figuras geométricas é por meio do desenho técnico. Para compreender as figuras 
geométricas é indispensável ter algumas noções de Ponto, Linha e Plano. 
O PONTO é a figura geométrica mais simples. É possível ter uma idéia do que é o ponto 
observando: Um furo produzido por uma agulha em um pedaço de papel ou mesmo um sinal que 
a ponta do lápis no papel. 
 
 
 
 
 
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Apostila de Desenho Técnico 
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O ponto (P) é representado graficamente pelo cruzamento de duas linhas. 
 
A LINHA pode ser curva ou reta. Nesta seção vamos estudar as linhas retas. A Linha Reta ou 
simplesmente reta não tem inicio nem fim: ela é ilimitada. 
 
De acordo com sua posição no espaço, a reta pode ser: 
 
 
O PLANO é também chamado de superfície plana. Assim como o ponto e a reta, o plano não tem 
definição, mas é possível ter uma idéia observando o tampo de uma mesa, uma parede ou o piso 
de uma sala. 
De acordo com sua posição no espaço, o plano pode ser: 
 
 
LEMBRETE: Revisar o cálculo de áreas e volumes de figuras geométricas e transformação de 
unidades para medidas de comprimento, área e volume. 
 
1.4) Aplicações do Desenho Técnico nas Ciências Agrárias 
Na prática, o profissional de ciências agrárias, ao aplicar os conhecimentos adquiridos por meio do 
Desenho Técnico, deve sempre buscar repassar as interpretações de edificações a serem 
construídas no meio rural, plantas topográficas, mapeamentos de imóveis rurais, entre outros. 
Tais desenhos na verdade recebem o nome de projeto que devem ser apresentados antes de 
serem de fato construídos. 
No campo das Ciências Agrárias o desenho técnico é aplicado diretamente nas seguintes áreas: 
Geomática – Elaborando mapas, levantamentos altimétricos e planimétricos; 
Construções Rurais – Edificações rurais específicas para fins agrícolas tais como habitações 
rurais, agrovilas, sistemas de ventilação e refrigeração, unidades de tratamento de resíduos 
 
 
 
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orgânicos e agroindustriais, unidades de secagem e armazenamento de grãos, sistemas de 
distribuição de energia; 
Mecanização Agrícola – Desenvolver projetos de tratores e máquinas agrícolas; 
Fitotecnia – Elaboração de projetos de casas de vegetação, viveiros de produção de mudas de 
espécies frutíferas e florestais; 
Irrigação e Drenagem – Desenvolver e elaborar projetos de sistemas de irrigação e de 
drenagem; 
Os projetos de edificações idealizados por um profissional de ciências agrárias, antes de serem 
executados no campo por terceiros, devem ser elaborados seguindo: 
 Índices técnicos pertinentes a finalidade da edificação. Exemplo: Que altura deve ser o pé 
direito de um galpão para abrigar aves de corte, sabendo que a região onde será 
construído o mesmo é de clima quente e úmido?; 
 Avaliação do local onde será implantado o projeto (Facilidades de acesso, disponibilidade 
de recursos tais como água e energia elétrica); 
 Não fugir da área de atuação profissional. Se necessário solicitar a atuação, em conjunto, 
de outro profissional; 
 Antes de finalizar o projeto, identificar possíveis inconsistências e propor soluções; 
 Conhecer e aplicar as ferramentas disponíveis para tal finalidade. 
 
1.5) Classificação do Desenho Técnico 
O Desenho Técnico é uma forma de expressão gráfica que tem por finalidade a representação da 
forma, dimensão e posição de objetos. É definido como linguagem gráfica universal da engenharia 
e da arquitetura. São utilizadas figuras planas (bidimensionais) para representar formas espaciais. 
O desenho técnico pode ser dividido em duas grandes modalidades: 
Desenhos projetivos: abrange aqueles desenhos, cujo objetivo é a demonstração da forma e 
das medidas proporcionais dos objetos. É representada por meio de vistas ortográficas e 
perspectivas. Ex.: projetos de fabricação de máquinas e equipamentos; projetos e construção de 
edificações de vários tipos, envolvendo detalhes elétricos, arquitetônicos, estruturais, etc.; projetos 
para construção de rodovias, aterros, drenagem, barragens, açudes, etc.; projetos 
planialtimétricos e topográficos; desenvolvimento de produtos industriais; projetos paisagísticos; 
dentre outros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Apostila de Desenho Técnico 
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Desenhos não projetivos: compreendem os gráficos e diagramas resultantes decálculos 
algébricos. Este tipo de desenho não representa nenhuma importância direta para esta disciplina. 
 
 
 
 
 
 
 
Diante da classificação apresentada, podemos observar que o desenho projetivo pode ser utilizado 
em diversas áreas seguindo os mesmo padrões de referência estabelecidos pelas normas técnicas 
brasileiras. 
 
2.0) MATERIAIS UTILIZADOS NO DESENHO TÉCNICO 
Para a aplicação do Desenho Técnico aconselha-se o uso de equipamentos de precisão e 
qualidade, o que existe com grande variedade no mercado. Para cada tipo de Desenho existem 
também instrumentos mais específicos. A seguir tem-se a descrição detalhada de cada 
equipamento. 
2.1) Lápis ou Lapiseiras 
2.1.1) Lapiseira Tradicional 
Devido ao seu grafite relativamente espesso, ela facilita o traçado de diversos pesos de linhas 
nítidos. O principiante deve manter a ponta bem afiada até desenvolver habilidade de girar a 
lapiseira enquanto desenha. 
2.1.2) Lapiseira Mecânica 
Utiliza uma mina de grafite, que não necessita ser apontada. Ela é utilizada para o traçado de linha 
nítidas e finas se você girá-la suficientemente enquanto desenha. Para linhas relativamente 
espessas e fortes, você tem que usar uma série de linhas, ou uma lapiseira com minas de grafite 
mais espessas. Estão disponíveis lapiseiras que utilizam minas de 0,3 mm, 0,5mm, 0,7mm e 
0,9mm, principalmente. O ideal é que a lapiseira tenha uma pontaleta de aço, com a função de 
proteger o grafite da quebra quando pressionado ao esquadro no momento da graficação. 
2.1.3) Lápis 
O lápis comum de madeira e grafite também pode ser usado para desenho. O lápis dever ser 
apontado, afiado com uma lixa pequena e, em seguida, ser limpo com algodão, pano ou papel. De 
maneira geral, costuma se classificar o lápis através de letras, números, ou ambos, de acordo com 
o grau de dureza do grafite (também chamado de “mina”). 
Classificação por números 
Nº 1 – macio, geralmente usado para esboçar e para destacar traços que devem sobressair; 
Nº 2 – médio, é o mais usado para qualquer traçado e para a escrita em geral; 
Nº 3 – duro, usado em desenho geométrico e técnico. 
 
