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Aulas 1 e 2 LINDB e Pessoas Naturais

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Seu Próximo Emprego no Serviço Público só Depende de Você!
Cargo e Remuneração
Conteúdo Programático
Distribuição das Questões
Vamos Quebrar a Banca!
Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro;
Pessoas Naturais.
Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro
Dica!
Atenção na hora da prova: LICC = LINDB!
Como dissemos a alteração foi apenas na nomenclatura e não no conteúdo da norma.
Questão!
LICC = LINDB
Direito Público e Direito Privado
Perceberemos no decorrer desta aula que os artigos da LINDB tratam de assuntos de direito público (arts. 1º ao 6º) e assuntos relacionados ao direito internacional privado – conflito das leis no espaço (arts. 7º ao 19).
Vigência
Para uma lei ser criada há um procedimento próprio que está definido na Constituição da República (Do Processo Legislativo) e que envolve dentre outras etapas: a tramitação no Poder Legislativo; a sanção pelo Poder Executivo; a sua PROMULGAÇÃO (que é o nascimento da lei em sentido amplo); e, finalmente, a PUBLICAÇÃO, passando a vigorar de acordo com o art. 1º da LINDB 45 dias depois de oficialmente PUBLICADA, salvo disposição em contrário.
Questão!
(Analista de Finanças e Controle/CESPE/CGU/2010): Acerca da vigência da lei ordinária que rege o direito privado é correto afirmar:
A lei brasileira nunca terá obrigatoriedade nos Estados estrangeiros.
A lei sempre indicará a data de início da sua vigência.
A lei, como regra, entra em vigor 45 dias após a sua publicação oficial.
Entra em vigor sempre na data de sua publicação, salvo a ocorrência de “vacatio legis” expressamente determinada em seu texto.
Não muda o prazo de vigência se no curso da “vacatio legis” for publicada correção de lei.
Gabarito: C
“Vacatio Legis”
Publicação ≠ Promulgação	
Questão!
Gabarito: errado.	
Questão!
Gabarito: correto.
Aplicação da Lei Brasileira nos Estados Estrangeiros
De fato, há casos em que a lei brasileira obriga no exterior, são eles:
Nas embaixadas, nas legações (missões mantidas por um governo em países no quais este país não possui embaixadas), nos consulados e escritórios, no tocante às atribuições dos embaixadores, ministros, cônsules, agentes e mais funcionários dessas repartições;
B. no que concerne aos brasileiros acerca do seu estatuto pessoal e sobre todos os atos sobre as leis pátrias;
C. para todos quantos tenham interesse regulados pelas leis brasileiras.
Questão!
Gabarito: errado.
Galera! Cuidado, não vamos com tanta sede ao pote. O prazo para a vigência em Estados estrangeiros é de 3 meses? Sim! Mas contados a partir de quando? Da promulgação? Não. Cuidado! Promulgação é diferente de publicação. Promulgação é o nascimento da lei em sentido amplo, ato solene que atesta a EXISTÊNCIA DA LEI. A publicação é a existência necessária para a entrada em vigor da lei.
Princípio da Obrigatoriedade da Lei
Assim, podemos concluir que, a princípio, a lei valem em todo território do país e também se aplica a todos, NÃO PODENDO SER ALEGADO O SEU DESCONHECIMENTO. 
Questão!
A doutrina costuma colocar duas formas de republicação: a TOTAL e a PARCIAL. Caso a publicação do texto seja total, o novo prazo passa a contar para todos os dispositivos desta lei, já se a republicação for parcial o prazo conta apenas para os dispositivos que foram alterados e republicados.
Atenção!
Contagem do Prazo da “Vacatio Legis”
	
Importante!
Se por acaso o prazo da “vacatio legis” for estabelecido em meses ou em anos, ABANDONA-SE a regra acima exposta de aplica-se a regra do art. 132 do CC/2002, que diz:
“Salvo disposição legal ou convencional em contrário, computam-se os prazos, EXCLUÍDO o dia do começo, e INCLUINDO o do vencimento.
Questão!
Gabarito: correto.
Princípio da Continuidade das Leis
Diante do que foi dito até agora podemos concluir o seguinte: o prazo de vacatio legis, como regra, NÃO está sujeito à prorrogação, interrupção ou suspensão. Isso só ocorrerá em caso de nova disposição legal, por exemplo, quando da alteração do texto de lei ainda não em vigor.
