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PRINCÍPIOS E ORGANIZAÇÃO DO 
SUS
Didatismo e Conhecimento 1
PRINCÍPIOS DA ORGANIZAÇÃO DO SUS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL: ARTIGOS 
196 A 200;
SEÇÃO II
DA SAÚDE
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garan-
tido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução 
do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e 
igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e re-
cuperação.
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saú-
de, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua 
regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser 
feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa 
física ou jurídica de direito privado.
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma 
rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, 
organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I - descentralização, com direção única em cada esfera de go-
verno;
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades 
preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;
III - participação da comunidade.
§ 1º. O sistema único de saúde será financiado, nos termos 
do art. 195, com recursos do orçamento da seguridade social, da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de 
outras fontes. (Parágrafo único renumerado para § 1º pela Emenda 
Constitucional nº 29, de 2000)
§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde 
recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados 
sobre: 
I - no caso da União, na forma definida nos termos da lei com-
plementar prevista no § 3º; 
II - no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da ar-
recadação dos impostos a que se refere o art. 155 e dos recursos de 
que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II, deduzi-
das as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios; 
III - no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto 
da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 e dos recur-
sos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § 3º.
§ 3º Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada 
cinco anos, estabelecerá: 
I - os percentuais de que trata o § 2º; 
II - os critérios de rateio dos recursos da União vinculados 
à saúde destinados aos Estados, ao Distrito Federal e aos Muni-
cípios, e dos Estados destinados a seus respectivos Municípios, 
objetivando a progressiva redução das disparidades regionais; 
III - as normas de fiscalização, avaliação e controle das despe-
sas com saúde nas esferas federal, estadual, distrital e municipal; 
IV - as normas de cálculo do montante a ser aplicado pela 
União.
§ 4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão 
admitir agentes comunitários de saúde e agentes de combate 
às endemias por meio de processo seletivo público, de acordo 
com a natureza e complexidade de suas atribuições e requisitos 
específicos para sua atuação. 
§ 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial 
profissional nacional, as diretrizes para os Planos de Carreira e a 
regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde e 
agente de combate às endemias, competindo à União, nos termos 
da lei, prestar assistência financeira complementar aos Estados, ao 
Distrito Federal e aos Municípios, para o cumprimento do referido 
piso salarial. 
§ 6º Além das hipóteses previstas no § 1º do art. 41 e no § 
4º do art. 169 da Constituição Federal, o servidor que exerça 
funções equivalentes às de agente comunitário de saúde ou de 
agente de combate às endemias poderá perder o cargo em caso de 
descumprimento dos requisitos específicos, fixados em lei, para o 
seu exercício. 
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
§ 1º - As instituições privadas poderão participar de forma 
complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes 
deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo 
preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.
§ 2º - É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios 
ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos.
§ 3º - É vedada a participação direta ou indireta de empresas 
ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos 
casos previstos em lei.
§ 4º - A lei disporá sobre as condições e os requisitos que 
facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para 
fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, 
processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo 
vedado todo tipo de comercialização.
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras 
atribuições, nos termos da lei:
I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substân-
cias de interesse para a saúde e participar da produção de medica-
mentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros 
insumos;
II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, 
bem como as de saúde do trabalhador;
III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saú-
de;
IV - participar da formulação da política e da execução das 
ações de saneamento básico;
V - incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento 
científico e tecnológico;
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o con-
trole de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para con-
sumo humano;
VII - participar do controle e fiscalização da produção, trans-
porte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, 
tóxicos e radioativos;
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele com-
preendido o do trabalho.
Didatismo e Conhecimento 2
PRINCÍPIOS DA ORGANIZAÇÃO DO SUS
ART. 77 - ATO DAS DISPOSIÇÕES 
CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS - ACDT.
Art. 77. Até o exercício financeiro de 2004, os recursos míni-
mos aplicados nas ações e serviços públicos de saúde serão equi-
valentes: 
I - no caso da União: 
a) no ano 2000, o montante empenhado em ações e serviços 
públicos de saúde no exercício financeiro de 1999 acrescido de, no 
mínimo, cinco por cento; 
b) do ano 2001 ao ano 2004, o valor apurado no ano anterior, 
corrigido pela variação nominal do Produto Interno Bruto - PIB; 
II - no caso dos Estados e do Distrito Federal, doze por cento 
do produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 155 
e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e 
inciso II, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respec-
tivos Municípios; e 
III - no caso dos Municípios e do Distrito Federal, quinze por 
cento do produto da arrecadação dos impostos a que se refere o 
art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, 
alínea b e § 3º. 
§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que 
apliquem percentuais inferiores aos fixados nos incisos II e III 
deverão elevá-los gradualmente, até o exercício financeiro de 
2004, reduzida a diferença à razão de, pelo menos, um quinto por 
ano, sendo que, a partir de 2000, a aplicação será de pelo menos 
sete por cento. 
§ 2º Dos recursos da União apurados nos termos deste artigo, 
quinze por cento, no mínimo, serão aplicados nos Municípios, 
segundo o critério populacional, em ações e serviços básicos de 
saúde, na forma da lei. 
§ 3º Os recursos dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios destinados às ações e serviços públicos de saúde e os 
transferidos pela União para a mesma finalidade serão aplicados 
por meio de Fundo de Saúde que será acompanhado e fiscalizado 
por Conselho de Saúde, sem prejuízo do disposto no art. 74 da 
Constituição Federal. 
§ 4º Na ausência da lei complementar a que se refere o art. 
198, § 3º, a partir do exercício financeiro de 2005, aplicar-se-á 
à União, aos Estados,
ao Distrito Federal e aos Municípios o 
disposto neste artigo. 
LEI N.º 8080 DE 19/09/90 E 
LEI N.º 8.142 DE 28/12/90;
LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO 1990
Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recu-
peração da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços 
correspondentes e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Con-
gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
Art. 1º Esta lei regula, em todo o território nacional, as ações e 
serviços de saúde, executados isolada ou conjuntamente, em caráter 
permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito 
Público ou privado.
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, de-
vendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno 
exercício.
§ 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação 
e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução 
de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de 
condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e 
aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.
§ 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das 
empresas e da sociedade.
Art. 3º A saúde tem como fatores determinantes e condicionan-
tes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, 
o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o 
lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde 
da população expressam a organização social e econômica do País.
Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as ações que, 
por força do disposto no artigo anterior, se destinam a garantir às 
pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico, mental e so-
cial.
TÍTULO II
DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
Art. 4º O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por 
órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da 
Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder 
Público, constitui o Sistema Único de Saúde (SUS).
§ 1º Estão incluídas no disposto neste artigo as instituições 
públicas federais, estaduais e municipais de controle de qualidade, 
pesquisa e produção de insumos, medicamentos, inclusive de sangue 
e hemoderivados, e de equipamentos para saúde.
§ 2º A iniciativa privada poderá participar do Sistema Único de 
Saúde (SUS), em caráter complementar.
CAPÍTULO I
DOS OBJETIVOS E ATRIBUIÇÕES
Art. 5º São objetivos do Sistema Único de Saúde SUS:
I - a identificação e divulgação dos fatores condicionantes e de-
terminantes da saúde;
II - a formulação de política de saúde destinada a promover, nos 
campos econômico e social, a observância do disposto no § 1º do 
art. 2º desta lei;
III - a assistência às pessoas por intermédio de ações de promo-
ção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada 
das ações assistenciais e das atividades preventivas.
Didatismo e Conhecimento 3
PRINCÍPIOS DA ORGANIZAÇÃO DO SUS
Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema 
Único de Saúde (SUS):
I - a execução de ações:
a) de vigilância sanitária;
b) de vigilância epidemiológica;
c) de saúde do trabalhador; e
d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica;
II - a participação na formulação da política e na execução de 
ações de saneamento básico;
III - a ordenação da formação de recursos humanos na área 
de saúde;
IV - a vigilância nutricional e a orientação alimentar;
V - a colaboração na proteção do meio ambiente, nele com-
preendido o do trabalho;
VI - a formulação da política de medicamentos, equipamen-
tos, imunobiológicos e outros insumos de interesse para a saúde e 
a participação na sua produção;
VII - o controle e a fiscalização de serviços, produtos e subs-
tâncias de interesse para a saúde;
VIII - a fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas 
para consumo humano;
IX - a participação no controle e na fiscalização da produção, 
transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoati-
vos, tóxicos e radioativos;
X - o incremento, em sua área de atuação, do desenvolvimento 
científico e tecnológico;
XI - a formulação e execução da política de sangue e seus 
derivados.
§ 1º Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de 
ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de 
intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, 
da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de 
interesse da saúde, abrangendo:
I - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamen-
te, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e 
processos, da produção ao consumo; e
II - o controle da prestação de serviços que se relacionam di-
reta ou indiretamente com a saúde.
§ 2º Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de 
ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção 
de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes 
de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e 
adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos.
