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resumo estomatologia 3

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CISTOS ODONTOGÊNICOS
Os cistos odontogênicos aparecem de algum distúrbio de formação odontogênica:
-Fase de botão
-Fase de capuz: crescimento do botão. Possui maior potencial de proliferação. Lesões mais agressivas são mais prováveis. Lâmina dentária: cordão epitelial é uma fonte de diversos cistos e tumores bucais, une o epitélio dentário ao epitélio bucal.
-Fase de campânula: Lesões menos agressivas. Remanescentes deixados após formação dentária também podem formar lesões como Restos Epiteliais de Malassez e Remanescentes da lâmina dentária.
CLASSIFICAÇÃO DOS CISTOS ODONTOGÊNICOS:
-CISTOS DE DESENVOLVIMENTO: distúrbio no desenvolvimento da odontogênese. A inflamação pode estar presente, mas não inicia a lesão. 
-CISTOS INFLAMATÓRIOS: A inflamação que inicia a lesão cística.
	CISTOS DE DESENVOLVIMENTO
	CISTO GENGIVAL DO RECÉM-NASCIDO
Origem: remanescentes da lâmina dentária em estágio avançado que estiveram envolvidos na formação dos dentes decíduos e sua proliferação forma a lesão cística. É uma pápula de coloração branco-amarelada no rebordo alveolar vestibular (uma ou várias). Normalmente ela surge e desaparece espontaneamente até em um ano, porque o epitélio cístico se funde ao epitélio bucal e descarrega seu conteúdo para o meio externo. Aparece antes da erupção dos dentes decíduos. É assintomático e sem transformação em lesões mais graves. É extra-ósseo. Exemplos: pérolas de Epstein (rafe palatina) e Nódulos de Bohn (rebordo alveolar).
	CISTO GENGIVAL DO ADULTO
Origem: lâmina dentária relacionada à dentição permanente. É extra-ósseo e pouco comum. Pápula ou nódulo no rebordo alveolar de coloração normal ou discretamente azulado (por trauma, hemorragia, etc). Acomete região de caninos e pré-molares inferiores nas 3ª, 4ª e 5ª décadas de vida. É completamente assintomático e não evolui espontaneamente. Pode causar pequena reabsorção óssea periférica. Só se tem certeza de seu diagnóstico com exame histopatológico. Tamanho até 0,5 a 0,8cm. Tratamento: remoção cirúrgica juntamente com a mucosa subjacente. Não se consegue separar o cisto do epitélio normal subjacente. Não recidiva. Rico em glicogênio – células claras.
	CISTO PERIODONTAL LATERAL
Mesma origem do cisto gengival do adulto, acomete as mesmas regiões só que o remanescente da lâmina dentária estava dentro do osso causando uma lesão intra-óssea. Acomete canino e pré-molares inferiores nas 3ª, 4ª e 5ª décadas de vida. Surge entre as raízes de dois dentes. Dificilmente é o diagnóstico principal, por isso se faz o teste de vitalidade ou de sensibilidade pulpar para diferenciar do cisto radicular com localização lateral: o cisto radicular tem necrose pulpar já o cisto periodontal lateral tem vitalidade presente (dente vivo). Tratamento: remoção completa da lesão (biópsia excisional). É assintomático com crescimento limitado. Histológico: células claras, ricas em glicogênio.
	CISTO DENTÍGERO
É um cisto folicular, entre os odontogênicos é a patologia mais comum, com envolvimento de dente incluso (3ª molar, canino superior e pré-inferiores). Cavidade entre o folículo pericoronário e o dente incluso.
Teorias de formação:
1-dente incluso: falta de espaço acarretando impossibilidade de erupção. Compressão (atrito, trauma) do folículo pericoronário. Processo inflamatório secundário.
2-exsudato inflamatório que se acumula forma o cisto dentígero
Crescimento da cavidade: células inflamatórias e de revestimento do folículo descamam para dentro da cavidade, determinando pressão osmótica, levando mais líquido para dentro da cavidade, ocorrendo necrose, fazendo com que entre mais água e assim sucessivamente. O cisto cresce devido ao ciclo vicioso. 
