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Sociedade, Estado e Poder

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Ciência Política e Direito Constitucional I
Professora: Janaína Régis da Fonseca
A Sociedade e o Estado
1. Noções de Sociedade e Estado:
Comunidade: (comum+unidade); indivíduos unidos em torno de um bem comum, de um objetivo singular, com ideal de ajuda mútua.
Sociedade: simplificadamente, sociedade é ordenamento dos relacionamentos humanos que se sobrepõe a outras opiniões. Organização político filosófica que orienta a luta entre os seres humanos pelo poder econômico, social e político.
2. Teorias que explicam a origem da sociedade:
Diante da complexidade que envolve o conceito de sociedade, algumas considerações são necessárias, a saber:
Etapas de Desenvolvimento social (Karl Marx e Friederich Engels):
- Comunismo primitivo;
- Sociedade antiga ou escravista;
- Sociedade feudal;
- Sociedade capitalista.
Observação: sociedade de consumo e desigualdade social.
Elementos característicos da sociedade:
Finalidade ou valor social: 
A sociedade alcança seus objetivos por meio de três possibilidades concretas: 
A cooperação: unificando esforços para a obtenção de uma finalidade; 
A agressão: as finalidades perseguidas são diversas, assim como os métodos para conquista-las; 
Neutralidade ou indiferença: o ser humano seria alheio à sorte de seus semelhantes.
Manifestações de conjunto ordenadas:
Para que uma sociedade atinja a estabilidade, se faz necessário a organização de comportamentos humanos, dirigidos à procura de alguns objetivos básicos.
Nas sociedades onde o uso da violência prevalece, fica mais difícil alcançar os anseios sociais.
Poder social:
Todas as sociedades perseguem a meta de garantir que a posse das coisas seja em certa medida estável, sem estar sujeita a desafios constantes e ilimitados.
É difícil enxergar condições de desenvolvimento senão se determina um processo produtivo, pois uma sociedade que não gera bens de consumo está condenada à extinção.
Uma sociedade onde as desigualdades sociais e as condições de miserabilidade são constantes será uma sociedade propensa a conflitos sérios, inclusive envolvendo violência física.
Observação: A sociedade deve buscar o bem comum.
Entende-se por bem comum o “conjunto de todas as condições de vida social que consistam e favoreçam o desenvolvimento integral da personalidade humana” (Papa João XXIII – Encíclica Pacem in Terris). 
Para o alcance do bem comum é necessário que exista um ordenamento preestabelecido, um conjunto de valores e de fins compartilhados (os textos normativos), que expressarão o poder social.
O poder determinante na sociedade é o poder do Estado, fruto da organização política, da construção de uma institucionalidade governamental e de um processo de auto regulação normativa das atividades diversas de seus membros, considerados pessoas e cidadãos, em busca de metas previamente definidas. 
3. Estado-Poder e Estado-Sociedade:
Estado-Sociedade: o Estado é um fato social, estudado a partir de seus elementos de origem, composição e características de seu povo, com base na sociologia, antropologia e psicologia social.
Estado-Poder: o Estado é um fenômeno normativo. Daí a utilização da expressão Estado para designar o governo, os órgãos executivos, legislativo e judiciário, a polícia e as repartições burocráticas. Estudado com base na sua capacidade de exercer soberania, nacional e internacionalmente.
Conceito de Estado: poder institucionalizado, que deve sempre garantir a liberdade do homem, de acordo com seus desejos legítimos, mediante regras preestabelecidas. É igualmente centro de decisões e de comportamentos ou impulsos, visando à realização das finalidades humanas.
Características do Estado (matrizes mínimas e irredutíveis de atuação Estatal):
1. Centralização do Poder;
2. Institucionalização: a autoridade não se pode confundir com a pessoa que a exerce;
3. Coercibilidade: administra a justiça e possui o monopólio da força;
4. Autonomia: capacidade de alcançar os objetivos gerais como o bem-estar social, a manutenção da paz e da segurança da sociedade e na sociedade;
5. Sedentariedade: território e espaço físico de atuação.
4. Evolução histórica do Estado:
Teorias sobre a origem do Estado:
Teorias que abordam a origem do Estado a partir da existência de uma sociedade “pura e simples”. Inicio do Estado através da manifestação da vida social.
a. Teoria que expressa que o Estado sempre existiu:
Estado e sociedade se confundem. Não há como separar o surgimento do Estado da origem e do desenvolvimento da sociedade, tendo em vista a necessidade de organização imposta pelo desenvolvimento social.
Teoria que sustenta que o Estado aparece em determinado momento da história da sociedade:
O Estado, como sociedade organizada institucionalmente a partir de normas obrigatórias e cogentes (imperativas), aparece em um determinado momento da evolução humana.
A primeira dessas teorias esboça o contrato social, e evolui historicamente.
Nesta visão, o surgimento do Estado está atrelado à propriedade privada e às condições de apropriação daquilo que a princípio era tido como bem comum.
Teoria que sustenta que o Estado se origina com o aparecimento de suas características essenciais: 
As hostilidades causaram sérios problemas econômicos e demográficos na Europa Central e tiveram fim com a assinatura, em 1648, de alguns tratados que, em bloco, são chamados de Paz de Westfália.
A partir da assinatura desse tratado, definiu-se os elementos do Estado, quais sejam: a soberania, o povo e o território.
Surgimento de novos Estados a partir de Estados preexistentes.
a. Descolonização:
Potência (ou metrópole) x colônia: a metrópole, através da força, domina a colônia que perde sua soberania.
Observação: 1960 (respaldo da ONU, que adotou a Resolução nº 1514, denominada “Declaração de Outorga da Independência aos Países e aos Povos Coloniais”).
Separação: 
Desmembramento de um território ou Estado, para constituir novo Estado.
c.	União de Estados:
Vários Estados ou territórios, com identidade de características, podem unificar-se constituindo nova soberania, novo povo e novo território.
d.	Formas atípicas:
Exemplo: Estado de Israel; Estado da Cidade do Vaticano. 
5. Os elementos constitutivos do Estado:
Soberania: 
A soberania é o exercício da autoridade que reside num povo e que se exerce por intermédio dos seus órgãos constitucionais representativos. 
A soberania é entendida, também, como a dignidade estatal, ou seja, a capacidade de autodeterminação interna e de independência de atuação na sociedade internacional.
Território:
É o espaço em que o poder do Estado pode desenvolver sua atividade específica, que é o poder público.
Povo:
Conceito sociológico: agrupamento humano com cultura semelhante (língua, religião, tradições) e antepassados comuns; supõe certa homogeneidade e desenvolvimento de laços espirituais entre si.
Conceito político-jurídico: conjunto de indivíduos submetidos às mesmas leis. São os súditos das leis ou os cidadãos de um mesmo Estado e sua aceitação como elemento essencial para a constituição e existência do Estado é unânime. Um conceito simplificado é dado por aqueles que consideram o povo como o conjunto de cidadãos de um Estado. Para fazer parte de um povo, é preciso ser cidadão, ou seja, que possuam direitos e deveres que permitam a esse indivíduo participar da formação da vontade do Estado. Povo é, portanto, um elemento constitutivo necessário a existência do Estado.
Finalidade do Estado:
O Estado deve buscar o bem comum de seus indivíduos.

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