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DOGMTICA JURDICA (1)

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1 
DOGMÁTICA JURÍDICA - II 
 
 
 
I - Ciência do Direito e Dogmática Jurídica: 
 
- A Ciência do Direito estuda o fato jurídico em todas as suas manifestações e 
momentos. Há porém, possibilidades de se circunscrever o âmbito da Ciência Jurídica no 
sentido de serem estudas as regras ou normas já postas ou vigentes. A Ciência do 
Direito, enquanto se destina ao estudo sistemático das normas, ordenando-se segundo 
princípios, e tendo em vista a sua aplicação, toma o nome de Dogmática Jurídica, que é 
como a teoria positiva do Direito; 
 
- O jurista, quando interpreta um texto e tira conclusões, coordenando-as e 
sistematizando-as, segundo princípios gerais, visa ao problema da aplicação. É nesse 
trabalho que consiste principalmente a Dogmática Jurídica; 
 
- Qual a razão de ser do nome Dogmática Jurídica? Muitas confusões surgem pelo uso 
da palavra “dogmático”, por ser entendido como aquilo que deve ser aceito, sem 
discussão, das verdades jurídicas, como se tratasse de regras absolutas e infalíveis. 
Toma-se erroneamente a palavra “dogma” como uma imposição à inteligência e uma 
violação aos valores da consciência; 
 
- O emprego do termo "Dogmático Jurídico” tem a sua explicação no seguinte fato: o 
Código Civil ou o Código Penal são posições normativas, das quais temos de partir para 
a atividade prática. As regras jurídicas são dogmas, portanto não podem ser contestadas 
na sua existência, se formalmente válidas. Pode haver discussões quanto ao seu alcance e 
eficácia, mas ninguém poderá excusar-se alegando ignorar o texto da lei ou por ser 
contrário aos seus objetivos; 
 
- O ato de legislar não é obra de jurista. A função legislativa é eminentemente política, 
implicando o Direito como uma de suas conseqüências. Feita a lei, revelado o Direito 
através da fonte legal, temos um documento do qual não podemos prescindir. O jurista 
constrói um sistema lógico, tendo como ponto de partida essas posições normativas que 
operam no espaço e no tempo. O jurista encontra, portanto, um sistema de normas e que 
essas normas são “dogmas”, no sentido já esclarecido. Realiza, a partir daí, um trabalho 
cientifico, onde a sua investigação consiste na interpretação, aplicação e integração das 
normas, obedecendo a princípios lógicos, para que elas possam satisfazer às exigências 
sociais sem que haja contradições internas no sistema; 
 
 
 
 
 2 
- A regra jurídica, uma vez posta ou positivada, produz efeitos de maneira autônoma, 
atingindo não raro certos objetivos que jamais haviam sido previstos por aqueles que as 
editaram, o que demonstra que a pesquisa do jurista implica imaginação e criatividade. É 
uma tarefa que não tem a segurança e a certeza dos que se dedicam a investigações em 
laboratórios ou às formalizações matemáticas, mas que tem a certeza compatível com a 
complexidade dos fatos sociais. Os juristas não têm que ter a preocupação de reduzir a 
Ciência do Direito a números e quantidades, deverão prevalecer os critérios qualitativos; 
 
II - Conceito e classificações do Direito positivo: 
 
a) Conceito: 
- Direito positivo é um conjunto de normas, ditadas por uma sociedade, que tem por 
finalidade disciplinar e proteger todas as suas atividades; 
 
b) Direito Público e Direito Privado: 
- Toda ciência, para ser estudada, precisa ser dividida e ter suas partes claramente 
discriminadas. A primeira divisão que encontramos na história do Direito é a feita pelos 
romanos, entre Direito Publico e Direito Privado, segundo o critério da utilidade pública 
ou particular da relação, sendo que o primeiro diria respeito às coisas do Estado, 
enquanto que o segundo seria pertinente ao interesse de cada um; 
 
- Existem outras maneiras de fazer-se estas distinções: 
a) o que caracteriza uma relação de Direito Público é o fato de atender de maneira 
imediata e prevalecente, a um interesse de caráter geral. É o predomínio e a 
imediatidade do interesse que nos permite caracterizar a “publicidade” da relação. 
Ex.: norma que proíbe que alguém se aproprie de um bem alheio. Neste caso não está 
cuidando apenas do interesse da vítima mas, imediata e prevalecentemente, do 
interesse social (Direito Penal); 
b) o que caracteriza uma relação de Direito Privado é o imediato e prevalecente 
interesse particular. Ex.: numa relação de compra e venda; 
 
- Direito interno e internacional: o primeiro é o que tem vigência em um 
determinado território (Direito brasileiro, francês e outros). O Direito internacional, 
ao contrário, rege relações distintas do Direito nacional, que se estabeleça entre os 
indivíduos como tais, quer entre particulares com o Estado, ou dos Estados entre si; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
 1. Ramos do Direito Público: 
 
a) Interno: 
 
- O Direito Constitucional: considerado de Direito Público Interno, tem por objetivo o 
sistema de regras referente á organização do Estado, no tocante à distribuição das esferas 
de competência do poder político, como também aos direitos fundamentais dos 
indivíduos; 
- O Direito Administrativo: também considerado de Direito Público, inclui normas 
reguladoras do exercício de atos administrativos, praticados por quaisquer dos poderes 
estatais, com objetivo de atender finalidades sociais, estruturando as atividades dos 
órgãos da administração pública; a execução dos serviços públicos; a administração dos 
bens públicos e outros; 
- Direito Processual: tem por finalidade regular a organização judiciária e o processo 
judicial, referente à ação de julgar os litígios. É um instrumento de direito substantivo ou 
material; 
- Direito Penal: constitui um conjunto de normas pertinentes aos crimes e às penas 
correspondentes, regulando a atividade repressiva do Estado, para preservar a sociedade 
do delito; 
- Direito Tributário: é o conjunto de normas que dizem respeito à instituição, 
arrecadação e fiscalização de tributos, devidas pelas pessoas ao governo; 
 
b) Externo: 
 
- Direito Internacional Público: constitui o conjunto de normas consuetudinárias e 
convencionais que regem as relações entre Estados e organismos internacionais, que as 
consideram obrigatórias; 
- Direito Internacional Privado: regulamenta as relações do Estado com cidadãos 
pertinentes a outros Estados, dando solução aos conflitos de leis no espaço; 
 
2. Ramos do Direito Privado: 
 
- Direito Civil: destina-se a reger relações familiares, obrigacionais, patrimoniais que se 
formam entre indivíduos, enquanto membros da sociedade; 
- Direito Empresarial/Comercial: é constituído de normas que regulam as atividades 
dos empresários; 
- Direito do Trabalho: disciplina relações entre empregador e empregado e a 
organização do trabalho.

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