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Apostila_de_apoio-cap_10-Controle_de_Constitucionalidade

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Prof. VÍTOR CRUZ 
Este material é privativo dos que colaboram para a democratização do ensino de qualidade, 
assinando o site www.NOTA11.com.br. Caso você não seja um usuário e esteja 
disseminando ou tendo acesso a este material, saiba que está contribuindo para naufragar 
projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. 
1 
 
 
 
Apostila de apoio 
Direito Constitucional 
- Site Nota 11 – 
 
 
 
 
Capítulo 10: Controle de 
Constitucionalidade 
 
 
 
O que são as apostilas de apoio de Direito Constitucional do 
Site Nota 11? 
 
Trata-se de um material teórico, superobjetivo, que aborda de forma 
direta e didática os principais pontos sobre cada assunto do Direito 
Constitucional, como forma de servir de apoio ao estudo no 
“ambiente interativo do site Nota 11”, local onde o aluno poderá fixar 
de vez tais temas, além aprofundar o estudo através de milhares de 
fichas contendo perguntas e respostas classificadas por dificuldade e 
forma de abordagem (literalidade, doutrina e jurisprudência). 
 
 
 
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2 
Controle de Constitucionalidade: 
Controle de constitucionalidade é a atividade de se controlar a 
compatibilidade dos atos normativos com o texto constitucional. 
Controle de compatibilidade é o nome genérico que se dá ao ato de 
se verificar se uma norma é compatível ou não com algum diploma 
superior a ela e ocorre principalmente de 3 formas: 
1- Controle da Constitucionalidade - verifica a compatibilidade 
entre uma norma e a Constituição. 
2- Controle de Legalidade - verifica se normas infralegais 
(decretos, portarias e etc.) são compatíveis com as leis das quais 
decorrem. 
3- Juízo de recepção - ocorre para verificar se uma norma 
anterior à Constituição vigente possui compatibilidade material 
(somente o conteúdo) com a nova Constituição. 
 
Constitucionalidade Congênita X Superveniente: 
A inconstitucionalidade não é um evento no percurso da vigência de 
uma lei. A inconstitucionalidade é um defeito ao se fazer a lei, é um 
vício. Uma lei para ser considerada inconstitucional ela já deve estar 
com esse defeito desde a sua edição, logo não existe no Brasil o 
que chamamos de “inconstitucionalidade superveniente”, aquela 
que se dá ao longo do tempo, temos somente o que chamamos de 
inconstitucionalidade congênita, ou seja, a norma inconstitucional já 
nasceu inconstitucional. 
Importante salientar que, se uma lei nasceu inconstitucional, esse 
vício de inconstitucionalidade não poderá ser sanado futuramente. 
Ainda que uma nova Constituição entre em vigor, esta lei 
inconstitucional não poderá ser convalidada, não podendo ser 
recepcionada pela nova lei maior, ainda que esteja materialmente 
compatível com o novo teor constitucional. 
Por isso é que dizemos que, no que tange ao Controle de 
Constitucionalidade, a Constituição em face da qual se faz o controle 
deve ser sempre a Constituição que era (ou é) vigente no momento 
que a norma foi criada. Ex.: Não se pode fazer controle de 
constitucionalidade de uma lei de 1967 perante à CF de 1988, apenas 
“Juízo de Recepção”. Para se falar em controle de 
“Constitucionalidade” a lei de 1967 deve ser analisada perante à CF 
que era vigente em 1967. 
 
 
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3 
Controle de Constitucionalidade e a rigidez constitucional: 
Somente em constituições formais e rígidas é que podemos verificar o 
fenômeno da "supremacia da constituição", já que, em constituições 
materiais e flexíveis, basta uma norma tratar de matérias que são 
reservadas à Constituição para que ela seja considerada 
constitucional revogando a norma anterior que versava sobre tal 
matéria. Não há também o que se falar em controle de 
constitucionalidade em constituições flexíveis, pois não há uma 
imposição formal de observância da Constituição perante o resto do 
ordenamento. 
 
Formas de inconstitucionalidade: 
Inconstitucionalidade formal – A lei adquiriu um vício no seu 
processo de formação. Ou seja, quem tomou a iniciativa não era 
competente para tal, ou o modo de votação não foi de acordo com o 
previsto, ou qualquer outro vício no processo. 
X 
Inconstitucionalidade material – Embora tenha se observado todo 
o processo legislativo de forma correta, o conteúdo veiculado pela 
norma é incompativel com certos ditames constitucionais. 
OBS - A inconstitucionalidade formal, também recebe o nome de 
"nomodinâmica", pois fornece idéia de dinamismo (movimento) 
pelo fato do vício ocorrer durante o processo de formação da norma. 
Já a Inconstitucionalidade material é chamada de "nomoestática", 
pois nos remete a idéia de algo que está "parado", a ofensa ocorre 
em face do conteúdo, independente do processo de formação. 
 
Controle de Constitucionalidade quanto à natureza ou órgão 
controlador: 
Segundo a doutrina, o controle de constitucionalidade pode ser: 
Político - quando exercido por órgãos que não pertencem ao 
Judiciário. 
Jurisdicional - quando exercido por órgãos pertencentes ao 
Judiciário; 
Misto - quando existe uma reserva - algumas espécies de 
normas são controladas exclusivamente pelo controle político e 
outras normas sofrem controle por parte do judiciário. 
 
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4 
Costuma-se dizer que o Brasil adota o controle jurisdicional, pois, 
ainda que o Legislativo e o Executivo possam também realizar o 
controle de constitucionalidade todas as normas estão sujeitas a um 
controle por parte do judiciário. Não há reservas feitas ao outros 
poderes. 
 
Momento do controle e local onde é exercido: 
Controle Preventivo – Controle sobre o projeto de lei. 
Controle Repressivo – Controle sobre a lei já promulgada. 
 
 Controle Preventivo Controle Repressivo 
Conceito Realizado sobre projetos 
de lei ou propostas de 
emendas constitucionais 
Realizado sobre a lei ou 
emenda já promulgadas 
No 
Legislativo 
Feito pelas câmaras de 
constituição e justiça 
(CCJ). 
Ocorre quando o CN 
usando sua prerrogativa 
do art. 49, V susta leis 
delegadas exorbitantes 
ou quando o CN aprecia 
os pressupostos 
constitucionais da 
medida provisória. 
No Executivo Feito pelo veto JURÍDICO 
do presidente. 
Pela prerrogativa que o 
Presidente tem (e 
somente o Presidente) 
de ordenar que seus 
subordinados não 
apliquem certa lei que 
ele considera 
inconstitucional 
No Judiciário Feito através de mandado 
de segurança impetrado 
por parlamentar que 
considera que um projeto 
de lei inconstitucional está 
sendo levado à votação no 
Legislativo e a CCJ não 
impediu o seu trâmite. 
Feito através das vias 
concentradas (ADI, ADC 
e ADPF) ou pelasvias 
difusas (diante de um 
caso concreto). 
 
 
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5 
OBS - O presidente possui o poder de 2 tipos de veto: 
Veto Político - Se o Presidente da República considerar o 
projeto, no todo ou em parte, contrário ao interesse público. 
Veto Jurídico - Se o Presidente da República considerar o 
projeto, no todo ou em parte, inconstitucional. 
 
