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Direito Civil Inicial Acidentes de Trânsito

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_____________________________________________________________________________________
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE UBERLÂNDIA, ESTADO DE MINAS GERAIS.
	
		Maria Carolina, (nacionalidade), (estado civil), estudante, portadora do RG/UF (nº) inscrita no CPF sob o (nº), residente e domiciliada à (Rua), (nº), (Bairro), na cidade de Uberlândia, Minhas Gerais, (CEP), por intermédio de seu advogado e bastante procurador (procuração em anexo - doc. 01), com escritório profissional à (Rua), (nº), (Bairro), (Cidade), (Estado) (CEP), onde recebe notificações e intimações, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigo 5º, inciso V da Constituição Federal e arts. 186, 187 e 927 do Código Civil, propor a presente
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS DECORRENTES DE ACIDENTE DE TRÂNSITO COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA
		em face de Luciano, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador do RG/UF (nº) inscrita no CPF sob o (nº), residente e domiciliada à (Rua), (nº), (Bairro), na cidade de Uberaba, Minas Gerais (CEP).
I. DOS FATOS 
		No dia 10 de novembro de 2015, a Requerente trafegava com o veículo de sua família, Space Fox, ano 2013, com valor estimado em R$ 55.000,00 (cinquenta e cinco mil reais), na Avenida Rondon Pacheco, quando o seu veículo foi atingido pelo veículo do Requerido, que transitava em velocidade acima do permitido.
		O veículo da Autora capotou e ficou de cabeça para baixo na pista, ficando totalmente destruído. Em decorrência do acidente, a Autora fraturou a perna e teve cortes faciais. Ainda, ela ficou internada e foi necessária a realização de uma cirurgia ortopédica urgente, pois o osso quebrado em sua perna poderia colar caso não houvesse intervenção cirúrgica imediatamente.
		A Autora, nesse período, foi submetida a diversas cirurgias, e ainda precisou ser amparada por diversos tipos de cuidados e procedimentos, que no total de gastos com o tratamento e remédios somam R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais).
		Também em decorrência do acidente de trânsito, a Requerente não conseguiu conciliar os estudos da faculdade privada, que consequência ficou reprovada nas disciplinas, pois no período em que ficou internada e em recuperação pós-cirurgia perdeu provas e trabalho que lhe levaram à reprovação, que deverá cursar novamente as disciplinas, que acarreta uma despesa no valor de R$ 7.000,00 (sete mil reais).
		A Autora tentou resolver a questão amigavelmente com o Réu, porém sem sucesso, motivo pelo qual, se encontra aflita e emocionalmente fragilizada, o que levou a buscar a tutela jurisdicional, para ser reparada dos danos sofridos.
II. DA ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA
		O artigo 294 da Lei nº 13.105/2015, prevê a possibilidade de o juiz conceder a tutela pretendida sob fundamento de urgência, se não vejamos:
Art. 294.  A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.
		É o caso dos autos. A Requerente encontra-se em total angústia, suportando danos difíceis de serem prontamente reparados, em razão de situação proporcionada exclusivamente por negligência e descontrole da parte Requerida.
III. DOS DIREITOS E FUDAMENTOS JURÍDICOS
		Os fatos narrados ensejam a aplicação de um importante instituto do direito civil, qual seja o da responsabilidade civil, o que é conceituado pela grande jurista Maria Helena Diniz:
Pode-se definir a responsabilidade civil como a aplicação de medidas que obriguem alguém a reparar dano moral ou patrimonial causado a terceiros em razão de ato do próprio imputado, de pessoa por quem ele responde, ou de fato de coisa ou animal sob a sua guarda ou, ainda, de simples imposição legal. (Diniz, Maria Helena, Curso de Direito Civil Brasileiro, vol. 7: responsabilidade civil – 26. Ed. São Paulo: Saraiva, 2012).
		A responsabilidade civil do Réu, subjetiva, na modalidade imprudência, está caracterizada, pelo fato de estar andando com seu veículo em alta velocidade praticando “racha”, existindo ai, o nexo de causalidade, necessário para a aplicação do instituto, como bem nos ensina o brilhante doutrinador, Sílvio de Salvo Venosa:
Nexo causal é o liame que une a conduta do agente ao dano. É por meio do exame da relação causal que se conclui quem foi o causador do dano. Trata-se de elemento indispensável. (Venosa, Silvio de Salvo, Direito Civil: responsabilidade civil – 12 ed. – São Paulo: Atlas, 2012, coleção direito civil; V. 4).
		O art. 86 do Código Civil aduz:
Art. 86. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
		A Autora sofreu um profundo dano moral, visto que, teve o curso de sua vida totalmente alternada em decorrência do acidente sofrido, além de ter ficado profundamente fragilizada.
		A moral é reconhecida como bem jurídico, recebendo dos mais diversos diplomas legais a devida proteção, inclusive amparada pelo art. 5º, inc. V, da Constituição Federal/1988.
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem.
		
