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Aula 03 - Português prof. Pestana

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Língua Portuguesa para o Soldado da PMDF 
 Teoria e Questões da Funiversa 
Prof. Fernando Pestana – Aula 03 
 
Prof. Fernando Pestana www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 108 
 
AULA 03: MORFOLOGIA II 
 
Salve, salve!!! 
 
 Chegou a hora da verdade! Estava muito ansioso para alcançar este 
momento. Quero dizer, antes de mais nada, que esta aula será o ‘divisor 
de águas’. Beleza? Vai aguentar?! Espero que sim, para que você não se 
enquadre entre aqueles sobre os quais um dia falou o poeta Mário 
Quintana: “Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não 
leem.” Cito mais um grande, Machado de Assis: “A vida sem luta é um 
mar morto no centro do organismo universal.” Depois dessas motivações 
(leia-as assim, rs)... prepare-se para voar alto! 
 
Quero que você leve muito a sério tal aula, pois ela fará você 
acertar pelo menos umas duas questões na sua prova. Não sou vidente, 
mas consigo prever o futuro por experiência de observar seu concurso. 
Mesmo você sabe isso... afinal, qual prova hoje em dia não trabalha 
verbos e pronomes? Então eu não conto novidade alguma. Não titubeie 
em estudar com afinco esta aula, que deve ser constantemente revisada 
por você. Ok?! Revisite, revisite, revisite quantas vezes forem necessárias 
o conteúdo desta aula! 
 
Nela serão revelados todos os segredos a respeito de Pronome e 
Verbo (mais especificamente flexão verbal, emprego de tempos e modos 
verbais; em pronomes: emprego, formas de tratamento e colocação) — 
as classes gramaticais mais exigidas em todos os concursos de Língua 
Portuguesa de nível médio e superior! No entanto, não se preocupe em 
decorar tudo. Veja as questões comentadas e perceba os assuntos mais 
recorrentes dentro de verbo e pronome. Foco! Estamos juntos? Missão 
dada, missão cumprida! 
 
Faça os exercícios com calma. “Cole” muitas vezes da teoria que 
está à sua disposição (aproveite que aqui você pode fazer isso, rs). 
 
Rumo à vaga, sem pestanejar, meus amigos!!! 
 
 
Sumário 
 
1- Pronome.................................................................................02 
2- Verbo......................................................................................28 
3- Questões com gabarito comentado.........................................67 
 
 
Língua Portuguesa para o Soldado da PMDF 
 Teoria e Questões da Funiversa 
Prof. Fernando Pestana – Aula 03 
 
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Pronome 
 
Palavra que 
 
• concorda em gênero e número com o substantivo, portanto 
variável. 
 
• substitui/representa ou acompanha/determina um nome 
substantivo, indicando as pessoas do discurso. 
 
É chamado de pronome substantivo aquele que substitui um 
substantivo: “João é gente boa, mas ele não é benquisto em sua família 
imediata”. É chamado de pronome adjetivo aquele que acompanha um 
substantivo explícito: “Minha casa é maravilhosa”. Note que ‘ele’ se 
refere à 3ª pessoa do discurso, ou seja, a pessoa sobre quem se fala 
(assunto da conversa, do discurso); já ‘minha’ se refere à 1ª pessoa do 
discurso, a pessoa que fala (o falante); a 2ª pessoa do discurso é a 
pessoa com quem se fala (ou interlocutor ou ouvinte). Estas posições são 
as adotadas pela maioria dos gramáticos, como Celso Cunha. 
 
 
Meu nobre aluno, por favor, ouça-me com atenção!!! A prova que você irá fazer 
quer saber se você domina o conhecimento de pronomes dentro do texto. “Como 
assim, Pestana?” A banca quer saber se você percebe as relações entre os 
pronomes e as palavras dentro do texto. Lembra-se de coesão referencial? 
Então, é disso que eu estou falando. Reitero: o que a banca quer saber de você 
é: o pronome X faz referência a que elemento ou ideia dentro do texto, a um(a) 
anterior ou a um(a) posterior? Espero que você já esteja escaldado com esse 
tipo de questão. Veja o texto abaixo (sublinho o pronome que faz referência a 
um elemento dentro do texto): 
 
Minha alegria 
 
minha alegria permanece eternidades soterrada 
e só sobe para a superfície 
através dos tubos alquímicos 
e não da causalidade natural. 
 
ela é filha bastarda do desvio e da desgraça, 
minha alegria: 
um diamante gerado pela combustão, 
como rescaldo final de um incêndio. 
 
(Waly Salomão) 
 
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‘Ela’ se refere à alegria, superfície ou causalidade? Interessante dizer que o 
poeta nos esclarece ao dizer assim: “ela é filha bastarda do desvio e da 
desgraça, minha alegria”. Mais interessante ainda é dizer que, pelo contexto, por 
mais que ele não nos tivesse esclarecido, ainda assim entenderíamos que ‘ela’ se 
refere à alegria, mencionada no 1º verso da 1ª estrofe. Muito inusitado o uso 
deste pronome, pois ao mesmo tempo em que substitui um termo anterior 
(valor anafórico), também faz referência a um termo posterior (valor catafórico): 
em ambos os casos, o termo é ‘minha alegria’. O referente do ‘ela’ é o mesmo, a 
saber: ‘minha alegria’, seja retomada (por anáfora) ou antecipada (por 
catáfora). 
 
Para ficar mais claro, seguem alguns exemplos em que pronomes têm valor 
anafórico ou catafórico: 
 
João é estudioso, por isso ele consegue boas notas. 
Ele é um cara muito esforçado, por isso todos adoram o João. 
O estudo é algo primordial, e eu o levo muito a sério. 
A aluna quer muito a vaga. Sua determinação é invejável. 
João e Pedro passaram, mas nenhum vai ficar. 
Ela e ele se classificaram, mas quem ficou realmente feliz? 
Só isto me interessa: a aprovação. 
O professor que me ajudou a passar foi o Pestana. 
 
Portanto, os pronomes exercem um papel decisivo na construção de um texto 
coeso e coerente, a partir de sua capacidade de referência textual. 
 
 
Classificação dos Pronomes 
 
São seis tipos: pessoais, possessivos, indefinidos, interrogativos, 
demonstrativos e relativos. 
 
Pronomes Pessoais 
 
Substituem as pessoas do discurso; podem ser do caso reto, do caso 
oblíquo (átono ou tônico) ou de tratamento. 
 
Retos 
 
Normalmente exercem função de sujeito da oração. 
 
1ª pessoa: eu (singular), nós (plural) 
2ª pessoa: tu (singular), vós (plural) 
3ª pessoa: ele/ela (singular), eles/elas (plural) 
 
O que você precisa saber sobre estes pronomes é o seguinte: 
 
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• Ocupam posição de sujeito, predicativo do sujeito e vocativo (este 
último só os de 2ª pessoa). Portanto, é um desvio gramatical o 
uso deles com função de objeto direto. 
 
Ex.: Filma nós, Galvão! / Chama eu, por favor! / Pega ele, pega ele! 
 
Deveria ser, por mais estranho que seja, para respeitar a norma 
culta: Filma-nos, Galvão! / Chama-me, por favor! Pega-o, pega-o! 
 
No entanto, se os pronomes retos (exceto ‘eu’ e ‘tu’) estiverem 
acompanhados de todos(as), só, apenas, somente, ou numeral, 
obtêm a permissão de serem postos em posição de objeto direto 
por alguns gramáticos, como Faraco & Moura. Bechara adota a 
posição de que só é aceita a posição de objeto direto se os retos 
vierem acompanhados de todos(as), assim concorda com ele 
Sacconi: Vi todos eles naquele dia. / Vimos apenas vós na festa. / 
Viram nós três saindo de lá. 
 
Lembra-se da música da Marisa Monte? Beija eu, beija eu, beija eu, me 
beija... Então, o que acha? Ela tem licença poética, ou seja, ela pode, 
você não, rs... 
 
• Segundo as opiniões de Evanildo Bechara e Adriano da Gama Kury, 
a contração da preposição‘de’ com o pronome reto ‘ele(a/s)’ antes 
de verbo no infinitivo é facultativa: 
 
Ex.: É hora ‘dela’ (ou ‘de ela’) beber água. 
 
Mas a maioria dos gramáticos divergem desta contração; para eles, 
não pode haver contração alguma: É hora ‘de ela’ beber água. 
 
• O mau uso de ele(a/s) pode gerar ambiguidade. 
 
Ex.: João e Pedro saíram com o pai deles. Ele ficou chateado por não 
chamarem a mãe. (Ele quem?) 
 
Oblíquos 
 
Normalmente exercem função de complemento verbal. 
 
Os pronomes oblíquos átonos são: 
 
1ª pessoa: me (singular), nos (plural) 
2ª pessoa: te (singular), vos (plural) 
3ª pessoa: se (singular ou plural), lhe(s), o(s), a(s) 
 
O que você precisa saber sobre estes pronomes é o seguinte: 
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• Os pronomes oblíquos átonos de 3ª pessoa o(s), a(s), se estiverem 
ligados a verbos terminados em r, s e z, viram lo(s), la(s). Se 
estiverem ligados a verbos terminados em ditongo nasal, viram 
no(s), na(s): 
 
Ex.: Vou resolver uma questão = Vou resolvê-la. / Fiz o concurso 
porque quis o emprego de funcionário público = Fi-lo porque qui-lo. / 
Apagaram nossos arquivos = Apagaram-nos. / Você põe a mão onde 
não deve = Você põe-na onde não deve. 
 