 
 
 
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Apostila de Desenho Técnico 
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Classificação por letras 
A classificação mais comum é H para o lápis duro e B para lápis macio. Esta classificação precedida 
de números dará a gradação que vai de 6B (muito macio) a 9H (muito duro), sendo HB a 
gradação intermediária. 
Outras classificações 
4H duro e denso 
 Indicado para lay-outs precisos 
 Não indicado para desenhos finais 
 Não use com a mão pesada – produz sulcos no papel de desenho e fica difícil de 
apagar; 
 Não copia bem. 
2H médio duro 
 Grau de dureza mais alto, utilizado para desenhos finais; 
 Não apaga facilmente se usado com muita pressão. 
FH médio 
 Excelente peso de mina para uso geral; 
 Para lay-outs, artes finais e letras. 
HB macio 
 Para traçado de linhas densas, fortes e de letras; 
 Requer controle para um traçado de linhas finas; 
 Facilmente apagável; 
 Copia bem; 
 Tende a borrar com muito manuseio. 
A dureza de um grafite para desenho depende dos seguintes fatores: 
1. O grau do grafite, que varia de 9H (extremamente duro) a 6B (extremamente macio); 
2. Tipo e acabamento do papel (grau de aspereza): quanto mais áspero um papel, mais duro 
deve ser o grafite que você usar; 
3. A superfície de desenho: quanto mais dura a superfície, mais macio parece o grafite; 
4. Umidade: condições de alta umidade tendem a aumentar a dureza aparente do grafite. 
* Atualmente é mais prático o uso de lapiseira. Recomendamos a de 0,5mm e a de 0,9mm, com 
grafite HB. 
**Todos os três tipos de instrumentos são capazes de produzir desenhos de qualidade. Sua 
preferência pessoal é uma questão de OPÇÃO e de HABILIDADE PESSOAL. 
 
 
 
 
 
 
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Apostila de Desenho Técnico 
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2.2) Borracha 
Sempre use borracha macia, compatível com o trabalho para evitar danificar a superfície do 
desenho. Evite o uso de borrachas para tinta, que geralmente são mais abrasivas para a superfície 
de desenho. 
 
2.3) Esquadros 
É o conjunto de duas peças de formato triangular-retangular, uma com ângulos de 45º e outra 
com ângulos de 30º e 60º (obviamente, além do outro ângulo reto –90º). São denominados de 
“jogo de esquadros” quando são de dimensões compatíveis, ou seja, o cateto maior do esquadro 
de 30/60 tem a mesma dimensão da hipotenusa do esquadro de 45. Utilizados para o traçado de 
linhas verticais, horizontais e inclinadas, sendo muito utilizado em combinação com a régua 
paralela. 
 
Ainda com a combinação destes esquadros torna-se possível traçar linhas com outros ângulos 
conhecidos. Os esquadros devem ser de acrílico e sem marcação de sua gradação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Apostila de Desenho Técnico 
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Aspectos de qualidade dos esquadros 
 Materiais de desenho de acrílico não amarelam rapidamente com o tempo; 
 Maior resistência a arranhões; 
 Facilidade de manuseio 
 Retenção da linearidade da borda; 
Cuidados 
 Não use o esquadro como guia para corte; 
 Não use o esquadro com marcadores coloridos; 
 Mantenha-o limpo com uma solução diluída de sabão neutro e água (não utilize álcool na 
limpeza, que deixa o esquadro esbranquiçado). 
2.4) Escalímetro 
Instrumento destinado à marcação de medidas, na escala do desenho. Pode ser encontrado com 
duas gradações de escalas, mas a mais utilizada e recomendável em arquitetura é o que marca as 
escalas de 1:20, 1:25, 1:50, 1:75, 1:100 e 1:125. Não deve ser utilizado para o traçado de linhas. 
 
2.5) Compasso 
É o instrumento que serve para traçar circunferências ou arcos de circunferência. O compasso 
serve para o traçado de círculos de quaisquer raios. Deve oferecer um ajuste perfeito, não 
permitindo folgas. 
 
 
 
 
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Apostila de Desenho Técnico 
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Usa-se o compasso da seguinte forma: aberto com o raio desejado, fixa-se a ponta seca no centro 
da circunferência a traçar e, segurando-se o compasso pela parte superior com os dedos indicador 
e polegar, imprime-se um movimento de rotação até completar a circunferência. 
 
 
 
2.6) Gabaritos 
São chapas em plástico ou acrílico, com elementos diversos vazados, que possibilitam a 
reprodução destes nos desenhos. 
O gabarito de círculos é útil para o traçado de pequenos círculos de raios pré-disponíveis. Outros 
gabaritos úteis: formas geométricas, equipamentos sanitários/hidráulicos e mobiliário. 
 
 
 
2.7) Régua Paralela 
Destinada ao traçado de linhas horizontais paralelas entre si no sentido do comprimento da 
prancheta, e a servir de base para o apoio dos esquadros para traçar linhas verticais ou com 
determinadas inclinações. O comprimento da régua paralela deve ser um pouco menor do que o 
da prancheta. 
2.8) Prancheta 
Geralmente de madeira, em formato retangular, onde se fixam os papéis para os desenhos. 
Para cobrir pranchetas, pode-se usar o seguinte: 
 
 
 
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Apostila de Desenho Técnico 
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1. Coberturas de vinil, que fornecem uma superfície de desenho suave e uniforme. Furos de 
alinhamento e cortes ficam naturalmente encobertos. 
2. Revestimento e fórmica ou material resistente similar, sem imperfeições de superfície. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Régua T : São empregadas no traçado de linhas horizontais e apoio aos esquadrospara o traçado 
de linhas inclinadas ou verticais. São fabricadas de madeira com bordas de plástico inquebrável ou 
acrílico. Os Traçados utilizando a Regua T são feitos seguindo a orientação abaixo. 
 
 
Réguas flexíveis ou curvas francesas: Utilizadas para realização de curvas não traçadas pelo 
compasso (raio indefinido). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3.0) NORMATIZAÇÃO DO DESENHO TÉCNICO 
3.1) Apresentação 
Com o objetivo de transformar o desenho técnico em linguagem gráfica e padronizá-lo surgiram 
normas internacionais usadas no mundo todo. Elas são uma espécie de guia que facilita a 
compreensão de desenhos e projetos de pessoas de nacionalidades diferentes, simplifica 
processos de produção e unifica as características de um objeto, permitindo a substituição por 
outro. 
A padronização dos procedimentos de representação gráfica permite transformar o Desenho 
Técnico em uma linguagem gráfica. Essa padronização é feita por meio de normas técnicas que 
são seguidas e respeitadas internacionalmente. 
A padronização ou normalização do desenho técnico tem como objetivo uniformizar o desenho por 
meio de um conjunto de regras ou recomendações que regulamentam a execução e a leitura de 
um desenho técnico, permitindo reproduzir várias vezes um determinado procedimento em 
diferentes áreas, com poucas possibilidades de erros. 
No Brasil as normas são aprovadas e editadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – 
ABNT, fundada em 1940. No âmbito internacional foi criado em 1947 a Organização Internacional 
de Normalização (International Organization for Standardization – ISO). Quando uma norma 
técnica proposta por qualquer país membro é aprovada por todos os países que compõem a ISO, 
essa norma é organizada e editada como norma internacional. 
O conjunto de normas brasileiras que regem o desenho técnico abrange questões referentes a 
representação de desenho, tais como: formatos de papel, representação de desenho, linhas e suas 
espessuras, escala, caligrafia técnica, cotas, legendas, dobramento de folhas, dentre outros. No 
Brasil há uma série de normas, as NBRs, que estão de acordo com a ISO e regem a linguagem do 
desenho técnico em seus mais diversos parâmetros tais como: 
 NBR 10647 – Norma geral de Desenho Técnico; 
 NBR 10068 – Layout e dimensões da folha de desenho; 
 NBR 10582 – Conteúdo da folha para desenho técnico; 
 NBR 8402 – Definição da caligrafia técnica em desenhos; 
 NBR 8403 – Aplicação de linhas para a execução de desenho técnico; 
 NBR 13142 – Dobramento da folha; 
 NBR 8196 – Emprego da escala em desenho técnico; 
 NBR 10126 – Emprego de cotas em desenho técnico; 
 NBR 6492 – Representação de projetos arquitetônicos. 
LEMBRETE – Todas essas NBRs descritas acima encontram-se em anexo a este material didático. 
 