Aparece mais na segunda e terceira décadas acometendo 3ª molar, pré-molares inferiores, caninos e entre outras situações. Dente incluso envolvido na maioria das vezes acarreta cisto dentígero.
Macroscopia: Há cavidade entre o folículo e o dente. Tratamento: remoção cirúrgica.
Punção aspirativa: líquido de coloração amarelada (amarelo citrino), tendência a ser cisto.
Descompressão cística: é feita quando a lesão for muito grande. Esvaziamento do líquido do cisto para diminuição de tamanho e preservação de estruturas nobres para poder fazer a cirurgia.
Marsupialização: remove-se um tampo da lesão, a cavidade fica exposta e faz irrigação com soro fisiológico. Sutura do epitélio da mucosa com o epitélio da lesão.
	CISTO DE ERUPÇÃO
Variação do cisto dentígero. Não existe inclusão óssea, o dente já rompeu a barreira óssea mas fica incluso na mucosa. A perda precoce dos dentes decíduos e traumas na mucosa provoca fibrose da lâmina própria do rebordo alveolar. Coloração arroxeada (hemorragia, traumatismo). Apresenta-se como nódulo em pacientes jovens. Atraso da erupção do dente em questão. Tratamento: remoção do teto da lesão, incluindo epitélio da mucosa, conjuntivo e epitélio do folículo pericoronário. Pode não ser necessário nenhum tratamento.
	CISTO ODONTOGÊNICO GLANDULAR
É muito raro e portanto não será o diagnóstico principal. Sua etiologia é desconhecida. Acomete região anterior de mandíbula com maior incidência nas 5ª, 6ª e 7ª décadas de vida. É multilocular (ex. favo de mel), recidivante. Formam estruturas semelhantes a ductos com células muco-secretoras. É odontogênico e não glandular.
OBS.: o ceratocisto odontogênico não pertence mais ao grupo de cistos de desenvolvimento. Ele é um tumor odontogênico.
	CISTOS INFLAMATÓRIOS
	CISTO PARADENTÁRIO INFLAMATÓRIO
Dentes semi-inclusos (parte do dente dentro do osso e parte na boca). Região distal ainda com capuz gengival. Acomete jovens, principalmente na região de 3ª molares.
No espaço entre o dente e o capuz gengival pode haver acúmulo de alimentos, com episódios freqüentes de pericoronarite, acarretando o cisto paradental com formação de bolsas na região. Não cresce muito porque mantém contato com a cavidade bucal. Tratamento: exodontia juntamente com o cisto.
	CISTO RADICULAR
Restos epiteliais de Malassez. Sempre apresenta necrose pulpar. Epitélio do ápice de um dente não-vital estimulado por processo inflamatório. Variação: cisto periapical residual. Tratamento: exodontia com curetagem da região alveolar.
CISTOS NÃO ODONTOGÊNICOS
São lesões que se formam, cujo epitélio não tem relação com a odontogênese. A origem epitelial é diferente.
	CISTO DO DUCTO NASOPALATINO
	Origem: remanescentes epiteliais da formação da maxila na embriogênese presentes no canal nasopalatino. O cordão epitelial se fragmenta para dar passagem aos vasos e nervos, e em alguns casos seus remanescentes localizados dentro do ducto podem se proliferar e formar o cisto.
É muito comum com grande prevalência.
Localização: região anterior do palato.
Acomete homens na 5ª e 6ª década de vida.
Clinicamente: aumento de volume anterior do palato (edema). Mas muitas vezes é descoberto em radiografias de rotina. Pode ou não haver infecção secundária.
Radiograficamente: radiolucidez em região do ducto ao forame nasopalatino. Imagem com formato de pêra invertido, coração.
Assintomático e sem complicações.
Histológico: epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado e/ou por epitélio pseudo-estratificado (mucosa bucal ou respiratória ou os dois epitélios – mista)
Tratamento: remoção cirúrgica com rompimento do nervo. Baixo potencial de recidiva.
	CISTO NASOLABIAL
	Origem: remanescentes epiteliais relacionados ao canal naso lacrimal. Remanescentes na área do nariz.