Controle repressivo pelo Judiciário: 
O controle repressivo no judiciário é o mais utilizado para se controlar 
a constitucionalidade das normas. O controle jurisdicional é feito de 2 
formas: a forma concentrada (feita diretamente em um único órgão) 
e a forma difusa (que “se espalha”, estando aberta à vários órgãos). 
Costuma-se dizer que o controle repressivo pelo judiciário é misto, 
pois admite tanto a forma concentrada, quanto a forma difusa. Não 
confunda este controle repressivo judiciário misto com o sitema misto 
quanto à natureza do controle. 
Atenção: 
Qualquer juiz tem o poder de declarar inconstitucional uma norma 
(controle difuso). 
Qualquer tribunal também poderá declarar a inconstitucionalidade de 
norma, mas no caso de tribunais, estes devem observar o chamado 
princípio da reserva de plenário. 
Antes de falarmos sobre o princípio da reserva de plenário, 
precisamos nos atentar a formação do órgão especial. Assim versa a 
Constituição: 
"Nos tribunais com número superior a 25 julgadores, poderá 
ser constituído órgão especial (OE), com o mínimo de 11 e o 
máximo de 25 membros, para o exercício das atribuições 
administrativas e jurisdicionais delegadas da competência 
do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por 
antigüidade e a outra metade por eleição pelo tribunal 
pleno" (CF, art. 93, XI). 
Assim, o órgão especial absorverá funções que antes pertenceriam ao 
pleno do tribunal. Por que isto é importante? Pois assim, podemos 
entender o art. 97 da Constituição que fala exatamente do princípio 
da reserva de plenário: 
"Somente pelo voto da maioria absoluta de seus 
membros (pleno) ou dos membros do respectivo 
órgão especial (OE) poderão os tribunais declarar a 
 
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inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder 
Público". 
Assim, os chamados "órgãos fracionários" de um tribunal (turma, 
câmara, etc.) não têm, em princípio, competência para declarar 
inconstitucionalidade de normas, somente possuem esta competência 
o pleno do tribunal ou, caso exista, o órgão especial. 
 
Controle Difuso (concreto): 
O controle concreto ocorre quando tenta-se no curso de um processo 
judicial (caso concreto) argumentar que certa norma está causando 
efeitos indevidos, e isso porque é contrária aos preceitos 
constitucionais. Assim, a pessoa que acha que a norma é 
inconstitucional não pede diretamente que o juiz declare a norma 
como inválida, mas sim, que resolva o seu problema concreto. A 
declaração de inconstitucionalidade da norma é apenas um meio para 
resolver a controvérsia. Dizemos que este controle é difuso, pois ele 
não possui um órgão específico para seu controle. Vimos que 
qualquer juiz pode declarar a inconstitucionalidade de norma e desta 
decisão ainda cabe recurso. Destarte, em regra, o controle difuso 
percorre os seguintes órgãos: 
Juiz singular (1º grau) ---> recurso---> Tribunal de Justiça ---> 
(recurso extraordinário) ---> STF 
Veja que para chegar ao STF se faz um “recurso extraordinário” (R. 
Ex). Este "R.Ex" é um tipo de recurso privativo do STF quando se 
quer levar a este tribunal alguma matéria constitucional. 
 
Controle difuso e seus sinônimos: 
.Controle concreto: Pois analisa-se o caso concreto, ou seja, os 
efeitos que a lei produziu naquela situação, e não a lei em si, em 
abstrato. 
.Controle incidental (incidenter tantum): Na verdade o que o 
autor do pedido quer é que tenha o seu problema resolvido, sendo a 
declaração de inconstitucionalidade apenas o caminho para que 
alcance isso, a inconstitucionalidade é apenas um “acidente”. 
.Controle difuso (ou aberto): Pois não fica circunscrito a um único 
órgão (STF ou no TJ), mas, está aberto à qualquer juiz ou tribunal. 
.Controle indireto - pois é incidental e não diretamente feito. 
.Controle por via de exceção: exeção = defesa, recursos... 
(grosseiramente falando). 
 
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.Controle com uso da competência recursal ou derivada: Pois 
no caso do STF, ele reconhecerá a causa através de um recurso 
extraordinário e não no uso da sua competência originária. 
.Controle norte-americano: Pois tem sua origem histórica no 
direito norte-americano, no célebre caso Marbury versus Madison em 
1803. 
 
Controle Concentrado (abstrato): 
O controle concentrado é a regra, o principal meio de controle, 
diferentemente do difuso, é feito diretamente no órgão responsável 
por guardar a Constituição, logo, será no STF em se tratando de 
Controle Federal, ou no TJ, em se tratando de Controle Estadual. 
Somente estes 2 órgãos fazem controle concentrado - STF ou TJ -, 
enquanto o controle difuso pode ser feito por qualquer juiz ou 
qualquer tribunal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Assim, só existem dois tipos de controle concentrado feito pelo 
Judiciário brasileiro: o controle feito face à Constituição Federal, que 
só o STF pode fazer e o controle concentrado face à Constituição 
Estadual, que só o TJ pode fazer. 
 
 
Controle Concentrado e seus sinônimos: 
.Controle em abstrato, ou da lei em tese: Pois se faz o controle 
da norma em si, independente dos efeitos concretos que ela tenha 
gerado, discute-se a sua validade no campo abstrato do direito. 
STF 
Guardião da Constituição Estadual = Julga às 
ofensas de leis perante a constituição estadual 
(no controle abstrato). Porém, no controle 
difuso irá proteger a Constituição Estadual e 
também a Federal. 
TJ 
Guardião da Constituição Federal = Julga às 
ofensas de leis perante a Constituição Federal 
somente. 
 
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8 
.Controle Concentrado (ou reservado): O controle concentrado é 
feito diretamente no órgão responsável por guardar a Constituição, 
logo, será no STF em se tratando de Controle Federal, ou no TJ, em 
se tratando de Controle Estadual. 
.Controle direto: Pois não é incidental. 
.Controle por via de ações: Pois o instrumento para se chegar ao 
“órgão guardião”será obrigatoriamente uma das 3 ações (ADI, ADC 
ou ADPF). 
.Controle com uso da competência originária: Pois o órgão 
guardião é o primeiro a julgar a causa, ela chegou diretamente a ele 
e não através de recursos advindos de outros órgão. 
.Controle austríaco: Pois foi idealizado por Hans Kelsen, jurista 
austríaco defensor da supremacia da Constituição, e da Constituição 
em sentido jurídico e formal. 
 
ADI/ADC/ADPF: 
Vimos que este controle é por via de ações. Que ações são essas? 
1. ADI (ou ADIN) – É impetrada quando se quer mostrar que uma 
norma é inconstitucional. É dividida em 3 tipos: 
a) ADI genérica: É a comum, onde se pede a declaração de 
inconstitucionalidade de um ato normativo. 
b) ADI por omissão: Objetiva fazer com que o judiciário afirme a 
omissão inconstitucional de algum Poder Público, ou seja, que este 
poder está omisso, inerte em fazer algum ato previsto 
constitucionalmente. Basicamente são as omissões que impedem a 
produção dos efeitos finais das normas de eficácia limitada. 
c) ADI interventiva: Objetiva decretar a intervenção federal em um 
Estado que descumpriu os princípios constitucionais sensíveis 
previstos na (CF, art. 34, VII). Diferentemente das duas outras, que 
poderão ser propostas por todos os legitimados do art. 103. Na ADI 
interventiva, somente o PGR é legitimado. 
 
2. ADC (ou ADECON) – Aqui não se pede a declaração de 
inconstitucionalidade da lei, é justamente o contrário, está se pedindo 
que se afirme a constitucionalidade dela. Ora, sabemos que as 
normas possuem presunção de constitucionalidade, por que alguém 
pediria isso? Pelo simples fato dessa presunção ser relativa, admite-
se prova em contrário para derrubá-la. Então, após ocorrer o que a 
lei chama de “controvérsia judicial relevante” – que é requisito para 
 
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admiti-la – o STF poderá tomar conhecimento da causa e afirmar ou 
não a sua constitucionalidade, para que a presunção deixe de ser 
relativa e passe a ser absolutra. 
 