§ 3º Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei, 
um conjunto de atividades que se destina, através das ações de 
vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e 
proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação 
e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e 
agravos advindos das condições de trabalho, abrangendo:
I - assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho 
ou portador de doença profissional e do trabalho;
II - participação, no âmbito de competência do Sistema Úni-
co de Saúde (SUS), em estudos, pesquisas, avaliação e controle 
dos riscos e agravos potenciais à saúde existentes no processo de 
trabalho;
III - participação, no âmbito de competência do Sistema Úni-
co de Saúde (SUS), da normatização, fiscalização e controle das 
condições de produção, extração, armazenamento, transporte, dis-
tribuição e manuseio de substâncias, de produtos, de máquinas e 
de equipamentos que apresentam riscos à saúde do trabalhador;
IV - avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saú-
de;
V - informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade 
sindical e às empresas sobre os riscos de acidentes de trabalho, 
doença profissional e do trabalho, bem como os resultados de fis-
calizações, avaliações ambientais e exames de saúde, de admissão, 
periódicos e de demissão, respeitados os preceitos da ética profis-
sional;
VI - participação na normatização, fiscalização e controle dos 
serviços de saúde do trabalhador nas instituições e empresas pú-
blicas e privadas;
VII - revisão periódica da listagem oficial de doenças origina-
das no processo de trabalho, tendo na sua elaboração a colaboração 
das entidades sindicais; e
VIII - a garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer 
ao órgão competente a interdição de máquina, de setor de serviço 
ou de todo ambiente de trabalho, quando houver exposição a risco 
iminente para a vida ou saúde dos trabalhadores.
CAPÍTULO II
DOS PRINCÍPIOS E DIRETRIZES
Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços pri-
vados contratados ou conveniados que integram o Sistema Único 
de Saúde (SUS), são desenvolvidos de acordo com as diretrizes 
previstas no art. 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda 
aos seguintes princípios:
I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os 
níveis de assistência;
II - integralidade de assistência, entendida como conjunto ar-
ticulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, 
individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis 
de complexidade do sistema;
III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua 
integridade
física e moral;
IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou 
privilégios de qualquer espécie;
V - direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saú-
de;
VI - divulgação de informações quanto ao potencial dos servi-
ços de saúde e a sua utilização pelo usuário;
VII - utilização da epidemiologia para o estabelecimento de 
prioridades, a alocação de recursos e a orientação programática;
VIII - participação da comunidade;
IX - descentralização político-administrativa, com direção 
única em cada esfera de governo:
a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios;
b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saú-
de;
X - integração em nível executivo das ações de saúde, meio 
ambiente e saneamento básico;
XI - conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, mate-
riais e humanos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios na prestação de serviços de assistência à saúde da po-
pulação;
XII - capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis 
de assistência; e
XIII - organização dos serviços públicos de modo a evitar du-
plicidade de meios para fins idênticos.
Didatismo e Conhecimento 4
PRINCÍPIOS DA ORGANIZAÇÃO DO SUS
CAPÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO, DA DIREÇÃO E DA GESTÃO
Art. 8º As ações e serviços de saúde, executados pelo Sistema 
Único de Saúde (SUS), seja diretamente ou mediante participação 
complementar da iniciativa privada, serão organizados de forma 
regionalizada e hierarquizada em níveis de complexidade crescen-
te.
Art. 9º A direção do Sistema Único de Saúde (SUS) é única, 
de acordo com o inciso I do art. 198 da Constituição Federal, sendo 
exercida em cada esfera de governo pelos seguintes órgãos:
I - no âmbito da União, pelo Ministério da Saúde;
II - no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, pela respecti-
va Secretaria de Saúde ou órgão equivalente; e
III - no âmbito dos Municípios, pela respectiva Secretaria de 
Saúde ou órgão equivalente.
Art. 10. Os municípios poderão constituir consórcios para de-
senvolver em conjunto as ações e os serviços de saúde que lhes 
correspondam.
§ 1º Aplica-se aos consórcios administrativos intermunicipais 
o princípio da direção única, e os respectivos atos constitutivos 
disporão sobre sua observância.
§ 2º No nível municipal, o Sistema Único de Saúde (SUS), 
poderá organizar-se em distritos de forma a integrar e articular 
recursos, técnicas e práticas voltadas para a cobertura total das 
ações de saúde.
Art. 11. (Vetado).
Art. 12. Serão criadas comissões intersetoriais de âmbito na-
cional, subordinadas ao Conselho Nacional de Saúde, integradas 
pelos Ministérios e órgãos competentes e por entidades represen-
tativas da sociedade civil.
Parágrafo único. As comissões intersetoriais terão a finalidade 
de articular políticas e programas de interesse para a saúde, cuja 
execução envolva áreas não compreendidas no âmbito do Sistema 
Único de Saúde (SUS).
Art. 13. A articulação das políticas e programas, a cargo das 
comissões intersetoriais, abrangerá, em especial, as seguintes ati-
vidades:
I - alimentação e nutrição;
II - saneamento e meio ambiente;
III - vigilância sanitária e farmacoepidemiologia;
IV - recursos humanos;
V - ciência e tecnologia; e
VI - saúde do trabalhador.
Art. 14. Deverão ser criadas Comissões Permanentes de inte-
gração entre os serviços de saúde e as instituições de ensino pro-
fissional e superior.
Parágrafo único. Cada uma dessas comissões terá por finali-
dade propor prioridades, métodos e estratégias para a formação e 
educação continuada dos recursos humanos do Sistema Único de 
Saúde (SUS), na esfera correspondente, assim como em relação à 
pesquisa e à cooperação técnica entre essas instituições.
Art. 14-A. As Comissões Intergestores Bipartite e Triparti-
te são reconhecidas como foros de negociação e pactuação entre 
gestores, quanto aos aspectos operacionais do Sistema Único de 
Saúde (SUS). (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011) 
Parágrafo único. A atuação das Comissões Intergestores Bi-
partite e Tripartite terá por objetivo: (Incluído pela Lei nº 12.466, 
de 2011) 
I - decidir sobre os aspectos operacionais, financeiros e ad-
ministrativos da gestão compartilhada do SUS, em conformidade 
com a definição da política consubstanciada em planos de saúde, 
aprovados pelos conselhos de saúde; (Incluído pela Lei nº 12.466, 
de 2011) 
II - definir diretrizes, de âmbito nacional, regional e intermu-
nicipal, a respeito da organização das redes de ações e serviços de 
saúde, principalmente no tocante à sua governança institucional e 
à integração das ações e serviços dos entes federados; (Incluído 
pela Lei nº 12.466, de 2011) 
III - fixar diretrizes sobre as regiões de saúde, distrito sanitá-
rio, integração de territórios, referência e contrarreferência e de-
mais aspectos vinculados à integração das ações e serviços de saú-
de entre os entes federados. (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011) 
Art. 14-B. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Co-
nass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde 
(Conasems) são reconhecidos como entidades representativas dos 
entes estaduais e municipais para tratar de matérias referentes à 
saúde e declarados de utilidade pública e de relevante função so-
cial, na forma do regulamento. (Incluído pela Lei nº 12.466, de 
2011) 
§ 1o O Conass e o Conasems receberão recursos do orçamen-
to geral da União por meio do Fundo Nacional de Saúde, para 
auxiliar no custeio de suas despesas institucionais, podendo ainda 
celebrar convênios com a União. (Incluído pela Lei nº 12.466, de 
2011) 
§ 2o Os Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (Co-
sems) são reconhecidos como entidades que representam os entes 
municipais, no âmbito estadual, para tratar de matérias referentes 
à saúde, desde que vinculados institucionalmente ao Conasems, na 
forma que dispuserem seus estatutos. (Incluído pela Lei nº 12.466, 
de 2011) 
CAPÍTULO IV
DA COMPETÊNCIA E DAS ATRIBUIÇÕES
SEÇÃO I
DAS ATRIBUIÇÕES COMUNS
Art. 15. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municí-
pios exercerão, em seu âmbito administrativo, as seguintes atri-
buições:
I - definição das instâncias e mecanismos de controle, avalia-
ção e de fiscalização das ações e serviços de saúde;
II - administração dos recursos orçamentários e financeiros 
destinados, em cada ano, à saúde;
III - acompanhamento, avaliação e divulgação do nível de 
saúde da população e das condições ambientais;
IV - organização e coordenação do sistema de informação de 
saúde;
Didatismo e Conhecimento 5
PRINCÍPIOS DA ORGANIZAÇÃO DO SUS
V - elaboração de normas técnicas e estabelecimento de pa-
drões de qualidade e parâmetros de custos que caracterizam a as-
sistência à saúde;
VI - elaboração de normas técnicas e estabelecimento de pa-
drões de qualidade para promoção da saúde do trabalhador;
VII - participação de formulação da política e da execução das 
ações de saneamento básico e colaboração na proteção e recupera-
ção do meio ambiente;
VIII - elaboração e atualização periódica do plano de saúde;
IX - participação na formulação e na execução da política de 
formação e desenvolvimento de recursos humanos para a saúde;
X - elaboração da proposta orçamentária do Sistema Único de 
Saúde (SUS), de conformidade com o plano de saúde;
XI - elaboração de normas para regular as atividades de ser-
viços privados de saúde, tendo em vista a sua relevância pública;
XII - realização de operações externas de natureza financeira 
de interesse da saúde, autorizadas pelo Senado Federal;
XIII - para atendimento de necessidades coletivas, urgentes 
e transitórias, decorrentes de situações de perigo iminente, de ca-
lamidade pública ou de irrupção de epidemias, a autoridade com-
petente da esfera administrativa correspondente poderá
requisitar 
bens e serviços, tanto de pessoas naturais como de jurídicas, sen-
do-lhes assegurada justa indenização;
XIV - implementar o Sistema Nacional de Sangue, Compo-
nentes e Derivados;
XV - propor a celebração de convênios, acordos e protocolos 
internacionais relativos à saúde, saneamento e meio ambiente;
XVI - elaborar normas técnico-científicas de promoção, prote-
ção e recuperação da saúde;
XVII - promover articulação com os órgãos de fiscalização 
do exercício profissional e outras entidades representativas da so-
ciedade civil para a definição e controle dos padrões éticos para 
pesquisa, ações e serviços de saúde;
XVIII - promover a articulação da política e dos planos de 
saúde;
XIX - realizar pesquisas e estudos na área de saúde;
XX - definir as instâncias e mecanismos de controle e fiscali-
zação inerentes ao poder de polícia sanitária;
XXI - fomentar, coordenar e executar programas e projetos 
estratégicos e de atendimento emergencial.
