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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
SERVIÇO SOCIAL
JOANET DE FRANÇA PEIXOTO
JUSSARA APARECIDA DA SILVA 
LUCIA DE FREITAS OLIVEIRA 
MARCIA MARIA DE ALMEIDA
MARILSE BENEDITA DA SILVA
ROSELI SILVA DE SOUZA 
VANESSA SEBASTIANA DE FIGUEIREDO SOUZA
ATIVIDADE INTERDISCIPLINAR EM GRUPO: Os Limites e Entraves nas Perspectivas de Aplicação do Projeto Ético Político nos Espaços Sócio Ocupacionais do Assistente Social
 
VÁRZEA GRANDE
2014/2
JOANET DE FRANÇA PEIXOTO
JUSSARA APARECIDA DA SILVA 
LUCIA DE FREITAS OLIVEIRA 
MARCIA MARIA DE ALMEIDA
MARILSE BENEDITA DA SILVA
ROSELI SILVA DE SOUZA 
VANESSA SEBASTIANA DE FIGUEIREDO SOUZA
ATIVIDADE INTERDISCIPLINAR EM GRUPO: Os Limites e Entraves nas Perspectivas de Aplicação do Projeto Ético Político nos Espaços Sócio Ocupacionais do Assistente Social
 
Trabalho apresentado ao Curso de Serviço Social da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas de Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social III; Ética Profissional em Serviço Social; Fundamentos das Políticas Sociais e Políticas Sociais; Administração e Planejamento em Serviço Social; Seminário e Serviço Social IV; Semestre Flex 3º e 4º. 
Professores: Paulo Sergio Aragão; Clarice da Luz Kernkamp, Maria Lucimar Pereira; Rosane Malvezzi. 
VÁRZEA GRANDE
2014/2
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ------------------------------------------------------------------------ 03
DESENVOLVIMENTO -------------------------------------------------------------- 04
CONCLUSÃO-------------------------------------------------------------------------- 09
BIBLIOGRAFIA ----------------------------------------------------------------------- 10
INTRODUÇÃO 
A atividade interdisciplinar em grupo do semestre letivo do Curso de Serviço Social é uma proposta que leva a discutir sobre os Processos de Planejamento na Construção das Políticas Sociais no Brasil. Onde foram disponibilizados quatro temas a escolher, onde em consenso com o grupo estaremos apresentando sobre “Os Limites e Entraves nas Perspectivas de Aplicação do Projeto Ético Político nos Espaços Sócio Ocupacionais do Assistente Social”. 
Tal escolha partiu do pressuposto de continuarmos a discussão da proposta acima citada referente ao trabalho individual. Lembramos ainda que as disciplinas contempladas nesse semestre letivo são as de Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social III; Ética Profissional em Serviço Social; Fundamentos das Políticas Sociais e Políticas Sociais; Administração e Planejamento em Serviço Social; Seminário e Serviço Social IV. 
Para construir uma análise melhor sobre o tema escolhidos, abordaremos sobre o Código de Ética, o Projeto Ético Político e a Lei de Regulamentação da profissão, procurando formar uma análise crítica sobre o envolvimento de planejamento e a ética profissional nos espaços sócio ocupacionais, divididos entre o Espaço Público e o Espaço Privado. 
DESENVOLVIMENTO
2. Limites e entraves nas perspectivas de aplicação do Projeto Ético Político nos espaços sócio ocupacionais.
2.1. O espaço público
Quando nos referimos ao profissional participativo, estamos falando daquele profissional engajado nos seus afazeres como assistente social nos diversos espaços sócio-ocupacionais que atua, seja ele federal, estadual ou municipal. 
Mas, o seu foco de atuação são as políticas públicas voltadas para os idosos, mulheres, crianças e adolescentes, são nestes públicos-alvos que o fazer profissional vem tomando dimensões que se reformula e reorganiza gradativamente conforme sua experiência cotidiana. Segundo Mioto (2004),
[...] conjunto de procedimentos, atos, atividades pertinentes a uma determinada profissão e realizadas por sujeitos/profissionais de forma responsável, consciente. [...] São as ações profissionais que colocam em movimento, no âmbito da realidade social, determinados projetos de profissão. Estes, por sua vez, implicam diferentes concepções de homem, de sociedade e de relações sociais (2004, p. 51). 
Este espaço infanto-juvenil engloba uma clientela de crianças e adolescentes possuem uma situação de exclusão social devido a situação de vida, e por não terem ainda uma idade que lhes permita certa liberdade social, são, geralmente, crianças e adolescentes que tiveram seus direitos violados perdendo, desta forma, sua identidade como cidadão. São indivíduos que vivem cotidianamente a mercê da violência e pela exploração do ser humano numa sociedade que contradiz o conceito das relações sociais.
