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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cristais de enxonfre com aragonita (Itália) 
Foto: Dusan Slivka (A grande enciclopédia dos Minerais) 
 
 
 
 
 
 
Dra. Maria Judite Garcia 
MSc. Elza de Fátima Bedani 
 
 
 
 
2011 
 
 
 
 2 
 
 
ÍNDICE 
 
 
 
AULA 1 – Introdução a Mineralogia, Petrologia e Cristalografia .................. 01 
 
AULA 2 – Propriedades Físicas dos Minerais.................................................. 08 
 
AULA 3 – Propriedades Ópticas dos Minerais................................................. 13 
 
AULA 4 – Petrologia: Rochas Magmáticas ...................................................... 18 
 
AULA 5 – Rochas Sedimentares ........................................................................ 23 
 
AULA 6 – Rochas Metamórficas ....................................................................... 30 
 
AULA 7 – Geodinâmica Externa ....................................................................... 33 
 
AULA 8 – Geodinâmica Interna ........................................................................ 37 
 
AULA 9 – Vulcanismo e Sismologia.................................................................. 47 
 
AULA 10 – Noções de Cartografia ................................................................... 51 
 
Referências Bibliográficas................................................................................. 59 
 
 
 
 
 
 1 
 
AULA 1 
 
INTRODUÇÃO À MINERALOGIA, 
 PETROLOGIA E CRISTALOGRAFIA 
 
 
MINERALOGIA: é o ramo da Geologia que estuda os minerais, sua composição, 
 propriedades, gênese e ocorrência. 
 
Mineral: é um corpo homogêneo, formado de um elemento ou composto químico resultante 
de processos inorgânicos. Possui composição química definida, arranjo atômico 
interno ordenado e é encontrado naturalmente na crosta terrestre. Geralmente 
apresenta-se como um sólido, com excessão da água e mercúrio. 
 Ex: Quartzo, Mica, Feldspato, Calcita, Dolomita, Turmalina, Ágata e etc. 
 
PETROLOGIA: é o ramo da Geologia que se dedica ao estudo das rochas, sua constituição, 
 textura,origem e classificação. 
 
Rochas: são os principais constituintes da crosta terrestre, formam-se a partir de agregados 
naturais (inorgânicos) de um ou mais minerais, incluindo o vidro vulcânico e podem 
ser produzidas por organismos (orgânicas). Possuem aspecto heterogêneo. 
 Ex: Basalto, Granito, Arenito, Ardósia, Calcário, Coquina e etc. 
 
CRISTALOGRAFIA: trata do estudo dos cristais e das leis que governam seu crescimento, 
 sua forma externa e estrutura interna. 
 
Cristal: sólido homogêneo, que possui arranjo atômico interno tridimensional, refletido 
externamente. Encontra-se limitado por superfícies geralmente planas, lisas, 
apresentando-se com formas geométricas externas. 
 
Sistema Cúbico ou Isométrico: Forma Fundamental: Cubo 
Ex: Galena, Pirita, Diamante e Magnetita 
 
 
 
 
 Cristal de Pirita 
 
 
 
 
 
 
 2 
Sistema Cúbico Composto Ex: Fluorita e Magnetita 
 
 
 Cristais de Magnetita Cristal de Fluorita 
 
Sistema Tetragonal ou Quadrático: Forma Fundamental: prisma reto de base quadrada. 
Ex: Calcopirita e Cassiterita. 
 
 
 
 
 
 Cristais de Cassiterita 
Sistema Hexagonal: Forma Fundamental: prisma reto de base hexagonal. 
Ex: Quartzo e Berilo. 
 
 
 
 
 Cristal de Quartzo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
Sistema Ortorrômbico ou Rômbico: Forma Fundamental: prisma reto de base rômbica. 
Ex: Enxofre, Barita e Aragonita. 
 
 
 Cristais de Enxofre 
 
Sistema Monoclínico: Forma Fundamental: prisma oblíquo de base rômbica: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Cristal de Feldspato Cristal de Biotita 
 
Sistema Triclínico: Forma Fundamental: Prisma oblíquo de base paralelogrâmica. 
Ex: Albita e Cianita 
 . 
 Cristal de Albita Cristal de Cianita 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4 
Sistema Romboédrico ou Trigonal: Forma Fundamental: Romboedro. 
Ex: Calcita, Grafita e hematita. 
 
 Cristal de Calcita 
 
 
MINÉRIOS: trata-se de um mineral, ou de uma associação de minerais (rocha), que contém 
um metal e/ou minerais exploráveis economicamente em grande escala. 
Assim, minérios são materiais de grande valor econômico. 
 
 Ex: Hematita: minério de ferro 
 Pirita minério de enxofre e ferro 
 Magnetita: minério de ferro 
 Enxofre: minério de enxofre 
 Bauxita: minério de alumínio 
 Galena: minério de chumbo 
 Apatita: minério de fosfato 
 Fluorita: minério de flúor 
 
 
GRUPAMENTOS CRISTALINOS: os cristais aparecem com pouca freqüência isolados, 
geralmente surgem em grupamentos. Um dos grupamentos comumente 
observados são os grupamentos irregulares classificados como Drusas e 
Geôdos (Figura 1). 
 
Drusas: são quaisquer associações de cristais que atapetam o interior de rochas, minerais ou 
em fendas. possuem a base levemente côncava, convexa ou plana. 
 
Geôdos: constituem-se de uma massa mineral ôca, mais ou menos esférica, atapetada de 
cristais no seu interior. 
 
Figura 1: Exemplos de Grupamentos Cristalinos (Acervo LabGeo) 
 
 
 
 
 
 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 C 
 
Figura 2: Geodos de Quartzo nas minas de Ametista/RS/Brasil: A - Geodos de 
quartzo e ametista (in situ); B-Geodo de quartzo branco/hialino (in situ); C-Geodos 
de quartzo ametista (parte e contraparte) (Garcia & Bistrichi, 2011). 
 
 
 
 
 
 6 
 
MINERALÓIDE OU SUBSTÂNCIA AMORFA: Qualquer sólido ou líquido que não 
possui arranjo atômico interno ordenado, poderá ser de origem orgânica 
ou inorgânica, que ocorra naturalmente na crosta terrestre.Ex: Vidro Vulcânico, Âmbar, Pérola, Carvão e etc. 
 
 Âmbar Pérola 
 
ESCÓRIAS: Formam-se a partir de resíduos industriais descartáveis. 
 Ex: usinas siderúrgicas, usinas de cana-se-açúcar, de vidro e etc. 
1ª AULA PRÁTICA 
 
1) Em sua bancada encontram-se presentes rochas e minerais separe-os e identifique-os. 
 MINERAIS ROCHAS 
 ________________________________ _______________________________ 
 ________________________________ _______________________________ 
 ________________________________ _______________________________ 
 ________________________________ _______________________________ 
 _________________________________ _______________________________ 
 _________________________________ _______________________________ 
 _________________________________ _______________________________ 
 
2) Defina Mineralóide: identifique quais se encontram presentes em sua bancada. 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
3) O que é escória? 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
 
 
 7 
4) Diferencie Mineral de Rocha. 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
5) Observe a amostra de Pegmatito. Quais os minerais que o constituem? 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
6) O que é Minério? Quais se encontram presentes em sua bancada? 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________ 
 
7) Cite quais os minerais na forma de cristal, que se encontram presentes em sua bancada. 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
8) Defina cristal. Cite 2 exemplos. 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
9) Em sua bancada existem grupamentos cristalinos. Quais são? Explique-os. 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 8 
 
AULA 2 
 
 PROPRIEDADES FÍSICAS DOS MINERAIS 
 
CLIVAGEM 
 
É a propriedade que o mineral tem de dividir-se em planos paralelos e lisos entre si. A 
clivagem depende da estrutura do mineral e ocorre somente, paralela aos planos dos átomos. 
Nem todos os minerais sofrem clivagem. 
 
Proeminente: a clivagem realiza-se com muita facilidade, as lâminas destacam-se sob 
pressão da unha ou de um estilete. Ex: Mica e Gipsita. 
Perfeita: ocorre quando se realiza sob ligeira percursão de um martelo. Ex: Galena, 
Feldspato e Calcita. 
Indistinta: é difícil distinguir-se a face onde se deu a clivagem das regiões simplesmente 
fraturadas. Ex: Apatita, Berilo e etc. 
 
 
FRATURA 
 
É a maneira pela qual o mineral se rompe, sem ser ao longo da superfície de clivagem. 
 
Conchoidal ou Concóide: quando a fratura possui superfícies lisas, curvas, semelhantes a 
superfície interna de uma concha. Ex: Quartzo 
Fibrosa ou Estilhaçada: quando o mineral se rompe, mostrando estilhaços ou fibras. 
Ex: Amianto e Limonita. 
Desigual ou Irregular: quando o mineral se rompe, formando superfícies rugosas e 
Irregulares. Ex: Turmalina e Magnetita. 
 
 
DUREZA 
 
 É a resistência que uma superfície lisa oferece ao ser riscada. Depende da estrutura do 
mineral, visto que, quanto mais forte as ligações atômicas, mais duro o mineral. O grau de 
dureza é determinado, observando-se a facilidade ou dificuldade relativa com que o mineral é 
riscado por outro, por um estilete ou pela unha. 
 
 Pode-se dizer que a dureza de um mineral é a sua possibilidade de ser riscado. Tem-se 
uma série de dez minerais comuns para servir de escala, dispostos na ordem de sua dureza 
crescente, conhecida por: Escala de Dureza de Mohs. 
 
 
 
 
 
 
 
 9 
Escala de Dureza de Mohs 
1 Talco 6 Ortoclásio (feldspato) 
 
Unha 2 Gipsita 7 Quartzo 
3 Calcita 8 Topázio 
4 Fluorita 9 Coríndon Estilete 
5 Apatita 10 Diamante 
 
O ensaio consiste em fazer riscar o mineral com outro mineral. Ex: o 7 risca o 6, mas 
não risca o 8. 
 
 
TENACIDADE 
 
Consta da resistência que um mineral oferece ao ser rompido, esmagado, rasgado ou 
dobrado. 
 
Quebradiço ou Friável: um mineral que se rompe ou pulveriza facilmente; reduz-se a pó 
quando submetido a uma determinada pressão. Ex: Calcita 
Maleável: um mineral pode ser transformado em lâminas delgadas por percussão, usando um 
martelo. Ex: Ouro, Prata e Platina. 
Séctil: um mineral que pode ser cortado em aparas delgadas com um canivete ou qualquer 
lâmina. Ex: Gipsita. 
Dúctil: um mineral que se reduz a fios. Ex: Amianto. 
Flexibilidade: um mineral ao ser dobrado pode voltar ou não a sua posição original. 
Plástico: um mineral que se encurva sem se romper, mas não retorna à sua 
posição original quando a pressão cessa. Ex: Talco Laminar. 
Elástico: um mineral que após ter sido encurvado, retorna a sua posição 
original quando a pressão cessa. Ex: Mica. 
 
 
 
 
 
 10
 
DENSIDADE RELATIVA OU PESO ESPECÍFICO 
 
É o número que exprime a relação entre o peso de um mineral e de um volume de 
água igual a 4ºC (nesta temperatura e sob pressão de uma atmosfera, a água possui maior 
densidade). A densidade relativa depende de dois fatores: 
 
 a) A espécie de átomos que é composto; 
 b) A forma pela qual os átomos se encontram organizados entre si. 
 
A densidade relativa é obtida por meio da Balança de Jolly. Pesa-se primeiramente o 
mineral no ar (Par), em seguida o mineral é imersoem água (Págua). Então, Par – Págua é igual a 
perda de peso causada pela imersão na água, ou o peso de um volume igual de água. 
 
 Par 
 d = _________ 
 Par - Págua 
 
Ex: Se um mineral possui 2 de densidade relativa, significa que pesa duas vezes quanto o 
mesmo de água. 
 
