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CONSTITUCIONAL Crimes de responsabilidade e crimes comuns do executivo

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CONSTITUCIONAL III
LARISSA NUNES DE ANDRADE
TALITA VICENTE TAGLIAFERRI
CRIMES DE RESPONSABILIDADE E CRIMES COMUNS
A Separação de Poderes 
O Estado não existe sem a presença do poder, seu exercício será feito pelos órgãos estatais e pode ser dividido e distribuído, com o intuito de conter a CONCENTRAÇÃO de poder do Estado, é que aparece a teoria da separação de poderes.
Sistema de freios e contrapesos
Montesquieu criou o Sistema de Freios e Contrapesos.
Significa a limitação do poder pelo próprio poder; ou seja, cada poder deveria ser autônomo e exercer a função que lhe fora atribuída, ao passo que o exercício desta função deveria ser controlado pelos demais poderes.
O Sistema de Freios e Contrapesos é formado pela “faculdade de estatuir” e pela “faculdade de impedir”, possibilitando a influência mútua e o controle recíproco entre o Poder Legislativo e o Poder Executivo. A “faculdade de estatuir” deve ser interpretada como o poder de ordenar ou corrigir o que foi por outro ordenado; enquanto a “faculdade de impedir” consiste no poder de tornar nula a ação efetuada por outrem. 
A aplicação das faculdades possibilita ao Legislativo examinar o modo como foram executadas as leis que elaborou, bem como, permitem ao Executivo o poder de frear iniciativas que tornariam o Legislativo.
O Poder Judiciário, por sua vez, não tem faculdade atribuída, pois para Montesquieu, sua função era considerada restrita. 
Até Montesquieu, não havia consenso quanto à forma mais adequada para a Separação dos Poderes. Ocorre que, após “O Espírito das Leis”, os Estados adotaram sua corrente tripartite como garantia das liberdades individuais, de forma a fazerem a separação tripartida constar, até os dias de hoje, nos textos constitucionais de países democráticos.
Este fato acarretou na diminuição do absolutismo dos governos e consequentemente, na transição do Estado Absolutista para o Estado Liberal.
Platão
A Separação dos Poderes representa um dos mais relevantes princípios constitucionais.
Aristóteles foi o primeiro a conceituar de forma peculiar a SEPARAÇÃO DOS PODERES, baseou-se em relatos já existentes.
Na obra “A República” , expõe a importância de dividir as funções do Estado, para que não estivessem concentradas nas mãos de uma só pessoa.
Platão afirmava que o homem perde sua virtude se tiver em suas mãos o poder concentrado e, por este motivo, A NÃO SEPARAÇÃO DOS PODERES ERA TÃO PREJUDICIAL.
Aristóteles
Considerado como o primeiro teórico a esboçar o princípio da Separação dos Poderes de forma específica e direta, já na Antiguidade, Aristóteles (1998) afirmou que em todo governo existem três poderes essenciais, quais sejam:
O poder que delibera sobre os negócios do Estado – denominado por função Deliberativa;
O poder que compreende todos os poderes necessários à ação do Estado denominado por função Executiva;
E, por fim, aquele que abrange os cargos de jurisdição – denominado por função Judicial.
À época, Aristóteles (1998) já acreditava que atribuir a um único indivíduo o exercício do poder era, além de perigoso, injusto, isso porque uma única pessoa não poderia ser capaz de prever tudo aquilo que sequer a lei era capaz de prever.
Maquiavel
Maquiavel, no Século XVI, em sua obra "O Príncipe, participou da formação do ideal de Separação dos Poderes, revelando uma França com três poderes bastante distintos:
Legislativo (representado pelo Parlamento);
Executivo (materializado na figura do Rei);
E, por fim, um Judiciário autônomo.
Nas palavras de Dalmo de Abreu Dallari :
“Maquiavel louva essa organização porque dava mais liberdade ao rei. Agindo em nome próprio o Judiciário poderia proteger os mais fracos, vítimas de ambições e das insolências dos poderosos, poupando o rei da necessidade de interferir nas disputas e de, em consequência, enfrentar o desagrado dos que não tivessem suas razões acolhidas.”