Revogação
Revogação nada mais é do que tornar sem efeito uma norma ou parte dela. A lei ou, então, parte dela deixa de ter vigência, CESSA SUA OBRIGATORIEDADE.
A Revogação Pode Ser:
	
Atenção!
Repristinação
É Importante Saber o Que é Repristinação?
Sim, é muito importante e este instituto do Direito Civil despenca em provas de concursos públicos!
Além disso, também precisamos saber que em nosso ordenamento jurídico NÃO É ACEITA, ou seja, NÃO É A REGRA, exceto de houver disposição em contrário.
Por exemplo: se a lei nova “B”, que revogou a lei velha “A”, for também revogada, posteriormente, por uma lei mais nova “C”, a lei velha “A” não volta a valer automaticamente. Isto somente irá acontacer se no texto da lei mais nova “C” estiver EXPRESSO	que a lei velha “A” voltará a produzir efeitos no mundo jurídico.
Questão!
Gabarito: errado.	
Questão!
Gabarito: errado.
Questão!	
Gabarito: errado.
Questão!
Gabarito: errado.
Aplicação, Interpretação e Integração das Leis
Hermenêutica
Técnicas de Interpretação das Leis
Para a realização da interpretação das normas jurídicas, existem algumas técnicas e elas são cobradas em concursos públicos. São elas:
Princípio do “Non Linquet”	
A expressão “non linquet” é usual na ciência do Direito, para significar o que hoje não mais existe: o poder do juiz NÃO julgar, por não saber como decidir.
 
Analogia
 Analogia Jurídica (ou Analogia Juris) – na qual será utilizado um CONJUNTO DE NORMAS para se extrair elementos que possibilitem a sua aplicabilidade ao caso concreto não previsto, mas similar.
Costumes
Espécies de Costumes
Princípios Gerais do Direito
Equidade
Neste sentido, observem o que preleciona o Código de Processo Civil:
CPC, art. 126: O juiz NÃO se exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei. No julgamento da lide caber-lhe-á aplicar as normas legais; não as havendo, recorrerá à analogia, aos costumes e aos princípios gerais do direito. (grifos meus)
Art. 127: o juiz SÓ decidirá por equidade nos casos previstos em lei. (grifos meus)
Questão!
Gabarito: errado.
Questão!
Gabarito: errado.
Da forma como a afirmação foi elaborada se depreende que na lacuna da lei o juiz primeiramente deverá utilizar a interpretação teleológica ou sociológica, o que não é verdade. Para colmatação de lacunas o juiz utilizará: ANALOGIA  COSTUMES  PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO.
Questão!
Gabarito: errado.
Conflito das Leis no Tempo
O critério de solução para os conflitos das leis do tempo são:
i. Critério das disposições transitórias;
ii. Princípio da irretroatividade das leis.
Critério das Disposições Transitórias	
Princípio da Irretroatividade das Leis
Importante!
Antinomia Jurídica
Classificação da Antinomia
i. Antinomia real;
ii. Antinomia aparente.
Conflitos das Leis no Espaço
Princípio da Territorialidade
Quando uma lei é criada, a princípio ela tem validade e obrigatoriedade dentro do território do Estado (Nação) que a criou. Este é o PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE.
Pergunto-lhes: na sociedade em que vivemos esta regra deve ser absoluta?
Atenção!
Questão!
Gabarito: correto.
Esta é a definição da TERRITORIALIDADE MODERADA, também chamada de mitigada, adotada pelo Brasil. A lei precisa estar de acordo a soberania nacional, com a ordem pública e com os bons costumes.
Execução das Decisões Judiciais Proferidas no Estrangeiro
LINDB, arts. 15 e 17.
A Emenda Constitucional nº 45 de 2004 estabeleceu a competência do Superior Tribunal de Justiça – STJ – e NÃO mais ao Supremo Tribunal Federal – STF - para a homologação de sentenças estrangeiras e para a concessão de exequatur às cartas rogatórias.
Pessoas Naturais
O ordenamento jurídico, as relações privadas e, por consequência, também o Código Civil, “giram” em torno das pessoas.
Estas pessoas
possuem direitos e obrigações, deste modo, o ordenamento jurídico busca normatizar, regulamentar, enfim, busca organizar as suas relações. Busca organizar particularmente a vida de cada indivíduo e, também, a própria sociedade.
O que é Pessoa?
Neste curso iremos estudar a conceituação jurídica de pessoa, na qual esta é o ente físico ou moral, SUSCEPTÍVEL DE DIREITOS E OBRIGAÇÕES, é o sujeito da relação jurídica, o sujeito de direito.