Ocorrência maior em mulheres, na 4ª, 5ª e 6ª década de vida.
Aparece na área de implantação da asa do nariz, sobre a maxila. É extra-ósseo.
Clinicamente: alteração de contorno das narinas.
Histológico: mesma aparência do cisto do ducto nasopalatino.
Não recidiva e de difícil diagnóstico.
	CISTO DERMÓIDE
	Malformação cística incomum. É limitado por um epitélio semelhante a epiderme. Contém estruturas anexas da derme na parede do cisto (gl. sudoríparas, sebáceas e folículos pilosos).Situadas na linha média de soalho bucal (abaixo da língua). São variáveis de tamanho. Essa localização influencia na projeção da língua, acarretando dificuldade na fala, padrão respiratório e em aparecimento de edema submentual.
Acomete adultos jovens.
Lesão de crescimento lento e indolor, com consistência borrachóide.
Histológico: epitélio escamoso estratificado ortoceratinizado, proeminente camada de células granulares, ceratina abundante no interior da luz do cisto, parede cística com anexos cutâneos (gl. Sebáceas, folículos pilosos e gl. Sudoríparas)
Tratamento: remoção cirúrgica. Recorrência é incomum.
	CISTO LINFOEPITELIAL DA MUCOSA BUCAL
	Acontece aprisionamento de epitélio dentro do tecido linfóide. 
Acomete região mais posterior da boca.
Clinicamente: pápula de coloração amarelada, raramente localizada nas regiões anteriores da boca.
Histológico: epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado ou paraqueratinizado, contendo tecido linfóide na cápsula.
São lesões pequenas, assintomáticas, descobertas ocasionalmente. É incomum.
Tratamento: excisão cirúrgica. Não é recidivante.
PSEUDOCISTOS
Lembram cistos, mas não são. Alterações patológicas que não apresentam cavidade revestida por epitélio.
Cistos de glândulas salivares (mucocele e rânula)
Pseudocisto antral
Cavidade óssea idiopática
Defeito osteoporótico focal da medula óssea
	CISTOS DE GLÂNDULAS SALIVARES
	MUCOCELE
Envolvimento de glândulas menores. É classificada histologicamente em dois tipos, porém clinicamente são iguais:
-DE EXTRAVASAMENTO: trauma nos ductos que leva ao rompimento destes, com extravasamento de muco para o interior do conjuntivo. Processo inflamatório com neutrófilos e macrófagos. Cavidade preenchida por muco dentro do conjuntivo. Incidência maior em homens na 2ª e 3ª décadas de vida. Acomete lábio inferior.
-DE RETENÇÃO: obstrução total ou parcial do ducto da glândula salivar. A saliva produzida tem dificuldade de chegar ao meio externo – dilatação do ducto. A saliva é impossibilitada de drenar para o meio externo, mas sua produção não pára. Acomete mais mulheres na 5 década de vida. Sem preferência por área. 96% dos casos de mucocele são de extravasamento.
Clinicamente: formação de bolha. Tem a possibilidade de involuir espontaneamente. Se não involuir faz excisão cirúrgica com remoção das glândulas ao redor e abaixo da lesão para diminuir a possibilidade de recidiva. Não se remove antes de 7 a 10 dias.
	RÂNULA
Extravasamento e retenção das glândulas salivares, com envolvimento de glândulas maiores (submandibular, parótida e sublingual)
Só saberemos após exame histopatológico. Frequencia bem parecida. Aparece nas glândulas maiores. A glândula sublingual é mais frequentemente cometida, pela região, e seus vários ductos curtos. Sua secreção é contínua, uma vez alterada, rapidamente há formação de cistos.
Glândula sublingual: trabalham em situação de força de gravidade desfavorável (jogam secreção para cima). 
Aparece como aumento de volume, geralmente na região sublingual mais anterior. Acomete 2ª e 3ª décadas de vida. Vascularização bem distribuída.
Tratamento: existem duas formas de remoção. Remove-se o teto e um tampo da lesão (marsupialização), porém a área fica exposta favorecendo uma infecção secundária se não houver boa higienização do local. Ou remove-se a lesão cística juntamente com a glândula (tratamento radical). A área fica aberta para que os ductos encontrem seu caminho. Sutura ao redor para conter sangramento. Cicatrização por segunda intenção.
