Aula_Durkheim

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A SOCIOLOGIA DE DURKHEIM
COSTA, Maria Cristina.
MARTINS, Carlos Benedito.
DURKHEIM, Émile. Da divisão do trabalho social e As regras do método sociológico.
SOCIOLOGIA – Ciência das Instituições, da sua gênese e de seu funcionamento.
INSTITUIÇÕES – todas as crenças e todos os modos de conduta instituídos pela coletividade.
OBJETO DA SOCIOLOGIA: FATO SOCIAL
FATO SOCIAL: É fato social toda maneira de agir fixa ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior; ou ainda, é geral na extensão de uma sociedade dada, apresentando uma existência própria, independente das manifestações individuais que possa ter. 
FATO SOCIAL: são formas de representar o mundo, que se expressam nos indivíduos. É uma criação do coletivo, da sociedade. O fato social se impõe de forma coercitiva sobre os indivíduos.
Três características principais do fato social: coercitivo, exterior, geral.
Todos têm que seguir o fato social.
Todos, em sociedade, agem de maneira comum, semelhante, apesar de haver diferenças entre as pessoas.
Exemplos de fatos sociais: o casamento, a religião, a cultura, o sistema monetário, o idioma, a criminalidade, o sistema educacional, o direito.
Normas de conduta, crenças, valores, tendências, práticas do grupo tomadas coletivamente é que constituem os fatos sociais.
Os fatos sociais fazem parte da estrutura de toda sociedade. Possuem o papel de manter o bem-estar coletivo.
O grau de coerção dos fatos sociais torna-se evidente pelas sanções a que o indivíduo estará sujeito quando tenta se rebelar contra elas. As sanções podem ser legais ou espontâneas. 
Legais são as sanções prescritas pela sociedade, sob a forma de leis, nas quais se estabelece a infração e a penalidade subsequente. 
Espontâneas são as que afloram como decorrência de uma conduta não adequada à estrutura do grupo ou da sociedade a qual o indivíduo pertence. Ex.: Fumar em local não permitido, jogar lixo no chão.
EDUCAÇÃO: papel fundamental na transmissão e perpetuação dos fatos sociais.
Para Durkheim, a sociologia tem por finalidade não só explicar a sociedade como também encontrar soluções para a vida social. A sociedade, como todo organismo, apresentaria estados normais e patológicos.
Normal é aquele fato que não extrapola os limites dos acontecimentos mais gerais de uma determinada sociedade e que reflete os valores e as condutas aceitas pela maior parte da população.
Durkheim considera um fato social como normal quando se encontra generalizado pela sociedade ou quando desempenha alguma função importante para sua adaptação ou evolução. Ex. Crime (é encontrado em toda e qualquer sociedade e integra as pessoas em torno de uma conduta valorativa, que pune o comportamento considerado nocivo).
Patológico é aquele fato que se encontra fora dos limites permitidos pela ordem social e pela moral vigente. Os fatos patológicos, como as doenças, são considerados transitórios e excepcionais.
Toda a teoria sociológica de Durkheim pretende demonstrar que os fatos sociais têm existência própria e independem daquilo que pensa e faz cada indivíduo em particular. Embora todos possuam sua “consciência individual”, seu modo próprio de se comportar e interpretar a vida, podem-se notar, no interior de qualquer grupo ou sociedade, formas padronizadas de conduta e pensamento. Essa constatação está na base do que Durkheim chama de consciência coletiva.
A consciência coletiva é o conjunto de crenças e dos sentimentos comuns à média dos membros de uma mesma sociedade.
A consciência coletiva é, em certo sentido, a forma moral vigente na sociedade. Ela aparece como um conjunto de regras fortes e estabelecidas que atribuem valor e delimitam os atos individuais. É a consciência coletiva que define o que, numa sociedade, é considerado “imoral”, “reprovável” ou “criminoso”.
Durkheim vê a sociedade como uma evolução.
Sociedade e seu funcionamento: analogia com o funcionamento do corpo humano: todas as partes devem funcionar bem, todas dependem umas das outras.
Solidariedade Mecânica e Solidariedade Orgânica
Solidariedade Mecânica:
Este tipo de Solidariedade é encontrado nas sociedades primitivas, inferiores, tradicionais (pré-capitalistas) nas quais há menos diferenças entre os indivíduos e ainda não existe a divisão do trabalho social. A consciência coletiva ou comum sobrepõe-se à consciência individual. Existe mais Coesão Social. Indivíduos se identificam pela sua semelhança (similitude, que é muito forte entre os indivíduos).