3. ADPF – É uma ação que poderá ser proposta segundo a lei 
9882/99 “quando for relevante o fundamento da controvérsia 
constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou 
municipal” desde que haja um importante requisito: “não exista 
nenhum outro meio hábil capaz de resolver esse problema”. Então a 
ADPF só pode ser usada em caráter residual, ou seja, como último 
recurso para resolver a controvérsia. 
Outra importante disposição da lei é o fato de ela dizer: “Caberá 
ADPF inclusive contra atos anteriores à Constituição” 
Ora, irá controlar os atos anteriores à Constituição? É isso mesmo? 
Mas a inconstitucionalidade não tem que ser congênita? 
Exatamente isso, por este motivo temos o seguinte entendimento em 
se tratando de atos normativos anteriores à Constituição: 
 
Leis anteriores a 1988 X Constituição da época em que foram 
criadas: 
� Só caberá controle concreto; 
� Este controle poderá verificar a compatibilidade tanto material 
quanto formal entre a lei e a “sua” CF; 
� A decisão será: A lei é inconstitucional ou a lei é constitucional. 
Leis anteriores a 1988 x CF/88: 
� Poderá ser usado além do controle concreto, a ADPF, 
� O controle será para verificar apenas a compatibilidade 
material; 
� Pois, como não existe inconstitucionalidade superveniente, a 
decisão dirá: A lei foi recepcionada ou a lei não foi recepcionada 
(foi revogada). 
 
 
Agora, muita atenção a isso: 
ADIN – Só pode veicular (tratar sobre) leis federais ou estaduais; 
ADECON – Só veicula leis federais; 
 
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ADPF – Pode veicular qualquer lei: federal, estadual ou municipal. 
 
Observações: 
1- Meios para o controle abstrato: O controle de 
constitucionalidade em abstrato se faz apenas através destas 3 
ações, ou seja, não há possibilidade de se verificar a 
constitucionalidade de uma lei em tese (seu teor abstrato) que não 
seja no uso de alguma destas 3 ações. Assim decidiu o STF: 
• Ação civil pública não é instrumento idôneo para se discutir 
instituição inconstitucional de tributo (pois assim, estaria 
analisando em tese a lei instituidora, e não os casos concretos 
advindos dela). 
• Não cabe mandado de segurança contra lei em tese (STF- 
Súmula 266). 
• O Poder Legislativo não está autorizado a aprovar lei em cujos 
dispositivos se declarem nulas e de nenhuma eficácia, por 
serem inconstitucionais, outras leis de sua autoria (uma lei não 
é instrumento hábil para fazer controle de constitucionalidade). 
 
2- Causa de pedir aberta: Segundo a jurisprudência do STF, o 
controle de constitucionalidade abstrato possui causa de pedir 
“aberta”, ou seja, o STF não se vincula ao pedido do impetrante, 
podendo declarar a inconstitucionalidade com base em outro 
dispositivo. Perceba que no entanto, não ocorre dispensa da 
fundamentação do pedido, apenas, a fundamentação não vincula o 
Supremo, que poderá achar outras razões para acatar ou não o 
pedido dada a relevância da controvérsia. 
 
Quem pode propor ADI, ADC e ADPF? 
Os legitimados estão dispostos taxativamente no art. 103 da CF, e se 
dividem em 2 grupos: os legitimados universais e os legitimados 
especiais. Estes são chamados especiais pois precisam demonstrar 
pertinência temática para propor a ação, ou seja, que tenham efetivo 
interesse na causa. 
 
 
 
 
 
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11 
 
1- O Presidente da República; 
2- O PGR; 
3- O CONSELHO FEDERAL da OAB; 
4- Partido político com representação no CN; 
5- A Mesa de qualquer das Casas Legislativas; 
 
 
6- A Mesa de Assembléia Legislativa Estadual ou Câmara 
Legislativa do DF; 
7- O Governador de Estado/DF; 
8- Confederação sindical ou entidade de classe de 
âmbito nacional. 
 
Observações: 
1- Observe que a Mesa do CN não tem legitimidade para propor 
ADIN e ADECON; 
2- A perda da representação do partido político junto ao CN NÃO 
prejudica a ação já impetrada; 
3- O STF reconhece, desde 2004 após rever a sua jurisprudência, 
a legitimidade ativa das chamadas associação de 
associações para fins de ajuizamento da ADI. 
 
 PGR e AGU no processo do controle concentrado: 
Sobre os terceiros não envolvidos no processo, diz a lei 9882/99: 
“Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ADIN ou 
ADECON” 
Intervenção de terceiros é um instituto de processo civil, onde 
pessoas que não fazem parte do início do processo poderão, por 
exemplo, em seu decorrer prestar “assistência” a uma das partes ou 
fazer “oposição” a ambas. 
A intervenção não é admitida, mas, existe a possibilidade de que em 
decisões complexas, de matérias relevantes, outros órgãos ou 
entidades se manifestem paraprestar informações na qualidade de 
“amicus curie” (amigos da corte), e essa possibilidade é uma 
Legitimados 
Universais: 
Não precisam demonstrar 
pertinência temática. 
 
Legitimados 
Especiais: 
Precisam 
demonstrar 
pertinência 
temática. 
 
 
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12 
faculdade que o relator do processo possui e a fará por despacho 
irrecorrível. 
O art. 103 da CF diz: 
§ 1º - O PGR deverá ser previamente ouvido: 
� Nas ações de inconstitucionalidade; e 
� Em todos os processos de competência do STF. 
Manifestar-se-á também previamente à edição, revisão ou 
cancelamento de enunciado de súmula vinculante de cuja 
proposta não houver formulado. 
§ 3º - O AGU será previamente citado para DEFENDER 
o ato ou texto impugnado, sempre que o STF apreciar 
a inconstitucionalidade, em tese, de lei ou ato 
normativo. 
Atualmente, ao julgar questão de ordem na ADI 3916 em outubro de 
2009, o STF passou a entender que o AGU possui liberdade de agir, 
não estando obrigado a defender o ato impugnado em ação direta de 
inconstitucionalidade. 
O AGU e o PGR deverão ser ouvidos pelo STF sucessivamente, cada 
qual, em 15 dias. 
 
Inconstitucionalidade Reflexa ou indireta: 
O STF não admite controle de constitucionalidade concentrado, 
quando a inconstitucionalidade é indireta ou reflexa. Ou seja, alguns 
atos, normalmente normas infralegais não cometem 
inconstitucionalidade diretamente, eles comentem uma ilegalidade e 
só de forma indireta é que contrariam a Constituição. Desta forma, se 
um ato, antes de ser inconstitucional, é um ato ilegal, deve ser 
submetido a um controle de legalidade, não podendo ser objetos de 
ADI. 
 