 
 
 
 
 
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3.2) Normas Técnicas (NBR/ABNT) empregadas no Desenho Técnico. 
Sempre que possível o desenho deve estar bem paginado, dentro de pranchas padronizadas com 
margens e carimbo com as informações necessárias. Deve estar limpo e sem rasuras. Conter 
traços homogêneos, com espessuras diferenciadas que identifiquem e facilitem a compreensão dos 
elementos desenhados. Textos com caracteres claros que não gerem dúvidas ou dupla 
interpretação. Dimensões e demais indicações que permitam a boa leitura e perfeita execução da 
obra. Sempre que possível seguir uma norma de desenho estabelecida (NBR 6492). Para quem 
está iniciando parece difícil mas com a prática se torna um prazer. 
A base para a maior parte do desenho arquitetônico é a linha, cuja essência é a continuidade. Em 
um desenho constituído somente de linhas, a informação arquitetônica transmitida (espaço 
volumétrico; definição dos elementos planos, sólidos e vazios; profundidade) depende 
primordialmente das diferenças discerníveis no peso visual dos tipos de linhas usados. 
3.2.1) Folhas de Desenho: Formato, Legenda, Layout, dimensões e dobramento. 
O formato básico do papel, designado por A0 (A zero), é o retângulo cujos lados medem 841 mm 
e 1.189 mm, tendo a área de 1m2. Do formato básico, derivam os demais formatos da série A, 
pela bipartição ou duplicações sucessivas, segundo uma linha perpendicular ao maior lado do 
retângulo. 
 
Assim como outros elementos do desenho técnico, também a folha de papel possui suas 
características normalizadas, de tal forma a estabelecer padrões aceitos e compreendidos em 
escala global. 
Os formatos da série A, de A0 a A6, têm as dimensões indicadas no quadro a seguir. As folhas não 
recortadas devem ter as dimensões mínimas indicadas na última coluna do quadro. Na Tabela a 
seguir têm-se as especificações técnicas de cada formato. 
Havendo a necessidade, a norma permite a utilização de formatos fora do padrão, porém, é 
recomendado que a folha tenha largura ou comprimento correspondendo ao múltiplo ou 
submúltiplo do formato padrão, devendo, ainda, haver nas folhas pré-impressas, se estas não 
forem recortadas, um excesso de 10 mm nos quatro lados. 
 
 
 
 
 
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Tabela 1. Tamanho dos papeis no formato da série A 
Formato 
(mm) 
Linha de corte 
(mm) 
Margem (mm) Comprimento da 
legenda 
(mm) Esquerda Direita 
A0 841 x 1189 25 10 175 
A1 594 x 841 25 10 175 
A2 420 x 594 25 10 178 
A3 297 x 420 25 10 178 
A4 210 x 297 25 5 178 
 
3.2.2) Legenda 
A legenda, conforme a NBR 10582, deve acompanhar o sentido do desenho e serve tanto para a 
identificação como para conter informações sobre o conteúdo do desenho. O carimbo deve ser 
inserido no canto inferior direito da folha de desenho seguindo as dimensões apresentadas na 
Tabela 1. 
Em geral o carimbo deve conter as seguintes informações: nome; título do projeto; nome do 
projetista; nome do desenhista; data; escalas; nome do cliente; e local para assinaturas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.2.3) Dobramento de Papeis 
A NBR 13142 estabelece as condições para o dobramento do papel de modo a facilitar o seu 
arquivamento. A condição geral para este procedimento é permitir que o resultado final do 
dobramento seja uma folha no formato A4 (210 x 297 mm). É importante observar se o carimbo 
 
 
 
 
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ou selo está visível. A figura abaixo mostra um exemplo de dobramento dos papeis A2 dobrada e 
A3. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.2.4) Regras Básicas Para o Desenho a Mão Livre. 
À mão livre é um termo utilizado em áreas como artes gráficas e design para designar um desenho 
conduzido de modo totalmente manual, ou seja, com as mãos, sem necessidade de qualquer outro 
tipo de equipamento. 
Seria como desenhar com apenas um papel e lápis e sem ter nenhuma referência visual ou manual 
presente, usando somente a mente e a imaginação. 
No entanto não é somente usando a mente e a imaginação que podemos obter ou executar um 
desenho a mão livre. Algumas observações devem ser repassadas, tais como a forma de segurar 
 
 
 
 
 
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no lápis, a observação junto ao papel fixo na mesa, posição do antebraço sobre o papel. Para a 
aplicação destas normas, no entanto, é necessária uma mínima destreza no manuseio dos 
instrumentos, poristo a prática do desenho tem início com trabalhos em traçado. 
O começo deste trabalho é importante ter conhecimento que a lapiseira deve ser mantida entre os 
dedos polegar, indicador e médio, enquanto o anular e o mínimo apoiam na folha. A pressão 
exercida na lapiseira deve ser constante e firme, mas não excessiva, para evitar sulcos no papel. 
Os primeiros exercícios desenvolvem a técnica para o traçado de linhas razoavelmente retas, 
fazendo a união de dois pontos dados. Neste caso, é importante que se atente para os pontos 
extremos da linha, que definem a sua direção e, portanto, aquela do traço a ser executado. 
Para a execução das linhas a mão livre há duas técnicas: desenhar uma linha razoavelmente reta, 
entre os dois pontos com traços sucessivos ou para linhas longas, desenhar uma linha contínua 
por meio de um movimento de braço. 
Neste caso é aconselhável ensaiar algumas tentativas para obter a direção desejada e só após 
traçar, como mostram as figuras abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3.2.5) Linhas Técnicas: Tipos, Espessura e Hierarquia 
O desenhista deve empregar diferentes tipos de linhas objetivando a diferenciação na 
apresentação do desenho. A NBR 8403 determina os tipos e o escalonamento dos traçados 
utilizados em desenhos técnicos. 
Nos desenhos técnicos utiliza-se traços de diversos tipos e espessuras. Para a boa confecção de 
um desenho os traços devem apresentar regularidade em toda sua extensão. Assim, a 
uniformidade do traçado deve ser minuciosamente observada, devendo ser mantida a espessura 
escolhida, do início ao fim, sem que haja interrupções, como pedaços de traço apagados ou não 
completados. 
As linhas contínuas não devem ultrapassar os cantos ou deixar de alcançá-los; os diversos traços 
de uma linha tracejada devem ter comprimentos aproximadamente iguais e ser equidistantes. 
Na prática as espessuras mais usadas são as 0,7 mm; 0,5 mm e 0,3 mm e os traçados seguem 
padrões pré-estabelecidos como os indicados no quadro a seguir: 
As linhas podem ser diferenciadas quanto ao tipo e a espessura, conforme apresentado a seguir: 
Na Figura abaixo temos os tipos de linhas mais utilizadas na execução de desenhos técnicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.2.6) Caligrafia Técnica: Exigências, Caracteres e Condições específicas. 
Os textos e algarismos representados em desenho técnico seguem normas que garantem a 
legibilidade e uniformidade. Podem ser escritos utilizando-se o normógrafo ou à mão livre. A NBR 
 