 
2ª AULA PRÁTICA 
 
 
1) Observe os seguintes minerais e classifique-os quanto a clivagem: 
 
a-Feldspato: ________________________________________________________________ 
b-Mica: ____________________________________________________________________ 
c-Galena:___________________________________________________________________ 
d-Quartzo: __________________________________________________________________ 
e-Calcita: __________________________________________________________________ 
f-Gipsita:___________________________________________________________________ 
g-Apatita:___________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 11
 
2) Observando os minerais abaixo, classifique-os quanto a fratura: 
 
a-Quartzo:__________________________________________________________________ 
b-Turmalina:________________________________________________________________ 
c-Amianto:_________________________________________________________________ 
d-Magnetita:________________________________________________________________ 
e-Galena:___________________________________________________________________ 
 
 
3) Teste a dureza dos seguintes minerais: 
 
a-Quartzo:___________________________ f- Talco: ____________________________ 
b-Feldspato: _________________________ g- Topázio: __________________________ 
c-Calcita:____________________________ h- Fluorita: __________________________ 
d-Mica:_____________________________ i- Apatita: ___________________________ 
e-Gipsita:___________________________ j- Galena: ____________________________ 
 
 
4) Baseando-se na Escala de Dureza de Mohs, qual é a dureza e o mineral que risca o Quartzo 
mas não risca o Coridon? 
___________________________________________________________________________ 
 
 
5) Assinale os verdadeiros minerais: 
 
( ) Hematita ( ) Âmbar 
( ) Pegmatito ( ) Mica 
( ) Carvão ( ) Feldspato 
( ) Quartzo ( ) Areia 
 
 
6) Relacione os minérios presentes em sua bancada. 
 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
 
7) Como podem ser classificados dois fragmentos inorgânicos, homogêneos, com as mesmas, 
com as mesmas propriedades físicas e cores diferentes? 
 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 12
 
8) Responda: 
 
a) Quando um mineral é cortado em lâminas com um canivete 
___________________________________________________________________________ 
 
Ex: ______________________________ 
 
b) Propriedade onde o mineral é curvado sem se romper, não retornando à sua posição 
original, quando a pressão cessa. 
___________________________________________________________________________ 
 
Ex: ______________________________________ 
 
c) Quando um mineral se rompe ou pulveriza facilmente, se submetido a uma pressão. 
___________________________________________________________________________ 
 
Ex: ______________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 13
 
AULA 3 
 
 PROPRIEDADES ÓPTICAS DOS MINERAIS 
 
BRILHO 
 
Consta da aparência geral da superfície de um mineral a luz refletida. 
 
Metálico: possui a aparência brilhante de um metal. Ex: Pirita, Galena, Hematita e etc. 
Não metálico: engloba todos os minerais sem aparência metálica, geralmente são claros e 
transmitem a luz através de suas bordas delgadas. 
Vítreo: brilho semelhante ao vidro. Ex: Quartzo, Fluorita, Calcita e etc. 
Graxo: possui aspecto de graxa. Ex: Granada e Malaquita. 
Resinoso: aparência de resina endurecida. Ex: Enxofre, Esfarelita e etc. 
Nacarado: possui a aparência iridescente da madrepérola. Ex: Mica Muscovita 
Gorduroso: aparência de estar coberto com uma camada de óleo. Ex: Grafita. 
Sedoso: lembra seda, sendo o resultado de um agregado paralelo de fibras finas. Ex: Gipsita, 
 Malaquita, Amianto e etc. 
Perláceo: lembra pérola. Ex: Feldspato, Talco e Gipsita. 
Adamantino: brilho igual ao diamante, deve-se ao elevado índice de refração do mineral. 
 Ex: Anglesita, Rutilo, Corindon e Diamante. 
Terroso: lembra terra. Ex: Bauxita e Caulim. 
Ceroso: Cera. Ex: Calcedônia . 
 
COR 
 
Deve ser sempre observada numa fratura recente. Depende da absorção seletiva da luz 
que é refletida ou transmitida pelo mineral. 
Idiocromáticos: minerais que possuem cor constante, dependendo apenas da constituição 
química. Ex: Enxofre (amarelo), Galena (cinza), Calcopirita (amarelo 
latão), Malaquita (verde), etc. 
Alocromáticos: minerais que possuem cores variadas na composição química ou devido a 
impurezas diversas. Ex: Quartzo (branco, verde, róseo, transparente, roxo, 
amarelo). Mica (branca, preta, marrom, roxo, verde) Dolomita, Calcita etc. 
 
TRAÇO 
 
Propriedade que o mineral possui de deixar um traço sobre uma superfície despolida 
de porcelana. Baseia-se na cor do pó deixado pelo mineral. A cor do traço só varia se o 
mineral estiver em processo de decomposição. A dureza da placa de porcelana é 
aproximadamente 7, assim minerais com dureza superior não deixam traço, riscam, a 
porcelana, seu traço é dito incolor. 
 
 
 14
 
 
Ex: Hematita: traço castanho-avermelhado; Enxofre: incolor / amarelado; Fluorita: branco. 
 
 
 OUTRAS PROPRIEDADES DOS MINERAIS 
 
 
PROPRIEDADES ORGANOLÉPTICAS 
 
SABOR: apenas possuem gosto os minerais solúveis em água. 
Salgado. Ex: Halita 
Doce. Ex: Bórax 
Amargo. Ex: Epsomita 
 
ODOR: sente-se quando o mineral é umidecido, aquecido, ficcionado ou atacado por ácidos. 
Sulforoso. Ex: Enxofre 
Fétido: alguns tipos de carbonato de cálcio que constituem os calcários. 
Argiloso (cheiro de moringa). Ex: Minerais de argila. 
 
TATO: é a sensação que o mineral causa ao tato, o que varia muito. 
Áspero. Ex: Enxofre 
Suave. Ex: Amianto 
Untuoso. Ex: Talco, Grafita 
Frio. Ex: Quartzo 
Pegajoso. Ex: Minerais de argila molhados. 
 
PROPRIEDADES MAGNÉTICAS 
Os minerais magnéticos são compostos de ferro e no seu estado natural são atraídos 
por um imã. 
Podem ser: Fortemente magnéticos Ex: magnetita 
 Moderadamente magnéticos Ex: hematita 
 Fracamente magnéticos Ex: Turmalina 
 
PROPRIEDADES TÉRMICAS 
 Condutibilidade: consta da distribuição de calor no mineral de partícula a partícula. 
 Fusibilidade: é a propriedade que os minerais têm de fundir-se pelo calor.15
PROPRIEDADES QUÍMICAS 
Esta propriedade depende da composição química, da geometria do arranjo atômico 
interno e da natureza das forças elétricas que mantém os átomos unidos. 
 
Polimorfismo: ocorre quando minerais diferentes possuem a mesma composição química e o 
arranjo atômico interno diferente. 
MINERAIS COMPOSIÇÃO QUÍMICA SISTEMA CRISTALINO 
Diamante 
Grafita 
C 
C 
Cúbico 
Hexagonal 
Pirita 
Marcassita 
FeS2 
FeS2 
Cúbico 
Rômbico 
Calcita 
Aragonita 
CaCO3 
CaCO3 
Romboédrico 
Rômbico 
 
Isomorfismo: ocorre quando minerais de composição química diferente, mas análoga, 
cristalizam no mesmo sistema. 
MINERAIS COMPOSIÇÃO QUÍMICA SISTEMA CRISTALINO 
Calcita CaCO3 Romboédrico 
Dolomita CaMg(CO3)2 Romboédrico 
Magnesita MgCO3 Romboédrico 
 
Pseudomorfismo ou falsa-forma: quando o mineral se altera, de forma a modificar sua 
estrutura interna, preservando, no entanto, sua forma externa. 
MINERAL 
ORIGINAL 
COMPOSIÇÃO 
QUÍMICA 
MINERAL 
RESULTANTE 
COMPOSIÇÃO 
QUÍMICA 
SISTEMA 
CRISTALINO 
Pirita Fes2 Limonita 2Fe2O3 3H�2O Cúbico 
Magnetita Fe2O Fe�2O2 Limonita 2Fe2O3 3H�2O Cúbico 
Hematita Fe2O3 Limonita 2Fe2O3 3H�2O Hexagonal 
Pirrotita Fe3S6 Limonita 2Fe2O3 3H�2O Hexagonal 
 
3ª AULA PRÁTICA 
 
 
1) Observe o brilho dos seguintes minerais: 
 
Quartzo:_______________________________ Amianto:___________________________ 
Enxofre:_______________________________ Gipsita: ____________________________ 
Hematita: _____________________________ Granada: __________________________ 
Feldspato:_____________________________ Bauxita: ____________________________ 
Mica:_________________________________ Fluorita: ____________________________ 
Talco:________________________________ Grafita: _____________________________ 
 
 
2) Teste o traço dos seguintes minerais: 
 
Quartzo:____________________________ Feldspato:___________________________ 
Enxofre:____________________________ Calcita:______________________________ 
Hematita:___________________________ Grafita:______________________________ 
Galena:_____________________________ Talco:_______________________________ 
Pirita: ______________________________ Fluorita:_____________________________ 
 
 
 
 
 16
3) Quais os minerais idiocromáticos presentes em sua bancada? 
 
 MINERAL/COR MINERAL/COR 
_____________________________________ _________________________________ 
_____________________________________ _________________________________ 
_____________________________________ _________________________________ 
_____________________________________ _________________________________ 
_____________________________________ _________________________________ 
 
 
4) E os minerais alocromáticos? 
 
 MINERAL/COR MINERAL/COR 
_____________________________________ _________________________________ 
_____________________________________ _________________________________ 
_____________________________________ _________________________________ 
_____________________________________ _________________________________ 
_____________________________________ _________________________________ 
_____________________________________ _________________________________ 
_____________________________________ _________________________________ 
_____________________________________ _________________________________ 
 
 
5) Assinale quais são os minérios dentre os materiais relacionados: 
 
 ( ) Hematita ( ) Calcita 
 ( ) Quartzo ( ) Fluorita 
 ( ) Pirita ( ) Galena 
 ( ) Bauxita ( ) Enxofre 
 ( ) Feldspato ( ) Magnetita 
 
 
6) Cite a Escala de Dureza de Mohs: 
 
 1)___________________________________ 6)_____________________________ 
 2)___________________________________ 7)_____________________________ 
 3)___________________________________ 8)_____________________________ 
 4)___________________________________ 9)_____________________________ 
 5)___________________________________ 10)____________________________ 
 
 
7) Teste os minerais abaixo quanto ao tato: 
 
a) Enxofre: ___________________ d) Talco: ______________________ 
b) Calcita: ____________________ e) Quartzo: ___________________ 
c) Grafita: ____________________ f)Fluorita:_____________________ 
 
 
 
 
 
 17
8) Assinale dos exemplares abaixo, quais são os magnéticos: 
 
 a- ( ) Magnetita d- ( ) Hematita 
 b- ( ) Feldspato e- ( ) Calcita 
 c- ( ) Areia Monazita f - ( ) Pirita 
 
 
9) Classifique os minerais abaixo, quanto às propriedades químicas: 
 
a) Calcita e Dolomita:_________________________________________________ 
b) Dolomita e Quartzo:________________________________________________ 
c) Calcita e Aragonita: _______________________________________________ 
d) Grafita e Diamante: _______________________________________________ 
e) Marcassita e Aragonita: _____________________________________________ 
f) Calcita e Magnesita: ________________________________________________ 
 
 
10) Analise as propriedades químicas: 
 
10.1.) Dolomita 
 
Cor: _______________________ Clivagem: _____________________ 
Traço: _____________________ Fratura: _______________________ 
Brilho: _____________________ Dureza: _______________________ 
 
a- O que se observa quando submetido ao efeito do HCl? Por que? 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
10.2) Talco 
 
Cor: ______________ ___________ Clivagem: _______________________ 
Traço: ________________________ Fratura: _________________________ 
Brilho: ________________________ Dureza: _________________________ 
 
 
10.3) Quartzo 
 
 Cor: ___________________________ Clivagem: ______________________ 
 Traço: _________________________ Fratura: ________________________ 
 Brilho: __________________________Dureza: _________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 18
 
AULA 4 
 
PETROLOGIA 
 
 
PETROLOGIA: é o ramo da geologia que trata do estudo das rochas, sua constituição, 
textura, origem e classificação. 
 