Pessoas Naturais
Início da Personalidade Civil
Nascituro
Capacidade	
Capacidade de Gozo ou de Direito
À capacidade de adquirir direitos e de contrair obrigações na vida civil se dá o nome de capacidade de gozo ou de direito.
Esta capacidade é inerente à pessoa humana (sem isto se perde a qualidade de pessoa). Porém, esta capacidade de direito pode vir a sofrer algumas restrições legais, por causas diversas, no seu exercício.
Capacidade de Fato ou de Exercício
É a capacidade de exercer por si mesmo os atos da vida civil.
Atenção: o CESPE adota o entendimento de que a “capacidade civil” é sinônimo de capacidade de fato (ou de exercício).
Capacidade Civil Plena
Ou seja:
CAPACIDADE CIVIL PLENA = CAPACIDADE DE DIREITO (GOZO) + CAPACIDADE DE FATO (EXERCÍCIO)
Incapacidade
De acordo com a Professora Maria Helena Diniz, “o instituto da incapacidade visa proteger os que são portadores de uma deficiência jurídica apreciável, graduando a forma de proteção para que os absolutamente incapazes (art. 3º do CC) assume a feição de REPRESENTAÇÃO, uma vez que estão completamente privados de agir juridicamente, e para os relativamente incapazes (art. 4º do CC) o aspecto de ASSISTÊNCIA, já que têm o poder de atuar na esfera civil, desde que autorizados. Por meio da representação e da assistência, supre-se a incapacidade, e os negócios jurídicos realizam-se regularmente”. (grifos meus)
Incapacidade Absoluta e Incapacidade Relativa
De acordo com o art. 3º do CC/2002, são ABSOLUTAMENTE INCAPAZES de exercer pessoalmente os atos da vida civil:
I – os menores de 16 anos;
II – os que, por enfermidade ou doença mental, não puderem exprimir sua vontade;
III – os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.
Capacidade Civil dos Índios
1. Atentar para a questão na nomenclatura SILVÍCOLA em concursos públicos.
2. O CC/2002 NÃO considerou os índios como incapazes ou, sequer, plenamente capazes; apenas afirmou com a capacidade deles será regulada por LEGISLAÇÃO ESPECIAL – Lei 6.001/73, Estatuto dos Índios.
3. o órgão que deve assisti-los é a FUNAI e sua tutela cabe ao Ministério Público Federal.
4. A lei estabelece que os negócios praticados entre um índio e uma pessoa estranha à comunidade, sem a assistência da FUNAI é nulo (e não anulável). No entanto prevê que o negócio pode ser considerado válido se o índio revelar consciência do ato praticado e o mesmo não for prejudicial. 
Cessação da Incapacidade
Observem!
* Inciso I = emancipação voluntária e legal.
* Incisos II ao V = emancipações legais.
Interessante, Cuidado!
Questão!
* Jamais esqueçam:
1. Em regra, a emancipação é IRREVOGÁVEL e DEFINITIVA;
2. Em qualquer dos casos, a emancipação vale APENAS na esfera civil. É irrelevante, por exemplo, na esfera penal.
Extinção da Personalidade Civil ou Natural
Questão!
O art. 7, CC/2002 é reiteradamente cobrado em concursos, atenção!
Art. 7º Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:
I – se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;
II – se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra.
Parágrafo único. A declaração de morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.
Comoriência
1. Questão também recorrente em provas, cuidado!
2. Muita importância principalmente para o Direito das Sucessões.
3. Comoriência é o instituto pelo qual se considera que duas ou mais pessoas morreram simultaneamente, sempre que não se puder averiguar qual delas pré-morreu, ou seja, quem morreu em primeiro lugar. 
4.Vejam o que prescreve o art. 8º do Código Civil: “Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos”. 
5. Presunção RELATIVA (juris tantum) de morte simultânea, ou seja, admite prova em contrário.
6. sempre que houver uma relação de sucessão hereditária entre os mortos. Se não houver esta relação também não haverá qualquer interesse jurídico na questão. A consequência prática é que se os comorientes forem herdeiros uns dos outros, não haverá transferência de direitos entre eles; um não sucederá o outro.
Vamos supor o caso de mortes simultâneas de cônjuges, sem descendentes e sem ascendentes, mas com irmãos. Pelo instituto da comoriência, a herança de ambos é dividida à razão de 50% para os herdeiros de cada cônjuge, se o regime de bens do casamento for o da comunhão universal.
