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Resumo Direito Civil

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Conceito
Fato: Qualquer acontecimento.
Fato Jurídico é Todo acontecimento, natural ou humano e suscetível de produzir efeitos jurídicos.
Caio Mário da Silva Pereira (1977) clarifica que dois fatores constituem o fato jurídico: um Fato, isto é, uma eventualidade que atue sobre o direito subjetivo; e uma declaração da norma jurídica, que confere efeitos jurídicos àquele fato. 
Maria Helena Diniz (2009, p. 399) salienta que: “É o acontecimento, previsto em norma jurídica, em razão do qual nascem, se modificam, subsistem e se extinguem relações jurídicas.”
Todo fato para ser jurídico precisa passar por juízo de valoração.
 
Fatos jurídicos naturais (em sentido estrito) 
Os fatos jurídicos naturais, também denominados fatos jurídicos em sem tido estrito, são as situações sociais juridicamente relevantes que decorrem, em regra, da própria natureza, sem intervenção humana.
Fatos naturais ordinários
São os fatos naturais “previsíveis” ou “comuns”, como o nascimento, maioridade, morte, decurso do tempo, aluvião, avulsão (CC arts. 1.250 e 1.251).
Fatos naturais extraordinários
São os fatos naturais que decorrem de “eventos não previsíveis” ou “especiais”, tais como terremoto, maremoto, raio, tempestades destruidoras, ou seja, casos fortuitos ou de força maior. Os fatos jurídicos extraordinários caracterizam-se pela sua eventualidade, não acontecendo necessariamente no dia-a-dia.
Caso Fortuito e força maior: A diferenciação acerca dos termos fica apenas no campo doutrinário, uma vez que a legislação não os distingue, sendo que os próprios tribunais ao julgarem casos a cerca destes fatos lhes atribuem o mesmo efeito.
A FORÇA MAIOR visaria situações imprevisíveis e o CASO FORTUITO, situações irresistíveis.
São exemplos de força maior: a tempestade, que derruba casas; o raio que cai em arbitro de futebol.
Exemplos de caso fortuito: a explosão de uma caldeira na fábrica; o incêndio em um depósito.
Fatos jurídicos humanos (em sentido amplo)
São por sua vez, as situações juridicamente relevantes que têm origem em uma vontade humana, que as cria, modificam, transfere ou extingue direitos. Para que se constitua um ato jurídico, o direito brasileiro adotou a necessidade da declaração da vontade, que pode ser expressa ou tácita. O agente manifesta sua vontade colimando a realização de determinados efeitos, que figuram como o objeto central de sua declaração.
Fatos Jurídicos ilícitos
O ato ilícito é a manifestação de vontade, dolosa ou culposa, que viola direito e causa dano à vítima, seja por omissão, negligência ou imprudência, podendo este dano ser moral ou patrimonial.
Fatos jurídicos lícitos
São os fatos cujos efeitos, almejados pelo agente, a lei defere. Praticados conforme determina o ordenamento jurídico, produzindo efeitos voluntários, queridos pelo agente.
Ato jurídico em sentido estrito
“É o acontecimento que gera efeitos jurídicos previstos em lei e não pelas partes, não havendo regulamentação da autonomia privada” A ação humana resume-se a uma mera intenção de praticar o ato prescrito na lei, por isso é que nem todos os princípios do negócio jurídico aplicam-se aos atos jurídicos em sentido estrito.
Atos-fatos jurídicos
Alguns autores qualificam certas ações que não são frutos da vontade, nem da intenção do autor, mas que geram conseqüências tipificadas pela norma como atos-fatos jurídicos.
Pode-se ter como exemplo uma pessoa que, sem a intenção, acha um tesouro. A pessoa, nessa hipótese, não tinha qualquer intenção de adquirir a metade do que encontrou, mas a norma inadvertidamente confere-lhe a propriedade.
Negócios jurídicos
O negócio jurídico é todo ato decorrente de uma vontade auto regulada, onde uma ou mais pessoas se obrigam a efetuar determinada prestação jurídica colimando a consecução de determinado objetivo. Como em todo ato jurídico, os efeitos do negócio jurídico são previamente instituídos pelas normas de direito, porém, os meios para a realização destes efeitos estão sujeitos à livre negociação das partes interessadas, que estabelecem as cláusulas negociais de acordo com suas conveniências, claro que sem ultrajar Os limites legais.