 
ROCHAS: são os principais constituintes da crosta terrestre, de origem inorgânica e 
orgânica, muitas vezes com aspecto heterogêneo. 
 
 
DIVISÕES: 
 
 
Rochas Magmáticas ou Ígneas: Extrusivas, Efusivas ou Vulcânicas 
 Intrusivas Hipoabissais 
 Intrusivas ou Plutônicas 
 
 
Rochas Sedimentares: Clásticas Coerentes 
 Clásticas Incoerentes 
 Origem Química 
 Origem Orgânica 
 
 
Rochas Metamórficas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 19
ROCHAS MAGMÁTICA OU ÍGNEAS 
 
 
ORIGEM: resultam do magma, proveniente do interior do planeta, que se resfria no interiorou na superfície da crosta terrestre. 
 
MAGMA: trata-se de uma mistura complexa de substâncias no estado de fusão, sendo umas 
 mais ou menos voláteis. 
 
Magma Ácido ou Granítico: é rico em silicatos, possui grande viscosidade e encontra-se a 
uma temperatura menor. Forma 95% das rochas intrusivas ou plutônicas. 
 
Magma Básico ou Basáltico: é pobre em silicatos, não possui viscosidade (mais líquido), 
encontrando-se a uma temperatura maior. Forma 98% das rochas vulcânicas e efusivas. 
 
RESFRIAMENTO: a medida que ocorre a cristalização (solidificação), o resíduo 
magmático vai-se enriquecendo de elementos voláteis que não conseguem escapar, por se 
encontrarem fechados e comprimidos. A pressão interna sobe como conseqüência do 
aumento relativo dos voláteis, mesmo com o resfriamento contínuo ocorre ebulição e num 
determinado momento, as paredes não resistem mais à pressão dos gases, rompem-se, dando-
se o escape dos voláteis. 
 
LOCALIZAÇÃO: aproximadamente a 30 km de profundidade. 
 
 
 
ROCHAS MAGMÁTICAS INTRUSIVAS OU PLUTÔNICAS 
 
São massas ígneas, que solidificam no interior da crosta terrestre, possuem 
resfriamento lento, o que possibilita o desenvolvimento dos grãos de minerais, tornando-os 
visíveis a olho nú. Ex: Granito, Sienito, Diorito e Gabro. 
 
Plutonismo: é a consolidação do magma no interior da crosta terrestre, originando as rochas 
intrusivas ou plutônicas. 
 
Plutons: são corpos de rochas magmáticas consolidados no interior da crosta> 
 
Formas Concordantes: que concordam com as camadas pré-existentes. 
Ex: Lacólito, Lopólito, Facólito. 
 
Formas Discordantes: que discordam das camadas pré-existentes. 
Ex: Dique, Neck, Apófise, Batólito, Stock. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 20
 
 
ROCHAS MAGMÁTICAS INTRUSIVAS HIPOABISSAIS 
 
São massas ígneas com granulação grosseira, encontram-se associadas a intrusões 
plutônicas, portanto, formam-se no interior da crosta terrestre, próximo à superfície. 
 Possuem resfriamento lento, possibilitando o desenvolvimento considerável dos grãos 
dos minerais. Ex: Pegmatito. 
 
 
ROCHAS MAGMÁTICAS EXTRUSIVAS OU VULCÂNICAS 
 
Resultam das massas ígneas que atingem o exterior (superfície terrestre). Possuem 
resfriamento rápido, impossibilitando o desenvolvimento dos grãos dos minerais, tornando-os 
microscópicos. Ex: Basalto, Púmice e Vidro Vulcânico (Obsidiana). 
 
Vulcanismo: ocorre quando o magma rompe a superfície terrestre, se derrama e resfria 
rapidamente em contato com ar atmosférico. 
 
 
FATORES DE CLASSIFICAÇÃO 
 
 
COMPOSIÇÃO QUÍMICA E/ OU COR: 
 
Leucocráticas ou Ácidas: possuem mais de 65% de sílica, que corresponde aos minerais 
félsicos (claros), e 35% de minerais máficos (escuros). São em geral rochas claras, 
predominando: quartzo, feldspato e muscovita. 
 
Mesocráticas ou Neutras: possuem de 65-55% de sílica, as quantidades de minerais félsicos 
e máficos são iguais, evidenciando cores intermediárias (cinza e verde). 
 
Melanocráticas ou Básicas: possuem menos de 45% de sílica, que corresponde a mais de 
60% de minerais máficos e menos de 30% de minerais félsicos. Possuem cores escuras 
(negra, cinza-chumbo e verde escuro), predominam biotita, piroxênios e anfibólios. 
 
 
COMPOSIÇÃO MINERALÓGICA: 
 
Minerais Essenciais: definem e caracterizam as rochas magmáticas, sendo apenas dois ou 
três para cada tipo de rocha. Os principais minerais essenciais são: feldspato, quartzo, 
anfibólio, piroxênio, olivina, muscovita, biotita e nefelina. 
 
Minerais Acessórios: não são obrigatórios para a classificação da rocha, podem estar 
presentes ou não. Os principais são: Pirita, Turmalina, Apatita, Magnetita, Fluorita, Granada, 
Zircão e etc. 
 
 
 
 
 
 
 21
 
TEXTURA: Refere-se as dimensões, forma, e arranjo dos minerais constituintes das rochas. 
 
Textura Fanerítica: os grãos dos minerais possuem diâmetro superior a 5mm (grãos 
grossos) ou 1 - 5 mm (grãos médios). 
a) Equigranular ou Granular: com dimensões aproximadamente iguais. 
b) Porfirítico: com dimensões diferentes, alguns grãos são maiores (fenocristais). 
 
Textura Microfanerítica: os grãos dos minerais apresentam diâmetro inferior a 1 mm. 
 
Textura Afanítica ou Afírica: os grãos dos minerais não são observados a olho nú. 
a) Afanítica Porfirítica: rocha afanítica com alguns grãos visíveis a olho nu. 
 
Textura Vítrea: o resfriamento é tão rápido que impossibilita a cristalização. 
 
Textura Vesicular ou Traqueóide: resulta da ação de gases que se propagam dentro da 
massa viscosa, sendo expulsos com o resfriamento, originando assim cavidades. 
 
Textura Pegmatítica: quando os grãos dos minerais apresentam diâmetro acima de 2 cm. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 22
4ª AULA PRÁTICA 
 
1) Baseando-se na amostra de Granito, responda: 
1.1. Classifique-o quanto a sua gênese. Justifique sua resposta. 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
1.2. Quais os minerais essenciais observados? 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
 1.3. E os acessórios? 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
2) Observe a amostra de Basalto e responda: 
2.1. Classifique-a quanto a sua gênese. Justifique sua resposta. 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
2.2. Classifique-a quanto a textura: 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
3) Explique a formação do Pegmatito, e sua classificação quanto a gênese. 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
4) Relacione as rochas magmáticas presentes em sua bancada: 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 23
 
AULA 5 
 
 
ROCHAS SEDIMENTARES OU ESTRATIGRÁFICAS 
 
 
CONCEITOS: as rochas sedimentares são o resultado da deposição subaquática de detritos 
(exceto as areias do deserto), que são decompostos e erodidos de rochas pré-existentes 
(magmáticas, metamórficas e até mesmo sedimentares), assim como pela precipitação de 
soluções aquosas de ambiente e pela associação de organismos. Caracterizam-se em geral por 
um arranjo paralelo das partículas constituintes, formando camadasou estratos que se 
distinguem entre si pelas diferenças de espessura, granulometria e cor. 
 
 
FORMAÇÃO: 
 
Destruição: a rocha matriz, geradora (pré-existente) sofre o processo de intemperismo 
através do vento, chuva, sol, variação de temperatura, umidade, etc, que acarreta na 
conseqüente destruição da rocha. Entre a rocha matriz e a rocha sedimentar final, muitos 
minerais podem alterar-se ou serem completamente destruídos. 
 
Transporte: os detritos decompostos são erodidos e transportados pelo vento e água da 
chuva e rios. A velocidade de erosão determina, em parte, a quantidade de sedimentos 
fornecida às áreas de deposição. Durante o transporte efetivo, as partículas individuais são 
geralmente modificadas no tamanho, na forma e no arredondamento, pela abrasão e fratura, 
que resulta do atrito e do impacto repetido das partículas, umas contra as outras e contra o 
leito da rocha. 
 
Deposição: de todos os ambientes, o mais extenso e duradouro é o marinho, onde se 
depositaram a maioria dos sedimentos antigos e a grande massa de sedimentos modernos. 
 
Diagênese ou Litificação: os processos diagenéticos atuam após a deposição, compactando e 
cimentando os sedimentos inconsolidados, transformando-os num agregado consolidado 
(Figura 2). Estes processos modificam a textura e a composição dos sedimentos. As etapas do 
processo são: 
Compactação: as partículas sólidas são comprimidas, umas às outras, pelo peso das 
camadas suprajacentes. 
Autigênese: é o processo, onde os minerais estáveis ao ambiente diagenético se 
cristalizam novamente, sendo adicionados ao depósito original. 
Substituição: ocorre quando os minerais originais são substituídos por minerais 
autígenos. 
Cimentação: ocorre pela precipitação de material novo nos espaços entre os grânulos 
originais, muitas vezes originados por recristalização dos precipitados químicos 
originais. 
 
 
 
 
 
 24
 
Figura 3: Seqüência Sedimentar- Parque Nacional Ichigualasco – Argentina 
(Foto: Garcia & Bistrichi, 1999). 
 
 
 
ROCHAS SEDIMENTARES CLÁSTICAS INCOERENTES 
 
 
São rochas onde os detritos encontram-se desagregados (soltos), possuem diferentes 
tamanhos de grãos. 
 
Classificação segundo Wentworth (1922): 
 
Matação: diâmetro acima de 256 mm 
Cascalho: diâmetro de 256-64 mm 
Seixo Rolado: diâmetro de 64-2 mm 
Areia: diâmetro de 2- 0, 062 mm 
Silte: diâmetro de 0,062-0,004 mm 
 
 
ROCHAS SEDIMENTARES CLÁSTICAS COERENTES 
 
 
São rochas que possuem os detritos ligados por um cimento ou simplesmente 
compactados. O cimento pode ser: silicoso, calcífero, ferruginoso, argiloso e etc. 
 
 
Componentes das rochas: 
 
Arcabouço: são os grãos de natureza detrítica (cascalhos, seixos rolados e areia). 
Matriz: partículas de material detríticos com granulação menor. 
Cimento: preenche os espaços intergranulares, ligando o arcabouço e a matriz. Pode ser: 
carbonático, ferruginoso, silicose e etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 25
Tipos de Rochas: 
 
 
Conglomerados: o arcabouço constitui-se de seixos rolados, cascalhos ou matacões. 
 
Brechas: o arcabouço constitui-se de grãos angulosos. 
 
Arenitos: o arcabouço constitui-se de areias. 
 
Siltitos: são partículas de silte ligadas por um cimento argiloso. 
 
Argilitos: partículas finíssimas de minerais de argila, que se depositam por decantação em 
ambientes calmos. 
 
Folhelhos: constituem-se de partículas de argila que se depositam por decantação e dispõe-se 
em planos paralelos, formando placas. 
 
