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COMPUTAÇÃO INDUSTRIAL II Unidade 2: Redes Industriais Parte 5 CAN • Controller Area Network • Desenvolvida pela Bosch, para aplicações em tempo real; • Aplicada principalmente na indústria automotiva; • Padronizada desde 1994: – ISO11898 – Camada de ligação de dados; e – ISO11519-2 – Propagação de sinais e também a comunicação de dados série a baixa velocidade; CAN • Sistema flexível com um máximo de 110 unidades num projeto com distâncias máximas compreendidas entre 500m e 1Km; • Para barramentos de 500m atinge até 100kbps e para distâncias de 50m chega a 1Mbit/s; • Confiabilidade da transmissão de dados: permite definir a prioridade de mensagens; • Na detecção e sinalização de erros: retransmite automaticamente as mensagens corrompidas; Em casos de colisão, utiliza o “bitwise arbitration” e o “NON-Destructive Collision Resolution”. CAN • A comunicação dos dispositivos com o barramento é realizada em modo Multicast; • Os outros dispositivos que estão à escuta, ao receberem a mensagem, verificam se devem processá-la ou não através de um teste de aceitabilidade; • O identificador também define a prioridade da mensagem. Quanto menor for o seu valor numérico, maior será a sua prioridade; • O padrão ISO 11898 assegura que os chips de interface consigam comunicar-se com um único fio em casos do segundo estar danificado, curto-circuitado à fonte de alimentação ou à terra. CAN • Propriedades: – Comunicação a dois fios; – Priorização das mensagens; – Flexibilidade de configuração; – Recepção do multicast com sincronização de tempo; – Consistência larga dos dados do sistema; – Multimestre, produtor-consumidor; – Detecção e sinalização de erro; – Retransmissão automática de mensagens corrompidas assim que o barramento estiver ativo novamente; – Distinção entre erros provisórios e falhas permanentes dos nós. CAN: Tipos • 11 bits 2048 identificadores • 29 bits 537 milhões de identificadores CAN: Controladores CAN: Funcionalidades • Proteção contra curto-circuito; • Proteção contra descargas eletrostáticas; • Alta impedância de entrada; • Modos de baixa corrente e sleep; • Proteção térmica; • Plug and play. CAN: Lógica de Barramento • O meio de transmissão diferencial, no qual é avaliada a diferença de tensão entre dois fios, a saber CANH e CANL; • O bit recessivo = valor lógico alto (1); • O bit dominante = valor lógico baixo (0); • Quando não está transmitindo nenhuma informação, a rede recebe um fluxo constante de bits recessivos; • A cada tempo de transmissão de um bit, a interface de nível físico se encarrega de gerar um bit: – dominante ao receber um nível lógico baixo; ou – de não fazer nada ao receber um nível lógico alto; CAN: Lógica de Barramento CAN: Detecção de Erro • Mecanismos a nível de mensagem: – 1 - Cyclic Redundancy Checks (CRC): com 15 bits efetivos e 1 como delimitador; – 2 - Frame Checks – Faz a verificação do quadro, identificando bits recessivos onde só pode haver bits dominantes, como SOF, EOF e os delimitadores CRC e ACK; – 3 - Acknowledgement Error Checks Possui um bit de confirmação e um delimitador; CAN: Detecção de Erro • Mecanismos a nível de bit: – 4 - Bit Monitoring – Verifica a consistência dos bits, onde a interface avalia se o bit transmitido é igual ao bit lido após a escrita, caso contrário gera um frame de erro. – 5 - Bit Stuffing - Determina que após 5 bits consecutivos de mesmo valor, o 6º é o complemento dos anteriores. CAN: Mensagens • Informações na rede são enviadas em um formato fixo de diferentes tamanhos, porém limitados. • Quando a rede está livre, qualquer unidade conectada pode começar a transmitir. • O Identificador define uma prioridade durante o acesso ao barramento. • Medidas de detecção de erro são implementadas em cada nó; • O protocolo CAN suporta dois tipos de estrutura de mensagens, sendo a única diferença entre eles o tamanho do identificador. CAN: Mensagens CAN 2.0A • SOF (Start of Frame): indica início da mensagem – um único bit dominante; • Identificador da mensagem: Quanto maior a prioridade, menor seu valor; • RTR (Remote Transmission Request): Identifica se é mensagem de dados ou estrutura de dados; • IDE (Identifier Extension): Distinção entre formato base e estendido • r0: os 2 primeiros estão reservados; • DLC: os 4 últimos indicam o número de bytes no “Data Field”; • Data Field: Com 8 bytes, o bit mais significativo o primeiro a ser transmitido; • CRC: Com 15 bits + um bit recessivo delimitador; • ACK (Acknowledge): reconhecimento do receptor • EOF (End of Frame): Fim da mensagem • IFS (Interframe Space): Número mínimo de bits entre mensagens consecutivas CAN: Mensagens CAN 2.0B • O extended CAN, surgiu para compatibilização com outros protocolos de comunicação série utilizados em aplicações automatizadas nos EUA; • Modificações na trama do standard CAN: – Bit SRR (Substitute Remote Request): Substitui o RTR para decidir a prioridade entre trama standard e extended com o mesmo identificador base. A trama standard terá prioridade. – Bit IDE: Distingue entre formatos, sendo dominante para standard CAN e recessivo para extended CAN; – R1: Bit reservado adicional. – Passa-se de apenas um campo identificador para 2 campos identificadores. O ID de 11 bits e o extended ID de 18 bits; CAN: Fabricantes CAN: Camada Física • Cada nó CAN deve ser composto de: – Controlador CAN; – Microcontrolador; – Transceiver CAN; • Terminador de rede: 120 Ω CAN: Derivações • CANOpen • DeviceNET • J1939 (trens, caminhões, ônibus e etc) • FMS (sistema de gerenciamento de frota) • MilCAN (veículos militares) • NMEA 2000 (veículos marítimos e navegação) • ISO 11992 series (truck/trailer conecções) • ISO 11783 series (máquinas agríclolas e florestais) CAN: DeviceNet • DeviceNet utiliza o padrão CAN na camada de link de dados; • Utiliza somente o tipo de frame de dados do protocolo CAN; • Aplicado em suma maioria na automação industrial; • Implementa em 1994 pela Allen Bradley.
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