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Julgados do STF para concursos v1.6

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Prévia do material em texto

Prof. Vítor Cruz 
 
 
 1 
 
Este material é privativo dos que colaboram para a democratização do ensino de qualidade, assinando o site 
www.NOTA11.com.br. Caso você não seja um usuário e esteja disseminando ou tendo acesso a este material, saiba que está 
contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. 
 
Jurisprudência do STF para concursos: 
(Versão 1.6 - Outubro /2014) 
As novas jurisprudências inseridas desta versão (não 
necessariamente “jurisprudências novas”, mas novidades em em 
relação a versão anterior), estão marcadas pelo termo “ (NOVO) ” - 
quem tiver a versão anterior e não quiser imprimir a nova inteira, 
basta dar ctrl+f e buscar pelo termo (NOVO). 
 
Sumário: 
1. Introdução e orientação de estudo: ....................................................... 1 
2. Súmulas Vinculantes: ............................................................................. 2 
3. Súmulas “comuns” do STF:..................................................................... 5 
4. Julgados individuais relevantes do STF, organizados por temas: .......... 11 
A) Preâmbulo ....................................................................................... 11 
B) Princípios fundamentais................................................................... 11 
C) Direitos Fundamentais. .................................................................... 12 
D) Organização do Estado: ................................................................... 25 
E) Administração Pública. ..................................................................... 29 
F) Poder Legislativo. ............................................................................. 33 
G) Poder Executivo. .............................................................................. 38 
H) Controle de Constitucionalidade...................................................... 39 
I) Poder Judiciário................................................................................. 42 
J) Funções Essenciais à Justiça. ............................................................. 44 
K) Sistema Tributário Nacional. ............................................................ 45 
L) Ordem Social. ................................................................................... 46 
 
 
1. Introdução e orientação de estudo: 
A jurisprudência do STF é importante instrumento para correta 
interpretação do texto constitucional, sendo assim, também é 
material farto para cobranças em concurso. 
Cada vez mais as bancas examinadoras, notadamente ESAF e Cespe, 
cobram a jurisprudência do Supremo Tribunal em suas provas. 
Os julgados preferidos são os mais recentes, que buscam avaliar a 
atualização do candidato frente às matérias relevantes tratadas pela 
Corte Suprema, no entanto, julgados mais antigos, clássicos ou, 
então, que orientem uma forma firme de interpretação constitucional 
também são alvo de cobranças. 
Prof. Vítor Cruz 
 
 
 2 
 
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www.NOTA11.com.br. Caso você não seja um usuário e esteja disseminando ou tendo acesso a este material, saiba que está 
contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. 
Vale lembrar que, no que tange à jurisprudência do STF, a 
importância máxima se dá nas súmulas, pois súmulas são orientações 
firmes, pacíficas, que expressam de forma “quase definitiva” a forma 
de pensar do Tribunal sobre aquele assunto. 
Dentre as súmulas, temos duas espécies: as vinculantes (que 
possuem observância obrigatória por toda a administração pública e 
Poder Judiciário, cuja elaboração foi prevista pela EC 45/2004, a qual 
inseriu o art. 103-A na Constituição) e as comuns, editadas, 
normalmente, antes da possibilidade das súmulas vinculantes. 
Por serem “mais fortes” e mais atuais, as vinculantes são as 
principais jurisprudências cobradas, seguidas das súmulas “comuns” 
e, depois, pelos julgados individuais (ainda não sumulados pelo 
Tribunal). 
O STF, nos últimos anos, nos brindou com uma importante 
contribuição: a obra “A Constituição e o Supremo” onde podemos 
encontrar uma compilação das principais jurisprudências da corte 
alocadas ao longo do texto constitucional. 
Embora reconheçamos esse importante auxílio, o estudo da 
Constituição e o Supremo para fins de concurso público não se 
mostra muito eficiente, já que os julgados são expostos de forma 
“seca” (ou seja, nas palavras exatas dos votos dos Ministros, muitas 
vezes com português complicado e “juridiquês” excessivo); eles são 
ainda muitas vezes mal posicionados em relação “assunto tratado”; 
e, alguns deles, se repetindo por várias vezes ao longo da obra. 
Desta forma, sugerimos o uso deste instrumento para fins de 
consultas e embasamentos (de recursos, peças jurídicas e etc.), mas 
não para fim de estudo sequencial. 
Tentaremos neste material expor as principais súmulas (vinculantes e 
comuns) do STF para fins de estudo para concurso, no que tange aos 
julgados individuais, tentaremos selecionar aqueles mais relevantes 
e, na medida do possível, “mastigá-los” para um estudo eficiente 
para provas de concursos e demais exames jurídicos. 
 
2. Súmulas Vinculantes: 
(Estas súmulas também estarão presentes do item 4 – quando serão 
apresentados os julgados sistematizados por assunto). 
 
SÚMULA VINCULANTE 2 
É inconstitucional a lei ou ato normativo estadual ou distrital que 
disponha sobre sistemas de consórcios e sorteios, inclusive bingos e 
loterias. 
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SÚMULA VINCULANTE 3 
Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o 
contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar 
anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o 
interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de 
concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão. 
 
SÚMULA VINCULANTE 4 
Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode 
ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de 
servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão 
judicial. 
 
SÚMULA VINCULANTE 5 
A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo 
disciplinar não ofende a Constituição. 
 
SÚMULA VINCULANTE 6 
Não viola a Constituição o estabelecimento de remuneração inferior 
ao salário mínimo para as praças prestadoras de serviço militar 
inicial. 
 
SÚMULA VINCULANTE 10 
Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de 
órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente 
a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, 
afasta sua incidência, no todo ou em parte. 
 
SÚMULA VINCULANTE 11 
Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado 
receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por 
parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por 
escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do 
agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual 
a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado. 
 
SÚMULA VINCULANTE 12 
A cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas viola o 
disposto no art. 206, IV, da Constituição Federal. 
Prof. Vítor Cruz 
 
 
 4 
 
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SÚMULA VINCULANTE 13 
A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, 
colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da 
autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica 
investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o 
exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função 
gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a 
Constituição Federal. 
 
SÚMULA VINCULANTE 14 
É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo 
aos elementos de prova que, já documentados em procedimento 
investigatório realizado por órgão com competência de polícia 
judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa. 
 
SÚMULA VINCULANTE 15 
O cálculo de gratificações e outras vantagens do servidor público não 
incide sobre o abono utilizado para se atingir o salário mínimo. 
 
SÚMULA VINCULANTE 16 
Os artigos 7º, IV, e 39, § 3º (redação da EC 19/98), da Constituição, 
referem-se ao total da remuneração percebida pelo servidor público. 
 
SÚMULA VINCULANTE 18 
A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do 
mandato, não afasta a inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da 
Constituição Federal. 
Obs. O Enunciado 18 da Súmula Vinculante do STF não se aplica aos casos 
de extinção do vínculo conjugal pela morte de um dos cônjuges1. (NOVO) 
 
SÚMULA VINCULANTE 21 
É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de 
dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo. 
 
SÚMULA VINCULANTE 22 
 
1
 RE 758461/PB, rel. Min. Teori Zavascki, 22.5.2014. (RE-758461) 
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 5 
 
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contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. 
A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações 
de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de 
acidente de trabalho propostas por empregado contra empregador, 
inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito em 
primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional no 
45/04. 
 
SÚMULA VINCULANTE 23 
A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação 
possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve 
pelos trabalhadores da iniciativa privada. 
 
SÚMULA VINCULANTE Nº 25 
É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a 
modalidade do depósito. 
 
SÚMULA VINCULANTE Nº 33 
Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do regime 
geral de previdência social sobre aposentadoria especial de que trata 
o art. 40 § 4º, inciso III da Constituição Federal, até a edição de lei 
complementar específica. (NOVO) 
 
3. Súmulas “comuns” do STF: 
(Estas súmulas também estarão presentes do item 4 – quando serão 
apresentados os julgados sistematizados por assunto). 
 
SÚMULA Nº 19 
A fixação do horário bancário, para atendimento ao público, é da 
competência da União. 
 
