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Apostila de Cultura Religiosa 2016/1 Ceulp/Ulbra

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DISCIPLINA:
CULTURA RELIGIOSA
PROFESSORES:
ARI A. SCHULZ
ILSON MULLER
RENATO HANNISCH
2016/01
          UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
                                              Pró­Reitoria de Graduação
                                                  Direção Geral de Ensino
                                                   
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CURSO: Todos (Disciplina Universal). ANO 2016
SEMESTRE: 01
DISCIPLINA/Módulo: CULTURA RELIGIOSA
CÓDIGO: 990100
PROFESSORES: Ari Schulz ­ Ilson Muller – Renato Hannisch
CRÉDITOS: 04
C/H TOTAL: 68h
PLANO DE ENSINO E APRENDIZAGEM
EMENTA 
 O fenômeno religioso e suas implicações na formação do ser humano, 
da  cultura  e  da  sociedade.  As  principais  religiões  universais.  O 
Cristianismo.  O  cenário  religioso  brasileiro.  Religião  e 
interdisciplinaridade.  Valores  e  direitos  humanos,  sociais,  éticos  e 
espirituais. Ética cristã. Visão cristã de ser humano e de mundo.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
             MÓDULO 1: O FENÔMENO RELIGIOSO
1.1 Religião e cultura: sociodiversidade, multiculturalismo,   
tolerância, direitos humanos e inclusão.
  1.2 Religião e suas interfaces com as diferentes ciências.
  1.3 Religião como experiência pessoal e universal: 
        espiritualidade e fé.
  1.4 Conceitos, características, críticas e finalidades da 
        religião; Classificação das Religiões.
  1.5 Religiões modernas (Teoria dos Astronautas Antigos; 
        Cientologia; Wicca). 
             MÓDULO 2: AS GRANDES RELIGIÕES NO MUNDO
  2.1 A divisão das religiões: Hinduísmo, Judaísmo,      
        Islamismo, Xintoísmo, Budismo, Confucionismo,  
        Taoísmo, Espiritismo e Cultos Afro­Brasileiros.
  2.2 Os temas principais nas religiões: Deus, Homem,   
        Transcendência, Sociedade e Mundo.
  2.3 O fundamentalismo religioso: terrorismo, violência,   
        questões de gênero, exclusão e minorias.
  2.4 As contribuições destas religiões para nossa cultura  
        brasileira, em especial as religiões afro­brasileiras;
            MÓDULO 3: O CRISTIANISMO: ORIGEM E EXPANSÃO
  3.1 A Bíblia.
  3.2 Vida e obra de Jesus Cristo.
  3.3 Principais ensinos/doutrinas do Cristianismo.
  3.4 A difusão do Cristianismo: da Igreja Primitiva ao Cisma     
        de 1054.
  3.5 As Cruzadas.
           MÓDULO 4:  REFORMA PROTESTANTE
   4.1 A Reforma de 1517: causas e consequências. 
   4.2 Igrejas reformadas e outras denominações.
   4.3 Igreja Luterana e Educação (IELB e ULBRA).
   4.4 A Contrarreforma Católica.
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           MÓDULO 5: O ESTUDO DA ÉTICA
    5.1 Axiologia: o mundo dos valores.
    5.2 Definição e caracterização da ética e da moral.
    5.3 Ética filosófica, social, religiosa e profissional. 
    5.4 Ética cristã.
    5.5 Temas em ética aplicada: ecologia, bioética, relações   
          familiares, sexualidade e política.
4. METODOLOGIA (processos metodológicos utilizados)
A  Metodologia  de  ensino  da  disciplina  compreende  aulas  expositivas 
dialogadas com problematização dos temas propostos, debates, visitas 
a  instituições  religiosas,  trabalhos  apresentados  pelos  alunos  de 
maneira  oral  e  escrita  e  cinefórum.  Para  viabilizar  a  metodologia, 
utilizam­se  recursos  audiovisuais  de  apoio.  As  aulas  transcorrem  de 
maneira interativa com os alunos, onde professor e aluno são agentes 
ativos do processo ensino­aprendizagem.
Faz  parte  da  metodologia  da  disciplina  o  “Projeto  Palco”,  que  é  um 
projeto  interdisciplinar,  envolvendo  as  disciplinas  de  Comunicação  e 
Expressão, Sociedade e Contemporaneidade e Cultura Religiosa.
Serão realizadas duas web atividades utilizando­se para tal o sistema 
web  para  postagem  dos  resultados  destas  atividades  propostas  para 
melhor compreensão da diversidade religiosa, da ética religiosa na vida 
diária  e  com  a  finalidade  de  despertar  nos  acadêmicos  uma  visão 
humanista  e  solidária.  Estas  atividades  possuem  a  função  de 
composição  de  carga  horária,  equivalendo  a  5,5  h/a  cada.  Qualquer 
atividade  que  apresente  indícios  de  cópia  direta,  sem  referencial 
bibliográfico, não será validada. 
5.  PROCESSOS AVALIATIVOS
          A  avaliação  é  compreendida  como  um  processo  onde  o  aluno  é 
acompanhado ao  longo do  semestre  letivo,  com atividades que  serão 
matematicamente  valorizadas  e  incorporadas  aos  graus  avaliativos 
propostos pela Universidade. Esse processo avaliativo tem uma função 
de diagnóstico, discente e docente, de como se procede, aula por aula, 
a interação e comunicação acadêmica, para, ao final, o instrumento de 
avaliação alcançar os objetivos inicialmente propostos.
G1: Pesquisa e apresentação oral de trabalho sobre as     
      grandes religiões – Valor = 1,5
      Visita a uma Instituição Religiosa – Valor = 1,0
      Trabalhos realizados em sala – Valor = 1,5
      Prova escrita, sem consulta, com questões objetivas e   
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      subjetivas – Valor = 6,0.
      Total da G1 = 10,0. Peso: 01
G2: Relatório do cine­fórum – Valor = 1,0
      Ação extensionista – Valor = 1,5
      Trabalho de pesquisa e apresentação oral de um livro   
      bíblico – Valor = 1,5
      Prova escrita, cumulativa, sem consulta, com questões   
      objetivas e subjetivas – Valor = 6,0.
      Total da G2 = 10,0. Peso: 02
O grau final do semestre resulta da média ponderada entre os G1, com 
peso 01, e G2, com peso 02. 
Média mínima para aprovação: 6,0, com frequência mínima de 75% às 
aulas. 
Prova  Substitutiva:  Substituição  de  um  dos  Graus  com  seu  peso 
correspondente. Continua a média mínima ponderada para aprovação: 
6,0. Esta avaliação engloba todo o conteúdo da disciplina e é composta 
de questões objetivas  e  subjetivas,  tendo  como valor máximo a nota 
10,0.
OBS.  1­  Em  todo  processo  avaliativo  a  expressão  oral  e  a  escrita 
ortográfica correta serão consideradas como relevantes;
OBS.  2­  Qualquer  trabalho  escrito  que  apresente  indícios  de  cópia 
direta, sem referencial bibliográfico, receberá a nota ZERO. 
6. BIBLIOGRAFIA BÁSICA 
FLOR, Douglas Moacir. Cultura Religiosa. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2006. 164 p.
KUCHENBECKER, Walter (org.) O Homem e o Sagrado. 8.ed. Canoas: Ed. da ULBRA, 2004.
GAARDER, J. NOTAKER, H. HELLERN, V. O Livro das Religiões. São Paulo: Cia das Letras, 
2000.
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7. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
  