• Vale muito a pena dizer que os pronomes oblíquos átonos que eu 
acabei de mencionar, logo acima, exercem função de objeto direto e 
são de 3ª pessoa! “Por que você fez este adendo, Pestana?” 
Simples, meu nobre. Já vi muita gente boa cometendo deslizes do 
tipo: 
 
Ex.:“Eu vou informá-lo a verdade”. 
 
O problema é que quem informa, informa algo A ALGUÉM (objeto 
indireto). A frase, de acordo com a norma culta, deveria ser: Eu vou 
informar-lhe a verdade. O ‘lhe’ sim exerce função de objeto indireto. 
 
• Cuidado com o nos (1ª pessoa do plural) e o nos (3ª pessoa do 
plural), pois o mau uso deles pode provocar ambiguidade. 
 
Ex.: Os jornais chamaram-nos de extorsores. (chamaram a eles ou a 
nós?) 
 
• Cuidado!!! O pronome oblíquo LHE merece toda a nossa atenção, 
pois ele não substitui o complemento preposicionado de todos os 
verbos transitivos indiretos (verbos que exigem objeto indireto); ele 
exerce normalmente função de objeto indireto; e um “bizu”: o LHE 
pode ser substituído por A ELE(A/S) ou PARA ELE(A/S). Lembra-se 
da música do Moraes Moreira? Veja: 
 
Ex.: Eu ia lhe chamar enquanto corria a barca... 
 
O que acha do uso do LHE neste caso? Inadequado à norma culta!!! O 
verbo chamar é transitivo direto (VTD), logo o LHE, que exerce função 
de objeto indireto (OI), não pode ser complemento de um VTD. Agora 
veja este exemplo: 
 
Ex.: Vi o filme que você me recomendou, apesar de não querer 
assistir-lhe. 
 
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Nossa!!! Assistir-LHE??? Não “rola”, não é, meus nobres? “Por que, 
Pestana, afinal o LHE não exerce função de OI, o verbo assistir é VTI? 
O LHE não pode ser substituído por A ELE(A/S)?” 
 
Calma, gente! A força da gramática tradicional ainda diz que o ‘lhe’ 
não substitui complemento de certos verbos, como assistir, aspirar, 
referir-se, aludir, recorrer, etc. Está claro isso, certo? Regra. Portanto, 
a frase acima deveria ser assim: “Vi o filme que você me recomendou, 
apesar de não querer assistir a ele.” 
 
• Os pronomes oblíquos átonos podem funcionar como sujeito de 
infinitivo ou de gerúndio, quando se usam os verbos mandar, 
deixar, fazer (causativos) ou ver, ouvir, sentir e sinônimos 
(sensitivos). 
 
Ex.: Mandaram-me entrar. (E não: Mandaram eu entrar) / Deixe-as 
dormir. (E não: Deixe elas dormirem) / Faça-nos cantar. (E não: Faça 
nós cantarmos). Ficou claro? Mais exemplos: Viram-me sair. / Ouvi-o 
bater./ Sentimo-los abraçar-nos./ Vi-a chorando... 
 
• Construções quase arcaicas, mas ainda figurando nas gramáticas e 
em registros superformais são aquelas em que o pronome átono se 
contrai com outro átono; veja que coisa bisonha!: 
 
Ex.: Basta! Ele dar-ma-á de presente. = Basta! Ele dará a gramática 
(a) do Celso Cunha para mim (me) de presente. (me + a = ma) 
 
 
 
Meus amigos, como eu já havia falado, a aula de hoje é “pra queimar a mufa”! 
Ou eu não havia falado? Ah, sei lá... O fato é este: chegou a hora do pronome 
SE!!! 
 
Este pronome oblíquo átono tem cinco ‘facetas’: reflexivo (recíproco), 
integrante do verbo, expletivo (de realce), indeterminador do sujeito e 
apassivador. Nas explicações abaixo, precisarei contar com sua ajuda: seu 
conhecimento básico sobre transitividade verbal e um pouquinho de voz verbal. 
Vamos ver? 
 
Reflexivo (recíproco) 
 
Sempre acompanhado de verbo transitivo direto e/ou indireto (VTD/ VTI/VTDI). 
Segundo Bechara, ele “faz refletir sobre o sujeito a ação que ele mesmo 
praticou.” Diz-se que o pronome reflexivo é também recíproco quando há mais 
de um ser no sujeito e o verbo se encontra no plural. 
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Ex.: A menina se cortou. / Se está doente, trate-se. / Os namorados se deram 
as mãos. (recíproco) / A avó e a neta se queriam muito. (recíproco) / Eles se 
beijaram. (recíproco) / Ela se impôs uma dieta muito severa. / Ele se achou 
culpado por ter perdido a luta. / Sofia deixou-se estar à janela. 
 
Integrante do verbo 
 
Sempre acompanha verbo intransitivo (VI) ou transitivo indireto (VTI). 
Baseando-me no Bechara, posso dizer que ‘tais verbos indicam sentimento 
(indignar-se, ufanar-se, atrever-se, alegrar-se, admirar-se, lembrar-se, 
esquecer-se, orgulhar-se, arrepender-se, queixar-se, etc.) ou 
movimento/atitudes da pessoa em relação ao seu próprio corpo (sentar-se, 
suicidar-se, concentrar-se, converter-se, afastar-se, precaver-se, etc.). Por 
favor, não confunda este tipo de ‘faceta’ com a ideia de reflexividade! 
 
Ex.: Ele se precaveu das pragas. / Ela, infelizmente, suicidou-se. / Nunca você 
deve queixar-se da sua vida. 
 
Expletivo (de realce) 
 
Sempre acompanhado de verbos intransitivos (VI). Pode ser retirado da oração 
sem prejuízo sintático e semântico, pois seu valor é apenas estilístico (ênfase, 
expressividade). 
 
Ex.: Vão-se os anéis, ficam-se os dedos. = Vão os anéis, ficam os dedos. / Ela 
se tremia de medo do escuro. = Ela tremia de medo do escuro. / Passaram-se 
anos, e ele não retornou ainda. = Passaram anos, e ele não retornou ainda. 
 
Indeterminador do sujeito 
 
Sempre acompanha verbos na 3ª pessoa do singular de quaisquer 
transitividades (verbo de ligação (VL), VI, VTD, VTI), sem sujeito explícito. No 
caso do VTD, precisará haver objeto direto preposicionado (ODP) para que o SE 
indetermine o sujeito — note o último exemplo abaixo. Tal indeterminação 
implica um sujeito de valor genérico (generalizador), impreciso. 
 
Ex.: Lá se era mais feliz. (VL) / Aqui se vive em paz. (VI) / Lamentavelmente, 
não se confia mais nos governantes. (VTI) / Ama-se a Deus aqui nesta Igreja. 
(VTD) 
 
Apassivador 
 
Sempre acompanha VTD ou VTDI para indicar que o sujeito explícito da frase 
tem valor paciente, ou seja, sofre a ação verbal. Sempre é possível reescrever a 
frase passando para a voz passiva analítica, ou seja, transformando o verbo em 
locução verbal (SER + PARTICÍPIO). 
 
Ex.: Alugavam-se apartamentos aqui. = Apartamentos eram alugados aqui. / 
Sabe-se que as línguas evoluem = É sabido que as línguas evoluem. / 
Jabuticaba se chupa no pé = Jabuticaba é chupadano pé. / Guerra se faz com 
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armas = Guerra é feita com armas. / Dar-te-ei um ósculo = Um ósculo será 
dado por mim a ti. / Amores não se compram = Amores não são comprados. 
 
Ainda dentro de pronomes oblíquos átonos, faz-se necessário que eu fale 
de colocação pronominal, ok? Então, vida que segue... 
 
 
Colocação Pronominal 
 
Também chamada de Topologia ou Sínclise Pronominal, é o nome que se 
dá à parte da Gramática que trata, basicamente, da 
adequada posição dos pronomes oblíquos átonos junto aos verbos. 
 
Relembrando os pronomes oblíquos átonos (POAs): 
 
� o, a, os, as (que viram -lo, -la, -los, -las diante de verbos 
terminados em -r, -s e-z ou viram -no, -na, -nos, -nas diante de verbos 
terminados em ditongo nasal (exceto os verbos no futuro do indicativo) 
 
Ex.: Comprei uma casa (Comprei-a) / Vou comprar uma casa (Vou 
comprá-la) / Eles compraram uma casa (Eles compraram-na) / Eles 
comprarão a casa (Eles comprarão-na (INADEQUADO)) 
 
Você vai entender daqui a pouco por que está INADEQUADA esta última 
forma! Além desses, há: 
 
� me, te, se, nos, vos, lhe (s) 
 
Relembrados os POAs, vamos às regras: 
 
PRÓCLISE 
 
É o nome que se dá à colocação pronominal antes do verbo; ela é usada 
em clássicos 12 (doze) casos: 
 
1) Palavra de sentido negativo antes do verbo* 
Ex.: Não se esqueça de mim. 
 
* não, nunca, nada, ninguém, nem, jamais, tampouco, sequer, etc. 
Obs.: Após pausa (vírgula, ponto-e-vírgula...), usa-se ênclise: Não; esqueça-
se de mim! 
 
2) Advérbio ou palavra denotativa antes do verbo* 
Ex.: Agora se negam a depor. 
 