 
 
 
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8402 fixa os princípios da escrita utilizada em desenhos técnicos e documentos semelhantes. Para 
se obter maior legitimidade os tipos de letras e algarismos devem ser legíveis e de fácil execução. 
É recomendável que se utilize letras verticais, maiúsculas e do tipo BASTÃO. As letras minúsculas e 
as inclinadas também podem, casualmente, serem utilizadas. 
Alguns parâmetros devem ser observados a fim de se obter um letreiro harmonioso: Estilo 
constante, Altura constante, Traços com verticalidade ou inclinação uniformes, Espessura uniforme 
dos traçados e Observar o espaçamento mais adequado entre os caracteres e entre as palavras. 
Na composição de palavras é necessário dar atenção principalmente ao espaçamento entre as 
letras. Este espaçamento depende da forma de cada letra e para um letreiro harmonioso não deve 
ser o mesmo entre todas as letras. 
Exemplo de letra técnica: 
 
 
 
 
 
3.2.7) Cotagem 
A NBR 10126 fixa os princípios gerais de cotagem a serem aplicados em desenho técnico. Apesar 
dos desenhos componentes dos projetos usualmente serem representados em escala é necessária 
a representação numérica das suas dimensões reais e isso é feito mediante o uso de linhas, 
símbolos, notas e valores numéricos numa unidade de medida. 
As regras adotadas na cotagem têm o objetivo de deixar sua representação clara e padronizada, 
privilegiando, sempre, a clareza e a precisão na transmissão das informações. 
Elementos componentes da cotagem: 
 Linha de cota: é a linha que contém a dimensão daquilo que está sendo cotado e na qual é 
posicionado o valor numérico da cota. Não deve se distanciar mais do que 10 (dez) mm do 
desenho e não menos que 7 (sete) mm. Para evitar que o desenho fique visualmente 
poluído, essas linhas se diferenciam daquelas pertencentes ao desenho, mediante a 
espessura do traço (que é mais fina para as cotas); 
 Linha de extensão (ou auxiliar) de cotagem: é a linha que liga a linha de cota ao elemento 
que está sendo cotado. Ela tem a função de delimitar o espaço a ser cotado e se distancia 
do desenho em apenas 1 (um) mm; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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É importante seguir algumas regras básicas para construir as cotas: 
1) Toda cotagem necessária para representar clara e completamente o objeto deve ser 
representada diretamente no desenho. 
2) A cotagem deve ser localizada na vista ou no corte que represente mais claramente o elemento. 
3) Cotar somente o necessário para descrever o objeto. 
4) As linhas de cota, extensão e o traço (450) devem ser feitos com um grafite de espessura 
menor do que o grafite utilizado para desenhar o objeto. 
5) Não traçar linhas de cota e linhas de chamada como continuação das linhas do desenho. 
6) As cotas devem ser colocadas no meio da linha de cota sem, contudo, tocá-la. 
7) Cotação horizontal: cotas sobre a linha de cota Cotação vertical: cota do lado esquerdo da linha 
de cota no sentido de leitura: de baixo para cima. 
8) Quando o espaço for pequeno para cotar podemos deslocar a cota e indicá-la por meio de um 
traço obliquo. 
9) O número de casas decimais deve ser a mesma em todo o desenho, separadas por ponto: .10; 
3.40; 1.00 
10) As cotas devem ter tamanhos uniformes, em torno de 5 mm. 
11) Não pode haver cruzamento entre linhas de cota, tampouco entre linhas de chamada. 
12) Evitar repetições desnecessárias. 
13) As cotas devem ser colocadas de forma que cálculos sejam evitados durante a execução do 
projeto. 
14) Referências de nível. 
Nas plantas-baixas adota-se o símbolo para informar a cota em determinados pontos do projeto. 
Não é necessário representar a cota de cada peça, mas sim cada vez que existir uma região do 
projeto em uma cota de nível diferente. Nos cortes, adota-se usualmente o símbolo para 
representar as cotas de cada região do projeto. 
 
 
 
 
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As cotas devem ser distribuídas pelo desenho dar todas as dimensões necessárias para viabilizar a 
construção do objeto desenhado, com o cuidado de não colocar cotas desnecessárias. 
As cotas devem ser escritas acompanhando a direção das linhas de cota e devem representar a 
medida real do objeto, independente da escala utilizada. 
Deve-se evitar o cruzamento das linhas de cota. As linhas de cota podem ser contínuas ou 
interrompidas. Quando se utilizam as linhas de cota contínuas, o valor da cota deve ser escrito 
acima das linhas de cota horizontais e à esquerda das linhas de cota verticais. 
Quando se utilizam linhas de cotas interrompidas o valor deve ser escrito no intervalo da 
interrupção, sem rotação. Na figura abaixo observa-se que tanto as linhas auxiliares (linhas de 
chamada), comoas linhas de cota, são linhas contínuas e finas. 
As linhas de chamadas devem ultrapassar levemente as linhas de cota e também deve haver um 
pequeno espaço entre a linha do elemento dimensionado e a linha de chamada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
O limite da linha de cota pode ser indicado por setas, que podem ser preenchidas ou não, ou por 
traços inclinados, conforme mostra a figura abaixo. A maioria dos tipos de desenho técnico utiliza 
as setas preenchidas. Os traços inclinados são mais utilizados nos desenhos arquitetônicos. 
Em um mesmo desenho a indicação dos limites da cota deve ser de um único tipo e também deve 
ser de um único tamanho. Só é permitido utilizar outro tipo de indicação de limites da cota em 
espaços muito pequenos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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No dimensionamento deve-se observar ainda: 
 As linhas de cota devem ser colocadas preferencialmente fora da figura; 
 Deve-se evitar a repetição de cotas; 
 Deve-se deixar um pequeno espaço entre a figura e a linha de chamada; 
 As cotas de um desenho ou projeto devem ser expressas em uma única unidade; 
 Uma cota não deve ser cruzada por uma linha do desenho; 
 As linhas de cota são desenhadas paralelas à direção da medida; 
 A altura dos algarismos deve ser uniforme dentro de um mesmo desenho. 
 
