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ENSINO DE QUÍMICA: UM ESTUDO DE CASO SOBRE A PRÁTICA PEDAGÓGICA Aquino A.P.¹, Oliveira, J. M.², Pinto, V. C.³ 1 Curso Licenciatura em Química, Univ. Federal Rural de Pernambuco/ UAST; 2 Curso Licenciatura em Química, Univ. Federal Rural de Pernambuco/ UAST; 3 Docente de Psicologia do Curso de Licenciatura em Química da Univ. Federal Rural de Pernambuco/ UAST. Palavras-chave: Ensino; aprendizagem; formação. A prática docente deve ser compreendida a partir de um movimento constante de formação, uma vez que o ato de ensinar não se reduz a mera transferência de conhecimentos, volta-se, pois, para a compreensão da educação como um modo de intervenção social e política. Nesse sentido, relatamos como uma professora de Química compreende a própria práxis docente em sua especificidade. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, decorrente dos estudos na disciplina de Psicologia da Aprendizagem que se utiliza do estudo de caso para constituir-se. Um roteiro de perguntas foi estabelecido para nortear a abordagem a docente, sem limitá-la, e a análise do material coletado foi realizada a partir das perspectivas teóricas de Piaget e Vygotsky, buscando possíveis aproximações da atuação pedagógica em questão com a orientação destas vertentes teóricas. Nosso estudo apontou que a professora entrevistada desenvolve sua prática com base em atividades e ações que possibilitam a constituição do aprendizado através da interação do aluno com tarefas realizadas em sala de aula, proporcionando ao mesmo a exposição de idéias e a troca de experiências com sues pares. Constatou-se ainda a inquietação da entrevistada mediante alguns problemas que considera influenciar negativamente sua prática pedagógica, como o modo pelo qual o sistema educacional está organizado. A atuação da docente em questão prioriza o trabalho com recursos que tornem a aprendizagem significativa para o corpo discente, se aproximado assim tanto de um contexto de orientação piagetiana quanto do universo vygotskyano, resguardando-se as especificidades destes constructos teóricos. A partir do construtivismo a professora considera a formulação do aprendizado na relação com a afetividade e com a interação dos sujeitos aprendizes com o meio, podendo ser observada a aplicabilidade de conceitos como assimilação, acomodação e equilibração em suas operações junto aos alunos. O socioconstrutivismo, por sua vez, se apresenta na prática docente analisada a partir da mediação, tanto da linguagem quanto de estratégias que estimulem o desenvolvimento do conhecimento dos alunos, sobretudo a partir da atuação docente na zona de desenvolvimento proximal dos discentes que leva em consideração toda a carga cultural sobre a qual os mesmos estão inseridos.
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