SÚMULA Nº 266 
Não cabe mandado de segurança contra lei em tese. 
 
SÚMULA Nº 267 
Não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de 
recurso ou correição. 
 
SÚMULA Nº 268 
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Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial com trânsito 
em julgado. 
 
SÚMULA Nº 279 
Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. 
 
SÚMULA Nº 280 
Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário. 
 
SÚMULA Nº 282 
É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão 
recorrida, a questão federal suscitada. 
 
SÚMULA Nº 339 
Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, 
aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento de 
isonomia. 
 
SÚMULA Nº 347 
O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar 
a constitucionalidade das leis e dos atos do poder público. 
 
SÚMULA Nº 356 
O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos 
declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o 
requisito do prequestionamento. 
 
SÚMULA Nº 365 
Pessoa jurídica não tem legitimidade para propor ação popular. 
 
SÚMULA Nº 419 
Os municípios tem competência para regular o horário do comércio 
local, desde que não infrinjam leis estaduais ou federais válidas. 
 
SÚMULA Nº 429 
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contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. 
A existência de recurso administrativo com efeito suspensivo não 
impede o uso do mandado de segurança contra omissão da 
autoridade. 
 
SÚMULA Nº 430 
Pedido de reconsideração na via administrativa não interrompe o 
prazo para o mandado de segurança. 
 
SÚMULA Nº 433 
É competente o Tribunal Regional do Trabalho para julgar mandado 
de segurança contra ato de seu presidente em execução de sentença 
trabalhista. 
 
SÚMULA Nº 451 
A competência especial por prerrogativa de função não se estende ao 
crime cometido após a cessação definitiva do exercício funcional. 
 
SÚMULA Nº 454 
Simples interpretação de cláusulas contratuais não dá lugar a recurso 
extraordinário. 
 
SÚMULA Nº 603 
A competência para o processo e julgamento de latrocínio é do juiz 
singular e não do júri. 
 
SÚMULA Nº 624 
Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer originariamente 
de mandado de segurança contra atos de outros tribunais. 
 
SÚMULA Nº 625 
Controvérsia sobre matéria de direito não impede concessão de 
mandado de segurança. 
 
SÚMULA Nº 629 
A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de 
classe em favor dos associados independe da autorização destes. 
 
SÚMULA Nº 630 
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A entidade de classe tem legitimação para o mandado de segurança 
ainda quando a pretensão veiculada interesse apenas a uma parte da 
respectiva categoria. 
 
SÚMULA Nº 632 
É constitucional lei que fixa o prazo de decadência para a impetração 
de mandado de segurança. 
 
SÚMULA Nº 642 
Não cabeação direta de inconstitucionalidade de lei do distrito federal 
derivada da sua competência legislativa municipal. 
 
SÚMULA Nº 646 
Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a 
instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em 
determinada área. 
 
SÚMULA Nº 647 
Compete privativamente à união legislar sobre vencimentos dos 
membros das polícias civil e militar do Distrito Federal. 
 
SÚMULA Nº 649 
É inconstitucional a criação, por constituição estadual, de órgão de 
controle administrativo do Poder Judiciário do qual participem 
representantes de outros poderes ou entidades. 
 
SÚMULA Nº 650 
Os incisos I e XI do art. 20 da Constituição Federal não alcançam 
terras de aldeamentos extintos, ainda que ocupadas por indígenas 
em passado remoto. 
 
SÚMULA Nº 651 
A medida provisória não apreciada pelo congresso nacional podia, até 
a Emenda Constitucional nº 32/01, ser reeditada dentro do seu prazo 
de eficácia de trinta dias, mantidos os efeitos de lei desde a primeira 
edição. 
 
SÚMULA Nº 654 
Prof. Vítor Cruz 
 
 
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A garantia da irretroatividade da lei, prevista no art 5º, XXXVI, da 
Constituição da República, não é invocável pela entidade estatal que 
a tenha editado. 
 
SÚMULA Nº 666 
A contribuição confederativa de que trata o art. 8º, IV, da 
Constituição, só é exigível dos filiados ao sindicato respectivo. 
 
SÚMULA Nº 667 
Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária 
calculada sem limite sobre o valor da causa. 
 
SÚMULA Nº 675 
Os intervalos fixados para descanso e alimentação durante a jornada 
de seis horas não descaracterizam o sistema de turnos ininterruptos 
de revezamento para o efeito do art. 7º, XIV, da Constituição. 
 
SÚMULA Nº 681 
É inconstitucional a vinculação do reajuste de vencimentos de 
servidores estaduais ou municipais a índices federais de correção 
monetária. 
 
SÚMULA Nº 683 
O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima 
em face do art. 7º, XXX, da Constituição, quando possa ser 
justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido. 
 
SÚMULA Nº 684 
É inconstitucional o veto não motivado à participação de candidato a 
concurso público. 
 
SÚMULA Nº 685 
É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao 
servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público 
destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na 
qual anteriormente investido. 
 
SÚMULA Nº 686 
Prof. Vítor Cruz 
 
 
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contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. 
Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de 
candidato a cargo público. 
 
SÚMULA Nº 691 
Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas 
corpus impetrado contra decisão do relator que, em habeas corpus 
requerido a Tribunal Superior, indefere a liminar. 
 
SÚMULA Nº 693 
Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de 
multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a 
pena pecuniária seja a única cominada. 
 
SÚMULA Nº 694 
Não cabe habeas corpus contra a imposição da pena de exclusão de 
militar ou de perda de patente ou de função pública. 
 
SÚMULA Nº 695 
Não cabe habeas corpus quando já extinta a pena privativa de 
liberdade. 
 
SÚMULA Nº 702 
A competência do Tribunal de Justiça para julgar prefeitos restringe-
se aos crimes de competência da justiça comum estadual; nos 
demais casos, a competência originária caberá ao respectivo tribunal 
de segundo grau. 
 
SÚMULA Nº 704 
Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido 
processo legal a atração por continência ou conexão do processo do 
co-réu ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados. 
 
SÚMULA Nº 721 
A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o 
foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela 
Constituição Estadual. 
 
SÚMULA Nº 722 
Prof. Vítor Cruz 
 
 
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São da competência legislativa da união a definição dos crimes de 
responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de 
processo e julgamento. 
 
SÚMULA Nº 734 
Não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato 
judicial que se alega tenha desrespeitado decisão do Supremo 
Tribunal Federal. 
 
SÚMULA Nº 736 
Compete à Justiça do Trabalho julgar as ações que tenham como 
causa de pedir o descumprimento de normas trabalhistas relativas à 
segurança, higiene e saúde dos trabalhadores. 
 
 
4. Julgados individuais relevantes do STF, organizados por 
temas: 
A) Preâmbulo 
− O Preâmbulo da Constituição não constitui norma central da 
Constituição, não tendo força normativa, assim, a invocação da 
proteção de Deus não se trata de norma de reprodução 
obrigatória nas Constituições estaduais2. 
− Embora não tenha força normativa, o preâmbulo possui valores 
que servem de orientação para a correta interpretação e 
aplicação das normas constitucionais3. 
 