FORELL, George W. Fé ativa no amor. Porto Alegre: Concórdia Editora. Tradução de Geraldo 
Korndörfer, 1985.
ALVES, Rubem. O que é Religião? São Paulo. Edições Loyola, 2000.
WARTH, Martim Carlos. Fé Existencial num Mundo Secular. Canoas. Ed. ULBRA/Concórdia, 
2003.
VÁRIOS AUTORES. A Bíblia na Linguagem de Hoje. São Paulo, SBB, 2009.
WARTH, Martim Carlos. A ética de cada dia. Canoas: editora da ULBRA, 2002.
Cultura Religiosa  
INTRODUÇÃO
O ser  humano  tem necessidades  físicas,  emocionais,  psicológicas  e  espirituais. Mesmo que muitas  pessoas 
não o admitam, suprir as suas necessidades espirituais  tem sido a busca do ser humano ao  longo de sua existência. 
Santo  Agostinho,  há  séculos,  já  escreveu  “Tu  nos  criaste  Senhor  e  o  nosso  coração  somente  descansa  quando 
repousa em Ti”. Outro pensamento  anônimo diz:  “Todo o  ser humano  tem uma vazio dentro  se  si  do  tamanho de 
Deus.” 
Diante disso, crescem os movimentos e as denominações religiosas. Notamos também o crescimento do assim 
conhecido  “movimento  esotérico”,  que  é  um misto  de  religiosidade,  crendices  e  superstições.  No  contexto  latino­
americano  é  notável  o  crescimento    e  difusão  das  igrejas  pentecostais  e  neo­pentecostais.  A  nova  LDB  (Lei  de 
Diretrizes e Bases), institui que é dever do Estado oferecer o Ensino Religioso nas Escolas Públicas. 
O  Centro  Universitário  Luterano  de  Palmas  (CEULP/ULBRA),  identificado
com  sua  confessionalidade,   
oferece aulas de Ensino Religioso em  todas as suas Escolas de Ensino Fundamental e Médio. Além disso, desde o 
início de sua atuação na Graduação, oferece aulas de Cultura Religiosa em todos os cursos de Ensino Superior, de 
modo que todo aluno egresso da ULBRA terá cursado a disciplina de Cultura Religiosa.
O presente material é resultado de pesquisas e debates nas aulas de Cultura Religiosa e quer constituir­se em 
mais um instrumento de apoio para professor e alunos. Por isso, de forma objetiva, apresenta o fenômeno religioso 
mundial,  as  grandes  religiões  do mundo,  destacando  o Cristianismo,  e  suas  atuações  na  sociedade. Como  tal,  não 
poderia deixar de  fazer uma reflexão sobre a ética, que,  segundo concluímos, é a prática maior e mais coerente de 
qualquer prática religiosa, principalmente do Cristianismo.
Desejamos sucesso nesses meses em que a Cultura Religiosa será parte integrante de seus labores acadêmicos. 
Que o sopro do Espírito Santo possa levá­lo a um bom proveito! 
RELIGIÃO
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A) ETIMOLOGIA:
RE­LEGERE – Voltar de uma situação anterior – Lit. reler (Cícero, Senador Romano – 50 a.c.).
RE­LIGARE – Ligar novamente a criatura com o Criador (Lactâncio, Filósofo cristão – sec. III d.c.)
RE­ELIGERE – Necessidade do ser humano religar­se com o Divino, com o Eterno (Agostinho, teólogo e           
                                          bispo da igreja primitiva­ sec.IV d.c.).
B) DEFINIÇÕES:
1  – A  religião  supõe  o  sentimento  religioso,  que  podemos  identificar,  pela  busca  permanente  do  homem por  algo 
mais. É religar o homem ao transcendente, ao divino, ao Ser Superior, a Deus.
2 – Conjunto de crenças,  leis e ritos que visam um poder que o homem, atualmente, considera supremo, do qual se 
julga dependente, com o qual pode entrar em relação pessoal e do qual pode obter favores.
3  –  É  o  reconhecimento  pelo  homem  de  sua  dependência  de  um  Ser  Supremo  pessoal,    pela  aceitação  de  várias 
crenças e a observância de várias leis, ritos atinentes a este Ser.
RELIGIÃO E RELIGIOSIDADE
RELIGIÃO – Supõe uma experiência do transcendental, a nível pessoal e a nível coletivo.
Função – Preservar esta experiência, repassá­la a outros e vivenciá­la em comunidade.
RELIGIOSIDADE:
Sentimento religioso irrompe no consciente e extravasa na vida pessoal;
Manifestações comunitárias de Fé;
Tudo o que a pessoa faz como experiência com Deus;
Estímulo, vivência, participação, valores e conduta objetiva.
A religiosidade, por sua vez, pode ser: Subjetiva e Objetiva.
1 – SUBJETIVA – Uma pessoa é mais religiosa que outra, isto é, sente e vive mais a sua dependência de Deus do 
que outra.
2 – OBJETIVA – Quem quer viver determinada religião terá que participar necessariamente dos ritos de sua religião.
 SEITAS RELIGIOSAS ≠ RELIGIÕES
Há uma discussão no mundo religioso do que diferenciaria uma religião de uma seita. Esta é uma 
questão que envolve juízos de valor, ou seja, muitas seitas não se reconhecem como tal, afirmando ser elas a 
única e verdadeira  religião. Por outro  lado, algumas das consideradas  religiões poderiam ser enquadradas 
como  seitas  ou  pelo  menos  trazer  algumas  características  das  mesmas.  Alguns  critérios  que  podem  ser 
descritos para tentar caracterizar uma seita seguem abaixo. 
1. DEFINIÇÃO DE SEITA: Na  sua  origem  a  palavra  SEITA  vem  do  termo  latino  “secta”  =  seguidor. 
Entretanto, no uso que fazemos deste termo Seita é uma doutrina ou sistema que diverge da opinião geral e é 
seguido por alguns indivíduos. É uma comunidade fechada, de cunho radical.  Pode ser definida como uma 
teoria de um mestre, seguida por novos convertidos. 
2. CARACTERÍSTICAS GERAIS DE UMA SEITA
a) Isolacionionismo = controle físico, intelectual, financeiro e emocional dos fiéis.
b) Frequentemente apocalípticos = visão no futuro e promessa de salvação do apocalipse (resgate por uma 
nave, abdução, arrebatamento,...). Só os membros da seita serão salvos.
c) Ideologia e ensinos peculiares (bastante estranhos) revelados pelo líder. 
d) Fazem doutrinação intensa (condicionamento e até “lavagem cerebral”).
e) Usam a privação do sono e do alimento para a conversão. Realizam “testes” de fé.
f) Tem rígido controle moral e de comportamento.
g) Tem interpretação bíblica distorcida e descontextualizada.
3. PERFIL DE UM LÍDER DE SEITA
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a) Recebeu revelação especial de Deus ou anjo ou extraterrestre.
b) Reivindica ser a encarnação de uma deidade, anjo ou profeta.
c) Diz ter recebido uma missão especial de Deus.
d) Diz ter habilidades e dons especiais; geralmente é carismático.
e) Está acima de qualquer repreensão e questionamento.
f) Ocupa o lugar de Pai, mãe, pastor, professor, médico,...
4. PERFIL DO POSSÍVEL MEMBRO DE UMA SEITA
a) Desiludido com a religião tradicional e com a própria sociedade; 
b) Intelectualmente confuso; 
c) Emocionalmente carente; 
d) Em busca de metas ou sentido para a vida; 
e) Dificuldade financeira ou de saúde.
5. ESTRATÉGIAS DAS SEITAS
a) Bombardeio de afeto (palavras + ações); 
b) Contato físico frequente; 
c) Apoio emocional intenso; 
d) Ajuda material e financeira concreta; 
e) Elogios que tornam o indivíduo o centro das atenções; 
f) Contrato de reciprocidade (obrigação e dívida com o grupo); 
g) Culpa (sair é trair a Deus e ao grupo); 
h) Ameaça (sair da seita significa ser condenado por Deus).
EXEMPLOS REAIS DE SEITAS RELIGIOSAS VIOLENTAS
ANO DESCRIÇÃO
1978 Jim Jones ordena o suicídio coletivo de 932 pessoas na Guiana
1993 David Koresh,  líder da seita “Ramo Davidiano”, morre  junto com mais de 
80 pessoas num incêndio. Ninguém tentou fugir do fogo.
1995 A  seita  japonesa  “Ensinamento  da  verdade  suprema”,  do  guru  Shoko 
Asahara, faz um atentado com gás sarim no metrô de Tóquio. Dez mortos e 
cinco mil intoxicados. Tinham gás para bombardear toda Tóquio.
1998 O pastor da  seita  “Igreja Pentecostal Unida do Brasil”, no Acre, mata  seis 
pessoas  a  pauladas  e  as  queima  (3  crianças,  com  apoio  dos  pais).  Queria 
matar 40 pessoas, libertando­as do diabo, sob ordem de deus.
FENÔMENO RELIGIOSO
UNIVERSAL: O homem é um ser religioso. Ou crê em Deus ou em ídolos, que faz para si.
INDIVIDUAL:  Ninguém  crê  pelo  outro,  a  experiência  é  individual  compartilhada  em  grupo,  mas  vivenciada 
individualmente.
CULTURAL: “Não há povo tão bárbaro, tão primitivo, que não admita a existência de Deus ou um deus ou vários 
deuses, ainda que se engane sobre sua natureza.”  CÍCERO 
SOCIAL: “O homem é um ser  social” vive em comunidade e participa com outros,  logo: a  religião é o agente de 
transformação no mundo em que o ser humano vive.
VISÃO DA RELIGIÃO
A – ANTROPOLÓGICA.
CRISTIANISMO:
­Santo Agostinho – FÉ; ­Tomas de Aquino ­ FÉ e RAZÃO; ­Martinho Lutero ­ FÉ e ESCRITURA
FILÓSOFOS:
Humanismo ­ Corpo e Alma. O homem é o centro do universo.
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Kant – Homem material e homem espiritual; 
Darwin – homem biológico – evolucionista;
Kierkegaard – homem existencial; 
Marx – homem econômico;
Freud – homem instintivo; Modernismo – homem, o “ser supremo.”
B – VISÃO CULTURAL
O homem faz parte da história e busca a transcendência. A ação do homem em função daquilo que acredita:
a. inquisições; b. xiitas; c. suicídios em massa
C – VISÃO CIENTÍFICA
      A ciência, os costumes e formas de agir do ser humano nas diferentes épocas e lugares. O estudo do fenômeno 
religioso como ciência e a busca cada vez maior do conhecimento do ser humano, seus anseios, desejos e experiências 
e a interpretação do mundo em que vive.
     A religião é objeto de estudo das ciências humanas e sociais tais como:
­ Antropologia; ­ Filosofia; ­ Pedagogia; ­ Psicologia; ­ Sociologia; ­ Teologia. 
RELAÇÃO DO FENÔMENO RELIGIOSO COM OUTRAS CIÊNCIAS E CAMPOS DO CONHECIMENTO 
HUMANO
O  fenômeno  religioso  exerceu  e  ainda  exerce  influência  em
muitas  áreas  do  conhecimento  humano. 
Independente desta influência ser positiva ou negativa, o fato é que a religião é objeto de estudo em muitas ciências. 
Vamos apontar para algumas das relações:
Teologia Objeto central de estudo é Deus, dogmas, religião.
Filosofia Já esteve ligada à Teologia. Estuda a transcendência do ser, a alma, vida 
após a morte, questões éticas e morais.
Psicologia Freud,  Jung,  Vitor  Frankel;  Estudos  que  comprovam  a  influência  da 
fé/religião  na  psique  e  comportamento  humano;  fé  e  saúde  mental; 
Terapias alternativas (regressão).
Sociologia Estuda  a  influência  da  religião  nas  relações  sociais  e  como  fator 
estruturante de muitas sociedades.
Antropologia Estudo e análise de mitos, tabus, xamanismo,...
História É  feita  também  de  fatos  religiosos:  Jesus,  Buda,  Maomé,  Cruzadas, 
Inquisição, Reforma, Muro de Berlim,...
Fenomenologia A religião como fenômeno objetivável, específico de ser estudado.
Medicina Curas  espirituais  (concorrência  ?); Hospitais  da  Idade Média;  Poder  da 
oração; Equipe multidisciplinar.
Direito Direito canônico; Leis religioso­civis (mundo muçulmano); 
Astronomia Copérnico, Galileu, Big­Bang, ...
Física Física Quântica, Stephen Howking,...
Arqueologia Estudo de civilizações antigas; túmulos, tumbas, sítios religiosos,...
Administração Empresas religiosas, marketing religioso,...
Biologia Clonagem, Origem humana (Teoria da evolução);
Geografia Países, cidades e regiões divididas pela religião.
Informática Sites e provedores religiosos, questões éticas;
A RELAÇÃO ENTRE FÉ E SAÚDE
 Tese  de  psicólogo  gaúcha,  Luciana  F. Marques,  pela  PUC  – RS,  comprova  que  a  religiosidade  e  o  bem­estar 
existencial são fatores  importantes para os  indivíduos  terem uma melhor saúde física e mental. As pessoas que 
indicaram não ter religião, em geral, foram as que demonstraram menor bem­estar existencial. (Fonte: Zero Hora, 
Caderno Vida, 16/12/2000).
 Espiritualidade  tem  a  ver  com  disposição  física  e  mental,  segundo  a  Universidade  do  Texas.  As  pessoas  que 
praticam uma  religião  apresentam melhores  condições  de  saúde. Os maiores  ganhos  são de  fundo psicológico, 
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visto que os  religiosos  têm autoestima maior e um círculo de amizades com o qual  têm afinidades, prevenindo 
doenças de fundo emocional. (Fonte: Revista Veja, 08/12/1999). 
Para maior  reflexão  sobre  a  relação  entre  fé  e  saúde,  ler  o  extrato  de  artigo  científico  abaixo,  encontrado  na  íntegra  no  site: 
http://www.unifesp.br/dpsiq/polbr/ppm/especial07.htm
 