4.0) ESCALAS 
4.1) Definição 
Escala é a relação entre as medidas reais do objeto e suas medidas no desenho, utilizando a 
mesma unidade de medida (mm, cm, m, km, etc). Logo temos: 
MD = Uma medida no desenho 
MR = Medida no real do objeto 
Assim tem-se: 
MD Medida no desenho 
MR Medida no real do objeto 
Se realizamos um desenho na escala 1:50, significa que cada dimensão representada no desenho 
será 50 vezes maior na realidade, ou seja, cada 1 (um) centímetro que medirmos no papel 
corresponderá a 50 (cinquenta) centímetros na realidade. 
Nem sempre é possível executar um desenho com as dimensões reais do objeto. Dependendo do 
tamanho da peça e da folha de desenho teremos que aplicar uma redução ou ampliação 
proporcional dessa peça, sem, contudo modificar sua forma, para que todos os detalhes fiquem 
claramente definidos. 
Exemplo 1: Um objeto mede na realidade 20 m e está representado em uma planta com a 
dimensão de 40 cm. Qual escala foi utilizada no desenho? 
Resolução: 
E = 
MD 
→ 
40 cm 
→ 
1 
MR 2.000 cm 50 
 
Exemplo 2: Qual será a medida de um desenho realizado na escala 1:200 de um objeto com 
dimensão de 15 m? 
Resolução: Essa questão pode ser resolvida com uma simples regra de tres. Sabemos que: 
E = 
MD 
→ 
1 cm 
→ 
1 cm → 200 cm 
MR 200 cm X cm → 1.500 cm 
 
 
 
 
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→ X = 
1500 ×1 
→ 7,5 cm 
200 
 
Exemplo 3: Se um objeto está representado em uma planta na escala 1:100 com uma dimensão 
de 9 cm qual a dimensão real do objeto? 
E = 
MD 
→ 
1 cm 
→ 
1 cm → 100 cm 
MR 100 cm 9 cm → X cm 
 
→ X = 
9 × 100 
→ 9,0 m 
1 
 
4.2) Tipos de Escala 
Podemos definir os três tipos de escalas: 
a) Escala de redução: o desenho tem as dimensões menores do que as dimensões do objeto 
desenhado. No caso das edificações, as escalas utilizadas na sua representação são normalmente 
escalas de redução, devido a sua grandeza (as dimensões da peça real são reduzidas para que 
seja possível representa-la em uma folha de papel). Neste caso a representação correta deve ser 
1/10 ou 1:10. 
 
 
 
 
 
 
 
b) Escala de ampliação: o desenho tem as dimensões maiores do que as dimensões do objeto 
desenhado. Neste caso as dimensões da peça real são ampliadas para representá-la no desenho. 
Imagine uma peça com dimensão de alguns milímetros, que para ser representada e visualizada 
mais facilmente foi ampliada dez vezes. Neste caso a representação correta deve ser: 10:1 ou 
10/1 (cada dez unidades no desenho correspondem a uma unidade na peça real) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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c) Escala natural ou real: o desenho tem as mesmas dimensões do objeto desenhado. Neste 
caso a representação correta deve ser: 1/1 ou 1:1 
Em geral na área de ciências agrárias se utilizam escalas de redução, devido a dimensão dos 
objetos representados. Por outro lado, quando o objeto é pequeno, uma peça de relógio de pulso, 
pode-se utilizar uma escala de ampliação. Nesse tipo de escala, a medida no papel é maior que a 
medida real do objeto e a medida real (denominador) é escrita igual à unidade. Para se decidir 
sobre a escala ideal, deve-se considerar o tamanho do objeto a ser representado, as dimensões do 
papel e a clareza do desenho a ser realizado. 
4.3) Classificação das Escalas 
As escalas se classificam em: Escalas numéricas e Escalas gráficas. 
a) Escalas numéricas: indicam, sob a forma de fração, uma relação em que o numerador é igual 
à unidade e o denominador é o fator de redução. A fração 1:50 é a escala numérica que nos indica 
que uma parte do desenho representará 50 partes do objeto real. 
b) Escalas gráficas: muitas vezes, quando utilizamos o recurso da escala numérica para a 
execução de projetos, poderemos incorrer em erros enganosos, além do tempo excessivo gasto 
para realizar os inúmeros cálculos de conversão. Assim, torna-se mais prático e seguro o emprego 
de escalas gráficas, que permitirão uma leitura direta. 
A escala gráfica é uma figura geométrica, uma linha fragmentada ou uma régua graduada, que 
serve para determinar, de forma imediata, a distância gráfica, uma vez sabida a distância real, e 
vice versa. 
Para construção de uma escala gráfica é necessário calcular o valor da divisão principal 
correspondente no desenho. 
Ex. Construir uma escala gráfica de 1/50 
Divisão Principal = 1m 
Cálculo do valor divisão principal correspondente no desenho é feita dividindo 1 por 50. Logo 
temos 0,02 m ou 2 cm. 
Então cada 2 cm no desenho corresponde à divisão principal de 1m. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo de uma Escala Gráfica 
 
 
 
-1 0 1 32
metros 
 
 
 
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4.4) Fator de Escala 
O fator de escala é um numero qualquer destinado a facilitar as operações aritméticas da escala. 
Supomos que na escala 1:50 seria moroso ter de dividir por 50 todas as medidas do objeto para 
obter a medida do desenho. Ex. 2,40 m ÷ 50 = 0,048 m. 
Para obter o fator de escala (FE) basta dividir o numero da escala por 100. No caso anterior temos 
FE = 100 ÷ 50 = 2. Basta então multiplicarmos por 2 todas as medidas lineares correspondentes. 
Assim teríamos a seguinte situação: 2 × 2,4 m = 4,8 cm. 
4.5) Exercícios 
1. Um objeto foi desenhado na escala 1:50. Uma de suas arestas mede 30mm no desenho. Qual a 
medida dessa aresta no objeto (em milímetros)? 
2. Uma peça possui altura de 45 cm. Essa altura será representada por quantos centímetros em 
uma vista na escala 1/10? 
3. Em um projeto arquitetônico elaborado na escala 1:75 uma sala tem dimensões de 10x8 cm. 
Quais as dimensões reais da sala em metros? 
4. Na planta de um lote que tem 15m de frente, qual será a dimensão do desenho em centímetros 
na escala 1:100? 
5. Sabendo-se que a distância entre dois postes em uma rua é de 25m e que na planta essa 
distância é de 10 cm, qual é a escala em que a planta foi elaborada? 
6. Em uma planta topográfica desenhada na escala 1/1.000 qual é a medida real(em metros) de 
um alinhamento que mede 12,4 cm na planta? 
7. Se uma distância que mede 3,6 km no campo está representada por 36 cm, qual é a escala da 
planta? 
8. Para desenhar um objeto que tem 105 cm em uma folha A4 que tem 210mm de largura, qual é 
a maior escala que pode ser utilizada? 
9. É necessário desenhar um galpão com as dimensões 60x15m em uma folha A3 (420x297mm) 
na escala 1:150. Para que a planta fique centralizada no papel, qual deve ser a distância (em 
centímetros) a partir das margens? 
10. Para elaborar a planta de um lote que tem as dimensões de 12x30m na escala 1/50, qual o 
menor formato de papel deveria ser utilizado? 
Repostas: 1) 1.500 mm; 2) 4,5 cm; 3) 7,5 x 6,0 m; 4) 15 cm; 5) 1:250; 6) 124 m; 7) 1/10.000; 8) 1:5; 9) 
1 cm na dimensão de 420 mm e 9,85 na dimensão de 297 mm, e; 10) Formato A1 
 
5.0) SISTEMAS DE PROJEÇÕES 
5.1) Definições 
A representação de objetos utilizando projeções foi idealizada por Gaspar Monge no século XVIII. 
O sistema de representação criado por Gaspar Monge é denominado Geometria Descritiva. 
 