B) Princípios fundamentais. 
Art. 2º - Separação dos Poderes: 
− Os mecanismos de freios e contrapesos estão previstos na 
Constituição Federal, sendo vedado à Constituição Estadual 
inovar criando novas hipóteses de interferências de um poder 
em outro4. 
− É inconstitucional lei estadual que prevê a destituição, no curso 
do mandato, de dirigentes de agências reguladoras por decisão 
 
2 ADI 2.076, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 15-8-02, Plenário, DJ de 8-8-03. 
3 ADI 2.649, voto da Min. Cármen Lúcia, julgamento em 8- 5-08, Plenário, DJE de 17-10-
08. 
4 ADI 3.046, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 15-4-04, Plenário, DJ de 28-5-
04. 
Prof. Vítor Cruz 
 
 
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exclusiva da Assembleia Legislativa, excluindo a participação do 
Governador. Por outro lado, seria constitucional condicionar a 
nomeação dos dirigentes à prévia aprovação da Assembléia, 
pois neste caso, já se guarda similaridade ao modelo federal5. 
(NOVO) 
− Configuram-se inconstitucionais novas exigências de 
aprovações, como, por exemplo, a não observância do prazo de 
15 dias – art. 83, CF – para a necessidade de licença pela 
Assembléia Legislativa para que o Governador ou Vice venha se 
ausentar do país. Ou seja, se a Constituição Estadual previr, 
por exemplo, que precisa de autorização da Assembleia para o 
governador se ausentar do país por qualquerprazo, será 
inconstitucional, pois a CF (único documento capaz de 
estabelecer contenções de um poder no outro) estabelece o 
prazo de 15 dias, devendo este ser seguido pelas CE´s6. 
− É inconstitucional norma que subordina convênios, acordos, 
contratos e atos de Secretários de Estado à aprovação da 
Assembleia Legislativa por ofensa ao princípio da independência 
e harmonia dos poderes7. 
− É inconstitucional diploma legislativo que determine prazo para 
que o Executivo exerça sua função normativa8. 
 
 
C) Direitos Fundamentais. 
Art. 5º, Caput – Estrangeiros no Brasil: 
− Embora a literalidade do caput expresse o termo “residente”, o 
STF interpretou o dispositivo de forma a ampliar o escopo 
desses direitos. O Supremo decidiu que deve ser entendido 
como todo estrangeiro que estiver em território brasileiro e sob 
as leis brasileiras, mesmo que em trânsito. Assim o estrangeiro 
em trânsito estará amparado pelos direitos individuais, e 
poderá inclusive fazer uso de “remédios constitucionais” como 
habeas corpus e mandado de segurança. Ressalva-se que o 
estrangeiro não poderá fazer uso de todos os direitos, pois 
alguns são privativos de brasileiros como, por exemplo, o uso 
da ação popular. 
 
5
 ADI 1949/RS, rel. Min. Dias Toffoli, 17.9.2014. (ADI-1949) 
6 ADI 738, Rel. Min. Maurício Corrêa, julgamento em 13-11-02, DJ de 7-2-03. 
7 ADI 676, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 1º-7-96, Plenário, DJ de 29-11-96. 
8 ADI 3.394, voto do Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 2-4-2007, Plenário, DJE de 15-
8-2008, precedentes: ADI 2.393, Rel. Min. Sydney Sanches, DJ de 28-3-2003, e a ADI 546, Rel. 
Min. Moreira Alves, DJ de 14-4-2000. 
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Art. 5º, Caput – Direito à vida: 
− As pesquisas com células-tronco embrionárias não violam o 
direito à vida ou o princípio da dignidade da pessoa humana9. 
− No mesmo julgado, que se referia proteção do direito à vida, e 
a constitucionalidade da lei de Biossegurança (Lei 
11.105/2005), o STF entendeu que a Constituição Federal, 
quando se refere à “dignidade da pessoa humana” e à proteção 
dos direitos e garantias individuais não se estaria se 
referindo a todo e qualquer estágio da vida humana, mas 
da vida que já é própria de uma concreta pessoa, porque 
nativiva, e que a inviolabilidade de que trata o art. 5º diria 
respeito exclusivamente a um indivíduo já personalizado10. 
 
Art. 5º, I – Isonomia: 
− STF - Súmula nº 339 - Não cabe ao Poder Judiciário, que não 
tem função legislativa, aumentar vencimentos dos servidores 
públicos sob fundamento de isonomia. 
− Não afronta o princípio da isonomia a adoção de critérios 
distintos para a promoção de integrantes do corpo feminino e 
masculino da Aeronáutica11. 
 
Art. 5º, II - Legalidade 
− Ninguém é obrigado a cumprir ordem ilegal, ou a ela se 
submeter, ainda que emanada de autoridade judicial. É dever 
de cidadania opor-se à ordem ilegal; caso contrário, nega-se o 
Estado de Direito12. 
− O STF tem entendido que o princípio da legalidade expresso no 
art. 5º, II da Constituição seria meramente uma "reserva de 
norma", ou seja, uma legalidade ampla e não uma reserva de 
lei (formal) em sentido estrito13. Assim, tal dispositivo poderia 
 
9 ADI 3.510, Rel. Min. Carlos Britto, julgamento em 28 e 29-5-08, Plenário, Informativo 
508 
10 ADI 3.510, Rel. Min. Carlos Britto, julgamento em 28 e 29-5-08, Plenário, Informativo 
508 
11
 AI 443.315-AgR, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 16.02.07 e RE 316.882-AgR, 
Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ de 30.09.05 
12 HC 73.454, Rel. Min. Maurício Corrêa, julgamento em 22-4-96, 2ª Turma, DJ de 7-6-96 
13 HC 85.060, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 23-9-2008, Primeira Turma, DJE de 13-
2-2009. 
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ser cumprido tanto através de uma lei formal como também por 
outros atos expressa ou implicitamente autorizados por ela. 
 
Art. 5º, III – Vedação ao tratamento degradante: 
− SÚMULA VINCULANTE 11: Só é lícito o uso de algemas em 
casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à 
integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de 
terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena 
de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da 
autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que 
se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado. 
 
Art. 5º, IV – Vedação ao anonimato 
− Segundo o STF, não é possível a utilização da denúncia 
anônima como ato formal de instauração do procedimento 
investigatório, já que as que peças futuras não poderiam, em 
regra, ser incorporadas formalmente ao processo. Nada 
impede, porém, que o Poder Público seja provocado pela 
delação anônima e, com isso, adote medidas informais para 
que se apure a possível ocorrência da ilicitude penal14. 
− Para o STF, não serve à persecução criminal notícia de prática 
criminosa sem identificação da autoria, consideradas a vedação 
constitucional do anonimato e a necessidade de haver 
parâmetros próprios à responsabilidade, nos campos cível e 
penal, de quem a implemente.15 
− A defesa da legalização das drogas em espaços públicos 
constitui exercício legítimo do direito à livre manifestação do 
pensamento, sendo, portanto, permitida pelo ordenamento 
jurídico pátrio16. 
 
Art. 5º, IX – Liberdade de comunicação (imprensa) 
− Em uma ADPF, o STF declarou como não-recepcionado pela 
Constituição Federal todo o conjunto de dispositivos da Lei 
5.250/67 – Lei de Imprensa17. 
 
14
 Inq 1.957, Rel. Min.Carlos Velloso, voto do Min. Celso de Mello, julgamento em 11-5-
05, Plenário, DJ de 11-11-05 
15
 STF, em 2007, no HC 84827 / TO. 
16
 ADPF 187/DF, rel. Min. Celso de Mello, 15.6.2011. 
17
 ADPF 130, Rel. Min. Carlos Britto, julgamento em 1º-4-09, Plenário, Informativo 541 
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 15 
 
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− Segundo o STF, a Constituição Federal de 1988 não 
recepcionou o art. 4º, V, do Decreto-lei 972/69, o qual exige o 
diploma de curso superior de jornalismo, registrado pelo 
Ministério da Educação, para o exercício da profissão de 
jornalista. Para o Supremo, a norma impugnada seria 
incompatível com as liberdades de profissão, de expressão e de 
informação previstas nos artigos 5º, IX e XIII, e 220, da CF, 
bem como violaria o disposto no art. 13 da Convenção 
Americana de Direitos Humanos - Pacto de San José da Costa 
Rica, ao qual o Brasil aderiu em 1992. Afirmou-se ainda que as 
violações à honra, à intimidade, à imagem ou a outros direitos 
da personalidade não constituiriam riscos inerentes ao exercício 
do jornalismo, mas sim o resultadodo exercício abusivo e 
antiético dessa profissão18. 
 
Art. 5º, X – Intimidade e vida privada: 
−
 Segundo o STF: a divulgação dos vencimentos brutos de 
servidores, com seus respectivos nomes e matrículas 
funcionais, a ser realizada oficialmente – em portal de 
transparência -, constituiria interesse coletivo, sem implicar 
violação à intimidade e à segurança deles, não se podendo 
fazer divulgação de outros dados pessoais como endereço 
residencial, CPF e RG de cada um19. 
− STJ - súmula - 227 → a pessoa jurídica pode sofrer dano 
moral. 
 
