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PLANO DE BENEFÍCIOS DA SEGURIDADE SOCIAL

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PLANO DE BENEFÍCIOS DA SEGURIDADE SOCIAL
MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO
A manutenção da qualidade de segurado é dada no período de tempo onde o segurado se mantém coberto pela previdência social, podendo, em determinadas situações, ela se dar mesmo sem o segurado contribuir. Por isso ela é, nesses casos, chamada de período de graça. É um período onde o segurado, independentemente de estar contribuindo, ou seja, “de graça”, continua sendo segurado, conservando todos seus direitos perante a previdência social. O período de graça não conta como tempo de contribuição ou carência, é apenas um período de tempo onde o segurado continua coberto pela previdência social.
Os prazos elencados no regulamento são os seguintes: 
Decreto 3.048/99 
Art. 13. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições: 
I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício;
Quem está em gozo de benefício não contribui (exceto salário-maternidade), mas não deixa de ser segurado. Se uma pessoa está em gozo de auxílio-doença há dois anos, estando, portanto, sem contribuir, ela continuará sendo segurada da previdência social durante esse período. Segurado em gozo de auxílio-acidente também mantém sua qualidade dessa forma.
II - até doze meses após a cessação de benefício por incapacidade ou após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela previdência social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração; 
Após a cessação do benefício por incapacidade, se o segurado não estiver contribuindo, ele continuará a ser segurado por até 12 meses após a data de cessação do benefício. Imagine que, 12 meses após o término do auxílio-doença, o segurado já curado e que esteja sem contribuir venha sofrer um acidente. Ele fará jus a novo benefício, pois ainda matinha a qualidade de segurado.
 Também o segurado que deixar de exercer atividade remunerada e que esteja sem contribuir terá 12 meses de período de graça. Se o segurado já tiver mais de 120 contribuições sem interrupções que acarrete a perda da qualidade de segurado, esse prazo será ampliado em mais 12 meses. Ainda, se o segurado comprovar por registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e Emprego sua condição de desempregado, ele terá esse prazo ampliado em mais 12 meses, podendo todos esses acréscimos se acumular chegando a 36 meses de período de graça. Se, por exemplo, um segurado que trabalhou por 10 anos consecutivos em uma empresa for demitido, vindo a receber seguro-desemprego, por deixar de exercer atividade remunerada¹, ter mais de 120 contribuições ininterruptas² e comprovar por registro no órgão próprio do MTE sua condição de desempregado³, ele terá 36 meses de período de graça.
III - até doze meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de segregação compulsória; 
No caso de algumas doenças contagiosas, a pessoa deve ser segregada pelo Poder Público. Se ela for segurada e já tiver cumprido a carência, que veremos à frente, ela entrará em gozo de auxílio-doença e cairá na segunda regra. Porém, se não cumprir a carência e não fizer jus ao benefício, após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de segregação compulsória terá 12 meses de período de graça.
IV - até doze meses após o livramento, o segurado detido ou recluso; 
Após o livramento, o segurado detido ou recluso terá 12 meses de período de graça. É o tempo que a lei considera razoável para que o preso, pessoa muitas vezes estigmatizada pela sociedade, possa reingressar ao mercado de trabalho.
V - até três meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar; e 
O segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar terá, após o licenciamento, 3 meses de período de graça. Como o licenciado é uma pessoa jovem e com vigor, a lei lhe dá um prazo inferior para que ele se insira no mercado de trabalho sem perder a qualidade de segurado.
VI - até seis meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.
Já o segurado o facultativo tem um prazo de 6 meses após a cessação das contribuições para restabelecê-las sem perder a qualidade de segurado. Claro que o segurado facultativo, após a cessação de benefício por incapacidade, manterá a qualidade de segurado pelo prazo de 12 meses.
O segurado que, dentro do prazo de manutenção de sua qualidade de segurado (12, 24 ou 36 meses), se filiar ao RGPS como facultativo, ao deixar de contribuir nesta última, terá o direito de usufruir o período de graça de sua condição anterior. 
Fique atento, pois todos esses prazos são na verdade acrescidos em 2 meses e 15 dias. Isso se dá porque a perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao do término do prazo fixado para recolhimento da contribuição referente ao mês imediatamente posterior ao do final dos prazos. O facultativo, por exemplo, tem na verdade 8 meses e 15 dias para efetuar a contribuição e não perder a qualidade de segurado.
PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO
A perda da qualidade de segurado importa em caducidade dos direitos inerentes a essa condição. Aquele que perde a qualidade de segurado deixa de fazer jus às prestações previdenciárias. O detalhe reside é nos benefícios que não são afetados pela perda da qualidade de segurado. 
A começar pelas aposentadorias por tempo de contribuição e especial. Nenhuma delas será afetada pela perda da qualidade de segurado. Se, por exemplo, um segurado trabalhou e contribuiu por 35 anos e posteriormente parou de trabalhar e perdeu a qualidade de segurado, se 10 anos depois ele quiser requerer a aposentadoria por tempo de contribuição, mesmo sem ter qualidade de segurado, por já ter cumprido os requisitos ele terá direito. 
Também a aposentadoria por idade não será afetada pela perda da qualidade de segurado, desde que seja cumprida a carência e o segurado tenha a idade necessária. Os requisitos não precisam ser cumpridos simultaneamente. Um segurado pode, por exemplo, trabalhar por 15 anos para cumprir a carência, perder a qualidade de segurado, nunca mais trabalhar até completar 65 anos e se aposentar por idade. Ele primeiro cumpriu a carência e depois a idade. 
A pensão por morte não é concedida aos dependentes de quem já havia perdido a qualidade de segurado na data do falecimento. Porém, caso o falecido já tiver cumprido todos os requisitos necessários para obtenção de aposentadoria ao perder a qualidade de segurado, seus dependentes farão jus ao benefício. Imagine, por exemplo, que um segurado que tenha contribuído por 35 anos, completando assim os requisitos para obtenção de aposentadoria por tempo de contribuição, deixe de contribuir durante muito tempo e venha a falecer sem ter qualidade de segurado. Por já cumprir todos os requisitos para obtenção de aposentadoria, seus dependentes farão jus à pensão por morte.
CARÊNCIA
Períodos de Carência
O período de carência é considerado como o número mínimo de contribuições mensais exigidas para que o beneficiário faça jus ao benefício. 
Como o segurado especial não contribui mensalmente, para ele, o período de carência é o tempo mínimo de efetivo exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, igual ao número de meses necessário à concessão do benefício requerido. Portanto, não são exigidas contribuições mensais, mas tempo de exercício da atividade. 
Para os segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso, o período de carência é contado da data de filiação ao RGPS. Já para os segurados contribuinte individual e facultativo, ele é contado da data do efetivo recolhimento da primeira contribuição sem atraso, não sendo consideradas para esse fim as contribuições recolhidas com atraso referentes a competências anteriores. Se um advogado que exerceu 10 anos de advocacia sem contribuir resolver quitar sua dívida, esses 10 anos não serão contados para efeitos de carência, já que o contribuinte individual só contará a carência a partir do efetivo recolhimento da primeira contribuição sem atraso.Os períodos de carência exigidos para a concessão dos benefícios são os seguintes:
		Benefícios 
	Períodos de Carência 
	Auxílio-doença e aposentadoria por invalidez 
	12 contribuições mensais 
	Aposentadorias por idade, tempo de contribuição e especial 
	180 contribuições mensais 
	Salário-maternidade para as seguradas contribuinte individual, especial e facultativa 
	10 contribuições mensais 
	
	
	
	
	
	Em caso de parto antecipado, o período de carência do salário-maternidade será reduzido em número de contribuições equivalente ao número de meses em que o parto foi antecipado. Se, por exemplo, o parto do bebê antecipa em 2 meses, a carência é reduzida em 2 meses. O período da carência sempre será o de 1 mês a mais que o tempo da gestação. Se o bebê nasce com 7 meses, a carência é de 8 meses. 