	PSEUDOCISTO ANTRAL
É uma área radiopaca na região do assoalho do seio maxilar. Espessamento inflamatório da mucosa do seio maxilar, na região de molares. Não alteram o contorno do seio maxilar. É assintomático, a não ser que os dentes envolvidos ainda tenham inflamação. Massa radiopaca restrita a área póstero-inferior do seio maxilar (antro).
Diagnóstico diferencial: 
-Sinusite: há radiopacidade em todo o seio e há sintomatologia.
-Outras neoplasias e cistos de glândula salivar: radiopacidade que ocupa todo o seio e há alteração do contorno do seio pela sua expansão provocada e clinicamente há assimetria.
-No pseudocisto não há aumento de volume, não cresce, não involui e não traz nenhum comprometimento do paciente.
Tratamento: não se faz nenhuma intervenção
	CAVIDADE ÓSSEA IDIOPÁTICA
Cavidade dentro do osso sem qualquer conteúdo ou com líquido soro-sanguinolento de origem idiopática. Suspeita levantada de traumatismo. Daquele trauma houve hemorragia dentro do osso que formaria um coágulo e dificultaria a difusão do osso e forma uma cavidade (necrose da região).
É descoberta em exames radiográficos de rotina. Lesão radiolúcida que não leva à expansão óssea, não desloca nem reabsorve dentes. É bem delimitada, sem assimetria facial com preservação inclusive da lâmina dura dos dentes adjacentes. Acomete região posterior de mandíbula, nas 2 e 3 décadas de vida. São lesões únicas ou múltiplas, assintomáticas. 
Diagnóstico diferencial: ceratocisto.
Dificuldade na penetração da agulha pela pequena ou nenhuma expansão da cortical.
Acesso cirúrgico: se chega a um vazio, sem qualquer conteúdo ou cápsula cística. Limpeza da loja, irrigação, remoção de eventual tecido fibroso preso na parede da lesão. Após 2 a 3 meses há formação óssea. Provável estimulação de formação óssea pelo sangramento provocado.
Histológico: fragmentos ósseos e tecido fibroso.
	DEFEITO OSTEOPORÓTICO FOCAL DA MEDULA ÓSSEA
Tecido hematopoético presente dentro da maxila e mandíbula em alguns locais em pacientes jovens. Essa medula não é tão grande e significativa como em ossos longos. Às vezes traz exame radiográfico sugestivo de lesão. Somente descoberto em exploração cirúrgica.
PATOLOGIA ÓSSEA
LESÕES FIBRO-ÓSSEAS BENIGNAS (LFOB)
São patologias de caráter benigno. Agrupam alterações patológicas caracterizadas pela substituição de osso por tecido conjuntivo. A classificação dessas patologias baseia-se principalmente em critérios clínicos e radiográficos. Podem apresentar aspectos histológicos semelhantes, no entanto, exibindo comportamento e prognóstico distintos.
-Displasia Fibrosa
-Lesões reativas
-Fibroma Ossificante Central
	DISPLASIA FIBROSA
	Consiste em uma lesão benigna do tipo hamartoma que ocorre principalmente em pessoas jovens, acometendo primeira ou segunda décadas de vida (crianças e adolescentes). Aparece como uma expansão lenta (crescimento lento) e indolor e com prevalência na maxila.
Aspecto radiográfico: difusa, expansão, margens da lesão não são bem definidas, aspecto de vidro despolido (ofuscado)
Tratamento: lesões pequenas que não comprometem esteticamente requerem apenas biópsia para confirmação e o acompanhamento clínico. Outras lesões que continuam a crescer, comprometendo estética e funcionalmente o paciente, requerem tratamento cirúrgico com osteoplastia (desgaste do osso com broca maxicut) após a estabilização do crescimento da lesão.
	FIBROMA CEMENTO OSSIFICANTE CENTRAL
	Pode ocorrer em qualquer idade, observa-se maior incidência nas 3ª e 4ª décadas de vida, envolvendo a mandíbula, principalmente na região de pré-molares e molares. Na maioria dos casos do gênero feminino.
