5 Crimes Contra a Administração da Justiça V.

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Aula: V
5 - Crimes Contra a Administração da Justiça V. 
	Instituição: Faculdade de Direito Estácio FIB
	Ano: 2016.1
	Aluno: ROBSON FERREIRA. 
	Matricula: 201402019939
	Professor: MARISTELA BARBOSA.
	Disciplina: DIREITO PENAL IV
	Caso conreto I
	Questão
	
CASO CONCRETO 
 
Resposta: questão um pouco confusa, creio eu que na primeira situação ele não sabia do fato nesse caso irei interpretar a figura de Henrique como se fosse a de Antonio faztudo. Faz mister a observância da distinção das figuras do favorecimento real (art. 349 do CP.) e a da receptação (art. 180 CP.). Destarte as definições de ambas são:
Favorecimento real
Art. 349. Prestar a criminoso, fora dos casos de coautoria ou de receptação, auxílio destinado
a tornar seguro o proveito do crime:
Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, e multa.
Receptação
Art. 180. Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio,
coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou
oculte:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Para Fernando Capez as figuras da receptação e favorecimento real são distintas da seguinte maneira: (...) Favorecimento real e receptação. É
mais uma vez exigência expressa do tipo penal que o auxílio ao criminoso seja prestado fora dos casos de receptação. Assinalemos as distinções entre ambos os delitos: a) na receptação o agente atua com o intuito de satisfazer interesse econômico próprio ou alheio e não do autor do crime antecedente; no favorecimento real o agente atua com a finalidade de satisfazer interesse do autor do delito antecedente; b) na receptação o receptador visa proveito de natureza econômica, ao passo que no favorecimento o proveito pode ser de ordem econômica ou moral; c) conforme Hungria, “a receptação visa à coisa (produto do crime), enquanto o favorecimento visa, principalmente, à pessoa do autor do crime”. CAPEZ, Fernando, Direito Penal 3, 12º edição, 2014.
Distingui-se a intenção do autor se for para proveito próprio (econômico, pessoal), estaremos diante de um crime de receptação conforme art. 180 CP. se for para “ajudar alguém” (nos crimes que não se enquadrem na coautoria, participe ou receptação), com a intenção de ocultar o objeto do crime estaremos diante de um crime de favorecimento real conforme art. 349 CP.
Faz mister que se defina as condutas incriminadoras do tipo penal receptação art. 180 do CP. Caput. Conforme Pedro Lenza:
Adquirir: obter a propriedade, a título oneroso (compra e venda ou permuta) ou gratuito (doação).
Receber: obter a posse, ainda que transitoriamente. Ex.: receber um carro para guardar na garagem de sua casa, sabendo que ele é furtado.
Resumo e resposta concreta: ante ao que foi estudado e o que se pede no caso concreto em tela trata-se de favorecimento real conforme art. 349 do CP. Pois o individuo Antonio Faztudo não visa angariar vantagem financeira e tão somente ajudar ou da guarita ao produto do furto do amigo sem exigir vantagem financeira ou qualquer outro favorecimento pessoal. Caso ele pedisse ou obtivesse vantagem financeira estaríamos diante de um crime de receptação conforme art. 180 do CP. O importante na definição do crime de favorecimento real é subjetividade da conduta. 
Resposta: correta letra “B”.
Errado: letra “A” por se tratar de favorecimento real (coisa) art. 349 do CP. e não pessoal, o favorecimento pessoal art. 348 do CP. é ajudar a autor de crime na fuga escondendo-o.
 
 Correto: letra “B” trata-se de escusa absolutória conforme art. 348 §2º do CP.(...) ESCUSA ABSOLUTÓRIA - A escusa absolutória está prevista no §
2º, constituindo causa extintiva de punibilidade incidente sobre determinados parentes. Assim, de acordo com o § 2º, “se quem presta auxílio é ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do criminoso, fica isento de pena”. A enumeração legal, a despeito de ser taxativa, alcança a união estável, por força de equiparação constitucional (CF, art. 226, § 5º), bem como todas as formas de filiação, inclusive o parentesco por adoção, dado ser vedado tratamento discriminatório aos descendentes, pouco importando a natureza do vínculo (CF, art. 227, § 6º). Fernando Capez. 
Errado: letra “C” trata-se do modo da subjetividade do agente conforme Fernando Capez (...)Se o agente, antes da prática do crime principal, se comprometer a tornar seguro o proveito do delito, responderá como partícipe do crime original. Por exemplo: “A” compromete-se a esconder os objetos que “B” venha a furtar. Se “B” efetivamente realizar a subtração, “A” responderá como partícipe do crime de furto. Se não responderá apenas pelo crime praticado.
Errado: letra “D”por se tratar de crime de favorecimento pessoal e não real. 
Errado: letra “E” pelo crime de receptação encontra-se nos crimes de DA RECEPTAÇÃO – CAPITULO VII – Do CP.
ROBSON FERREIRA
201402019939