Também temos benefícios que independem de carência, quais sejam:
	Benefícios que independem de carência
	Pensão por morte
	Auxílio-Reclusão
	Salário-família
	Auxílio-Acidente
	Salário-maternidade, para as seguradas empregada, empregada doméstica e trabalhadora avulsa
	Auxílio-doença e aposentadoria por invalidez, nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa, ou nos casos em que o segurado for acometido de moléstia elencada em lista específica
Auxílio-doença e aposentadoria por invalidez, se oriundos de acidente de qualquer natureza, dispensam carência. Esses benefícios também são conhecidos como auxílio-doença acidentário e aposentadoria por invalidez acidentária. Caso sejam comuns, a carência é de 12 meses.
	
Carência e perda da qualidade de segurado
Havendo perda da qualidade de segurado as contribuições anteriores a essa perda somente serão computadas para efeito de carência depois que o segurado contar, a partir da nova filiação ao RGPS, com no mínimo um terço do número de contribuições exigidas para o cumprimento da carência do benefício requerido. 
Um segurado que já tenha mais de 12 contribuições e tenha perdido a qualidade de segurado, para poder requerer auxílio-doença após voltar a contribuir, deverá contribuir por 4 meses para completar um terço da carência de 12 contribuições mensais. Ele, com 4 contribuições, poderá “recuperar” as contribuições já pagas. 
O mesmo ocorreria se ele tivesse apenas 8 contribuições antes de perder a qualidade de segurado. O segurado, após voltar a contribuir, pagando 4 contribuições, poderia resgatar as antigas 8 contribuições, totalizando as 12 contribuições necessárias. 
Para o salário-maternidade, a segurada deverá possuir no mínimo 3 contribuições. Elas somadas as anteriores deverão totalizar a carência. 
Só para lembrar: isso não ocorre com as aposentadorias por tempo de contribuição, especial e por idade. Vimos que a perda da qualidade de segurado não afeta esses benefícios. Afinal, se um segurado que perdeu essa qualidade tivesse que contribuir com um terço da carência desses benefícios, seriam necessárias 60 contribuições, já que a carência deles é de 180 contribuições. Se o segurado perdeu sua qualidade e posteriormente voltou a contribuir, para efeitos de aposentadoria por tempo de contribuição, especial e por idade, suas contribuições não necessitarão de alcançar um terço da carência para resgatar as contribuições antigas.
SALÁRIO-DE-BENEFÍCIO
O salário-de-benefício é o valor básico utilizado no cálculo da Renda Mensal Inicial. Ele não é necessariamente o valor a ser recebido pelo segurado, é apenas uma base de cálculo. O valor do salário-de-benefício não será inferior ao de um salário mínimo, nem superior ao limite máximo do salário-de-contribuição na data de início do benefício. 
Para fins de apuração do salário-de-benefício de qualquer aposentadoria precedida de auxílio-acidente, o valor mensal deste será somado ao salário-de-contribuição antes da aplicação da correção dos valores dele, não podendo o total apurado ser superior ao limite máximo do salário-de-contribuição. Isso ocorre porque antigamente o auxílio-acidente era vitalício, acumulando-se com a aposentadoria do segurado. Atualmente é vedada a acumulação de auxílio-acidente com aposentadoria, por isso seu valor é somado ao salário-de-contribuição. 
O salário-de-benefício consiste, para as aposentadorias por idade e por tempo de contribuição, na média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição correspondentes a 80% de todo o período contributivo a partir de 07/1994, multiplicada pelo fator previdenciário. Já para as aposentadorias por invalidez e especial, auxílio-doença e auxílio-acidente, o salário-de-benefício consiste na média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição correspondentes a 80% de todo o período contributivo a partir de 07/1994, sem aplicação do fator previdenciário. 
Vale ressaltar que atualmente só entram para o cálculo do salario-de-benefício as contribuições pagas a partir de julho de 1994. Somente essas são as contribuições integrantes do período básico de cálculo. Isso se dá em função da entrada do Real, que estabilizou os índices inflacionários. 
Para o segurado especial, o salário-de-benefício consistirá no valor equivalente ao de um salário-mínimo, exceto para o que contribua como se fosse contribuinte individual (20%).
FATOR PREVIDENCIÁRIO
As aposentadorias por tempo de contribuição e idade são os únicos benefícios que têm aplicação do fator previdenciário. A aposentadoria por tempo de contribuição comum sempre terá aplicação do fator previdenciário, a menos que o segurado conte com 95 anos, se homem, e 85 anos, se mulher, de soma do tempo de contribuição e da idade, já a aposentadoria por idade e a aposentadoria por tempo de contribuição do deficiente só terão o fator previdenciário aplicado se ele elevar seus valores. O INSS procede automaticamente com o cálculo da aposentadoria por idade e da aposentadoria por tempo de contribuição do deficiente com e sem o fator previdenciário, concedendo o que tiver a maior renda mensal. 
O fator previdenciário é uma alíquota que é aplicada ao salário-de-benefício. Ele será calculado considerando-se a idade, a expectativa de sobrevida e o tempo de contribuição do segurado ao se aposentar. Lembre-se bem desses três itens. Quanto maior a idade e o tempo de contribuição, maior será fator previdenciário. Quanto maior a expectativa de sobrevida, menor será o fator previdenciário. Se o segurado for muito idoso e possuir muitos anos de contribuição, o fator previdenciário terá um valor maior que 1, aumentando a renda mensal do benefício. 
No caso da concessão de aposentadoria por tempo de contribuição, como já dito, o fator previdenciário não é aplicado caso, além de cumprido os requisitos de o mínimo de 35 anos de tempo de contribuição para o homem e de 30 para a mulher, os mesmos contem com 95 anos, se homem, e 85 anos, se mulher, de soma do tempo de contribuição e da idade. As somas de idade e de tempo de contribuição previstas serão majoradas em um ponto em: 
31 de dezembro de 2018; 
31 de dezembro de 2020; 
31 de dezembro de 2022; 
31 de dezembro de 2024; e 
31 de dezembro de 2026. 
Assim, em 31 de dezembro de 2026, para ter direito à não aplicação do fator previdenciário, o segurado deverá contar com 100 anos de soma de tempo de contribuição com idade, se homem, e 90 anos de soma, se mulher. 
A mulher se aposenta 5 anos antes do homem, por isso, ao se aposentar, são adicionados 5 anos ao seu tempo de contribuição para efeito da aplicação do fator previdenciário. Se não fosse assim, os homens teriam certa vantagem no cálculo do fator previdenciário, já que seu tempo mínimo de contribuição para aposentadoria é maior. 
Também serão adicionados 5 ou 10 anos, quando se tratar, respectivamente, de professor ou professora, que comprovem exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio, já que eles se aposentam 5 anos antes por tempo de contribuição (30 anos de contribuição para homem e 25 para mulher). Em breve veremos isso em mais detalhes.Serão acrescidos também cinco pontos à soma da idade com o tempo de contribuição do professor e da professora que comprovarem exclusivamente tempo de efetivo exercício de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio para o cálculo do 85/95 relativamente à não aplicação do fator previdenciário na aposentadoria por tempo de contribuição do professor.
RENDA MENSAL INICIAL
Renda mensal do benefício é o valor que o beneficiário efetivamente recebe. Ela é calculada com a aplicação de uma alíquota sobre o salário-de-benefício. Portanto, SB x [Alíquota] = RMI. 
