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3 Teoria da Pessoa

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INSTITUIÇÕES DE DIREITO PRIVADO
TEORIA DA PESSOA
Fabio Queiroz Pereira
Professor Adjunto de Direito Civil da UFMG
Doutor em Direito Civil pela UFMG
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PERSONALIDADE JURÍDICA
Personalidade Jurídica, para a Teoria Geral do Direito Civil, é a aptidão genérica para se titularizar direitos e contrair obrigações, ou, em outras palavras, é o atributo do sujeito de direito.
Pessoas naturais
Pessoas jurídicas
Entes despersonalizados
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PERSONALIDADE JURÍDICA
“Personalidade é a capacidade da pessoa de ser titular de direitos e obrigações, independentemente de seu grau de discernimento, em razão de direitos que são inerentes à natureza humana e sua proteção para o mundo exterior”.
Todo ser humano é dotado de personalidade jurídica.
Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.
É possível existir pessoa sem personalidade?
A pessoa jurídica também é dotada de personalidade jurídica, desde o início de sua existência.
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PESSOA
“Pessoa (persona) é a expressão cuja origem remonta à máscara utilizada pelos atores dos teatros romanos antigos, que tinha a propriedade de ressoar as palavras por ele proferidas”.
Acepções:
	a) vulgar: ser humano
	b) filosófica: ente dotado de razão.
	c) jurídica: ente suscetível de direitos e obrigações.
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INÍCIO DA PERSONALIDADE JURÍDICA DO SER HUMANO
Direito Romano: personalidade após o nascimento. O feto era considerado parte da mãe.
Duas teorias se difundiram na tentativa de equacionar o problema do início da personalidade jurídica:
	a) Teoria Natalista: postula que a personalidade jurídica deve ser concedida a partir do nascimento com vida.
	b) Teoria Concepcionista: defende que a atribuição da personalidade jurídica deve ocorrer na concepção do ser humano, ainda no ventre da mãe.
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INÍCIO DA PERSONALIDADE JURÍDICA DO SER HUMANO
Código Civil brasileiro adere à teoria natalista, mas salvaguarda os direitos dos nascituros.
	Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
 Dois requisitos para o início da personalidade: 
	a) nascimento: desfazimento da unidade biológica, de forma a mãe e filho constituírem dois corpos orgânicos autônomos. 
	b) vida: troca oxicarbônica no meio ambiente; inalação do ar atmosférico.
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NASCITURO
Nascituro: é o ente que ainda está por nascer, mas já concebido no ventre materno. É o ser humano que se encontra em desenvolvimento no útero da mãe.
Antes do nascimento com vida o que há são direitos meramente potenciais. Repercussão sucessória.
O nascituro tem direitos subjetivos, mas apenas aqueles expressamente reconhecidos pela legislação.
A sua capacidade de direito é limitada, tornando-se genérica somente a partir do nascimento com vida.
Se o nascituro vier a nascer com vida, a sua capacidade de direito alarga-se, contemplando aptidão para ocupar qualquer situação jurídica compreendida no sistema jurídico.
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FIM DA PERSONALIDADE JURÍDICA DO SER HUMANO
A personalidade é um atributo do ser humano e o acompanha por toda a vida. A morte põe fim à personalidade jurídica.
	Art. 6º A existência da pessoa natural termina com a morte [...].
A constatação da morte determina a supressão da personalidade jurídica conferida ao ser humano pelo sistema legal. As relações jurídicas travadas pelo de cujus também são levadas à extinção. 
	Ex.: dissolução do vínculo conjugal, extinção do poder familiar; contratos.
O falecido deixa de ser destinatário de normas jurídicas, não podendo mais ser titular de direitos ou estar adstrito a obrigações.
Nosso direito não reconhece a perda da personalidade em vida.
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MORTE REAL
	a) cessação das funções orgânicas: batimentos cardíacos, movimentos respiratórios, contração das pupilas.
	b) a vida do indivíduo está ligada a sua atividade cerebral. A morte encefálica marca o fim da vida.
Após a morte cerebral autoriza-se a doação de órgãos em conformidade com a vontade dos familiares.
	Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte.
	Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo.
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MORTE PRESUMIDA
Em algumas situações, embora a morte real seja extremamente provável, torna-se inviável a sua efetiva comprovação, em razão da impossibilidade de recuperação do cadáver.
Neste caso, admite-se o falecimento, desde que reclamado perante órgão judicial, por qualquer interessado, como cônjuge, pais e filhos.
	