Características clínicas: crescimento lento, assintomático e expansível, pré-molares e molares inferiores, expansão e adelgaçamento (fica fina) das corticais vestibular e lingual.
São lesões radiolúcidas contendo ou não pontos radiopacos. As lesões pequenas são em sua maioria assintomáticas. As lesões grandes resultam em um aumento de volume do osso envolvido, podendo causar assimetria facial.
Tratamento: consiste na enucleação, cuja execução apresenta relativa facilidade devido á natureza circunscrita do fibroma ossificante. Se solta fácil, não tem acometimento da cortical.
Prognóstico muito bom, rara recidiva.
	LESÕES REATIVAS
	Referem-se às lesões onde ocorre a substituição de osso dedeterminada região por tecido osteo-cementóide de qualidade inferior.
Três grupos de displasias fazem parte desta classifcação:
-Displasia cemento-óssea periapical
-Displasia focal
-Displasia florida
Essas lesões se assemelham quanto à:
Sintomatologia, frequentemente ausente
Predileção pelo sexo feminino
Raça negra e faixa etária entre 4ª e 6ª décadas de vida
Diferenciando-se entre si pelo padrão de localização e pelo aspecto radiográfico.
	LESÕES REATIVAS
	DISPLASIA CEMENTO-ÓSSEA PERIAPICAL
	DISPLASIA CEMENTO-ÓSSEA FOCAL
	DISPLASIA CEMENTO-ÓSSEA FLORIDA
	Ocorre no periápice de incisivos inferiores. É assintomático. Dente vital.
Radiográfico: no início é radiolúcido e no final radiopaco (mais que o tecido ósseo normal). Não tem definição circunscrita.
Histológico: tecido fibroso contendo focos de cemento imaturo, osso.
Tratamento: proservação (acompanhamento), não causa tumefação e não há necessidade cirúrgica.
	Tem maior freqüência na raça branca. Local predominante em região posterior de mandíbula.
Radiográfico: varia de completamente radiotransparente a densamente radiopaca. Mais frequentemente padrão misto radiotransparente e radiopaco.
Tratamento: acompanhamento, sem tendância para progressão e aumento da lesão, prognóstico excelente.
	Massas escleróticas simétricas. Pode envolver os 4 quadrantes. É assintomático e hereditário.
Radiográfico: massas irregulares, radiopacas, sem limite radioluscente.
Histológico: material densamente calcificado.
Tratamento: observação radiográfica. Exacerbação: excisão cirúrgica (aumento do tecido, alterando quadrante envolvido)
OSTEOSSARCOMA
É um tumor ósseo maligno, tipo mais comum de tumor maligno primário do osso. 
Locais mais freqüentes: corpo todo, principalmente parte distal do fêmur e proximal da tíbia. 7% ocorrem na maxila e mandíbula. 
Faixa etária: crianças e idosos, sendo mais freqüente na 3ª e 4ª décadas de vida. Mais comuns em homens do que mulheres. 
Sintomas mais comuns: aumento de volume e dor. Outros: abalamento dos dentes, parestesia (se comprimir o nervo da mandíbula) e obstrução nasal (maxila). O crescimento é lento. 
Radiograficamente: muito variável (esclerose densa a radiotransparente), limites mal definidos, e aparência de explosão solar ou raios solares (25%). 
Histológico: produção direta de osteóide pelas células mesenquimatosas malignas.
Tratamento e prognóstico: excisão cirúrgica radical (perda de M mandíbula), pode ser suplementada por quimioterapia ou radioterapia. A recorrência local após a cirurgia é um problema significativo (lesão sem limites precisos). Prognóstico grave (taxa de sobrevivência de 30 a 50%)
QUERUBISMO
Herança autossômica dominante. Baixa freqüência em mulheres. Lesões bilaterais. Idade até 7 anos (alguns casos 10-12 anos). 
Clinicamente: Ocorre entumescimento dos maxilares (“bochechudo”). 
Radiográfico: Área radiolúcida multilocular. Dentes flutuantes em um espaço cístico. 
