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Teoria da Gestalt e Dinâmica de Grupos

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PROCESSOS
GRUPAIS
AULA 4
Prof.ª Daniele Mello
E-mail: daniele.mello2012@gmail.com
Texto: Cap. 2 – Os marcos referenciais teóricos fundantes 
Osório, L.C. Psicologia grupal. São Paulo: Artmed, 2003 
MARCOS REFERENCIAIS TÉORICOS FUNDANTES
TEORIA DA GESTALT E DINÂMICA DE GRUPOS:
- GESTALT: palavra alemã, intraduzível em outros idiomas. Significa o modo como os elementos (partes) estão agrupados juntos;
A noção de que o todo é maior do que suas partes constituintes e de que seus atributos (do todo) não podem ser deduzíveis a partir do exame isolado das partes constituintes é um dos pilares da teoria gestáltica;
Kurt Lewin: era um judeu obrigado pelos nazistas a deixar a Alemanha em 1933. dedicou-se às ciências físicas, depois à Filosofia e por fim, à Psicologia;
A expressão Dinâmica de Grupo apareceu pela 1ª vez em um artigo de 1944, no qual Lewin estuda as relações entre teoria e prática em Psicologia Social.
Em 1945, fundou um centro de pesquisas no MIT (Instituto Tecnológico de Massachussets). Nesse local, realizou muitas pesquisas e experimentos com grupos.
MARCOS REFERENCIAIS TÉORICOS FUNDANTES
TEORIA DA GESTALT E DINÂMICA DE GRUPOS:
Lewin formulou a noção de dinâmica de grupo (DG) como uma engenharia social. Expressão da qual, posteriormente, se arrependeu, já que disseminou a ideia de que o objetivo da DG era a manipulação de grupos;
Os fenômenos grupais só se tornam inteligíveis ao observador que consente em participar da vivência grupal. Os fenômenos não podem ser estudados do ponto de vista “exterior”, como também não podem ser analisados como fragmentos.
Surge, então, a metodologia denominada Pesquisa-ação: o observador era incluído no grupo e tal situação não inviabilizava o processo investigativo;
Os grupos analisados eram restritos – (face to face), permitindo assim, que seus integrantes existissem uns para os outros psicologicamente, e pudessem estabelecer uma situação de interdependência e interação possível; 
MARCOS REFERENCIAIS TÉORICOS FUNDANTES
TEORIA DA GESTALT E DINÂMICA DE GRUPOS:
O estudo dos pequenos grupos oferecia vantagens: observação ao vivo dos processos de interação social; constituem-se em uma unidade experimental de referência para a formulação de hipóteses que possam, posteriormente, confrontadas e comparadas;
As ações e percepções dos elementos do grupo integram uma estrutura mais complexa, não sendo compreensíveis fora da estrutura grupal; 
A integração do grupo somente ocorrerá quando as relações interpessoais estiverem baseadas na autenticidade de suas comunicações. A autenticidade é uma atitude passível de aprendizado no e pelo próprio grupo;
MARCOS REFERENCIAIS TÉORICOS FUNDANTES
TEORIA DA GESTALT E DINÂMICA DE GRUPOS:
Lewin estudou a autoridade e os estilos de liderança em pequenos grupos. Existem três estilos básicos:
 - autocrático: decisões tomadas pelo líder. Relações verticalizadas;
 - Laissez-Faire: o líder não direciona nenhuma decisão;
 - democrático: decisões tomadas em conjunto. Relações horizontalizadas;
Os estudos de liderança foram empreendidos com grupos isolados e em situações artificiais. Portanto, esses estudos devem ser ponderados.
Lewin descreveu as etapas do processo de solução de problemas em grupos: definição do problema; promoção de ideias; verificação das mesmas; tomada de decisão e; execução.
Maior contribuição de Lewin – criação de um modelo para verificar a sua validade e, além disso, treinar profissionais para a coordenação de grupos.
MARCOS REFERENCIAIS TÉORICOS FUNDANTES
TEORIA DA GESTALT E DINÂMICA DE GRUPOS:
Lewin permitiu também a participação de observadores de outros grupos nas sessões de auto-avaliação. Reciprocamente, estes também poderiam ser avaliados nos grupos em que participavam, por observadores de grupos distintos, criando-se assim, uma maior objetivação sobre os comportamentos grupais de todos;
Cada grupo de discussão, com seu respectivo observador (que era também um animador, pois ia comunicando ao grupo suas observações) foi denominado grupo de treinamento das técnicas de base. Ao lado do grupo de discussão – nos quais eram debatidos os problemas concretos dos grupos em que trabalhavam habitualmente, constituíram os dois pilares do processo de aprendizagem da DG;
A partir de 1956 – após a morte de Lewin, a proposta original do grupo de discussão foi abandonada. E o grupo de treinamento das técnicas de base foi repensado.
Criação de dois grupos de sensibilização para as relações humanas: Grupo de Habilidades (Skill group) e Grupo de Treinamento (TG).
MARCOS REFERENCIAIS TÉORICOS FUNDANTES
TEORIA DA GESTALT E DINÂMICA DE GRUPOS:
T-Group (grupo de treinamento), mais tarde denominado de Grupo de Formação (GF- para muitos F de Free, livre em inglês): corresponde a um grupo centrado em si mesmo no qual, no aqui e agora das interações dos membros do grupo sem o ônus de uma tarefa ou propósito extrínseco ao grupo. Tem-se a experiência de um grupo em estado de nascença, com toda a riqueza vivencial e de abertura para um acontecer não- programado, no qual ocorrem fenômenos repetidos – busca pela afirmação pessoal; rivalidades e alianças; disputas pela liderança; alternância de momentos de coesão e desagregação; reativação de preconceitos ao lado da sua superação; resistência ou disposição à mudança; surgimentos de mal-entendidos e esforço para esclarecimento e outros.
GF - não possuem estruturas internas, nem tarefas a realizar ou lideranças pré-designadas; seus coordenadores não atuam como conselheiros, mas como catalisadores do processo grupal sem estimular a dependência do grupo; eles são a consciência e a memória do grupo ativadas nos momentos de revisão crítica do grupo; sua autoridade é exercida através do comprometimento e fidelidade aos objetivos da experiência, devendo além disso, constituírem-se em modelos de autenticidade pessoal.
MARCOS REFERENCIAIS TÉORICOS FUNDANTES
GRUPOS OPERATIVOS:
Teoria elaborada por Pichón-Riviere (1907-1977). Suiço de nascença e argentino de vivência;
Sua contribuição é considerada a mais importante da américa latina para uma teoria unificada do funcionamento grupal;
Grupos Operativos (GO) – são grupos centrados na tarefa. 
 - O que caracteriza o processo grupal é a relação que os integrantes do grupo mantêm com a tarefa. 
 - A tarefa poderá ser a obtenção da cura, se for um grupo terapêutico; ou aquisição de conhecimentos se for um grupo de aprendizagem. A distinção entre esses grupos não era fundamental.
 - Todo grupo terapêutico proporciona aprendizagem.

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