 
 
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Assim como a linguagem verbal escrita exige alfabetização, a execução e a interpretação da 
linguagem gráfica do desenho técnico exige treinamento específico, porque são utilizadas figuras 
planas (bidimensionais) para representar formas espaciais. 
A Figura abaixo ao lado está exemplificando a representação de forma espacial por meio de 
figuras planas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Podemos concluir que para os leigos a figura acima é a representação de três quadrados. No 
entanto, na linguagem gráfica a figura corresponde à representação de um determinado cubo. 
Conhecendo-se a metodologia utilizada para elaboração do desenho é possível entender e 
conceber mentalmente a forma espacial representada na figura plana. 
Na prática pode-se dizer que, para interpretar um desenho técnico, é necessário enxergar o que 
não é visível e a capacidade de entender uma forma espacial a partir de uma figura plana. 
Por exemplo, fechando os olhos pode-se ter o sentimento da forma espacial de um copo, de um 
carro, da sua casa etc. Ou seja, a visão espacial permite a percepção (o entendimento) de formas 
espaciais, sem estar vendo fisicamente os objetos. 
5.2) Elementos da Projeção 
Os elementos principais de uma projeção de um objeto qualquer podem ser vistos na figura 
abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A) A posição do observado, denominada centro da projeção; 
B) O objeto a ser observado; 
C) Os raios projetantes; 
D) O plano a ser representado; 
E) A projeção do objeto 
5.3) Tipos de Projeções 
Na linguagem gráfica do Desenho Técnico, temos dois tipos de projeções, sendo a Projeção Cônica 
e a Projeção Cilíndrica. A Projeção Cilíndrica por sua vez se divide em Projeção Cilíndrica Obliqua e 
Projeção Cilíndrica Paralela. 
Projeção Cônica - O observador se encontra a uma distância finita do plano de projeção; ocorre 
a formação de superfície cônica pelos raios projetantes. Nunca terá verdadeira grandeza 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Projeção Cilíndrica - O observador se encontra uma distância finita do plano de projeção; 
ocorre a formação de superfície cilíndrica pelos raios projetantes: Pode ter verdadeira grandeza, 
(V.G.) desde que as superfícies dos objetos estejam paralelas ao plano de projeção então se 
projetam com a mesma forma e as mesmas dimensões, isto é, em verdadeira grandeza”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Projeção Cilíndrica Obliqua - Os raios projetantes não são perpendiculares ao plano de 
projeção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Projeção Cilíndrica Ortogonal - Os raios projetantes são perpendiculares do plano de projeção. 
Esta é a forma de projeção adotada pelo desenho técnico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6.0) PROJEÇÕES ORTOGONAIS 
Considerando dois planos de representação, vertical e horizontal além de suas interseções, como 
mostra a figura abaixo dividiremos o espaço em quatro ângulos também chamados de diedros 
(que tem duas faces). Os quatros ângulos são numerados no sentido anti-horário, e denominados 
1º, 2º, 3º, e 4º Diedros. 
 
 
 
 
 
 
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Utilizando os princípios da Geometria Descritiva, pode-se, mediante figuras planas, representar 
formas espaciais utilizando de qualquer um dos quatro diedros. 
Entretanto, para facilitar o exercício da engenharia, foi necessário normalizar uma linguagem que, 
a nível internacional, simplifica o intercâmbio de informações tecnológicas. 
Assim, a partir dos princípios da Geometria Descritiva, as normas de Desenho Técnico fixaram a 
utilização das projeções ortogonais somente pelos 1º e 3º diedros, criando pelas normas 
internacionais dois sistemas para representação de objetos sendo: 
 Sistema de projeções ortogonais pelo 1º diedro, e; 
 Sistema de projeções ortogonais pelo 3º diedro. 
O uso de um ou do outro sistema dependerá das normas adotadas por cada país. Por exemplo, 
nos Estados Unidos da América (USA) é mais difundido o uso do 3º diedro, nos países europeus é 
mais difundido o uso do 1º diedro. 
No Brasil é mais utilizado o 1º diedro, porém, nas indústrias oriundas dos USA, da Inglaterra e do 
Japão, poderão aparecer desenhos representados no 3º diedro. 
Como as normas internacionais convencionaram, para o desenho técnico, o uso dos 1º e 3º 
diedros é importante a familiarização com os dois sistemas de representação. 
 
6.1) Projeções Ortogonais no 1º Diedro 
As projeções feitas em qualquer plano do 1º diedro seguem um princípio básico onde o objeto a 
ser representado deverá estar entre o observador e o plano de projeção, conforme demonstrado 
na figura abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
6.2) Vistas e Perspectivas 
O Desenho Projetivo é aquele que resulta de projeções do objeto sobre um ou mais planos que se 
fazem coincidir com o do próprio desenho. Este tipo de desenho pode ser: 
Vistas Ortográficas: figuras resultantes de projeções cilíndricas ortogonais do objeto, sobre 
planos convenientemente escolhidos de modo a representar, com exatidão, a forma deste objeto 
com seus detalhes. 
Perspectivas: figuras resultantes de projeção cilíndrica ou cônica sobre um único plano, com a 
finalidade de permitir uma percepção mais fácil da forma do objeto. No desenho técnico a 
projeção vertical corresponde a vista de frente e a projeção horizontal a vista superior ou de cima. 
 
 
 
 
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Vistas Ortográficas 
O fundamento teórico para a representação por meio de vistas ortográficas tem origem nos 
conceitos de Geometria Descritiva, em que planos de projeção perpendiculares se interceptam e 
formam o “paralelepípedo de referência”, que pode gerar até seis vistas do objeto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Considerando o objeto imóvel no espaço, o observador pode vê-lo por seis direções diferentes, 
obtendo seis vistas da peça. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não é necessário utilizar seis vistas para representar objetos relativamente simples, geralmente 
utilizam-se apenas três vistas (superior, frontal e lateral). 
Esta combinação pode variar e no trabalhoprático a escolha da combinação das vistas é 
fundamental para descrever da forma mais clara e econômica o objeto. 
 