 
Varvitos ou Ritmitos: formam varves de siltito e folhelho, possuem origem glacio-lacustre 
(lagos glaciais alimentados por geleiras), sua deposição obedece ao ciclo estacional. Durante 
as chuvas de outono deposita-se o siltito, que é claro e possui maior granulometria. Devido ao 
intemperismo do verão, deposita-se em menor quantidade. No inverno com o congelamento 
não ocorre deposição, mas morrem organismos (vegetais e animais), que entram em 
decomposição na primavera, misturando-se com as partículas de argila que se depositam, 
originando a camada que possui a cor escura e deposita-se em menor quantidade (Figura 3). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4: Varvito (Parque do Varvito- Itu/SP) 
Foto: Acervo LabGeo 
 
 
Tillitos: são de origem glacial, constituem-se de partículas pequenas diversas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 26
 
ROCHAS SEDIMENTARES DE ORIGEM QUÍMICA OU 
AUTIGÊNICA 
 
Formam-se a partir de soluções químicas, que se depositam por evaporação, 
precipitação, condições de temperatura, diferentes tipos de pH e etc. Estes sedimentos 
formam-se em áreas que se encontram, protegidas contra os restos de influência continental. 
Incluem regiões principalmente de águas rasas e quentes. 
 
Rochas Carbonáticas: formam-se pela precipitação de carbonato de cálcio (Figura 4) 
 Ex: Calcários, Margas, estalactites, estalagmites e etc. 
 
Figura 5: Estalactites - Chapada Diamantina 
Foto: Siqueira (2007) 
 
Rochas Silicosas: formam-se pela precipitação de sílica (SiO2). 
 
Rochas Salinas (Evaporitos): são depósitos salinos formados a partir da evaporação da 
água. Ocorrem em locais com limitada circulação de água e 
clima seco, onde a evaporação é superior a precipitação. 
Ex: Gipsita, Anidrita, Halita, Magnesita (Figuras 5 e 6) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 6: Evaporitos (Parque Pan de Azucar – Chile) Figura 7: Evaporitos (Laguna Verde- Chile 
 Foto: Garcia & Bistrichi, 2000 Foto: Garcia & Bistrichi, 2001 
. 
 
Rochas Ferruginosas: constituídas por óxidos e hidróxidos de ferro, alumínio e manganês. 
 Ex: Limonitas. 
 
 
 
 
 
 
 27
 
ROCHAS SEDIMENTARES DE ORIGEM BIOGÊNICA 
OU ORGÂNICA 
 
 
Formam-se partir do acúmulo de vegetais ou atividades de animais em ambientes 
calmos. 
 
Rochas Carbonosas: 
 
Carvão: forma-se por processos bioquímicos e geoquímicos resultantes do acúmulo de restos 
de vegetais em regiões pantanosas. 
 
a) Turfa: estágio inicial do carvão, o teor do carbono varia de 55-65%; 
b) Linhito: encontrado nas formações Mesozóicas, o teor de carbono varia de 65-75%; 
c) Hulha ou Carvão Betuminosos: carvão negro encontrado nas formações Paleozóicas, o teor 
de carbono varia de 75-90%. 
d) Antracito: carvão negro encontrado nas formações Paleozóicas o teor de carbono varia de 
90 a 95%. 
 
 
Rochas Oleígenas: 
 
Folhelho Pirobetuminoso: rocha de granulação fina, contendo matéria orgânica, de onde 
podem ser extraídas quantidades apreciáveis de óleo. 
Petróleo: formam-se a partir de restos de vegetais e animais, que se depositam em grandes 
quantidades no fundo de mares, lagos e deltas. Sob a pressão das camadas de rochas 
superiores, sob a ação do calor e do tempo, essa massa de restos orgânicos vão entrando em 
reação química, transformando-se em hidrocarbonetos (combinação de moléculas de carbono 
e hidrogênio). O petróleo pode apresentar-se no estado líquido e semi-sólido, a cor varia de 
âmbar a negro. Formam-se em rochas como o folhelho, mas não permanece nessa rocha 
geradora, pode subir até encontrar uma camada impermeável, é armazenado numa rocha 
porosa (rocha armazenadora).Rochas Silicosas: 
Diatomitos: acúmulo de diatomácias (Figura 7). 
Coquinas: acúmulo de conchas substituídas por sílica (Figura 8). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 8: Diatomitos – Argentina Figura 9: Coquinas – Coquimbo - Chile 
 Foto: Garcia & Bistrichi, 2001 Foto: Garcia & Bistrichi, 2000 
 
 
 
 28
Rochas Fosfáticas: 
 
Guano: excrementos de animais sobre as rochas, são substituídos pelo fosfato (Figura 9). 
 
Figura 10: Formação de Guano - Vina del Mar - Chile 
Foto: Garcia & Bistrichi, 1998 
 
Rochas Carbonáticas: 
 
Calcários: pelo acúmulo de conchas, e precipitação de CaC03 por organismos. 
Coquinas: acúmulo de conchas. 
 
 
5ª AULA PRÁTICA 
 
 
1) Defina Rochas Sedimentares: 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
 
2) Classifique-as quanto à sua gênese. 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
 
3) Observe a amostra de Varvito e responda: 
 
3.1- Classifique-a quanto à sua gênese. 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
 
3.2- Quais as rochas que o formam? 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 29
3.3- Em que ambiente se forma? 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
 
 4) Estabeleça diferenças e semelhanças entre o Conglomerado e a Brecha. 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
 
 5) Observe a amostra de Conglomerado e responda: 
 
 5.1- Qual a natureza do arcabouço? 
___________________________________________________________________________ 
 
 5.2 - Da matriz? 
___________________________________________________________________________ 
 
 5.3 - e do cimento? 
___________________________________________________________________________ 
 
 
6) Relacione as seguintes rochas presentes em sua bancada: 
 
 6.1.- Sedimentares clásticas coerentes: 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
 6.2. - Sedimentares clásticas incoerentes: 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
 6.3. - Sedimentares de origem química: 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
 6.4. - Sedimentares de origem orgânica: 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
 6.5 - Magmáticas Intrusivas ou Plutônicas: 
___________________________________________________________________________ 
 
 6.6 - Magmáticas Intrusivas Hipoabissais: 
___________________________________________________________________________ 
 
 6.7 - Magmáticas Extrusivas: 
__________________________________________________________________________________________ 
 
 
 
 30
 
AULA 6 
 
ROCHAS METAMÓRFICAS 
 
 
ORIGEM: formam-se a partir de rochas pré-existentes (magmáticas e sedimentares), que são 
submetidas a determinados processos geológicos. 
 
 
METAMORFISMO: é o processo pelo qual, as rochas pré-existentes se transformam. A 
temperatura, pressão, fortes atritos e agentes voláteis, são os 
principais fatores que agem no metamorfismo, onde todas as 
transformações ocorrem no estado sólido sem passar pelo estado de 
fusão. 
 
Metamorfismo de Contato ou Termal: ocorre devido a aproximação ou contato com o 
magma. 
 
Dinamometamorfismo: resulta da ação conjunta da temperatura e pressão de forma intensa e 
brusca em dobramentos da crosta. 
 
 
RECRISTALIZAÇÃO: é o processo em que se formam ou não novos minerais. 
 
Recristalização Isoquímica: não ocorre mudança na composição química. 
Ex.: Areia de Quartzo Arenito Quartzito 
 
Recristalização Aloquímica: ocorre mudança na composição química. 
Ex.: CaCO3 + MgCl2 CaMg (CO3)2 + CaCl 2 
 calcita água do mar mármore dolomítico 
 
 
TEXTURA: é a forma como aparecem dispostos os grãos dos minerais. 
 
Xistosa: os grãos dos minerais encontram-se alongados e achatados. Ex. Ardósia, Micaxisto e 
filito. 
Granular: os minerais encontram-se em grãos. Ex.: Quartzito e Mármore. 
Gnáissica: os minerais encontram-se alternados em faixas de estrutura xistosa e granular. 
Ex.: Gnaisse e Itabirito. 
 
 
TIPOS DE ROCHAS: 
 
Quartzito; Gnaisse; Ardósia; Itabirito; Itacolomito; Micaxisto; Filito; Mármore; Migmatito e 
Milonito. 
 
 
 
 
 
 31
6ª AULA PRÁTICA 
 
 
1) Explique o metamorfismo de contato. 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
 
2) Qual a textura das rochas metamórficas abaixo: 
 
Gnaisse:_____________________________ Quartzito:_________________________ 
Ardósia:______________________________ Micaxisto:________________________ 
Mármore:_____________________________ Itabirito: _________________________ 
 
 
3) O que é recristalização? 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
 
4) Relacione os seguintes materiais presentes em sua bancada, para melhor fixação: 
 
 4.1. Rochas Magmáticas ou Plutônicas 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
 4.2. Rochas Magmáticas Hipoabissais 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
 4.3. Rochas Magmáticas Extrusivas 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________4.4. Rochas Sedimentares Clásticas Coerentes 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
 4.5. Rochas Sedimentares Clásticas Incoerentes 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 32
 4.6. Rochas Sedimentares de Origem Química 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
 4.7. Rochas Sedimentares de Origem Orgânica 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
 4.8. Rochas Metamórficas 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
 4.9. Minerais 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
 4.10.Minérios 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
 4.11. Cristais 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
 4.12. Mineralóides 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 33
 
AULA 7 
 
 
GEODINÂMICA EXTERNA 
(Processos de dinâmica superficial) 
 
 
INTEMPERISMO: é o conjunto de processos operantes na superfície terrestre (agentes 
atmosféricos e biológicos), que ocasionam a decomposição das rochas 
e minerais, formando o manto de intemperismo ou regolito. 
 
EROSÃO: é o processo de remoção e transporte do material que constitui o manto do 
intemperismo. 
 
 
FATORES QUE INFLUENCIAM NOS PROCESSOS: 
 
• fatores climáticos: ventos, temperatura, precipitação, radiação solar e etc 
• atividades biológicas e cobertura vegetal 
• tipo de solo ou substrato rochoso 
• longitude e latitude 
• altitude 
• tipo de relevo (declividade e comprimento de rampa) 
• correntes aquáticas 
• ação antrópica entre outros 
 
 
 
INTEMPERISMO FÍSICO 
(destruição das rochas mecanicamente) 
 
 
Cristalização de sais: em regiões de clima árido ou semi-árido, os sais não são removidos 
pela água da chuva, visto que o índice de precipitação é baixíssimo e a evaporação é alta. 
Assim os sais são transportados para a superfície, pelo movimento de iluviação (água sobe 
dos lençóis freáticos por capilaridade), concentrando os sais na superfície ou nas fendas das 
rochas. Os sais se concentram nas fendas das rochas e se cristalizam aumentam seu volume, 
exercendo uma força expansiva, que aumenta cada vez mais com o crescimento dos cristais, 
acarretando na desagregação das rochas. Os sais (sulfatos, cloretos, nitratos e carbonatos), 
quando cristalizam formam as Eflorescências. 
 
Congelação ou Gelividade: a água ao congelar-se expande em 9% seu volume. Assim a 
água congelada inclusa nas fendas das rochas, exercem uma força expansiva. Este efeito 
sendo repetitivo acaba quebrando as rochas mecanicamente. É característico de regiões frias. 
 
 
 
 
 
 
 
 34
 
Esfoliação Esferoidal: a variação de temperatura diária (durante o dia as rochas dilatam-se 
com o calor e a noite contraem-se com o frio), acarreta na destruição da rocha. A 
desagregação dá-se na forma de escamas ou lâminas concêntricas com a superfície (como 
uma cebola). 
 
Marmitamento: a rocha é destruída pelo turbilhar da água, movendo seixos que vão 
desgastando a rocha, acarretando na formação de orifícios. Quando os orifícios são grandes 
denominam-se de caldeirões e os pequenos marmitas. 
 