Atos sujeitos à controle concentrado de inconstitucionalidade: 
O STF entende que para haver controle concentrado, precisamos 
estar diante de "ato normativo". O conceito de ato normativo é bem 
amplo e vem sendo, aos poucos, firmadas várias jurisprudências a 
respeito. 
Desta forma o STF já decidiu que cabe impugnação através de 
ADI, de: 
 
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13 
- Qualquer lei ou ato normativo primário (que retira seu fundamento 
direto da Constituição); 
- Emendas Constitucionais; 
- Leis do DF no uso de sua competência Estadual; 
- Decreto Autônomo; 
- Regimento de tribunais; 
- Resoluções Administrativas dos Tribunais e órgãos do Poder 
Judiciário; 
- Resoluções do TRT, salvo as convenções coletivas de trabalho; 
- Tratados internacionais (eles se internalizam como leis ou emendas 
constitucionais); 
Não poderão ser objetos de impugnação por ADI: 
- Súmulas, ainda que vinculantes; 
- Respostas dadas pelos tribunais às consultas a eles formuladas; 
- Decretos que não sejam autônomos. 
- Normas originárias, pois estas são frutos de um poder inicial, 
ilimitado e incondicionado - é a posição majoritária brasileira - 
diferentemente do que pregava Otto Bachof; 
- Normas já revogadas; 
- Leis do DF no uso de sua competência Municipal; 
 
OBS - Essa lista é exemplificativa, existem vários outros diplomas 
que o STF aceita ou poderá vir a aceitar como passíveis de controle 
concentrado e muitos outros, que igualmente, não aceita ou não virá 
a aceitar. 
 
Efeitos da decisão no controle jurisdicional repressivo de 
constitucionalidade: 
A inconstitucionalidade é um vício, algo que torna a lei inválida, logo 
a lei inconstitucional é uma lei nula, uma lei que nunca deveria ter 
existido. Assim dizemos que os efeitos da declaração de 
inconstitucionalidade é dito RETROATIVO (ou EX-TUNC); 
Porém, existem diferenças apenas quando se trata da abrangência da 
decisão: 
 
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projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. 
14 
- No controle concreto, dizemos que a decisão se dá “inter-partes”, 
ou seja, só vale para aquelas partes que entraram em juízo e 
discutiram a causa. Para terceiros serem atingidos pela decisão, 
somente se também entrarem em juízo. 
- No controle abstrato, dizemos que a decisão é “erga-omnes”, ou 
seja, atinge a todos. Esta é uma decisão um pouco óbvia, pois como 
se está discutindo a lei em si, em tese, como poderíamos falar em 
efeito inter-partes se não há partes em litígio? 
- Diferentemente do que ocorre no controle concreto, as decisões 
definitivas de mérito (ou seja, só aquelas que efetivamente versem 
sobre o objeto do pedido e não uma mera decisão formal, como a 
inadmissão da ação por falta de pressuposto processual) no controle 
abstrato terão além da eficácia contra todos, vista acima, EFEITO 
VINCULANTE perante os demais órgãos do poder judiciário e 
da adminitração pública (executivo ou funções administrativas do 
legislativo e judiciário), seja na esfera federal, estadual ou municipal. 
- Efeito vinculante significa dizer que não se poderá agir de forma 
contrária a decisão. Caso haja um desrespeito a isso, caberá 
reclamação diretamente ao Supremo. 
- Muito importante é observar que o efeito vinculante que acabamos 
de ver não vinculará nem o Poder Legislativo, nem o prórpio STF 
Exceções: 
- Em se tratando do controle concreto, existe 2 modos de a decisão 
se tornar “erga-omnes” ao invés de “inter-partes”, são elas: 
1- No caso da discussão alcançar o STF, este poderá remeter à norma 
ao Senado Federal, que no uso da competência atribuída a ele pelo 
art. 52, X da CF, PODERÁ “suspender” a execução da norma para 
todos. Esta decisão, porém, terá eficácia NÃO-RETROATIVA (ou EX-
NUNC). 
2- A segunda maneira de isso acontecer será a edição de uma súmula 
vinculante pelo STF, mas ele só poderá fazer isso após reiteradas 
decisões sobre a matéria e pela aprovação de 2/3 de seus membros. 
 
- Existe quanto à dimensão temporal, a chamada modulação 
temporal dos efeitos: vimos que a regra da decisão é ter efeitos 
ex-tunc. Esta eficácia poderá ser afetada, caso o tribunal, alegando 
SEGURANÇA JURÍDICA ou EXCEPCIONAL INTERESSE SOCIAL, 
entenda pelo voto de 2/3 de seus membros que deve ao invés da 
eficácia retroativa, conceder uma eficácia ex-nunc ou a partir de 
outro momento que venha a fixar (pro-futuro). A jurisprudência vem 
 
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15 
admitindo, por analogia, a modulação temporal dos efeitos também 
no caso do controle concreto, quando então o juiz também poderá 
entender que a eficácia seja ex-nunc. 
 
Quadro-resumo dos Efeitos: 
Controle Regra Exceção 
STF no controle 
abstratoAlcance 
subjetivo 
Erga-Omnes - 
Alcance 
temporal 
Ex-tunc Ex-nunc (decisão 
de 2/3) 
Controle difuso 
 
Alcance 
subjetivo 
Inter-partes 
Erga-omnes se o 
STF publicar 
súmula vinculante 
ou se remeter ao 
Senado. 
Alcance 
temporal 
Ex-tunc Ex-nunc (analogia 
ao abstrato) 
Suspensão do ato 
pelo Senado 
(não é controle de 
constitucionalidade) 
Alcance 
subjetivo Erga-Omnes - 
Alcance 
temporal Ex-nunc 
Ex-tunc para a 
adm. pública 
federal. 
Medida Cautelar 
de Ações 
Alcance 
subjetivo Erga-Omnes - 
Alcance 
temporal 
Ex-nunc 
Ex-tunc se o 
tribunal assim 
entender (previsto 
somente para a 
cautelar de ADI) 
 
Controle de Constitucionalidade nos Estados: 
A Constituição Federal foi omissa na previsão do controle de 
constitucionalidade no âmbito Estadual. A CF se limitou a prever em 
seu art. 125 § 2º que caberá ao Estado-membro instituir e regular 
como será a representação de inconstitucionalidade dos atos 
estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, mas que 
seria "vedada a atribuição da legitimação para agir a um único 
 
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16 
órgão", isso quer dizer que Constituição Estadual não poderá 
relacionar um único órgão como legitimado para propor a ADIN 
estadual. 
Doutrinariamente, costuma-se adotar o "princípio da simetria 
federativa" para se estabelecer o controle estadual. Ou seja, admite-
se que os Estados usem dos mesmos institutos previstos em âmbito 
federal porém com a respectiva correspondência. Veja a tabela 
exemplificativa abaixo: 
 
Âmbito Federal Correspondente em âmbito 
Estadual 
Presidente da República Governador 
STF TJ 
ADI para leis federais e estaduais ADI para leis estaduais e 
municipais 
ADC para leis federais ADC para leis estaduais 
Conselho Federal da OAB Conselho Seccional da OAB 
PGR PGJ (Procurador-Geral de Justiça) 
AGU PGE (Procurador-Geral do Estado) 
 
Interpretação Conforme a Constituição: 
A interpretação conforme a Constituição ou simplesmente 
interpretação conforme é uma técnica de interpretação constitucional 
usada quando ocorre um conflito entre algum ou alguns dos sentidos 
que uma norma pode assumir e a Constituição. Ou seja, se uma 
norma é aparentemente inconstitucional, mas que admite várias 
interpretações possíveis, deve, o juiz ou tribunal, não declarar a 
inconstitucionalidade da norma, mas sim impedir que se aplique a 
norma no sentido inconstitucional, fixando a ela um sentido a favor 
da sua constitucionalidade, por conseguinte, interpretá-la em sentido 
diverso seria inconstitucional. 
 