Histológico: Células gigantes em tecido fibroso celular e vascularizado.
Tratamento: não fazer biópsia, pode haver estímulo para crescimento, infecção ou hemorragia. Muitos casos regride sozinho ou não tem nenhuma complicação e comprometimento do paciente.
LESÃO CENTRAL DE CÉLULAS GIGANTES
Acomete pacientes jovens, região anterior da mandíbula. Às vezes há reabsorção de dentes e expansão de corticais. Ocorre dentro do osso, portanto a biópsia deve ser realizada por punção aspirativa (aspiração por seringa), útil para o diagnóstico dessa lesão.
Imagem macroscópica: fígado de boi (sangue coagulado), macrófagos, células gigantes e hemorragia.
Tratamento: remoção cirúrgica da lesão, lesão friável deve ser curetada e fazer osteotomia periférica (remoção óssea para assegurar que o tecido que ficou é sadio)
Nova alternativa de tratamento: injeção intra-lesional de corticóides, inibidor imunológico. Faz 4 ou 5 injeções no período de 3 a 4 meses, com intervalo da primeira injeção de 4 semanas.
Diagnóstico diferencial: tumor marrom de hiperparatireoidismo, relacionado ao hiperparatireoidismo primário ou secundário. Pedir dosagem de paratormônio quando necessário.
OSTEOMIELITES
Processo inflamatório nos espaços medulares ou nas superfícies corticais do osso que se estendem além do sítio inicial de envolvimento (inflamação da medula óssea).
Causas:
infecções periodontais e periapicais odontogênicas ou traumas.
GUNA (gengivite ulcerativa necrosante aguda)
doenças sistêmicas crônicas, estados de imunossupressão e desordens associadas com a diminuição da vascularização dos ossos predispõem (ex: HIV, diabetes, etc)
pacientes oncológicos: imunossupressão com o nome de osteorradionecrose ou osteoquimionecrose.
Pode afetar todas as idades. Prevalência acentuada pelo sexo masculino. Afeta a mandíbula, suprimento sanguineo escasso, vascularização exclusiva de uma única circulação. É de difícil tratamento, podendo ter seqüelas.
	OSTEOMIELITE AGUDA
	OSTEOMIELITE CRÔNICA
	Sinais e sintomas do processo inflamatório agudo: febre, leucocitose, sensibilidade, tumefação das áreas envolvidas.
Pode não haver alterações radiográficas. Como o osso foi necrosado, o organismo começa a expulsar os fragmentos ósseos, drenagem ou esfoliação desses fragmentos ósseos (seqüestros) podem ser observados.
Achados: restos necróticos e infiltrado inflamatório com leucócitos
Tratamento: ATBterapia + drenagem (antibióticoterapia)
	Tumefação, dor, formação de fístula, drenagem purulenta, formação de seqüestro, perda de dente ou fratura patológica.
Radiograficamente: radiotransparência circunscrita e mal definida com seqüestro ósseo radiopaco central. 
Achados: osso necrótico
Tratamento: difícil tratamento medicamentoso, intervenção cirúrgica obrigatória + ATBterapia E.V. (endovenosa). Remoção do tecido necrótico, curetagem e estimulação de sangramento.
TUMORES ODONTOGÊNICOS
São distúrbios em algum momento ou fase da odontogênese. Podem ter componentes mesenquimais, epiteliais ou mistos. Classificação segundo a OMS.
NEOPLASIAS ODONTOGÊNICAS EPITELIAIS
	AMELOBLASTOMA
Origem: lâmina própria
Células: ameloblastos normais que não secretam tecido duro (não é secretora de esmalte)
Gene alterado: ameloblastina (importante na diferenciação dos ameloblastos)
Classificação:
sólido (86%): várias pequenas cavidades císticas
unicístico (13%): lesão cística única
periférico (1%): fora do osso
Sólido: acomete 4ª, 5ª e 6ª décadas de vida, região posterior de mandíbula, não é uma lesão encapsulada, permea, infiltra as trábeculas ósseas. Radiograficamente: radiolúcido uni ou multilocular (desgaste cortical de forma desigual)
Aspecto: bolhas de sabão (multilocular) ou favos de mel (locos menores)
Punção: líquido amarelo citrino
Unicístico: aparece mais em jovens, 2ª e 3ª décadas, acomete corpo da mandíbula, geralmente é encapsulado, lesão menos recidivante.