Assim, Maquiavel pressagiava a Separação dos Poderes como uma forma de beneficiar ao Rei, acreditando que, ao não ter que decidir conflitos ou editar leis, o Rei era poupado de eventual deterioração à sua imagem.
República
O vocábulo República origina-se do latim respublica, com o significado de a coisa (res) pública (publica, forma feminina de publicus), sendo a coisa comum, aquilo que é de todos.
As características fundamentais da República são:
 TEMPORARIEDADE
 ELETIVIDADE 
 RESPONSABILIDADE 
Presidencialismo na história
O sistema presidencialista de governo foi criado nos Estados Unidos pela constituição de 1787. 
Para limitar o poder do governo e garantir a liberdade dos cidadãos, os constituintes rejeitaram o modelo PARLAMENTAR BRITÂNICO e estabeleceram a SEPARAÇÃO TOTAL do legislativo, executivo e judiciário, com um sistema de PESOS E CONTRAPESOS no qual cada poder fiscaliza e contrabalança os demais, SEM PREDOMÍNIO de nenhum deles. 
PRESIDENCIALISMO: Neste sistema de governo os Poderes Executivo e Legislativo são independentes. Apresentam as seguintes características:
 Atribuição a uma mesma pessoa da chefia de ESTADO e da chefia de GOVERNO
 Eleição, pelo povo, de forma direta ou indireta
 Mandato certo para o exercício da chefia do poder
Separação entre os Poderes Executivo e Legislativo
É compatível com a República, sendo inviável em uma monarquia”.
Poder executivo
Chefes do Poder Executivo
No âmbito Federal : Presidente da Republica, Vice-Presidente e
Ministro do Estado.
 No âmbito Estadual: Governar e Vice-governador.
 No âmbito Municipal: Prefeito e Vice-prefeito. 
Prerrogativa de função
Mais conhecido como foro privilegiado, apesar de não ser o termo apropriado, o foro por prerrogativa de função é um benefício que os ocupantes de determinados cargos possuem de serem processados e julgados por órgãos jurisdicionais superiores.
Privilégio
Prerrogativa
Exceção da lei comum deduzida da situação de superioridade das pessoas que as desfrutam
Conjunto de precauções que rodeiam a função e que servem para o exercício desta
É subjetivo e anterior à lei
É objetiva e deriva da lei
Tem uma essência pessoal
É anexa à qualidade do cargo
É poder frente à lei
É conduto para que a lei se cumpra
É próprio das aristocracias das ordens sociais
É própria das aristocracias das instituições governamentais
Imunidades
	Imunidades não se confundem com privilégios. São prerrogativas. O certo é dizer foro por prerrogativa de função, e não “foro privilegiado”, pois imunidade é uma prerrogativa do cargo.
RESPONSABILIZAÇÃO
Uma das características da FORMA REPUBLICANA DE GOVERNO é a possibilidade de RESPONSABILIZAÇÃO daqueles que gerem a coisa pública, os governantes tem o dever de prestar contas sobre sua gestão frente aos administrados. 
A CRFB/88 prevê a possibilidade de responsabilização do Presidente da República, tanto por infrações político-administrativas, quanto por infrações penais comuns.
De onde vem a ideia de responsabilidade?
O impeachment despontou como meio de instaurar um processo penal atendendo ao clamor público.
Monarca era irresponsável dos atos praticados, o direito divino prevalecia, este se posicionando acima dos homens, justificava o fato de o rei não poder ser responsabilizado por seus atos.
Absolutismo Inglês
Pagamento de altas multas, o confisco de bens patrimoniais, a restrição de liberdade, ou sendo apenados com a própria morte.
CRIMES DE RESPONSABILIDADE
Configuram como infrações político-administrativas cometidas na atuação da função presidencial, DESDE QUE DEFINIDAS POR LEI FEDERAL. 
(crimes de natureza política) submetendo-se ao processo de IMPEACHMENT.