* já, talvez, só, somente, apenas, ainda, sempre, talvez, também, até, inclusive, 
mesmo, exclusive, aqui, hoje, provavelmente, por que, onde, como, quando, 
etc. 
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Obs.: Se houver pausa (vírgula, ponto-e-vírgula...) após o advérbio, usa-se a 
ênclise: Agora, negam-se a depor. Segundo o gramático Rocha Lima, se houver 
repetição de pronomes átonos após pausas, pode-se usar a próclise: Ele se 
ajeitou, se concentrou, se arrumou e se despediu. 
 
3) Conjunções subordinativas antes do verbo* 
Ex.: Soube que me negariam. 
 
* que, se, como, quando, assim que, para que, à medida que, já que, embora, 
consoante, etc. 
 
Obs.: Ainda que a conjunção esteja oculta, haverá próclise: Como não o achei, 
pedi-lhe (que) me procurasse. 
 
4) Pronomes relativos antes do verbo* 
Ex.: Identificaram-se duas pessoas que se encontravam desaparecidas. 
 
* que, o qual (e variações), cujo, quem, quanto (e variações), onde, como, 
quando. 
 
Obs.: Em linguagem literária, encontramos uma colocação raríssima (inexistente 
nos registros formais no estágio atual da língua) chamada de apossínclise, em 
que o POA vem antes da palavra negativa: Convidei duas pessoas 
que se não falavam há tempos. 
 
5) Pronomes indefinidos antes do verbo* 
Ex.: Poucos te deram a oportunidade. 
 
* alguns, todos, tudo, alguém, qualquer, outro, outrem, etc. 
 
6) Pronomes interrogativos antes do verbo* 
Ex.: Quem te fez a encomenda? 
 
* que, quem, qual, quanto 
 
Obs.: Informação que cabe para qualquer caso de próclise: ignora-se a 
expressão intercalada, colocando o POA antes do verbo, pois seu antecedente 
ainda é o pronome 'quem': Mesmo quem, diante de situações 
precárias, se encontra calmo, padece. 
 
7) Entre a preposição em e o verbo no gerúndio. 
Ex.: Em se plantando tudo dá. 
 
Obs.: O POA virá antes do gerúndio se estiver modificado por um advérbio: João 
não era ligado a dinheiro, pouco se importando com o conforto advindo dele. 
 
8) Com certas conjunções coordenativas aditivas e certas alternativas 
antes do verbo* 
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Ex.: Ora me ajuda, ora não me ajuda. Não foi nem se lembrou de ir. 
 
* nem, não só/apenas/somente... mas/como (também/ainda/senão)..., tanto... 
quanto/como..., que, ou... ou.., ora...ora, quer... quer..., já... já..., etc. 
 
9) Orações exclamativas e optativas (exprimem desejo) 
Ex.: Quanto se ofendem por nada, ora bolas! Deus te proteja, meu filho, 
que bons ventos o tragam logo. 
 
10) Com o infinitivo flexionado precedido de preposição 
Ex.: Foram ajudados por nos trazerem até aqui. 
 
11) Com formas verbais proparoxítonas 
 Ex.: Nós lhe desobedecíamos sempre. 
 
12) Com o numeral ambos 
Ex.: Ambos te abraçaram com cuidado. 
 
IMPORTANTE: Muitos gramáticos chamam de 'palavras atrativas' os termos que 
antecedem um verbo, os quais implicam a realização da próclise (casos: 1-6, 8, 
13) 
 
ÊNCLISE 
 
É o nome que se dá à colocação pronominal depois do verbo; ela é usada 
nos seguintes casos: 
 
1) Verbo no início da oração sem palavra atrativa 
Ex.: Vou-me embora daqui! 
 
Obs.: Com palavra atrativa: Já me vou embora daqui! 
 
2) Pausa antes do verbo sem palavra atrativa 
Ex.: Se eu ganho na loteria, mudo-me hoje mesmo. 
 
Obs.: Com palavra atrativa: Se eu ganho na loteria, tão logo me mudo. 
 
3) Verbo no imperativo afirmativo sem palavra atrativa 
Ex.: Quando eu avisar, silenciem-se todos. 
 
Obs.: Com palavra atrativa: Enquanto eu não avisar, jamais vos silenciem. 
 
4) Verbo no infinitivo não flexionado sem palavra atrativa 
Ex.: Não era minha intenção machucar-te. 
 
Obs.: Os POAs -o, -a, -os, -as (-lo, -la, -los, -las) virão enclíticos aos infinitivos 
não flexionados antecedidos da preposição A: Estou inclinado a perdoá-lo. 
Apesar de tudo, continuo disposto a ajudá-la. 
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Obs: Com palavra atrativa: ver Casos Facultativos mais abaixo. 
 
5) Verbo no gerúndio sem palavra atrativa 
Ex.: Recusou a proposta fazendo-se de desentendida. 
 
Obs.: Com palavra atrativa: Recusou a proposta não se fazendo de 
desentendida. 
 
MESÓCLISE 
 
É o nome que se dá à colocação pronominal no meio do verbo 
(extremamente formal); ela é usada nos seguintes casos: 
 
1) Verbo no futuro do presente do indicativo sem palavra atrativa 
Ex.: Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento em prol da 
paz no mundo. 
 
Obs.: O POA sempre ficará entre o 'r' do verbo e a terminação do 
verbo: Daremos um beijo no teu rosto =Dar-te-emos um beijo no rosto. 
Obs.: Com palavra atrativa: Talvez se realizará, na próxima semana, um 
grande evento... 
 
2) Verbo no futuro do pretérito do indicativo sem palavra atrativa 
Ex.: Não fosse o meu compromisso, acompanhar-te-ia nesta viagem. 
 
Obs.: Com palavra atrativa: Mesmo não havendo 
compromisso, nunca te acompanharia nesta viagem. 
 
CASOS FACULTATIVOS 
 
1) Pronomes demonstrativos antes do verbo sem palavra atrativa* 
Ex.: Aquilo me deixou triste ou Aquilo deixou-me triste 
 
* este (e variações), isto; esse (e variações), isso; aquele (e variações), aquilo 
 
Obs.: Acho que nem preciso dizer que a construção 'Aquilo me deixou-me triste' 
é algo IMPOSSÍVEL. PRECISO??? Não me deixe triste, hein! (rs) 
 
2) Conjunções coordenativas (exceto aquelas mencionadas nos casos de 
próclise) antes do verbo sem palavra atrativa 
Ex.: Ele chegou e dirigiu-se a mim ou Ele chegou e se dirigiu a mim. Corri 
atrás da bola, mas me escapouou Corri atrás da bola, mas escapou-me. 
 
3) Sujeito explícito com núcleo pronominal (pronome pessoal reto e de 
tratamento) antes do verbo sem palavra atrativa 
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Ex.: Ele se retirou ou Ele retirou-se. Eu te considerarei ou Eu considerar-
te-ei. Sua Excelência se queixou de você ou Sua Excelência queixou-
se de você. 
 
Obs.: Com verbos monossilábicos, a eufonia ordena que se use a próclise. 
Ex.: Eu a vi ontem, e não Eu vi-a ontem. 
 
4) Sujeito explícito com núcleo substantivo antes do verbo sem palavra 
atrativa 
Ex.: Camila te ama ou Camila ama-te. 
 
5) Infinitivo não flexionado precedido de palavras atrativas ou das 
preposições para, em, por, sem, de, até, a 
 
Ex.: Meu desejo era não o incomodar ou Meu desejo era não incomodá-
lo. Calei-me para não contrariá-lo ou Calei-me para não o contrariar. 
Corri para o defender ou Corri para defendê-lo. Acabou de se quebrar o 
painel ou Acabou de quebrar-se o painel. Sem lhe dar de comer, ele 
passará mal ou Sem dar-lhe de comer, ele passará mal.Até se formar, 
vai demorar muito ou Até formar-se, vai demorar muito. Erro 
agora em lhe permitir que me deixe ou Erro agora em permitir-lhe que 
me deixe. Por se fazer de bobo, enganou a muitos ou Por fazer-se de 
bobo, enganou a muitos. Estou pronto a te acompanhar ou Estou 
pronto a acompanhar-te 
 
COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕES VERBAIS 
 
1) Quando o verbo principal for constituído por um particípio: 
 
a) O pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar. 
 
Ex.: Haviam-me convidado para a festa. 
 
Obs.: O hífen que liga o verbo auxiliar ao POA é facultativo. 
 
b) Se, antes do tempo composto*, houver palavra atrativa, o pronome 
oblíquo ficará antes do verbo auxiliar. 
 
Ex.: Não me haviam convidado para a festa 
 
* locução verbal formada por 'ter/haver + particípio' 
 
Obs.: Se o verbo auxiliar estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito, 
ocorrerá a mesóclise, desde que não haja antes dele palavra atrativa. 
 
Ex.: Haver-me-iam convidado para a festa. 
 
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2) Quando o verbo principal for constituído por um infinitivo ou um 
gerúndio 
 
a) Se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá depois do 
verbo auxiliar (com hífen), antes do principal (sem hífen) ou depois do 
verbo principal (com hífen) 
 
Ex.: Devo-lhe/Devo lhe esclarecer o ocorrido ou Devo esclarecer-lhe o 
ocorrido. / Estavam-me/Estavam me chamando pelo rádio ou Estavam 
chamando-me pelo rádio. 
 
Obs.: O hífen que liga o verbo auxiliar ao POA é facultativo. 
 
b) Havendo palavra atrativa, o pronome poderá ser colocado antes do 
verbo auxiliar ou depois do verbo principal. 
 