Erosão Antrópica ou Agente Físico-Biológico: a pressão do crescimento das raízes vegetais 
pode provocar a desagregação das rochas, desde que existam pequenas fendas. 
 
 
 
INTEMPERISMO QUÍMICO 
(reação química entre a rocha e soluções aquosas) 
 
 
Oxidação: pode ser provocado tanto por agentes orgânicos, quanto inorgânicos; os primeiros 
são resultantes do metabolismo de bactérias. Os elementos mais suscetíveis de oxidação 
durante o intemperismo são: Carbono, Nitrogênio, Fósforo, Ferro, Manganês. A cor dos 
minerais é modificada, passando pelo amarelo, castanho, laranja e vermelho. 
Ex: Hematita (Fe2O3) + (H2O) Limonita (Fe2O3 � H2O) 
 
 
Dissolução ou Carbonatação: o CO2 (gás carbônico) contido na água forma pequenas 
quantidades de ácido carbônico, que pode ser proveniente da atmosfera devido à quantidade 
de poluentes (derivados de combustíveis fósseis), ou originado da respiração das raízes de 
plantas e da decomposição dos resíduos orgânicos do solo. O ácido carbônico na água, 
quando atinge os calcários (CaCO3) dissolve-se. Se o CO2 escapar da água o carbonato de 
cálcio volta a precipitar-se, dando origem às estalactites e estalagmites em cavernas calcárias. 
 CaCO3 + H2CO3 Ca(HCO3) 2 
 Calcita Ácido Carbônico Bicarbonato de Cálcio 
 
 
Hidratação e Hidrólise: determinados minerais podem adicionar moléculas de água à sua 
composição, formando novos minerais. 
Ex.: Anidrida (CaSO4) Gipsita (CaSO4 . H2O) 
 Hematita (Fe2O3) Limonita (Fe2O3 . H2O) 
 Feldspato (2KalSi3O8) Caulim (Al2Si2O5(OH)4 + 2KOH + 4SiO2) 
 
 
Decomposição Químico-Biológica: a ação química dos organismos é muito variada. Algas, 
Líquens e Musgos, quando se fixam em rochas, provocam a formação de uma camada fina de 
regolito, que com o passar do tempo aumenta, favorecendo a fixação de plantas de maior 
porte. 
 
 
 
 
 
 
 35
 
PROCESSOS DE EROSÃO 
 
Erosão natural ou geológica: processo que ocorre naturalmente em equilíbrio com o 
ambiente. 
Erosão acelerada ou antrópica: processo auxiliado pela ação do homem colocando o 
ambiente em desequilíbrio. 
 
 
• EROSÃO LAMINAR: remoção progressiva e uniforme da superfície do solo. 
• EROSÃO LINEAR: concentração de linhas de fluxo originando os sulcos, que passam a 
ravinas e terminam por originar as voçorocas ou boçorocas. 
• MOVIMENTOS DE MASSA: movimentos relacionados a encostas com declividades. 
 
Rastejos: Movimento lento descendentee contínuo em relevo com declividade. Afetam 
horizontes superficiais de solo ou de rocha alterada e fraturada e são observados através de 
indícios indiretos como encurvamento de arvores, cercas, deslocamentos de muros e outras 
estruturas e pequenos degraus na encosta. 
 
Escorregamentos: são movimentos rápidos de solo ou rocha, geralmente com direções e 
volumes bem definidos, cujo o centro de gravidade se desloca sempre para baixo e para fora 
da encosta. 
De acordo com o material e sua geometria, os escorregamentos recebem 
denominações diferenciadas: escorregamentos translacionais ou planares (relacionados as 
foliações das rochas); escorregamentos circulares ou rotacionais (possuem superfícies de 
deslizamentos curvas) e escorregamentos em cunha (através de estruturas planares). 
 
Movimento de blocos rochosos: desprendimento de fragmentos rochosos resultando em 
queda livre de material grosseiro, pode ser do tipo queda, tombamento, rolamento ou 
desplacamento de blocos. 
 
Corridas: movimentos de massa com grandes dimensões e com escoamento rápido devido a 
uma dinâmica hídrica, podem ser caracterizadas como corridas de lama (solo e alto teor de 
água); corridas de terra (solo e menor teor de água) e corridas de detritos (com material mais 
grosseiro, fragmentos de rocha). 
 
 
• ASSOREAMENTO: acúmulo de sedimentos em meio aquoso. Pode ser de processos 
naturais como transporte pelo vento, escoamento de água superficial ou erodido das 
margens de canais fluviais, esse processo podem ser acelerado pelas atividades antrópicas 
como atividades agrícolas, mudanças de cursos d’água, barramentos e etc. 
• INUNDAÇÃO: extravasamento da água de um rio (enchente) para suas laterais (planície 
de inundação). 
• SUBSIDÊNCIA OU COLAPSO: pode ocorrer naturalmente como processos de 
dissolução de carbonatos, acomodações de terrenos por peso ou por planos de fraqueza e 
falhamentos ou podem ser acelerados por ações antrópicas como bombeamento de águas 
subterrâneas. 
• PROCESSOS COSTEIROS: dinâmica de energia de água que modificam e recortam a 
linha de costa através das ondas, marés e correntes marinhas. 
 
 
 36
 
 
PEDOLOGIA 
 
Pedologia: do grego, pedon = solo ou terreno e logos = conhecimento, que estuda a origem e 
o desenvolvimento do solo, assim como os processos e fenômeno que nele ocorrem. 
 
Edafologia: do grego, edafos = chão ou terreno e logos = conhecimento (estudo). Ciência 
que estuda a camada superficial do solo e a sua capacidade de produção agrícola. 
 
Solo: último grau de decomposição das rochas. Representa o ambiente natural de crescimento 
e desenvolvimento das plantas. A extensão, intensidade e grandeza das transformações, 
dependem da combinação em que os fatores de gênese se encontram. 
 
Fatores que influenciam na Formação do Solo: clima, organismos, rocha original, relevo, 
tempo de formação, etc. 
 
Outros Fatores: 
• Biostasia: em regiões arborizadas a vegetação atua como fixação da parte insolúvel. 
Assim existe o equilíbrio entre a cobertura vegetal e os processos de intemperismo. 
 
• Resistasia: se a vegetação desaparece, a erosão intensificada leva os produtos residuais, 
surge então a quebra no equilíbrio entre a cobertura vegetal e os processos de intemperismo. 
 
 
DESCRIÇÃO DO SOLO: 
 
Perfil do Solo: é o conjunto de horizontes, num corte vertical que vai da superfície até o 
material que se deu origem ao solo. 
 
Horizonte: são camadas de aspecto e constituição diferentes, que se sucedem em 
profundidade, mais ou menos paralelas à superfície, que se formam sob a ação de um 
conjunto de fenômenos biológicos, físicos (Figuras 14 e 15). 
 
Funções ecológicas 
A pedosfera funciona como as fundações ou alicerces da vida em ecossistemas terrestres. As 
plantas além de consumirem água, oxigênio e gás carbônico, retiram do solo 15 elementos 
essenciais à vida: 
 
Macronutrientes: nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre (absorvidos em 
grandes quantidades). 
 
Micronutrientes: boro, cloro, cobre, ferro, manganês, molibidênio, níquel, cobalto e zinco 
(usados em quantidades menores). 
 
 
 
 
 
 
 
 37
 
AULA 8 
 
GEODINÂMICA INTERNA 
(Processos de dinâmica interna do Planeta Terra) 
 
 A ESTRUTURA DO INTERIOR DO GLOBO TERRESTRE 
 
 O Planeta Terra divide-se em 3 camadas principais: Crosta, Manto e Núcleo (Figura 10). 
 Figura 11: Estrutura interna do Globo Terrestre (http://www.rbrebello.wordpress.com) 
 
Velocidade das 
ondas em km/s 
 
Camadas 
 
Profundidade 
(km) 
 
Descontinuidades 
 
Constituição 
Litológica P S 
 
Densidade 
 
Temperatura 
 
Camada 
Superior 
(Sial) 
 
Granito 
 (Silício e Alumínio) 
 
 
 
5.6 
 
 
 
3.3 
 
 
 
2.7 
 
 
800 Cº 
 
 
 
C 
R 
O 
S 
T 
A 
 
L 
I 
T 
O 
S 
F 
E 
R 
A 
 
Camada 
inferior 
(Sima) 
 
Basalto 
(Silício e magnésio) 
 
6.5 
 
 
3.8 
 
 
3.0 
 
 
1.000 Cº 
 
 
 
Manto 
Superior 
A 
S 
T 
E Zona 
N de baixa 
O velocidade 
S 
F 
E 
R 
A 
 
 
Peridolito com ferro 
e Sulfetos 
* meteoritos 
 
8.1 
 
 
 
 
 
11.8 
4.7 
 
 
 
 
 
5.5 
3.3 
 
 
3.3 
 
 
4.3 
 
 
 
2.000 ºC 
Manto 
Inferior 
 
Mesosfera 
 
Piroxênios Pteridolitos 
Rochas ultramáficas, 
Sulfetos e óxidos 
13.6 
 
14.0 
7.0 
 
8.0 
4.7 
 
5.5 
 
3.000 ºC 
 
Núcleo Externo (Líquido) 
 
Ferro (90%) 
Níquel (08%) 
Silício metálico e 
enxofre (2%) 
8.0 
 
8.1 
 9 
 
11 
 
4.000 ºC 
 
Núcleo Interno (Sólido) 
0 
 
 
15 
 
 
40 
 
100 
 
210 
 
 
700 
 
 
2.900 
 
 
5.150 
 
6.370 
 
 
 
Conrad 
 
 
Mohorovicic 
(Moho) 
 
 
 
 
 
Repetti 
 
 
Gutenberg 
 
 
Wiechert 
 
 
Ferro (90%) 
Níquel (08%) 
Silício metálico e 
enxofre (2%) 
 
11.2 
 
14 
 
- 5.000 ºC 
Tabela 1: Estrutura Geral do Globo Terrestre 
 
 
 
 38
 
CALOR NO INTERIOR DO PLANETA 
 
 A temperatura do interior do planeta aumenta com a profundidade, de 10 a 30 metros é 
influenciada pela média anual da superfície terrestre. 
 
Grau Geotérmico: é o número de metros necessários descer em profundidade, para que 
ocorra o aumento de 1ºC. O valor aumenta em torno de 30 metros. 
 
Fatores que influenciam: 
a) Em regiões afetadas por vulcanismo recente, devido à maior proximidade com o magma, 
o grau geotérmico é menor, uma vez que não haverá muita diferença entre as temperaturas. 
b) Em áreas estáveis, tectonicamente inativas, o grau geotérmico é maior. 
 Ex.: Regiões com rochas antigas (Complexo Brasileiro) 
c) A superfície terrestre tem uma perda anual de calor de ± 75 cal / cm2, que é obtido pelo 
grau geotérmico e pela condutibilidade térmica das rochas. 
d) A terra já estaria completamente consolidada e fria, se à reserva térmica inicial não fossesempre adicionado o calor proveniente de outras fontes, como por exemplo, a desintegração 
radioativa, com base no teor de elementos radioativos das rochas (Urânio, Tório e Potássio), 
assim existe uma compensação da perda térmica. 
 
Cálculo do grau geotérmico: A mina de Morro Velho, com aproximadamente 2500 
metros de profundidade, possui uma temperatura de 64 ºC (desconsiderando a refrigeração 
artificial da mina). A temperatura média anual da superfície é de 18 ºC. Qual o grau 
geotérmico da mina? 
 
 
 Superfície T = 18 ºC 
 
 64 ºC - 18 ºC = 46 ºC 
 2500 m ÷ 46 ºC = 54,3 m/ºC 
 
 
 
 2500 m 65ºC 
 
Resposta: A cada 54,3 m a temperatura aumenta 1 ºC. 
 