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MORTE PRESUMIDA E O CÓDIGO CIVIL
	Art. 7o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:
	I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;
	II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra.
	Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.
Expansão das presunções; não se restringindo a conflitos internacionais.
Prova da morte: certidão de óbito. 
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COMORIÊNCIA
Em hipótese de acidente, ao direito interessa saber qual pessoa faleceu primeiro, com o intuito de verificar se ocorreu transmissão de direitos entre elas.
Recurso à medicina legal: esfriamento do cadáver, putrefação, exames químicos etc.
Não utilização de princípios de precedência.
Na falta de resultado preciso, tem-se a presunção de simultaneidade da morte, sem se atender a qualquer ordem de precedência.
Repercussão na transmissão dos direitos: não há transferência de direitos, isto é, nenhum deles pode suceder o outro.
	Art. 8º. Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos.
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TEORIA DAS CAPACIDADES
“Capacidade é aptidão para adquirir direitos e exercer, por si ou por outrem, os atos da vida civil” (MONTEIRO).
Personalidade e capacidade se completam: de nada valeria a personalidade jurídica, sem a capacidade jurídica que se ajusta, assim, ao conteúdo da personalidade.
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CAPACIDADE DE DIREITO OU DE GOZO
É atributo inerente à condição humana.
Consiste na prerrogativa de adquirir direitos e de exercê-los, com o que se aproxima da personalidade da qual deriva (reconhecimento como sujeito de direito).
	Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.
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CAPACIDADE DE FATO OU DE EXERCÍCIO
É a aptidão para o exercício dos direitos pelo sujeito mesmo.
Sem necessidade de representação ou assistência.
Está subordinada a elementos relacionados à idade e às condições de saúde.
Nem sempre o indivíduo poderá atuar livremente, por si mesmo, porque em determinadas situações fixadas na lei inexistirá capacidade para assim proceder.
Toda pessoa tem a faculdade de adquirir direitos, mas nem toda pessoa tem o poder de usá-los pessoalmente e transmiti-los a outrem por ato de vontade.
Quem possui as duas espécies de capacidade tem capacidade plena.
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DAS INCAPACIDADES
Incapazes: são as pessoas que, sem perderem os atributos da personalidade, não têm a faculdade do exercício pessoal dos direitos civis.
É sempre a lei que estabelece os casos em que o indivíduo é privado, total ou parcialmente, do poder de ação pessoal.
Objetivo: proteção.
Indivíduos que em razão de uma falta de discernimento são merecedores de um tratamento especial.
Graus diferentes.
Estatuto da Pessoa com Deficiência
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GRAUS DE INCAPACIDADE
Capacidade como regra; incapacidade como exceção.
Absolutamente incapaz
	- Designa vedação ao exercício, por si só, do direito.
	- Representação.
Relativamente incapaz
	- Incapazes apenas quanto a alguns direitos ou à forma de seu exercício.
	- Assistência.*
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O REGIME DE INCAPACIDADES ANTERIOR
	Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:  
	I - os menores de dezesseis anos; 
	II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; 
	III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.  
	Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer:  
	I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
	II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido;
	III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;
	IV - os pródigos.
	Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação especial. 
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O NOVO REGIME DE INCAPACIDADES
	Alterações feitas pelo Estatuto:
	Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.
	I - (Revogado);
	II - (Revogado);
	III - (Revogado).
	Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:
	I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
	II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico;
	III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;
	IV - os pródigos.
	Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial.
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DOS ABSOLUTAMENTE INCAPAZES
Possuem direitos, podem adquiri-los, mas não são habilitados para exercê-los.
Não praticam e nem interferem validamente nos atos quem envolvem os seus interesses.
Têm que ser representados em todas as situações da vida civil.
Os representantes agem e falam em seu nome.
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DOS RELATIVAMENTE INCAPAZES
Zona intermediária entre a capacidade plena e a incapacidade absoluta.
Fundamentos: faixa etária do indivíduo ou especiais circunstâncias pessoais que influenciam em seu discernimento.
O exercício de seus direitos se realiza com a sua presença.
Assistência: os relativamente incapazes têm que ser assistidos em alguns atos.
Exemplos: casamento (art. 1517); testamento (art. 1860), testemunhar (art. 228, I).
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MAIORIDADE E EMANCIPAÇÃO
Maioridade: CC 1916 X CC 2002
Não há diferenças com relação ao gênero.
Emancipação: alcance da capacidade civil, independentemente de se atingir a maioridade.
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TIPOS
	a) Emancipação voluntária: atribuição ao filho da condição de plenamente capaz. É uma concessão; não pode ser reivindicada.
 	O emancipado deve ter 16 anos completos.
	É ato dos pais, independente de homologação judicial.
	b) emancipação judicial
	O tutor não pode emancipar o tutelado.
	Necessário provimento jurisdicional.
	Iniciativa do emancipando, ouvido o tutor e o MP.
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	c) Emancipação legal
	Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
	Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
	I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
	II - pelo casamento;
	III - pelo exercício de emprego público efetivo;
	IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
	V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
	- Em qualquer caso a emancipação é irrevogável.

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