CRÍTICAS À RELIGIÃO
MARX: “Invenção do poder econômico, dos fortes, para manter sob seu jugo os fracos.”
NIETZSCHE: “Invenção dos fracos e oprimidos, para por um freio na potência dos fortes.”
EPICURO: “Religião é uma fabula ilusória, nascida do medo da morte e da natureza.”
COMTE: “A dimensão religiosa do ser humano representa a fase mais primitiva na área do conhecimento humano; é 
a expressão máxima da sua ignorância.”
FREUD: “A religião provém de uma neurose universal de culpa; é a sublimação de seus instintos.”
FEUERBACH:  “O domínio dos  criadores  (deuses)  sobre  suas  criaturas  (homens)  é  a  alienação. O homem não os 
reconhece no produto de sua criação.”
QUEM É O HOMEM? (ANTROPOLOGIA)
             “Antropologia” é o estudo do Homem. Procura responder perguntas como “Quem sou?”,  “De onde 
venho?”, “Para que estou aqui?” e “Para onde vou?”. A resposta a essas perguntas influencia e de certo 
modo define as  relações que o Homem estabelece com ele mesmo, com Deus, com seu semelhante e 
com a natureza. Pelos estudos vamos descobrir que as respostas a essas perguntas mudam de tempos 
em  tempos  e  de  acordo  com  a  filosofia  em  vigor.  Três  são  os  grandes  movimentos  filosóficos  que 
influenciam a antropologia, ou seja:
 – Filosofia ou Antropologia Clássica – Visão Cosmocêntrica
           O cosmos  (Mundo, Universo, Natureza)  é  colocado  como o  centro  de  tudo. Por  isso,  ele    tem a 
importância e o valor principal em tudo. O ser humano é definido como um mero ajuntamento de partículas 
que  se  dissipam com a morte  e  que está  aqui  à  serviço  da natureza. Consequentemente,  o Homem é 
desconsiderado  e  desvalorizado. Essa  filosofia,  desenvolvida  pelos  antigos  gregos  pode  ser  observado 
hoje  em  alguns movimentos  de  preservação  ambiental,  que  valorizam mais  a  natureza  que  o Homem. 
Existem, por exemplo, campanhas que objetivam a preservação de espécies em extinção, mas nenhuma 
que  promova  a  valorização  do  ser  humano.  Não  que  com  isso  queremos  dizer  que  tais  campanhas 
estejam erradas. O problema se manifesta quando a natureza é mais valorizada que o próprio Homem.
Não  sendo  valorizado,  as  relações  do Homem  com ele mesmo,  com Deus  e  com o  seu 
próximo  são  desconsiderados  e  colocados  em  segundo  plano.  O  importante  é  que  a  natureza  seja 
respeitada,  valorizada e endeusada, mesmo que  isso signifique a diminuição do ser humano. Podemos 
observar isso abaixo:
  DEUS
                                                                                                                                   
    NATUREZA  (centro)                                                     PRÓXIMO          
 
                                        
                                                                                                                                         
NÃO VALORIZADA
 NÃO IMPORTA 
   SUBMISSÃO
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EU
– Filosofia ou Antropologia Moderna – Visão Antropocêntrica
        A antropologia moderna coloca o Homem numa posição como se ele fosse uma espécie de deus. O 
Homem passa a ser o centro de tudo, agindo como dono e senhor de tudo e sobre todos. Por isso, suas 
relações expressam seu modo de pensar, ou seja,
A – A relação com ele próprio é uma relação doentia e narcisista;
B – A relação com Deus é uma relação de rejeição (para que um Deus, se EU já sou um 
deus?);
C – A  relação com o próximo é uma  relação de exploração e opressão  (ele está aí para 
servir aos meus propósitos egoístas);
D – A relação com a natureza será uma relação de destruição (afinal, como dono e senhor, 
posso usá­la a meu bel prazer).
           As consequências desse modo de agir podem ser observados em todos os níveis à nossa volta. A 
título  de  ilustração,  chamo  atenção  da  relação  do  Homem  com  a  natureza  e  suas  consequências, 
apresentada  na    reportagem  da  Revista  Veja  de  18  de  abril  de  2001,  sob  o  título  “A  vingança  da 
natureza”. Nessa reportagem são analisados três grandes temas:
      O efeito estufa já derrete as geleiras;
      Um bilhão de habitantes da Terra não têm água potável e dois terços das florestas foram destruídos;
      Os métodos artificiais de criação de vacas e ovelhas geraram monstros genéticos e a doença da vaca 
louca.
           Enfim, sob o ponto de vista cristão,  todo o problema pode ser resumido na palavra “desarmonia”. 
Enquanto  houver  ‘desarmonia’  entre  o  Homem  e  Deus,  haverá  essa  desarmonia  nas  relações  que  o 
Homem  estabelece  com  ele  mesmo,  com  Deus,  com  o  próximo  e  com  a  natureza.  A  desarmonia 
espiritual (homem com Deus) causa:
­ desarmonia existencial (homem com ele mesmo)
­ desarmonia social (homem com seu próximo)
­ desarmonia ecologia (homem com a natureza)
                                           DEUS
      
     NATUREZA                                                      PRÓXIMO                                                       
                               
                                         
                                     
           
                                                         EU (centro)
REJEIÇÃO
 EXPLORAÇÃO   DESTRUIÇÃO
11
– Filosofia
ou Antropologia Bíblica – Visão Teocêntrica
As  relações que a Bíblia propõe. 
       Na antropologia bíblica/cristã, Deus é colocado como o CENTRO de todas as coisas, como o criador 
e  mantenedor  do  Homem  e  da  Natureza.  Pelo  relato  bíblico  da  criação,  fica  claro  que  Deus  criou  o 
Homem para ser o seu representante, parceiro, colaborador e administrador.   O Homem foi criado para, 
como representante de Deus,   cuidar, administrar e zelar pelo bem da obra de Deus.  Isso podemos ver 
nas seguintes ordenações:
­  “Sede fecundos, multiplicai­vos e enchei a terra”(Gn 1.28)
­ “Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus...”(Gn 1.28)
­ “... Deus plantou um jardim no Éden e pôs nele o Homem para o cultivar e guardar”(Gn 2.15)
­ “Deus encarregou o Homem de dar nome aos animais”(Gn 2.19)
              Já a  relação do Homem com seu próximo,  deveria  ser  uma  relação de  igualdade,  de amizade e 
harmonia. Isso fica claro até na escolha da parte do corpo que Deus usou para formar a mulher, ou seja, 
uma costela. A costela  fica ao  lado do coração, e com  isso Deus mostra que ela seria a  “companheira 
idônea” (a altura de) que veio completar, somar e dignificar o homem. Portanto, a proposta de Deus desde 
o início é de que a relação com o próximo seja de dignidade, respeito e harmonia. Por isso, Jesus resume 
a segunda parte dos mandamentos na seguinte frase: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 
22.39).  Além  disso,  deixa  claro  que  é  através  do  próximo  que  o  Homem  serve  a  Deus,  pois  diz  “Em 
verdade  vos  afirmo  que  sempre  que  o  fizestes  a  um  destes  meus  pequeninos  irmãos,  a  mim  o 
fizestes”(Mateus  25.40). O  reformador Martinho  Lutero  afirma:  “Na  pessoa  do  próximo Deus  anda  pelo 
mundo”.
Portanto,  a  relação  do  Homem  com  Deus,  segundo  a  Bíblia,  necessariamente  passa  pela  sua 
relação com a natureza e com o próximo. A Bíblia ensina uma redenção do Homem por Deus através de 
Jesus Cristo para que este Homem redimido mantenha uma relação de harmonia, paz e responsabilidade 
com ele mesmo, com Deus, com o próximo e com a natureza. 
                                                     DEUS (Centro)
        
  
   NATUREZA                                                         PRÓXIMO                                                              
                                  
                                   
                                     
                                  
                                                                             
