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Aula 3 - Comportamento Reprodutivo - Psicofisiologia

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Aula 3 - Comportamento Reprodutivo
Sexo e gênero
Comumente usados como sinônimos, os termos sexo e gênero reportam a condição macho ou fêmea de um indivíduo. Segundo a maior parte dos dicionários, podemos resumir sexo como a conformação particular que distingue o macho da fêmea ou masculino do feminino, nos animais e nos vegetais, atribuindo-lhes um papel determinado na geração, e conferindo-lhes certas características distintivas.
O gênero é definido através das diversas características biológicas e atributos que distinguem um macho de uma fêmea, incluindo a natureza dos cromossomos sexuais, a anatomia das gônadas e os órgãos genitais, ou seja, os conceitos são um tanto semelhantes.
No entanto, uma abordagem comportamental também pode ser utilizada para definir o sexo/gênero de um indivíduo. Vemos, portanto, que são termos com grande amplitude de discussão sobre seu significado.
Uma tendência é aplicar o termo sexo para a condição biológica (cromossomos XX ou XY) e incluir em gênero as questões comportamentais. É fundamental, no entanto, considerar nossa identidade de gênero.
As características sexuais de um ser humano são transmitidas geneticamente pelo resultado da combinação do par de cromossomos que determina o sexo. Os órgãos do sistema reprodutor feminino incluem os ovários, as tubas uterinas (antigamente chamadas de trompas de Falópio), útero, vagina e vulva, além das mamas. Em homens destacamos testículos, pênis e próstata. Os caracteres sexuais secundários (nas mulheres: mamas, estrutura corporal arredondada, etc. e nos homens: pelos, massa muscular, voz) são determinados pelos hormônios sexuais
Curiosidades:
Um gene chamado SRY está presente na região determinante do sexo no cromossomo Y, ele é responsável pela produção de uma proteína chamada fator de determinação testicular, participando, junto a outros genes, da formação de organismos geneticamente masculinos.
A elevação dos níveis de testosterona em fetos é fundamental para viabilizar a sua masculinização e, na adolescência, picos deste hormônio nos meninos determinam o amadurecimento das características sexuais secundárias.
A calvície em homens é determinada geneticamente, mas depende da ação da testosterona para se estabelecer.
As mulheres possuem aproximadamente 10% da quantidade de testosterona encontrada nos homens.
A maior parte dos contraceptivos orais atua inibindo a secreção de FSH e LH, o que impede a oocitação (ovulação) e, desta forma, evita a gravidez indesejada.
Em nossa primeira aula, ao estudar a homeostase, você foi apresentado a uma glândula endócrina chamada hipófise que atua junto ao hipotálamo nesta continua busca pelo equilíbrio, lembra-se? Alguns dos hormônios que ela produz são fundamentais para a compreensão de nossa aula.
Regulação hormonal no ciclo reprodutivo feminino
Além dos hormônios do eixo hipotalâmico-hipofisário, deve-se considerar ainda alguns hormônios produzidos pelas gônadas (ovários) em nossos estudos sobre a regulação hormonal do ciclo reprodutivo feminino. São eles: estrogênio e progesterona.
1. FSH: A escamação do endométrio determina o início de um novo ciclo mensal feminino e é reportada como menstruação (marca 1º do novo ciclo), esse período varia entre as mulheres, durando entre 3 e 7 dias. Durante estes dias de escamação, a hipófise inicia gradualmente a liberação de FSH, que progressivamente eleva suas taxas na corrente sanguínea e, ao encontrar receptores nos ovários dispara uma mensagem química fundamental: folículos ovarianos devem amadurecer.
2. Estrogênio: Conforme esses folículos crescem, eles produzem e liberam na corrente sanguínea os estrogênios, que sinalizam quimicamente ao hipotálamo que já é o momento de autorizar a hipófise a liberar LH.
3. LH: Com a elevação de LH circulante verificamos a oocitação (reportada antigamente por ovulação): o oócito (antigo óvulo) sai do ovário e é encaminhado para a tuba uterina para aguardar a fertilização. Ocorre aproximadamente no 14º dia do ciclo (em mulheres “relógio” com ciclo de 28 dias).