 
 
 
 
 
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17 
Histórico do controle de constitucionalidade no Brasil 
Sobre o sistema de controle de constitucionalidade no Brasil, 
podemos traçar, superficialmente, a segunite linha do tempo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1824: 
Controle 
Político a 
cargo do 
Legislativo 
1934: 
Além de manter o 
controle difuso, previu: 
1- a representação 
interventiva; 
2- a necessidade de 
maioria absoluta para 
que os tribunais 
declarassem a 
inconstitucionalidade; 
3- a possibilidade de o 
Senado suspender, no 
todo ou em parte, o ato 
declarado 
inconstitucional. 
1937: 
Começa a ditadura e 
ocorre um retrocesso 
em quase tudo, 
inclusive no controle de 
const. Continua o 
controle difuso, mas o 
Presidente poderia 
submeter a declaração 
de inconstitucionalidade 
à apreciação do Poder 
Legislativo, que poderia 
derrubá-la pelo voto de 
2/3. 
1946: 
Restauração, 
inclusive do Poder 
Judiciário, como 
único legitimado 
para o controle de 
constitucionalidade. 
EC 16 /65 (ainda na CF/46): 
Mantém o controle difuso, mas agora 
temos a instituição do controle 
abstrato no Brasil através de ADI 
impetrada junto ao STF. O único 
legitimado era o PGR. 
1988: 
- Ampliação do rol de 
legitimado no controle 
abstrato. 
- Criação da ADPF e ADI por 
omissão. 
- Instituição da ADC pela EC 
de revisão 3/93. 
- Controle abstrato estadual. 
- Com a EC 45/04: 
.Cria-se a súmula 
vinculante; 
.Os legitimados da ADC e 
ADI passam a ser os 
mesmos; 
. O efeito vinculante se 
estende a todas as ações 
diretas e passam a vincular 
toda a administração pública 
direta e indireta. 
1891: 
Início do 
controle 
Jurisdicional - 
apenas difuso 
- por 
influência 
norte-
americana 
1967/69: 
- Manutenção do 
que vinha sendo 
feito. 
- A EC 7/77 
instituiu o efeito 
vinculante nas 
decisões em tese. 
 
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18 
Leis do Controle de Constitucionalidade: 
LEI No 9.868, DE 10 DE NOVEMBRO DE 1999. 
Mensagem de Veto 
Dispõe sobre o processo e 
julgamento da ação direta de 
inconstitucionalidade e da ação 
declaratória de constitucionalidade 
perante o Supremo Tribunal 
Federal. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso 
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
CAPÍTULO I 
DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE E DA 
AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE 
Art. 1o Esta Lei dispõe sobre o processo e julgamento da ação 
direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de 
constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal. 
 
CAPÍTULO II 
DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 
Seção I 
Da Admissibilidade e do Procedimento da 
Ação Direta de Inconstitucionalidade 
Art. 2o Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade: 
(Vide artigo 103 da Constituição Federal) 
I - o Presidente da República; 
II - a Mesa do Senado Federal; 
III - a Mesa da Câmara dos Deputados; 
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou a Mesa da Câmara 
Legislativa do Distrito Federal; 
V - o Governador de Estado ou o Governador do Distrito Federal; 
 
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19 
VI - o Procurador-Geral da República; 
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; 
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; 
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito 
nacional. 
Parágrafo único. (VETADO) 
Art. 3o A petição indicará: 
I - o dispositivo da lei ou do ato normativo impugnado e os 
fundamentos jurídicos do pedido em relaçãoa cada uma das 
impugnações; 
II - o pedido, com suas especificações. 
Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento 
de procuração, quando subscrita por advogado, será apresentada em 
duas vias, devendo conter cópias da lei ou do ato normativo 
impugnado e dos documentos necessários para comprovar a 
impugnação. 
Art. 4o A petição inicial inepta, não fundamentada e a 
manifestamente improcedente serão liminarmente indeferidas pelo 
relator. 
Parágrafo único. Cabe agravo da decisão que indeferir a petição 
inicial. 
Art. 5o Proposta a ação direta, não se admitirá desistência. 
Parágrafo único. (VETADO) 
Art. 6o O relator pedirá informações aos órgãos ou às 
autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado. 
Parágrafo único. As informações serão prestadas no prazo de 
trinta dias contado do recebimento do pedido. 
Art. 7o Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de 
ação direta de inconstitucionalidade. 
 
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20 
§ 1o (VETADO) 
§ 2o O relator, considerando a relevância da matéria e a 
representatividade dos postulantes, poderá, por despacho 
irrecorrível, admitir, observado o prazo fixado no parágrafo anterior, 
a manifestação de outros órgãos ou entidades. 
Art. 8o Decorrido o prazo das informações, serão ouvidos, 
sucessivamente, o Advogado-Geral da União e o Procurador-Geral da 
República, que deverão manifestar-se, cada qual, no prazo de quinze 
dias. 
Art. 9o Vencidos os prazos do artigo anterior, o relator lançará o 
relatório, com cópia a todos os Ministros, e pedirá dia para 
julgamento. 
§ 1o Em caso de necessidade de esclarecimento de matéria ou 
circunstância de fato ou de notória insuficiência das informações 
existentes nos autos, poderá o relator requisitar informações 
adicionais, designar perito ou comissão de peritos para que emita 
parecer sobre a questão, ou fixar data para, em audiência pública, 
ouvir depoimentos de pessoas com experiência e autoridade na 
matéria. 
§ 2o O relator poderá, ainda, solicitar informações aos Tribunais 
Superiores, aos Tribunais federais e aos Tribunais estaduais acerca da 
aplicação da norma impugnada no âmbito de sua jurisdição. 
§ 3o As informações, perícias e audiências a que se referem os 
parágrafos anteriores serão realizadas no prazo de trinta dias, 
contado da solicitação do relator. 
Seção II 
Da Medida Cautelar em Ação Direta de Inconstitucionalidade 
Art. 10. Salvo no período de recesso, a medida cautelar na ação 
direta será concedida por decisão da maioria absoluta dos membros 
do Tribunal, observado o disposto no art. 22, após a audiência dos 
órgãos ou autoridades dos quais emanou a lei ou ato normativo 
impugnado, que deverão pronunciar-se no prazo de cinco dias. 
§ 1o O relator, julgando indispensável, ouvirá o Advogado-Geral 
da União e o Procurador-Geral da República, no prazo de três dias. 
 
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21 
§ 2o No julgamento do pedido de medida cautelar, será facultada 
sustentação oral aos representantes judiciais do requerente e das 
autoridades ou órgãos responsáveis pela expedição do ato, na forma 
estabelecida no Regimento do Tribunal. 
§ 3o Em caso de excepcional urgência, o Tribunal poderá deferir 
a medida cautelar sem a audiência dos órgãos ou das autoridades das 
quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado. 
Art. 11. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal 
Federal fará publicar em seção especial do Diário Oficial da União e 
do Diário da Justiça da União a parte dispositiva da decisão, no prazo 
de dez dias, devendo solicitar as informações à autoridade da qual 
tiver emanado o ato, observando-se, no que couber, o procedimento 
estabelecido na Seção I deste Capítulo. 
§ 1o A medida cautelar, dotada de eficácia contra todos, será 
concedida com efeito ex nunc, salvo se o Tribunal entender que deva 
conceder-lhe eficácia retroativa. 
§ 2o A concessão da medida cautelar torna aplicável a legislação 
anterior acaso existente, salvo expressa manifestação em sentido 
contrário. 
Art. 12. Havendo pedido de medida cautelar, o relator, em face 
da relevância da matéria e de seu especial significado para a ordem 
social e a segurança jurídica, poderá, após a prestação das 
informações, no prazo de dez dias, e a manifestação do Advogado-
Geral da União e do Procurador-Geral da República, sucessivamente, 
no prazo de cinco dias, submeter o processo diretamente ao Tribunal, 
que terá a faculdade de julgar definitivamente a ação. 
Capítulo II-A 
(Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). 
Da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão 
Seção I 
(Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). 
Da Admissibilidade e do Procedimento da Ação Direta de 
Inconstitucionalidade por Omissão 
Art. 12-A. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade 
por omissão os legitimados à propositura da ação direta de 
 