Art. 5º, X – Sigilo bancário: 
−
 A LC 105/01 fornece respaldo para que a quebra do sigilo 
bancário seja feita por autoridade fiscal. Porém, embora 
exista essa previsão legal, ela é alvo de muitas críticas, 
inclusive a posição atual do STF20 indica que seria 
inconstitucional, já que o sigilo possui um pilar na própria 
Constituição Federal, não podendo ser relativizado por leis 
infraconstitucionais - sejam elas ordinárias ou complementares 
-. Assim, somente as autoridades judiciais - e a CPI, que possui 
os mesmo poderes investigativos daquelas (CF, art. 58 §3º) - é 
que poderiam relativizar estes sigilos. 
 
18
 RE 511.961, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 17-6-09, Plenário, Informativo 
551 
19 Informativo – 630 - SS 3902 Segundo AgR/SP, rel. Min. Ayres Britto, 
9.6.2011. 
20 RE 389.808/PR - 15-12-2010 
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Art. 5º, XI - Inviolabilidade domiciliar 
− Para os fins da proteção jurídica a que se refere o art. 5º, XI, 
da Constituição da República, o conceito normativo de ‘casa’ 
revela-se abrangente e, por estender-se a qualquer 
compartimento privado não aberto ao público, onde alguém 
exerce profissão ou atividade (CP, art. 150, § 4º, III), 
compreende, observada essa específica limitação espacial (área 
interna não acessível ao público), recintos como os escritórios 
profissionais, embora sem conexão com a casa de moradia 
propriamente dita. 
Assim, decidiu o STF que nenhum agente público, ainda que 
vinculado à administração tributária do Estado, poderá, contra a 
vontade de quem de direito (invito domino), ingressar, durante o dia, 
sem mandado judicial, em espaço privado não aberto ao público, 
onde alguém exerce sua atividade profissional21. 
− Nenhum direito fundamental é absoluto, desta forma, o STF 
decidiu pela não ilicitude das provas obtidas com violação 
noturna de escritório de advogados para que fossem instalados 
equipamentos de escuta ambiental, já que os próprios 
advogados estivam praticando atividades ilícitas em seu 
interior. Desta forma, a inviolabilidade profissional do 
advogado, bem como do seu escritório, serve para resguardar o 
seu cliente para que não se frustre a ampla defesa, mas, se o 
investigado é o próprio advogado, ele não poderá invocar a 
inviolabilidade profissional ou de seu escritório, já que a 
Constituição não fornece guarida para a prática de crimes no 
interior de recinto22. 
 
Art. 5º, XII – Inviolabilidade das Comunicações e provas 
ilícitas: 
− Segundo o STF é necessária a edição de lei para regulamentar 
a interceptação telefônica. Esta lei foi criada somente em 1996 
(Lei nº 9.296/96), antes disso o STF entendia que nem por 
ordem judicial poderia se afastar este sigilo, já que estava 
pendente de regulamentação. 
− Embora a literalidade da Constituição refira-se expressamente à 
possibilidade de relativização apenas das comunicações 
 
21
 HC 82.788, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 12-4-05, 2ª Turma, DJ de 2-6-06 
22
 Inq 2.424, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 19 e 20-11-08, Plenário, Informativo 
529 
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telefônicas, o STF já decidiu que as outras inviolabilidades 
(correspondência, dados e telegráficas) também poderão ser 
afastadas, já que nenhum direito fundamental é absoluto e não 
pode ser invocado para acobertar ilícitos. Destarte, estas 
inviolabilidades poderão ser quebradas quando se abordar outro 
interesse de igual ou maior relevância. Por exemplo: É 
perfeitamente lícito que uma carta enviada a um presidiário 
seja aberta para coibir a prática de certas condutas, já que a 
disciplina prisional e a segurança são interesses mais fortes do 
que a privacidade da comunicação do preso. 
− Para o STF, é lícita a gravação de conversa telefônica feita por 
um dos interlocutores, ou com sua autorização, sem ciência do 
outro, quando há investida criminosa deste último23 (não há 
interceptação telefônica quando a conversa é gravada por um 
dos interlocutores, ainda que com a ajuda de um repórter24). 
− Também é lícita a utilização de conversa telefônica feita por 
terceiros com autorização de um dos interlocutores sem o 
conhecimento do outro, quando há, para essa utilização, 
excludente da antijuridicidade25 (no caso, legitima defesa). 
 
Art. 5º, XIII – Liberdade Profissional. 
− O Supremo decidiu pela inconstitucionalidade da exigência do 
diploma de jornalismo e da obrigatoriedade de registro 
profissional para exercer a profissão de jornalista26. 
− O Supremo entendeu pela inconstitucionalidade da exigência 
legal de inscrição na ordem dos músicos do Brasil e de 
pagamento de anuidade, para efeito de atuação profissional do 
músico, e a fundamentação foi a de que a música é uma forma 
de manifestação artística, estando protegida pela garantia da 
liberdade de expressão27. 
 
Art. 5º, XXXVI – Irretroatividade da lei: 
− SÚMULA Nº 654: A garantia da irretroatividade da lei, prevista 
no art 5º, XXXVI, da Constituição da República, não é invocável 
pela entidade estatal que a tenha editado. 
 
 
23 HC 75.338, Rel. Min. Nelson Jobim, julgamento em 11-3-98, Plenário, DJ de 25-9-98. 
24 RE 453.562-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 23-9-08. 
25
 HC 74.678, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento em 10-6-97, 1ª Turma, DJ de 15-8-97. 
26 (RE) 511961 
27 
 RE 635023 ED / DF - DISTRITO FEDERAL 
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Art. 5º, XXXVII – Juiz Natural: 
− SÚMULA Nº 365: Pessoa jurídica não tem legitimidade para 
propor ação popular. 
− SÚMULA Nº 451: A competência especial por prerrogativa de 
função não se estende ao crime cometido após a cessação 
definitiva do exercício funcional. 
− SÚMULA Nº 704: Não viola as garantias do juiz natural, da 
ampla defesa e do devido processo legal a atração por 
continência ou conexão do processo do co-réu ao foro por 
prerrogativa de função de um dos denunciados. 
 
Art. 5º, XXXVIII - Tribunal do Juri: 
− STF - SÚMULA Nº 603: A competência para o processo e 
julgamento de latrocínio é do juiz singular e não do júri.− STF - SÚMULA Nº 721: A competência constitucional do 
Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de 
função estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual. 
− O princípio constitucional da “soberania dos veredictos” no 
Tribunal do Juri não é violado pela determinação de realização 
de novo julgamento pelo Tribunal do Júri, quando a decisão for 
manifestamente contrária à prova dos autos, pois a pretensão 
revisional das decisões do Tribunal do Júri convive com a regra 
da soberania dos veredictos populares (e não “imutabilidade” 
dos vereditos)28. 
 
Art. 5º, LIV – Devido processo legal: 
− STF - SÚMULA Nº 620: sentença proferida contra autarquias 
não está sujeita a reexame necessário, salvo quando 
sucumbente em execução de dívida ativa. 
− O STF entende que os princípios da razoabilidade e da 
proporcionalidade no ordenamento jurídico brasileiro estão 
implícitos no devido processo legal. E que tal proporcionalidade 
deve ser entendida tanto como uma “vedação ao excesso” 
quanto uma “proibição da proteção insuficiente”29. 
 
Art. 5º, LV – Contraditório e ampla defesa: 
 
28
 HC N. 111.207-ES - RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA 
29
 HC 140.410. Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 06-03-2012, Segunda Turma, DJE 27-3-2012 
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− SÚMULA VINCULANTE 5: A falta de defesa técnica por 
advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a 
Constituição. 
− SÚMULA VINCULANTE 14: É direito do defensor, no interesse 
do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova 
que, já documentados em procedimento investigatório realizado 
por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito 
ao exercício do direito de defesa. 
− SÚMULA VINCULANTE 21: É inconstitucional a exigência de 
depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para 
admissibilidade de recurso administrativo. 
− STF - SÚMULA Nº 667: Viola a garantia constitucional de 
acesso à jurisdição a taxa judiciária calculada sem limite sobre 
o valor da causa. 
 