SEÇÃO II
DA COMPETÊNCIA
Art. 16. A direção nacional do Sistema Único da Saúde (SUS) 
compete:
I - formular, avaliar e apoiar políticas de alimentação e nutri-
ção;
II - participar na formulação e na implementação das políticas:
a) de controle das agressões ao meio ambiente;
b) de saneamento básico; e
c) relativas às condições e aos ambientes de trabalho;
III - definir e coordenar os sistemas:
a) de redes integradas de assistência de alta complexidade;
b) de rede de laboratórios de saúde pública;
c) de vigilância epidemiológica; e
d) vigilância sanitária;
IV - participar da definição de normas e mecanismos de con-
trole, com órgão afins, de agravo sobre o meio ambiente ou dele 
decorrentes, que tenham repercussão na saúde humana;
V - participar da definição de normas, critérios e padrões para 
o controle das condições e dos ambientes de trabalho e coordenar 
a política de saúde do trabalhador;
VI - coordenar e participar na execução das ações de vigilân-
cia epidemiológica;
VII - estabelecer normas e executar a vigilância sanitária de 
portos, aeroportos e fronteiras, podendo a execução ser comple-
mentada pelos Estados, Distrito Federal e Municípios;
VIII - estabelecer critérios, parâmetros e métodos para o con-
trole da qualidade sanitária de produtos, substâncias e serviços de 
consumo e uso humano;
IX - promover articulação com os órgãos educacionais e de 
fiscalização do exercício profissional, bem como com entidades re-
presentativas de formação de recursos humanos na área de saúde;
X - formular, avaliar, elaborar normas e participar na execução 
da política nacional e produção de insumos e equipamentos para 
a saúde, em articulação com os demais órgãos governamentais;
XI - identificar os serviços estaduais e municipais de referên-
cia nacional para o estabelecimento de padrões técnicos de assis-
tência à saúde;
XII - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substân-
cias de interesse para a saúde;
XIII - prestar cooperação técnica e financeira aos Estados, ao 
Distrito Federal e aos Municípios para o aperfeiçoamento da sua 
atuação institucional;
XIV - elaborar normas para regular as relações entre o Siste-
ma Único de Saúde (SUS) e os serviços privados contratados de 
assistência à saúde;
XV - promover a descentralização para as Unidades Federa-
das e para os Municípios, dos serviços e ações de saúde, respecti-
vamente, de abrangência estadual e municipal;
XVI - normatizar e coordenar nacionalmente o Sistema Na-
cional de Sangue, Componentes e Derivados;
XVII - acompanhar, controlar e avaliar as ações e os serviços 
de saúde, respeitadas as competências estaduais e municipais;
XVIII - elaborar o Planejamento Estratégico Nacional no âm-
bito do SUS, em cooperação técnica com os Estados, Municípios 
e Distrito Federal;
XIX - estabelecer o Sistema Nacional de Auditoria e coorde-
nar a avaliação técnica e financeira do SUS em todo o Território 
Nacional em cooperação técnica com os Estados, Municípios e 
Distrito Federal. (Vide Decreto nº 1.651, de 1995) 
Parágrafo único. A União poderá executar ações de vigilância 
epidemiológica e sanitária em circunstâncias especiais, como na 
ocorrência de agravos inusitados à saúde, que possam escapar do 
controle da direção estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) ou 
que representem risco de disseminação nacional.
Art. 17. À direção estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) 
compete:
I - promover a descentralização para os Municípios dos servi-
ços e das ações de saúde;
II - acompanhar, controlar e avaliar as redes hierarquizadas do 
Sistema Único de Saúde (SUS);
III - prestar apoio técnico e financeiro aos Municípios e exe-
cutar supletivamente ações e serviços de saúde;
Didatismo e Conhecimento 6
PRINCÍPIOS DA ORGANIZAÇÃO DO SUS
IV - coordenar e, em caráter complementar, executar ações e 
serviços:
a) de vigilância epidemiológica;
b) de vigilância sanitária;
c) de alimentação e nutrição; e
d) de saúde do trabalhador;
V - participar, junto com os órgãos afins, do controle dos agra-
vos do meio ambiente que tenham repercussão na saúde humana;
VI - participar da formulação da política e da execução de 
ações de saneamento básico;
VII - participar das ações de controle e avaliação das condi-
ções e dos ambientes de trabalho;
VIII - em caráter suplementar, formular, executar, acompa-
nhar e avaliar a política de insumos e equipamentos para a saúde;
IX - identificar estabelecimentos hospitalares de referência e 
gerir sistemas públicos de alta complexidade, de referência esta-
dual e regional;
X - coordenar a rede estadual de laboratórios de saúde pública 
e hemocentros, e gerir as unidades que permaneçam em sua orga-
nização administrativa;
XI - estabelecer normas, em caráter suplementar, para o con-
trole e avaliação das ações e serviços de saúde;
XII - formular normas e estabelecer padrões, em caráter suple-
mentar, de procedimentos de controle de qualidade para produtos e 
substâncias de consumo humano;
XIII - colaborar com a União na execução da vigilância sani-
tária de portos, aeroportos e fronteiras;
XIV - o acompanhamento, a avaliação e divulgação dos in-
dicadores de morbidade e mortalidade no âmbito da unidade fe-
derada.
Art. 18. À direção municipal do Sistema de Saúde (SUS) com-
pete:
I - planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os servi-
ços de saúde e gerir e executar os serviços públicos de saúde;
II - participar do planejamento, programação e organização 
da rede regionalizada e hierarquizada do Sistema Único de Saúde 
(SUS), em articulação com sua direção estadual;
III - participar da execução, controle e avaliação das ações 
referentes às condições e aos ambientes de trabalho;
IV - executar serviços:
a) de vigilância epidemiológica;
b) vigilância sanitária;
c) de alimentação e nutrição;
d) de saneamento básico; e
e) de saúde do trabalhador;
V - dar execução, no âmbito municipal, à política de insumos 
e equipamentos para a saúde;
VI - colaborar na fiscalização das agressões ao meio ambiente 
que tenham repercussão sobre a saúde humana e atuar, junto aos 
órgãos municipais, estaduais e federais competentes, para contro-
lá-las;
VII - formar consórcios administrativos intermunicipais;
VIII - gerir laboratórios públicos de saúde e hemocentros;
IX - colaborar com a União e os Estados na execução da vigi-
lância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras;
X - observado o disposto no art. 26 desta Lei, celebrar contra-
tos e convênios com entidades prestadoras de serviços privados de 
saúde, bem como controlar e avaliar sua execução;
XI - controlar e fiscalizar os procedimentos dos serviços pri-
vados de saúde;
XII - normatizar complementarmente as ações e serviços pú-
blicos de saúde no seu âmbito de atuação.
Art. 19. Ao Distrito Federal competem as atribuições reserva-
das aos Estados e aos Municípios.
CAPÍTULO V
DO SUBSISTEMA DE ATENÇÃO À SAÚDE INDÍGENA 
(INCLUÍDO PELA LEI Nº 9.836, DE 1999) 
Art. 19-A. As ações e serviços de saúde voltados para o aten-
dimento das populações indígenas, em todo o território nacional, 
coletiva ou individualmente, obedecerão ao disposto nesta Lei. 
(Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999) 
Art. 19-B. É instituído um Subsistema de Atenção à Saúde 
Indígena, componente do Sistema Único de Saúde – SUS, criado 
e definido por esta Lei, e pela Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 
1990, com o qual funcionará em perfeita integração. (Incluído 
pela Lei nº 9.836, de 1999) 
Art. 19-C. Caberá à União, com seus recursos próprios, finan-
ciar o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena. (Incluído pela Lei 
nº 9.836, de 1999) 
Art. 19-D. O SUS promoverá a articulação do Subsistema 
instituído por esta Lei com os órgãos responsáveis pela Política 
Indígena do País. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999) 
Art. 19-E. Os Estados, Municípios, outras instituições go-
vernamentais e não-governamentais poderão atuar complemen-
tarmente no custeio e execução das ações. (Incluído pela Lei nº 
9.836, de 1999) 
Art. 19-F. Dever-se-á obrigatoriamente levar em consideração 
a realidade local e as especificidades da cultura dos povos indíge-
nas e o modelo a ser adotado para a atenção à saúde indígena, que 
se deve pautar por uma abordagem diferenciada e global, contem-
plando os aspectos de assistência à saúde, saneamento básico, nu-
trição, habitação, meio ambiente, demarcação de terras, educação 
sanitária e integração institucional. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 
1999) 
Art. 19-G. O Subsistema de Atenção à Saúde Indígena deverá 
ser, como o SUS, descentralizado, hierarquizado e regionalizado. 
(Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999) 
§ 1o O Subsistema de que trata o caput deste artigo terá como 
base os Distritos Sanitários Especiais Indígenas. (Incluído pela Lei 
nº 9.836, de 1999) 
§ 2o O SUS servirá de retaguarda e referência ao Subsistema 
de Atenção à Saúde Indígena, devendo, para isso, ocorrer adap-
tações na estrutura e organização do SUS nas regiões onde resi-
dem as populações indígenas, para propiciar essa integração e o 
atendimento necessário em todos os níveis, sem discriminações. 
(Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999) 
Didatismo e Conhecimento 7
PRINCÍPIOS DA ORGANIZAÇÃO DO SUS
§ 3o As populações indígenas devem ter acesso garantido ao 
SUS, em âmbito local, regional e de centros especializados, de 
acordo com suas necessidades, compreendendo a atenção primá-
ria, secundária e terciária à saúde. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 
1999) 
Art. 19-H. As populações indígenas terão direito a participar 
dos organismos colegiados de formulação, acompanhamento e 
avaliação das políticas de saúde, tais como o Conselho Nacional 
de Saúde e os Conselhos Estaduais e Municipais de Saúde, quando 
for o caso. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999) 
CAPÍTULO VI
DO SUBSISTEMA DE ATENDIMENTO E INTERNAÇÃO 
DOMICILIAR (INCLUÍDO PELA LEI Nº 10.424, DE 2002)
Art. 19-I. São estabelecidos, no âmbito do Sistema Único de 
Saúde, o atendimento domiciliar e a internação domiciliar. (Incluí-
do pela Lei nº 10.424, de 2002) 
§ 1o Na modalidade de assistência de atendimento e interna-
ção domiciliares incluem-se, principalmente, os procedimentos 
médicos, de enfermagem, fisioterapêuticos, psicológicos e de as-
sistência social, entre outros necessários ao cuidado integral dos 
pacientes em seu domicílio. (Incluído pela Lei nº 10.424, de 2002) 
§ 2o O atendimento e a internação domiciliares serão realiza-
dos por equipes multidisciplinares que atuarão nos níveis da me-
dicina preventiva, terapêutica e reabilitadora. (Incluído pela Lei nº 
10.424, de 2002) 
§ 3o O atendimento e a internação domiciliares só poderão ser 
realizados por indicação médica, com expressa concordância do 
paciente e de sua família. (Incluído pela Lei nº 10.424, de 2002) 
CAPÍTULO VII
DO SUBSISTEMA DE ACOMPANHAMENTO DURANTE O 
TRABALHO DE PARTO, PARTO E PÓS-PARTO IMEDIATO
(INCLUÍDO PELA LEI Nº 11.108, DE 2005)
Art. 19-J. Os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde 
- SUS, da rede própria ou conveniada, ficam obrigados a permitir 
a presença, junto à parturiente, de 1 (um) acompanhante durante 
todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato. 
(Incluído pela Lei nº 11.108, de 2005) 
§ 1o O acompanhante de que trata o caput deste artigo será 
indicado pela parturiente. (Incluído pela Lei nº 11.108, de 2005) 
§ 2o As ações destinadas a viabilizar o pleno exercício dos di-
reitos de que trata este artigo constarão do regulamento da lei, a ser 
elaborado pelo órgão competente do Poder Executivo. (Incluído 
pela Lei nº 11.108, de 2005) 
Art. 19-L. (Vetado) (Incluído pela Lei nº 11.108, de 2005) 
CAPÍTULO VIII
(INCLUÍDO PELA LEI Nº 12.401, DE 2011)
DA ASSISTÊNCIA TERAPÊUTICA E DA INCORPORAÇÃO 
DE TECNOLOGIA EM SAÚDE
Art. 19-M. A assistência terapêutica integral a que se refere 
a alínea d do inciso I do art. 6o consiste em: (Incluído pela Lei nº 
12.401, de 2011) 
I - dispensação de medicamentos e produtos de interesse para 
a saúde, cuja prescrição esteja em conformidade com as diretri-
zes terapêuticas definidas em protocolo clínico para a doença ou o 
agravo à saúde a ser tratado ou, na falta do protocolo, em confor-
midade com o disposto no art. 19-P; (Incluído pela Lei nº 12.401, 
de 2011) 
II - oferta de procedimentos terapêuticos, em regime domi-
ciliar, ambulatorial e hospitalar, constantes de tabelas elaboradas 
pelo gestor federal do Sistema Único de Saúde - SUS, realizados 
no território nacional por serviço próprio, conveniado ou contra-
tado.
Art. 19-N. Para os efeitos do disposto no art. 19-M, são ado-
tadas as seguintes definições: 
I - produtos de interesse para a saúde: órteses, próteses, bolsas 
coletoras e equipamentos médicos; 
II - protocolo clínico e diretriz terapêutica: documento que 
estabelece critérios para o diagnóstico da doença ou do agravo à 
saúde; o tratamento preconizado, com os medicamentos e demais 
produtos apropriados, quando couber; as posologias recomenda-
das; os mecanismos de controle clínico; e o acompanhamento e 
a verificação dos resultados terapêuticos, a serem seguidos pelos 
gestores do SUS. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) 
Art. 19-O. Os protocolos clínicos e as diretrizes terapêuticas 
deverão estabelecer os medicamentos ou produtos necessários nas 
diferentes fases evolutivas da doença ou do agravo à saúde de que 
tratam, bem como aqueles indicados em casos de perda de eficácia 
e de surgimento de intolerância ou reação adversa relevante, pro-
vocadas pelo medicamento, produto ou procedimento de primeira 
escolha. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) 
Parágrafo único. Em qualquer caso, os medicamentos ou 
produtos de que trata o caput deste artigo serão aqueles avaliados 
quanto à sua eficácia, segurança, efetividade e custo-efetividade 
para as diferentes fases evolutivas da doença ou do agravo à saúde 
de que trata o protocolo. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) 
Art. 19-P. Na falta de protocolo clínico ou de diretriz terapêu-
tica, a dispensação será realizada: (Incluído pela Lei nº 12.401, de 
2011) 
I - com base nas relações de medicamentos instituídas pelo 
gestor federal do SUS, observadas as competências estabelecidas 
nesta Lei, e a responsabilidade pelo fornecimento será pactuada 
na Comissão Intergestores Tripartite; (Incluído pela Lei nº 12.401, 
de 2011) 
II - no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, de forma 
suplementar, com base nas relações de medicamentos instituídas 
pelos gestores estaduais do SUS, e a responsabilidade pelo for-
necimento será pactuada na Comissão Intergestores Bipartite; (In-
cluído pela Lei nº 12.401, de 2011) 
III - no âmbito de cada Município, de forma suplementar, 
com base nas relações
de medicamentos instituídas pelos gestores 
municipais do SUS, e a responsabilidade pelo fornecimento será 
pactuada no Conselho Municipal de Saúde. (Incluído pela Lei nº 
12.401, de 2011) 
Didatismo e Conhecimento 8
PRINCÍPIOS DA ORGANIZAÇÃO DO SUS
Art. 19-Q. A incorporação, a exclusão ou a alteração pelo 
SUS de novos medicamentos, produtos e procedimentos, bem 
como a constituição ou a alteração de protocolo clínico ou de di-
retriz terapêutica, são atribuições do Ministério da Saúde, assesso-
rado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no 
SUS. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) 
§ 1o A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no 
SUS, cuja composição e regimento são definidos em regulamento, 
contará com a participação de 1 (um) representante indicado pelo 
Conselho Nacional de Saúde e de 1 (um) representante, especialis-
ta na área, indicado pelo Conselho Federal de Medicina. (Incluído 
pela Lei nº 12.401, de 2011) 
§ 2o O relatório da Comissão Nacional de Incorporação de 
Tecnologias no SUS levará em consideração, necessariamente: (In-
cluído pela Lei nº 12.401, de 2011) 
I - as evidências científicas sobre a eficácia, a acurácia, a efe-
tividade e a segurança do medicamento, produto ou procedimento 
objeto do processo, acatadas pelo órgão competente para o registro 
ou a autorização de uso; (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) 
II - a avaliação econômica comparativa dos benefícios e dos 
custos em relação às tecnologias já incorporadas, inclusive no que 
se refere aos atendimentos domiciliar, ambulatorial ou hospitalar, 
quando cabível. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) 
Art. 19-R. A incorporação, a exclusão e a alteração a que se 
refere o art. 19-Q serão efetuadas mediante a instauração de pro-
cesso administrativo, a ser concluído em prazo não superior a 180 
(cento e oitenta) dias, contado da data em que foi protocolado o 
pedido, admitida a sua prorrogação por 90 (noventa) dias corridos, 
quando as circunstâncias exigirem. (Incluído pela Lei nº 12.401, 
de 2011) 
§ 1o O processo de que trata o caput deste artigo observará, 
no que couber, o disposto na Lei no 9.784, de 29 de janeiro de 
1999, e as seguintes determinações especiais: (Incluído pela Lei 
nº 12.401, de 2011) 
I - apresentação pelo interessado dos documentos e, se ca-
bível, das amostras de produtos, na forma do regulamento, com 
informações necessárias para o atendimento do disposto no § 2o do 
art. 19-Q; (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) 
II – (Vetado); (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) 
III - realização de consulta pública que inclua a divulgação 
do parecer emitido pela Comissão Nacional de Incorporação de 
Tecnologias no SUS; (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) 
IV - realização de audiência pública, antes da tomada de de-
cisão, se a relevância da matéria justificar o evento. (Incluído pela 
Lei nº 12.401, de 2011) 
§ 2o (Vetado). (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) 
Art. 19-S. (Vetado). (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) 
Art. 19-T. São vedados, em todas as esferas de gestão do 
SUS: (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) 
I - o pagamento, o ressarcimento ou o reembolso de medica-
mento, produto e procedimento clínico ou cirúrgico experimental, 
ou de uso não autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sa-
nitária - ANVISA; (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) 
II - a dispensação, o pagamento, o ressarcimento ou o reem-
bolso de medicamento e produto, nacional ou importado, sem re-
gistro na Anvisa.” 