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projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. 
22 
inconstitucionalidade e da ação declaratória de 
constitucionalidade. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). 
Art. 12-B. A petição indicará: (Incluído pela Lei nº 12.063, de 
2009). 
I - a omissão inconstitucional total ou parcial quanto ao 
cumprimento de dever constitucional de legislar ou quanto à adoção 
de providência de índole administrativa; (Incluído pela Lei nº 12.063, 
de 2009). 
II - o pedido, com suas especificações. (Incluído pela Lei nº 
12.063, de 2009). 
Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento 
de procuração, se for o caso, será apresentada em 2 (duas) vias, 
devendo conter cópias dos documentos necessários para comprovar a 
alegação de omissão. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). 
Art. 12-C. A petição inicial inepta, não fundamentada, e a 
manifestamente improcedente serão liminarmente indeferidas pelo 
relator. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). 
Parágrafo único. Cabe agravo da decisão que indeferir a petição 
inicial. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). 
Art. 12-D. Proposta a ação direta de inconstitucionalidade por 
omissão, não se admitirá desistência. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 
2009). 
Art. 12-E. Aplicam-se ao procedimento da ação direta de 
inconstitucionalidade por omissão, no que couber, as disposições 
constantes da Seção I do Capítulo II desta Lei. (Incluído pela Lei nº 
12.063, de 2009). 
§ 1o Os demais titulares referidos no art. 2o desta Lei poderão 
manifestar-se, por escrito, sobre o objeto da ação e pedir a juntada 
de documentos reputados úteis para o exame da matéria, no prazo 
das informações, bem como apresentar memoriais. (Incluído pela Lei 
nº 12.063, de 2009). 
§ 2o O relator poderá solicitar a manifestação do Advogado-
Geral da União, que deverá ser encaminhada no prazode 15 (quinze) 
dias. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). 
 
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23 
§ 3o O Procurador-Geral da República, nas ações em que não for 
autor, terá vista do processo, por 15 (quinze) dias, após o decurso do 
prazo para informações. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). 
 
Seção II 
(Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). 
Da Medida Cautelar em Ação Direta de Inconstitucionalidade por 
Omissão 
Art. 12-F. Em caso de excepcional urgência e relevância da 
matéria, o Tribunal, por decisão da maioria absoluta de seus 
membros, observado o disposto no art. 22, poderá conceder medida 
cautelar, após a audiência dos órgãos ou autoridades responsáveis 
pela omissão inconstitucional, que deverão pronunciar-se no prazo de 
5 (cinco) dias. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). 
§ 1o A medida cautelar poderá consistir na suspensão da 
aplicação da lei ou do ato normativo questionado, no caso de omissão 
parcial, bem como na suspensão de processos judiciais ou de 
procedimentos administrativos, ou ainda em outra providência a ser 
fixada pelo Tribunal. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). 
§ 2o O relator, julgando indispensável, ouvirá o Procurador-
Geral da República, no prazo de 3 (três) dias. (Incluído pela Lei nº 
12.063, de 2009). 
§ 3o No julgamento do pedido de medida cautelar, será 
facultada sustentação oral aos representantes judiciais do requerente 
e das autoridades ou órgãos responsáveis pela omissão 
inconstitucional, na forma estabelecida no Regimento do 
Tribunal. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). 
Art.12-G. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal 
Federal fará publicar, em seção especial do Diário Oficial da União e 
do Diário da Justiça da União, a parte dispositiva da decisão no prazo 
de 10 (dez) dias, devendo solicitar as informações à autoridade ou ao 
órgão responsável pela omissão inconstitucional, observando-se, no 
que couber, o procedimento estabelecido na Seção I do Capítulo II 
desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). 
Seção III 
(Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). 
 
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24 
Da Decisão na Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão 
Art. 12-H. Declarada a inconstitucionalidade por omissão, com 
observância do disposto no art. 22, será dada ciência ao Poder 
competente para a adoção das providências necessárias. (Incluído 
pela Lei nº 12.063, de 2009). 
§ 1o Em caso de omissão imputável a órgão administrativo, as 
providências deverão ser adotadas no prazo de 30 (trinta) dias, ou 
em prazo razoável a ser estipulado excepcionalmente pelo Tribunal, 
tendo em vista as circunstâncias específicas do caso e o interesse 
público envolvido. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). 
§ 2o Aplica-se à decisão da ação direta de inconstitucionalidade 
por omissão, no que couber, o disposto no Capítulo IV desta Lei. 
(Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). 
 
CAPÍTULO III 
DA AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE 
Seção I 
Da Admissibilidade e do Procedimento da 
Ação Declaratória de Constitucionalidade 
Art. 13. Podem propor a ação declaratória de constitucionalidade 
de lei ou ato normativo federal: (Vide artigo 103 da Constituição 
Federal) 
I - o Presidente da República; 
II - a Mesa da Câmara dos Deputados; 
III - a Mesa do Senado Federal; 
IV - o Procurador-Geral da República. 
Art. 14. A petição inicial indicará: 
I - o dispositivo da lei ou do ato normativo questionado e os 
fundamentos jurídicos do pedido; 
II - o pedido, com suas especificações; 
 
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25 
III - a existência de controvérsia judicial relevante sobre a 
aplicação da disposição objeto da ação declaratória. 
Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento 
de procuração, quando subscrita por advogado, será apresentada em 
duas vias, devendo conter cópias do ato normativo questionado e dos 
documentos necessários para comprovar a procedência do pedido de 
declaração de constitucionalidade. 
Art. 15. A petição inicial inepta, não fundamentada e a 
manifestamente improcedente serão liminarmente indeferidas pelo 
relator. 
Parágrafo único. Cabe agravo da decisão que indeferir a petição 
inicial. 
Art. 16. Proposta a ação declaratória, não se admitirá 
desistência. 
Art. 17. (VETADO) 
Art. 18. Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de 
ação declaratória de constitucionalidade. 
§ 1o (VETADO) 
§ 2o (VETADO) 
Art. 19. Decorrido o prazo do artigo anterior, será aberta vista ao 
Procurador-Geral da República, que deverá pronunciar-se no prazo de 
quinze dias. 
Art. 20. Vencido o prazo do artigo anterior, o relator lançará o 
relatório, com cópia a todos os Ministros, e pedirá dia para 
julgamento. 
§ 1o Em caso de necessidade de esclarecimento de matéria ou 
circunstância de fato ou de notória insuficiência das informações 
existentes nos autos, poderá o relator requisitar informações 
adicionais, designar perito ou comissão de peritos para que emita 
parecer sobre a questão ou fixar data para, em audiência pública, 
ouvir depoimentos de pessoas com experiência e autoridade na 
matéria. 
 
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projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. 
26 
§ 2o O relator poderá solicitar, ainda, informações aos Tribunais 
Superiores, aos Tribunais federais e aos Tribunais estaduais acerca da 
aplicação da norma questionada no âmbito de sua jurisdição. 
§ 3o As informações, perícias e audiências a que se referem os 
parágrafos anteriores serão realizadas no prazo de trinta dias, 
contado da solicitação do relator. 
 