Art. 5º, LXVII – Prisão civil por dívida: 
− SÚMULA VINCULANTE Nº 25: É ilícita a prisão civil de 
depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito. 
 
Art. 5º, LXVIII – habeas corpus 
− STF – Súmula nº 693 → Não cabe HC contra decisão 
condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em que a 
pena pecuniária seja a única cominada. (Isso porque Habeas 
Corpus é para discutir a liberdade de alguém. Não serve para 
discutir multa e penas em dinheiro). 
− STF – Súmula nº 695 → Não cabe habeas corpus quando já 
extinta a pena privativa de liberdade. (Se a pena que privava a 
pessoa da liberdade já foi extinta. Para que se quer um habeas 
corpus?). 
− STF - SÚMULA Nº 694: Não cabe habeas corpus contra a 
imposição da pena de exclusão de militar ou de perda de 
patente ou de função pública. 
− STF - Súmula nº 606 (com adaptação de outros 
precedentes ) → Não cabe impetração de "habeas corpus" 
para o plenário contra decisão colegiada de qualquer das 
Turmas (ou do próprio Pleno) do STF, ainda que resultante do 
julgamento de outros processos de "habeas corpus" ou 
proferida em sede de recursos em geral, inclusive aqueles de 
natureza penal. 
− Embora a CF expresse que não cabe HC contra punições 
disciplinares, o STF tem flexibilizado a situação quando a 
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punição privativa de liberdade foi imposta de forma ilegal. 
Assim, decidiu o Supremo: a legalidade da imposição de 
punição constritiva da liberdade, em procedimento 
administrativo castrense (afeto ao regime militar), pode ser 
discutida por meio de habeas corpus30. 
− É cabível habeas corpus contra instauração irregular de 
inquérito, já que a mera instauração de inquérito, quando 
evidente a atipicidade da conduta, constitui meio hábil a impor 
violação aos direitos fundamentais, em especial ao princípio da 
dignidade humana31. 
− Não é cabível impetrar habeas corpus em língua estrangeira, a 
petição deve se dar em português, sob pena de não 
conhecimento32. 
− Embora o STF reconheça a grande importância do habeas 
corpus, repudia o seu uso indiscriminado como substitutivo de 
ações próprias. Assim, se existe a previsão de, por exemplo, 
um recurso ordinário ao Tribunal, não se pode usar um habeas 
corpus como substituto de tal recurso, sob pena de 
indeferimento, como extinção do processo sem resolução do 
mérito, por inadequação da via eleita33. 
 
Art. 5º, LXIX – mandado de segurança: 
− STF – Súmula nº 625: Controvérsia sobre matéria de direito 
não impede a concessão de mandado de segurança (veja que a 
matéria de fato alegada deve ser incontroversa, líquida e certa. 
Porém, nada impede que o direito em que este fato esteja se 
baseando seja controverso, complexo, por exemplo, uma lei 
que esteja sendo objeto de impugnação). 
− STF – Súmula nº 429: A existência de recurso administrativo 
com efeito suspensivo não impede o uso do mandado de 
segurança contra omissão da autoridade (a palavra principal 
desta súmula é a "omissão", ou seja, de que adiantaria um 
recurso suspensivo se a autoridade não está agindo e sim se 
omitindo em agir?). 
 
30 RHC 88543/SP - São Paulo – 03/04/2007. 
31
 HC 82.969, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 30-9-03, 2ª Turma, DJ de 17-10-
03. 
32 HC 72391 QO / DF - DISTRITO FEDERAL,Relator(a): Min. CELSO DE MELLO , Julgamento: 
08/03/1995 - DJ 17-03-1995 
33
 HC N. 112.116-SP - RELATORA: MIN. ROSA WEBER 
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− STF – Súmula nº 266: Não cabe mandado de segurança 
contra lei em tese. (Não se pode usar o MS para impugnar 
diretamente uma lei, pois isto é privativo da ação direta de 
inconstitucionalidade) 
− STF – Súmula nº 267: Não cabe mandado de segurança 
contra ato judicial passível de recursos ou correição. 
− STF - Súmula nº 268: Não cabe mandado de segurança 
contra decisão judicial com trânsito em julgado. 
− STF - Súmula nº 629: A impetração de mandado de 
segurança coletivo por entidade de classe em favor dos 
associados independe da autorização destes (veja que 
diferentemente do que ocorre na representação processual, em 
se tratando de MS coletivo - substituição processual - basta 
autorização genérica, o que se dá com o simples ato de filiação, 
prescindindo-se que a entidade esteja expressamente 
autorizada para tal). 
− STF - Súmula nº 630: A entidade de classe tem legitimação 
para o mandado de segurança ainda quando a pretensão 
veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva 
categoria. 
− O STF concluiu pelo não cabimento de mandado de segurança 
contra decisões interlocutórias proferidas no âmbito dos 
Juizados Especiais34 (Grossomodo, decisões interlocutórias 
seriam aquelas que ocorrem durante o trâmite processual sem 
tocar na questão de mérito). 
Prazo 
− STF – Súmula nº 430: Pedido de reconsideração na via 
administrativa não interrompe o prazo para o mandado de 
segurança. 
− STF – Súmula nº 632: É constitucional a lei que fixa o prazo 
de decadência para a impetração de mandado de segurança 
(120 dias). 
Competências 
− STF – Súmula nº 624: Não compete ao STF conhecer 
originariamente o mandado se segurança contra atos de outros 
tribunais (a competência para apreciar o mandado de 
segurança contra atos e omissões de tribunais é do próprio 
tribunal). 
Desistência: 
 
34
 AG. REG. NO AI. N. 857.811-PR - RELATOR: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 
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−
 No entendimento do STF, o impetrante pode desistir de 
mandado de segurança a qualquer tempo, ainda que 
proferida decisão de mérito a ele favorável, e sem 
anuência da parte contrária, já que o mandado de 
segurança, enquanto ação constitucional, com base em alegado 
direito líquido e certo frente a ato ilegal ou abusivo de 
autoridade, não se revestiria de lide, em sentido material. 
Eventual má-fé do impetrante que desistisse seria coibida com 
instrumental próprio35. 
 
Art. 5º, LXXIII – Ação popular: 
− SÚMULA Nº 365: Pessoa jurídica não tem legitimidade para 
propor ação popular. 
 
Art. 5º, § 3º – tratados internacionais: 
− Segundo o STF, como os tratados internacionais são 
equiparados às leis ordinárias, não podem versar matéria 
sob reserva constitucional de lei complementar, pois em 
tal situação, a própria Carta Política subordina o tratamento 
legislativo de determinado tema ao exclusivo domínio nor-
mativo da Lei Complementar. 
− Em se tratando do art. 5º §3º, ainda que não aprovados pelo 
rito das Emendas, se os tratados versarem sobre direitos 
humanos, o STF entende que possuem “supralegalidade” 
podendo revogar leis anteriores e devendo ser observados 
pelas leis futuras. É assim, por exemplo, que vigora em nosso 
ordenamento o "Pacto de San Jose da Costa Rica" - status 
acima das leis e abaixo da Constituição. 
 
CF, art. 6º combinado com o art. 208, IV – Direito a educação 
– obrigação constitucional ao Poder Público. 
− Segundo o STF, a educação infantil representa prerrogativa 
constitucional indisponível, assegurada às crianças, para efeito 
de seu desenvolvimento integral, e como primeira etapa do 
processo de educação básica. Assim, ocorre a imposição de 
uma obrigação constitucional de criar condições objetivas que 
possibilitem, de maneira concreta o efetivo acesso e 
atendimento em creches e unidades de pré-escola, sob pena de 
configurar-se inaceitável omissão governamental. Desta forma, 
 
35 RE 669367/RJ, rel. orig. Min. Luiz Fux, red. p/ o acórdão Min. Rosa Weber, 
2.5.2013. (RE-669367) 
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contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. 
a educação qualifica-se como direito fundamental de toda 
criança, não se expõe, em seu processo de concretização, a 
avaliações meramente discricionárias da Administração Pública, 
nem se subordina a razões de puro pragmatismo 
governamental36. 
− No entendimento do STF, é possível ao Poder Judiciário 
determinar a implementação pelo Estado, quando inadimplente, 
de políticas públicas constitucionalmente previstas, sem que 
haja ingerência em questão que envolve o poder discricionário 
do Poder Executivo37. 
 