Art. 19-U. A responsabilidade financeira pelo fornecimento 
de medicamentos, produtos de interesse para a saúde ou proce-
dimentos de que trata este Capítulo será pactuada na Comissão 
Intergestores Tripartite. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) 
TÍTULO III
DOS SERVIÇOS PRIVADOS DE ASSISTÊNCIA À SAÙDE
CAPÍTULO I
DO FUNCIONAMENTO
Art. 20. Os serviços privados de assistência à saúde carac-
terizam-se pela atuação, por iniciativa própria, de profissionais 
liberais, legalmente habilitados, e de pessoas jurídicas de direito 
privado na promoção, proteção e recuperação da saúde.
Art. 21. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
Art. 22. Na prestação de serviços privados de assistência à 
saúde, serão observados os princípios éticos e as normas expedidas 
pelo órgão de direção do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto às 
condições para seu funcionamento.
Art. 23. É vedada a participação direta ou indireta de empresas 
ou de capitais estrangeiros na assistência à saúde, salvo através de 
doações de organismos internacionais vinculados à Organização 
das Nações Unidas, de entidades de cooperação técnica e de finan-
ciamento e empréstimos.
§ 1° Em qualquer caso é obrigatória a autorização do órgão de 
direção nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), submetendo-
-se a seu controle as atividades que forem desenvolvidas e os ins-
trumentos que forem firmados.
§ 2° Excetuam-se do disposto neste artigo os serviços de 
saúde mantidos, sem finalidade lucrativa, por empresas, para 
atendimento de seus empregados e dependentes, sem qualquer 
ônus para a seguridade social.
CAPÍTULO II
DA PARTICIPAÇÃO COMPLEMENTAR
Art. 24. Quando as suas disponibilidades forem insuficientes 
para garantir a cobertura assistencial à população de uma determi-
nada área, o Sistema Único de Saúde (SUS) poderá recorrer aos 
serviços ofertados pela iniciativa privada.
Parágrafo único. A participação complementar dos serviços 
privados será formalizada mediante contrato ou convênio, obser-
vadas, a respeito, as normas de direito público.
Art. 25. Na hipótese do artigo anterior, as entidades filantró-
picas e as sem fins lucrativos terão preferência para participar do 
Sistema Único de Saúde (SUS).
Art. 26. Os critérios e valores para a remuneração de serviços 
e os parâmetros de cobertura assistencial serão estabelecidos pela 
direção nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), aprovados no 
Conselho Nacional de Saúde.
Didatismo e Conhecimento 9
PRINCÍPIOS DA ORGANIZAÇÃO DO SUS
§ 1° Na fixação dos critérios, valores, formas de reajuste e 
de pagamento da remuneração aludida neste artigo, a direção na-
cional do Sistema Único de Saúde (SUS) deverá fundamentar seu 
ato em demonstrativo econômico-financeiro que garanta a efetiva 
qualidade de execução dos serviços contratados.
§ 2° Os serviços contratados submeter-se-ão às normas técni-
cas e administrativas e aos princípios e diretrizes do Sistema Único 
de Saúde (SUS), mantido o equilíbrio econômico e financeiro do 
contrato.
§ 3° (Vetado).
§ 4° Aos proprietários, administradores e dirigentes de enti-
dades ou serviços contratados é vedado exercer cargo de chefia ou 
função de confiança no Sistema Único de Saúde (SUS).
TÍTULO IV
DOS RECURSOS HUMANOS
Art. 27. A política de recursos humanos na área da saúde será 
formalizada e executada, articuladamente, pelas diferentes esferas 
de governo, em cumprimento dos seguintes objetivos:
I - organização de um sistema de formação de recursos hu-
manos em todos os níveis de ensino, inclusive de pós-graduação, 
além da elaboração de programas de permanente aperfeiçoamento 
de pessoal;
II – (Vetado) 
III – (Vetado) 
IV - valorização da dedicação exclusiva aos serviços do Siste-
ma Único de Saúde (SUS).
Parágrafo único. Os serviços públicos que integram o Sistema 
Único de Saúde (SUS) constituem campo de prática para ensino e 
pesquisa, mediante normas específicas, elaboradas conjuntamente 
com o sistema educacional.
Art. 28. Os cargos e funções de chefia, direção e assessora-
mento, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), só poderão 
ser exercidas em regime de tempo integral.
§ 1° Os servidores que legalmente acumulam dois cargos 
ou empregos poderão exercer suas atividades em mais de um 
estabelecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).
§ 2° O disposto
no parágrafo anterior aplica-se também aos 
servidores em regime de tempo integral, com exceção dos ocupantes 
de cargos ou função de chefia, direção ou assessoramento.
Art. 29. (Vetado).
Art. 30. As especializações na forma de treinamento em servi-
ço sob supervisão serão regulamentadas por Comissão Nacional, 
instituída de acordo com o art. 12 desta Lei, garantida a participa-
ção das entidades profissionais correspondentes.
TÍTULO V
DO FINANCIAMENTO
CAPÍTULO I
DOS RECURSOS
Art. 31. O orçamento da seguridade social destinará ao Sis-
tema Único de Saúde (SUS) de acordo com a receita estimada, os 
recursos necessários à realização de suas finalidades, previstos em 
proposta elaborada pela sua direção nacional, com a participação 
dos órgãos da Previdência Social e da Assistência Social, tendo 
em vista as metas e prioridades estabelecidas na Lei de Diretrizes 
Orçamentárias.
Art. 32. São considerados de outras fontes os recursos pro-
venientes de:
I – (Vetado) 
II - Serviços que possam ser prestados sem prejuízo da as-
sistência à saúde;
III - ajuda, contribuições, doações e donativos;
IV - alienações patrimoniais e rendimentos de capital;
V - taxas, multas, emolumentos e preços públicos arrecada-
dos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS); e
VI - rendas eventuais, inclusive comerciais e industriais.
§ 1° Ao Sistema Único de Saúde (SUS) caberá metade da 
receita de que trata o inciso I deste artigo, apurada mensalmente, 
a qual será destinada à recuperação de viciados.
§ 2° As receitas geradas no âmbito do Sistema Único de 
Saúde (SUS) serão creditadas diretamente em contas especiais, 
movimentadas pela sua direção, na esfera de poder onde forem 
arrecadadas.
§ 3º As ações de saneamento que venham a ser executadas 
supletivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), serão 
financiadas por recursos tarifários específicos e outros da União, 
Estados, Distrito Federal, Municípios e, em particular, do Sistema 
Financeiro da Habitação (SFH).
§ 4º (Vetado).
§ 5º As atividades de pesquisa e desenvolvimento científico 
e tecnológico em saúde serão co-financiadas pelo Sistema Úni-
co de Saúde (SUS), pelas universidades e pelo orçamento fiscal, 
além de recursos de instituições de fomento e financiamento ou 
de origem externa e receita própria das instituições executoras.
§ 6º (Vetado).
CAPÍTULO II
DA GESTÃO FINANCEIRA
Art. 33. Os recursos financeiros do Sistema Único de Saúde 
(SUS) serão depositados em conta especial, em cada esfera de 
sua atuação, e movimentados sob fiscalização dos respectivos 
Conselhos de Saúde.
§ 1º Na esfera federal, os recursos financeiros, originários 
do Orçamento da Seguridade Social, de outros Orçamentos da 
União, além de outras fontes, serão administrados pelo Ministério 
da Saúde, através do Fundo Nacional de Saúde.
§ 2º (Vetado).
§ 3º (Vetado).
§ 4º O Ministério da Saúde acompanhará, através de seu 
sistema de auditoria, a conformidade à programação aprovada 
da aplicação dos recursos repassados a Estados e Municípios. 
Constatada a malversação, desvio ou não aplicação dos recursos, 
caberá ao Ministério da Saúde aplicar as medidas previstas em 
lei.
Didatismo e Conhecimento 10
PRINCÍPIOS DA ORGANIZAÇÃO DO SUS
Art. 34. As autoridades responsáveis pela distribuição da 
receita efetivamente arrecadada transferirão automaticamente ao 
Fundo Nacional de Saúde (FNS), observado o critério do pará-
grafo único deste artigo, os recursos financeiros correspondentes 
às dotações consignadas no Orçamento da Seguridade Social, a 
projetos e atividades a serem executados no âmbito do Sistema 
Único de Saúde (SUS).