Seção II 
Da Medida Cautelar em Ação Declaratória 
de Constitucionalidade 
Art. 21. O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria 
absoluta de seus membros, poderá deferir pedido de medida cautelar 
na ação declaratória de constitucionalidade, consistente na 
determinação de que os juízes e os Tribunais suspendam o 
julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato 
normativo objeto da ação até seu julgamento definitivo. 
Parágrafo único. Concedida a medida cautelar, o Supremo 
Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário Oficial da 
União a parte dispositiva da decisão, no prazo de dez dias, devendo o 
Tribunal proceder ao julgamento da ação no prazo de cento e oitenta 
dias, sob pena de perda de sua eficácia. 
 
CAPÍTULO IV 
DA DECISÃONA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 
E NA AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE 
Art. 22. A decisão sobre a constitucionalidade ou a 
inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo somente será 
tomada se presentes na sessão pelo menos oito Ministros. 
Art. 23. Efetuado o julgamento, proclamar-se-á a 
constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da disposição ou da 
norma impugnada se num ou noutro sentido se tiverem manifestado 
pelo menos seis Ministros, quer se trate de ação direta de 
inconstitucionalidade ou de ação declaratória de constitucionalidade. 
Parágrafo único. Se não for alcançada a maioria necessária à 
declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, 
 
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27 
estando ausentes Ministros em número que possa influir no 
julgamento, este será suspenso a fim de aguardar-se o 
comparecimento dos Ministros ausentes, até que se atinja o número 
necessário para prolação da decisão num ou noutro sentido. 
Art. 24. Proclamada a constitucionalidade, julgar-se-á 
improcedente a ação direta ou procedente eventual ação declaratória; 
e, proclamada a inconstitucionalidade, julgar-se-á procedente a ação 
direta ou improcedente eventual ação declaratória. 
Art. 25. Julgada a ação, far-se-á a comunicação à autoridade ou 
ao órgão responsável pela expedição do ato. 
Art. 26. A decisão que declara a constitucionalidade ou a 
inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo em ação direta ou 
em ação declaratória é irrecorrível, ressalvada a interposição de 
embargos declaratórios, não podendo, igualmente, ser objeto de ação 
rescisória. 
Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato 
normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de 
excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por 
maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela 
declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito 
em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado. 
Art. 28. Dentro do prazo de dez dias após o trânsito em julgado 
da decisão, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção 
especial do Diário da Justiça e do Diário Oficial da União a parte 
dispositiva do acórdão. 
Parágrafo único. A declaração de constitucionalidade ou de 
inconstitucionalidade, inclusive a interpretação conforme a 
Constituição e a declaração parcial de inconstitucionalidade sem 
redução de texto, têm eficácia contra todos e efeito vinculante em 
relação aos órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública 
federal, estadual e municipal. 
 
CAPÍTULO V 
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E FINAIS 
Art. 29. O art. 482 do Código de Processo Civil fica acrescido dos 
seguintes parágrafos: 
 
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28 
"Art. 482. ........................................................................... 
§ 1o O Ministério Público e as pessoas jurídicas de direito público 
responsáveis pela edição do ato questionado, se assim o requererem, 
poderão manifestar-se no incidente de inconstitucionalidade, 
observados os prazos e condições fixados no Regimento Interno do 
Tribunal. 
§ 2o Os titulares do direito de propositura referidos no art. 103 da 
Constituição poderão manifestar-se, por escrito, sobre a questão 
constitucional objeto de apreciação pelo órgão especial ou pelo Pleno 
do Tribunal, no prazo fixado em Regimento, sendo-lhes assegurado o 
direito de apresentar memoriais ou de pedir a juntada de 
documentos. 
§ 3o O relator, considerando a relevância da matéria e a 
representatividade dos postulantes, poderá admitir, por despacho 
irrecorrível, a manifestação de outros órgãos ou entidades." 
Art. 30. O art. 8o da Lei no 8.185, de 14 de maio de 1991, passa 
a vigorar acrescido dos seguintes dispositivos: 
"Art.8o ............................................................................. 
I - ..................................................................................... 
........................................................................................ 
n) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do 
Distrito Federal em face da sua Lei Orgânica; 
....................................................................................... 
§ 3o São partes legítimas para propor a ação direta de 
inconstitucionalidade: 
I- o Governador do Distrito Federal; 
II - a Mesa da Câmara Legislativa; 
III - o Procurador-Geral de Justiça; 
IV - a Ordem dos Advogados do Brasil, seção do Distrito Federal; 
 
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29 
V - as entidades sindicais ou de classe, de atuação no Distrito 
Federal, demonstrando que a pretensão por elas deduzida guarda 
relação de pertinência direta com os seus objetivos institucionais; 
VI - os partidos políticos com representação na Câmara Legislativa. 
§ 4o Aplicam-se ao processo e julgamento da ação direta de 
Inconstitucionalidade perante o Tribunal de Justiça do Distrito Federal 
e Territórios as seguintes disposições: 
I - o Procurador-Geral de Justiça será sempre ouvido nas ações 
diretas de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade; 
II - declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para 
tornar efetiva norma da Lei Orgânica do Distrito Federal, a decisão 
será comunicada ao Poder competente para adoção das providências 
necessárias, e, tratando-se de órgão administrativo, para fazê-lo em 
trinta dias; 
III - somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou de 
seu órgão especial, poderá o Tribunal de Justiça declarar a 
inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo do Distrito Federal ou 
suspender a sua vigência em decisão de medida cautelar. 
§ 5o Aplicam-se, no que couber, ao processo de julgamento da ação 
direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Distrito 
Federal em face da sua Lei Orgânica as normas sobre o processo e o 
julgamento da ação direta de inconstitucionalidade perante o 
Supremo Tribunal Federal." 
Art. 31. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Brasília, 10 de novembro de 1999; 178o da Independência e 
111o da República. 
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO 
José Carlos Dias 
Este texto não substitui o publicado no DOU de 11.11.1999 
 
 
 
 
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30 
LEI No 9.882, DE 3 DE DEZEMBRO DE 1999. 
Mensagem de Veto 
Dispõe sobre o processoe 
julgamento da argüição de 
descumprimento de preceito 
fundamental, nos termos do § 1o do 
art. 102 da Constituição Federal. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso 
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
Art. 1o A argüição prevista no § 1o do art. 102 da Constituição 
Federal será proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por 
objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de 
ato do Poder Público. 
Parágrafo único. Caberá também argüição de descumprimento 
de preceito fundamental: 
I - quando for relevante o fundamento da controvérsia 
constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou 
municipal, incluídos os anteriores à Constituição; (Vide ADIN 2.231-8, 
de 2000) 
II – (VETADO) 
Art. 2o Podem propor argüição de descumprimento de preceito 
fundamental: 
I - os legitimados para a ação direta de inconstitucionalidade; 
II - (VETADO) 
§ 1o Na hipótese do inciso II, faculta-se ao interessado, 
mediante representação, solicitar a propositura de argüição de 
descumprimento de preceito fundamental ao Procurador-Geral da 
República, que, examinando os fundamentos jurídicos do pedido, 
decidirá do cabimento do seu ingresso em juízo. 
§ 2o (VETADO) 
Art. 3o A petição inicial deverá conter: 
I - a indicação do preceito fundamental que se considera 
violado; 
 