CF, art. 7º, IV – Salário Mínimo: 
− SÚMULA VINCULANTE 4: Salvo nos casos previstos na 
Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como 
indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público 
ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial. 
− SÚMULA VINCULANTE 6: Não viola a Constituição o 
estabelecimento de remuneração inferior ao salário mínimo 
para as praças prestadoras de serviço militar inicial. 
− O STF decidiu não ser inconstitucional a sentença fixada 
em salários mínimos, desde que a futura atualização seja 
de acordo com índices oficias. Assim, assentou o tribunal. 
Nas palavras do Supremo38: A Constituição Federal, em seu art. 
7º, IV, apenas proíbe a utilização do salário-mínimo como 
forma de indenização. A sentença que fixa a condenação em 
salários-mínimos, mas prevê posterior atualização de acordo 
com índices oficiais de correção monetária, é consentânea com 
a jurisprudência da Corte. 
 
CF, art. 7º, VI – Fixação de vencimentos por convenção 
coletiva: 
− STF – Súmula nº 679: A fixação de vencimentos dos 
servidores públicos não pode ser objeto de convenção coletiva. 
 
 
36
 RE 436.996-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 22-11-05, 2ª Turma, DJ de 3-
2-06. 
37
 AI 734.487-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 3-8-2010, Segunda Turma, DJE 
de 20-8-2010. No mesmo sentido: ARE 635.679-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, julgamento em 6-
12-2011, Primeira Turma, DJE de 6-2-2012. 
 
38 AI-AgR 643578/SP, Min. RICARDO LEWANDOWSKI. 
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Art. 7º, XIV – Jornada de trabalho: 
− STF – Súmula nº 675: Os intervalos fixados para descanso e 
alimentação durante a jornada de 6h não descaracterizam o 
sistema de turnos ininterruptos de revezamento para o efeito 
do art. 7º, XIV, da CF. 
 
Art. 8º - Sindicatos: 
− O STF decidiu que a estabilidade sindical provisória (art. 8º, 
VIII, CF), não alcança o servidor público, regido por regime 
especial, ocupante de cargo em comissão e, 
concomitantemente, de cargo de direção no sindicato da 
categoria. 
− SÚMULA Nº 666: A contribuição confederativa de que trata o 
art. 8º, IV, da Constituição, só é exigível dos filiados ao 
sindicato respectivo. 
 
Art. 14 §5º – Reeleição dos chefes do Poder Executivo: 
− O art. 14, §5º da Constituição admite uma única reeleição para 
os cargos de chefia do Poder Executivo, porém o STF confirmou 
entendimento do TSE no sentido de não admitir um terceiro 
mandato consecutivo de prefeito, ainda que em municípios 
distintos, devido as tentativas de candidatos burlarem o efeito 
do dispositivo constitucional, exercendo seus mandatos 
consecutivos em distintos municípios39. 
 
Art. 14 §7º – Inelegibilidade reflexa: 
− SÚMULA VINCULANTE 18: A dissolução da sociedade ou do 
vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a 
inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição 
Federal. 
− O Enunciado 18 da Súmula Vinculante do STF não se aplica aos 
casos de extinção do vínculo conjugal pela morte de um dos 
cônjuges40. (NOVO) 
 
Art. 16 – Anualidade da Legislação sobre Eleições: 
− Ao julgar a aplicabilidade da “Lei da Ficha Limpa” às eleições de 
2010, o STF decidiu que o art.16 da Constituição, ao submeter 
 
39
 RE 637.485/RJ, rel. Min. Gilmar Mendes, 01.08.2012 
40
 RE 758461/PB, rel. Min. Teori Zavascki, 22.5.2014. (RE-758461) 
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a alteração legal do processo eleitoral à regra da anualidade, 
constitui uma garantia fundamental para o pleno exercício de 
direitos políticos, sendo integrante do rol de cláusulas 
pétreas da Constituição Federal imunes a qualquer reforma 
que vise a aboli-las41. 
 
Art. 17 - Fidelidade Partidária: 
− No entendimento do STF42, o cargo político que for obtido nas 
eleições proporcionais (Deputados Federais, Estaduais e 
Vereadores) pertence ao partido político e não ao 
candidato eleito. 
Para o STF, o povo vota em candidatos que foram escolhidos por um 
determinado partido, candidatos estes que estão ali para, se eleitos, 
concretizarem os ideais partidários. 
O candidato eleito possui a liberdade de se desfiliar, não pode ser 
impedido de tal. Porém, a desfiliação imotivada acarreta a perda 
automática do cargo (assegurada a ampla defesa). Isso não é uma 
sanção por ato ilícito, mas apenas a consequência lógica do exercício 
deste ato lícito. 
 
D) Organização do Estado: 
Art. 18 §3º - Reorganização Territorial de Estados: 
− o STF decidiu (no caso do Plebiscito que visava dividir o Estado 
do Pará) que na reorganização territorial de Estados, o termo 
“população diretamente interessada” deve ser entendido como 
“toda a população do Estado”. 
 
Art. 20, §2º - Faixa de fronteira e terras indígenas: 
− Segundo o STF, há compatibilidade entre o usufruto de terras 
indígenas e a faixa de fronteira. A alocação indígena nesses 
espaços estratégicos em muito facilita e até obriga que as 
instituições do Estado, principalmente as forças armadas e 
polícia federal, se façam presentes e sem precisar de qualquer 
licença de quem quer que seja43. 
 
41
 RE 633.703, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 23-3-2011, Plenário,DJE de 18-11-2011 
42 MS 26.604. Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 4-10-2007, Plenário, DJE de 17-10-
2008. 
43 Pet. 3.388. Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em 19-3-2009, Plenário, DJE de 1º-7-
2010. 
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contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. 
− SÚMULA Nº 650: Os incisos I e XI do art. 20 da Constituição 
Federal não alcançam terras de aldeamentos extintos, ainda 
que ocupadas por indígenas em passado remoto. 
 
Art. 21, X - Serviço Postal – Serviço Público indelegável 
− O serviço postal constitui serviço público, portanto, não 
atividade econômica em sentido estrito. A prestação do serviço 
postal por empresa privada só seria possível se a CF afirmasse 
que o serviço postal é livre à iniciativa privada, tal como o fez 
em relação à saúde e à educação, que são serviços públicos, os 
quais podem ser prestados independentemente de concessão 
ou permissão por estarem excluídos da regra do art. 175, em 
razão do disposto nos artigos 199 e 209. Ausência de ofensa à 
livre iniciativa e à livre concorrência44. 
 
Art. 21, XII, e - Transporte rodoviário interestadual de 
passageiros 
− Transporte rodoviário interestadual de passageiros. Não pode 
ser dispensada, a título de proteção da livre iniciativa, a regular 
autorização, concessão ou permissão da União, para a sua 
exploração por empresa particular45. 
 
Art. 22, I – Legislação privativa: 
− SÚMULA Nº 722: São da competência legislativa da união a 
definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento 
das respectivas normas de processo e julgamento. 
 