4. Progesterona: No local onde ele foi liberado do ovário se forma o corpo lúteo (ou corpo amarelo) que continuará produzindo estrogênios e passará a produzir também progesteronas. Este corpo amarelo atingirá seu máximo de desenvolvimento aproximadamente sete dias após a ovulação. Estrogênio e progesterona atuam em conjunto sobre o útero, preparando o endométrio para uma possível implantação, caso ocorra uma gravidez, além disso, as altas taxas desses hormônios exercem um efeito inibidor sobre a hipófise, que diminui drasticamente a produção de FHS e LH.
Caso não ocorra uma gestação: O corpo amarelo deixará de produzir os hormônios, o que determinará uma nova escamação uterina.
Caso ocorra uma gestação: O corpo amarelo persistirá, sob o comando da beta-gonadotrofina coriônica humana (produzida pelo concepto recém-implantado), produzindo os hormônios que irão garantir que o útero não sofrerá contrações e garantirá tempo para a placenta se formar e assumir definitivamente a produção dos hormônios gestacionais.
Bases neurais dos comportamentos sexuais
O comportamento sexual em homens e mulheres é controlado por ações conjuntas de diversas estruturas do nosso sistema nervoso. O córtex cerebral tem papel importante, sendo o sítio onde as ideias eróticas surgem e se diversificam.
A medula espinhal tem papel determinante, pois por ela seguem as aferências para o cérebro (estímulos táteis, por exemplo) e os comandos que determinarão as eferências (ereção do pênis e clitóris, por exemplo).
Diferenciação sexual do sistema nervoso
As diferenças são sutis, para compreender as diferenças morfofisiológicas você deverá responder atentamente ao questionário:
1- Qual o papel do músculo BC (Bulbocavernoso) em homens e mulheres? 
R: Músculo BC envolve o Bulbo Peniano no homem e o Bulbo Vestibular na mulher. 
2- O Núcleo de Onuf é semelhante em homens e mulheres? Qual a sua função? 
R: Grupo de neurônios motores que controlam os músculos Bulbocavernosos em humanos. Está localizado na região sacral da medula espinal. O Núcleo de Onuf é dimórfico porque os músculos BC masculinos são maiores do que os femininos pois, há mais neurônios motores em homens que em mulheres. Nos homens trabalha para a ereção peniana e ajuda na micção, nas mulheres circunda a abertura da vagina e serve para contraí-la. 
3- Qual a diferença na forma da área pré-optica do Hipotálamo Anterior quando comparamos ratos machos e fêmeas? 
R: Em fêmeas: A lesão da área pré-óptica interrompe o ciclo estral. Em machos: Reduz a frequência de cópulas. O núcleo sexualmente dimórfico (SDN) é de 5 a 8 vezes maior em machos do que em fêmeas. 
4- O que é INAH? 
R: Núcleo Intersticiais do Hipotálamo Anterior. São grupos de neurônios. 
5- As diferenças morfológicas entre os cérebros masculino e feminino são muitas e de fácil observação? Por quê? 
R: Como regra, dimorfismos sexuais do encéfalo são difíceis de provar, porque encéfalos de machos e fêmeas são muito semelhantes e porque dentro das populações de encéfalos, de machos e fêmeas há uma grande variação individual.
Outras questões interessantes são aquelas relacionadas a um possível dimorfismo sexual cognitivo, diversas pesquisas tentam mostrar, ainda sem muito sucesso, que o desempenho de homens e mulheres tende a ser diferente em determinadas tarefas. Abaixo, você confere alguns exemplos, mas é fundamental ressaltar que essas pesquisas ainda não foram plenamente comprovadas.
Homens tendem a ter melhor desempenho em leitura de mapas, aprendizado de labirintos e no raciocínio matemático.
Mulheres tendem a ter melhor desempenho em tarefas verbais.
Orientação Sexual
Pesquisas sugerem que o comportamento homossexual se apresenta desde a infância.
Lembra-se do INAH? Pois é... Esta é uma região do cérebro que parece estar envolvida no processo de comportamento homossexual, em homossexuais masculinos o INAH-3 apresenta o mesmo tamanho do esperado para mulheres, ou seja, possui metade dotamanho esperado em um homem heterossexual, no entanto, essa diferença só pode ser percebida na idade adulta.
Outras pesquisas demonstram que pode haver alguma tendência genética na determinação do comportamento homossexual na vida adulta, principalmente quando os casos ocorrem na família da mãe (principalmente tios e primos). Entretanto, pesquisas com gêmeos idênticos, não revelam a mesma orientação sexual em ambos, o que revela que muito ainda há que ser pesquisado para compreender esse tema.

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