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31 
II - a indicação do ato questionado; 
III - a prova da violação do preceito fundamental; 
IV - o pedido, com suas especificações; 
V - se for o caso, a comprovação da existência de controvérsia 
judicial relevante sobre a aplicação do preceito fundamental que se 
considera violado. 
Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de 
instrumento de mandato, se for o caso, será apresentada em duas 
vias, devendo conter cópias do ato questionado e dos documentos 
necessários para comprovar a impugnação. 
Art. 4o A petição inicial será indeferida liminarmente, pelo 
relator, quando não for o caso de argüição de descumprimento de 
preceito fundamental, faltar algum dos requisitos prescritos nesta Lei 
ou for inepta. 
§ 1o Não será admitida argüição de descumprimento de 
preceito fundamental quando houver qualquer outro meio eficaz de 
sanar a lesividade. 
§ 2o Da decisão de indeferimento da petição inicial caberá 
agravo, no prazo de cinco dias. 
Art. 5o O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria 
absoluta de seus membros, poderá deferir pedido de medida liminar 
na argüição de descumprimento de preceito fundamental. 
§ 1o Em caso de extrema urgência ou perigo de lesão grave, 
ou ainda, em período de recesso, poderá o relator conceder a liminar, 
ad referendum do Tribunal Pleno. 
§ 2o O relator poderá ouvir os órgãos ou autoridades 
responsáveis pelo ato questionado, bem como o Advogado-Geral da 
União ou o Procurador-Geral da República, no prazo comum de cinco 
dias. 
§ 3o A liminar poderá consistir na determinação de que juízes 
e tribunais suspendam o andamento de processo ou os efeitos de 
decisões judiciais, ou de qualquer outra medida que apresente 
relação com a matéria objeto da argüição de descumprimento de 
 
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preceito fundamental, salvo se decorrentes da coisa julgada. (Vide 
ADIN 2.231-8, de 2000) 
§ 4o (VETADO) 
Art. 6o Apreciado o pedido de liminar, o relator solicitará as 
informações às autoridades responsáveis pela prática do ato 
questionado, no prazo de dez dias. 
§ 1o Se entender necessário, poderá o relator ouvir as partes 
nos processos que ensejaram a argüição, requisitar informações 
adicionais, designar perito ou comissão de peritos para que emita 
parecer sobre a questão, ou ainda, fixar data para declarações, em 
audiência pública, de pessoas com experiência e autoridade na 
matéria. 
§ 2o Poderão ser autorizadas, a critério do relator, sustentação 
oral e juntada de memoriais, por requerimento dos interessados no 
processo. 
Art. 7o Decorrido o prazo das informações, o relator lançará o 
relatório, com cópia a todos os ministros, e pedirá dia para 
julgamento. 
Parágrafo único. O Ministério Público, nas argüições que não 
houver formulado, terá vista do processo, por cinco dias, após o 
decurso do prazo para informações. 
Art. 8o A decisão sobre a argüição de descumprimento de 
preceito fundamental somente será tomada se presentes na sessão 
pelo menos dois terços dos Ministros. 
§ 1o (VETADO) 
§ 2o (VETADO) 
Art. 9o (VETADO) 
Art. 10. Julgada a ação, far-se-á comunicação às autoridades 
ou órgãos responsáveis pela prática dos atos questionados, fixando-
se as condições e o modo de interpretação e aplicação do preceito 
fundamental. 
§ 1o O presidente do Tribunal determinará o imediato 
cumprimento da decisão, lavrando-se o acórdão posteriormente. 
 
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§ 2o Dentro do prazo de dez dias contado a partir do trânsito 
em julgado da decisão, sua parte dispositiva será publicada em seção 
especial do Diário da Justiça e do Diário Oficial da União. 
§ 3o A decisão terá eficácia contra todos e efeito vinculante 
relativamente aos demais órgãos do Poder Público. 
Art. 11. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato 
normativo, no processo de argüição de descumprimento de preceito 
fundamental, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de 
excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por 
maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela 
declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito 
em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado. 
Art. 12. A decisão que julgar procedente ou improcedente o 
pedido em argüição de descumprimento de preceito fundamental é 
irrecorrível, não podendo ser objeto de ação rescisória. 
Art. 13. Caberá reclamação contra o descumprimento da 
decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal, na forma do seu 
Regimento Interno. 
Art. 14. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Brasília, 3 de dezembro de 1999; 178o da Independência e 1 
11o da República. 
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO 
José Carlos Dias 
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 6.12.1999 
 
Hora de fixar: 
Agora chegou o momento de você fixar esse conhecimento de vez, 
para o resta vida! Isso é bem simples. Acesse o ambiente interativo 
do site www.nota11.com.br e crie um plano de estudos com o 
"Capítulo 10". 
No ambiente interativo do Nota 11, além de fixar a matéria, você 
poderá ainda aprofundar e ver detalhes do tema. 
 
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34 
Ao final do estudo do plano, você verá que estará em plenas 
condições de responder a qualquer questão! 
 
Questões de concurso: 
 
1. (CESPE/Auditor-TCU/2009) Mesmo que a CF fosse 
classificada como flexível, seria legítimo o controle de 
constitucionalidade de seu sistema jurídico. 
2. (ESAF/PGFN/2007) A supremacia jurídica da Constituição é 
que fornece o ambiente institucional favorável ao desenvolvimento do 
sistema de controle de constitucionalidade. 
3. (FCC/Analista - TRT 16ª/2009) Na via de exceção, a 
pronúncia do Judiciário, sobre a inconstitucionalidade, não é feita 
enquanto manifestação sobre o objeto principal da lide, mas sim 
sobre questão prévia, indispensável ao julgamento do mérito. 
4. (CESPE/Advogado - IPAJM-ES/2010) Uma norma pode ter 
a sua constitucionalidade aferida pelo modelo de controle difuso ou 
pelo modelo concentrado. O primeiro teve sua origem na Áustria, sob 
a influência de Hans Kelsen, e o segundo, nos Estados Unidos da 
América, a partir do caso Marbury versus Madison, em 1803. 
5. (FCC/AJAA-TRT 9ª/2010) A ação declaratória de 
constitucionalidade, junto ao Supremo Tribunal Federal, NÃO poderá 
ser proposta 
a) pela entidade de classe de âmbito nacional. 
b) pela Mesa da Câmara Legislativa. 
c) pelo Governador do Distrito Federal. 
d) pela confederação sindical. 
e) pelo Prefeito Municipal. 
6. (ESAF/PGFN/2007) A Mesa do Congresso Nacional não tem 
legitimidade para a propositura da Ação Direta de 
Inconstitucionalidade. 
7. (ESAF/PGFN/2007) O Supremo Tribunal Federal não 
reconhece a legitimidade ativa das chamadas associação de 
associações para fins de ajuizamento da Ação Direta de 
Inconstitucionalidade. 
8. (CESPE/OAB-SP exame nº 135/2008) A ação declaratória 
de constitucionalidade somente será julgada se existir controvérsia 
 
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35 
judicial relevante sobre a aplicação da lei ou do ato normativo de que 
trata a ação. 
9. (FCC/Promotor-MPE-CE/2009) Pode-se afirmar que a 
Constituição de 1967, a teor da Emenda Constitucional no 7, de 
1977, adotou a representação para interpretação de lei ou ato 
normativo federal ou estadual, que tinha, segundo o Regimento 
Interno do Supremo Tribunal Federal, "força vinculante". 
10. (FCC/Analista - TRT-AL/2008) A Emenda Constitucional no 
45 incluiu, dentre os legitimados à propositura da Ação Declaratória 
de Constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal, a Mesa 
da Câmara Legislativa do Distrito Federal, o Governador do Distrito 
Federal, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, o 
partido político com representação no Congresso Nacional e a 
confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. 
 
Gabarito: 
 
1. Errado. 
2. Correto. 
3. Correto. 
4. Errado. 
5. Letra E. 
6. Correto. 
7. Errado. 
8. Correto. 
9. Correto. 
10. Correto.

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