A RMI dos benefícios será de:
	Benefício 
	RMI 
	Auxílio-Doença 
	91% do SB 
	Aposentadoria por Invalidez 
	100% do SB 
	Aposentadoria por Idade 
	70% do SB + 1% pra cada grupo de 12 contribuições mensais (limitado a 30%) x FP se favorável 
	Aposentadoria por Tempo de Contribuição 
	100% do SB x FP obrigatório (exceto a do deficiente ou se atingir os 85/95 de soma de idade com TC) 
	Aposentadoria Especial 
	100% do SB 
	Auxílio-Acidente 
	50% do SB 
	Pensão por Morte e Auxílio-Reclusão 
	100% da aposentadoria que o segurado recebia ou que teria direito caso se aposentasse por invalidez (100% do SB) 
No caso da aposentadoria por idade, se o segurado tiver, por exemplo, 180 contribuições, sua renda mensal será de 85% do salário-de-benefício multiplicado pelo fator previdenciário. Isso porque 180 12=15, então serão 70+15=85. O fator previdenciário só será aplicado se beneficiar o segurado.
A pensão por morte terá sua renda calculada de acordo com o fato de o segurado estar ou não aposentado na data do falecimento. Se o segurado for aposentado na data do falecimento, a pensão será de 100% do valor da aposentadoria que o segurado recebia. Se o segurado não era aposentado na data do falecimento, seus dependentes receberão 100% do salário-de-benefício (a lei diz 100% do valor da aposentadoria a que o segurado teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento, que na verdade é um mero artifício para dizer 100% do SB). 
Em regra, os benefícios não podem ser pagos em valores inferiores ao salário mínimo, exceto nos casos de: auxílio-acidente; salário-família; e auxílio-doença para uma das atividades que o segurado exerça. Esses benefícios podem ser pagos em valores inferiores ao limite mínimo do salário-de-benefício. Esse auxílio-doença é apenas se o segurado exercer mais de uma atividade. Se ele for advogado e jogador de futebol ao mesmo tempo e vier a torcer o pé, ficará impedido de exercer a atividade de jogador de futebol, mas poderá continuar a exercer normalmente a advocacia. Como só ficou impedido para o exercício uma de suas atividades, o auxílio-doença em relação a essa atividade, no caso a de jogador de futebol, poderá ser pago em valor inferior ao salário mínimo.
PRESTAÇÕES EM ESPÉCIES
Aposentadoria por invalidez
A aposentadoria por invalidez é concedida ao segurado considerado incapaz e insuscetível de reabilitação para o trabalho. Perceba que há dois requisitos no tocante a esse evento determinante. Não basta o segurado estar incapaz para o exercício de sua atividade, ele também deve estar insusceptível de reabilitação para outra. 
A verificação da condição da incapacidade se dará mediante exame-médico pericial realizado pelo perito médico previdenciário do INSS. Poderá o segurado, caso queira, fazer-se acompanhar de médico de sua confiança, desde que o faça às suas expensas. 
Se o segurado se filia ao RGPS já portador da doença ou lesão invocada como motivo para a concessão da aposentadoria por invalidez, ele não fará jus ao benefício. A previdência funciona como um seguro, portanto, a pessoa não pode ingressar no sistema já portador da contingência a ser coberta. Caso contrário, a previdência não estaria assegurando coisa alguma. Porém, cabe aqui uma ressalva: se a aposentadoria tiver de ser concedida em razão de progressão ou agravamento da doença ou lesão, não haverá impedimento. A pessoa poderá se aposentar por invalidez. Imagine um segurado que não era incapaz para suas atividades e que se filia ao RGPS já portador de câncer. Imagine agora que, dez anos depois, por motivo dessa doença, ele acaba se tornando inválido. Ele fará jus ao benefício, pois houve o agravamento da doença. 
Como a pessoa deve ser considerada incapaz para o exercício de qualquer atividade, sendo insusceptível de reabilitação, não há possibilidade alguma dela poder exercer qualquer atividade remunerada enquanto aposentada por invalidez. A aposentadoria por invalidez está condicionada ao afastamento de todas as atividades do segurado. Caso o segurado retorne ao serviço, sua aposentadoria será automaticamente cessada. Se o segurado se achar apto para o exercício de atividade remunerada, ele deverá solicitar nova perícia médica junto ao INSS. Se for verificada a recuperação da capacidade de trabalho, serão observadas algumas normas previstas no regulamento, quais sejam: 
Decreto 3.048/99, 
Art.49. Verificada a recuperação da capacidade de trabalho do aposentado por invalidez, excetuando-se a situação prevista no art. 48, serão observadas as normas seguintes: 
I - quando a recuperação for total e ocorrer dentro de cinco anos contados da data do início da aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença que a antecedeu sem interrupção, o beneficio cessará: 
a) de imediato, para o segurado empregado que tiver direito a retornar à função que desempenhava na empresa ao se aposentar, na forma da legislação trabalhista, valendo como documento, para tal fim, o certificado de capacidade fornecido pela previdência social; ou 
b) após tantos meses quantos forem os anos de duração do auxílio-doença e da aposentadoria por invalidez, para os demais segurados; e 
II - quando a recuperação for parcial ou ocorrer após o período previsto no inciso I, ou ainda quando o segurado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual habitualmente exercia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade: 
a) pelo seu valor integral, durante seis meses contados da data em que for verificada a recuperação da capacidade; 
b) com redução de cinqüenta por cento, no período seguinte de seis meses; e 
c) com redução de setenta e cinco por cento, também por igual período de seis meses, ao término do qual cessará definitivamente. 
Todos os segurados fazem jus à aposentadoria por invalidez, estando condicionados ao cumprimento de 12 meses de carência. Caso o evento determinante seja oriundo de acidente ou moléstia grave elencada em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, dispensa-se a carência. 
A Renda Mensal Inicial da aposentadoria por invalidez será de 100% do salário-de-benefício. Caso o segurado necessite da ajuda permanente de outra pessoa para a prática de atos da vida comum, ele poderá ter uma majoração de 25% do valor do benefício, mesmo que com esse aumento o benefício ultrapasse o teto do RGPS. Esse acréscimo não se incorpora ao valor da pensão por morte quando do óbito do segurado. 
O início do benefício não precedido de auxílio-doença terá duas regras diferenciadas. No caso dos segurados empregados, o início se dará a partir do 16º dia de afastamento, pois quem paga os 15 primeiros dias é a empresa. Já no caso dos outros segurados, o início será a partir da data do início da incapacidade. Para os empregados que requererem o benefício após 30 dias da data do início da incapacidade, o benefício terá início a partir da data de entrada do requerimento. O mesmo vale para os outros segurados que requererem o benefício após 30 dias da data de início da incapacidade. Portanto, não é necessário o segurado estar em gozo de auxílio-doença quando da concessão de aposentadoria por invalidez. Se prontamente verificada a invalidez do segurado, a aposentadoria por invalidez será concedida diretamente. 
Por fim, o segurado é obrigado, sob pena de suspensão do benefício, a submeter-se a exames médico-periciais a cargo do INSS a cada doisanos e a tratamento dispensado gratuitamente custeado pela Previdência Social, exceto aos procedimentos cirúrgicos e à transfusão de sangue, que são facultativos, pois ninguém está obrigado a se submeter a tratamento médico de risco. Somente o aposentado por invalidez e o pensionista inválido com 60 anos de idade ou mais estão dispensados destes procedimentos.
Aposentadoria por idade
A aposentadoria por idade será devida quando, além de cumprida a carência de 180 contribuições mensais, o segurado contar com 65 anos, se homem, ou 60, se mulher. Portanto, perceba que o fato gerador é a idade avançada. 
Aqui, porém, devemos fazer uma ressalva, referente ao caso dos trabalhadores rurais, dos garimpeiros (garimpeiros esses somente se exercerem a atividade em regime de economia familiar) e dos portadores de deficiência. Para esses segurados a idade será reduzida em 5 anos, ou seja, 60 anos para os homens e 55 para as mulheres. 
Para ter direito a essa redução, o trabalhador rural deverá comprovar o efetivo exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, no período imediatamente anterior ao requerimento do benefício, ou, conforme o caso, ao mês em que cumpriu o requisito etário. A comprovação deve ser por tempo igual ao número de meses de contribuição correspondente à carência exigida. Se o segurado já tinha parado de exercer a atividade rural quando da data do requerimento ou quando completou a idade mínima, se satisfizer a carência exigida, se aposentará com 65 anos, se homem, ou 60, se mulher. 