                                                            EU
CLASSIFICAÇÃO GERAL DAS RELIGIÕES
Tudo o que 
fizestes a um 
destes 
pequeninos, a 
mim o fizestes 
..(Mt 25.40)
Na pessoa do próximo  
Deus anda pelo mundo 
(Lutero)
SERVIÇO
SERVIÇO
O  Homem  é  criado  para  ser 
colaborador,    parceiro  e 
representante de Deus.
Gn 1.28/ 2.15,19
COMPANHEIRO
Gn 2.18, 20,24
ADMINISTRADOR Gn 
1.28/ 2.15
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As religiões podem ser classificadas de inúmeras formas. Segue uma classificação simplificada, 
sendo que uma religião pode conter  elementos de várias classificações. 
Religiões  Primitivas:  primeira  forma  de  expressão  religiosa.  O  culto  aos  deuses  é  realizado  de  uma maneira 
acrítica  e  pré­reflexiva.  A  forma  de  adoração  é  de  alto  teor  mágico  e  mistério.  Ex.:  animismo,  magismo, 
umbanda,...
Religiões Sapienciais: fundamentam­se na sabedoria, na busca pelo conhecimento. Destacam­se pela meditação, 
pela busca da sabedoria, do sentido da vida e pela contemplação. Buscam um ideal ético e uma sabedoria prática 
para a vida. Ex.:Hinduísmo, Budismo, Confucionismo, Taoismo,...
Religiões Proféticas e Reveladas: surgem a partir de uma profecia ou revelação. Partem do pressuposto de que o 
ser superior revela sua mensagem e si próprio ao povo, através de profetas e livros. Ex.: Cristianismo, Judaísmo e 
Islamismo.
Religiões Espiritualistas: admitem a influência de inúmeras forças espirituais que agem tanto sobre as pessoas 
como também sobre a natureza. Ex.: Espiritismo, Umbanda,...
Religiões  Místicas  ou  Filosofias  de  Vida:  afirmam  não  possuírem  dogmas  nem  seguir  rígida  estrutura 
institucional.  São  filosofias  de  vida  que  enfatizam  aspectos  ético­morais  e  valorizam  a  fraternidade  entre  os 
homens.  Não  gostam  de  ser  confundidos  e  nem  classificados  como  religião.  Ex.:  Seicho­no­iê,  Rosacruz, 
Maçonaria, Teosofia, Esoterismo,...
FORMAS RELIGIOSAS A PARTIR DO CONCEITO DE DEUS
Existem muitas formas religiosas que estão diluídas nas diversas religiões, isto é, há várias maneiras de 
crer na manifestação de Deus. Entenda­se que o conceito ou nome dado a deus é extremamente amplo e variável. 
Vai desde nomes conhecido como Jeová, Alá, Cristo, Buda, Brahma, Tupã, Rá, até formas mais neutras como Pai 
do céu, Guia, Espírito Luz, Força Superior, Energia Cósmica, Todo­poderoso, Criador, Força Inteligente,...Entre 
as principais formas religiosas citamos:
Teísmo (Téos = Deus): Deus é o único ser supremo, infinito, espiritual e pessoal. É criador, Deus revelado que 
age  com  e  nas  criaturas.  É  um  Deus  de  personalidade  própria  e  características  pessoais  bem  definidas 
(Cristianismo, Islamismo e Judaísmo).
Deísmo: crê num único ser supremo, espiritual, que criou o mundo com suas leis.  Não intervém nas criaturas e 
nem se revela. Parte da ciência se diz deísta.
Monoteísmo: crença num único Deus (Cristianismo/Islamismo/Judaísmo).
Politeísmo: crença em vários deuses simultaneamente. Ex.:Grécia antiga, Roma antiga, Antigo Egito, Hinduísmo, 
Indígenas,...
Henoteísmo:  acredita  e  cultua  um  só  deus,  admitindo,  porém,  a  existência  de  outros.  Ex.:  facções  hinduístas, 
tribos americanas,...
Panteísmo: tudo é Deus. Universo, natureza e deus são a mesma coisa.
Dualismo: crê na coexistência de duas forças superiores antagônicas, uma do bem outra do mal.
Ateísmo: acredita que não há ser superior. Deus não existe.
Agnosticismo: professa ignorância a respeito de deus, sendo que a existência divina é um problema insolúvel. É 
o ceticismo religioso. Exige provas para crer.
RELIGIÕES MODERNAS
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Teoria dos Astronautas Antigos
A Teoria chamada de Antigos Astronautas ou Alienígenas do Passado consiste na preposição que seres extraterrestres 
visitaram a terra na antiguidade e fizeram contatos com humanos. Esta teoria foi popularizada por autores como Erich 
von Däniken (Eram os deuses astronautas?) e Zecharia Sitchin.  Os proponentes sugerem que as divindades são seres 
extraterrestres, e sua  tecnologia empregada em um passado remoto foi  tomada como prova de sua condição divina. 
Alguns  estudiosos  acreditam  que  esse  contato  influenciou  o  desenvolvimento  humano.  Segundo  eles,  os  seres 
humanos são descendentes de uma civilização avançada de seres extraterrestres que desembarcaram aqui na terra há 
milhares  de  anos,  também  acreditam  que  muitas  das  construções  megalíticas  antigas  tiveram  auxílio  dos 
extraterrestres. Muitas das provas apresentadas pelos defensores desta teoria são artefatos arqueológicos interpretados 
de acordo com a mesma. A teoria é frequentemente embasada na falta de explicações definitivas pelos cientistas para 
certos artefatos antigos. Pode ser considerada uma variação da teoria do paleocontato, hipótese em que extraterrestres 
inteligentes visitaram a Terra. Carl Sagan, I. S. Shklovskii e Hermann Oberth foram alguns dos cientistas de renome 
que consideraram seriamente esta possibilidade.
Cientologia
A cientologia é um sistema de crenças (também designada seita), criado em 1955 pelo escrito de ficção cientifica L. 
Ron Hubbard. Atualmente ela  reúne adeptos, muitos dos quais celebridades, principalmente nos Estados Unidos. A 
igreja  da  Cientologia   mistura
aspectos  da  psicoterapia  com  elementos  religiosos  do  hinduísmo,  budismo  e 
cristianismo. A Cientologia  prega  que  é  possível  despertar  no  homem  uma  consciência  imortal  e  poderes 
semelhantes aos de deuses da mitologia grega. Os seguidores da cientologia acreditam na imortalidade, sendo que 
os seres humanos vão evoluindo até chegar ao estado de iluminação. Esta evolução não ocorre em apenas uma vida, 
mas sim em várias vidas através do processo de reencarnação. O ser espiritual, que é imortal, é chamado de “thetan”. 
Os adeptos desta igreja passam por um processo cientifico para atingir o autoconhecimento. Entrevistas, exames, e até 
testes com detectores de mentira (polígrafo) são usados nesse processo. Os resultados deste processo são guardados 
para que os adeptos possam,  futuramente, verificar o progresso obtido. Os  livros que melhor definem a cientologia 
são:  “Dianética:  a  moderna  ciência  da  saúde  mental”,  “Dianética:  A  Evolução  da  Ciência”  e  “Ciência  da 
sobrevivência”, escritos por L. Ron Hubbard. 
Práticas  curiosas:  ­  Não  tomar  analgésicos­  eles  podem  inibir  as  habilidades  do  thetan;  Não  realizar  o  parto  em 
hospitais  e nem com gritos­  o barulho pode  traumatizar  a  criança; Nunca negar um pedido de doação  financeira  à 
instituição.
Wicca
Não se sabe a exata origem das Bruxas, constam relatos de diferentes autores de que elas existam desde os primórdios 
da humanidade. No entanto, de acordo com as lendas e alguns estudiosos, a Bruxaria nasceu há mais de 35 mil anos, 
quando a  temperatura da Europa começou a cair  e grandes massas de gelo  lentamente avançaram  rumo ao  sul. Os 
povos  isolados por este  fato se uniram em vilas, onde sacerdotisas organizaram os primeiros covens  (grupos de 13   
pessoas), profundamente sintonizados com a vida animal e vegetal.
A iniciação da Wicca corresponde ao mesmo tempo ao sacerdócio. Ou seja, todo wiccano iniciado é considerado um 
sacerdote ou sacerdotisa, podendo assim realizar e dirigir rituais. Uma outra característica na Wicca é a celebração de 
festivais sazonais conhecidos como Sabbats, dos quais ocorrem, normalmente, oito vezes por ano e a celebração de 
festivais de mudança das luas cheias, que são conhecidos como Esbats. A Wicca é também uma religião tipicamente 
duoteísta, que tem como figuras centrais, uma Deusa e um Deus, que são vistos tradicionalmente como a Mãe tríplice 
e o Deus Cornífero.
A Wicca  tem  a  sua maior  difusão  nos  países  anglo­saxônicos,  onde  seus  adeptos  chamando  a  estes  praticantes  de 
Bruxos  Solitários.  E  para  além  das  práticas  individuais,  os  wiccanos  agrupam­se  em  pequenos  núcleos, 
tradicionalmente de 13 pessoas ­ ao qual chamamos de Coven. Cada Coven possui as suas regras e tradições; e ainda 
podem juntar­se em grandes encontros. Nestes encontros estendem­se ao campo religioso os princípios de liberdade 
de expressão e de associação já há muito aplicados em outros setores da sociedade. Ao contrário de outras religiões e 
de  outras  organizações,  não  existe  aqui  uma  estrutura  hierárquica  nem  uma  autoridade  central.  As  poucas  regras 
existentes  na  Wicca  têm  um  caráter  essencialmente  funcional  e  são  vistas  não  como  mandamentos  de  qualquer 
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divindade ou profeta iluminado, mas como simples normas de relacionamento entre pessoas que partilham interesses 
comuns.  São  apenas  alguns  princípios  genéricos  ligados  a  valores  ecológicos  e  individuais  de  largo  consenso  e  à 
liberdade de expressão da  religiosidade como é sentida e  recriada por cada um. O seu espírito está bem patente na 
regra básica "Faz o que quiseres desde que não faças mal", a única regra que todos os membros da Wicca procuram 
seguir.
                                                                      