Art. 22, VII - Política de crédito, câmbio, seguros e 
transferência de valores; 
− Afronta a regra de competência privativa da União para legislar 
sobre direito civil e comercial, e sobre política de seguros (CF, 
art. 22, I e VII, respectivamente), a norma estadual que 
determina prazos máximos para a autorização de exames, que 
necessitem de análise prévia, a serem cumpridos por empresas 
 
44
 ADPF 46, Rel. p/ o ac. Min. Eros Grau, julgamento em 5-8-09, Plenário, Informativo 
554. 
45
 RE 214.382, Rel. Min. Octavio Gallotti, julgamento em 21-9-99, 1ª Turma, DJ de 19-11-
99. 
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contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. 
de planos de saúde, de acordo com a faixa etária do usuário46. 
(NOVO) 
 
Art. 22, XI – Trânsito e transporte: 
− Somente a União pode anistiar ou perdoar as multas de 
trânsito. Sendo formalmente inconstitucional lei estadual que 
disponha sobre o cancelamento de multas de trânsito anotadas 
em rodovias estaduais, tendo em vista a competência privativa 
da União para legislar sobre trânsito e transporte, e que o 
cancelamento de toda e qualquer infração é anistia, não 
podendo ser confundido com o poder administrativo de anular 
penalidades irregularmente impostas, o qual pressupõe exame 
individualizado47. 
− Norma estadual não pode autonomamente autorizar o 
parcelamento de multas de trânsito, pois trata-se de matéria da 
competência privativa da União (Legislar sobre trânsito e 
transportes)48. 
− Não pode norma estadual legislar, sem respaldo em legislação 
federal, sobre o uso de carros particulares apreendidos e que se 
encontram nos pátios das delegacias e no Departamento 
Estadual de Trânsito – Detran.49 
 
Art. 22, XX sistemas de consórcios e sorteios: 
− SÚMULA VINCULANTE 2: É inconstitucional a lei ou ato 
normativo estadual ou distrital que disponha sobre sistemas de 
consórcios e sorteios, inclusive bingos e loterias. 
 
Art. 22, XXI – Material bélico: 
− O estado-membro não tem competência para legislar sobre uso 
de armas de fogo apreendidas, competência que seria privativa 
da União para legislar sobre comércio de material bélico e 
direito processual penal 50. 
 
Art. 29, X – Julgamento do prefeito: 
 
46 ADI 4701/PE, rel. Min. Roberto Barroso, 13.8.2014. (ADI-4701) 
47 ADI N. 2.137-RJ - RELATOR: MIN. DIAS TOFFOLI – Info 705 – Maio 2013 
48
 ADI 4734/AL, rel. Min. Rosa Weber, 16.5.2013. (ADI-4734) 
49
 ADI 3639/RN, rel. Min. Joaquim Barbosa, 23.5.2013. (ADI-3639) 
50
 ADI 3193/SP, rel. Min. Marco Aurélio, 9.5.2013. (ADI-3193) 
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contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. 
− SÚMULA Nº 702: A competência do Tribunal de Justiça para 
julgar prefeitos restringe-se aos crimes de competência da 
justiça comumestadual; nos demais casos, a competência 
originária caberá ao respectivo tribunal de segundo grau. 
− Segundo o STF51, é harmônico com a Carta da República 
preceito de lei orgânica de município prevendo a competência 
da câmara municipal para julgar o prefeito nos crimes de 
responsabilidade definidos no Decreto-Lei nº 201/67. 
 
Art. 30 - Competência do Município para legislar sobre assunto 
de interesse local: 
− STF - SÚMULA Nº 419: Os municípios tem competência para 
regular o horário do comércio local, desde que não infrinjam 
leis estaduais ou federais válidas. 
− STF – Súmula nº 646: Ofende o princípio da livre 
concorrência a lei municipal que impede a instalação de 
estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada 
área. 
− É inconstitucional a fixação de distância mínima para a 
instalação de novas farmácias e drogarias52. 
− Segundo o STF, é inconstitucional lei municipal que, na 
competência legislativa concorrente, utilize-se do argumento do 
interesse local para restringir ou ampliar as determinações 
contidas em texto normativo de âmbito nacional53. 
− O fornecimento de água potável, serviço local inserido na 
competência municipal, não pode sofrer interferência por lei 
estadual, que altera condições formalmente estipuladas em 
contrato para fornecimento. Desta forma, é inconstitucional a 
Lei Estadual que obriga o fornecimento por empresa da qual o 
Estado mantenha controle acionário e fornece isenção tarifária, 
por invasão da esfera de competência dos Municípios54. 
 
Segundo o STF, trata-se de assunto de interesse local: 
− Legislar sobre horário de funcionamento de estabelecimento 
comercial55 (inclusive farmácias e drogarias)56; 
 
51 RE 179852 / MG - MINAS GERAIS - 21/11/2000 
52 ADI 2327 / SP - SÃO PAULO 
53 RE 596489 AgR / RS - RIO GRANDE DO SUL - 27/10/2009 
54 ADI N. 2.340-SC - RELATOR: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI – Info 705 – Maio 2013 
55 STF - Súmula nº 645. 
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contribuindo para naufragar projetos que disponibilizam um conteúdo de qualidade por um baixo custo de aquisição. 
− A Definição de tempo máximo de espera de clientes em filas de 
instituições bancárias57 bem como sobre a instalação de 
sanitários, bebedouros e equipamentos de segurança nas 
agências bancárias58 (já que não são atividade fim das agências 
bancárias); 
Observação: Não confunda: STF - SÚMULA Nº 19 - A fixação do 
horário bancário, para atendimento ao público, é da competência 
da União - já que o STF entende que neste caso trata-se de atividade 
fim das agências bancárias, atraindo assim a Competência da União 
para tratar sobre o sistema financeiro. 
− Legislar sobre limite ao tempo de espera em fila dos usuários 
dos serviços prestados pelos cartórios59; 
− Legislar sobre a vocação sucessória dos cargos de prefeito e 
vice-prefeito em caso de dupla vacância. Assim, é 
inconstitucional dispositivo da Constituição Estadual que venha 
a regular tal matéria, já que estaria desrespeitando à 
autonomia Municipal60 
 
Art. 32 §4º – Lei federal sobre polícias civil e militar do 
Distrito Federal: 
− SÚMULA Nº 647: Compete privativamente à união legislar 
sobre vencimentos dos membros das polícias civil e militar do 
Distrito Federal. 
 
E) Administração Pública. 
Art. 37, II – Concursos públicos: 
− STF – Súmula nº 683: O limite de idade para a inscrição em 
concurso público só se legitima em face do art. 7º, XXX, da CF, 
quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do 
cargo a ser preenchido. 
− STF – Súmula nº 684: É inconstitucional o veto não motivado 
à participação de candidato a concurso público. 
− STF – Súmula nº 685: É inconstitucional toda modalidade de 
provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia 
 
56 RE 408373 AgR / SP - SÃO PAULO - 23/05/2006 
57
 RE 610221 RG / SC - SANTA CATARINA - 29/04/2010. 
58 AI 453178 AgR / SP - SÃO PAULO - 13/12/2006 e AI 574296 AgR / RS - RIO GRANDE DO 
SUL 23/05/2006 
59 RE 397094 / DF - DISTRITO FEDERAL - 29/08/2006 
60 ADI 3549 / GO - GOIÁS - 17/09/2007 
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aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, 
em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente 
investido." 
− STF – Súmula nº 686: Só por lei se pode sujeitar a exame 
psicotécnico a habilitação de candidato a concurso público. 
− É constitucional a regra denominada “cláusula de barreira”, 
inserida em edital de concurso público, que limita o número de 
candidatos participantes de cada fase da disputa, com o intuito 
de selecionar apenas os concorrentes mais bem classificados 
para prosseguir no certame61. (NOVO) 
− Os candidatos em concurso público não têm direito à prova de 
segunda chamada nos testes de aptidão física em razão de 
circunstâncias pessoais, ainda que de caráter fisiológico ou de 
força maior, salvo contrária disposição editalícia62. 
− Candidato aprovado em certame para formação de reserva não tem 
direito subjetivo à nomeação, mas mera expectativa63.(NOVO) 
− O edital do concurso público não pode, sem respaldo em lei 
formal, prever restrição de altura míninma64, lembrando que 
isso deve ser interpretado de forma ampla, com base na 
isonomia, só a lei formal podendo inovar – com base na busca 
da isonomia material – sobre restrições em concurso público. 
− Segundo o STF, viola o princípio constitucional da isonomia 
norma que estabelece como título o mero exercício de função 
pública65. 
− A exigência de exame psicotécnico para ingresso no serviço 
público requer a edição de lei formal prevendo-o como requisito 
e ainda a adoção de um grau mínimo de objetividade e de 
publicidade dos atos em que se desdobra66. 
−
 Não ofende o princípio da igualdade o regulamento de 
concurso público que, destinado a preencher cargos de vários 
órgãos da Justiça Federal, sediados em locais diversos, 
determina que a classificação se faça por unidade da 
Federação, ainda que dai resulte que um candidato se possa 
 