O segurado portador de deficiência também terá o requisito etário reduzido em 5 anos, independentemente do grau de deficiência. A carência do benefício continua sendo de 180 contribuições mensais e a deficiência deve ser comprovada durante pelo menos esses 15 anos. 
Agora é interessante que façamos uma revisão. Ambos os requisitos devem ser cumpridos: idade e carência. Porém, não é necessário que essas condições sejam cumpridas ao mesmo tempo. Imagine um segurado que, com 40 anos, começou a trabalhar para uma empresa e lá ficou durante 15 anos. Passado esse tempo, ele foi demitido, não conseguindo outro emprego. 10 anos depois ele completa 65 anos de idade, já havendo perdido a qualidade de segurado há muito tempo. Você se lembra de que lá na carência foi explicado que para contar com o antigo tempo de carência era necessário que se cumprisse um terço da carência do benefício almejado após nova filiação? Terá o segurado que trabalhar por mais 60 meses (um terço de 180) para recuperar as antigas contribuições? A resposta é não. Pois nos casos de aposentadoria por idade, tempo de contribuição e especial não é considerada a perda da qualidade de segurado, por isso não é necessário que ambos os requisitos sejam cumpridos ao mesmo tempo. Pode-se primeiro cumprir a carência e depois a idade. 
Mas, novamente, cuidado, pois o trabalhador rural deve comprovar o efetivo exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, no período imediatamente anterior ao requerimento do benefício ou, conforme o caso, ao mês em que cumpriu o requisito etário. Ele deve estar trabalhando até o mês em que cumpriu o requisito etário, senão serão exigidos 65 anos de idade para os homens e 60 para as mulheres. 
A aposentadoria por idade é um benefício permanente, de modo que é irreversível e irrenunciável. Todos os segurados têm direito à aposentadoria por idade. Ela possui carência de 180 contribuições mensais e a Renda Mensal Inicial será de 70% do salário-de-benefício mais 1% por grupo de 12 contribuições mensais, até o limite de 30%, tudo isso multiplicado pelo fator previdenciário de forma a beneficiar o segurado. Se o fator diminuir a renda, ele não será aplicado. 
O início do benefício observa duas regras. No caso dos empregados e empregados domésticos, a data de início do benefício será a da data do desligamento do emprego caso o benefício seja requerido em até 90 dias da data do desligamento. Caso o benefício seja requerido após 90 dias da data do desligamento, a data de início do benefício será na data de entrada do requerimento. Para os outros segurados, o início se dará na data de entrada do requerimento. 
O segurado aposentado que retornar ao serviço será segurado obrigatório e deverá contribuir, mesmo estando ele sem direito a contraprestações, à exceção do salário-família e do salário-maternidade. Isso ocorre em função do princípio da solidariedade, que indica que quem trabalha deve contribuir para manter os trabalhadores que não mais o puderem, tendo os benefícios caráter de manutenção social. Portanto, um segurado aposentado que retornar ao serviço e ficar incapaz temporariamente por mais de 15 dias não fará jus ao auxílio-doença (estudaremos esse benefício logo à frente), pois sua aposentadoria já o mantém, mas mesmo assim ele deverá contribuir. 
Por fim, uma regra que possui efeitos apenas para prova, pois não possui aplicabilidade prática alguma, é a da aposentadoria compulsória. Caso o segurado já tenha cumprido a carência e possua 70 anos de idade se homem ou 65 se mulher, ele poderá ser compulsoriamente aposentado a requerimento de seu empregador. O empregador vai ao INSS, requere a aposentadoria compulsória do segurado e ele não pode negá-la. A ideia, na elaboração da lei, era a de que o empregador tivesse como se “livrar” do empregado, pois se fosse demiti-lo, ele haveria de pagar uma indenização muito grande. Daí criou-se o instituto da aposentadoria compulsória. O problema é que, quando a lei foi aprovada, mudaram seu texto, passando a garantir essa indenização trabalhista mesmo no caso da aposentadoria compulsória. Portanto, o empregador, aposentando seu empregado de forma compulsória, deverá pagar a indenização da mesma forma, o que fez com que essa regra perdesse sua aplicabilidade prática.
Aposentadoria por tempo de contribuição
Como se percebe pelo nome do benefício, o evento determinante dessa aposentadoria é o tempo de contribuição. Antigamente, seu nome era aposentadoria por tempo de serviço, mas o que é levado em conta na prática não é o tempo de serviço, mas o tempo de contribuição, por isso seu nome foi alterado (apesar da lei 8.213/91 estar desatualizada). Para os homens, são necessários 35 anos de contribuição, já para as mulheres, 30 anos. 
A maioria das pessoas confunde a aposentadoria por tempo de contribuição com a aposentadoria por idade, achando que as pessoas devem possuir idade e tempo de contribuição para se aposentar, mas na aposentadoria por tempo de contribuição não há idade mínima exigida. Se o segurado tiver o tempo de contribuição necessário ele poderá requerer sua aposentadoria independentemente de sua idade. No projeto inicial da lei 8.213/91, havia um limite mínimo de idade estipulado para a obtenção dessa aposentadoria, mas ele foi removido antes de aprovarem a lei. Portanto, posteriormente, criaram o famigerado fator previdenciário (já estudado junto do salário-de-benefício), pois quanto menor a idade do segurado ao requerer a aposentadoria, menor o fator previdenciário, reduzindo o valor do benefício. Qual o objetivo disso? Evitar a aposentadoria precoce, afinal, imagine uma mulher que começa a trabalhar aos 16, se aposenta aos 46 e vive até os 90. Não há sistema previdenciário que aguente. Por isso a renda mensal desse benefício é de 100% do salário-de-benefício com a aplicação obrigatória do fator previdenciário. 
Como já explicado no capítulo do fator previdenciário, no caso da concessão de aposentadoria por tempo de contribuição, o fator não é aplicado caso, além de cumprido os requisitos de o mínimo de 35 anos de tempo de contribuição para o homem e de 30 para a mulher, os mesmos contem com 95 anos, se homem, e 85 anos, se mulher, de soma do tempo de contribuição e da idade. As somas de idade e de tempo de contribuição previstas serão majoradas em um ponto em: 
31 de dezembro de 2018; 
31 de dezembro de 2020; 
31 de dezembro de 2022; 
31 de dezembro de 2024; e 
31 de dezembro de 2026. 
Assim, em 31 de dezembro de 2026, para ter direitoà não aplicação do fator previdenciário, o segurado deverá contar com 100 anos de soma de tempo de contribuição com idade, se homem, e 90 anos de soma, se mulher. 
Quando se tratar de segurado portador de deficiência, o tempo de contribuição exigido será reduzido a depender do grau de deficiência do segurado. Nesses casos, a redução será feita da seguinte forma: se a deficiência for grave, a aposentadoria será concedida após 25 anos de tempo de contribuição para os homens e 20 anos para as mulheres; se a deficiência for moderada, a concessão será após 29 anos de tempo de contribuição para os homens e 24 anos para as mulheres; já se a deficiência for leve, será após 33 anos de tempo de contribuição para os homens e 28 para as mulheres. Além disso, o fator previdenciário só será aplicado se resultar em renda mensal de valor mais elevado. Sua aplicação não será obrigatória. 
Também é interessante observarmos que no caso do segurado que seja professor que exerça suas atividades exclusivamente de magistério na educação infantil, ensino fundamental e ensino médio haverá uma redução de 5 anos de tempo de contribuição necessários para a obtenção da aposentadoria. Portanto, 30 anos para os professores e 25 anos para as professoras. O professor universitário não é contemplado com essa redução. 
