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Psicomotricidade Prof. Marcelo Grandini Spiller 3º termo de Fisioterapia 2016.1 1 Outros conceitos de Psicomotricidade 2 CONCEITOS Psicomotricidade é o campo transdisciplinar que estuda e investiga as relações e as influências recíprocas e sistêmicas entre o PSIQUISMO e a MOTRICIDADE Integra o conjunto do funcionamento mental (sensações, percepções, emoções, imagens, medos, projeções, ideias, construções mentais Conjunto de funções que permitem a expressão do ser humano através do movimento (músculos, ossos, SNC, cognição..) Psicomotricidade é uma concepção de MOVIMENTO ORGANIZADO e INTEGRADO em função das experiências vividas pelo sujeito, cuja ação é resultante de sua INDIVIDUALIDADE, sua LINGUAGEM e sua SOCIALIZAÇÃO CONCEITOS Psicomotricidade é a INTERAÇÃO de diversas FUNÇÕES NEUROLÓGICAS, MOTRIZES E PSÍQUICAS. É a educação do movimento, ou por meio do movimento, que provoca uma MELHOR UTILIZAÇÃO das capacidades psíquicas. CONCEITOS Primeiramente a PSICOMOTRICIDADE fixava-se somente no desenvolvimento motor; mais tarde estudou a relação entre o desenvolvimento motor e intelectual da criança, e só agora estuda a lateralidade, estruturação espacial, orientação temporal e sua relação com o desenvolvimento intelectual da criança. A Psicomotricidade contribui de maneira expressiva para a formação e estruturação do esquema corporal. Objetivo principal: incentivar a prática do movimento em todas as etapas da vida de uma criança. Histórico da Psicomotricidade 8 História do corpo; Como explicar as emoções e as sensações do corpo? Qual a relação entre corpo e alma? Por que diferenciá-los? Histórico da Psicomotricidade Grécia Antiga: Homero exaltava o corpo físico; Nos estádios, nos lugares de culto, no mármore ou nas cores. Sócrates e Platão: enfoque na imortalidade da alma; Corpo como lugar transitório da alma imortal; Educação do espírito e do corpo está em alimentá-lo e mexê-lo a cada momento; Preocupavam-se com a moral e com a ética. Aristóteles: mais racionalista que Platão. Corpo é matéria moldado pela alma; A alma é que põe o corpo em movimento; A alma é a forma do corpo; O homem é matéria e forma, elementos inseparáveis do Ser. – “Função da ginástica para melhorar o desenvolvimento do espírito”. – “ dar graça, vigor e educar o corpo”. Séc. XVIII – Descartes: acentua a dicotomia Corpo x Alma; Corpo = uma coisa externa; Alma = pensante por natureza. “É evidente que eu, minha alma, pela qual sou o que sou, é completa e verdadeiramente diferente do meu corpo, e pode ser ou existir sem ele.” (René Descartes, 1979) Corpo X Alma - – O famoso Dualismo cartesiano “Penso, logo existo.” Séc. XIX - Maine de Biran (psicólogo): – Identifica o movimento como um componente essencial do Eu; – Difere de Descartes, com a ideia de que a alma precisa do corpo para assumir sua intencionalidade. • Pavlov (1849/1936): o estudo sobre a relação estímulo x – Desenvolve resposta. Brodmann, Broca e Wernick (séc. XIX): – Período Localizacionista - o objetivo era o mapeamento do cérebro; Paradigma “anátomo-clínico” :atribuía a cada sintoma uma lesão focal no cérebro correspondente (relação direta e de causalidade entre a lesão e os sintomas); Dão origem ao campo psicomotor correspondem a um enfoque totalmente neurológico. Brodmann: Cerebral - numerando as áreas Mapeamento corticais; Homúnculo de Peinfeld - nos mostra o corpo representado no cérebro, de cabeça para baixo na parte superior e externa, em ambos os lados, perto da fissura de Rolando, com representação motora na frente e sensitiva atrás. – O Corpo era visto como uma máquina. Breve histórico da Psicomotricidade Neurofisiologia: – Verificavam que a correspondência entre centro função não explicava certas disfunções cortical e graves; Charcot - 1888 (considerado um dos primeiros psiquiatras do mundo): Pesquisa o surgimento do inconsciente; Definido de maneira rigorosa por Freud. Sherington (1906) na neurofisiologia e Dupré (1907) na neuropsiquiatria Infantil quebram antigos paradigmas. Sherington: – Descreve a ação integrada do Sistema Nervoso - seu papel na regulação das condutas de um organismo em interação com o meio. o paradigma de Pavlov: estímulo x – Questiona resposta . Sherington: –Ocorpoé visto como uma máquinaem funcionamento (preocupação emcomo a estrutura funciona). A teoria do reflexo já não permitirá compreender o funcionamento do organismo. O organismo isolado é diferente do organismo numa situação. Ernest Dupré (1907): Síndrome da “debilidade motora”: Sincinesias - movimentos involuntários que acompanham uma ação; Paratonias - incapacidade para relaxar voluntariamente uma musculatura; Inabilidades, sem que sejam atribuídos a eles danos ou lesão localizada. – Correlaciona motricidade e inteligência (paralelismo). Freud: – Compreensão do inconsciente e conceitos como transferência, pulsão vêm a somar para que o olhar psicomotor veja para além do corpo órgão. Transferência é o deslocamento do sentido atribuído a pessoas do passado para pessoas do nosso presente. Pulsão = impulso energético interno que direciona o comportamento do indivíduo. Freud: O conceito de alteridade, de subjetividade mostram o corpo como sendo único, singular, resultado de todas as experiências sensório-motoras no contexto da relação com o outro. Alteridade = todo o homem social interage e interdepende do outro. Subjetividade = espaço íntimo do indivíduo, ou seja como ele 'instala' a sua opinião ao que é dito (mundo interno) com o qual ele se relaciona com o mundo social (mundo externo). No Brasil a Psicomotricidade chega nos anos de 1975/76; Ramain, Françoise Desobeau e André Simone Lapierre. Em 1980 a famosa reunião de Araruama fez surgir a Sociedade Brasileira de Psicomotricidade. Psicomotricidade no Brasil Em 1990 é aberta a primeira graduação em Psicomotricidade no Brasil (RJ - IBMR). • Em 1998 a SBP dá entrada legalização da profissão de psicomotricista, no pedido de tramitando até hoje, sob diversas roupagens. Psicomotricidade no Brasil FIM
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