Observem o exemplo abaixo:
Digamos que A seja proprietário de um apartamento, sendo casado com B pelo regime da comunhão universal de bens. Se em um desastre A morrer primeiro, e sua esposa logo depois, o apartamento irá todo para D, irmão de B. Por quê? Porque A não possui descendentes nem ascendentes; logo, sua esposa recebe a totalidade dos bens. Morrendo esta, embora pouco tempo depois, faz-se novo inventário; como ela também não possui filhos, pais ou marido, quem receberá o bem é seu irmão (que é seu colateral). Assim, se for possível determinar-se a sequência de falecimentos (mesmo que por uma pequena diferença de tempo), resultará que quem faleceu por último herdará de quem morreu primeiro.
No entanto, se A e B forem considerados comorientes, ou seja, houver uma presunção de que morreram ao mesmo tempo, o bem é partilhado entre C (irmão de A) e D (irmão de B), sendo que cada um receberá 50% da herança.
*Comentar o caso real do homem que era casado e possuía filhos, fez o seguro de vida. Pai e filho morreram juntos (comoriência) e o seguro não foi para os netos do segurado.
Morte Civil
Nome, Estado e Domicílio
Nome, estado e domicílio são institutos jurídicos que tratam da INDIVIDUALIZAÇÃO/DIFERENCIAÇÃO das pessoas na vida civil.
A identificação da pessoa natural se dá sob três aspectos: 
1. Pelo NOME: individualiza o indivíduo;
2. Pelo ESTADO: que define sua posição na sociedade política e na família;
3. Pelo DOMICÍLIO: o lugar da atividade social do indivíduo.
Nome
Agnome
Estado (status) da Pessoa Natural ou Física
1. Estado individual ou físico: idade, sexo, estado de saúde que reflita nos seus atos civil;
2. Estado familiar: casado (a), solteiro (a), viúvo (a), pai, mãe, filho, avó, avô, neto, sobrinho e etc.
3. Estado político: posição política da pessoa na sociedade em que vive (estrangeiro, nacional nato ou naturalizado e etc.)
Domicílio
DOMICÍLIO ≠ RESIDÊNCIA ≠ HABITAÇÃO
Domicílio = necessidade jurídica;
Residência = ideia de habitabilidade permanente;
Habitação = ideia de habitabilidade transitória (casa de praia, veraneio).
Domicílio Aparente ou Ocasional
Pluralidade de Domicílios
Classificação do Domicílio
Necessário ou Legal, art. 76, CC/2002:
2. Domicílio Voluntário:
Direitos da Personalidade
São direitos inerente à condição e à personalidade de ser humano de cada pessoa.
São direitos EXTRAPATRIMONIAIS, já que estão a par dos direitos economicamente apreciáveis e não fazem parte do chamado patrimônio individual de cada pessoa.
A Constituição Federal de 88 assegurou em seu texto, dentre outros, o direito à vida, à liberdade, à igualdade, à intimidade, à honra, numa referência meramente exemplificativa, pois tais direitos são INUMERÁVEIS, dinâmicos, variáveis no tempo e no espaço.
Importante!
Ameaça ou Lesão a Direito da Personalidade
Disposição do
Corpo em Vida para Depois da Morte
Doação de Órgãos
i. Quando em vida, pessoa beneficiada seja parente (evitar a comercialização de órgãos);
ii. Post mortem, deverá ser constatada a morte encefálica;
iii. Se a pessoa deixou expressa a sua vontade em vida, esta prevalece em relação a vontade da família;
iv. Se a pessoa não manifestou sua vontade de forma expressa em vida, a decisão cabe à família;
v. Pessoa juridicamente incapaz: ambos os pais o representante legal;
vi. Pessoa morta não identificada: proibição da remoção de órgãos e tecidos.
Constrangimento a Tratamento Médico ou Intervenção Cirúrgica
Proteção ao Nome
Produção Intelectual e da Imagem das Pessoas
Intimidade
Terminamos aqui uma aula com diversos conceitos e de fundamental importância, pois todo concurso que exige conhecimentos de direito civil com certeza abordará algo sobre pessoas naturais.
Na próxima aula veremos os seguintes assuntos: pessoas jurídicas  disposições gerais; constituição; domicílio; associações e fundações e bens públicos.
“Nenhum vento sopra a favor de quem não sabe para onde ir.” Sêneca.
Obrigado a todos e boa semana.
Pinheiro Neto.
japnt@hotmail.com

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