A aposentadoria por tempo de contribuição também é irreversível, de modo que é irrenunciável. Todos os segurados têm direito, à exceção do segurado especial que não contribua facultativamente como contribuinte individual e do contribuinte individual e o facultativo que aderiram ao plano simplificado de inclusão previdenciária. Ela possui carência de 180 contribuições mensais. Mas se o tempo de contribuição é de 30 ou 35 anos, como o segurado não terá cumprido a carência de 15 anos? Imagine um advogado que trabalhe há 35 anos e que nunca recolheu nada à previdência. Ele não está filiado? Claro que está, pois o exercício de atividade remunerada o enquadra como segurado obrigatório, porém, está em débito com a previdência. Imagine agora que ele resolva pagar todos os 35 anos de contribuição em atraso. Ele terá 35 anos de contribuição e zero de carência, pois no caso do contribuinte individual, a carência só é contada a partir do primeiro recolhimento feito sem atraso. 
O início do benefício seguirá a regra da aposentadoria por idade. Para os segurados empregados e empregados domésticos a data de início do benefício será na data do desligamento do emprego, se requerida em até 90 dias da data do desligamento, ou da data de entrada do requerimento do benefício, se requerida após 90 dias da data do desligamento. Para os outros segurados, será da data de entrada do requerimento. 
Por fim, cabe ressaltar que não será computado como tempo de contribuição o já considerado para concessão de qualquer aposentadoria, tanto no RGPS quanto em RPPS. Além do mais, não será admitida prova exclusivamente testemunhal para efeito de comprovação de tempo de serviço ou de contribuição, salvo na ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito.
Aposentadoria especial
Cuidado para não confundir as terminologias, pois aposentadoria especial nada tem a ver com o segurado especial. A aposentadoria especial é concedida com 15, 20 ou 25 anos de serviço exercido em condições especiais. Sua concessão está condicionada a um trabalho permanente, não ocasional nem intermitente, exercido em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física durante 15, 20 ou 25 anos. 
Devemos ter atenção quanto aos tipos de segurado que fazem jus a esse benefício, pois, em regra, somente empregados e avulsos fazem jus à aposentadoria especial. O detalhe é que a lei 10.666/03 também estendeu esse direito aos cooperados, que são um tipo de contribuinte individual. Portanto, somente empregados, trabalhadores avulsos e cooperados fazem jus a essa aposentadoria. 
Ela possui carência de 180 contribuições mensais e tem a RMI calculada em 100% do salário-de-benefício, sem aplicação do fator previdenciário. O início poderá se dar de duas formas: para o empregado, será do desligamento do emprego se requerida em até 90 dias da data do desligamento, ou da data do requerimento, se requerida após 90 dias da data do desligamento do emprego. Já para os avulsos e cooperados, será da data de entrada do requerimento. 
Para provar a exposição contínua, permanente, não ocasional nem intermitente perante o INSS, o segurado deverá se utilizar de um documento chamado de perfil profissiográfico previdenciário – PPP, que será emitido pela empresa com base em seu laudo técnico de condições ambientais do trabalho – LTCAT. Esse documento possui informações sobre a utilização de equipamentos de proteção, a que substâncias, ruído e temperaturas o segurado está exposto etc. 
O segurado que se aposentar pela aposentadoria especial não poderá voltar a exercer atividade especial, caso contrário, sua aposentadoria será suspensa. Ele poderá, no entanto, exercer normalmente atividade comum. 
Imagine agora que um segurado trabalhou 10 anos em uma mina de carvão, atividade que enseja aposentadoria aos 15 anos de serviço. Um tempo depois ele para de trabalhar na mina e vai trabalhar exposto à radiação ionizante, que enseja aposentadoria aos 25 anos de serviço. Como será feito o cálculo do tempo necessário para sua aposentadoria? Nesse caso, a lei prevê uma tabela de conversão de tempo. Portanto, os 10 anos trabalhados serão multiplicados por 1,67, e será computado como 16,7 anos na atividade de 25. Também se pode converter tempo especial em comum. Se, por exemplo, o mesmo segurado que trabalhava na mina de carvão foi trabalhar como vendedor, converte-se o tempo de acordo com a tabela e ele se aposenta por tempo de contribuição. Mas atenção! Não existe conversão de tempo comum para especial! Nesse caso converte-se de especial para comum e o segurado se aposenta por tempo de contribuição. Lembrando que a atividade de professor, apesar de possuir redução de 5 anos na aposentadoria por tempo de contribuição, não é considerada uma atividade especial. Não há conversão de tempo exercido como professor em tempo comum.
Auxílio-Doença
Esse é, atualmente, o benefício mais concedido pelo INSS. Seu evento determinante é a incapacidade temporária para o trabalho por mais de 15 dias consecutivos. Assim, se o segurado ficar incapacitado por menos de 15 dias e for um empregado, a empresa pagará seu salário. Se for um contribuinte individual, ficará sem receber qualquer valor. No caso de o segurado se filiar ao RGPS já portador da doença ou lesão invocada como motivo para a concessão do benefício, ele não fará jus ao mesmo, salvo se a doença sobrevier por motivo de agravamento ou progressão, tal como na aposentadoria por invalidez. 
Como há locais em que a demora na realização da perícia médica é muito grande, criou-se o instituto do Atestado Médico Eletrônico. Esse atestado será emitido pelo médico particular do segurado, o qual atestará a incapacidade dele se ela for de até 60 dias. Assim, dispensa-se a perícia médica do INSS, bastando que o médico particular do segurado ateste sua incapacidade por até 60 dias. Se a incapacidade for por mais de 60 dias, então há necessidade de se fazer a perícia médica do INSS. Também deve ser observado o transcurso de 180 dias, contados da cessação do benefício anterior concedido nessa modalidade, para utilização de novo Atestado Médico Eletrônico. 
Todos os segurados têm direito ao auxílio-doença. Sua carência é de 12 contribuições mensais, dispensáveis nos casos de acidente ou moléstia grave elencada em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social. Ele possui RMI de 91% do salário-de-benefício e o início será semelhante ao da aposentadoria por invalidez: para o empregado, será a partir do 16º dia de afastamento, já para os outros segurados, será a partir da data do início da incapacidade. Para os empregados que requererem o benefício após 30 dias da data do início da incapacidade, o benefício iniciará na data de entrada do requerimento.O mesmo vale para os outros segurados que requererem o benefício após 30 dias da data de início da incapacidade. 
Quanto ao cálculo da RMI do auxílio-doença, o mesmo possui um teto, visando evitar situações em que o valor do benefício fica acima do salário que o segurado recebia, acarretando um desincentivo para a volta ao trabalho. Assim, o auxílio-doença não poderá exceder a média aritmética simples dos últimos 12 salários-de-contribuição, inclusive no caso de remuneração variável, ou, se não alcançado o número de 12, a média aritmética simples dos salários-de-contribuição existentes. 
O segurado está obrigado a qualquer tempo, independente de sua idade, a submeter-se a tratamento dispensado gratuitamente custeado pela previdência social, sob pena de suspenção do benefício. Porém, não está obrigado a realizar nenhum tratamento médico de risco, como cirurgia e transfusão de sangue. 
Se o segurado empregado voltar a se afastar da atividade em decorrência do mesmo fato gerador dentro de 60 dias após a cessação do auxílio-doença, não terá de aguardar mais 15 dias para requerer o benefício, ele fará jus ao auxílio doença a partir da data do novo afastamento. Da mesma forma, se dentro de 60 dias ocorrer retorno à atividade antes de se completar os 15 dias de afastamento, e o segurado voltar a se afastar posteriormente, mas dentro desses 60 dias, o segurado fará jus ao auxílio-doença a partir do 16º dia de afastamento, não "reiniciando" a contagem dos 15 dias. Imaginemos, por exemplo, um segurado que ficou incapacitado inicialmente por 20 dias. Ele receberá 5 dias de benefício, pois os primeiros 15 dias quem paga é a empresa. Imaginemos agora que, 10 dias depois, ele ficou incapacitado por mais 20 dias. Agora a empresa não irá pagar os 15 dias, ele receberá direito do INSS mais 20 dias de benefício. 
