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UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E LICENCIAMENTO AMBIENTAL BANHADO DO MAÇARICO Mateus Flores Ledur REQUISITOS PARA A CRIAÇÃO DE UMA RESERVA BIOLÓGICA Qualquer ato do poder público pode criar uma Unidade de Conservação, porém o órgão executor proponente deve elaborar estudos técnicos preliminares. Se necessário o órgão executor procede com consulta pública a fim de conhecer quais as determinações adequadas para a unidade. Dentro dos dados que devem ser fornecidos em relação aos limites da área de proteção, o limite do subsolo deve ser estabelecido no ato da criação da Reserva Biológica. O órgão gestor da reserva deve apresentar estudos técnicos para estabelecer no Plano de Manejo os limites do espaço aéreo, e ainda consultar a autoridade aeronáutica competente. Quanto aos critérios sociobiológicos genéricos, deve ser comprovada a existência de uma alta diversidade de espécies e habitats no local, um nível de endemismo elevado e alta sensibilidade à pressão humana. ATIVIDADES QUE PODEM SER DESENVOLVIDAS NESSA CATEGORIA DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO Não pode ser feita nenhuma intervenção humana direta ou modificação ambiental, exceto atividades destinadas à recuperação dos ecossistemas alterados, assim como ações de manejo que sejam necessárias para preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica e os processos ecológicos naturais. O Artigo 5 do Código de Lei Florestal de 1965 determina que as áreas de Reserva Biológica também podem ser usadas com fins educacionais, recreativos e científicos. Desde que respeitando todas as restrições determinadas até então. Em 1967 o Código de Caça restringiu as atividades nas Reservas Biológicas apenas àquelas para com fins científico e desde que seja comunicado e que haja uma autorização prévia. Este artigo que pertence a lei de 1967 foi revogado posteriormente. Também é válido constar que toda propriedade particular que houver situada dentro da área da Reserva deve ser desapropriada. QUANTO A EXIGÊNCIA DE ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL PRÉVIO AO LICENCIAMENTO AMBIENTAL NAS ATIVIDADES DE COMPLEXO EÓLICO É exigido um Estudo de Impacto Ambiental prévio ao Licenciamento Ambiental considerando critérios de distância mínima, remoção de população, distância de intervenção além das margens da Unidade de Conservação de Proteção Integral, intervenções físicas de manutenção ou construção e nível de supressão de vegetação arbórea/arbustiva nativa na área poligonal do empreendimento. O Licenciamento Simplificado é adotado para o Licenciamento Ambiental de empreendimentos de pequeno porte e baixo grau de poluição. Neste caso as Licenças Prévia, de Instalação e de Operação serão concedidas através de uma Licença Única. SOBRE O FUNCIONAMENTO DA ZONA DE AMORTECIMENTO E A SUA EXIGÊNCIA NO COMPLEXO EÓLICO DO BANHADO DO MAÇARICO As Zonas de Amortecimento e os Corredores Ecológicos não pertencem ao domínio público. O Domínio particular tornase responsável por atender aos princípios constitucionais e de funções socioambientais. Isso ocorre porque a zona de amortecimento tem a função de proteger a Unidade de Conservação amenizando os impactos exteriores. No caso da Reserva Biológica do Banhado do Maçarico, as exigências são de que haja uma zona de amortecimento em torno da Unidade, visto que a área possui um complexo eólico adjacente. Existe uma estrada que atravessa a Reserva, e isso também faz necessário uma medida de amortecimento de impacto rente à estrada.
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