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:
I - A EXISTÊNCIA DA UNIÃO;
II - O LIVRE EXERCÍCIO DO PODER LEGISLATIVO, DO PODER JUDICIÁRIO, DO MINISTÉRIO PÚBLICO E DOS PODERES CONSTITUCIONAIS DAS UNIDADES DA FEDERAÇÃO;
III - O EXERCÍCIO DOS DIREITOS POLÍTICOS, INDIVIDUAIS E SOCIAIS;
II - O LIVRE EXERCÍCIO DO PODER LEGISLATIVO, DO PODER JUDICIÁRIO, DO MINISTÉRIO PÚBLICO E DOS PODERES CONSTITUCIONAIS DAS UNIDADES DA FEDERAÇÃO;
IV - A SEGURANÇA INTERNA DO PAÍS;
III - O EXERCÍCIO DOS DIREITOS POLÍTICOS, INDIVIDUAIS E SOCIAIS;
V - A PROBIDADE NA ADMINISTRAÇÃO;
IV - A SEGURANÇA INTERNA DO PAÍS;
V - A PROBIDADE NA ADMINISTRAÇÃO;
VI - A LEI ORÇAMENTÁRIA;
VII - O CUMPRIMENTO DAS LEIS E DAS DECISÕES JUDICIAIS.
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento.
BREVE HISTÓRIA DO IMPEACHMENT
Origem inglesa desenvolveu-se particularmente do século XIII à primeira metade do século XVII;
O impeachment despontou como meio de instaurar um processo penal atendendo ao clamor público;
Possuía natureza criminal, submetendo os acusados a penas que variavam desde a perda do cargo de autoridade, pagamento de multas, até a punição por castigo corporal, que podia culminar, inclusive, com a própria morte;
Irresponsabilidade baseada na teoria do direito divino;
No Brasil, a influência norte-americana foi sistemática, com exceção da Constituição Imperial de 25 de março de 1824, cujo conteúdo reviveu a irresponsabilidade total do monarca;
Responsabilização do monarca;
Perda da natureza criminal, principalmente no Brasil, EUA e etc.
0 IMPEACHMENT NO DIREITO COMPARADO
Na Inglaterra, a Câmara Alta, ou dos lordes, julga a acusação apresentada pelos comuns com jurisdição plena, sancionando todo tipo de penas, inclusive a de morte, ao passo que o Senado americano julga a acusação da Câmara com jurisdição limitada, podendo apenas impor a pena da perda do cargo, com impossibilidade para exercer outro
Nos EUA, crime de responsabilidade, tratando-se do impeachment. Ainda pelo artigo I o, Seção 3, item VI, a Constituição norte-americana determina ser de competência exclusiva do Senado - representado por dois terços de seus membros e, quando o sujeito passivo for o presidente do país, presidido pelo presidente da Suprema Corte -, o julgamento do processo de impeachment. O mesmo dispositivo exige declaração sob juramento, como se verifica pela sua transcrição:
Só o Senado poderá julgar os crimes de responsabilidade (impeachment). Reunidos para esse fim, os senadores prestarão juramento ou compromisso. O julgamento do presidente dos Estados Unidos será presidido pelo Presidente da Suprema Corte. E nenhuma pessoa será condenada a não ser pelo voto de dois terços dos membros presentes
0 IMPEACHMENT NO DIREITO COMPARADO
Na Itália o artigo 90 da Constituição da República italiana:
O Presidente da República não é responsável pelos atos praticados no exercício de suas funções, a não ser aqueles de alta traição ou atentado à Constituição.
Nesses casos é colocado sob suspeita pelo Parlamento em votação por maioria absoluta de seus membros “Cabe ao Parlamento promover a ação penal contra o Presidente da República por atos praticados contra a Constituição ou alta traição”.
	
Na Argentina, como no norte-americano e no brasileiro, o impeachment tem caráter político, origina-se de causas políticas, almeja resultados políticos, é instaurado em um contexto político e julgado de acordo com critérios políticos. o fato de origem apresenta características penais e possa impor, ao acusado, sanções criminais, que serão então aplicadas exclusivamente pelo Poder judiciário.