Características histológicas: cavidade cística com ameloblastos ao redor e células parecidas com retículo estrelado.
Classificação histológica:
-folicular
-plexiforme
-acantomatoso
-basalóide
-células granulares
Tratamento: remoção cirúrgica
	TUMOR ODONTOGÊNICO ADENOMATÓIDE (TOA)
Origem: extrato intermediário do órgão do esmalte.
Forma estruturas semelhantes a ductos, lembram glândulas mas não são. Recebe deposição de tecido mineralizado (pode conter focos radiopacos).
Acomete maxila, região anterior, nas 2ª e 3ª décadas de vida. Tem bastante relação com canino incluso (1/3). Não existem casos de recidiva. Crecimento é bem lento. Pode ter ponto radiopaco ou pode ser completamente radiolúcido.
Tratamento cirúrgico. Facilmente enucleado por causa de sua cápsula.
	CISTO ODONTOGÊNICO CALCIFICANTE
Pode ser sólido ou cístico. Não se sabe a origem. 
Apresenta três camadas de células:
-células altas
-células parecidas com retículo estrelado (espalhadas)
-célulasfantasmas (grandes, cheias de queratina)
Sofrem deposição de material calcificante amorfo (semelhante ao TOA). Acomete pacientes jovens. Região anterior aos primeiros molares em maxila e mandíbula. Punção positiva para líquido.
Tratamento: enucleação cirúrgica, prognóstico bom, tem baixo índice de recidiva
	TUMOR ODONTOGÊNICO EPITELIAL CALCIFICANTE
Também chamado tumor de Pindborg. É muito raro, acomete 4ª, 5ª e 6ª décadas de vida. Origem desconhecida.
Forma tecido mineralizado portanto aparece radiolúcida com ou sem focos radiopacos (multilocular).
Potencial de recidiva: abaixo do ameloblastoma e acima das outras entidades.
Puramente epitelial.
Histológico: lembra atipia celular, parecido com carcinoma epidermóide.
Tratamento: ressecção local conservadora, estreita margem de osso adjacente. (osteotomia periférica: remoção óssea ao redor da lesão)
	TUMOR ODONTOGÊNICO ESCAMOSO
Bastante raro.
Origem: restos epiteliais de Malassez no ligamento periodontal.
Ocorre na superfície lateral da raiz dos dentes.
Características histológicas: lençóis de células epiteliais bem regulares.
Tratamento: excisão local conservadora ou curetagem (fácil enucleação)
	TUMOR ODONTOGÊNICO DE CÉLULAS CLARAS
Tumor raro dos maxilares. Histogênese duvidosa (qual a célula histológica que ele se deriva). Parece ser de origem odontogênica, mas não tem origem definida.
Alguns pacientes apresentam expansão óssea e dor. Outros não tem sintomas. 
Imagem radiolúcida uni ou multilocular. Margens irregulares e mal definidas.
Histológico: ninhos de células epiteliais claras num estroma fibroso. Ilhas circundadas por tecido conjuntivo hialinizado. (células claras = vacúolos)
O curso clínico é amplamente agressivo, invasão de estruturas adjacentes e tendência a recidiva. Cirurgia radical é defendida (osteotomia, margem de segurança, etc). Devem ser considerados neoplasias malignas.
TUMORES ODONTOGÊNICOS MESENQUIMAIS
Fibroma Odontogênico
Mixoma Odontogênico
Cementoblastoma
Displasia Cemento-óssea
Fibroma Cemento-Ossificante Central
	FIBROMA ODONTOGÊNICO
É uma lesão incomum. As lesões são radiolúcidas, uniloculares e bem delimitadas.
Pode haver reabsorção radicular do dente associado, e pode causar afastamento das raízes quando localizada entre dentes.
Tratados por enucleação cirúrgica e curetagem com bom prognóstico.
	MIXOMA ODONTOGÊNICO
Origem: papila dental – tecido conjuntivo de origem da polpa. Ele impede a diferenciação dos odontoblastos.