Enquanto que no espaço que envolve os idosos e as mulheres o trabalho profissional do assistente social é através da observação, podem-se perceber em seus relatos um cotidiano repleto de medo e falta de esperança em virtude do que esse público-alvo vem passando. Eles procuram as entidades e órgãos que trabalham com esse tipo de demanda para buscar respostas e soluções as dificuldades cotidianas. Cada relato trazido até estas entidades e órgãos são prontamente ouvidas durante o trabalho profissional do assistente social e pode-se perceber que trata-se, tão somente, da continuidade de outras histórias contadas que envolvem a exclusão social, a violação de direitos e a marginalização.
Neste contexto, Mioto (2004) afirma que:
Discutir a dimensão técnico-operativa do Serviço Social implica reconhecer a sua complexidade dada pela diversidade de espaços sócio-ocupacionais nos quais os profissionais transitam e pela própria natureza das suas ações nos diferentes âmbitos do exercício profissional, como, por exemplo, a proposição e formulação de políticas sociais, o planejamento, gestão e articulação de serviços e programas sociais, ou o atendimento direto aos usuários em diferentes instituições e programas sociais (2004, p.53). 
Portanto, podemos verificar durante a prática do trabalho profissional que, existe uma diversidade de motivos que resultam em um cotidiano repleto de violação de direitos, como o abandono, da violência doméstica, a falta de teto, e principalmente, a desestruturação familiar. 
A prática diária com esse tipo de problema faz com que sejam cotidianamente, testados em sua capacidade técnica, conhecimentos e emoções durante o trabalho profissional. 
Neste espaço de trabalho buscam implementar projetos e intenções com o objetivo de atender às necessidades daqueles que os procuram visando a solução para sua realidade imprecisa. 
Portanto, aliado a todos os fatores levantados, o processo trabalho profissional do assistente social envolve várias ações nesse espaço com inúmeras características que permitem entender os esforços da profissão em buscar maiores orientações para sua intervenção ampliando seu campo de autonomia de acordo com sua concepção sobre a prática diária.
O trabalho profissional do assistente social concentra-se na necessidade de transformação ética-política para construção de ações estruturais que visem à garantia ao cesso a esses serviços com maior qualidade do exercício profissional na diversidade da população-alvo da atenção assistencial, como idosos, mulheres, crianças e adolescentes. 
Portanto, os espaços sócio-ocupacionais que se diferenciam desde sua natureza trabalham mediante um levantamento socioeconômico e da análise das ações a serem desenvolvidas. 
Então, entende-se que o trabalho profissional do assistente social e os processos interventivos têm como foco a dimensão técnico-operativa do espaço sócio-ocupacional entre a formação profissional e a formulação de respostas às demandas cotidianas da prática dos assistentes sociais, ou seja, deve considerar a direção ético-político e o teórico-metodológico. 
Tudo isso ligado à natureza do espaço que condicionam as formas diferentes das ações a serem realizadas, bem como, a própria autonomia profissional.
2.2. Espaço privado
Em relaçãoao espaço privado, o trabalho profissional do assistente social vai além da função de intervir que dão alternativas ao profissional da construção de outras ações que facilita o processo de comunicação e a busca de informações através do estabelecimento de relações sociais. 
Onde a instituição onde está inserido visa identificar as convergências sociais na intenção de garantir os direitos de seus usuários como cidadão. Neste contexto Iamamoto (2009) explica:
A natureza da ação profissional do Serviço Social, a autora reafirma a condição de disciplina de intervenção, uma atividade predominantemente prática que visa introduzir mudanças imediatas no contexto social. Quanto ao papel do assistente social, evoca-o basicamente instrumental como educador, orientador da hegemonia e da coerção de classes a que se vincula objetivamente. “Essas funções são exercidas através da mediação dos serviços sociais” (2009, p.353).
Neste contexto, acredita-se que o trabalho profissional deve interagir nas relações sociais de seus usuários orientando na sua busca pelos valores individuais como o resgate da cidadania e da autonomia. Desta forma estará ampliando seu entendimento a respeito de suas potencialidades melhorando a qualidade de sua prática profissional.
O trabalho profissional do assistente social dentro do setor privado significa, portanto, estar apoiando e promovendo ações capazes de trazer à tona a realidade concreta de seus usuários, sendo assim, assume um caráter de transformação, ou seja, de intervenção em seu cotidiano onde são responsáveis por suas ações. 
Portanto, as ações e relações desenvolvidas na prática profissional são determinadas pela divisão sócio-ocupacional do trabalho, ou seja, dependem do interesse de certos segmentos sociais que ocorre nas instituições privadas onde estão inseridas. 