Escada Ponteana
 Negócio Jurídico 
 Eficácia
 Validade 
 Existência
 Vontade → livre e de boa-fé Condição Elementos 
 Agente → capaz e legitimado Termo Acidentais
 Objeto → lícito, possível, Encargo ou modo
 Determinado Ou determinável 
 forma → prescrita ou livre
 Elementos Essenciais
Existência: são os elementos estruturais do negócio jurídico, faltando qualquer deles, o negócio não existe.
Manifestação de vontade: pressuposto básico do negócio jurídico, fundamental.  A manifestação da vontade pode ser Expressa (a palavra escrita ou falada) ou Tácita (a que se infere da conduta do agente), quando alei não exige que seja expressa 
 Silêncio art. 111 CC: o silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa. Exemplo doação pura.
Reserva mental art. 110 CC: a manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva mental de não querer o que manifestou, salvo se dela o destinatário tinha conhecimento. A reserva mental é quando uma das partes manifesta uma coisa, mas em seu intimo quer outra coisa, se a outra parte não souber da reserva o negocio é valido e continua a produzir seus efeitos, mas se souber considera-se negocio inexistente.  
 Finalidade negocial: é a vontade de criar, conservar, modificar ou extinguir direitos. 
Idoneidade do objeto: O objeto do contrato deve ser apto à criação do contrato que se pretende
Validade: São os requisitos para que o negócio jurídico seja válido. Se falta um desses requisitos, o negócio é inválido, não produz o efeito jurídico em questão e é nulo ou anulável. Art. 104 CC
Agente capaz: é aquele que tem aptidão para intervir em negócios jurídicos como declarante ou declaratório. Se for incapaz a incapacidade é suprida pelos meios legais: a representação e a assistência. Os absolutamente incapazes não participam do ato, sendo representados pelos pais, tutores ou curadores, os relativamente incapazes participam do ato, junto com os seus representantes
Art.115 CC, os poderes de representação conferem-se por lei ou pelo interessado. Temos então uma representação legal e outra convencional, decorrendo uma da norma, como a do pai que representa o filho, e outra da vontade das partes, como no caso do mandato. 
Art.116 CC O limite da representação é exatamente o limite de poderes que vincula o representante com o representado.
Art. 118 CCO representante deve provar sua qualidade e a extensão de seus poderes com as pessoas com quem trata em nome do representado.
Art. 117 CC autoriza o contrato consigo mesmo exemplo: a possibilidade da pessoa vender um bem a si mesmo, através de um contrato de mandato. 
Art. 119 CC O representante que pratica um negócio jurídico contra o interesse do representado, na hipótese do fato ser do conhecimento do terceiro ou no fato do mesmo ter a obrigação de ter a ciência gera anulabilidade OBS: o terceiro de boa-fé jamais pode alegá-la se agiu com desleixo.
 Objeto lícito, possível, determinado ou determinável: paraser lícito o objeto não pode atentar contra a lei, a moral ou os bons costumes. Art. 166, II CC. 
O objeto deve ser possível, pois se for impossível o negócio é nulo. 
 Impossibilidade física: a prestação não pode ser cumprida por nenhum humano, é absoluta porque atinge a todos. 
 Impossibilidade jurídica: é quando o ordenamento jurídico proíbe, expressamente.
Objeto Determinado ou determinável é admitido venda de coisa incerta, indicada ao menos pelo gênero e pela quantidade, que será determinada pela escolha, e a venda alternativa, cuja indeterminação cessa com a concentração.
 Forma:
Livre  art. 107 CC predominante no direito brasileiro. É qualquer meio de manifestação da vontade, não imposto obrigatoriamente pela lei 
Especial exigida pela lei, como requisito de validade de determinados negócios jurídicos. 
Eficácia: Elementos que não são exigidos pela lei, mas introduzidos pela vontade das partes. Considerados acidentais.
Condição art. 121CC cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto 
Seus elementos/requisitos são: Voluntariedade, Futuridade (somente eventos futuros são considerados condição) e Incerteza (o evento que o negocio dependente deve ser incerto)
Classificação: 
Lícitas: art. 122 CC são lícitas, em geral, todas as condições não contrárias à lei, à ordem pública e os bons costumes. 