 
 
 
 
 
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Na figura a seguir, o objeto é representado por meio de três vistas contemplando o mesmo nível 
de precisão como se fosse representando em seis vistas. 
A vista de frente é a projeção vertical do 
objeto, considerando sempre a face frontal. 
 
A vista superior é a projeção horizontal do 
objeto e representa sua face superior 
 
 
 
Para facilitar a interpretação da forma de um objeto, recorre-se a um terceiro plano de projeção 
chamado de vista lateral que é perpendicular ao plano horizontal e ao plano vertical. Para esta 
terceira vista a localização é arbitrária, no entanto, supõe-se que a mesma esteja situada a direita 
do objeto e que o observador olhe da esquerda para a direita. 
A vista mais importante de um objeto deve ser tomada como a principal ou frontal. Assim, alguns 
critérios são importantes para a escolha desta vista: Maior número de detalhes voltados para o 
observador; Posição de uso, fabricação ou montagem; Maior área (desde satisfaça o primeiro 
item). 
Perspectivas Axonométricas 
Este termo vem do latim (perpectum – ver através) e constituem-se na ciência da representação 
gráfica dos objetos, tais como são vistos pelos nossos olhos. É um método que nos permite 
 
 
 
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reproduzir as três dimensões numa superfície plana, representando, graficamente, as deformações 
aparentes percebidas pelas nossas vistas. 
A perspectiva nos fornece três elementos indispensáveis: 1) dá ao objeto a idéia de dimensão e 
volume; 2) dá a sensação de distância; 3) sugere espaço. 
A axonometria na perspectiva refere-se a uma projeção cilíndrica ortogonal sobre um plano 
obliquo em relação às três dimensões do corpo a representar. Existem quatro tipos de perspectiva 
axonométrica: 
a) Cavaleira 
b) Isométrica 
c) Dimétrica 
d) Militar 
Para efeito didático, trabalharemos apenas com as duas primeiras. 
Perspectiva Cavaleira 
Em uma perspectiva cavaleira, temos a figura apresentada com uma face frontal, sendo nesta face 
marcadas a largura e altura, conservando a sua forma e as suas dimensões, como na figura 
abaixo. 
 
 
 
 
 
 
Devemos marcar o comprimento em apenas uma direção, sofrendo redução em sua medida 
proporcional ao ângulo de profundidade. Os ângulos mais utilizados são 30, 45 e 60 graus 
conforme o quadro abaixo. 
Exercícios (Perspectiva Cavaleira) 
Em uma folha de papel A3 desenhar três cubos com seis centímetros de lado em perspectiva 
cavaleira a 30, 45 e 60º. 
 
 
 
 
 
 
 
RELAÇÃO DAS MEDIDAS REAIS COM A DO DESENHO EM PERSPECTIVA CAVALEIRA 
Discriminação 
Perspectiva 
30° 45° 60° 
Largura 1:1 1:1 1:1 
Altura 1:1 1:1 1:1 
Profundidade 1:2/3 1:1/2 1:1/3 
 
 
 
 
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Cada uma delas mostra o objeto de um jeito. Comparando as duas formas de representação, 
podemos notar que a perspectiva isométrica mantém as mesmas proporções do comprimento, da 
largura e da altura do objeto representado. 
Perspectiva Isométrica 
Na perspectiva Isométrica os três eixos no espaço (x, y, z) estão igualmente inclinados em relação 
ao plano de projeção. Assim, os eixos axonométricos fazem o mesmo ângulo e o coeficiente de 
redução nas três escalas iguais. Portanto a escala axonométrica é 1:1:1. 
É comum a posição, no papel, do eixo Z na vertical, representando a escala das alturas. Para o 
traçado das demais direções (eixos X e Y), que fazem ângulo de 30º com a direção horizontal, 
utiliza-se um esquadro. 
 
 
 
 
 
 
Exercícios (Perspectiva Isométrica) 
Em uma folha de papel A3 desenhar um cubo com doze centímetros de lado em perspectiva 
isométrica a 30º. 
 
 
 
 
 
 
 
7.0) ELABORAÇÃO DE PROJETOS ARQUITETÔNICOS 
7.1) Apresentação 
É importante conhecer a linguagem do projeto arquitetônico, com seus símbolos e convenções, 
assim como, para saber ler e escrever corretamente tem necessidade dos conhecimentos e regras 
de gramática. 
O desenho arquitetônico apresenta uma série de peculiaridades, que veremos a seguir, no sentido 
de instruir o aluno e torná-lo capaz de fazer uma leitura completa do projeto. 
 
 
 
 
 
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O projeto arquitetônico é constituído pelos seguintes desenhos: Planta Baixa ou Pavimento Térreo, 
Pavimento Superior (quando for sobrado ou prédio), Corte Transversal e Longitudinal, Fachadas, 
Planta de Cobertura e Planta de Situação 
7.2) Planta baixa 
É a projeção em plano horizontal resultante de um corte da obra na altura do peitoril 
(aproximadamente 1,50m em relação ao piso de cada pavimento), por meio de plano imaginário 
horizontal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Observando a planta baixa, vemos que ela deve apresentar, os seguintes itens: localização dos 
diversos cômodos; localização de alvenarias, pilares e pilastras; dimensões dos elementos; portas, 
janelas e vãos livres com respectivas dimensões; cotas internas e externas; diferenças de nível - 
soleiras e degraus; projeção do beiral e projeção de passeios. Podendo indicar também a posição 
dos equipamentos. 
Na Figura abaixo estão apresentados exemplos de plantas baixa. 
 
 
 
 
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Planta baixa de uma residencia 
 
Planta baixa de uma unidade de bovinocultura de leite 
 
 
 
 
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Planta baixa de uma unidade de produção de vinhos 
 
Planta Baixa de uma nidade de produção de doces 
 
 
 
 
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7.3) Fachada ou elevação 
É a projeção em plano vertical de uma ou mais faces externas. Geralmente a fachada principal, 
voltada para a entrada ou o local de melhor visão, recebe um tratamento estético mais elaborado. 
Isto é mais importante nas construções urbanas, pois na zona rural praticamente todas as 
fachadas ou pelo menos duas ou três são amplamente visualizadas. 
A fachada deve mostrar especificamente os materiais de acabamento e sua localização, assim 
como sugestão para cores. Muitos projetos aparecem sem a indicação de cor, por ser este um 
assunto muito pessoal, dependendo de aspectos psicológicos. Não confundir fachada com corte, 
nunca deve-se cotar a fachada. 
 
Fachada de um galpão de ferramentas 
 
Fachada de uma residência 
 
 
 
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Fachada de uma residência 
 
7.4) Cortes 
São projeções verticais de cortes efetuados por planos imaginários verticais. Podem ser 
longitudinais, quando feitos no sentido do maior comprimento da obra, e transversais, quando 
perpendiculares ao primeiro. 
Na planta baixa, o local exato dos cortes é indicado por linha grossa, interrompida e contendo 
letras como AB ou CD em cada extremidade. 
Os cortes devem ser efetuados nos cômodos que contenham maior dúvida ou necessidades de 
maiores esclarecimentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Devem mostrar os seguintes itens com as respectivas dimensões: altura dos cômodos ou pé- 
direito; altura dos peitoris e vergas dos vãos; espessura das alvenarias; espessuras de lajes; perfil 
do terreno; altura do baldrame; aterros ou cortes; engradamento do telhado; diferença de nível 
dos pisos; sugestão de alicerce. 
Podem ainda indicar: revestimentos das alvenarias e posição de equipamentos. Alguns elementos 
da construção exigem uma apresentação com pormenores que escalas reduzidas não 
reproduziriam a contento. Geralmente são partes ou peças de pequenas dimensões em relação a 
obra global. 
 