 
 
PRODUÇÃO DE CALOR PELA RADIOATIVIDADE 
 
 A quantidade de calor produzida pelos diferentes elementos é controlada pela sua 
abundância e pela velocidade de desintegração. 
 Através da radioatividade é possível determinar o tempo gasto para ocorrer a 
transformação de um elemento em outro, isso acontece devido a mudança do número 
atômico, com perda de elétrons, mais partículas do próprio núcleo do átomo e energia, na 
forma da radiação, alguns elementos se transformam em segundo, há outros que levam 
milhares de anos. 
 
 
 
 39
 
Meia Vida: é o tempo de desintegração da metade de um átomo “pai” radioativo em um 
sistema A (nuclídeo-filho), onde metade será igual à massa original (pai) e a outra metade 
transforma-se em outra (nuclídeo-filho). Cada nuclídeo possui uma meia-vida única. 
 O tempo de vida de um átomo “pai” radioativo em um dado sistema não pode ser 
especificado, em teoria é infinito. 
 Ex: A meia-vida do Urânio é de 4,6 x 109 anos 
 
 
 
 desintegração 
 
 
 U238 
 
 Urânio 238 + Pb + He 
 
 
 0,5 gramas 0,43 gramas 0,07 gramas 
 1 grama 
 
 
 
DATAÇÃO ABSOLUTA 
 
 Baseia-se, este método, na radioatividade, ou seja, na propriedade que possuem os 
minerais radioativos de se desintegrarem periodicamente através da emissão de partículas 
e/ou radiações. 
 Na natureza, existem elementos que se transformam em outros em frações de segundo; 
outros, entretanto, levam milhares de anos para se transformar. São estes que interessam à 
Geocronologia (determinação da idade) 
 
Métodos de Datação Radiométrica: consta da datação de rochas e minerais, utilizando 
métodos radioativos. 
 
 
- Datação do passado geológico antigo: 
 
a) Método do U/Pb (Urânio - Chumbo) 
b) Método do K/Ar (Potássio - Argônio) 
c) Método do Rb/Sr (Rubídio – Estrôncio) 
d) Método do Sm/Nd (Samário – Neudíneo) 
 
 
Idade Radiométrica: o átomo radioativo original (pai) quando se desintegra transforma-se 
em um nuclídio-filho, referido como radiogênico. 
 
 
 
 
 Átomo 
“Pai” 
 
 
 40
 
 Para calcular a idade de formação de uma rocha (idade radiométrica), é necessário 
conhecer a quantidade de atomos persistentes do nuclídio radioativo (P), a quantidade de 
átomos do nuclídio radiogênico (F) e a constante de desintegração. Esta última é específica 
para cada processo radioativo, é inversamente proporcional à meia - vida do nuclídio-pai. 
 
 Ex: Poços de Caldas: 60 Ma. e 80 Ma. 
 Itatiaia: 65 Ma. 
 Fernando de Noronha: 12 Ma. 
 Depósitos de Ferro de Minas Gerais: 2,7 Ga. 
 
 
 
- Datação do passado geológico recente 
 
Método do Carbono 14 (C14): É um isótopo radioativo raro que ocorre naturalmente na 
atmosfera em plantas e animais. É criado na atmosfera (16 km acima da superfície terrestre), 
como um co-produto de bombardeamento de raios cósmicos. Na reação, um átomo de 
Nitrogênio 14 absorve um nêutron, emite um próton e se transforma em Carbono 14 (C14), 
que é rapidamente incorporado ao dióxido de carbono sendo assimilado por plantas no ciclo 
do carbono. Sua meia vida é de 5.730 anos, data somente até 40.000 anos e tem sido utilizado 
na datação do recuo das últimas capas de gelo continentais, mudanças na circulação ocêanica, 
elevação pós-glacial do mar, ascensão da civilização humana, madeira, turfa, carvão, ossos, 
folhas, manuscritos, roupagem de múmia e sambaquis. 
 
Outros métodos: Tório 230; Tório 230 / Protactínio 231; Termoluminescência 
 
 
 
 
DATAÇÃO RELATIVA (Escala do Tempo Geológico) 
 
Tempo Geológico: consta do tempo decorrido desde o final da fase formativa da Terra até os 
nossos dias. Antes da descoberta dos métodos de datação absoluta (radiometria), o tempo 
geológico foi dividido em intervalos diversos, os quais em ordem decrescente de importância 
hierárquica recebem a qualificação de éon, era, períodos, épocas e idades. Tais subdivisões 
ainda se mantêm só que agora se conhece a amplitude cronológica absoluta das mesmas, 
constituindo as unidades geocronológicas. Dá-se o nome de escala do tempo geológico, ao 
arranjo das unidades geocronológicas por ordem de idade. 
 
Métodos Biocronológicos: trata-se da datação relativa com base em elementos 
paleontológicos, sou seja, nos fósseis. Este são encontrados nas rochas sedimentares e em 
alguns tipos de rochas metamórficas (as derivadas das sedimentares), que sofreram 
metamorfismo pouco intenso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 41
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 42
 
DERIVA CONTINENTAL 
 
 
 
CONCEPÇÕES INICIAIS 
 
a - Francis Bacon (Filósofo inglês), século XVII, formulou a hipótese de que, os continentes 
com seus contornos, se encaixavam como peças de um quebra-cabeças e estariam se 
afastando uns dos outros; 
b - Alfred Wegener (Meteorologista alemão), formulou a hipótese de que toda a superfície 
da Terra já constituíra um só super-continente PANGEA, que se rompeu, formado a 
configuração atual dos continentes; 
c - P. M. S. Blackett ; E. Bullard ; B. Hospero & S. K. Runcorn, demonstraram que as 
diferentes direções de magnetização das rochas antigas, poderiam-se reunir em um modelo 
estável, supondo-se que os continentes ter-se-iam movido em relação aos polos magnéticos; 
d - R. S, Dietz denominou “expansão dos pisos oceânicos” à movimentação dos continentes; 
e - R. Ewing & B. C. Heazen, sugeriram que um sistema de cordilheiras centro-oceânicas se 
estendiam através de todos os oceânos do mundo; 
f - P. M. Hurley, determinou a idade de muitas rochas Pré-Cambrianas na África e na 
América do Sul, notando semelhança ao longo das costas destes continentes; 
g - E. Suess, notou também uma correspondência íntima entre as formações geológicas 
das terras do Hemisfério Sul, que os uniu dentro de um único continente que denominou de 
Gondwana, e para o Hemisfério Norte Laurásia. 
 
 
FATOS QUE COMPROVAM A TEORIA 
 
1 - Encontra-se uma seqüência similar das camadas de idades Triássicana África, América 
do Sul, Índia e outros continentes do Hemisfério Sul; sustentando a idéia de que o Hemisfério 
Sul era um só continente: O Gondwana; 
2 - Somente na África e na América do Sul, ocorre um répitl do Permiano, “Mesosaurus”, 
que vivia em lagos de influência marinha; 
3- A ocorrência do peixe Pirarucu somente no Brasil e na África; 
4 - Homologia Geográfica: comparação dos contornos dos continentes; 
5- Fisiografia dos fundos oceânicos, as rochas mais velhas das cadeias mesoceânicas estão 
muito afastadas da fossa tectônica, enquanto que as mais jovens encontram-se mais próximas; 
6 - As cadeias mesoceânicas acompanham as sinuosidades dos continentes; 
7 - A datação de rochas na costa da África e América do Sul, indicam a mesma idade; 
8 - Comparação das margens Leste (E) do Brasil com a Oeste (W) da África, incluíndo tipos 
de rochas, fósseis, paleoclima, paleomagnetismo, glaciações e desertos; 
9 - Associação da Assembléia Paleobiogeográfica do continente do Gondwana. 
 
 
 Ao longo do Tempo Geológico, os continentes foram se formando, juntando e 
novamente se fragmentando (Ciclo de Wilson). As primeiras áreas continentais originaram o 
continente UR, durante o período Arqueano. No período Proterozóico inferior formaram-se 
algumas áreas continentais denominadas de Arctica, Baltica e Atlantica. No período 
Proterozoico médio uniram-se a Arctica e a Baltica formando o continente Nena que por sua 
vez, no Proterozóico superior, se uniu ao Atlantica e ao UR formando o supercontinente 
 
 
 43
 
 
Rodinia. Ainda neste período o Rodinia se fragmentou em três continentes: E - 
Gondwana, W - Gondwana (Atlantica e outras placas da África) e Laurásia (Kazakistão, N 
- China, S - China e outras placas que formavam a Ásia). 
 No Início do Paleozóico, período Cambriano, uniram-se E - Gondwana e W - 
Gondwana formando o continente Gondwana. No período Carbonífero os continentes 
Gondwana e Laurásia uniram-se e formaram o segundo Supercontinente, o Pangea, rodeado 
pelo mar Pantalassa. No final do período Permiano, este supercontinente iniciou nova 
fragmentação que se concretizou no periodo Triássico, resultando novamente em dois 
continentes: o Gondwana e a Laurásia e entre eles o mar de Thethys. Ainda neste período o 
Gondwana se dividiu em 4 continentes, África-América do Sul, Austrália-Antártida, India 
e Madagascar. Durante o período Jurássico o continente Laurásia se dividiu e originou dois 
outros continentes: América do Norte e Eurásia (Europa e Ásia), e entre estes se instalou o 
Atlântico Norte. No final deste período a América do Sul e a África começaram a se 
fragmentar e separam-se definitivamente no periodo Cretáceo. No período Terciário separou-
se a Antártida da Austrália, a India chocou-se com a Ásia, formando a Cordilheira do 
Himalaia e a América do Sul ligou-se à América do Norte pelo Istmo do Panamá. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 44
 
TECTÔNICA DE PLACAS 
 
 
MECANISMO DAS PLACAS 
 
 O choque entre uma placa continental Margem Divergente “A” (América do Sul) e 
uma placa Oceânica Margem Convergente “B” (Oceano Pacífico), resultou na destruição 
das bordas de ambas as placas. A placa mais densa é empurrada para baixo (piso oceânico), 
para a astenosfera, enquanto a placa mais leve (continente) é empurrada para cima, formando 
montanhas (Ex.: Andes). Na astenosfera “C” ocorre a reabsorção dos materiais pesados, que 
constituem o piso oceânico. O local de reabsorção denomina-se Zona de Subdução “D”. 
 O resultado do choque é a formação de uma bacia profunda “E”, onde, o material 
erodido do continente é depositado nesta bacia, assim como ocorreu atividades plutônicas, 
vulcânicas e sísmicas com dobramentos e falhamentos além da formação de montanhas. Ex.: 
Andes. 
 Na Zona de Benioff (onde o piso oceânico mergulha na Astenosfera) o material é 
reincorporado ao magma, favorecendo o aumento da pressão que provoca a saída de material 
magmático pelas Fossas Tectônicas “G”, originando as Cadeias Mesoceânicas “H”. Parte 
desse material é expelido e o restante, devido a um resfriamento rápido, se acumula na 
própria fossa tectônica. Assim sempre que o material magmático sai, este pressiona as 
paredes da fossa provocando uma força expansiva e conseqüentemente o afastamento das 
placas ao longo das Cadeias Mesoceânicas. 
 O movimento do material magmático é caracterizado por diferenças de temperatura e 
pressão entre a Mesosfera, que é mais quente e tem uma pressão maior em relação a 
Astenosfera, originando assim movimentos de convecção da Mesosfera (mais quente) para a 
Astenosfera (menos quente) Correntes de Convecção “I”. Tal convecção é auxiliada pelo 
movimento de rotação terrestre e colabora com o movimento de afastamento, empurrando as 
placas. (Figura 25) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 MESOSFERA 
 