LEI Nº 1.079, DE 10 DE ABRIL DE 1950
Natureza Jurídica
É majoritário o entendimento da doutrina que entende ser um instituto de NATUREZA POLÍTICA. Pode citar doutrinadores como Paulo Brossard, Themistocles Cavalcanti, Carlos Maximiliano, Michel Temer e Antônio Riccitelli.
 Outras posições, porém, são defendidas na doutrina. Para Pontes de Miranda, o impeachment possui NATUREZA PENAL. 
Apontando posição intermediária, José Frederico Marques afirma ser o impeachment de NATUREZA MISTA.
Linha sucessória
ADPF nº 378/2015, Decisão de Julgamento
no STF/21/12/2015
1) Comissão especial: indicada por líderes partidários e eleita com voto aberto (6 X 5)
2) Defesa do Presidente (11 X 0)
3) Papel do Senado (8 X 3)
5) Afastamento do Presidente
4) Chapa alternativa (7 X 4)
bis in idem
	Trata-se, pois, de um processo administrativo ou político e de uma natureza disciplinar; pois assim se explica a razão por que a cumulação de pena imposta ao Presidente da República pelo Senado e da pena criminal imposta pelos tribunais ordinários, não constitui violação do principio non bis in idem; do mesmo modo por que esse princípio não é ofendido, quando o empregado público, punido administrativamente, é depois processado e punido criminalmente pelos tribunais, e em razão do mesmo delito (BROSSARD, 1992, p 78).
Renúncia e extinção do processo 
Mandado de segurança n° 21.689-1, Relator Ministro Carlos Velloso, ajuizado pelo EX Presidente Fernando Collor de Mello.
VI. - A renúncia ao cargo, apresentada na sessão de julgamento, quando já iniciado este, não paralisa o processo de ‘impeachment’. 
Ministros de Estado
A responsabilidade dos Ministros de Estado
Prerrogativa de foro no Supremo Tribunal Federal pela prática de infração penal comum e crime de responsabilidade que não seja conexo com aquele praticado pelo Presidente ou pelo Vice.
Prerrogativa de foro no Senado Federal pela prática de crime de responsabilidade conexo com aquele praticado pelo Presidente ou pelo Vice.
Pedro Lenza (pg. 744, 2014) “No caso de crimes de responsabilidade praticados SEM QUALQUER CONEXÃO com o Presidente da República e nos crimes comuns, os Ministros de Estado serão processados e julgados PERANTE O STF, nos exatos termos do art. 102, I, "c". Na hipótese de crimes de responsabilidade conexos com os do Presidente da República o órgão julgador será o Senado Federal, nos termos do art. 52, !, e parágrafo único.”
Governadores e o impeachment
aplicação do princípio da simetria
Tribunal Misto pela prática de crimes de responsabilidade (78, §3º, da Lei 1079/50)
	Licença da Assembleia Legislativa para recebimento da denúncia e instauração do processo de impeachment.
	Tribunal misto será composto por 5 deputados estaduais e 5 desembargadores sob a Presidência do Presidente do TJ (78, §3º, Lei 1079/50)
LEI Nº 7.106, DE 28 DE JUNHO DE 1983.
Define os crimes de responsabilidade do Governador do Distrito Federal, dos Governadores dos Territórios Federais e de seus respectivos Secretários
Art. 3º - Recebida pelo Presidente do Senado Federal, a denúncia, devidamente acompanhada dos elementos que a comprovem, ou da declaração de impossibilidade de apresentá-los, mas com a indicação do local em que possam ser encontrados, será remetida à Comissão de Constituição e Justiça e às que devam examinar-lhe o mérito, depois do que o Senado Federal, por maioria absoluta, poderá decretar a procedência da acusação e a conseqüente suspensão do Governador de suas funções.
