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MATERIAIS TERRESTRES Prof. Dra. Elisa Soares Rocha Barbosa IESA/UFG Curso: Ciências Ambientais – 2/2013 Plano de Ensino Disciplina: Materiais Terrestres Horário: Turma A - Qua 14:00-15:50 Turma A - Sex 14:00-15:50 Turma B - Qua 16:00-17:50 Turma B - Sex 14:00-15:50 Carga Horária: 64 h Professor responsável: Elisa Soares Rocha Barbosa Ano/Semestre Letivo: 2013/2 Núcleo: Comum Plano de Ensino Ementa: • Os minerais e sua classificação. Os minerais formadores das rochas: propriedades físicas e químicas. Rochas ígneas. Rochas sedimentares. Rochas metamórficas. O ciclo das rochas. Características geotécnicas das rochas. Objetivos: • Capacitar o aluno a reconhecer e classificar minerais e rochas a partir de suas propriedades físicas e químicas, e relacioná-los a aplicações cotidianas. Plano de Ensino Conteúdo programático: PRINCÍPIOS DE CRISTALOGRAFIA E CRISTALOQUÍMICA • Simetria externa: eixos, planos, pontos de simetria. • Sistemas cristalinos: triclínico, monoclínico, ortorrômbico, tetragonal, hexagonal e isométrico. • Ligações químicas: iônica, covalente, metálica, forças de van der waals. • Raio atômico, raio iônico, raio covalente, número de coordenação, valência eletostática. • Variações químicas dos minerais: isomorfismo, polimorfismo, pseudomorfismo, soluções sólidas, exsolução. Plano de Ensino Conteúdo programático: MINERAIS • Definições. • Propriedades Físicas dos minerais: hábito, brilho, cor, dureza, clivagem, partição, fratura, tenacidade, densidade específica, magnetismo, radioatividade, piezoeletricidade, luminescência, fosforecência, fluorescência. • Classificação química dos minerais: elementos nativos, sulfetos, sulfossais, óxidos, hidróxidos, halogenetos, carbonatos, nitratos, boratos, fosfatos, arseniatos, vanadatos, sulfatos, tungstatos, silicatos. Plano de Ensino Conteúdo programático: CLASSES DE MINERAIS • Halogenetos, elementos nativos, carbonatos, sulfatos e fosfatos: classificação, estruturas, química mineral e identificação. • Sulfetos, sulfossais, óxidos e hidróxidos: classificação, estruturas, química mineral e identificação. • Silicatos - divisão: nesossilicatos, sorossilicatos, ciclossilicatos, inossilicatos de cadeia simples, inossilicatos de cadeia dupla, filossilicatos e tectossilicatos. • Silicatos: classificação, estruturas, química mineral e identificação. • Minerais de alteração: estruturas, química mineral e identificação. Plano de Ensino Conteúdo programático: ROCHAS ÍGNEAS • Conceitos, origem e composição das rochas ígneas. • Tipos de rochas ígneas: plutônicas e vulcânicas. • Sistemática de identificação e classificação de rochas ígneas. • Decomposição e usos de rochas ígneas. • Características geotécnicas de rochas ígneas. Plano de Ensino Conteúdo programático: ROCHAS SEDIMENTARES • Conceitos, origem e composição das rochas sedimentares. • Tipos de rochas sedimentares: clásticas, químicas e biogênicas. • Sistemática de identificação e classificação de rochas sedimentares. • Decomposição e usos de rochas sedimentares. • Características geotécnicas de rochas sedimentares. Plano de Ensino Conteúdo programático: ROCHAS METAMÓRFICAS • Conceitos, origem e composição das rochas metamórficas. • Texturas de rochas metamórficas: xisto, gnaisse e migmatito. • Sistemática de identificação e classificação de rochas metamórficas. • Decomposição e usos de rochas metamórficas. • Características geotécnicas de rochas metamórficas. Plano de Ensino Metodologia: • Aulas expositivas, identificação de minerais e rochas em aulas práticas, resolução de estudos dirigidos e aplicação do conteúdo ministrado em sala de aula em trabalhos de campo: – 29/11 a 01/12 – Goiânia/Crixás/Goiânia (???) – 11/12 – Goiânia/Brasília/Goiânia BR-060 Plano de Ensino Verificações de Aprendizagem e Atribuição de Menções: • A avaliação será feita por meio da média aritmética simples de três itens: duas provas teórico-práticas, de caráter cumulativo, e avaliação do material escrito na caderneta de campo durante essa visita. Apenas serão dadas provas de reposição para os casos excepcionais previstos no Regimento da UFG. Será aprovado na disciplina o aluno que obtiver média final igual ou superior a 5,0 (cinco)* e freqüência igual ou superior a 75%* da carga horária da disciplina. Bibliografia Básica Plano de Ensino Datas importantes: • Até 30/08 – aulas teóricas introdutórias • A partir de 04/09 – tendência: práticas nas quartas, teóricas na sextas • 23/10 - 1ª avaliação teórico-prática • 18/12 - 2ª avaliação teórico-prática • Não haverá aula: – 11/10 – compromisso – 16/10 – CONPEEX – 18/10 – Semanas acadêmicas – 15/11 - Feriado MATERIAIS TERRESTRES Prof. Dra. Elisa Soares Rocha Barbosa IESA/UFG Curso: Ciências Ambientais – 2/2013 