Ex.: Não posso esclarecer-lhe o ocorrido ou Não lhe posso esclarecer mais 
nada. / Estavam chamando-me ou Não me estavam chamando. 
 
Obs.: Os casos facultativos 1, 3 e 4 permitem 3 colocações pronominais com as 
locuções verbais: Ele te vai xingar muito ou Ele vai(-)te xingar muito ou Ele vai 
xingar-te muito. 
 
Os gramáticos Domingos Paschoal Cegalla e José Carlos de Azeredo dizem 
ser possível a colocação do pronome entre os verbos da locução verbal, 
mesmo com palavra atrativa antes: 
 
Ex.: Não me estavam chamando ou Não estavam me chamando ou 
Não estavam chamando-me. 
 
Última OBS.: Por motivo de eufonia, elimina-se o 's' final dos verbos na 1ª 
pessoa do plural seguidos do pronome 'nos': Inscrevemos + nos no curso = 
Inscrevemo-nos no curso; Conservamos + nos jovens = Conservamo-nos 
jovens. 
 
Na boa? Respire um pouco, vá beber uma água, estique as pernas, veja 
um pouco de desenho... relax... Cansou um pouquinho, não? Pronto, tive 
uma ideia, vou contar uma piada e depois você continua sua leitura, 
beleza? ☺☺☺☺ 
 
Na escola 
 
Na escola de treinamento para homem-bomba, os alunos estão todos 
reunidos, muito concentrados na aula, quando o professor explica: 
 
— Olha aqui, vocês prestem muita atenção, porque eu só vou fazer uma 
vez! 
 
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Ajudou? Não?! Foi mal... rsrs... Chega de palhaçada, vamos nessa! 
---------------------------------------------------------------------------------- 
 
Os pronomes oblíquos tônicos, sempre precedidos de preposição, são: 
 
1ª pessoa: mim, comigo (singular); nós, conosco (plural) 
2ª pessoa: ti, contigo (singular); vós, convosco (plural) 
3ª pessoa: si, consigo (singular ou plural); ele(a/s) (singular ou plural) 
 
O que você precisa saber sobre estes pronomes é o seguinte: 
 
• Sobre o MIM 
 
Ex.: Nunca houve nada entre mim e ti. 
 
Adequado à norma culta ou não este uso do pronome? Adequadíssimo! 
Não estaria se estivesse assim: ‘Nunca houve nada entre eu e você’. 
Lembra-se de que o ‘eu’ só exerce função de sujeito ou de predicativo 
do sujeito? Então...; o ‘eu’ só poderia vir após preposição se fosse 
sujeito de um verbo: ‘Entre eu sair e tu saíres, saio eu! Agora está 
ótimo.’ 
 
E nesta frase abaixo, há incorreção gramatical? 
 
Ex.: Sempre foi muito complicado para mim entender Português. 
 
Deu vontade de dizer que sim? Que pena! A frase acima está perfeita. 
O ‘mim’ pode ficar diante de verbo no infinitivo — explico isso logo 
abaixo. Cuidado com esta construção, meu amigo, pois ela pode 
sabotar você. O que não pode ocorrer é o ‘mim’ ocupar posição de 
sujeito, ok? Veja: 
 
Ex.: Comprei um curso em PDF para mim aprender, enfim, Português. 
 
Observe que neste caso o ‘mim’ é sujeito do verbo aprender. “Ah, 
Pestana, como eu vou saber isso!?” Simples, observe a primeira frase 
(adequada) de novo: 
 
Sempre foi muito complicado para mim entender Português. 
 
O que você deve perceber é: se for possível apagar ou deslocar a 
expressão ‘para mim’ diante do verbo, isso é sinal de que ela não tem 
o ‘mim’ funcionando como sujeito do verbo no infinitivo. Afinal, ‘mim’ 
não conjuga verbo, logo não pode ser sujeito. Logo, nestas condições, 
a expressão pode vir sem problemas diante do verbo. Veja como 
ficaria: 
 
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Sempre foi muito complicado ( ) entender Português. 
 
ou 
 
Sempre foi muito complicado entender Português para mim. 
 
Tente aplicar estes “macetes” à frase “Comprei um curso em PDF para 
mim aprender, enfim, Português.”. Não conseguiu? Sabe por quê? 
Porque nesta frase o ‘mim’ conjuga verbo e tem função de sujeito. 
Como sabemos que ele está inadequado, consertemos: 
 
Comprei um curso em PDF para EU aprender, enfim, Português. 
 
• Usar entre si sempre que for possível a posposição do pronome 
mesmos, lembrando-se que o sujeito tem de ser da 3ª pessoa do 
plural, senão usa-se entre eles. 
 
Ex.: Os irmãos discutiam entre si (mesmos); mas: Nunca houve briga 
entre eles (construção adequada). 
 
• Se, si, consigo são pronomes reflexivos (ou reflexivos recíprocos), 
isto é, referem-se ao próprio sujeito do verbo. Me, te, nos, vos 
podem ser também. 
 
Ex.: Elisabete se machucou e só fala de si mesma, levando consigo 
todo o crédito. / Eu me fantasiei. / Nós nos abraçamos. / Vós vos 
cumprimentastes? / Tu te maquiaste bem. 
 
• Usam-se com nós e com vós quando estessão seguidos de 
ambos, todos, outros, mesmos, próprios, um numeral, um aposto 
explicativo ou uma oração adjetiva; caso contrário, usa-se conosco 
e convosco. 
 
Ex.: Estava com nós outros. / Saiu com vós todos. (...) / As crianças 
irão conosco e não convosco. (...) 
 
• Contração das preposições com ele(a/s) 
 
Ex.: de + ele(a/s) = dele (a/s); em + ele (a/s) = nele (a/s)... 
 
 
Pronomes de tratamento 
 
São pronomes que se usam no tratamento cortês e cerimonioso; seguem 
os principais: 
 
Pronomes de Abreviatura Abreviatura Usados para 
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tratamento Singular Plural 
Você V. VV. Um tratamento íntimo, familiar. 
Senhor, 
Senhora 
Sr., Sr.ª Srs., Srª.s 
Pessoas com as quais mantemos 
um certo distanciamento mais 
respeitoso. 
Vossa Senhoria V. S.ª V. Sªs 
Pessoas com um grau de 
prestígio maior. Usualmente, os 
empregamos em textos escritos, 
como: correspondências, ofícios, 
requerimentos, etc. 
Vossa 
Excelência 
V. Ex.ª V. Ex.ªs 
Pessoas com alta autoridade, 
militares e políticas, como: 
Presidente da República, 
Senadores, Deputados, 
Embaixadores, Oficiais de 
Patente Superior à de Coronel, 
etc. 
Vossa 
Eminência 
V. Em.ª V. Em.ªs Cardeais. 
Vossa Alteza V. A. V V. A A. Príncipes e duques. 
Vossa Santidade V.S. - Para o Papa. 
Vossa 
Reverendíssima 
V. Rev.mª V. Rev.mªs Sacerdotes e Religiosos em geral. 
Vossa 
Paternidade 
V. P. VV. PP. Superiores de Ordens Religiosas. 
Vossa 
Magnificência 
V. Mag.ª V. Mag.ªs Reitores de Universidades 
Vossa Majestade V. M. V V. M M. Reis e Rainhas. 
 
O que você precisa saber sobre estes pronomes é o seguinte: 
 
• Usa-se Vossa quando se fala com a pessoa; Sua, quando se fala 
sobre a pessoa. 
 
Ex.: No quarto da rainha: 
 
– Vossa Majestade precisa de algo? 
 – Sim. Um suco. 
 
Na cozinha: 
 
– Sua Majestade é cheia de mimos, não?! 
 – Ela sempre foi assim. 
 
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• Qualquer pronome de tratamento, apesar de se referir à 2ª pessoa 
do discurso, exige que verbos e pronomes estejam na forma de 3ª 
pessoa. 
 
Ex.: Você Alteza estuda tanto para poder um dia governar sua nação. 
 
• O pronome você não pode ser “misturado” com verbos ou 
pronomes de 2ª pessoa no mesmo contexto; é preciso haver 
uniformidade de tratamento; no entanto, o que mais ocorre é a 
“desuniformidade” de tratamento, note: 
 
Ex.: Entre por essa porta agora e diga que me adora, você tem meia-
hora pra mudar a minha vida, vem, vambora... (Adriana Calcanhoto) 
 
A forma verbal ‘vem’ está na 2ª pessoa do singular (vem (tu)); deveria 
ser: ‘venha’ (venha (você)). Vou falar mais disso em verbos. 
 
 
Pronomes Possessivos 
 
Estabelecem, normalmente, relação de posse entre seres e conceitos e as 
pessoas do discurso. Daqui a pouco explico o ‘normalmente’. 
 
1ª pessoa: meu(s), minha(s) / nosso(s), nossa(s) 
2ª pessoa: teu(s), tua(s) / vosso(s), vossa(s) 
3ª pessoa: seu(s), sua(s) 
 
O que você precisa saber sobre estes pronomes é o seguinte: 
 
• Os pronomes de tratamento utilizam os possessivos da 3ª pessoa: 
 
Ex.: Vossa Senhoria deve encaminhar suas reivindicações ao diretor. 
 
• Em algumas construções, os pronomes pessoais oblíquos assumem 
valor de possessivos, exercendo, pois, função sintática de adjunto 
adnominal (ADN); Celso Cunha e Bechara veem-nos como objetos 
indiretos com valor possessivo. 
 