 
B Améric
a 
do Sul 
 
 Oceano Atlântico 
 
H 
G 
H 
D + 
 + 
 + 
ÁFRICA 
I I I 
C 
Oceano 
Pacífico 
ASTENOSFERA 
 
 
 45
 
 
MOVIMENTOS TECTÔNICOS 
 
 
ISOSTASIA 
 
 Dá-se o nome de isostasia, ao equilíbrio dos blocos continentais e oceânicos siálicos 
que flutuam num substrato mais denso, astenosfera, obedecendo ao princípio de Arquimedes. 
O plano de ajustamento dá-se a cerca de 50 Km de profundidade (Teorias de Airy e Pratt) 
 
 
EPIROGÊNESE X EUSTASIA 
 
 Caracteriza-se por movimentos no sentido vertical de vastas áreas continentais, sem 
perturbar localmente a disposição e a estrutura geológica das formações que compõem os 
blocos afetados por estes movimentos. Em geral, na epirogênese pode-se observar, 
simultaneamente, o levantamento de certas partes dos continentes acompanhados de 
abaixamentos de outras partes, porém sempre à custa de movimentação vertical. 
 Na realidade, a definição original de epirogênese tem sido aos poucos modificada, 
pois nas elevações continentais, estruturas do tipo arqueamentos e rupturas são verificadas, 
principalmente no passado geológico. Apesar da grande lentidão dos movimentos 
epirogenéticos (milhares de anos), seus resultados podem ser observados em muitos locais do 
planeta. Nesta observação é importante assumir o nível do mar como sendo fixo e invariável 
(nível de base). 
 O fenômeno de levantamento ou rebaixamento do nível marinho chama-se eustasia. 
A retenção de água sob forma de extensas geleiras continentais resultam num abaixamento 
no nível do mar. Por outro lado, a libertação da água pelo degelo a partir das geleiras produz 
uma sensível elevação do nível do mar. Assim quando ocorre a glaciação, o nível do mar 
baixa e se afasta do continente (regressão marinha), já no desgelo, o nível do mar se eleva e 
avança sobre o continente (transgressão marinha). 
 
 
OROGÊNESE 
 
 A orogênese é um movimento que se caracteriza sobretudo por resultar em formação 
de montanhas. Os movimentos orogenéticos são relativamente mais que os epirogenéticos e, 
quando se manifestam, geralmente deformam as camadas de rochas, na forma de grandes 
falhamentos e/ou dobramentos. 
 Outros fatores, tais como vulcanismo e erosão também podem proporcionar o 
aparecimento de montanhas. 
 
 
 
RESULTADO DOS MOVIMENTOS 
 
 Uma vez formada uma rocha,qualquer que seja, com as suas características de textura 
e estrutura próprias do ambiente em que se formou, podem ocorrer mudanças nas condições 
iniciais. Estas mudanças vão imprimir novos caracteres que poderão mascarar ou mesmo 
destruir os preexistentes. 
 
 
 46
 
Toda estrutura está sujeita a mudanças, passando de um estado inical para um final. 
Esta passagem constitui a que se chama de deformação. Os fatores que influem na 
 deformação e comportamento dos materiais naturais são: homogenidade / heterogenidade, 
isotropia/ anisotropia, descontinuidade / presença de fluidos, temperatura, pressão e tempo de 
atuação dos esforços. 
 As diaclases são trincas ou planos que tendem a separar em duas partes (ou até mais) 
um bloco de rocha primitivamente unico, ao longo do qual não se deu nenhum deslocamento 
das partes separadas. Já as falhas são fraturas nas quais ocorre um deslocamento perceptível 
das partes, o que se dá ao longo do plano de fratura. A amplitude deste deslocamento pode 
ser de milímetro até muitas centenas de metros. 
 As dobras por sua vez são os melhores exemplos de deformação plástica (feições 
ducteis). Normalmente, afetam as rochas que oferecem pouca resistência aos esforços 
aplicados. A ação mecânica deve atuar lenta e demoradamente, pois, caso contrário dar-se-ia 
a ruptura ao invés da torção (Figuras 11 e 12). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 12: Dobras em depósitos sedimentares – Chile 
Foto: Garcia & Bistrichi, 2001 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 13: Falhas em depósitos quaternários – Chile 
Foto: Garcia & Bistrichi, 2000 
 
 
 
 
 
 
 47
 
AULA 9 
 
 
VULCANISMO 
 
 
O MAGMA: É uma mistura complexa de substâncias (sílica, silicatos diversos e alguns 
óxidos) no estado de fusão, sendo umas mais ou menos voláteis, estas constituem a maior 
parte do magma, e com um elevado ponto de fusão. Localiza-se na Astenosfera (manto 
superior). 
 
PLUTONISMO: A consolidação do magma ocorre no interior da crosta terrestre, originando 
as rochas plutônicas ou intrusivas. 
 
PLÚTONS: São os corpos de rochas magmáticas consolidadas em regiões profundas da 
crosta, por ação do Plutonismo. Os Plútons podem ocorrer de duas formas: 
 
a) formas concordantes: Formam-se quando a intrusão magmática intromete-se entre os 
planos de estratificação da rocha encaixante em concordância. Os principais tipos destas 
formas são: Sil, Lacólito, Lapólito e Facólito. 
 
b) formas discordantes: São corpos intrusivos que não dependem de estratificação da rocha 
encaixante, pois a cortam discordantemente. Os principais tipos destas formas são: Dique, 
Neck, Apófise, Batólito e Stock. 
 
VULCANISMO: É a ascensão de material magmático do interior da terra até à superfície 
terrestre. Um vulcão possui um Edifício Vulcânico denominado de estrato-vulcão. Em 
profundidade situa-se a câmara magmática, partindo dela a chaminé, que é adutora do 
material vulcânico. A abertura afunilada é a cratera que se comunica com o exterior. A 
montanha é formada pelo acúmulo de fragmentos intercalados de lavas. A Cratera consta da 
boca afunilada que se forma pela explosão e verifica-se no início da atividade de certos 
vulcões. 
 
TIPOS DE ATIVIDADES VULCÂNICAS 
 
ATIVIDADES INÍCIAIS: 
- Tremores de terra 
- Formação de fendas 
- Explosão de gases e cinzas 
- Derramamento de lava de modo explosivo 
- Alternância de derrames de lavas e formação de material piroclástico. 
 
ATIVIDADE DO TIPO RÍTMICA OU ESTROMBOLIANO 
Exemplo: Vulcão Stromboli (Ilhas Lipai- Norte da Sicília) 
 
ATIVIDADE DO TIPO VULCANIANA 
Exemplo: Vulcão Vesúvio (Itália) 
 
 
 48
 
 
ATIVIDADE DO TIPO HAVAIANA 
Exemplo: Vulcões Kilauea , Mauna Loa, Mouna Keia (Havaí) 
 
ATIVIDADE DE FISSURA OU ERUPÇÃO LINEAR OU DO TIPO ISLÂNDICO 
Exemplo: Vulcão Eldaja e Laki (Islândia) 
 
ATIVIDADE OU TIPO PALEANO 
Exemplo: Vulcão Mont Pelé (Martinica) 
 
ATIVIDADE DO TIPO SUBMARINA 
Exemplo: Arquipélago dos Açores 
 
 
MATERIAIS PRODUZIDOS PELAS ATIVIDADES VULCÂNICAS 
 
GASOSO: As exalações vulcânicas são formadas por gases produzidos pelas condições 
físico-químicas do vulcão; temperatura, pressão, composição da lava e estado de selinidade 
das atividades. O vapor d’água é o mais comum, mas ocorrem outros gases como hidrogênio, 
oxigênio, dióxido de carbono, ácido clorídrico, hidróxido de enxofre, cloretos voláteis, fluor, 
sulfetos, etc. 
 
LÍQUIDO: A matéria líquida é representada pela lava, cujo comportamento após o derrame 
decorre do tipo de composição química, viscosidade e quantidade de gases. 
As Lavas são produtos sob a forma líquida ou fluida parcialmente desgaseificadas, são 
prevenientes de grandes profundidades e atingem a superfície com temperaturas entre 600 e 
1.200ºC. Os principais tipos de lavas são: lavas ácidas, lavas básicas e pillow-lava ou lava 
almofadada. 
 
SÓLIDO: Constam de fragmentos originados das rochas encaixantes que formam o cone 
vulcânico e geralmente são lançadas durante as explosões vulcânicas ou do próprio magma 
semi-solidificado ou consolidado. 
Os materiais piroclásticos são: tufo vulcânico, blocos, bombas, lapilli, cinzas e correntes de 
lama. 
 
GÊISERES: São fontes quentes que expelem água intermitantemente, havendo grande 
regularidade nos intervalos de repouso. Ocorrem em regiões de vulcanismo moderno e são 
considerados como atividades finais do vulcanismo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 49
 
SISMOLOGIA 
 
 
É o ramo da Geofísica que estuda os abalos sísmicos (terremotos), suas causas, 
conseqüências e previsões. 
 
 
SISMO OU TERREMOTO: Trata-se de uma vibração na superfície terrestre, produzida por 
forças naturais, situadas no interior do planeta a profundidades variáveis. 
 
FOCO OU HIPOCENTRO: Consta do local no interior do planeta onde se originam as 
ondas sísmicas. A maioria localiza-se a menos de 50 Km de profundidade. 
 
EPICENTRO: Consta do local na superfície terrestre, situada acima do hipocentro,onde o 
sismo apresenta a sua maior intensidade e ocorre a liberação de grande quantidade de energia. 
 
SISMÓGRAFOS: São aparelhos que detectam e registram de modo contínuo, em gráficos, 
as ondas sísmicas originadas no foco ou hipocentro. 
 
MAREMOTOS OU TSUNAMIS: Os sismos cujos os epicentros se localizam em áreas 
oceânicas originam freqüentemente ondas gigantescas que se deslocam a grandes velocidades 
arrasando as regiões costeiras quando as atinge. 
 
ONDAS SÍSMICAS: No interior do planeta ocorrem perturbações que atingem a superfície 
terrestre através das ondas sísmicas, originando os terremotos (sismos). A velocidade das 
ondas sísmicas varia diretamente com a rigidez das rochas e inversamente com a densidade. 
 
Ondas P ou Primae: são ondas rápidas, longitudinais, propagam-se em profundidade e 
chegam em primeiro lugar ao epicentro. 
 
Ondas S ou Secundae: ondas transversais com menor velocidade que as ondas P e 
propagam-se em profundidade, chegam em segundo lugar e caracterizam por não se 
propagarem em meios fluidos. 
 
Ondas L ou Longae: são ondas superficiais, que se originam a partir das ondas P e S. São 
mais rápidas nos pisos oceânicos que nos continentes e ocasionam as maiores destruições na 
superfície terrestre. 
 
CAUSAS DOS SISMOS 
 
CAUSAS ATECTÔNICAS: 
Desmoronamentos Internos Superficiais provocam sismosde pouca intensidade, são 
locais e atectônicos. 
 Exemplos: Podem ser provocados pelo desmoronamento do teto de cavernas 
profundas, pela dissolução de rochas através de águas subterrâneas. 
O colapso de parte do edifício vulcânico pode provocar abalos, devido ao vazio 
formado pela saída de grande quantidade de lava, formando caldeiras de abatimento. 
 
 
 
 50
 
 
Acomodação de sedimentos, pelo próprio peso, como em locais onde existem 
camadas espessas de argila, que é uma rocha lisa e escorregadia. 
Os abalos sentidos em São Paulo (Av. Paulista) e a oscilação sentida nos últimos 
andares dos prédios. 
 
CAUSAS VULCÂNICAS: 
As atividades vulcânicas podem originar sismos locais de pequena intensidade. São 
provocados por explosões internas, colapsos ou acomodações verificadas nos vazios 
resultantes da explosão vulcânica. 
Geralmente as erupções vulcânicas são antecedidas por sismos, que se originam 
devido à força com que os gases e o magma se deslocam até à superfície terrestre. 
 