Segundo Iamamoto (2009), 
Ainda que o trabalho concreto do assistente social seja idêntico – no seu conteúdo útil e formas de processamento –, o sentido e os resultados sociais desses trabalhos são inteiramente distintos, visto que presididos por lógicas diferentes: a do direito privado e do direito público, alterando-se, pois, o significado social do trabalho técnico-profissional e seu nível de abrangência (2009, p. 366).
Acredita-se que a atribuição do trabalho profissional do assistente social deve considerar as novas demandas e o novo dimensionamento dos espaços profissionais devido às mudanças e transformações que a sociedade vem sofrendo no decorrer de seu processo sócio-histórico. 
Neste momento, ressalta-se toda a importância histórica que a divisão social do trabalho vem ocorrendo devido às mudanças das relações sociais da sociedade. 
Neste contexto, Iamamoto (2009) afirma que, o Serviço Social, como profissão situa-se no processo de reprodução das relações sociais, fundamentalmente como uma atividade auxiliar e subsidiária no exercício do controle social e na difusão da ideologia da classe. (2009, p. 367).
Nesse mesmo pensamento, Iamamoto (2009) ainda firmar que: Diante da diversidade de espaços sócio-ocupacionais dos assistentes sociais e das diferentes formas de apropriações possíveis nesses espaços, essa identidade, muitas vezes, aparece de forma díspar e “irreconhecível” entre si e em relação à profissão. (2009, p. 367).
Portanto, as ações profissionais possuem características interventivas, como político-organizacionais, planejamento e gestão, e sócio-assistenciais onde o foco principal é dar dinamismo e instrumentos as ações direcionadas aos seus usuários nos diferentes campos da intervenção numa perspectiva da construção da autonomia do indivíduo. 
Fica claro, assim, que esses elementos estruturantes do trabalhão profissional do assistente social definem a abordagem, e a aproximação da realidade dos usuários, por meio dos objetivos propostos em suas ações interventivas seja ela coletiva ou individual, onde possam ser utilizadas abordagens como, entrevistas, encaminhamentos, visita domiciliar dentre outros. 
Ao utilizar essas abordagens no trabalho profissional o assistente social estará pondo em prática a teoria e a técnica destinadas a sua ação.
CONCLUSÃO 
Considerando que o debate em torno do Serviço Social na contemporaneidade e, sobretudo, externar algumas preocupações que acreditamos estarem presentes na agenda profissional. 
É exatamente sobre o entendimento brevemente exposto até então que localizamos o surgimento das políticas sociais e com elas a construção do espaço sócio-ocupacional do assistente social, este tradicionalmente incorporado pelo conjunto de programas e instituições sociais, como um dos seus instrumentos de intervenção no âmbito da reprodução material e, sobretudo, ideológica da classe trabalhadora.
Essas transformações conjunturais diretamente relacionadas à estrutura vigente que indicam as necessidades ocupacionais para o Serviço Social. Para tanto, era necessária a revisão de suas bases, modernizando-as, vinculando-as a novos aportes teóricos ou quem sabe ainda, questionando completamente o que a profissão tinha sido até então, ou seja, o Serviço Social “tradicional”. 
A partir da finalidade assumida para suas ações, pode-se definir o objetivo e o caráter da ação a ser empreendida, localizando-a dentro dos limites e possibilidades colocados pela natureza dos espaços sócio-ocupacionais. 
Essa definição é realizada através da investigação e do conhecimento das necessidades da população, expressas pelas suas demandas e pela realidade particular de suas condições de vida que direciona o trabalho profissional.
Diante disso, considerando que as ações profissionais do assistente social são fundadas na formulação teórica, ética e técnica da profissão, este estudo permitiu maior compreensão das ações profissionais relativos aos processos interventivos dependem de mediações teórico-instrumentais, teórico-metodológicos e ético-políticos que oferecem subsídios ao trabalho que se realiza através das várias possibilidades das ações profissionais com isso, a intenção consiste em efetivar e ampliar a cidadania. 
BIBLIOGRAFIA 
CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL. Lei 8662/1993. Dispõe sobre a profissão de Assistente Social e dá outras providências. Disponível no site: <www.cfess.org.br >.
IAMAMOTO, Marilda Vilela. Os espaços sócio-ocupacionais do assistente social. In: Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Unidade IV: O significado do trabalho do Assistente Social nos distintos espaços sócio-ocupacionais. CFESS/ABEPSS: Brasília, 2009. 
MIOTO, R. C. T. Processo de construção do espaço profissional do assistente social em contexto multiprofissional: um estudo sobre o Serviço Social na estratégia saúde da família. Florianópolis: 2004. 
CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL. Lei 8662/1993. Dispõe sobre a profissão de Assistente Social e dá outras providências. Disponível no site: <www.cfess.org.br >.
FERNANDES, Rubens César. Privado, porém Público: o Terceiro Setor na América Latina. 3 ed. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 2002.