 
 
 
 
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7.5) Planta de cobertura 
Representa a projeção em plano horizontal das águas ou planos inclinados da cobertura e os 
respectivos complementos como calhas, condutores, cumeeiras e espigões. 
Deve mostrar primordialmente: projeção das alvenarias, em linha interrompida, com traço fino; 
projeção das águas ou planos inclinados com cumeeiras e espigões; complementos tais como 
calha de beiral ou de rincão, condutores, rufos, etc.; indicação do sentido de queda das águas, 
por meio de setas e platibandas. Podem ainda conter as cumeeiras de ventilação, telhas de 
ventilação, lanternins e sheds. 
 
7.6) Planta de situação-orientação 
Estabelece a posição do prédio ou obra em relação ao terreno (propriedade). Deve indicar 
principalmente: 
 Distância dos contornos às divisas e/ou outras construções de referência, tais como: 
cercas, estradas, árvores ornamentais, podendo essas também constar como ponto de 
referência; 
 Cotas altimétricas do terreno; 
 Orientação topográfica ou seja, a posição norte; 
 Demais instalações da propriedade, e; 
Define a situação do lote em relação à quadra, às ruas e aos lotes vizinhos. 
 
 
 
 
 
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7.7) Exemplo de Um Projeto Arquitetônico Completo de uma Maternidade para 
Suinocultura 
 
 
 
Planta Baixa 
 
 
 
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Fachada Lateral 
 
Fachada Frontal 
 
Corte Longitudinal 
 
 
 
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Corte Transversal 
 
Planta de Cobertura 
 
 
 
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8.0) OUTROS PROJETOS 
Existem inúmeros tipos de projetos, tais como: estrutural, arquitetônico, hidráulico, sanitário, 
elétrico, de decoração, de urbanização, etc.. De um modo geral as exigências e normas são muitas 
parecidas. Nesta apostila vamos retratar apenas o projeto arquitetônico. 
Os projetos constam de duas partes, a gráfica e a descritiva. A parte gráfica compõem os 
desenhos fazendo parte a planta de situação-orientação, a planta baixa, os cortes (longitudinal e 
transversal), os detalhes, a planta de cobertura e a(s) fachada(s). 
A parte descritiva contém as especificações técnicas, o memorial descritivo, o orçamento e o 
cronograma físico-financeiro. 
Os originais são desenhados em papel vegetal ou mesmo do tipo manteiga, dependendo da 
importância da obra. Órgãos como o DIPOA do Ministério da Agricultura exigem projetos em papel 
tipo tela. Os originais são mantidos em arquivo, entregando-se aos clientes cópias heliográficas 
dos mesmos. O formato é de livre escolha, a não ser em caso de exigências em concorrências ou 
desenhos para órgãos oficiais que assim o exigirem. Neste caso os formatos serão A0, A1, A2, A3 ou 
A4. 
Dependendo da importância da obra, serão também necessários projeto elétrico, hidráulico e de 
esgotos, de cálculo estrutural, de interiores e paisagismo. No entanto, são itens requeridos em 
projetos urbanos (na maior parte das vezes). 
As cores podem ser desprezadas a não ser em caso de reformas, quando pode ser usado o 
esquema a seguir: alvenarias e partes cortadas a construir - cor vermelha; alvenarias e partes 
cortadas a demolir - cor amarela; alvenarias e partes cortadas que permanecem - branco ou preto. 
 
9.0) REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
DORING, KURT . Desenho técnico para a construção civil. São Paulo:Idem,1974.107p. 
FERREIRA, P.; MICELI, M.T. Desenho técnico básico. Rio de Janeiro: Ao livro técnico, 2001, 
144p. 
FRENCH, T. E. Desenho Técnico. Porto Alegre: Globo. 1973.647p. 
MONTENEGRO, G.A. Desenho arquitetônico. São Paulo: Edgard Blucher.1978.134p. 
NEIZEI, E. Desenho técnico para construção civil. São Paulo: EPU, 1974, V.I. 
OBERG, L. Desenho arquitetônico. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico. 2ª.Ed.1973.161p. 
PEREIRA, A. Desenho Técnico básico. Rio de Janeiro: F.Alves.1976.127p. 
RODRIGUES, E. Como Utilizar Corretamente a Perspectiva no Desenho. Rio de Janeiro: 
EDIOURO, 1980. 88p. 
SPECK, H. J., PEIXOTO, V. V. Manual Básico de Desenho Técnico. Florianópolis: DAUFSC, 
1997. 179 p. 
UNTAR, J., JENTZSCH, R. Desenho Arquitetônico. Viçosa: UFV. 1977, 62 p 
VIERCH, F. Desenho técnico e tecnologia gráfica. 6ª ed. Rio de Janeiro: Globo, 1999, 1093p. 
 
 
 
 
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Utilizando uma folha de papel A3 desenhe as figuras geométricas solicitadas abaixo. 
 
a) Sejam L1, L2 e L3 os lados dados, construir um triângulo sabendo-se que L1 = 
3,5 cm, L2 = 3,8 cm e L3 = 5,5 cm. Considere L3 como sendo a base do triângulo. 
 
b) Sejam L1 e L2 os lados dados, construir um triângulo sabendo-se que L1 = 4,5 
cm, L2 = 5,3 cm e o ângulo central (α) = 30°. Considere L2 como sendo a base do 
triângulo. 
 
c) Sejam L1 e L2 os lados dados, construir um triângulo sabendo-se que L1 = 5,3 
cm, L2 = 4,4 cm e a altura (H) = 2,5 cm. Considere L1 como sendo a base do 
triângulo. 
 
d) Sejam a e b os lados dados, construir um retângulo sabendo-se que a = 4,1 cm e 
b = 2,0 cm. Considere “a” como sendo a base do retângulo. 
 
e) Seja L1 o lado dado, construir um losango sabendo-se que L1 = 5,0 cm e o 
ângulo central é igual a 60°. 
 
f) Sejam A, B, C e D os vértices de um trapézio. Construí–lo sabendo-se que as 
distâncias AB = 5,0 cm, BC = 2,5 cm, CD = 3,0 cm e H (altura) = 2,0 cm. Considere 
AB como sendo a base do retângulo. 
 
 
 
 
 
 
 
AULA PRÁTICA 
Construção de Figuras Geométricas 
 
 
 
 
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Utilizando uma folha de papel A3, desenhar, a mão livre, as figuras abaixo 
representadas. 
 
 
AULA PRÁTICA 
Desenho a Mão Livre: Elaboração de Croquis

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