Ex.: Vou seguir-lhe os passos. (Vou seguir seus passos) / Apertou-me 
as mãos. (Apertou minhas mãos). 
 
• Mudança de posição pode gerar mudança de sentido. 
 
Ex.: Envio minhas fotos ainda hoje (fotos tiradas por mim) / Envio 
fotos minhas ainda hoje (fotos em que estou presente) 
 
• O pronome possessivo seu pode causar ambiguidade. 
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Ex.: O policial prendeu o ladrão em sua casa. / João, Maria e seu filho 
saíram. / Marcos contou-me que Soraia tinha desaparecido com seus 
documentos. / A professora disse ao diretor que concordava com sua 
nomeação. 
 
Para desfazer a ambiguidade, podem-se usar vírgulas, próprio(-a/ -s), 
dele(-a/-s), voz passiva, pronome relativo ‘que’, o pronome 
demonstrativo ‘este’... 
 
Ex.: O policial, em sua própria casa, prendeu o ladrão. / O ladrão foi 
preso pelo policial na casa deste... 
 
 
Olha o que a banca pode fazer com você nesta frase: “O carro dele quebrou”. 
 
Na frase acima, temos um pronome possessivo. O que acha? É ou não? 
Resposta: JAMAIS! De acordo com a norma culta, meu camarada, os 
pronomes possessivos são os que estão na tabela de pronomes possessivos. 
Por acaso você viu algum dele(a/s) lá? Creio que não, por isso, não caia 
nessa! 
 
Analisando o ‘dele’: de + ele = dele. Simples assim. Uma mera contração 
entre preposição e pronome pessoal, que, neste caso, é oblíquo tônico. 
Beleza? Maravilha! 
 
• O artigo definido é facultativo antes dos possessivos. 
 
Ex.: Gosto de meu trabalho ou Gosto do meu trabalho. 
 
• Os matizes de sentido, respectivamente, que podem ter os 
possessivos são: parentesco, estimativa, ironia, cortesia, realce... 
 
Ex.: Como vão os seus, João? / Roberto tem seus vinte e quatro 
anos. / Minha querida, cala a boca! / Deixe-me ajudar, minha boa 
senhora. / Seu bobo, para de palhaçada! 
 
 
Pronomes Indefinidos 
 
Referem-se à 3ª pessoa do discurso de forma vaga, imprecisa ou 
genérica. São eles: 
 
Variáveis Invariáveis 
 
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Algum, alguma, alguns, algumas Algo 
Nenhum(ns), nenhuma(s) Tudo 
Todo, toda, todos, todas Nada 
Outro, outra, outros, outras Mais/Menos 
Muito, muita, muitos, muitas 
Bastante, bastantes 
 
Pouco, pouca, poucos, poucas Quem 
Certo, certa, certos, certas Alguém 
Vário, vária, vários, várias Ninguém 
Quanto, quanta, quantos, quantas Outrem 
Tanto, tanta, tantos, tantas (Os) Demais 
Qualquer, quaisquer 
Tal, tais 
 
Qual, quais Cada 
Um, uma, uns, umas Que 
 
 
Locuções pronominais indefinidas 
 
Grupos de vocábulos com valor de pronome indefinido. 
 
Cada qual, cada um, quem quer que, seja quem for, seja qual for, o mais, 
todo mundo, todo aquele que, um ou outro, qualquer um... 
 
Ex.: Cada um é diferente. 
 
Seja quem for que me incomode pagará caro. 
 
Todo mundo me respeita. 
 
O que você precisa saber sobre estes pronomes é o seguinte: 
 
• Importante!!! A mudança de posição de alguns indefinidos poderá 
mudar ora sua classe, ora seu sentido. 
 
Ex.: Qualquer mulher merece respeito (sentido generalizador) / Ela 
não é uma mulher qualquer (sentido pejorativo). / Algum amigo te 
traiu? (sentido genérico) / Amigo algum me traiu. (sentido negativo) / 
Certo homem veio atrás de você. (sentido genérico, pronome 
indefinido) / Ele é o homem certo. (sentido qualificativo, adjetivo) / 
Outra mulher chegou. (sentido indefinido, pronome indefinido) / Agora 
ela é uma outra mulher. (‘nova, renovada’, adjetivo) 
 
• Todo, no singular e junto de artigo, significa inteiro; sem artigo, 
significa qualquer. 
 
Ex.: Todo o edifício será pintado. / Todo edifícioserá pintado. 
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• Nenhum varia normalmente quando anteposto ao substantivo. 
 
Ex.: Não havia nenhumas frutas na cesta. 
 
• O pronome indefinido outro junto de artigo pode mudar de sentido. 
 
Ex.: Outro dia fui visitá-lo. (tempo passado) / Fui visitá-lo no outro 
dia (tempo futuro). 
 
• O pronome cada pode ter valor discriminativo ou intensivo. 
 
Ex.: Em cada lugar, há diversidade de beleza. / Tu tens cada mania! 
 
• O vocábulo UM pode ser artigo indefinido, numeral ou pronome 
indefinido (alternando com ‘outro’). 
 
Ex.: Ele é um homem bom. (artigo indefinido) / Ele é só um, deixe-o 
em paz (numeral). / Um chegou cedo; o ‘outro’, atrasado. (pronome 
indefinido) 
 
 
Alguns pronomes indefinidos podem virar advérbios, a depender do contexto. 
Lembre-se sempre: pronome se liga a substantivo. Veja: 
 
Toda força é bem-vinda. (pronome indefinido) / Ela estava toda boba. (toda 
modifica o adjetivo ‘boba’; a variação do advérbio neste caso é forma coloquial, 
mas polêmica; o adequado, apesar de estranho, seria “Ela estava todo boba”) 
 
Tenha mais amor e menos desconfiança. (pronomes indefinidos) / Aja mais e 
fale menos. (advérbios modificando verbos) 
 
O mesmo ocorre com os pronomes indefinidos ‘muito, bastante, pouco, algo, 
nada, que, tanto...’ 
 
 
Pronomes Interrogativos 
 
Exprimem questionamento direto ou indireto em um contexto que sugere 
desconhecimento ou vontade de saber. 
 
Que (o que), Quem, Qual (e variações), Quanto (e variações) 
 
Ex.: Que é isso? (pergunta direta) 
 
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Quero saber [que é isso (?)]. (pergunta indireta) 
 
• Não confunda pronome interrogativo (que) com conjunção 
integrante (que). Se der para fazer uma pergunta a partir do ‘que’, 
este será interrogativo, e não conjunção integrante. 
 
Ex.: Não sei que horas são. (Que horas são? Pergunta possível) / 
Espero que sejam dez horas. (Que sejam dez horas? Pergunta 
impossível) 
 
• Nas frases interrogativas indiretas, os pronomes interrogativos 
vêm, normalmente, após os verbos ‘saber, perguntar, indagar, 
ignorar, verificar, ver, responder...’ 
 
Ex.: Quero saber (o) que devo fazer. (Que devo fazer?) / Ignoro quem 
fez isso (Quem fez isso?). 
 
• A forma reduzida da expressão ‘que é de’ é ‘Cadê’, muito popular, 
mas não contemplada entre os gramáticos normativos como culta. 
 
Ex.: Cadê as pessoas que estavam aqui? 
 
 
Pronomes Demonstrativos 
 
Palavras que marcam a posição temporal ou espacial de um ser em 
relação a uma das três pessoas do discurso, fora do texto (exófora/dêixis) 
ou dentro de um texto (endófora (anáfora ou catáfora)). 
 
Normalmente relacionados à 1ª pessoa: este(a/s), isto. 
Normalmente relacionados à 2ª pessoa: esse(a/s), isso. 
Normalmente relacionados à 3ª pessoa: aquele(a/s), aquilo. 
 
Além destes pronomes demonstrativos canônicos, há: 
 
• mesmo(a/s), próprio(a/s) com valor reforçativo ou junto de 
artigo 
 
Ex.: Ela mesma/própria costura seus vestidos. / A mesma mulher 
tem talento de sobra. 
 
Obs.: Cuidado com a seguinte construção: “O elevador só suporta oito 
pessoas. Não sobrecarregue o mesmo.” Neste caso, o uso de ‘o mesmo’ 
retomando um termo, como um típico demonstrativo, não está adequado à 
norma culta segundo muitos gramáticos, como Sacconi. Os manuais de 
redação também não o recomendam. 
 
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• tal(s), semelhante(s), quando aparecem no lugar de isto, aquilo, 
aquele(a/s) 
 
Ex.: Tal absurdo eu não cometeria. / Nunca vi semelhante coisa, 
meu Deus! 
 
• o(s), a(s), quando substituíveis por aquele(a/s), isso; importante 
dizer que tal situação ocorre em três casos: antes do pronome 
relativo ‘que’, antes da preposição ‘de’, e junto ao verbo ser ou 
fazer, normalmente. 
 
Ex.: Somos o que somos. (Somos aquilo que somos) / As que 
chegaram atrasadas perderam a explicação. (Aquelas que chegaram 
atrasadas...) / Convidei só os da Barra da Tijuca para o jogo. 
(Convidei só aqueles da Barra...) / Ela estudava, mas não o fazia com 
vontade. (Ela estudava, mas não fazia isso com vontade) 
 
 
Principais usos dos demonstrativos 
 
1) Numa perspectiva exofórica ou dêitica, ou seja, referindo-se a 
elementos extradiscursivos (fora do texto/discurso) dentro do espaço ou 
do tempo, procede-se assim: 
 
Função espacial 
 
Os advérbios aqui, cá (proximidade à 1ª p.); aí (proximidade à 2ª p.); ali, 
lá, acolá (distância da 1ª p. e da 2ª p.) ajudam no uso adequado dos 
pronomes demonstrativos. 
 