A regra é que nenhum benefício que substitua o salário-de-contribuição do segurado possa ser inferior ao salário mínimo, porém, o auxílio-doença do segurado que exerce mais de uma atividade diferente e esteja incapacitado somente para uma delas, poderá ser inferior. 
Se o segurado se incapacitar definitivamente para uma de suas atividades, caso exerça mais de uma diferente, não caberá a concessão de aposentadoria por invalidez. Afinal, o segurado não está insusceptível de reabilitação. Aliás, ele nem precisará ser reabilitado, pois já possui outra atividade. Nesse caso, o auxílio-doença será mantido indefinidamente, cessando quando o segurado se aposentar, morrer ou se invalidar de vez, o que acontecer primeiro.
Salário-família
O salário-família é um benefício concedido para ajudar nos encargos familiares dos empregados, empregados domésticos e trabalhadores avulsos de baixa renda que possuam filhos ou equiparados menores de 14 anos de idade ou inválidos. Portanto, se o segurado empregado, doméstico ou avulso não for de baixa renda, o mesmo não terá direito ao benefício. 
O benefício iniciará a partir da apresentação da certidão de nascimento do filho ou equiparado e estará condicionado a apresentação anual de atestado de vacinação até os 6 anos de idade e semestral de frequência escolar a partir dos 7 anos. O salário-família será pago ao empregado pela empresa, ao empregado doméstico pelo empregador doméstico e ao avulso pelo sindicado ou órgão gestor de mão-de-obra, sendo que, posteriormente, esses farão o reembolso com o INSS, através de desconto na cota patronal. O valor do salário-família é fixo e depende do salário-de-contribuição do segurado. 
Não há carência para esse benefício. Empregados, domésticos, e avulsos aposentados por idade ou invalidez também terão direito ao benefício, tal como os demais aposentados empregados, domésticos e avulsos que tenham mais de 65 anos de idade, se homem, e 60, se mulher. 
No caso de pai e mãe terem direito ao benefício, ambos receberão o salário-família. Caso haja divórcio ou perda do pátrio-poder, o valor será pago diretamente àquele cujo cargo ficar o sustento do menor. Se, por exemplo, a criança vai morar com a avó porque os pais batiam muito nela, se pai e mãe têm direito ao salário-família, o valor dele será pago diretamente à avó. 
Por fim, caso o segurado seja demitido, ele deixará de fazer jus ao benefício, cessando-o.
Salário-Maternidade
O salário-maternidade é o benefício mais abordado em provas de concurso, além de ser o mais extenso. Ele possui quatro eventos determinantes, que são: 
o Nascimento ou o Parto; 
a Adoção ou a Guarda judicial para fins de adoção; 
o Aborto não criminoso (ocorre antes da 23ª semana de gestação); e 
o Natimorto (ocorre após a 23ª semana de gestação). 
Todas as seguradas fazem jus ao salário-maternidade. Para cada uma delas há uma regra de cálculo da RMI e existem duas regras sobre a carência. 
Podemos analisar a carência em dois grupos: 
a) o das empregadas, empregadas domésticas e trabalhadoras avulsas, onde não há carência; e 
b) o das contribuintes individuais, seguradas facultativas e seguradas especiais, onde a regra geral é de 10 contribuições mensais, ou, no caso da segurada especial, 10 meses de exercício da atividade rural. Em caso de parto antecipado, a carência poderá ser reduzida em número de meses em que o parto antecipar. Se o bebê nascer com, por exemplo, 7 meses de gestação, a carência será de 8 contribuições mensais, já que o parto foi antecipado em 2 meses. 
Já para o cálculo da RMI, há uma regra para cada tipo de segurada: 
a) Empregada: remuneração integral, não se aplicando o teto do RGPS, mas o dos Ministros do STF, e é pago pela empresa, que posteriormente efetua o reembolso; 
b) Trabalhadora Avulsa: remuneração integral equivalente a um mês de trabalho. Faz-se o cálculo como se a avulsa tivesse trabalhado o mês inteiro e é pago diretamente pela previdência social; 
c) Empregada Doméstica: último salário-de-contribuição, portanto, há teto, já que não existe salário-de-contribuição acima do teto; 
d) Segurada Especial: é no valor de um salário mínimo; 
e) Contribuinte individual, facultativa ou quem se encontra em período de graça: 1/12 da soma das 12 últimas contribuições apuradas em período não superior a 15 meses. Isso porque essas seguradas não contribuem necessariamente todos os meses. 
O benefício terá início no período compreendido entre os 28 dias antes do parto e a data da ocorrência deste, com duração de 120 dias. No caso de aborto, o benefício será pago por 2 semanas. 
Preste bastante atenção nos casos de adoção ou guarda judicial para fins de adoção, pois o salário-maternidade será concedido com duração de 120 dias para as adotantes de crianças de até 12 anos de idade. Além disso, nesses casos, mesmo para a empregada, o salário-maternidade será pago diretamente pela previdência social. 
Há ainda duas hipóteses em que a lei autoriza o recebimento do salário-maternidade pelo homem ao invés da mulher. A primeira é quando em um casal adotante a mulher não é segurada da Previdência Social, mas o marido é. Nesse caso, ele pode requerer o benefício e ter o direito ao salário-maternidade, sendo afastado do trabalho durante a licença para cuidar da criança. A outra hipótese é quando a segurada que recebia o benefício vem a falecer. Nesse caso, se o cônjuge possuir qualidade de segurado, o salário-maternidade será concedido ao homem e calculado novamente. Cuidado, pois para garantir o direito de receber o salário-maternidade após o falecimento da segurada que fazia jus ao benefício, o cônjuge ou companheiro deverá requerer o benefício até o último dia do prazo previsto para o término do salário-maternidade originário. 
Quando houver adoção de mais de uma criança, será devido um único salário-maternidade, que será pago em relação à criança de menor idade. No caso de a segurada ter mais de um emprego concomitante, ela terá direito a um salário-maternidade relativo a cada emprego. 
Sabemos que no caso da empregada, é a empresa que paga o salário-maternidade. Mais tarde a empresa tem os valores pagos à empregada ressarcidos com descontos na cota patronal. Ela deixade recolher sua cota parte até alcançar o valor pago à empregada. Porém, há casos em que essa lógica é falha, como no caso do MEI, que só pode ter um único empregado, não tendo esse ressarcimento viabilidade alguma. Por isso, nesse caso, a lei prevê que quem paga o salário-maternidade é a previdência social, diretamente. Portanto, a empregada do MEI terá seu salário maternidade pago diretamente pela previdência social. 
O salário-maternidade não pode ser acumulado com benefício por incapacidade, portanto, se a segurada estiver recebendo auxílio-doença, esse será suspenso para que o salário-maternidade seja pago. Ambos os benefícios não se acumulam. 
Por fim, a segurada aposentada que retornar ao serviço fará jus ao salário-maternidade.
Auxílio-Acidente
O auxílio-acidente será concedido como indenização quando após consolidação das lesões oriundas de acidente de qualquer natureza, resultarem sequelas permanentes que impliquem na redução da capacidade laborativa. Tudo isso tem que ocorrer simultaneamente: acidente de qualquer natureza¹, sequela definitiva² e a redução da capacidade laborativa³. 
Somente os segurados empregados, empregados domésticos, trabalhadores avulsos e especiais fazem jus a esse benefício. Isso ocorre porque somente esses segurados sofrem acidente de trabalho. Mas não confunda, auxílio-acidente pode ser concedido devido a acidente de qualquer natureza. 
Por ser uma prestação acidentária, não há carência para esse benefício. A RMI do auxílio-acidente será de 50% do salário-de-benefício, tendo início no dia imediatamente posterior ao da cessação do auxílio-doença que o antecedeu e terminando quando o segurado se aposentar ou morrer, o que acontecer primeiro. 
Caso não haja repercussão na capacidade laborativa, não há que se falar em auxílio-acidente. Imagine um advogado que perde a mobilidade de um ombro. Certamente ele não terá problemas em continuar a exercer a advocacia, diferentemente de descarregador de caminhão. 