Art. 4º - Declarada a procedência da acusação e suspensão do Governador, a Comissão Especial, constituída por 5 (cinco) Senadores e 5 (cinco) Desembargadores do Tribunal de Justiça, presidida pelo Presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal , no prazo improrrogável de 90 (noventa) dias, concluirá pela condenação, ou não, do Governador à perda do cargo, com inabilitação até 5 (circo) anos para o exercício de qualquer função política, sem prejuízo da ação da justiça comum.
Prefeitos e o impeachment
As garantias institucionais do Prefeito enquanto Chefe de Governo:
Prerrogativa de foro na Câmara de Vereadores por crimes de responsabilidade “próprios” (crimes tipificados no art. 4o, do Decreto-Lei 201/67 sancionados exclusivamente com a cassação do mandato)
Caso Collor
Curiosidades caso Collor
 Também foram descobertas compras superfaturadas na Legião Brasileira de Assistência, entidade presidida pela primeira-dama, Rosane Collor.
Collor foi eleito pelo Partido da Reconstrução Nacional, criado só para abrigar sua candidatura. Em 2000, o PRN virou PTC (Partido Trabalhista
Cristão).
A renúncia foi ofuscada no noticiário pelo assassinato da atriz Daniela Perez por Guilherme de Pádua. A dupla contracenava na novela De Corpo e Alma, escrita por Glória Perez, mãe de Daniela.
Em 17 de setembro, ocorreu a maior manifestação contra Collor, com 750 mil pessoas lotando o vale do Anhangabaú, em São Paulo.
FERNANDO COLLOR
Absolvido criminalmente pelo Supremo Tribunal Federal em 1994. Em 2006 foi eleito senador representando o estado de Alagoas.
PEDRO COLLOR
Morreu com 42 anos, em 1994, vítima de um câncer cerebral. A mãe, Leda, sofreu um AVC durante o auge da crise e ficou três anos em coma, até morrer, em 1995.
PC FARIAS
Condenado por sonegação fiscal, falsidade ideológica e outros crimes. Em 1996, em liberdade condicional, foi achado morto com a namorada (ambos baleados em circunstâncias misteriosas).
OPOSITORES
"Estrelas" da CPI do impeachment como os então deputados José Dirceu e José Genoíno foram condenados no escândalo do Mensalão.
Crimes Comuns
Crime comum é aquele que não exige qualquer qualidade especial seja do sujeito ativo ou passivo do crime. 
O crime de homicídio por exemplo é comum, pois pode ser praticado por qualquer pessoa contra qualquer pessoa.
Crimes comuns praticados pelo Presidente da República
Crimes comuns com ligação a sua função:
As regras de procedimento estão previstas na Lei n. 8038/90
Oferecimento da denuncia ou inquérito policial vai para o Câmara dos Deputados.
Para o STF receber a denuncia deve ter aprovação de 2/3 dos membros da Câmara dos Deputados. 
Ficará suspenso de suas funções pelo prazo de 180 dias
Caso seja condenado pelo STF pela prática de crime comum, a decisão condenatória com trânsito em julgado acarretará a suspensão dos seus direitos políticos e, em consequência, a cessação imediata de seu mandato.
Crimes comuns praticados pelo Presidente da República
Crimes comuns sem ligação com a sua função:
Seja cometido antes do mandato, ou durante, sem relação funcional, não haverá processo.
Só haverá a persecução penal após o término do mandato, na seara competente.
Suspensão do prazo prescricional.
Crimes comuns praticados pelo Ministro do Estado
Praticados sem conexão com o Presidente da Republica.
Serão processador e julgados pelo STF
Sem necessidade de aprovação na Câmara dos deputados
Praticados com conexão ao Presidente da República
Necessita aprovação da Câmara dos deputados por 2/3 dos seus membros.
Julgamento pelo Senado Federal
Crimes comuns praticados pelo Governador
Governador não possui irresponsabilidade relativa. Governador pode ser preso e processado durante o mandato por crimes estranhos à função.
Pela prática de crime comum, o Governador será julgado pelo STJ, Art. 105, I, “a”, CF.
Vice-governador não é julgado pelo STJ, nem mesmo quando está substituindo o Governador. Mas, se é caso de SUCESSÃO, ele passa a ser julgado pelo STJ.