Este (a/s), isto: próximo do falante 
 
Ex.: Esta camisa (aqui) do Flamengo é minha. 
 
Esse(a/s), isso: próximo do ouvinte 
 
Ex.: Essa camisa (aí) é tua? 
 
Aquele(a/s), aquilo: distante dos dois 
 
Ex.: Aquela camisa é dele. 
 
Função temporal 
 
Este(a/s): presente, passado recente ou futuro (dentro de um espaço de 
tempo). 
 
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Ex.: Esta é a hora da verdade. / Esta noite foi sensacional. / Este fim de 
semana será perfeito, pena que ainda é segunda. 
 
Esse(a/s): passado recente 
 
Ex.: Ninguém se esquecerá desse carnaval. 
 
Aquele(a/s): passado ou futuro distantes (vago) 
 
Ex.: Foi em 1500, naquele ano, o Brasil surgiu. / Naquele dia, no Seu 
dia, Deus fará justiça. 
 
2) Numa perspectiva endofórica (anafórica ou catafórica), ou seja, 
referindo-se a elementos intradiscursivos (dentro do texto), procede-se 
assim: 
 
Função distributiva 
 
Este, referindo-se ao mais próximo ou citado por último. Aquele, 
referindo-se ao mais afastado ou citado em 1º lugar. Ambos são 
anafóricos, pois substituem termos anteriores. 
 
Ex.: Todos nós conhecemos Lula e Dilma. A imagem desta tem como 
reflexo aquele. Ou seria o contrário? 
 
Função referencial 
 
Este(a/s), isto referem-se a algo que será dito ou apresentado (valor 
catafórico). Pode também retomar um termo antecedente (valor 
anafórico), segundo Bechara. 
 
Ex.: Esta sentença é verdadeira: “A vida é efêmera”. E nisto todos 
confiam. 
 
Esse(a/s), isso referem-se a algo já dito ou apresentado (sempre 
anafóricos). 
 
Ex.: Isso que você disse não está certo, amigo. É por essas e outras que 
nada funciona neste país. 
 
 
Valores estilísticos dos demonstrativos 
 
Ex.: Não dou dessas, não! Por exemplo, essa aí não presta (desprezo, 
ironia) / Essa, não! (surpresa) / Você só pensa naquilo... (malícia) / Não 
consigo acreditar que ela tenha virado aquilo (pena, comiseração)... 
 
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Pronomes Relativos 
 
Este é o campeão de aparições nas provas, portanto aproveite minha 
minuciosa abordagem! 
 
A palavra relação vem do latim ‘relatione’ que significa ligação, conexão, 
daí chamar o pronome que se refere, ou se relaciona, ou está ligado a 
um termo, de relativo. Assim, pronome relativo é um elemento 
conector de caráter anafórico, isto é, refere-se a um termo antecedenteexplícito (substantivo, pronome substantivo, numeral substantivo, 
advérbio, verbo no infinitivo ou oração reduzida de infinitivo), 
substituindo-o, e que sintaticamente introduz oração subordinada adjetiva 
restritiva ou explicativa. 
 
Ex.: O homem – apesar de todos os contratempos – que veio aqui era o 
Presidente. 
 
 Ninguém que esteve no Brasil desapontou-se. 
 
 Apenas um, que compareceu à festa, estava bem trajado. 
 
 Ali, onde você mora, não é o melhor lugar do mundo. 
 
 Estudar que é bom ninguém acha legal. 
 
Procurar aprender Língua Portuguesa, que é importante, você não 
quer. 
 
Visto que seu objetivo é substituir um vocábulo para que este não 
se torne repetitivo, o pronome relativo nos permite reunir duas orações 
numa só. 
 
Ex.: O livro é espetacular. Estou lendo um livro. => Estou lendo um livro 
que é espetacular ou O livro que estou lendo é espetacular. 
 
Obs.: Na linguagem coloquial, observa-se o uso pleonástico por um pronome 
oblíquo após o relativo. Não está adequado à norma culta! 
 
Ex.: Este ó livro que pretendemos comprá-lo. 
 
É importante dizer que, se um verbo ou um nome da oração 
subordinada adjetiva exigir a presença de uma preposição, esta irá à 
frente do pronome relativo. Preste atenção!!! 
 
Ex.: O filho, do qual a mãe tinha necessidade, era bom. (quem tem 
necessidade, tem necessidade DE) 
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Obs.: Na linguagem coloquial, a ausência da preposição é comum. 
Cuidado!!! Ex.: Este é o carro (!?) que precisamos. 
 
É notório hoje em dia o uso não atento às normas gramaticais do 
pronome relativo. Por isso, faz-se necessário aos que se preocupam com 
as normas o conhecimento do registro formal. 
 
Ex.: Este é o livro que o autor é excelente. (LINGUAGEM COLOQUIAL) 
 
 Este é o livro cujo autor é excelente. (LINGUAGEM CULTA) 
 
 
 Veja o uso adequado dos oito pronomes relativos 
 
QUE (substituível pelo variável O QUAL) 
 
- É invariável. 
- Refere-se a pessoas ou coisas. 
- É chamado de relativo universal, pois pode – geralmente – ser utilizado 
em substituição de todos os outros relativos. 
 
Ex.: As mulheres, que (=as quais) são geniosas por natureza, 
permanecem ótimas. 
 
O Flamengo, que (= o qual) sempre será meu time de coração, é 
pentacampeão. 
 
Minha sogra, a que (= à qual) tenho grande aversão, está viva 
ainda. 
 
O Flamengo é o (= aquilo) que preocupa os vascaínos. 
 
 Os dois, que (= os quais) você ajudou, já estão recuperados. 
 
Obs.: 
 
1- Numa série de orações adjetivas coordenadas o que pode estar elíptico. 
 
Ex.: A sala estava cheia de alunos que conversavam, (!) riam, (!) dormiam. 
 
2- Diz-se que o relativo que só deve ser antecedido de preposição monossilábica (a, 
com, de, em, por; exceto sem e sob); caso contrário, usam-se os variáveis (sem 
restrição quanto ao uso das preposições), inclusive para evitar ambiguidade. 
 
Ex.: Este é o ponto com que concordo, mas foi este sobre o qual você falou? / 
Ambiguidade: Conheci o pai da garota que se acidentou. (Quem se acidentou?), por 
isso: Conheci o pai da garota o qual (ou a qual) se acidentou. 
 
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3- Cuidado para não confundir o relativo que com a conjunção integrante que, ou com o 
pronome interrogativo que, ou com a partícula expletiva que. 
 
Ex.: Eu disse ao homem que ia comprar o carro hoje! (conjunção integrante; Eu disse 
ao homem ISSO) / Eu não soube pelo homem que horas são. (pronome 
interrogativo) / Eram as meninas que tinham de limpar a casa hoje, mãe! (partícula 
expletiva; às vezes vem em forma de ‘expressão expletiva’ formada pelo verbo “ser 
+ que” para conferir ênfase a um termo de valor substantivo; no caso, ‘as meninas’) 
 
QUEM 
 
- É invariável. 
- Refere-se a pessoas ou a algo personificado. 
- A preposição a precederá o relativo quem sob qualquer circunstância, 
exceto se o verbo ou um nome da oração subordinada adjetiva exigir 
outra preposição. De qualquer forma, vem sempre preposicionado. 
 
Ex.: A Justiça a quem devo obediência é meu guia. 
 
 Eis o homem a quem mais admiro. 
 
 Conheci uma musa por quem me apaixonei. 
 
 Deus, perante quem me ajoelho, é importantíssimo. 
 
Obs.: Evita-se o uso da preposição sem antes de quem; prefere-se sem o qual em vez 
de sem que. 
 
Ex.: Esperávamos Maria sem quem não sairíamos. (!?) / Esperávamos Maria, sem a 
qual não sairíamos. 
 
CUJO 
 
- É um pronome adjetivo que vem, geralmente, entre dois nomes 
substantivos explícitos, entre o ser possuidor (antecedente) e o ser 
possuído (consequente). 
- É variável, logo concorda em gênero e número com o nome 
consequente, o qual geralmente difere do antecedente. 
- Nunca vem precedido ou seguido de artigo, é por isso que não há crase 
antes dele. 
- Geralmente exprime posse. 
- Equivale à preposição de + antecedente, se invertida a ordem dos 
termos. 
 
Ex.: O Flamengo, cujo passado é glorioso, continua alegrando. (O 
passado do Flamengo...) 
 
Esta é uma doença contra cujos males os médicos lutam. 
(...contra os males da doença) 
 
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 Vi o filme a cujas cenas você se referiu. (...às cenas do filme) 
 
O telefone, cuja invenção ajudou a sociedade, é útil. (A invenção 
do telefone...)* 
 
O registro formal, em que o grau de prudência é máximo, e cujo 
conteúdo é mais elaborado e complexo é o preferido dos 
professores de língua portuguesa. (...o conteúdo do registro 
formal...) 
 
*Aqui não há relação de posse. 
 
QUANTO 
 
- É variável. 
- Aparece sempre após os pronomes “tudo, todo (e variações) e tanto (e 
variações)” seguidos ou não de substantivo ou pronome. 
 
Ex.: Ele encontrou tudo quanto procurava. 
 