Por fim, no caso de reabertura do auxílio-doença que deu origem ao auxílio-acidente, suspender-se-á o auxílio acidente enquanto o auxílio-doença estiver aberto. Ambos não podem ser prestados em concomitância. Mas isso somente com o auxílio-doença que deu origem ao benefício. Se for auxílio-doença de um evento distinto, não há problema em acumular. Portanto, não se acumulam auxílio-doença com auxílio-acidente do mesmo fato gerador nem dois auxílios-acidentes (que seria uma verdadeira aposentadoria).
Pensão por morte
A pensão por morte é um benefício devido aos dependentes do segurado (o que é óbvio), mais precisamente de todos os tipos de segurado, aposentado ou não, além de ser um benefício sem carência. 
No caso da concessão para o cônjuge ou companheiro, na hipótese de casamento ou união estável inferior a dois anos ou menos de 18 contribuições mensais anteriores ao óbito, o benefício será pago por apenas quatro meses, exceto em casos de acidente de qualquer natureza ou doença profissional ou do trabalho. 
Em relação ao tempo de duração do benefício para o cônjuge ou companheiro, quando há casamento ou união estável de pelo menos dois anos e 18 contribuições mensais anteriores ao óbito, o tempo de duração do benefício será obtido de acordo com a idade do cônjuge ou companheiro no momento do óbito. Segue a relação do tempo de duração do benefício em relação à idade do cônjuge ou companheiro no momento do óbito:
	Tempo de Duração do Benefício 
	Idade do Cônjuge ou Companheiro no Óbito 
	3 anos 
	Menos de 21 anos de idade 
	6 anos 
	Entre 21 e 26 anos de idade 
	10 anos 
	Entre 27 e 29 anos de idade 
	15 anos 
	Entre 30 e 40 anos de idade 
	20 anos 
	Entre 41 e 43 anos de idade 
	Vitalícia 
	44 ou mais anos de idade 
Caso o dependente cônjuge ou companheiro seja deficiente, o benefício somente cessará pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da deficiência. Assim, tais prazos não se aplicam. 
Nestas hipóteses de cessação da invalidez ou afastamento da deficiência, o dependente poderá gozar dos prazos da relação acima ou dos 4 meses caso não tenham sido cumpridos os requisitos de 18 meses de recolhimentos ou dois anos de casamento ou união estável. 
Ainda, não terá direito à pensão por morte o condenado pela prática de crime doloso de que tenha resultado a morte do segurado após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória. Se, por exemplo, um cônjuge mata o outro, não terá direito à pensão deste. 
A RMI observará duas regras. Se o segurado estava aposentado na data do óbito, ela será de 100% do valor da aposentadoria que ele recebia. Porém, se não estava aposentado na data do óbito, ela será o valor que o segurado teria direito a receber caso se aposentasse por invalidez na data do óbito (100% do salário-de-benefício). 
A data de início do benefício sempre será a data do óbito, porém, o pagamento somente será feito a partir da data do óbito se o benefício for requerido em até 90 dias da ocorrência deste. Somente nesse caso o pagamento irá retroagir à data do óbito. Caso contrário, se requerido após 90 dias da data do óbito, o pagamento será feito a partir da data de entrada do requerimento. 
A concessão da pensão não será protelada pela falta de habilitação de outro possível dependente. Quem chegar primeiro leva a pensão. Ademais, qualquer habilitação posterior que implique em alteração no quadro de dependentes a receber o benefício somente fará efeito a partir da data da habilitação, não retroagindo. 
O cônjuge ausente e a ex-mulher que renunciou aos alimentos no processo de separação poderão fazer jus à pensão, desde que comprovada a dependência econômica. 
Quanto ao dependente deficiente intelectual ou mental, a deficiência intelectual ou mental não interrompe o direito à pensão por morte no caso de emancipação ou de se completar 21 anos de idade. Esse dependente continua a fazer jus à pensão mesmo que se emancipe ou complete 21 anos. 
A pensão também poderá ser concedida em casos de morte presumida, onde há, por exemplo, a queda de um avião com o segurado dentro. A morte presumida sempre será declarada por decisão judicial. Assim, catástrofes ou quaisquer outros eventos que presumam a morte do segurado poderão ser aceitos para a concessão de pensão por morte. 
Por fim, no caso de mais de um dependente receber pensão por morte, ela será rateada em partes iguais. Se mãe e dois filhos recebem uma pensão de R$1200,00, cada um receberá uma cota parte de R$400,00.
Auxílio-Reclusão
Esse benefício é devido ao conjunto de dependentes do segurado de baixa renda que for recolhido à prisão e que não esteja em gozo de auxílio-doença, aposentadoria ou abono de permanência em serviço. A ideia é de que a pena não pode passar da pessoa do condenado, não podendo, assim, afetar sua família. Atenção, pois os dependentes somente terão direito caso o segurado seja de baixa renda. 
Os dependentes de todos os tipos de segurados farão jus ao benefício. As regras relativas à carência, à data de início do benefício e ao cálculo da RMI são as mesmas que as da pensão por morte (reparem que como o segurado não pode estar aposentado, utiliza-se a segunda regra de cálculo da RMI, ou seja, 100% do SB). 
Os beneficiários estão condicionados a apresentação trimestral de atestado emitido pela autoridade competente de que o segurado continua recluso, sob pena de suspensão do benefício. No caso de fuga, o benefício será suspenso, porém, se o segurado for recapturado dentro do período de graça, ou seja, desde que mantida a qualidade de segurado, o benefício será restabelecido. Interessante é saber que caso o segurado exerça atividade remunerada no período de fuga, essa atividade contará para ver se o segurado perdeu ou não a qualidade de segurado. 
Por fim, esse benefício não acumula com auxílio-doença nem com aposentadoria, porém, se esses benefícios forem mais vantajosos que o auxílio-reclusão e os dependentes também manifestarem interesse, o auxílio-reclusão poderá deixar de ser pago e o segurado poderá receber algum dessesbenefícios.
Serviço Social
O serviço social constitui atividade auxiliar do seguro social e visa prestar ao beneficiário orientação e apoio no que concerne à solução dos problemas pessoais e familiares. Ele também prestará orientação e apoio na inter-relação do beneficiário com a previdência social. 
A atividade do serviço social feito pelo INSS é muito maior e muito mais importante que isso, realizando inclusive avaliações sociais nos requerimentos de amparo assistencial ao portador de deficiência (LOAS), mas o importante para provas é saber que será dada prioridade para os segurados em gozo de benefício por incapacidade e atenção especial para os aposentados e pensionistas.
Reabilitação profissional
O serviço social constitui atividade auxiliar do seguro social e visa prestar ao beneficiário orientação e apoio no que concerne à solução dos problemas pessoais e familiares. Ele também prestará orientação e apoio na inter-relação do beneficiário com a previdência social. 
A atividade do serviço social feito pelo INSS é muito maior e muito mais importante que isso, realizando inclusive avaliações sociais nos requerimentos de amparo assistencial ao portador de deficiência (LOAS), mas o importante para provas é saber que será dada prioridade para os segurados em gozo de benefício por incapacidade e atenção especial para os aposentados e pensionistas.
	Empregados 
	% dos cargos 
	De 100 até 200 
	2%
	De 201 até 500 
	3%
	De 501 até 1000 
	4%
	1001 ou mais 
	5%
A dispensa de empregado nessas condições, quando se tratar de contrato por tempo superior a noventa dias e a imotivada, no contrato por prazo indeterminado, somente poderá ocorrer após a contratação de substituto em condições semelhantes. 
Concluído o processo de reabilitação profissional, o INSS emitirá certificado individual indicando a função para a qual o reabilitando foi capacitado profissionalmente, sem prejuízo do exercício de outra para a qual se julgue capacitado. Porém, não constitui obrigação da previdência social a manutenção do segurado no mesmo emprego ou a sua colocação em outro para o qual foi reabilitado, cessando o processo de reabilitação profissional com a emissão do certificado.