X
Ilícitas: art. 123 CC todas as que atentarem contra a lei, a ordem pública ou os bons costumes. Clausulas que atentem a liberdade, desde que absolutas são equiparadas as ilícitas. 
Possíveis: são as que podem ser cumpridas e são aceitas pelo ordenamento jurídico
X
Impossíveis: Fisicamente são as que não podem ser cumpridas por nenhum ser humano. Juridicamente são as que ferem a lei, a moral e os bons costumes.
OBS: se for condição impossível resolutiva, desconsidera-se a cláusula; se for condição impossível suspensiva invalida o negocio.
Perplexa/contraditórias: São as que não fazem sentido lógico. Privam o negocio de todos os efeitos, ela invalida o negocio jurídico. 
 Causais: as que dependem do acaso, de fato alheio à vontade das partes.
 Potestativas: as que decorrem da vontade de uma das partes.
Puramente potestativas: efeito decorre do puro arbítrio de uma das partes, sem a influência de qualquer fato externo, é ilícita.
 Simplesmente potestativas: Combinação da manifestação de vontade de uma das partes com um fator externo ao seu controle é licita.
Suspensiva: impede que o ato produza efeitos até a realização do evento futuro e incerto, não a aquisição de direitos enquanto não ocorrer, mera expectativa de direito. Marca o inicio da produção dos efeitos. Art. 126 +130 CC
Resolutiva: a que extingue, resolve o direito transmitido pelo negócio, faz cessar os efeitos do ato ou negócio jurídico. Logo, até que seja implementada a condição, vigorará o negócio jurídico, art. 127 e 128 CC.  A condição resolutiva pode ser expressa ou tácita.
Termo: é a cláusula que subordina o negocio a um evento futuro e certo. OBS: não aceitam termo: aceitação/renuncia de herança; dir. de família (adoção, casamento, emancipação) e Dir. personalíssimos.
Termo Certo: o que se reporta a determinada data certa do calendário ou a determinado lapso de tempo
Termo Incerto: o que embora certo quando a sua ocorrência é incerto quanto a sua data, Exemplo: morte
Termo Legal: é o que decorre da lei.
Termo Convencional: é o que decorre da vontade das partes.
Termo Judicial: é o fixado por decisão judicial.
Termo De graça: é a dilação de prazo concedida ao devedor.
Termo Inicial (Suspensivo): Marca o inicio dos efeitos do negocio. OBS: Já adquirir o direito, ele apenas ele suspende o exercício do direito diferentemente da condição suspensiva que impede a aquisição de direito. 
Termo final (Resolutivo): marca o fim dos efeitos do negocio, o termo final não destrói o negócio jurídico, apenas retira a eficácia.
OBS: termo inicial impossível: invalida o negocio; termo final impossível: desconsidera-se a cláusula.
Termo pode ser fixado como prazo: a contagem é feita de acordo com o art. 132 CC: Exclui o dia do começo e inclui o do fim, frações de dia são desconsideradas. Se o prazo cair no feriado prorroga-se até dia útil seguinte. Art. 133 e 134 CC: Prazo em favor do herdeiro e do devedor. Art. 134CC: “os negócios jurídicos entre vivos, para os quais não se estabeleça prazo, são exequíveis desde logo.” Não pode ser levado ao pé da letra porque alguns negócios precisão de um tempo razoável para serem realizados. 
Encargo ou modo: cláusula acessória que impõe um ônus / obrigação / restrição ao beneficiário de uma liberalidade. Exemplo: doação, testamentos, promessa de recompensa.
O beneficiário não é obrigado a aceitar o encargo, mas se aceita fica obrigado a cumpri-lo e se não cumprir voluntariamente pode ser obrigado pelos meios legais, que podem ser exigido judicialmente pelo estipulante, 3º interessado ou ministério publico ou anula o negocio. 
O encargo é coercitivo, o que não ocorre com a condição, uma vez que ninguém pode ser obrigado a cumpri-la. O encargo difere da condição suspensiva porque esta impede a aquisição do direito, enquanto o encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo se imposto como condição suspensiva e com efeitos próprios deste elemento acidental, desde que tal disposição seja expressa (art. 136, 2ª parte).  
Art. 137CC: “considera-se não escrito o encargo ilícito ou impossível, salvo se constituir o motivo determinante da liberalidade, caso em que se invalida o negócio jurídico”.

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