 Aqui há tudo quanto você precisa. 
 
 Bebia toda a cerveja quanta lhe ofereciam. 
 
 Todas quantas colaborarem serão beneficiadas. 
 
Aqui há tanto movimento quanto se pode esperar. 
 
Explico tantas vezes quantas sejam necessárias. 
 
ONDE 
 
- É invariável. 
- Aparece com antecedente locativo real ou virtual. 
- Substituível por “em que, no qual (variações)”. 
- Pode ser antecedido, principalmente, pelas preposições “a, de, por e 
para”. Aglutina-se com a preposição a, tornando-se “aonde”, e com a 
preposição de, tornando-se “donde”. 
 
Ex.: A cidade onde (= em que/ na qual) moro é linda. 
 
 Meu coração, onde tu habitas, é teu e de mais ninguém. 
 
 O sítio para onde voltei evocava várias lembranças. 
 
 As praias aonde fui eram simplesmente fantásticas. 
 
 O lugar donde retornei não era tão bom quanto aqui. 
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 A casa por onde passamos ontem era minha. 
 
Obs.: Há um uso indiscriminado do relativo onde na linguagem coloquial; seguem 
exemplos abaixo: Fomos recepcionados pela Camila, onde nos acolheu com afeto. / Esta 
instrução é excelente onde permite educar bem a criança. / Há uma boa variedade de 
atividades onde o professor também é um observador. 
 
COMO 
 
- É invariável. 
- Precedido sempre pelas palavras ‘modo, maneira, forma e jeito’. 
- Equivale a “pelo qual”. 
 
Ex.:Acertei o jeito como (= pelo qual) fazer as coisas. 
 
 Encontraram o modo como resolver a questão. 
 
 A maneira como você se comportou é elogiável. 
 
 Gosto da forma como aqueles atores contracenam. 
 
QUANDO 
 
- É invariável. 
- Antecedente sempre exprimindo valor temporal. 
- Equivale a “em que”. 
 
Ex.: Ele era do tempo quando se amarrava cachorro pelo rabo. 
 
 É chegada a hora quando (= em que) todos devem se destacar. 
 
 
Verbo 
 
Palavra que 
 
• indica ação, estado ou fenômeno natural — sempre dentro de uma 
perspectiva temporal; pode indicar também a noção de existência, 
volição (desejo), necessidade, etc. 
 
Ex.: Pestana estudou muito. (ação/passado) 
 
Pestana está feliz. (estado/presente) 
 
Amanhã choverá muito na cidade do Pestana. (fenômeno 
natural/futuro) 
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Há dois Pestanas na minha vida. (existência/presente) 
 
Queria o Pestana ao meu lado. (volição/passado) 
 
Precisarei do Pestana na próxima aula. (necessidade/futuro) 
 
Obs.: Frisei acima a ‘perspectiva temporal’ porque substantivos podem indicar ação, 
estado, fenômeno natural, etc.: plantação (ato de plantar), morte (estado), chuva 
(fenômeno natural). Estas palavras não podem ser verbos, entretanto, pois não 
indicam tempo em si mesmas. Muito diferente do verbo. 
 
• varia em modo, tempo, número, pessoa, voz e aspecto; as quatro 
primeiras flexões combinadas formam o que chamamos de 
conjugação verbal, ou seja, para atender às necessidades dos 
falantes, o verbo muda de forma à medida que variamos a ideia de 
modo, tempo, número e pessoa — falarei minuciosamente de cada 
tópico daqui a pouco. 
 
• tem um papel importantíssimo dentro da frase; sem ele (explícito 
ou implícito) não há orações na língua portuguesa, pois o verbo é o 
núcleo do predicado — percebeu que eu usei vários para dizer o que 
eu acabei de dizer? ;) 
 
 
 
Obs.: São mais de 11.000 verbos na língua, segundo nos informa o gramático 
Cegalla. Antes que você se desespere pensando que vai ter de saber tudo sobre 
eles, saiba que, em conjugação verbal, só alguns verbos são realmente 
importantes na sua vida de concurseiro. São estes os frequentes em concursos: 
ser, ir, vir (e derivados), ver (e derivados), pôr (e derivados), ter (e derivados), 
caber, valer, adequar, haver, reaver, precaver, requerer, prover, viger, preterir, 
eleger, impugnar, os terminados em –ear, -iar (lembra-se do MARIO?) e –uar. 
Falarei deles em separado, fique em paz mental! Antes de mais nada, porém, 
creio que você deve ter contato com a estrutura verbal antes de sair por aí 
conjugando; beleza? Vem comigo! 
 
 
Breve Apresentação das Flexões dos Verbos 
 
Pretendo esmiuçar o que significa modo, tempo, número, pessoa, voz e 
aspecto, mas antes disso preciso que você entenda superficialmente do 
que tratam tais conceitos. Esta abordagem inicial, não profunda, vai fazer 
você entender mais sobre as variações (ou flexões) verbais de modo que 
os conhecimentos seguintes servirão de complemento ao que já foi visto 
paulatinamente por você. Resultado: você não vai perder o fio de 
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raciocínio, não vai ficar ‘viajando na maionese’... Relaxe, que vai dar tudo 
certo. Vamos lá, então... 
 
Modo 
 
É a maneira, a forma como o verbo se apresenta na frase para indicar 
uma atitude da pessoa que o usou. Por exemplo, se você come um 
hambúrguer e gosta, você exclama: “Nossa! Como isso aqui está 
gostoso!”. Percebe que o verbo ‘estar’ se encontra em uma determinada 
forma, indicando certeza, afirmação, convicção, constatação? Então, 
dizemos que este ‘modo’ como o verbo se apresenta indica que o falante 
põe certeza, verdade no que diz, certo? Este é o famoso MODO 
INDICATIVO, o modo da certeza, do fato, da verdade! 
 
Agora, em uma cena parecida, você vê uma pessoa comendo com 
vontade e diz: “Espero que esteja gostoso mesmo.” Percebe que a 
forma, o modo, a maneira como o verbo se apresenta mudou em relação 
ao de cima? Por que mudou? Para expressar outra ideia que o falante 
quer passar, a saber: dúvida, suposição, incerteza, possibilidade. Este é o 
igualmente famoso MODO SUBJUNTIVO, o modo da subjetividade, da 
incerteza, da dúvida, da hipótese! 
 
“Coma este hambúrguer, você não vai querer outro.” Note que nesta 
frase, o verbo indica sugestão, ordem, pedido... dependendo do tom 
como ele é pronunciado. Um simples “Passe o sal”, pode ser dito em tom 
de pedido, se o casal estiver no início do relacionamento, mas se estiver 
casado há muitos anos, a ordem é o expediente... rs... Estou brincando, 
afinal eu sou casado e minha mulher me ama de paixão ;) Voltando à 
realidade, dizemos que tal verbo se encontra no MODO IMPERATIVO, o 
modo da ordem, do pedido, da sugestão, da exortação, da advertência! 
Falarei mais sobre a formação do imperativo à frente. 
 
Tempo 
 
Os seres humanos, em geral, entendem o tempo numa linha corrente, e é 
a partir disso que formulam suas frases, situando no tempo seu discurso. 
No entanto, nós, seres humanos, que estamos sempre no tempo presente 
da linha do tempo REAL, podemos sempre, pela linha do tempo do 
DISCURSO, voltar ao passado e viajar ao futuro. “Como fazemos isso, 
Pestana?” Através dos verbos, ora bolas! 
 
 
--------------/------------------------/---------------------------/-----------------���� 
 
 PASSADO PRESENTE FUTURO 
 
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Entendendo melhor: você está lendo agora este texto, certo? Aí, chega 
alguém até você e começa a atrapalhar sua leitura, daí você diz: “Eu 
estava lendo.”, como quem diz: “Volte para lá, seu chato!”. Percebeu que 
o verbo usado por você ficou no passado? Por quê? Pois você, aluno(a), 
no presente real retornou, através do discurso, ao passado, ou seja, 
àquilo que você estava fazendo. Logo, as noções de passado, presente e 
futuro norteiam nossa vida, não só no tempo cronológico, real, físico, mas 
também no tempo do discurso. Você entenderá isso melhor mais à frente, 
meu nobre (percebeu que eu usei o verbo no futuro?). 
 
Como já dito, existem três tempos no modo indicativo: passado (pretérito 
perfeito, imperfeito e mais-que-perfeito), presente e futuro (do presente e 
do pretérito). No subjuntivo: presente, pretérito imperfeito e futuro. 
Explanarei em detalhes daqui a pouco. 
 
Número 
 
Este é fácil: singular e plural. Eu amo, mas nós amamos; tu amas, mas 
vós amais; ele ama, mas eles amam. Molezinha! 
 
Pessoa 
 
Fácil também: 1ª pessoa, o falante (eu amei, nós amamos); 2ª pessoa, 
o ouvinte (tu amaste, vós amastes); 3ª pessoa, o assunto (ele amou, 
eles amaram). 
 
Voz 
 
É a maneira como o verbo se encontra/aparece para indicar sua relação 
com o sujeito; dependendo de sua forma, o verbo pode indicar uma ação 
praticada pelo sujeito (voz ativa), uma ação sofrida pelo sujeito (voz 
passiva) ou uma ação praticada e sofrida pelo sujeito (voz reflexiva). 
Falarei mais sobre isso mais à frente. Take it easy! 
 