GRANDES RELIGIÕES MUNDIAIS 
Contabilizar o número exato de religiões no mundo atual tornou­se tarefa impossível. Mais complexa ainda se torna esta 
contagem se quisermos contabilizar o número de seitas ou igrejas que nascem a cada dia. Segundo o jornal Folha de São Paulo 
(29 de janeiro de 2006, caderno C 1), somente na cidade de São Paulo abre­se uma nova igreja a cada dois dias. Certamente, 
muitas destas igrejas não sobrevivem por longo tempo, fechando logo a seguir. Porém, quando falamos em grandes religiões, não 
queremos nos referir  a igrejas ou seitas, mas a grandes eixos religiosos que sobreviveram à história e dos quais se originaram (e 
ainda se originam) uma quantidade infindável de outras correntes religiosas. Vamos elencar aqui as chamadas grandes religiões: 
Hinduísmo, Budismo, Taoismo, Confucionismo, Xintoísmo, Judaísmo, Cristianismo e Islamismo. Algumas destas serão aqui 
descritas brevemente. O aprofundamento das religiões pode ser buscado nos livros indicados na bibliografia, enciclopédias e sites 
de busca na Internet. É provável que se encontre discrepâncias nos dados coletados em fontes diferentes.
1. HINDUÍSMO: 
a) Origem, fundador: Povos arianos que  invadiram o vale do rio  Indo, por volta de 1500 a.C.  (atual  Índia): b) Região 
predominante e número aproximado de adeptos: Índia, Ceilão, Ilhas Fiji (e colônias de imigração indiana). Cerca de 850 
milhões de adeptos. c) Fonte doutrinária ou livros sagrados: Vedas , Upanishades e outros; d) Principais crenças, doutrinas 
e dogmas:  transmigração das almas (metempsicose – mais amplo que reencarnação); crença no Karma e no Nirvana; e) 
Principais ritos e costumes: banho no rio Ganges, cremação, vegetarianismo, sistema de castas, yoga,...; f) Ideia de Deus: 
visão pluralista que vai do panteísmo ao ateísmo, podendo passar pelo politeísmo,  henoteísmo e pode chegar ao monoteísmo  
Brahmânico.  Crença e adoração a inúmeras divindades (Brahma, Vishnu, Shiva, Kali, Durga, Ganesh,...) e animais sagrados: 
vaca, elefante, ratos, ..
2. BUDISMO:
a) Origem, fundador: Dissidência do Hinduísmo, fundada pelo Príncipe Sidharta Gautama no Nepal, no séc. VI a.C.; b) 
Região predominante e número aproximado de adeptos: Leste da Ásia (Indochina, China, Coréia, Japão, Birmânia,...; 
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Cerca de 400 milhões (em franca expansão pelo mundo ocidental); c) Fonte doutrinária ou livros sagrados; Tripitaka (3 
cestos sagrados): d) Principais crenças,doutrinas e dogmas: reencarnação, lei do karma e nirvana; 4 verdades nobres, 5 
deveres morais; e) Principais ritos e costumes: meditação, vida contemplativa; preces, oferendas; f) Ideia de Deus: prega o 
ateísmo ou  inexistência de um Deus pessoal. Observação: a grande diversidade de correntes budistas hoje   dificulta  sua 
descrição exata.
3. TAOÍSMO:
a) Origem, fundador: fundado por Lao­Tsé, no séc.VI a.C., na China; b) Região predominante e número aproximado de 
adeptos: China e Coréia; o número de adeptos está em torno de 56 milhões, podendo chegar a 180 milhões de taoistas “mistos”; 
c) Fonte doutrinária ou livros sagrados:  livro Tao­Teh­King  ; d) Principais crenças,doutrinas e dogmas: O Tao é o 
caminho da virtude e felicidade; respeito e contemplação da natureza; crença no Yin e Yang; harmonia e equilíbrio com o 
universo ; e) Principais ritos e costumes: contemplação, alimentação integral, festa do Dragão, alquimia, ; f) Ideia de Deus: 
não há um deus pessoal, mas uma força cósmica suprema, presente em tudo e em todos.
4. XINTOÍSMO:
a) Origem, fundador: ancestrais primitivos do Japão, mitológica, sem datação histórica, porém muito antiga; b) Região 
predominante e número aproximado de adeptos: Arquipélago do Japão, com cerca de 80 milhões de adeptos; c) Fonte 
doutrinária ou livros sagrados: Kojiki e Nihonji; d) Principais crenças,doutrinas e dogmas: crença e culto aos “kamis” 
(espírito dos antepassados); obediência ao Imperador, respeito à família e anciãos; e) Principais ritos e costumes: culto aos 
antepassados  (kamis),  veneração  ao  imperador,  oferendas  nos  santuários;  f)  Ideia  de  Deus:
Há  uma  deusa  maior, 
“Amaterazu”, porém pode ser considerada uma religião panteísta (adoração ao monte Fuji, rios, árvores...).
5. JUDAÍSMO:
a) Origem, fundador: Abraão (pai do povo judeu) e Moisés (codificador e organizador da religião), na Palestina, cerca de 1800 a.C. ; b) 
Região predominante e número aproximado de adeptos: cerca de 18 milhões, especialmente radicados nos EUA e Israel; estão presentes 
nas colônias de imigração judaica em todo o mundo; c) Fonte doutrinária ou livros sagrados: Torah (Lei), escritos proféticos históricos e 
poéticos  (Bíblia  Hebraica  =  Antigo  Testamento  dos  cristãos);  Também  o  Talmude  (comentários  sobre  a  Torah)  ;  d)  Principais 
crenças,doutrinas e dogmas: Criação­Revelação­Juízo; Céu e Inferno; crença em anjos, nos profetas e num futuro Messias; leis morais 
imutáveis; ressurreição; e) Principais ritos e costumes: guardar o sábado, alimentação kosher, circuncisão, obediência aos mandamentos, 
Páscoa, Dia do Perdão, muitas festas, Jerusalém como cidade sagrada, jejum,...; f) Ideia de Deus: Monoteísta: crença em Jeová (ou Javé). 
Observação: atualmente as diferentes correntes judaicas possuem crenças e costumes diferenciados.
6. ISLAMISMO:
a) Origem, fundador: Maomé (Mohamed), no ano de 622, em Meca, Arábia Saudita ; b) Região predominante e número aproximado 
de adeptos: Disseminado por todo o mundo, porém com concentração maior no Oriente Médio, Norte da África e Indonésia. Chega hoje 
próximo a 1,1 bilhão de adeptos; c) Fonte doutrinária ou livros sagrados: Alcorão, com 114 suras; d) Principais crenças, doutrinas e 
dogmas: Criação­Revelação­Juízo; predestinação; Céu e Inferno; crença em anjos; observância dos 5 pilares da fé; e) Principais ritos e 
costumes: jejum, rituais de purificação, orações diárias, alimentos proibidos, esmolas, cidades sagradas (Meca, Medina e Jerusalém)...; f) Ideia 
de Deus: Monoteísmo; crença em Alá. Observação: as duas grandes correntes islâmicas são divididas em xiitas (20%) e sunitas (80%). O 
terceiro e menor grupo são os sufis (místicos).
7.       CONFUCIONISMO:  
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  Origem  ­  Fundado  na  China  pelo  filósofo  Confúcio  (551  a.C.).  Segundo  o  Almanaque  Abril  e  o  site 
Wikipédia  tem  aproximadamente  6.5  milhões  de  adeptos.  Esse  número  é  muito  impreciso  visto  que  em  muitas 
pesquisas o Confucionismo não é considerado como religião e eles não tem um controle do número de adeptos.
 Doutrinas  ­ baseia os  seus ensinamentos em “respeito e ordem”. A ênfase prática  implícita nas  ideias do 
Confucionismo  esboça os  contornos das  diferenças  entre  esta  religião  e  o Taoismo. As duas  tendências  aceitam o 
TAO  como elemento básico. Enquanto os seguidores de Lao­Tsé enfatizaram um afastamento das coisas terrenas e 
materiais, os seguidores de Confúcio enfatizaram a necessidade de uma intensa participação no mundo como único 
modelo certo de existência. O Confucionismo também é visto por alguns estudiosos como um sistema ético. Alguns 
princípios por ele lançados:
* Vencer a ignorância pela educação; a pobreza, ensinando ao povo ocupações e profissões úteis (“É preciso 
ensinar o pobre a pescar, e não dar­lhe o peixe” Provérbio Chinês)
* 1a regra para ser bom: “Não faças aos outros aquilo que não quererias que fizessem a ti”
* As cinco virtudes: benevolência, retidão, decência, sabedoria, sinceridade.
* Obediência ­ deve­se obedecer aos pais e ao estado. O maior dever do filho é a piedade filial: o jovem, de 
pele sensível, que dorme sem mosquiteiro, atrai sobre si todos os mosquitos da casa e assegura deste modo aos seus 
pais um sono tranquilo.
* É preciso ganhar dinheiro para viver, e não viver para ganhar dinheiro.
8.    ESPIRITISMO:
Movimento,  que  foi  sistematizado  pelo  francês  León Hippolyte Denizard  Rivail,  conhecido  como 
Allan Kardec, no final do século passado. Tendo recebido uma forte influência dos ensinos de Charles Darwin, que 
em  1859  publicou Origem  das  Espécies,  o  espiritismo  é  um movimento  que  se  define  como  ciência,  filosofia  e 
religião.  Sua  característica  básica  é  de  que,  à  exemplo  dos  estudos  de Darwin,  reduz  a  análise  do  ser  humano  às 
ciências naturais. Hoje conta com cerca de 15 milhões de adeptos no mundo.
Em  sua  sistematização,  Allan  Kardec,  acrescenta  os  milenares  conhecimentos  evolucionistas  da 
reencarnação, da doutrina do carma e da pluralidade dos mundos (a existência de vários planos habitados,  já que a 
Terra  não  é  o  único  mundo  habitado,  mas  um  planeta  material  e  distante  da  perfeição).  Essas  ideias  já  eram 
encontradas no antigo hinduísmo. Esta é uma das principais razões que distancia o espiritismo do cristianismo.
9.     CULTOS AFRO­BRASILEIROS:
Desenvolveu­se  no  século  XVI  pelos  escravos  que,  impedidos  de  cultuar  as  suas  crenças,  incorporaram 
misturas de práticas católicas e sua religião primitiva (de natureza indígena, nativa e com aspectos que hoje lembram 
o espiritismo). Deste sincretismo nasceram os cultos afro­brasileiros, com destaque ao Candomblé e à Umbanda.
  9.1  ­  CANDOMBLÉ  ­ OLORUM  é  a  divindade  suprema  que,  após  criar  o  mundo,  recolhe­se, 
deixando que este seja administrado pelos orixás. OXALÁ é o chefe dos orixás. Os orixás têm como função governar 
o mundo, intervir na vida dos homens e puni­los quando necessário. Cada pessoa possui o seu próprio orixá e assim, 
passa a vida tentando agradá­lo. O EXÚ é o intermediário entre os homens e os orixás. Para que este possa levar os 
pedidos  aos  orixás,  os  adeptos  lhe  oferecem  várias  coisas  e  alimentos  que  sejam  de  seu  agrado.  Trata­se  dos 
despachos. O reino de Exú localiza­se nas ruas, encruzilhadas e demais lugares considerados perigosos.
  O ritual do Candomblé é dirigido por um BABALORIXÁ (pai de santo) ou YALORIXÁ (mãe de 
santo).
  9.2 ­ UMBANDA ­ Comportamento religioso próprio do Brasil. Nasceu por volta de 1908, no Rio 
de  Janeiro,  com  Zélio  Fernandinho  de  Moraes,  um  espírita  que  recebeu  orientação  mediúnica  para  criar  a  nova 
religião. A  divindade maior  é  adorada  sob  vários  nomes,  especialmente  ZAMBI.  Logo  em  seguida  vem  o Orixá­
maior chamado de Oxalá, identificado com Jesus Cristo e que está no comando dos orixás (semelhantes a anjos) e dos 
santos (espíritos evoluídos ou desencarnados).
  O homem, segundo a Umbanda, possui um espírito que não morre e com possibilidade de  infinito 
aperfeiçoamento.
  Há,  na  Umbanda,  espíritos  de  menor  evolução,  servindo  como  guias  espirituais,  uma  espécie  de 
mensageiros dos orixás e santos, que se manifestam como “caboclos” (espíritos de índios), pretos velhos (espíritos de 
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escravos  africanos)  e  crianças,  a  fim de  trazer  aos  homens  ainda  encarnados  as mensagens  dos  orixás. Exemplos: 
Orixalá, Ogum, Oxôsse, Xangô, Yorimá/Obaluayê (preto­velho), Yori / Ibeji (criança) e Yemanjá.
  A  função  sacerdotal  é  conduzida  por  um pai  de  santo  ou  uma mãe de  santo.  Fazem parte  de  suas 
funções: incorporar o espírito protetor, identificar os espíritos que baixam, riscar o ponto, explicar a doutrina, dar os 
passes, curar as doenças e adivinhar pelos búzios.
CRISTIANISMO
ORIGEM: Judaísmo, com Jesus Cristo verdadeiro Homem e verdadeiro Deus.
DATA DE ORIGEM: Com o nascimento de Jesus dividiu­se a humanidade em duas grandes eras: antes de Cristo e 
depois de Cristo. Ele se fez homem em nosso lugar para resgatar e salvar a humanidade. Mas o Cristianismo teve sua 
origem apenas no ano 33.
LOCAL DE ORIGEM: Palestina (Jerusalém)
ONDE HÁ PRATICA: Todos os continentes, concentração maior na Europa e América.
NOME OU CONCEITO DE DEUS: Prática Monoteísta, Deus Triúno – Santíssima Trindade – Deus Trino.
FONTE DOUTRINAL: Bíblia Sagrada
LOCAL  E  TIPO  DE  MANIFESTAÇÃO  RELIGIOSA:  Igrejas,  preces,  orações,  cantos,  leituras  bíblicas, 
mensagens e
liturgias.
CRENÇAS  PRINCIPAIS:  Criação,  revelação,  juízo,  segunda  vinda  de  Cristo,  redenção  de  nosso  pecado  pelo 
sacrifício de Cristo, sacramentos.
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS: Revelada – acreditamos que todo o conteúdo da Bíblia foi revelado por Deus; 
Profética  – Cremos  em  duas  principais  profecias,  nascimento  de Cristo  e  segunda  vinda; Redenção  –  aceitamos  e 
cremos que somos redimidos de nossos pecados pelo sacrifício de Cristo na cruz.
COSTUMES PRINCIPAIS: Ano eclesiástico, liturgias, padrinhos sinal da cruz, paramentos e cores Litúrgicas.
ANO ECLESIÁSTICO DA IGREJA
ADVENTO:  (Cor: Violeta):  início do ano da  igreja. Significa chegada, vinda. É o  tempo de preparo para o Natal, 
para a chegada de Nosso Senhor Jesus Cristo. Compreende o período de 4 domingos antes do Natal. 
NATAL: (Cor: branca): A data foi fixada e passou a ser comemorada somente após o Concílio de Nicéia, no século 
IV. Já que não se sabe a data correta do nascimento de Jesus, os cristãos substituíram uma antiga festa pagã ao deus 
Sol Invicto pela festa do nascimento do Sol da Justiça ­ Cristo. Atualmente o Natal é considerado a festa máxima dos 
cristãos. O Natal é uma das festas mais bonitas cheia de cores,  luz e símbolos. Mas é também tempo de questionar 
tudo o que está errado no mundo e que deveria ser diferente. 
USO DO PRESÉPIO: foi montado pela primeira vez por Francisco de Assis em 1223, com a intenção de mostrar e 
enfatizar a humildade e pobreza do nascimento de Jesus. 
EPIFANIA: (Cor: verde): Aparição ou Dia de Reis. Comemora a manifestação de Jesus aos magos que, guiados pela 
estrela, foram visitá­lo. A festa da Epifania, fixada em 6 de janeiro, também tem a ver com a chegada do Cristianismo 
aos palácios e a divulgação a pessoas em todos os lugares. 
QUARESMA  /  PAIXÃO:  (Cor:  violeta  ou  roxa):  começa  na  Quarta­feira  de  Cinzas  e  compreendem  os  40  dias 
anteriores à Páscoa. É o tempo de relembrarmos a obra e os sofrimentos de Jesus. Neste tempo temos muitas tradições 
que foram incorporadas a Quaresma, como por exemplo, o ato de não comer carne vermelha.
DOMINGO DE RAMOS: lembra a entrada de Jesus em Jerusalém, quando foi recebido com festa pela população, 
que espalhou ramos de palmeiras e até suas próprias roupas pelas ruas.  
SEMANA SANTA: Quinta­feira Santa lembramos o dia em que Jesus celebrou a Ceia com seus discípulos. Sexta­
feira Santa (Cor: preta) é o dia da morte de Jesus na cruz, pelos nossos pecados. 
PÁSCOA (Cor: branca): comemora a ressurreição de Cristo três dias após a crucificação. A ressurreição é o ponto de 
partida para entendermos o nascimento, atuação e morte de Jesus. A data coincide com a Páscoa judaica, marcada na 
primeira lua cheia da primavera (no hemisfério sul, primeira lua cheia do outono). 
ASCENSÃO: celebrada 40 dias após a Páscoa. É o dia de relembrarmos a subida de Jesus ao céu. 
PENTECOSTE: (Cor: vermelha): A festa de Pentecostes é muito antiga. É a segunda grande festa do ano judaico. 
Seu primeiro significado está ligado a terra. São sete semanas contadas do início da colheita da cevada até o início da 
colheita  do  trigo,  ou  seja,  50 dias  após  a Páscoa. O  segundo  significado  está  relacionado  com a história  de  Israel, 
festejando o tempo de saída da libertação do Egito (Páscoa) até a entrega dos Mandamentos a Moisés no Monte Sinai. 
No novo testamento esta festa representa a vinda do Espírito Santo marco inicial da Igreja Cristã; por isso é também 
chamado de Aniversário da Igreja. 
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TEMPO DA TRINDADE (Cor: verde): período de 22 a 26 domingos após Pentecoste. Também chamado de Tempo 
Comum. 
DOMINGO DA TRINDADE: Primeiro domingo após Pentecoste. Trindade significa três, e neste dia lembramos a 
obra de Deus Pai, de Jesus Cristo e do Espírito Santo sobre seus seguidores. 
DIA DA REFORMA: (Cor: vermelha): 31 de outubro de 1517 é o Dia em que Martinho Lutero fixou suas 95 teses, 
na porta do castelo dando início ao movimento protestante.
FINADOS: Dia dois de novembro, esse dia é dedicado a lembrança de nossos entes queridos que já partiram deste 
mundo. Mostra­nos a esperança de que assim como Cristo vive, nós poderemos viver com ele na eternidade pela fé.
INTRODUÇÃO À BÍBLIA
JESUS CRISTO É O CENTRO, O CERNE, O CORAÇÃO DA BÍBLIA
                                        