ABONO ANUAL
O abono anual é como se fosse o 13º salário dos empregados. Ele será pago até o dia 20 de dezembro e terá como base o valor da renda mensal do mês de dezembro. Nada de média aritmética! Pega-se o valor da renda mensal do mês de dezembro e se vê durante quantos meses do ano o segurado recebeu benefício, só então faz-se o cálculo. Imagine um segurado que recebeu auxílio-doença no valor de R$1000,00 de julho à dezembro, durante 6 meses. A renda mensal de dezembro também foi no valor de R$1000,00, portanto, como o segurado só recebeu benefício durante 6/12 do ano, multiplica-se esse valor pelo recebido em dezembro, que, no caso, resultará em R$500,00. 
O período igual ou superior a quinze dias dentro do mês correspondente será considerado como mês integral para efeitos de cálculo. O único benefício que não faz jus ao abono anual é o salário-família, além do BPC LOAS que além de não ter abono anual não gera pensão.
ACUMULAÇÃO DE BENEFÍCIONS
Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos seguintes benefícios da previdência social, inclusive quando decorrentes de acidente do trabalho: 
Aposentadoria + Auxílio-Doença; 
Mais de uma aposentadoria; 
Salário-Maternidade + Auxílio-Doença; 
Mais de um Auxílio-Acidente; 
Auxílio-Acidente + Aposentadoria; 
Auxílio-Acidente + Auxílio-Doença do mesmo fato gerador; 
Mais de uma pensão deixada por cônjuge ou companheiro; 
Auxílio-Reclusão + Auxílio-Doença, Aposentadoria ou Abono de permanência em serviço; 
Seguro-Desemprego + Qualquer BPC, exceto: Pensão por Morte, Auxílio-Reclusão e Auxílio-Acidente. 
No caso da pensão deixada por cônjuge ou companheiro, é facultado ao dependente optar pela pensão mais vantajosa. O segurado recluso não faz jus aos benefícios de auxílio-doença e de aposentadoria durante a percepção, pelos dependentes, do auxílio-reclusão, permitida a opção, desde que manifestada, também, pelos dependentes, pelo benefício mais vantajoso.
 ACIDENTE DE TRABALHO
Acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício da atividade a serviço da empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho do segurado especial, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou a redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. Somente sofrem acidente de trabalho os segurados empregados, empregados domésticos, trabalhadores avulsos e segurados especiais. 
Consideram-se acidente do trabalho a doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade, e a doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, ambos conforme relação constante no Regulamento. 
Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação prevista no Regulamento resultou das condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deverá considerá-la acidente do trabalho. 
Não são consideradas como doença do trabalho: 
I - a doença degenerativa; 
II - a inerente a grupo etário; 
III - a que não produza incapacidade laborativa; e 
IV - a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho. 
Equiparam-se também ao acidente do trabalho: 
I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação; 
II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência de: 
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho; 
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho; 
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho; 
d) ato de pessoa privada do uso da razão; e 
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior. 
III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade; e 
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho: 
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa; 
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; 
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado; e 
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado. Porém, não se caracteriza como acidente de trabalho o acidente de trajeto sofrido pelo segurado que, por interesse pessoal, tiver interrompido ou alterado o percurso habitual. 
Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho. Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a lesão que, resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha às consequências do anterior. Considera-se como o dia do acidente, no caso de doença profissional ou doença do trabalho, a data de início da incapacidade laborativa para o exercício da atividade habitual ou odia da segregação compulsória ou o dia em que for realizado o diagnóstico, valendo para esse efeito o que ocorrer primeiro.
 DISPOSIÇÕES DIVERSAS
A apresentação de documentação incompleta não constitui motivo para recusa do requerimento de benefício. Por mais que o beneficiário, devido a essa incompletude, passe a não fazer jus ao benefício, ele pode requerê-lo. O INSS não pode negar o requerimento, podendo, no máximo, indeferir o pedido. 
A impressão digital do beneficiário incapaz de assinar, aposta na presença de servidor da previdência social ou representante desta, vale como assinatura. 
O benefício será pago diretamente ao beneficiário, salvo em caso de ausência, moléstia contagiosa ou impossibilidade de locomoção, quando será pago a procurador, cujo mandato não terá prazo superior a 12 meses, podendo ser renovado ou revalidado pelos setores de benefícios do INSS. Além disso, somente será aceita a constituição de procurador com mais de uma procuração, ou procurações coletivas, nos casos de representantes credenciados de leprosários, sanatórios, asilos e outros estabelecimentos congêneres, nos casos de parentes de primeiro grau, ou, em outros casos, a critério do INSS. 
Os dados constantes do Cadastro Nacional de Informações Sociais – CNIS relativos a vínculos, remunerações e contribuições valem como prova plena de filiação à Previdência Social, tempo de contribuição e salários-de-contribuição. Portanto, se um vínculo empregatício constar do CNIS, não haverá a necessidade sequer de se apresentar a CTPS, os dados do CNIS já servirão como prova plena do exercício daquela atividade. O segurado também pode solicitar a inclusão, exclusão ou retificação das informações constantes do CNIS, bastando apresentar os documentos comprobatórios dos dados divergentes. Não constando do CNIS informações sobre contribuições ou remunerações, ou havendo dúvida sobre a regularidade do vínculo, motivada por divergências ou insuficiências de dados relativos ao empregador, ao segurado, à natureza do vínculo, ou a procedência da informação, esse período somente será confirmado mediante a apresentação pelo segurado da documentação comprobatória solicitada pelo INSS. Além disso, informações inseridas extemporaneamente (após o prazo legal) no CNIS somente serão aceitas se corroboradas por documentos que comprovem a sua regularidade. Portanto, se um vínculo empregatício foi incluído extemporaneamente, mesmo constando do CNIS, só será considerado se comprovada a regularidade.
Se não conformados com as decisões do INSS, os interessados poderão interpor recurso dentro de 30 dias ao Conselho de Recursos da Previdência Social – CRPS. Se for o primeiro recurso contra decisão do INSS, o pedido será encaminhado às Juntas de Recurso da Previdência Social - JRPS. Após este, tanto o segurado, o INSS como as empresas poderão interpor recurso às Câmaras de Julgamento do CRPS, exceto se a matéria for de alçada exclusiva das Juntas de Recurso. O INSS pode reformar suas decisões, deixando, no caso de reforma favorável ao interessado, de encaminhar o recurso à instância competente. A propositura pelo beneficiário de ação judicial que tenha por objeto idêntico pedido sobre o qual versa o processo administrativo importa renúncia ao direito de recorrer na esfera administrativa e desistência do recurso interposto. 
Para suprir a falta de documento ou fazer prova de fato ou circunstância de interesse do beneficiário perante o INSS, existe um procedimento denominado de Justificação Administrativa. Ela não é admitida se o fato exigir registro público. Se for para fins de comprovação de tempo de contribuição, de dependência econômica, de união estável, de identidade e de relação de parentesco, a Justificação Administrativa somente produzirá efeitos quando baseada em início de prova material. O início de prova material pode ser dispensado por motivos de força maior ou caso fortuito, como incêndios e inundações, devendo o mesmo ser comprovado. 
Por fim, o primeiro pagamento do benefício deverá ser efetuado em até 45 dias após a data da apresentação, pelo segurado, da documentação necessária à sua concessão. O pagamento dos benefícios com renda mensal superior a um salário mínimo será efetuado do primeiro ao quinto dia útil do mês subsequente ao de sua competência, observada a distribuição proporcional do número de beneficiários por dia de pagamento, enquanto o dos com renda mensal no valor de até um salário mínimo, serão pagos no período compreendido entre o quinto dia útil que anteceder o final do mês de sua competência e o quinto dia útil do mês subsequente, também observada a distribuição proporcional dos beneficiários por dia de pagamento.

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