Crimes comuns praticados pelo Prefeito
Súmula 702, STF. A COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA PARA JULGAR PREFEITOS RESTRINGE-SE AOS CRIMES DE COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM ESTADUAL; NOS DEMAIS CASOS, A COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA CABERÁ AO RESPECTIVO TRIBUNAL DE SEGUNDO GRAU. [Princípio da Simetria.]. Pela prática de crime estadual, o Prefeito é julgado pelo TJ. Crime federal – TFs. Crime Eleitoral – TRE.
Não possui irresponsabilidade relativa, pode ser preso e processado durante o mandato por crimes estranhos à função.
(1o Exame 2009 OAB) No tocante à responsabilização do presidente da República, assinale a opção correta:
a) Tratando-se de crime de responsabilidade, a decisão proferida pelo Senado Federal pode ser alterada pelo STF.
b) São alternativas as sanções de perda do cargo de presidente e de inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública.
c) Na CF, é assegurada ao presidente da República a prerrogativa de somente ser processado, seja por crime comum, seja por crime de responsabilidade, após o juízo de admissibilidade da Câmara dos Deputados. 
d) Compete ao STF processar e julgar originariamente o presidente da República nas infrações penais comuns e nas ações populares.
O Presidente da República, nos crimes de responsabilidade...
A) Será processado e julgado, pelo Supremo Tribunal Federal, em decorrência de foro privilegiado. ficará suspenso de suas funções após a instauração do processo pela Câmara dos Deputados. 
B) Poderá ser preso apenas após a prolação de sentença condenatória pelo Supremo Tribunal Federal, mas sua prisão poderá ser sustada pelo voto da maioria absoluta da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal.
C) Será processado e julgado pelo Congresso Nacional, em sessão unicameral. 
D) Poderá voltar a exercer suas funções, se seu julgamento não estiver concluído, decorrido o prazo de cento e oitenta dias contado da instauração do processo.
Qual é a sanção da condenação do impeachment para o Presidente?
A) Perda do mandato mais o agravamento da pena por inabilitação de cargo público sendo determinado pelo senado sua quantidade.
B) Perda da imunidade mais inabilitação por 8 anos.
C) Perda do mandato mais inabilitação por 8 anos.
D) Perda do mandato mais inabilitação por 5 anos vide lei 1.079/50
Quem tem a legitimidade Ad causam para denunciar o Presidente pelos crimes de responsabilidade?
A) Somente os parlamentares 
B) Qualquer pessoa
C) Qualquer cidadão com o status civitatis
D) Qualquer pessoa mesmo aqueles que foram suspensas ou que perderam seus direitos políticos
(Cespe/PCDF/Escrivão/2013) Caso cometa infrações comuns, o presidente da República não estará sujeito a prisão enquanto não sobrevier sentença condenatória.
Correto
Comentário: O Presidente não pode sofrer prisões cautelares, tais como a prisão em flagrante, prisão preventiva ou prisão temporária. O Chefe de Estado só pode ser preso por sentença penal condenatória, isto é, sentença de mérito. É o que dispõe o § 3º do art. 86: “Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão”. Trata-se de uma imunidade formal (processual) de Chefe de Estado.
O Presidente da República, afastado de suas funções, em razão da instauração de processo por crime de responsabilidade pelo Senado Federal, retomará suas funções caso não seja concluído o processo no prazo de?
A) cem dias.
B) cento e vinte dias. 
C) noventa dias. 
D) cento e oitenta dias. 
E) cento e noventa dias.
Bibliografias 
LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 15. Ed. Rev. Atual. E amp. São Paulo: Saraiva, 2010.
PAULO, Vicente. ALEXANDRINO, Marcelo. Direito constitucional descomplicado. 7. Ed. Rev. E atual. Rio de Janeiro: Método, 2011.
Riccitelli, Antonio. Impeachment à brasileira: instrumento de controle parlamentar? - Barueri, SP, Minha Editora, 2006.
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 21. ed., São Paulo, Malheiros Editores, 2002.

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