Parágrafo único. Na distribuição dos recursos financeiros da 
Seguridade Social será observada a mesma proporção da despesa 
prevista de cada área, no Orçamento da Seguridade Social.
Art. 35. Para o estabelecimento de valores a serem transfe-
ridos a Estados, Distrito Federal e Municípios, será utilizada a 
combinação dos seguintes critérios, segundo análise técnica de 
programas e projetos:
I - perfil demográfico da região;
II - perfil epidemiológico da população a ser coberta;
III - características quantitativas e qualitativas da rede de saú-
de na área;
IV - desempenho técnico, econômico e financeiro no período 
anterior;
V - níveis de participação do setor saúde nos orçamentos es-
taduais e municipais;
VI - previsão do plano qüinqüenal de investimentos da rede;
VII - ressarcimento do atendimento a serviços prestados para 
outras esferas de governo.
§ 1º Metade dos recursos destinados a Estados e Municípios 
será distribuída segundo o quociente de sua divisão pelo número de 
habitantes, independentemente de qualquer procedimento prévio.
§ 2º Nos casos de Estados e Municípios sujeitos a notório 
processo de migração, os critérios demográficos mencionados 
nesta lei serão ponderados por outros indicadores de crescimento 
populacional, em especial o número de eleitores registrados.
§ 3º (Vetado).
§ 4º (Vetado).
§ 5º (Vetado).
§ 6º O disposto no parágrafo anterior não prejudica a atuação 
dos órgãos de controle interno e externo e nem a aplicação de 
penalidades previstas em lei, em caso de irregularidades verificadas 
na gestão dos recursos transferidos.
CAPÍTULO III
DO PLANEJAMENTO E DO ORÇAMENTO
Art. 36. O processo de planejamento e orçamento do Sistema 
Único de Saúde (SUS) será ascendente, do nível local até o fe-
deral, ouvidos seus órgãos deliberativos, compatibilizando-se as 
necessidades da política de saúde com a disponibilidade de recur-
sos em planos de saúde dos Municípios, dos Estados, do Distrito 
Federal e da União.
§ 1º Os planos de saúde serão a base das atividades e pro-
gramações de cada nível de direção do Sistema Único de Saúde 
(SUS), e seu financiamento será previsto na respectiva proposta 
orçamentária.
§ 2º É vedada a transferência de recursos para o financiamento 
de ações não previstas nos planos de saúde, exceto em situações 
emergenciais ou de calamidade pública, na área de saúde.
Art. 37. O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá as dire-
trizes a serem observadas na elaboração dos planos de saúde, em 
função das características epidemiológicas e da organização dos 
serviços em cada jurisdição administrativa.
Art. 38. Não será permitida a destinação de subvenções e au-
xílios a instituições prestadoras de serviços de saúde com finalida-
de lucrativa.
CAPÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 39. (Vetado).
§ 1º (Vetado).
§ 2º (Vetado).
§ 3º (Vetado).
§ 4º (Vetado).
§ 5º A cessão de uso dos imóveis de propriedade do Inamps 
para órgãos integrantes do Sistema Único de Saúde (SUS) será fei-
ta de modo a preservá-los como patrimônio da Seguridade Social.
§ 6º Os imóveis de que trata o parágrafo anterior serão 
inventariados com todos os seus acessórios, equipamentos e outros
§ 7º (Vetado).
§ 8º O acesso aos serviços de informática e bases de dados, 
mantidos pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério do Trabalho 
e da Previdência Social, será assegurado às Secretarias Estaduais 
e Municipais de Saúde ou órgãos congêneres, como suporte ao 
processo de gestão, de forma a permitir a gerencia informatizada 
das contas e a disseminação de estatísticas sanitárias e epidemioló-
gicas médico-hospitalares.
Art. 40. (Vetado).
Art. 41. As ações desenvolvidas pela Fundação das Pioneiras 
Sociais e pelo Instituto Nacional do Câncer, supervisionadas pela 
direção nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), permanecerão 
como referencial de prestação de serviços, formação de recursos 
humanos e para transferência de tecnologia.
Art. 42. (Vetado).
Art. 43. A gratuidade das ações e serviços de saúde fica pre-
servada nos serviços públicos contratados, ressalvando-se as cláu-
sulas dos contratos ou convênios estabelecidos com as entidades 
privadas.
Art. 44. (Vetado).
Art. 45. Os serviços
de saúde dos hospitais universitários e de 
ensino integram-se ao Sistema Único de Saúde (SUS), mediante 
convênio, preservada a sua autonomia administrativa, em relação 
ao patrimônio, aos recursos humanos e financeiros, ensino, pes-
quisa e extensão nos limites conferidos pelas instituições a que 
estejam vinculados.
§ 1º Os serviços de saúde de sistemas estaduais e municipais 
de previdência social deverão integrar-se à direção correspondente 
do Sistema Único de Saúde (SUS), conforme seu âmbito de 
atuação, bem como quaisquer outros órgãos e serviços de saúde.
Didatismo e Conhecimento 11
PRINCÍPIOS DA ORGANIZAÇÃO DO SUS
§ 2º Em tempo de paz e havendo interesse recíproco, os 
serviços de saúde das Forças Armadas poderão integrar-se 
ao Sistema Único de Saúde (SUS), conforme se dispuser em 
convênio que, para esse fim, for firmado.
Art. 46. O Sistema Único de Saúde (SUS), estabelecerá me-
canismos de incentivos à participação do setor privado no inves-
timento em ciência e tecnologia e estimulará a transferência de 
tecnologia das universidades e institutos de pesquisa aos serviços 
de saúde nos Estados, Distrito Federal e Municípios, e às empre-
sas nacionais.
Art. 47. O Ministério da Saúde, em articulação com os ní-
veis estaduais e municipais do Sistema Único de Saúde (SUS), 
organizará, no prazo de dois anos, um sistema nacional de infor-
mações em saúde, integrado em todo o território nacional, abran-
gendo questões epidemiológicas e de prestação de serviços.
Art. 48. (Vetado).
Art. 49. (Vetado).
Art. 50. Os convênios entre a União, os Estados e os Mu-
nicípios, celebrados para implantação dos Sistemas Unificados 
e Descentralizados de Saúde, ficarão rescindidos à proporção 
que seu objeto for sendo absorvido pelo Sistema Único de Saúde 
(SUS).
Art. 51. (Vetado).
Art. 52. Sem prejuízo de outras sanções cabíveis, constitui 
crime de emprego irregular de verbas ou rendas públicas (Código 
Penal, art. 315) a utilização de recursos financeiros do Sistema 
Único de Saúde (SUS) em finalidades diversas das previstas nes-
ta lei.
Art. 53. (Vetado).
Art. 54. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 55. São revogadas a Lei nº 2.312, de 3 de setembro de 
1954, a Lei nº 6.229, de 17 de julho de 1975, e demais disposi-
ções em contrário.
Brasília, 19 de setembro de 1990; 169º da Independência e 
102º da República.
FERNANDO COLLOR
Alceni Guerra
LEI Nº 8.142, DE 28 DE DEZEMBRO 1990
Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do 
Sistema Único de Saúde (SUS} e sobre as transferências intergo-
vernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras 
providências.
O Presidente da República, faço saber que o Congresso 
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1° O Sistema Único de Saúde (SUS), de que trata a Lei 
nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, contará, em cada esfera de 
governo, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo, com as 
seguintes instâncias colegiadas:
I - a Conferência de Saúde; e
II - o Conselho de Saúde.
§ 1° A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos 
com a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar 
a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da 
política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder 
Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de 
Saúde.
§ 2° O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliber-
ativo, órgão colegiado composto por representantes do governo, 
prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na 
formulação de estratégias e no controle da execução da políti-
ca de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos 
econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas 
pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do 
governo.
§ 3° O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e 
o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conase-
ms) terão representação no Conselho Nacional de Saúde.
§ 4° A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde 
e Conferências será paritária em relação ao conjunto dos demais 
segmentos.
§ 5° As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde 
terão sua organização e normas de funcionamento definidas em 
regimento próprio, aprovadas pelo respectivo conselho.
Art. 2° Os recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) serão 
alocados como:
I - despesas de custeio e de capital do Ministério da Saúde, 
seus órgãos e entidades, da administração direta e indireta;
II - investimentos previstos em lei orçamentária, de iniciativa 
do Poder Legislativo e aprovados pelo Congresso Nacional;
III - investimentos previstos no Plano Qüinqüenal do Minis-
tério da Saúde;
IV - cobertura das ações e serviços de saúde a serem imple-
mentados pelos Municípios, Estados e Distrito Federal.
Parágrafo único. Os recursos referidos no inciso IV deste arti-
go destinar-se-ão a investimentos na rede de serviços, à cobertura 
assistencial ambulatorial e hospitalar e às demais ações de saúde.
Art. 3° Os recursos referidos no inciso IV do art. 2° desta lei 
serão repassados de forma regular e automática para os Municí-
pios, Estados e Distrito Federal, de acordo com os critérios previs-
tos no art. 35 da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990.
§ 1° Enquanto não for regulamentada a aplicação dos critérios 
previstos no art. 35 da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, 
será utilizado, para o repasse de recursos, exclusivamente o crité-
rio estabelecido no § 1° do mesmo artigo.