        AT                                      NT
Gênesis 3.15                                   Gálatas 4.4
AT – Promessa  do Mesias NT – A promessa se cumpre em Jesus de Nazaré
Gn  3.15: "Porei  inimizade  entre  ti  e  a mulher,  entre  a  tua  descendência  e  o  seu  descendente.  Este  te  ferirá  a 
cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar".
Gl 4.4,5: "Vindo, porém, a plenitude do  tempo, Deus enviou o seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a  lei, 
para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos".
BÍBLIA SAGRADA
A palavra BÍBLIA vem do Grego “BIBLOS” que significa Coleção de Livros ou Biblioteca. A Bíblia Sagrada 
Cristã  contém duas  grandes  partes,  o Antigo Testamento  e  o Novo Testamento. A Bíblia  usada  pelos Evangélicos 
contém  66  livros,  já  a  Bíblia  usada  pelos  Católicos  contém  72  livros.  Esses  seis  livros  a  mais  são  considerados 
Apócrifos pelos Evangélicos, estão  inseridos no Antigo Testamento da Bíblia usada pelos Católicos. Apócrifos são 
livros que não se tem à comprovação da Inspiração Divina.
A DIVISÃO DA BÍBLIA
Antigo  Testamento  (AT)  –  39  livros  (escritos  num  período  histórico  de  aproximadamente  1.400  anos,  por  vários 
autores diferentes). Esses livros podem ser assim divididos:
17 Livros Historicos  – De Gênesis a Ester (Elevação e queda da nação hebraica – dos quais os 5 primeiros formam o 
pentateuco, ou seja, os 5 livros da Lei)
05 Livros Poéticos  – Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares (Literatura da idade áurea da nação hebraica)
17 Livros Proféticos  – De Isaías a Malaquias (Literatura dos dias tenebrosos da nação hebraica)
Língua original em que foi escrito o  AT: HEBRAICO E ARAMAICO
Novo Testamento (NT) – 27 livros (escritos em um período histórico de 100 anos)
4 Evangelhos– Mateus, Marcos, Lucas e João (Relato da vida, ensino e obra de Jesus Cristo)
Atos dos Apóstolos  – Livro histórico, conta a expansão da Igreja Cristã no 1º século
21 Epistolas  – Cartas redigidas às igrejas (13 são de Paulo)
Apocalipse de João  – livro profético. Língua Original em que foi escrito o NT  – Grego
A INSPIRAÇÃO DIVINA DA BÍBLIA
         Apesar de a Bíblia ter sido escrita por homens, cremos que ela é a Palavra de Deus. Isso porque, esses homens 
escreveram sob a orientação e inspiração do Espírito Santo, o qual não permitiu que erro algum fosse registrado na 
Bíblia. As passagens seguintes atestam isso:
2º Timóteo 3.16 – "Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, 
para a educação na justiça".
2º Pedro 1.21 – "Porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana, entretanto homens (santos) 
falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo".
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João 10.35 – "A Escritura não pode falhar"
OBJETIVO DA BÍBLIA
                   Muitas pessoas gostariam que a Bíblia revelasse e falasse mais sobre questões polêmicas como a origem do 
universo,  dinossauros,  dilúvio,  idade  da  terra,  etc. Mas,  estes  e  outros  temas  polêmicos  não  são  tratados  porque  o 
objetivo da Bíblia não é este e, sim, do Gênesis ao Apocalipse, fica claro que o objetivo é mostrar que Jesus Cristo é o 
único Salvador de todos os Homens. Podemos vê­lo nas seguintes passagens bíblicas:
João  5.39  ­  “Examinais  as  Escrituras,  porque  julgais  ter  nelas  a  vida  eterna,  e  são  elas mesmas  que  testificam  de 
mim”.
João  8.31,32  ­  “Se  vós  permanecerdes  na  minha  palavra,  sois  verdadeiramente  meus  discípulos;  e  conhecereis  a 
verdade e a verdade vos libertará”
João
20.31,32 ­ “Na verdade fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. 
Estes foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo o Filho de Deus, e para que, crendo tenhais VIDA em seu 
nome.”
2º Timóteo 3.15 ­ “Desde a  infância sabes as sagradas  letras que podem tornar­te sábio para a salvação pela fé em 
Jesus Cristo.”
OBS: Este objetivo somente será alcançado quando a Bíblia for usada, anunciada e conhecida. (Romanos 10.17: “A fé 
vem pela pregação e a pregação pela palavra de Cristo).
A PALAVRA DE DEUS É ETERNA
          Apesar de todas as tentativas no passado e no presente de destruir, desmoralizar e desmerecer o conteúdo da 
mensagem bíblica, ela continua sendo o livro mais vendido do mundo. A Bíblia afirma:
Mateus 24.35 ­ “Passará o céu e a terra, porém  as minhas palavras não passarão”.
1º Pedro 1. 24,25 ­ “Todos os seres humanos são como a erva do campo e a grandeza deles é como a flor da erva. A 
erva seca e as flores caem. MAS A PALAVRA DO SENHOR DURA PARA SEMPRE”.
FRASES NOTÁVEIS SOBRE A BÍBLIA
Abraham Lincoln:  “Creio que a Bíblia é o melhor presente que Deus já deu ao homem”.
George Washington:  “É impossível governar bem o mundo sem Deus e sem a Bíblia”.
Napoleão:  “A Bíblia não é um simples livro, senão uma criatura vivente, dotada de uma força que vence a quantos se 
lhe opõem”.
Ferrar Fenton:  “Nas Escrituras hebraico­cristãs temos a única chave que abre para o homem o Mistério do Universo 
e, para esse mesmo homem, o Mistério do seu próprio eu”.
U.S. Grant: “A Bíblia é a âncora­mestra de nossas liberdades”.
Robert E. Lee:  “Em todas as minhas perplexidades e angústias a Bíblia nunca deixou de me fornecer luz e vigor”.
Horace Greeley:  “É impossível escravizar mental ou socialmente um povo que lê a Bíblia. Os princípios Bíblicos são 
os fundamentos da liberdade humana”.
Immanuel  Kant:    “A  existência  da  Bíblia,  como  livro  para  o  povo,  é  o  maior  benefício  que  a  raça  humana  já 
experimentou. Todo esforço por depreciá­la é um crime contra a humanidade”.
William Herschel:  “Todas as descobertas humanas parecem ter sido feitas com o propósito único de confirmar cada 
vez mais fortemente as verdades contidas nas Sagradas Escrituras”.
Goethe:    “Continue  avançando  a  cultura  intelectual;  progridam  as  ciências  naturais  sempre  mais  em  extensão  e 
profundidade; expanda­se o espírito humano tanto quanto queira; além da elevação e da cultura moral do cristianismo, 
como ele resplandece nos Evangelhos, é que não irão”.
Isaac Newton:  “Há mais indícios seguros de autenticidade na Bíblia do que em qualquer história profana”.
Coelho Neto:  “Homem de fé, o livro de minha alma, aqui o tenho: é a Bíblia. Não o encontro na biblioteca, entre os 
de estudo, conservo­o sempre à minha cabeceira, à mão. É dele que tiro a água para a minha sede de verdade; é dele 
que tiro o bálsamo para as dores das minhas agonias”.
D. Pedro II:  “Eu amo a Bíblia, leio­a todos os dias e quanto mais a leio mais a amo. Há alguns que não gostam da 
Bíblia, eu não os entendo, não compreendo tais pessoas. Amo a sua simplicidade e suas repetições e reiterações da 
verdade”.  (Obs: sua Bíblia encontra­se na Biblioteca Nacional do Rio, com as suas anotações.)
VIDA E OBRA DE JESUS CRISTO
­ Período Intertestamentário: É o período entre os dois testamentos (AT e NT), que envolve praticamente 400 anos 
de história do povo judeu, dos quais a Bíblia nada fala a respeito da nação judaica. O último registro é feito no tempo 
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de Neemias e Esdras, que lideraram o retorno do exílio da babilônia, a reconstrução de Jerusalém, do muro da cidade 
e  do  próprio  templo.  Mas,  esses  400  anos  de  história  são  fundamentais  para  compreendermos  o  contexto  social, 
político, cultural e religioso em que Jesus Cristo nasceu e viveu. A partir do estudo da história das grandes nações e 
impérios, descobrimos que nesses 400 anos, os judeus passaram por situações adversas e de grandes dificuldades. 
­ Vida e Obra de Jesus: O anjo Gabriel visita Maria, uma jovem temente a Deus, que vivia na cidade de Nazaré e lhe 
anuncia de que ela seria a mãe do Salvador. Maria era noiva de José, com quem se casou após saber que seria a mãe 
do  Salvador.  No  tempo  marcado  por  Deus,  João  Batista  nasceu.  Como  era  o  plano  de  Deus  ele  veio  preparar  o 
caminho  para  Jesus,  pregando  batismo  (daí  o  “Batista”)  de  arrependimento  para  os  pecadores.  Dessa  forma,  veio 
preparar o povo para que recebessem o Salvador. Foi João quem batizou Jesus no rio Jordão. Ele foi decapitado por 
Herodes, à pedido de sua amante Herodias.
­ O nascimento de Jesus ­ Podemos destacar: O decreto do imperador  César Augusto, obrigando um recenseamento 
de toda a população do Império Romano. Com o recenseamento deveria ser feito na cidade natal, José e Maria foram 
obrigados a fazer a viagem de Nazaré (Galiléia) para Belém, na Judéia, porque eram da descendência de Davi, cuja 
cidade  natal  era  Belém.    Como  a  cidade  de  Belém  recebeu  muitos  visitantes  nesses  dias,  José  e  Maria  não 
encontraram  lugar  em  hospedarias,  obrigando­se  a  passar  a  noite  numa  estrebaria; Assim,  Jesus,  o  filho  de Deus, 
nasce numa humilde estrebaria e é deitado numa manjedoura ou coxo onde comiam os animais.
                 Enquanto Jesus, o  filho de Deus nascia em Belém, no anonimato, Jerusalém está na maior agitação. Para o 
nascimento não passar no total anonimato, Deus envia seus anjos aos pastores nas campinas de Belém que lhes trazem 