Introdução Mineralogia: • Estudo de substâncias sólidas que ocorrem naturalmente, e constituem porções sólidas do universo. • Minerais são produtos de complexos processos que ocorrem na Terra e nos planetas, em um grande intervalo de temperatura e pressão, e sendo assim, os minerais constituem uma chave para o entendimento da origem e evolução da Terra e dos planetas. • Os minerais também compõem a matéria prima na qual muito o desenvolvimento tecnológico da sociedade está baseado. O ESTUDO DOS MINERAIS COMO PARTE DAS GEOCIÊNCIAS • A mineralogia – estudo e compreensão das substâncias sólidas geralmente inorgânicas chamadas minerais – é a peça-chave de um currículo em geociências. • As geociências constituem um amplo campo, que compreende o entendimento da origem, evolução e comportamento da Terra, além de também estar relacionada à posição da Terra no sistema solar e no universo. • A Terra e seus planetas vizinhos são feitos de materiais sólidos chamados rochas, os quais geralmente consistem de agregados de um ou mais minerais. O estudo dos minerais constituintes das rochas – sua química, estrutura atômica, propriedades físicas, reações químicas que os criaram ou a combinação contribuições científicas – tem contribuído em muitos aspectos as geociências. O ESTUDO DOS MINERAIS COMO PARTE DAS GEOCIÊNCIAS • EXEMPLO: • Geofísica – estudo da física da Terra, enfatizando sua natureza física e dinâmica. Em conjunto com os geofísicos, os mineralogistas tem estudado o comportamento dos minerais produzidos experimentalmente, em condições de altas pressões e temperaturas, e nos revelou novos aspectos sobre a composição e comportamento do núcleo e do manto da Terra. MINERALOGIA • Consiste no estudo de substâncias sólidas inorgânicas que ocorrem naturalmente, chamadas minerais. Estes podem ser originados na Terra e em outros planetas, e está intimamente associado à química inorgânica, mas na mineralogia o foco é especificamente substâncias sólidas que ocorrem naturalmente. • A mineralogia compreende 5 subdisciplinas: SUBDISCIPLINAS DA MINERALOGIA • - Mineralogia descritiva – envolve a medida e identificação de parâmetros físicos que auxiliam a identificar e descrever um específico mineral. Algumas feições de um mineral podem ser avaliadas em amostras de mão (e.g. forma, dureza, cor). Outros critérios mais objetivos, como as propriedades óticas e estrutura química, requerem técnicas e equipamentos especializados, como um microscópio petrográfico e um difratômetro de raios-x, respectivamente. SUBDISCIPLINAS DA MINERALOGIA • - Cristalografia – esse ramo da ciência é extremamente amplo. Até o descobrimento da radiação-x, a cristalografia era restrita principalmente à forma geométrica, simetria externa, e propriedades óticas dos minerais.Desde 1912 a ênfase da cristalografia tem sido a investigação da estrutura interna de materiais cristalinos, de origem orgânica e inorgânica. SUBDISCIPLINAS DA MINERALOGIA • - Química mineral – O campo da química mineral está relacionado à composição química, estrutura interna e propriedades físicas de materiais cristalinos. Um mineral específico é definido com base na sua estrutura cristalina, composição química e propriedades físicas relacionadas. Em muitos grupos de minerais, o padrão geral da estrutura é constante, onde a composição química de cada grupo é altamente variável. A determinação do tipo de estrutura, arranjo de ligações atômicas, e mudanças relativas às propriedades físicas de uma substância cristalina são domínio da química mineral. SUBDISCIPLINAS DA MINERALOGIA • - Classificação – Existem aproximadamente 3800 espécies de minerais, e cada uma tem um nome distinto. Para fazer sentido as divergências químicas e estruturais representadas por esses minerais, é necessário classificá-los de acordo com um esquema cristaloquímico racional. Ou seja, primeiro os minerais são classificados de acordo com seu grupo aniônico (sulfetos, óxidos, carbonatos). Segundo, em grupos de muitas espécies e estruturas complexas, como o grupo dos silicatos, e ainda, subclassificações são feitas, principalmente com base em arranjos estruturais atômicos (como diferentes arranjos dos tetraedros de sílica). SUBDISCIPLINAS DA MINERALOGIA • Classificação SUBDISCIPLINAS DA MINERALOGIA • - Ocorrência geológica – termo sinônimo comum – paragênese. A paragênese se refere à associação característica ou ocorrência de um mineral ou assembléia mineral, em um ambiente geológico bem definido. Por exemplo, uma paragênese comum para o sulfeto esfalerita (ZnS) está ligada a depósitos de minérios de origem hidrotermal; granada, um silicato de química complexa, está associado pricipalmente a rochas ricas em alumínio que são produtos de metamorfismo regional. SUBDISCIPLINAS DA MINERALOGIA • - Ocorrência geológica IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DE MINERAIS • Desde o início dos tempos, os minerais tem sido essenciais para a manutenção da vida humana, e a cada século sucessivo, estes tem se tornado cada vez mais importantes. • hoje dependemos dos minerais de incontáveis maneiras – desde a construção de edifícios, passando pelo tempero da comida, até a manufatura de computadores. A civilização moderna depende e precisa do uso dos minerais. IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DE MINERAIS • Poucos minerais como o talco, asbesto, e enxofre são usados essencialmente como ocorrem naturalmente, mas a maioria é primeiramente processada para a obtenção de um material utilizável na indústria. • Alguns desses produtos incluem tijolos, vidro, cimento, gesso e um grande número de metais, desde o ferro até o ouro. • Minérios metálicos e minerais industriais são extraídos em todos os continentes, independentemente dos minerais específicos estarem concentrados suficientemente para serem economicamente extraídos. IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DE MINERAIS De acordo com a revista Geotimes (1989, v. 34, p.19), a cada ano, todo americano consome, em média: – - 360 kg de chumbo (principalmente para baterias de carro, solda, e componentes eletrônicos); IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DE MINERAIS De acordo com a revista Geotimes (1989, v. 34, p.19), a cada ano, todo americano consome, em média: – - 340 kg de zinco (como liga no cobre para fazer latão, como superfície protetora no aço, e como componente químico em borrachas e tintas); IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DE MINERAIS De acordo com a revista Geotimes (1989, v. 34, p.19), a cada ano, todo americano consome, em média: – - 680 kg de cobre (muito usado em motores elétricos, geradores, equipamentos de comunicação e fiação); IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DE MINERAIS De acordo com a revista Geotimes (1989, v. 34, p.19), a cada ano, todo americano consome, em média: – - 1600 kg de alumínio (para todo tipo de coisas, como latas, cadeiras, e fabricação de aviões); IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DE MINERAIS De acordo com a revista Geotimes (1989, v. 34, p.19), a cada ano, todo americano consome, em média: – - 14800 kg de ferro (utensílios culinários, automóveis, barcos e construção civil); IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DE MINERAIS De acordo com a revista Geotimes (1989, v. 34, p.19), a cada ano, todo americano consome, em média: – - 12800 kg de sal (para preparo de alimentos, degelo de estradas e detergentes). IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DE MINERAIS O estudo da localização, origem, tamanho e classe de depósitos de minerais e metais é domínio da geologia econômica, mas o conhecimento da química, ocorrência e propriedades físicas é básico para chegar à geologia econômica. NOME DOS MINERAIS • Os minerais em sua maioria são classificados com base na presença de componentes químicos maiores (grupo aniônico) em óxidos, sulfetos, silicatos, carbonatos e fosfatos), de uma maneira conveniente, pois a maioria dos minerais contêm um maior ânion. • No entanto, o nome do mineral não está ligado a um esquema químico lógico. • Minerais podem ter seus nomes criados com base nas suas propriedades físicas ou químicas, ou podem receber seus nomes baseados em uma localidade, uma figura pública, um mineralogista, ou quase qualquer outra referência considerada apropriada. • Alguns exemplos de nomes de minerais e suas derivações são: NOME DOS MINERAIS • - Albita (NaAlSi3O8) – do latim albus (branco), uma alusão a sua cor; NOME DOS MINERAIS • - Rodonita (MnSiO3) – do grego rhodon (rosa), uma alusão a sua cor rosa característica; NOME DOS MINERAIS • - Cromita (FeCr2O4) – devido a presença de uma grande quantidade de cromo no mineral; NOME DOS MINERAIS • - Magnetita (Fe3O4) – devido a suas propriedades magnéticas; NOME DOS MINERAIS • - Franklinita (ZnFe2O4) – devido a localidade, Franklin (New Jersey, EUA), onde essa ocorre como mineral dominante de zinco; NOME DOS MINERAIS • - Sillimanita (Al2SiO5) – em homenagem ao professor Benjamin Silliman, da universidade de Yale (1779-1864). NOME DOS MINERAIS • Um comitê internacional, a Comissão de Novos Minerais e Novos Nomes de Minerais da Associação Mineralógica Internacional, revisa todas as novas descrições de minerais e julga apropriadamente os novos minerais, assim como a caracterização científica de novas espécies minerais descobertas. Referência: • Klein, C., Dutrow, B. Manual of Mineral Science (Manual of Mineralogy). IE Wiley. 23 ed. 2007. 716p.
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