§ 2° Os recursos referidos neste artigo serão destinados, pelo 
menos setenta por cento, aos Municípios, afetando-se o restante 
aos Estados.
§ 3° Os Municípios poderão estabelecer consórcio para 
execução de ações e serviços de saúde, remanejando, entre si, 
parcelas de recursos previstos no inciso IV do art. 2° desta lei.
Didatismo e Conhecimento 12
PRINCÍPIOS DA ORGANIZAÇÃO DO SUS
Art. 4° Para receberem os recursos, de que trata o art. 3° desta 
lei, os Municípios, os Estados e o Distrito Federal deverão contar 
com:
I - Fundo de Saúde;
II - Conselho de Saúde, com composição paritária de acordo 
com o Decreto nº 99.438, de 7 de agosto de 1990;
III - plano de saúde;
IV - relatórios de gestão que permitam o controle de que trata 
o § 4º do art. 33 da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990;
V - contrapartida de recursos para a saúde no respectivo or-
çamento;
VI - Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e 
Salários (PCCS), previsto o prazo de dois anos para sua implan-
tação.
Parágrafo único. O não atendimento pelos Municípios, ou pe-
los Estados, ou pelo Distrito Federal, dos requisitos estabelecidos 
neste artigo, implicará em que os recursos concernentes sejam ad-
ministrados, respectivamente, pelos Estados ou pela União.
Art. 5° É o Ministério da Saúde, mediante portaria do Minis-
tro de Estado, autorizado a estabelecer condições para aplicação 
desta lei.
Art. 6° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 7° Revogam-se as disposições em contrário.
Brasília, 28 de dezembro de 1990; 169° da Independência e 
102° da República.
FERNANDO COLLOR 
Alceni Guerra
LEI COMPLEMENTAR N.º 141/2012;
LEI COMPLEMENTAR Nº 141, DE 13 DE JANEIRO DE 
2012
Regulamenta o § 3º do art. 198 da Constituição Federal para 
dispor sobre os valores mínimos a serem aplicados anualmente pela 
União, Estados, Distrito Federal e Municípios em ações e serviços 
públicos de saúde; estabelece os critérios de rateio dos recursos de 
transferências para a saúde e as normas de fiscalização, avaliação 
e controle das despesas com saúde nas 3 (três) esferas de governo; 
revoga dispositivos das Leis nos 8.080, de 19 de setembro de 1990, 
e 8.689, de 27 de julho de 1993; e dá outras providências.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Con-
gresso Nacional decreta
e eu sanciono a seguinte Lei Complemen-
tar: 
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta Lei Complementar institui, nos termos do § 3º do 
art. 198 da Constituição Federal: 
I - o valor mínimo e normas de cálculo do montante mínimo a 
ser aplicado, anualmente, pela União em ações e serviços públicos 
de saúde; 
II - percentuais mínimos do produto da arrecadação de im-
postos a serem aplicados anualmente pelos Estados, pelo Distrito 
Federal e pelos Municípios em ações e serviços públicos de saúde; 
III - critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saú-
de destinados aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, e 
dos Estados destinados aos seus respectivos Municípios, visando à 
progressiva redução das disparidades regionais; 
IV - normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas 
com saúde nas esferas federal, estadual, distrital e municipal. 
CAPÍTULO II
DAS AÇÕES E DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE
Art. 2º Para fins de apuração da aplicação dos recursos mí-
nimos estabelecidos nesta Lei Complementar, considerar-se-ão 
como despesas com ações e serviços públicos de saúde aquelas 
voltadas para a promoção, proteção e recuperação da saúde que 
atendam, simultaneamente, aos princípios estatuídos no art. 7º da 
Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, e às seguintes diretrizes: 
I - sejam destinadas às ações e serviços públicos de saúde de 
acesso universal, igualitário e gratuito; 
II - estejam em conformidade com objetivos e metas explicita-
dos nos Planos de Saúde de cada ente da Federação; e 
III - sejam de responsabilidade específica do setor da saúde, 
não se aplicando a despesas relacionadas a outras políticas públi-
cas que atuam sobre determinantes sociais e econômicos, ainda 
que incidentes sobre as condições de saúde da população. 
Parágrafo único. Além de atender aos critérios estabelecidos 
no caput, as despesas com ações e serviços públicos de saúde rea-
lizadas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos 
Municípios deverão ser financiadas com recursos movimentados 
por meio dos respectivos fundos de saúde. 
Art. 3º Observadas as disposições do art. 200 da Constituição 
Federal, do art. 6º da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, e do 
art. 2º desta Lei Complementar, para efeito da apuração da aplica-
ção dos recursos mínimos aqui estabelecidos, serão consideradas 
despesas com ações e serviços públicos de saúde as referentes a: 
I - vigilância em saúde, incluindo a epidemiológica e a sani-
tária; 
II - atenção integral e universal à saúde em todos os níveis de 
complexidade, incluindo assistência terapêutica e recuperação de 
deficiências nutricionais; 
III - capacitação do pessoal de saúde do Sistema Único de 
Saúde (SUS); 
IV - desenvolvimento científico e tecnológico e controle de 
qualidade promovidos por instituições do SUS; 
V - produção, aquisição e distribuição de insumos específi-
cos dos serviços de saúde do SUS, tais como: imunobiológicos, 
sangue e hemoderivados, medicamentos e equipamentos médico-
-odontológicos; 
VI - saneamento básico de domicílios ou de pequenas comu-
nidades, desde que seja aprovado pelo Conselho de Saúde do ente 
da Federação financiador da ação e esteja de acordo com as diretri-
zes das demais determinações previstas nesta Lei Complementar; 
Didatismo e Conhecimento 13
PRINCÍPIOS DA ORGANIZAÇÃO DO SUS
VII - saneamento básico dos distritos sanitários especiais indí-
genas e de comunidades remanescentes de quilombos; 
VIII - manejo ambiental vinculado diretamente ao controle de 
vetores de doenças; 
IX - investimento na rede física do SUS, incluindo a execução 
de obras de recuperação, reforma, ampliação e construção de esta-
belecimentos públicos de saúde; 
X - remuneração do pessoal ativo da área de saúde em ativida-
de nas ações de que trata este artigo, incluindo os encargos sociais; 
XI - ações de apoio administrativo realizadas pelas institui-
ções públicas do SUS e imprescindíveis à execução das ações e 
serviços públicos de saúde; e 
XII - gestão do sistema público de saúde e operação de unida-
des prestadoras de serviços públicos de saúde. 
Art. 4º Não constituirão despesas com ações e serviços públi-
cos de saúde, para fins de apuração dos percentuais mínimos de 
que trata esta Lei Complementar, aquelas decorrentes de: 
I - pagamento de aposentadorias e pensões, inclusive dos ser-
vidores da saúde; 
II - pessoal ativo da área de saúde quando em atividade alheia 
à referida área; 
III - assistência à saúde que não atenda ao princípio de acesso 
universal; 
IV - merenda escolar e outros programas de alimentação, ain-
da que executados em unidades do SUS, ressalvando-se o disposto 
no inciso II do art. 3o; 
V - saneamento básico, inclusive quanto às ações financiadas 
e mantidas com recursos provenientes de taxas, tarifas ou preços 
públicos instituídos para essa finalidade;
VI - limpeza urbana e remoção de resíduos; 
VII - preservação e correção do meio ambiente, realizadas pe-
los órgãos de meio ambiente dos entes da Federação ou por entida-
des não governamentais; 
VIII - ações de assistência social; 
IX - obras de infraestrutura, ainda que realizadas para benefi-
ciar direta ou indiretamente a rede de saúde; e 
X - ações e serviços públicos de saúde custeados com recursos 
distintos dos especificados na base de cálculo definida nesta Lei 
Complementar ou vinculados a fundos específicos distintos daque-
les da saúde. 
CAPÍTULO III
DA APLICAÇÃO DE RECURSOS EM AÇÕES E SERVIÇOS 
PÚBLICOS DE SAÚDE
SEÇÃO I
DOS RECURSOS MÍNIMOS
Art. 5º A União aplicará, anualmente, em ações e serviços 
públicos de saúde, o montante correspondente ao valor empenha-
do no exercício financeiro anterior, apurado nos termos desta Lei 
Complementar, acrescido de, no mínimo, o percentual correspon-
dente à variação nominal do Produto Interno Bruto (PIB) ocorrida 
no ano anterior ao da lei orçamentária anual. 
§ 1º (VETADO). 
§ 2º Em caso de variação negativa do PIB, o valor de que 
trata o caput não poderá ser reduzido, em termos nominais, de um 
exercício financeiro para o outro. 
§ 3º (VETADO). 
§ 4º (VETADO). 
§ 5º (VETADO). 
Art. 6º Os Estados e o Distrito Federal aplicarão, anualmente, 
em ações e serviços públicos de saúde, no mínimo, 12% (doze por 
cento) da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 155 e dos 
recursos de que tratam o art. 157, a alínea “a” do inciso I e o inciso 
II do caput do art. 159, todos da Constituição Federal, deduzidas as 
parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios. 
Parágrafo único. (VETADO). 