a mensagem “não tenham medo! Estou aqui para trazer   uma boa notícia para vocês, e ela será motivo de grande 
alegria  também para  todo o  povo! Hoje,  na  cidade de Davi,  nasceu o  Salvador  de  vocês  –  o Messias,  o  Senhor” 
(Lucas 2.10,11). Depois de receberem essa notícia do anjo, os pastores vão até Belém, encontram a criança deitada na 
manjedoura,  como  lhes  anunciara  o  anjo.    Conforme Mateus  2.1­12, Deus  colocou  no  céu  o  sinal  de  uma  estrela 
anunciando o nascimento de seu Filho aos magos do oriente, que deixando sua terra e seguindo a estrela, chegam até 
Belém, onde encontram o menino e lhe oferecem os seus presentes: ouro, incenso e mirra.
            Antes de encontrar o menino Jesus em Belém, os magos do oriente, passaram em Jerusalém, onde consultaram 
o rei Herodes sobre o local do nascimento do menino. Quando soube do seu nascimento, Herodes pensou tratar­se de 
um concorrente e resolveu eliminar a criança. Pediu para que os magos retornassem a Jerusalém para informá­lo sobre 
o  paradeiro  do  menino.  Como  os  magos  foram  orientados  por  Deus  a  retornar  a  suas  casas  por  outro  caminho, 
Herodes  sentiu­se  traído  e  como  represália mandou matar  todas  as  crianças  de  três  anos  para  baixo,  em Belém  e 
arredores. Avisados por um anjo,  José, Maria e o menino Jesus  fugiram para o Egito, onde  ficaram até a morte de 
Herodes.
­ A infância de Jesus : Após a morte de Herodes, a família de Jesus volta para a cidade de Nazaré, na Galiléia, onde 
José exerce a profissão de carpinteiro. Quando adulto, por isso, Jesus é muitas vezes chamado de “nazareno”. Depois 
do retorno a Nazaré, a única vez que a Bíblia fala de Jesus é quando ele tem a idade de 12 anos e acompanha seus pais 
ao templo, em Jerusalém para ali participarem da festa da Páscoa. Conforme Lucas 2.41­52, quando a festa terminou, 
sem que os pais o soubessem, Jesus  ficou no  templo discutindo com os doutores e professores da  lei de  igual para 
igual. Após quatro dias de procura, foi encontrado por José e Maria. Depois desse episódio no templo nenhum registro 
é feito na Bíblia a respeito de Jesus até o início do seu ministério. Por que não? – Porque o objetivo da Bíblia é nos 
mostrar que Jesus é o Salvador, que veio reconciliar os homens com Deus, através da sua morte e ressurreição. E essa 
fase de sua vida não faz nenhuma
diferença ao plano de salvação de Deus. Por isso, não são feitos esses registros.  A 
única coisa que se sabe dele nessa fase é o que diz Lucas: “O menino crescia em sabedoria, estatura e graça diante 
de Deus e diante dos homens” (Lucas 2.52)
­ O Ministério de Jesus: Quando Jesus alcançou a idade de 30 anos, e, com isso, segundo a tradição judaica a sua 
maior  idade,  iniciou oficialmente o seu ministério. O que marcou esse  início  foi o batismo no rio Jordão,  feito por 
João Batista.   Depois disso, segundo Mateus 4.1­11, Jesus passou 40 dias no deserto sendo tentado por Satanás.
        Seu ministério durou três anos e meio.  O principal foi o de preparar o grupo dos apóstolos para a sua missão de 
sair pelo mundo e divulgar o evangelho a toda a criatura. Depois que Jesus terminou sua missão de salvar os homens 
ou  reconciliá­los  com Deus  através  de  sua morte  e  ressurreição,  seria  preciso  que  alguém  saísse  pelo mundo  para 
contar tudo o que Ele realizou. Para tanto, preparou esse grupo de apóstolos, que lideraram mais tarde o trabalho de 
testemunho do evangelho de Jesus Cristo. 
                Em  relação  a  sua  obra  podemos  destacar:  a  realização  de  milagres  ­  provando  através  deles  que  ele  era 
verdadeiro Filho de Deus;  o ensino através de parábolas – Parábolas são histórias ou comparações tiradas do dia a 
dia e que trazem lições simples e ao mesmo tempo profundas de ordem moral, ética e espiritual.  Vale ressaltar que 
entre os judeus, o ensino no tempo de Jesus estava sob a responsabilidade dos escribas, cuja ênfase maior estava no 
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decorar as leis e promessas do AT. Não havia muita reflexão e, consequentemente o povo não tinha muita autonomia. 
Fazia­se aquilo que os líderes ordenavam.
­  Mensagem:  Jesus  veio  trazer  uma  proposta  nova  e  revolucionária  de  ensino,  cujo  objetivo  maior  é  levar  à 
AUTONOMIA ESPIRITUAL. Essa proposta de Jesus é um ensino contextualizado, reflexivo, significativo, simples e 
profundo através de suas  famosas parábolas. Os evangelhos  registram mais de 50 parábolas. Podemos dizer que as 
parábolas são situações comuns do dia a dia, através das quais Jesus deixa lições de ordem espiritual. Jesus as contou 
para provocar reações nas pessoas e forçá­las a tomar decisões. “Que pensais vós?” A forma do argumento era mais 
ou menos nesta direção: “em virtude desta questão a respeito do reino, que atitude tomareis? Que fareis diante de tal 
situação? Como vão sair dessa?
        Assim, as parábolas não eram simples histórias de entretenimento, mas comparações da vida real para suscitar 
idéias  análogas  (polêmicas)  com  relação  ao  reino  de Deus. O  propósito  era  levar  as  pessoas  a  pensar  no  reino,  a 
raciocinar a respeito do mistério do reino e tomar uma decisão em face ao reino. Ela não traz lições explicitas e, por 
isso, exige que o auditório raciocine e se esforce para achar o sentido da parábola. Quem tem "preguiça mental" não 
percebe sua riqueza.
­ O desfecho da sua Obra: É preciso deixar claro que Jesus tinha consciência da sua missão: sua morte e ressurreição 
não  foram um acidente, mas  faziam parte do plano estabelecido pelo Pai para  reconciliar os homens com Deus. E 
Jesus sabia disso desde o seu início. Por isso, várias vezes fala e prediz sua morte e ressurreição. 
          Na entrada triunfal em Jerusalém no Domingo de Ramos , Jesus é recebido e aclamado como um rei pelo povo, 
que estende ramos de árvores e roupas para Jesus passar (daí domingo de ramos). Mas o mesmo povo que o aclamou 
como rei, na sexta­feira santa gritava “crucifica­o, crucifica­o”. É a última e decisiva viagem de Jesus a Jerusalém, 
que comemorava a grande festa da Páscoa, quando a cidade chegava a receber 120 mil turistas. Durante o dia Jesus 
ficava na cidade; à noite  recolhia­se com seus discípulos em Betânia, provavelmente na casa dos  irmãos Lázaro  (a 
quem ressuscitara), Marta e Maria. 
               Os escribas e fariseus haviam transformado o pátio do templo num grande mercado público, onde se fazia o 
cambio do dinheiro que os turistas traziam e se vendiam os animais para o sacrifício no templo. Indignado com essa 
situação,  Jesus derruba as mesas dos cambistas,  solta os animais e diz “A casa de meu Pai  será chamada casa de 
oração,  mas  vós  a  transformastes  em  covil  de  ladrões”.  Esse  gesto  de  Jesus  despertou  a  ira  dos  líderes,  que 
prejudicados em seus negócios e com inveja do sucesso de Jesus resolveram matá­lo. Só não o prenderam por medo 
do povo. 
       Na instituição da Santa Ceia na quinta­feira à noite, Jesus se reuniu com seus discípulos para comemorar com eles 
a festa da páscoa, instituída por ocasião do êxodo do Egito e comemorada todos os anos. Durante a ceia pascal, Jesus 
institui uma nova ceia: a santa ceia. Nela Jesus, após abençoar o pão e o vinho, diz: “Tomai e comei,  isto é o meu 
corpo ... tomai e bebei, isto é o meu sangue”(Marcos 14.22­25).  Durante esta ceia, Jesus também lavou os pés aos 
discípulos dizendo­lhes “Eu vos dei o exemplo para que vós façais o mesmo”. O traidor Judas foi identificado e se 
retirou para encontrar­se com os líderes do Sinédrio, combinando receber 30 moedas de prata (o preço de um escravo) 
para lhes entregar Jesus quando estivesse longe do povo.Judas sabia que Jesus estaria ali, porque todas as noites Ele ia 
até o Jardim para orar. Com um beijo ele identificou Jesus, que foi preso e levado para o julgamento.
        O julgamento teve 4 instâncias: Sinédrio – tribunal político religioso dos judeus que julgou e condenou Jesus à 
morte  por  ter  admitido  ser  Filho  de  Deus;    Pilatos    ­  governador  romano  da  região  da  Judéia  e  que  estava  em 
Jerusalém  por  causa  da  festa.  Convencido  da  inocência  de  Jesus,  mas  não  querendo  indispor­se  com  os  líderes 
judaicos, quando soube que Jesus era da Galileia, enviou­o a Herodes, que também se encontrava na cidade;  Herodes 
– governador romano da Galileia, responsável pela execução de João Batista, quis divertir­se com Jesus. Como este 
não  lhe  deu  atenção, mandou­o  de  volta  até Pilatos;  Pilatos  – Todas  as  evidências  apontavam para  a  inocência  de 
Jesus. Por isso, Pilatos fez várias tentativas de soltá­lo: mandou ridicularizá­lo colocando­lhe uma coroa de espinhos; 
mandou  que  fosse  açoitado;  colocou­o  ao  lado  de  um  criminoso  conhecido  como Barrabás  e mandou  que  o  povo 
escolhesse um dos dois para  ser  solto. Mas,  influenciado pelos  líderes,  o povo clamava pela  condenação de  Jesus. 
Pilatos, então lavou suas mãos, querendo inocentar­se da condenação a Jesus e  o entregou para ser crucificado. 
­ Morte e ressurreição: Como todos os condenados à morte por crucificação, Jesus foi obrigado a carregar sua cruz 