Totalidade: está inteiramente presente nos indivíduos. É como uma corrente.
Sociedade harmoniosa, homogênea (não existência de conflitos sociais – não há um questionamento a respeito das crenças, religiões, etc.)
Sociedade mantém a coesão social.
Toda estrutura hierárquica está montada em cima dos laços da consanguinidade, e isso é o que mantém a sociedade coesa.
O coletivo é uma totalidade, é algo que nasce antes dos indivíduos e está acima destes. 
Solidariedade Orgânica:
À medida que as sociedades vão se diferenciando, surge a Solidariedade Orgânica.
Desenvolvimento das forças produtivas: Para Durkheim, esse é o último estágio de desenvolvimento das sociedades humanas.
Típica das sociedades mais evoluídas (capitalistas), nas quais passa a existir a divisão do trabalho social.
Solidariedade Orgânica: individual – individualidade – indivíduos autônomos – estrutura heterogênea.
A consciência individual sobrepõe-se à consciência coletiva.
Indivíduos se diferenciam dentro da sociedade, especializações.
Esse tipo de sociedade leva à competição, ao conflito, desenvolve o egoísmo. Com a preocupação de resgatar a totalidade, Durkheim cita o DIREITO RESTITUTIVO, com a função de restituir o equilíbrio da sociedade.
Divisão do Trabalho Social
Para Durkheim, a divisão do trabalho equivale a uma lei natural e necessária, expressão e condição do progresso humano. No entanto, mais do que uma lei natural, a divisão do trabalho impõe-se aos homens como uma regra moral de conduta. Estes sofrem cada vez mais a obrigação de desempenhar uma única e útil tarefa no conjunto das relações sociais. Não mais precisam ter o domínio de muitos ofícios e habilidades. A divisão do trabalho impõe-lhes a condição de ser órgão num todo que é a sociedade.
O principal efeito da divisão do trabalho não é aumentar o rendimento das funções sociais, mas torná-las solidárias. A solidariedade é o resultado da dependência das partes entre si, que a especialização implica. Uma função particular caracteriza-se por ser incompleta, apenas uma parte que contribui para a manutenção do todo. Qualquer desarmonia entre as partes ou algum problema em uma função específica colocam em risco o funcionamento geral do órgão. A solidariedade é, pois, expressão dessa mútua dependência em seus efeitos morais.
Para Durkheim, a divisão do trabalho deve gerar solidariedade entre os indivíduos, caso contrário a sociedade entra em estado de anomia (ausência de regras). É então que acontecem o crime e o suicídio, este último constituindo-se em um problema sobre o qual o autor debruçou-se para analisar.
Se a divisão do trabalho não produz a solidariedade é porque as relações dos órgãos não são regulamentadas, é porque elas estão num estado de anomia, ou seja, anormal. Para ele, o estado de anomia é impossível sempre que os órgãos solidários estejam em contato bastante e suficientemente prolongado.
SAÍDA PARA DURKHEIM: CORPORAÇÕES. Solução para quando a sociedade encontra-se em estado de anomia.
CORPORAÇÕES Função de reintegrar o indivíduo à sociedade.
OBJETIVIDADE: fundamental para Durkheim.
Neutralidade, distanciamento da realidade social.
Positivismo entendia que as ciências sociais deveriam utilizar os mesmos métodos das ciências naturais para analisar os fatos sociais.
Distanciamento entre observador e objeto de estudo.
Regras Relativas à Observaçãodos Fatos Sociais
1.	A primeira regra e a mais fundamental consiste em considerar os fatos sociais como coisas, sendo as coisas, para Durkheim, algo à parte, exterior ao indivíduo.
2.	A segunda é afastar da Ciência todas as noções prévias sobre os fatos sociais, agrupando-os segundo suas características exteriores comuns, sendo essas características o mais objetivas possível. Nesse sentido, o sociólogo, ao analisar um fato social, deve ser neutro, não pode deixar seus valores individuais ou os dados sensíveis interferirem na sua análise, para com isso ter o máximo de objetividade.
MUITO OBRIGADA!