CAUSAS TECTÔNICAS: 
São responsáveis pelos grandes sismos, com focos e epicentros em regiões sujeitas a 
vulcanismo recente, tectonicamente instáveis, com levantamentos, dobramentos e 
falhamentos. 
Os movimentos tectônicos profundos provocam a maioria dos sismos, sendo que 42 
% se localizam na orla do Pacifíco “círculo do fogo”. 
A causa principal dos grandes sismos (os mais catastróficos), cujos focos se 
encontram ao longo da Zona de Benioff, onde ocorre o acúmulo de energia devido as forças 
tectônicas das placas (convergente e divergente). Como os focos estão próximos à superfície 
terrestre, acarretam na formação de falhas por esforços preferenciais que atuam sobre as 
rochas nas áreas de instabilidade tectônica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 51
 
AULA 10 
 
NOÇÕES DE CARTOGRAFIA 
 
 
ESCALAS NUMÉRICAS E GRÁFICAS 
 
Escalas de mapas: a representação total ou parcial da superfície terrestre é feita através de 
cartas ou mapas topográficos, onde se inclui a aplicação de princípios de escalas. 
 
Escala: é uma relação matemática que indica quantas vezes as dimensões reais do 
terreno são maiores que as dimensões representadas na carta. Indica quantas vezes a realidade 
que estamos representando no papel, foi reduzida. Portanto, a escala é o quociente entre as 
distâncias medidas sobre o mapa e as correspondentes distâncias reais sobre o terreno. 
 
a) Escala Numérica: é a forma fracionária de indicação. Os valores são 
apresentados numa razão (1 / 100.000) ou proporção (1:100.000), onde cada 1 cm do 
papel equivale a 100.000 cm no terreno, ou seja 1 Km, conforme representação 
abaixo: 
 
1 0 0 . 0 0 0 
 Km hm dam m dm cm 
 
b) Escala Gráfica: permite medir as distâncias nos mapas. É uma reta dividida em 
partes iguais, onde cada divisão corresponde a certo número de metros ou 
quilômetros, dependendo da escala, mostrando a relação com as dimensões do terreno. 
 
Ex.: Escala Numérica: 1:3.000.000 onde cada 1cm equivale a 30 Km, representamos 
gráficamente da seguinte forma. 
 
 1 cm 
 
 
 30 0 30 60 90 Km 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 52
EXERCÍCIOS 
 
 
1) Interprete a transforme em escala numérica (m e Km) as unidades de comprimento abaixo: 
a - 1:50:000________________________________________________________________ 
b - 1:15.000.000 _____________________________________________________________ 
c - 1:800.000________________________________________________________________ 
d - 1:5.000.000______________________________________________________________ 
e - 1:75.000_________________________________________________________________ 
f - 1:1.000 _________________________________________________________________ 
g - 1:100.000 _______________________________________________________________ 
h - 1:500 ___________________________________________________________________ 
i - 1:600.000________________________________________________________________ 
j - 1:14.000_________________________________________________________________ 
k - 1:100____________________________________________________________________ 
l - 1:2.500__________________________________________________________________ 
m - 1:10.000.000.000_________________________________________________________ 
n - 1:980.000________________________________________________________________ 
o - 1:45_____________________________________________________________________ 
 
 
2) Construa uma escala gráfica correspondente à escala 1:13 Km, onde cada segmento 
represente 10 Km. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3) Dada a escala numérica de 1:500.000 construa uma escala gráfica em quilômetros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
4) Dada a escala gráfica abaixo, transforme-a em escala numérica. 
 
 1cm 
 
 
 1 0 1 2 3 Km 
 
 
 
 
 
 53
 
5) Desenhe uma planta do Laboratório seguindo as seguintes instruções: 
 
a) Escala numérica: 1:100 
b) Represente na planta a posição exata das portas e janelas. 
c) As dimensões do Laboratório são: 
• 5 metros de largura 
• 10 metros de comprimento 
• 4 metros de janela 
• 80 centímetros de porta 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 54
 
6) Desenhe outra planta na escala 1:200, utilizando as mesmas medidas do exercício anterior: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7) Qual a diferença entre as duas plantas? Qual a escala maior? O que você conclui? 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
________________________________________________________ 
 
 
 
 
 55
 
 
CURVAS DE NÍVEL OU ISÓPACAS: são linhas que unem pontos de mesma altitude, 
representadas nos mapas topográficos. Fornecem a idéia da conformação altimétricaou 
relevo da superfície terrestre. As altitudes dos pontos são chamadas cotas, e é por meio delas 
que se distiguem as elevações das depressões. As cotas podem ser determinadas através do 
nível do mar ou qualquer outro nível de referência. 
 
EQÜIDISTÂNCIA: é a distância vertical entre as curvas de nível, em metros. 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
 
1) O que são Curvas de Nível? O que representam? 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
 
2) Calcular a Equidistância das Curvas de Nível e traçar os perfis topográficos nas 
figuras abaixo usando a escala vertical 1:100. 
 
a) Equidistância: _____________________ b) Relevo:_______________________ 
 
 
 
 
 
 
 A B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.300 
900 
 
 
 56
B) Utilizando a escala vertical de 1:5000 
 
a) Equidistância: _____________________ b) Relevo:______________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1500 
1.100 
 
 
 57
 
C) Utilizando a escala vertical de 1:10.000 
 
 
a) Equidistância: ______________________ b) Relevo:_____________________ 
 
 
 
 400 
 
 
 
 
 A B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
100 
400 
 
 
 58
 
D) Utilizando a escala vertical de 1:100.000 
 
a) Equidistância:____________________ b) Relevo:___________________________ 
 
 
100 200 300 400 500 300 200 100 300 400 500 400 300 200 400500 400 300 200 100 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 59
 
 
 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 
 
 
1-ABREU, S.F. 1978. Recursos Minerais do Brasil - Editora Edgard Blücher Ltda - Vol. I 
e II -SP. 
2-AUBOUIN, J.; BROUSSE, R.; LEHMAN, J. P. 1981. Petrologia - Ediciones Omega, 
S.A. - Barcelona. 
3-BIGARELLA, J.J.; LEPREVOST, A.; BOLSANELLO, A. 1985. Rochas do Brasil - 
Livros Técnicos e Científicos Editora S.A. - RJ. 
4 -BOLSANELLO, A. 1972. Minerais e Sua Pesquisa - Livros Irradiantes S.A. - São Paulo. 
5 -BORGES, F. S. 1980. Elementos de Cristalografia - Fundação Calouste Gulbenkian - 
Lisboa. 
6 -BRANCO, P.M. 1982. Dicionário de Mineralogia - Editora Sagra - Porto Alegre - R.S. 
7 -BRANCO, P.M. 1992. Glossário Gemológico - Editora Sagra - Porto Alegre – RS. 
8- BRIAN, J.S. 1970. Recursos Minerais da Terra.Editora Edgard Bluncher Ltda- São Paulo. 
139p. 
9 -BRINKMANN, R. 1964. Geologia Geral - Fundação Calouste Gulbenkian – Lisboa. 
10 -CHESTERMAN, C.W. & LOWE, K.E. 1979. Field Guide to North American Rocks 
and Minerals - The Audubon Society - New York. 
11-CHIOSSI, N. J. 1983. Geologia Aplicada à Engenharia - Editora USP - Escola 
Politécnica - 3ª Ed. - S.P. 
12-CLARKE, S.P. 1973. Estrutura da Terra - Série de Textos Básicos de Geociências 
- Editora Edgard Blücher Ltda e EDUSP - SP. 
13-COSTA, J. B. 1962. Estudo e Classificação das Rochas por Exame Macroscópico - 
Fundação Calouste Gulbenkian - Lisboa. 
14-DANA, H. 1983. Manual de Mineralogia - Livros Técnicos e Científicos - Editora 
Edgard Blücher Ltda e EDUSP - SP. 
15-DEER, W. A.; HOWIE, R. A.; ZUSSMAN, J. 1965. Minerais Constituíntes das 
Rochas, uma Introdução - Fundação Calouste Gulbenkian - Lisboa. 
16-EICHER, D. L. 1982. Tempo Geológico - Série de Textos Básicos de Geociências - 
Editora Edgard Blücher Ltda e EDUSP - SP. 
17-FALCÃO-BAUER, L. A. 1982. Materiais de Construção-Livros Técnicos e Científicos 
S.A. - 2ª Ed. - RJ. 
18-FONT-ALTABA, M.1975. Atlas de Mineralogia - Ediciones Jover S.A. - Barcelona. 
19-FRANCO, R.R. 1962. Noções de Mineralogia e Geologia - Editora do Brasil S.A. - SP. 
20-GARCIA,M.J.1990.Elementos de Mineralogia e Petrologia. Lab. de Geociências. 
Apostila – Universidade Guarulhos. 
21-GASS, I. G. & PAQUET, J. 1986. Geologia, Objeto e Métodos - Editora 
Almedina -Coimbra. 
22-GASS, I. G.; SMITH, P. J.; WILSON, R. C. L. 1984. Vamos Compreender a Terra - 
Editora Almedina - Coimbra. 
23-HARVEY, S. C. 1987. Geologia para Ingenieros Geotécnicos - Mariega Editores 
Editorial Limusa - México. 
24-HOCHLEITNER, R. 1983. Minerales y Rocas - Una Guía de Identificación - 
Ediciones Omega S.A. - Barcelona. 
25-INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS - IPT. 1990. Catálogo das 
Rochas Ornamentais do Estado de São Paulo - SP. 
26-LEINZ, V. & AMARAL, S.F. 1975. Geologia Geral - Cia. Editora Nacional - SP. 
 
 
 60
27-LEINZ, V. & CAMPOS, J.E.S. 1979. Guia para determinação de Minerais - Cia. 
Editora Nacional - SP. 
28-LEPREVOST, A. 1978. Minerais para a Indústria - Livros Técnicos e 
Científicos Editora S.A. 
29-MELENDEZ, B. & FUSTER, J.M. 1978. Geologia - Editora Paraninfo S.A. - Madrid. 
30-MITCHELL, R. S. 1985. Dictionary of Rocks - Van Nostrand Reinhold Company - 
New York. 
31-MOTTANA, A.; CRESPI, R.; LIBORIO, G. 1977. Minerali y Rocce - Arnoldo 
Mondadori Editore. 
32-POPP, J.H.1998.Geologia Geral-Livros Técnicos e Científicos-Editora Rio. 5ª Edição. 
33-RODRIGUES, J. C. 1976. Geologia para Engenheiros Civis - Editora McGraw - 
Editora do Brasil Ltda - SP. 
34-SCHUMANN,W. 1982.Gemas do Mundo-Livro. Téc. S.A.- Ind. e Comércio S.A. - RJ. 
35-SCHUMANN, W. 1985. Rochas e Minerais - Livro TécnicoS. A. - Indústria e 
Comércio S.A. - RJ. 
36-SKINNER, B. J. 1970. Recursos Minerais da Terra - Série de Textos 
 Básicos de Geociências - Editora Edgard Blücher Ltda e EDUSP - SP. 
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field identification - Golden Press - New York. 
38-SUGUIO, K. 1973. Introdução à Sedimentologia - Editora Edgard Blücher Ltda e 
EDUSP-SP. 
39-SUGUIO, K. 1980. Rochas Sedimentares - Editora Edgard Blücher Ltda e EDUSP - SP. 
40-SUGUIO, K. 1998. Dicionário de Geologia Sedimentar- Ed. Bertrand Brasil- RJ. 1217p. 
41-SUGUIO, K. 2003. Geologia Sedimentar- Editora Edgard Blücher Ltda- SP. 399p. 
42-TEIXEIRA, W.; TOLEDO, M.C.M.; FAIRCHILD, T.R.; TAIOLI, F. 2000. Decifrando a 
Terra. Oficina de Textos (Ed.). 557P 
43- ZIM, H.S.; SHAFFER, P.R.; PERLMAN, R. 1957. Rocks and Minerals - Golden 
Press - New York.

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