até  o Gólgota  ou  Calvário,  lugar  em  que  foi  crucificado.  Essa  aconteceu  por  volta  das  9h  da manhã  e  sua morte 
ocorreu por volta das 15h. Durante as 6h que permaneceu na cruz, Jesus pronunciou 7 palavras ou frases, que revelam 
o profundo amor dEle para com a humanidade:  Pai, perdoa­lhes, porque não sabem o que fazem (Lucas 23.34);  Em 
verdade te digo que hoje mesmo estarás comigo no paraíso (Lucas 23.43);   Mulher, eis aí o teu filho...eis aí a tua 
mãe (João 19.26,27); Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? (Mateus 27.45,46); Tenho sede (João 19.28);  
Está consumado (João 19.30);   Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito (Lucas 23.46).
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      Jesus enfrentou o sofrimento físico, moral e espiritual, sendo escarnecido, zombado, humilhado, abandonado pelo 
próprio Pai. Com isso Ele cumpriu a lei de Deus e pagou a dívida que os homens tinham com Deus por causa dos seus 
pecados. Assim, o “está consumado”, é um grito de vitória que pode ser entendido como “está pago! Está concluído! 
A  obra  da  salvação  está  concretizada!”.  Isto  podemos  ver  em  passagens  como  estas:  “Deus  estava  em  Cristo
reconciliando consigo o mundo...Aquele(Jesus) que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós, para que nele 
fôssemos feitos justiça de Deus” (2º Co 5.19, 21)
           Na  páscoa,  Jesus  ressuscitou.   Quando  amigos  e  inimigos  pensavam que  tudo  tinha  terminado,  eis  que Deus 
reserva  surpresas  para  a  manhã  de  domingo.  Segundo  os  evangelhos,  algumas mulheres  foram  no  domingo  cedo 
prestar  sua  última  homenagem  ao  corpo  sem  vida  de  Jesus.  Chegando  lá,  no  entanto,  foram  surpreendidas  com  a 
mensagem do anjo “não tenham medo! Sei que vocês estão procurando Jesus que foi crucificado, mas ele não está 
aqui;  já  ressuscitou,  como  tinha  dito.”(Mateus  28.5,6).  Essa mensagem muda  tudo,  pois  a  ressurreição  prova  que 
Jesus é, de fato, o filho de Deus e verdadeiras todas as suas promessas.
       Durante 40 dias Jesus apareceu aos seus discípulos várias vezes (ver Mateus 28.16­20; Marcos 16.9­16; Lucas 
24.13­52;  João 20.11 até 21.25 e 1º Coríntios 15.1­58), dando­lhes  a  certeza de  sua  ressurreição. Aliás,  segundo o 
apóstolo Paulo, a ressurreição de Cristo é a mensagem principal da igreja e a base para a fé dos cristãos. Ele diz “Se 
Cristo não ressuscitou, não temos nada para anunciar e vocês não tem nada para crer”(1º Co 15.14). E diante disso 
conclui  “Cristo  ressuscitou,  e  isto  é  a  garantia  de  que  os  mortos  ressuscitarão”  (1º  Co  15.20).  Portanto,  a 
ressurreição de Jesus Cristo é a garantia de que Ele é o Salvador da humanidade e ao mesmo tempo a garantia de que 
os mortos também ressuscitarão.
­ Ascensão e ordem: Aconteceu 40 dias após a sua ressurreição, em Betânia, no Monte das Oliveiras, na presença de 
120 pessoas (Atos 1.15) que eram todos os seguidores de Jesus nesse momento. É preciso ressaltar que a ascensão de 
Jesus é uma espécie de “ato pedagógico”, que tem como objetivo mostrar aos discípulos de que a missão dEle na terra 
tinha terminada e de que a missão da igreja (seguidores de Jesus) deveria começar.
       A missão dos discípulos era de testemunhar, proclamar e anunciar ao mundo tudo o que Jesus realizou, ou seja, 
anunciar a sua obra ou pregar o evangelho. Por isso, antes de subir ao céu, Jesus ordenou aos seus seguidores (igreja): 
“Sereis as  minhas testemunhas, começando em Jerusalém, na Judéia, na Samaria e até aos confins da terra” (Atos 
1.8);  “Ide  e  pregai  o  evangelho  a  toda  a  criatura”  (Marcos  16.16);    “Ide  e  fazei  discípulos  de  todas  as  nações, 
batizando­os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e ensinando­os a guardar todas as coisas que vos tenho 
ordenado”(Mateus 28.19,20) . Jesus promete a sua igreja “Eis que estou convosco todos os dias até o fim do século” 
(Mateus 28.20).
HISTÓRIA DA IGREJA CRISTÃ
­  Igreja:  Vem  do  termo  grego  ekllesia  que  significa  “reunião  ou  assembleia”  .  Compreende­se  igreja  em  dois 
sentidos:  a)  visível  –  refere  a  um  determinado  grupo  religioso  de  cristãos  crentes  coexistindo  com  pessoas  com 
interesses diversos; b) invisível – refere­se a todos os cristãos que tem um verdadeiro e sincero relacionamento com 
Deus  independentemente  de  denominação  religiosa  da  qual  Jesus  denomina  como  sendo  os  “ramos”  e  o  apostolo 
Paulo como a comunhão dos santos, a noiva de Cristo, o edifício cujo fundamento é Cristo ou como o corpo de Cristo. 
­  O  inicio:  De  acordo  com  o  livro  de  Atos  dos  Apóstolos,  todo  o  desfecho  da  obra  de  Cristo,  sua  ascensão  e  o 
pentecostes (quando a igreja efetivamente iniciou seu testemunho da obra de Cristo), aconteceram em Jerusalém por 
volta do ano 33 a 34 AD (Anno Domine – Ano de Nosso Senhor).
      O pentecostes aconteceu 10 dias após a ascensão de Jesus e 50 dias após a Páscoa. Marca e celebra a descida 
do Espírito Santo sobre os seguidores de Jesus (120 pessoas), dando­lhes poder e coragem para anunciar Jesus 
Cristo Salvador. Naquele dia, após o testemunho de Pedro, houve cerca de 3000 batismos em Jerusalém. Esse 
fato marca  o  início  da  atuação  da    Igreja Cristã  e  é  considerado  o  aniversário  da  igreja  cristã. A  primeira 
Comunidade  Cristã  foi  organizada  em  Jerusalém.  Havia  comunhão,  amor  ao  próximo  e,  sobretudo, 
testemunho em palavras e exemplos, por parte de todos os que aderiam ao cristianismo. E cada dia aumenta o 
número de seguidores de Cristo.
      O livro de Atos, especialmente o capitulo 2, relata os detalhes do início do trabalho da Igreja Cristã, como era sua 
vida, ou seja, de muita consagração e amor fraternal. Toda a vida dessa igreja pode ser resumida num versículo “E 
todos  continuavam  firmes  no  ensino  dos  apóstolos,  viviam  em  amizade  uns  com  os  outros  e  se  reuniam  para  as 
refeições e as orações”At 2.42. A consequência dessa maneira de viver é “E cada dia o Senhor juntava àquele grupo 
as pessoas que iam sendo salvas” (At 2.47)
23
­  A  vida  e  obra  de  Saulo/Paulo  :  um  dos  maiores  missionários  da  igreja  cristã  de  todos  os  tempos,  de  quem 
precisamos falar o seguinte:Teve a formação de fariseu aos pés do maior mestre da época, chamado Gamaliel, tornou­
se  perseguidor  dos  cristãos  e  foi  o  responsável  pelo  martírio  de  Estevão  (Atos  8.1),  primeiro mártir  cristão.  Não 
satisfeito em perseguir os cristãos em Jerusalém e arredores, dirige­se até Damasco para ali prender mais cristãos. Só 
que é à caminho de Damasco que acontece a mudança de sua vida.  Sua conversão aconteceu quando está à caminho 
de Damasco e tem um encontro com Cristo, que lhe pergunta “Saulo, Saulo, por que me persegues”?  A partir desse 
encontro a vida de Paulo passa por uma profunda transformação. Ele fica anos estudando e revendo seus conceitos de 
rigoroso fariseu , para entender que Jesus Cristo é o Messias prometido por Deus no AT e esperado pelos judeus (ler 
Atos 9).
     Depois desses 14 anos de retiro, é enviado pela Igreja de Antioquia, juntamente com Barnabé para sua 1ª Viagem 
Missionária. Assim, ele se  torna o maior evangelista de  todos os  tempos:  fez 3 viagens missionárias e escreveu 13 
cartas  ou  epístolas  do  Novo  Testamento  (Romanos,  I  Coríntios,  II  Coríntios,  Gálatas,  Efésios,  Filipenses, 
Colossensses, I Tessalonicenses, II Tessalonicenses, I Timóteo, II Timóteo, Tito, Filemon). Foi em Roma, para onde 
foi  levado  como  prisioneiro  ,  que  Paulo  sofreu  o  martírio  por  volta  de  67  d.C.,  sendo  decapitado  a  mando  do 
imperador Nero.
      Além de Paulo, os demais apóstolos também saíram pelo mundo a anunciar Jesus Cristo. Cada cristão, começando 
por aqueles que foram batizados no dia de Pentecostes, testemunhava em palavras e exemplos o Evangelho. Isso fez 
com que em poucos anos o cristianismo fosse conhecido em todo o império e tivesse igrejas prósperas em quase todas 
as cidades do Império Romano.
­  Expansão:  O  surpreendente  crescimento  e  propagação  do  cristianismo  nas  primeiras  décadas,  deve­se:  1)  ao 
testemunho  pessoal  de  cada  cristão  por  palavras  e  exemplos  de  vida  (coerência    entre  teoria  e  prática;  discurso  e 
ação);  2) O trabalho missionário de Paulo e dos demais apóstolos; 3)  A Pax romana, isto é, o fato de todo o império 
estar  em  paz,  sob  o  governo  de  um  único  imperador  e  não  haver  fronteiras,  facilitou  as  viagens missionárias  dos 
apóstolos e contribuiu decisivamente para a expansão do cristianismo. 
­  Oposição  e  perseguição:  O  Sinédrio  (formado  por  70  líderes)  e  que  fora  o  responsável  pela  morte  de  Jesus, 
continuou perseguindo os seus seguidores. Saulo, como já foi visto anteriormente, foi o responsável pelo martírio de 
Estêvão e perseguiu a outros cristãos. O Sinédrio prendeu os apóstolos, perseguiu e dificultou a vida da igreja cristã 
nos primeiros anos, principalmente em Jerusalém e arredores.
         Nos primeiros anos, como era de se esperar, não houve nenhuma preocupação

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