Células semelhantes a fibroblastos proliferando em um conjuntivo bem imaturo com muita substância fundamental amorfa. Aparência gelatinosa.
Tecido de coloração clara, acomete região posterior de mandíbula, nas 2ª e 3ª décadas de vida. Aspecto semelhante a “teia de aranha”. Menor potencial de recidiva que o ameloblastoma. Prognóstico bom.
	CEMENTOBLASTOMA
Tumor verdadeiro de cementoblastos (células secretoras de cemento). Acomete jovens na 2ª e 3ª décadas de vida. Atinge principalmente primeiro molar. Pode trazer aumento de volume local.
Massa radiopaca presa a raiz de um dente, cercada por um halo radiolúcido.
Tratamento: exodontia do elemento ou apicectomia (retirada do ápice do dente) e curetagem muito cuidadosa da lesão.
ODONTOMAS
É o tipo mais comum de tumores odontogênicos. A prevalência é maior que todos os outros somados. São anomalias de desenvolvimento (hamartomas). Consistem em esmalte e dentina. Quantidade variável de cemento e polpa, são tumores odontogênicos mistos.
Odontoma composto: composto de dentículos, múltiplas pequenas estruturas semelhantes a dentes
Odontoma complexo: massa de esmalte e dentina, não lembra morfologia do dente.
Acomete as duas primeiras décadas de vida, são assintomáticos. São descobertos em radiografias de rotina ou por falha de erupção. Encontrados em qualquer região bucal (maxila e mandíbula em igual freqüência).
Radiograficamente: 
-coleção de estruturas semelhantes ao dente = odontoma composto
-massa calcificada com radiopacidade de estrutura dentária = odontoma complexo.
Tratamento: cirúrgico, prognóstico excelente.
TUMOR ODONTOGÊNICO CERATOCÍSTICO
Origem: alterações moleculares em remanescentes da lâmina dentária ou na própria lâmina em estágio inicial da odontogênese. É agressiva no ponto de vista de recidiva. 
Histológico: epitélio estratificado pavimentoso paraqueratinizado, espessura uniforme, sem papilas conjuntivas (fixação menor). Células altas e coradas na camada basal – bem definida. Não tem crista epitelial (papila) de aderência do epitelial no conjuntivo, facilitando a ruptura do epitélio com a cápsula conjuntiva. Superfície corrugada. Não cresce por pressão hidrostática e sim por alterações moleculares que fazem o epitélio crescer continuamente.
O dente pode erupcionar para dentro do cisto, diferente do dentígero onde desde o início já existe dente incluso.
Tem tendência a apresentar bordas festonadas (destrói o osso de forma irregular). Característica bem sugestiva de Tumor Odontogênico ceratocístico. O paciente pode apresentar lesões ceratocísticas múltiplas na Síndrome de Gorlin-Goltz)
Síndrome de Gorlin-Goltz:
-carcinomas baso-celulares (pele)
-múltiplos tumores odontogênicos ceratocísticos
-anormalidades ósseas:
Bossa frontal proeminente (“testudo”)
Ponte nasal larga e hipertelorismo (base do nariz mais larga e papilas afastadas)
Costelas bífidas (<)
Índice de recorrência: 2,5 a 50%. Lesões pequenas tem recorrência baixa. O índice aumenta com o tamanho da lesão. Se ficar algum remanescente do epitélio preso na cavidade, os fragmentos levam a formação de novo cisto chamados cistos satélites.
Punção: líquido espesso, branco, semelhante a leite condensado. Coloração branca se deve à presença de ceratina. 
Acomete 2ª e 3ª décadas de vida, região posterior de mandíbula. Aproximadamente 30% das lesões maxilares e 50% das mandibulares produzem expansão vestibular. A expansão lingual mandibular é vista ocasionalmente.
Tratamento: marsupialização é uma etapa do tratamento. Com a diminuição do tamanho a remoção é mais fácil, menor fragmentação. Excisão cirúrgica com osteotomia periférica (curetagem óssea periférica). Solução de Carnoy para cauterização química do cisto.

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