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Ciência Política e Direito Constitucional I
Professora: Janaína Régis da Fonseca
O Poder
1. Noções e Objetivos do Poder 
Conceito: é a faculdade de tomar decisões em nome da coletividade. 
A energia básica que anima a existência de uma comunidade humana num determinado território, conservando-a unida, coesa e solidária.
Pressupõe força e a competência (legitimidade oriunda do consentimento). 
Poder de fato: baseado unicamente na força. 
O primeiro aspecto que este poder exerce sobre a Sociedade é o aspecto coercitivo (dominação e emprego frequente de meios violentos para impor a obediência). 
Poder de direito: baseado na competência e no consentimento dos governados. 
O Estado moderno resume basicamente na passagem de um poder de pessoa a um poder de instituições, de poder imposto pela força a um poder fundado na aprovação do grupo, de um poder de fato a um poder de direito.
2. Auto-organização Estatal:
Conceito: é a capacidade do Estado em se organizar jurídica, política e socialmente.
Para que exista Estado, é necessário que o poder social seja capaz de criar ou modificar por direito próprio e originário uma ordem constitucional.
É necessário, ainda, um instrumento autônomo de poder financeiro, policial e militar com capacidade organizadora e regulamentadora, aí existirá o Estado.
3.Unidade e/ou indivisibilidade do Poder:
Conceito: somente pode haver um único titular desse poder, que será sempre o Estado como pessoa jurídica. 
O poder do Estado na pessoa de seu titular é indivisível: a divisão só se faz quanto ao exercício do poder, quanto às formas básicas de atividade estatal.
Observação: três poderes.
4.Noção de Soberania:
Conceito: é o mais alto poder do Estado, a qualidade de poder supremo (suprema potestas), e apresenta duas faces distintas: a interna e a externa.
Soberania interna: Imperium que o Estado tem sobre o território e a população e a superioridade do poder político frente aos demais poderes sociais, que lhe ficam sujeitos, de forma mediata ou imediata.
Soberania externa: manifestação independente do poder do Estado perante outros Estados.
5.Soberania nacional e Soberania popular:
Conceito: para as correntes de fundo democrático, a soberania provém da vontade do povo (teoria da soberania popular) ou da nação propriamente dita (teoria da soberania nacional). 
Teoria da soberania nacional: cresceu a partir de ideias político-filosóficas que fomentaram o liberalismo e inspiraram a Revolução Francesa. Rousseau foi o mais destacado expoente. Sustenta que a nação é a fonte única do poder de soberania. O órgão governamental só o exerce legitimamente mediante o consentimento nacional. Assim, a soberania é originária da nação, no sentido estrito de população nacional (ou povo nacional), não do povo em sentido amplo. 
Exercem os direitos de soberania apenas os nacionais ou nacionalizados, no gozo dos direitos de cidadania, na forma da lei. 
Não há que confundir a "teoria da soberania popular", que amplia o exercício do poder soberano aos alienígenas residentes no país.
A soberania, na Escola Clássica, é UNA, INDIVISÍVEL, INALIENÁVEL e IMPRESCRITÍVEL.
UNA porque não pode existir mais de uma autoridade soberana em um mesmo território.
INDIVISÍVEL, seguindo a mesma linha de raciocínio que justifica a sua unidade.
INALIENÁVEL, por sua própria natureza. A vontade é personalíssima: não se aliena, não se transfere a outrem.
IMPRESCRITÍVEL, no sentido de que não pode sofrer limitação no tempo. Uma nação, ao se organizar em Estado soberano, o faz em caráter definitivo e eterno. Não se concede soberania temporária, ou seja, por tempo determinado.
Teoria da soberania popular: teve como precursores os teólogos e canonistas da chamada Escola Espanhola, a partir da doutrina do direito divino sobrenatural, firmaram que o poder público vem de Deus e se infunde na inclusão social do homem e a consequente necessidade de governo na ordem temporal. 
O poder civil corresponde com a vontade de Deus, representada pela vontade popular.
6. Legalidade e legitimidade do Poder Político:
Conceito de Princípio da Legalidade: trata-se da observância das leis, isto é, o procedimento da autoridade de acordo com o direito estabelecido. Noção de que todo poder estatal deverá atuar sempre de conformidade com as regras jurídicas vigentes. 
Conceito de Princípio da Legitimidade: capacidade de aplicação da legalidade. A legitimidade do Estado Democrático será sempre o poder contido na constituição, exercido conforme as crenças, os valores e os princípios da ideologia dominante.
7. Autoridade e Liberdade:
Autoridade como o poder exercido pelo Estado;
Liberdade como o bem maior do cidadão.
8. A Sociedade como titular e destinatária do poder:
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
A Finalidade do Estado
Finalidade do Estado:
A Finalidade do Estado pode ser objetiva ou subjetiva.
Conceito de finalidade subjetiva: leva em conta a vontade dos integrantes do Estado, pois a partir do momento que a vontade humana resolveu formar o Estado, este ente não poderá ter outra finalidade, se não àquela buscada pelos seus integrantes. A finalidade do Estado, portanto, seria a identidade entre os interesses do próprio Estado com os interesses particulares. 
Conceito de finalidade objetiva: aquela buscada pelo Estado condicionada a determinado período histórico e cultural. Cada Estado possui fins específicos e particulares, dependendo do interesse e das peculiaridades de cada um. 
2. Finalidade Subjetiva (entre Estado e indivíduos):
São três finalidades entre Estado e indivíduos: expansiva, limitada e relativa. 
3. Finalidade Expansiva:
Conceito: o Estado buscaria se expandir, de forma que fosse alcançado o máximo desenvolvimento material, concedendo às pessoas condições de bem-estar, e de outro lado, o Estado deveria se expandir de forma ética, para se criar um Estado moral.
Pontos desfavoráveis: o indivíduo poderia ser tolhido de sua liberdade individual, e da mesma forma, ao se buscar um Estado moral, corre-se o risco do Estado se tornar um ditador de regras e costumes, induzindo as pessoas a obedecerem, anulando, pois, cada indivíduo. 
4. Finalidade Limitada
Conceito: o Estado atuaria da forma menos intervencionista possível, de forma que os próprios indivíduos possam, utilizando a sua liberdade alcançar o bem-estar e o desenvolvimento. Função de vigilância do Estado, mantendo a segurança e a ordem. Estado-polícia, que vai interferir na liberdade dos indivíduos na medida em que houver perturbações à segurança e à ordem.
5. Finalidade Relativa
Conceito: o Estado deve conservar, ordenar e ajudar a sociedade, pois os indivíduos, no relacionamento com seus semelhantes, evoluem cada vez mais as relações de solidariedade, não precisando que o Estado interfira além do que as três funções principais. A Sociedade possibilita os meios de formação da cultura e da convivência dos indivíduos, e não o Estado. A este último caberá só vai interferir para garantir que as atividades dos indivíduos se deem de acordo com esse direcionamento. Estado assegurando aos indivíduos a igualdade, não somente jurídica, que implica igualdade perante a lei, mas também a igualdade de condições iniciais, para que todos os indivíduos possuam uma mesma oportunidade.

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