61 RE 635739/AL, rel. Min. Gilmar Mendes, 19.2.2014. (RE-635739) 
62 RE 630.733,rel. min. Gilmar Mendes, julgamento em 15-5-2013, Plenário, Informativo 706. 
63
 AG. REG. EM MS N. 31.790-DF, rel. min. Gilmar Mendes 
64
 AG. REG. NO AI N. 764.423-SE 
65
 ADI 3.443, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 8-9-05, Plenário, DJ de 23-9-05 
66
 RE 417.019-AgR, Rel. Min.Sepúlveda Pertence, julgamento em 14-8-07, 1ª Turma, DJ 
de 14-9-07 
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classificar, em uma delas, com nota inferior ao que, em outra, 
não alcance a classificação respectiva67; 
− Sob a égide da Constituição de 1988, é inconstitucional 
qualquer forma deprovimento dos serviços notariais e de 
registro que não por concurso público. Não há direito adquirido 
à efetivação em serventia vaga sob a égide da Constituição de 
198868 (vide CF, art. 236 §3º); 
− Os conselhos de fiscalização profissional têm natureza jurídica 
de autarquias, sendo assim, se submetem a obrigatoriedade da 
realização de concurso público para provimento de seus 
quadros69. Tal natureza jurídica decorre dos seguintes fatores: 
(i) estas entidades são criadas por lei, tendo personalidade 
jurídica de direito público com autonomia administrativa e 
financeira; 
(ii) exercem a atividade de fiscalização de exercício profissional 
que, como decorre do disposto nos artigos 5º, XIII, 21, XXIV, é 
atividade tipicamente pública; 
(iii) têm o dever de prestar contas ao Tribunal de Contas da 
União (art. 71, II, CRFB/88). 
É de se notar ainda que a fiscalização das profissões, por se 
tratar de uma atividade típica de Estado, que abrange o poder 
de polícia, de tributar e de punir, não pode ser delegada (ADI 
1.717), excetuando-se a Ordem dos Advogados do Brasil (ADI 
3.026). 
− Os serviços sociais autônomos, por possuírem natureza jurídica 
de direito privado e não integrarem a Administração Pública, 
mesmo que desempenhem atividade de interesse público em 
cooperação com o ente estatal, não estão sujeitos à 
observância da regra de concurso público (CF, art. 37, II) para 
contratação de seu pessoal70. (NOVO) 
 
Art. 37, V – Nepotismo: 
−
 SÚMULA VINCULANTE 13: A nomeação de cônjuge, 
companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por 
afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade 
 
67 RE 146585/DF de 1995 
68 AG. REG. EM MS N. 28.273-DF - RELATOR: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 
 - Info stf 695 
10/03/2013
 
69 AG. REG. EM MS N. 28.469-DF - RED. P/ O ACÓRDÃO: MIN. LUIZ FUX 
70
 
RE 789874/DF, rel. Min. Teori Zavascki, 17.9.2014. (RE-789874)
 
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nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido 
em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o 
exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de 
função gratificada na administração pública direta e indireta em 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações 
recíprocas, viola a Constituição Federal. 
−
 Inaplicabilidade da súmula vinculante nº 13 → À 
nomeação de irmão de Governador de Estado no cargo de 
Secretário de Estado, não se aplica a súmula vinculante nº 13 
por se tratar de cargo de natureza política, já que secretários 
de Estado são agentes políticos71. 
 
Art. 37, XVI – Acumulação de cargos públicos: 
− Segundo o STF devem ser entendidos por de natureza técnica os 
cargos que exigem, no desempenho de suas atribuições, a aplicação 
de conhecimentos especializados de alguma área do saber. Não 
estariam nessa categoria, por exemplo, os cargos que implicassem a 
prática de atividades meramente burocráticas, de caráter repetitivo 
e que não exigissem formação específica. Sendo assim, estes cargos 
burocráticos da área meio (ainda que recebam nomenclatura de 
técnico, comumente usado para cargos de nível médio) não se 
enquadrariam no conceito constitucional para fins de permitir a 
acumulação com o cargo de professor72. (NOVO) 
 
 
Art. 39 – Remuneração do Servidor Público: 
− SÚMULA VINCULANTE 15: O cálculo de gratificações e outras 
vantagens do servidor público não incide sobre o abono 
utilizado para se atingir o salário mínimo. 
− SÚMULA VINCULANTE 16: Os artigos 7º, IV, e 39, § 3º 
(redação da EC 19/98), da Constituição, referem-se ao total da 
remuneração percebida pelo servidor público. 
− SÚMULA Nº 339: Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem 
função legislativa, aumentar vencimentos de servidores 
públicos sob fundamento de isonomia. 
 
71 STF – Rcl–MC–AgR 6650 / PR – PARANÁ – 16/10/2008 - Entendimento firmado com 
base no R.Ex. 579.951/RN. 
72
 RMS 28497/DF, rel. orig. Min. Luiz Fux, red. p/ o acórdão Min. Cármen Lúcia, 20.5.2014. (RMS-28497) 
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− SÚMULA Nº 681: É inconstitucional a vinculação do reajuste 
de vencimentos de servidores estaduais ou municipais a índices 
federais de correção monetária. 
Art. 39 – Indenização por férias não gozadas: 
− A jurisprudência do STF é no sentido de que o servidor público 
faz jus à indenização por férias que não foram gozadas por 
vontade da Administração, tendo em vista a responsabilidade 
objetiva desta e a vedação ao enriquecimento sem causa por 
parte do Estado73. 
 
F) Poder Legislativo. 
Art. 52, III - Aprovação de dirigentes da Adm. Pública Indireta 
pelo Poder Legislativo. 
− Segundo o STF, a aprovação, pelo Legislativo, da indicação dos 
Presidentes das entidades da Administração Pública Indireta 
restringe-se às autarquias e fundações públicas, dela excluídas 
as sociedades de economia mista e as empresas públicas. A 
intromissão do Poder Legislativo no processo de provimento das 
diretorias das empresas estatais colide com o princípio da 
harmonia e interdependência entre os poderes. A escolha dos 
dirigentes dessas empresas é matéria inserida no âmbito do 
regime estrutural de cada uma delas74. 
 
Art. 58 §3º, Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI): 
 
Independência dos Poderes X CPI: 
−
 Atos jurisdicionais, como o acerto ou desacerto da concessão de 
liminar em mandado de segurança, não podem ser examinados 
no âmbito do Legislativo, diante do princípio da separação de 
poderes75. 
−
 Ofende o princípio a independência dos poderes a intimação de 
magistrado para depor perante Comissão Parlamentar de 
Inquérito sobre ato jurisdicional praticado76. 
−
 Não é possível que a maioria parlamentar frustre o direito das 
minorias de instalar CPI, no termos do art. 58 §3º da 
 
73
 AG. REG. NO ARE N. 731.803-RJ 
74
 ADI 1.642, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 3-4-08, Plenário, DJE de 19-9-08. 
75 HC 86.581, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 23-2-06, Plenário, DJ de 19-5-06. 
76 HC 80.539, Rel. Min. Maurício Corrêa, 21/03/2001. 
Prof. Vítor Cruz 
 
 
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Constituição, já que reunidos os requisitos constitucionais (1/3 
dos membros, fatos determinados e temporariedade), a 
instalação não se submete à vontade da maioria. Assim, trata-
se de tema que extravasa os limites "interna corporis" sendo, 
assim, viável o controle judicial - prerrogativa das minorias, 
expressão do postulado democrático77. 
−
 Comissão Parlamentar de Inquérito não tem poder jurídico de 
requisitar perante as operadoras de telefonia as

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