Art. 7º Os Municípios e o Distrito Federal aplicarão anual-
mente em ações e serviços públicos de saúde, no mínimo, 15% 
(quinze por cento) da arrecadação dos impostos a que se refere o 
art. 156 e dos recursos de que tratam o art. 158 e a alínea “b” do in-
ciso I do caput e o § 3º do art. 159, todos da Constituição Federal. 
Parágrafo único. (VETADO). 
Art. 8º O Distrito Federal aplicará, anualmente, em ações e 
serviços públicos de saúde, no mínimo, 12% (doze por cento) do 
produto da arrecadação direta dos impostos que não possam ser 
segregados em base estadual e em base municipal. 
Art. 9º Está compreendida na base de cálculo dos percen-
tuais dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios qualquer 
compensação financeira proveniente de impostos e transferências 
constitucionais previstos no § 2º do art. 198 da Constituição Fede-
ral, já instituída ou que vier a ser criada, bem como a dívida ativa, 
a multa e os juros de mora decorrentes dos impostos cobrados dire-
tamente ou por meio de processo administrativo ou judicial. 
Art. 10. Para efeito do cálculo do montante de recursos previs-
to no § 3º do art. 5º e nos arts. 6º e 7º, devem ser considerados os 
recursos decorrentes da dívida ativa, da multa e dos juros de mora
provenientes dos impostos e da sua respectiva dívida ativa. 
Art. 11. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios de-
verão observar o disposto nas respectivas Constituições ou Leis 
Orgânicas sempre que os percentuais nelas estabelecidos forem 
superiores aos fixados nesta Lei Complementar para aplicação em 
ações e serviços públicos de saúde. 
SEÇÃO II
DO REPASSE E APLICAÇÃO DOS RECURSOS MÍNIMOS
Art. 12. Os recursos da União serão repassados ao Fundo Na-
cional de Saúde e às demais unidades orçamentárias que compõem 
o órgão Ministério da Saúde, para ser aplicados em ações e servi-
ços públicos de saúde. 
Art. 13. (VETADO). 
§ 1º (VETADO). 
§ 2º Os recursos da União previstos nesta Lei Complementar 
serão transferidos aos demais entes da Federação e movimentados, 
até a sua destinação final, em contas específicas mantidas em ins-
tituição financeira oficial federal, observados os critérios e proce-
dimentos definidos em ato próprio do Chefe do Poder Executivo 
da União. 
§ 3º (VETADO). 
Didatismo e Conhecimento 14
PRINCÍPIOS DA ORGANIZAÇÃO DO SUS
§ 4º A movimentação dos recursos repassados aos Fundos 
de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios deve 
realizar-se, exclusivamente, mediante cheque nominativo, ordem 
bancária, transferência eletrônica disponível ou outra modalidade 
de saque autorizada pelo Banco Central do Brasil, em que fique 
identificada a sua destinação e, no caso de pagamento, o credor. 
Art. 14. O Fundo de Saúde, instituído por lei e mantido em 
funcionamento pela administração direta da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios, constituir-se-á em unidade 
orçamentária e gestora dos recursos destinados a ações e serviços 
públicos de saúde, ressalvados os recursos repassados diretamente 
às unidades vinculadas ao Ministério da Saúde. 
Art. 15. (VETADO). 
Art. 16. O repasse dos recursos previstos nos arts. 6º a 8º será 
feito diretamente ao Fundo de Saúde do respectivo ente da Fede-
ração e, no caso da União, também às demais unidades orçamentá-
rias do Ministério da Saúde. 
§ 1º (VETADO). 
§ 2º (VETADO). 
§ 3º As instituições financeiras referidas no § 3º do art. 164 
da Constituição Federal são obrigadas a evidenciar, nos demons-
trativos financeiros das contas correntes do ente da Federação, 
divulgados inclusive em meio eletrônico, os valores globais das 
transferências e as parcelas correspondentes destinadas ao Fundo 
de Saúde, quando adotada a sistemática prevista no § 2º deste ar-
tigo, observadas as normas editadas pelo Banco Central do Brasil. 
§ 4º (VETADO). 
SEÇÃO III
DA MOVIMENTAÇÃO DOS RECURSOS DA UNIÃO
Art. 17. O rateio dos recursos da União vinculados a ações 
e serviços públicos de saúde e repassados na forma do caput dos 
arts. 18 e 22 aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios 
observará as necessidades de saúde da população, as dimensões 
epidemiológica, demográfica, socioeconômica, espacial e de ca-
pacidade de oferta de ações e de serviços de saúde e, ainda, o dis-
posto no art. 35 da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, de 
forma a atender os objetivos do inciso II do § 3º do art. 198 da 
Constituição Federal. 
§ 1º O Ministério da Saúde definirá e publicará, anualmente, 
utilizando metodologia pactuada na comissão intergestores tripar-
tite e aprovada pelo Conselho Nacional de Saúde, os montantes 
a serem transferidos a cada Estado, ao Distrito Federal e a cada 
Município para custeio das ações e serviços públicos de saúde. 
§ 2º Os recursos destinados a investimentos terão sua progra-
mação realizada anualmente e, em sua alocação, serão considera-
dos prioritariamente critérios que visem a reduzir as desigualdades 
na oferta de ações e serviços públicos de saúde e garantir a integra-
lidade da atenção à saúde. 
§ 3º O Poder Executivo, na forma estabelecida no inciso I do 
caput do art. 9o da Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, man-
terá os Conselhos de Saúde e os Tribunais de Contas de cada ente 
da Federação informados sobre o montante de recursos previsto 
para transferência da União para Estados, Distrito Federal e Mu-
nicípios com base no Plano Nacional de Saúde, no termo de com-
promisso de gestão firmado entre a União, Estados e Municípios. 
Art. 18. Os recursos do Fundo Nacional de Saúde, destinados 
a despesas com as ações e serviços públicos de saúde, de custeio e 
capital, a serem executados pelos Estados, pelo Distrito Federal ou 
pelos Municípios serão transferidos diretamente aos respectivos 
fundos de saúde, de forma regular e automática, dispensada a cele-
bração de convênio ou outros instrumentos jurídicos. 
Parágrafo único. Em situações específicas, os recursos fede-
rais poderão ser transferidos aos Fundos de Saúde por meio de 
transferência voluntária realizada entre a União e os demais entes 
da Federação, adotados quaisquer dos meios formais previstos no 
inciso VI do art. 71 da Constituição Federal, observadas as normas 
de financiamento. 
SEÇÃO IV
DA MOVIMENTAÇÃO DOS RECURSOS DOS ESTADOS
Art. 19. O rateio dos recursos dos Estados transferidos aos 
Municípios para ações e serviços públicos de saúde será realizado 
segundo o critério de necessidades de saúde da população e levará 
em consideração as dimensões epidemiológica, demográfica, so-
cioeconômica e espacial e a capacidade de oferta de ações e de 
serviços de saúde, observada a necessidade de reduzir as desigual-
dades regionais, nos termos do inciso II do § 3º do art. 198 da 
Constituição Federal. 
§ 1º Os Planos Estaduais de Saúde deverão explicitar a me-
todologia de alocação dos recursos estaduais e a previsão anual 
de recursos aos Municípios, pactuadas pelos gestores estaduais e 
municipais, em comissão intergestores bipartite, e aprovadas pelo 
Conselho Estadual de Saúde. 
§ 2º O Poder Executivo, na forma estabelecida no inciso II do 
caput do art. 9º da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, man-
terá o respectivo Conselho de Saúde e Tribunal de Contas infor-
mados sobre o montante de recursos previsto para transferência do 
Estado para os Municípios com base no Plano Estadual de Saúde. 
Art. 20. As transferências dos Estados para os Municípios des-
tinadas a financiar ações e serviços públicos de saúde serão rea-
lizadas diretamente aos Fundos Municipais de Saúde, de forma 
regular e automática, em conformidade com os critérios de trans-
ferência aprovados pelo respectivo Conselho de Saúde. 
Parágrafo único. Em situações específicas, os recursos esta-
duais poderão ser repassados aos Fundos de Saúde por meio de 
transferência voluntária realizada entre o Estado e seus Municí-
pios, adotados quaisquer dos meios formais previstos no inciso 
VI do art. 71 da Constituição Federal, observadas as normas de 
financiamento. 
Art. 21. Os Estados e os Municípios que estabelecerem con-
sórcios ou outras formas legais de cooperativismo, para a execução 
conjunta de ações e serviços de saúde e cumprimento da diretriz 
constitucional de regionalização e hierarquização da rede de servi-
ços, poderão remanejar entre si parcelas dos recursos dos Fundos 
de Saúde derivadas tanto de receitas próprias como de transferên-
cias obrigatórias, que serão administradas segundo modalidade 
gerencial pactuada pelos entes envolvidos. 
Didatismo e Conhecimento 15
PRINCÍPIOS DA ORGANIZAÇÃO DO SUS
Parágrafo único. A modalidade gerencial referida no caput 
deverá estar em consonância com os preceitos do Direito Admi-
nistrativo Público, com os princípios inscritos na Lei nº 8.080, de 
19 de setembro de 1990, na Lei no 8.142, de 28 de dezembro de 
1990, e na Lei no 11.107, de 6 de abril de 2005, e com as normas 
do SUS pactuadas na comissão intergestores tripartite e aprovadas 
pelo Conselho Nacional de Saúde. 
SEÇÃO V
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 22. É vedada a exigência de restrição à entrega dos re-
cursos referidos no inciso II do §

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