		É importante considerar que a reparação, na qual se convertem em pecúnia os danos morais, devem ter caráter dúplice, ou seja, o que penaliza o ofensor, sancionando-o para que não volte a praticar o ato ilícito, bem como o compensatório, para que o ofendido, recebendo determinada soma pecuniária, possa amenizar os efeitos decorrentes do ato que foi vítima. A moral é reconhecida como bem jurídico, recebendo dos mais diversos diplomas legais a devida proteção, inclusive amparada pela Carta Magna.
		Também, o art. 927 do Código Civil rege que: 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
		Logo, Excelência, o Réu deve reparar as despesas com procedimentos e despesas hospitalares, além dos gastos que a Autora terá que pagar nas disciplinas na qual foram reprovadas na faculdade privada. 
		Todos os danos são indenizáveis: os patrimoniais e morais.
		É entendimento já consolidado na jurisprudência pátria que:
Súmula n.º 37 do STJ - São cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriundos do mesmo fato.
		Data máxima vênia, Excelência, a caracterização do ato ilícito praticado pelo Réu, também está amparado pelo Código de Trânsito Brasileiro, que aduz:
Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às seguintes normas:
(...)
 II - o condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu e os demais veículos (grifo), bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade e as condições do local, da circulação, do veículo e as condições climáticas;
		A lei nº 9.503/1997, em seu texto legal, aduz:
Art. 218. Transitar em velocidade superior à máxima permitida para o local, medida por instrumento ou equipamento hábil, em rodovias, vias de trânsito rápido, vias arteriais e demais vias:
I - quando a velocidade for superior à máxima em até 20% (vinte por cento)
(...)
II - quando a velocidade for superior à máxima em mais de 20% (vinte por cento) até 50% (cinquenta por cento)
(...)
III - quando a velocidade for superior à máxima em mais de 50% (cinquenta por cento).
IV. DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS
		
		Ante todo o exposto e amplamente demonstrado, pede-se, digne Vossa Excelência, e mais o que o seu notório conhecimento certamente suprirá, a TOTAL PROCEDÊNCIA dos pedidos e respeitosamente requer:
		1) A concessão dos benefícios da justiça gratuita, com fulcro na lei nº. 1.060/50, por ser a Autora pobre nos termos da lei (declaração em anexa).
	2) A condenação do Réu ao pagamento do valor do veículo da família da Autora no valor de R$ 55.000,00 (cinquenta e cinco mil reais), corrigidos monetariamente, até a data do efetivo pagamento;
	3) A condenação do Réu ao pagamento do valor das despesas médicas no valorde R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais);
	4) A condenação do Réu ao pagamento de custas para a Autora cursar novamente as disciplinas nas quais foi reprovada na faculdade em função do acidente, no valor de R$ 7.000,00 (sete mil reais).
	5) A condenação do Réu ao pagamento do valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), a título de danos morais sofridos pela Autora, com o acréscimo de juros e correção monetária.
	6) A citação do Réu por meio do Oficial de Justiça, para que no prazo legal, responder a ação, caso queira, sua pesa de defesa, sob pena de revelia e confissão.
	7) A condenação do Requerido nas custas processuais e honorários de sucumbências a serem arbitrados por este H. Juízo.
            Requer, ainda, a produção de prova documental, testemunhal, bem assim a utilização de qualquer outro meio probatório em direito admitido que, porventura, se faça necessário, além do depoimento pessoal do Réu e oitiva de testemunhas.
	
            Dá-se à causa o valor de R$ 84.500,00 (oitenta e quatro mil e quinhentos reais).
          
           Neste termos, 
	Pede e espera deferimento,
Uberlândia, ___ de _________________ de 201__.
NOME COMPLETO
OAB/UF (nº)

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