Aspecto 
 
Alguns verbos têm peculiaridades semânticas dentro da perspectiva 
temporal, ou seja, dependendo da forma e do contexto em que se 
encontram podem indicar processos de duração verbal diferenciados. Por 
exemplo: Eu comia hambúrgueres na minha adolescência(o verbo indica 
que este hábito era costumeiro nesta fase da vida). Agora: Eu comia um 
hambúrguer, quando ela me interrompeu (o verbo indica que a ação 
verbal já havia iniciado, prosseguiu até um momento, mas não foi 
finalizada). Sobre isso, fique tranquilo, falarei mais à frente. É bastante 
interessante. 
 
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Veja só alguns aspectos abaixo para você ter uma ideia (baseado nos 
exemplos do dicionário Caldas Aulete): 
 
Aspecto durativo: indica um processo continuado, uma ação que se prolonga por 
determinado tempo (p.ex.: Ele estuda durante o verão). 
 
Aspecto habitual: indica que ação ou situação se repete habitualmente (p.ex.: Eles 
lancham todos os dias). 
 
Aspecto pontual: que indica que um evento é momentâneo, não dura além de um 
momento (p.ex.: Ela espirrou). 
 
 
Entendendo a Estrutura do Verbo 
 
Na conjugação de um verbo, normalmente ocorre a combinação de alguns 
elementos, conhecidos como: Radical, Vogal Temática (VT), Tema, 
Desinência Modo-Temporal (DMT) e Desinência Número-Pessoal (DNP). 
 
É importante dizer que estes elementos verbais podem sofrer algumas 
mudanças na forma, chamadas tecnicamente de ‘alomorfias’. Fica ligado 
nisso quando eu apresentar os exemplos abaixo. 
 
• Radical: indica a significação do verbo, é a sua base. 
 
Ex.: FAZER: Eu faço, tu fazes, ele faz, nós fazemos... (presente do 
indicativo) 
 
Obs.: Importante saber sobre radical: 
 
Formas rizotônicas: a sílaba tônica do verbo recai dentro do radical: Eu amo 
muito minha esposa. / Eles precisam de ajuda. 
 
Formas arrizotônicas: a sílaba tônica do verbo recai fora do radical: Nós 
estudaremos mais a Língua Portuguesa. 
 
• VT: é uma vogal que vem após o radical, permitindo uma boa 
pronúncia do verbo e indicando como vai ser o modelo (paradigma) 
das conjugações (1ª conjugação: -A / 2ª conjugação: -E / 3ª 
conjugação: -I). 
 
Ex.: AMAR: Eu amei, tu amaste, ele amou, nós amamos... (pretérito 
perfeito do indicativo) 
 
 COMER: Eu comera, tu comeras, ele comera, nós comêramos... 
(pretérito mais-que-perfeito do indicativo) 
 
 PARTIR: Eu partirei, tu partirás, ele partirá, nós partiremos... 
(futuro do presente do indicativo) 
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• TEMA: é a combinação dos elementos anteriores (Radical + VT) 
que serve de preparação para o recebimento das desinências 
verbais. 
 
Ex.: AMAR, COMENDO, PARTIDO... 
 
Obs.: O verbo PÔR, cujo radical é PO, é de 2ª conjugação (POER); a vogal temática 
de 2ª conjugação (E) fica mais clara quando o conjugamos: Eu ponho, tu pões, ele 
põe, nós pomos, vós pondes, eles põem. 
 
• DMT: indica o modo e o tempo verbal; não há DMT em todos os 
tempos e modos. 
 
Tempo Modo Indicativo Modo Subjuntivo Formas Nominais 
Presente (1ª conj.) --- e infinitivo 
Presente (2ª e 3ª conj.) --- a r 
Perfeito --- --- 
Imperfeito (1ª conj.) va (ve) sse gerúndio 
Imperfeito (2ª e 3ª conj.) a (e) sse ndo 
Mais-que-perfeito ra (re) (átono) --- 
Futuro do presente ra (re) (tôn.) --- particípio 
Futuro do pretérito ria (rie) --- (a/ i)do* 
Futuro do subjuntivo r 
 
* Para alguns gramáticos, o a e o i do particípio são vogais temáticas; esta desinência 
de particípio (do) pode mudar, dependendo do verbo. 
 
• DNP: indica o número e a pessoa do verbo, vem depois da DMT; 
não há DNP em todos os tempos e modos; o modelo abaixo é só um 
padrão de conjugação. 
 
Tempo Singular Plural 
Presente indicativo 1ª p.: o / 2ª p.: s 1ª p.: mos / 2ª p.: is / 3ª p.: m 
Pretérito perfeito do 1ª p.: i / 2ª p.: ste 1ª p.: mos / 2ª p.: stes / 3ª p.: ram 
indicativo 3ª p.: u 
Futuro do presente 
do indicativo 1ª p.: i / 2ª p.: s 1ª p.: mos / 2ª p.: is / 3ª p.: o 
Futuro do subjuntivo 
e Infinitivo flexionado 2ª p.: es 1ª p.: mos / 2ª p.: des / 3ª p.: em 
Imperativo afirmativo --- 1ª p.: mos / 2ª p.: i, de 
 
Obs.: Os tempos que aqui não foram mencionados (pretérito imperfeito, mais-que-
perfeito, futuro do pretérito, presente do subjuntivo e pretérito imperfeito do subjuntivo) 
seguem um modelo (paradigma) de desinências, que é: 2ª pessoa do singular: S, 1ª 
pessoa do plural: MOS, 2ª pessoa do plural: IS e 3ª pessoa do plural: M. Falarei mais 
sobre o imperativo à frente. 
 
 
Classificações dos Verbos 
 
Regulares 
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Segue um paradigma (modelo) em que o radical e as desinências 
permanecem inalterados; bem mais de 90% dos verbos são regulares. 
 
Ex.: Eu amo, tu amas, ele ama, nós amamos, vós amais, eles amam. 
 
Irregulares 
 
Não segue um paradigma; normalmente na 1ª pessoa do singular do 
presente do indicativo, isso já fica claro, pois o radical ou as desinências 
são alterados. 
 
Ex.: Eu caibo, tu cabes, ele cabe, nós cabemos, vós cabeis, eles 
cabem. 
 
Alguns irregulares famosos: polir, estar, fazer, dar, vir, pedir, poder, ter, pôr, caber, 
ferir*... 
 
* Conjugam-se como ferir: aderir, advertir, competir, convergir, despir, digerir, expelir, 
gerir, impelir, mentir, perseguir, repelir, sugerir, transferir, vestir... 
 
Certos verbos sofrem alterações no radical para que seja mantida a regularidade sonora: 
corrigir, fingir, embarcar, tocar...; tais alterações não tornam o verbo irregular, logo são 
regulares. 
 
Anômalos 
 
Apresenta vários radicais diferentes; existem dois apenas: SER e IR. 
 
Ex.: Eu sou, tu és... eu fui... eu era... (que) eu seja... (se) eu fosse... 
(quando) eu for... 
 
 
Esses dois verbos são idênticos na conjugação dos seguintes tempos: pretérito 
perfeito do indicativo (fui, foste...), pretérito mais-que-perfeito do indicativo 
(fora, foras...), pretérito imperfeito do subjuntivo (fosse, fosses...) e futuro do 
subjuntivo (for, fores...). Só conseguimos identificar um ou outro pelo contexto. 
 
Ex: Fui sargento durante cinco anos. (SER) / Fui à praia pela manhã. (IR) 
 
Defectivos 
 
Não apresentam conjugação completa. Tal “defeito” existe apenas no 
presente do indicativo, do subjuntivo e do imperativo. Por isso, mesmo 
defectivo, o verbo poderá ser conjugado inteiramente nos outros 
tempos e modos verbais. Os defectivos são: 
 
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• verbos que só não possuem a 1ª pessoa do singular do presente do 
indicativo: abolir, banir, colorir, delinquir, demolir, emergir, 
explodir, feder, haurir, imergir, puir, ruir, ungir... 
 
• verbos que, no presente do indicativo, só se conjugam nas 1ª e 2ª 
pessoas do plural: precaver-se, reaver, adequar, combalir, falir, 
florir, remir, ressarcir... 
 
• os que só aparecem na 3ª pessoa do singular se estiverem em seu 
sentido denotativo: todos os impessoais, das orações sem sujeito 
(lembra-se?): haver, ter, fazer, ser, estar e os que indicam 
fenômenos naturais; os unipessoais, verbos da oração principal da 
oração subordinada substantiva subjetiva (lembra-se?): cumprir, 
importar, convir, doer, aprazer, parecer, saber, etc.;os verbos 
onomatopaicos: cacarejar, coachar, zunir, miar, rugir, latir, etc. 
 
Obs.: Não são defectivos: caber, valer, redimir, polir, surtir, rir, escapulir, entupir, 
sacudir... 
 
Abundantes 
 
Possuem duas ou mais formas na mesma parte da conjugação; 
geralmente isso ocorre no particípio. 
 
Ex.: havemos ou hemos, haveis ou heis (haver); construis ou constróis 
(construir); destruis ou destróis (destruir); comprazi ou comprouve 
(comprazer-se), etc. 
 
Celso Cunha diz que os verbos DIZER, FAZER E TRAZER, na 2.ª pessoa do 
singular, apresentam no imperativo afirmativo duas formas: dize ou diz, 
faze ou faz, traze ou traz. 
 
Sobre os particípios duplos: 
 
As formas regulares (particípio em -ado ou –ido) são empregadas na voz 
ativa com os verbos auxiliares ter ou haver: 
 
Eu havia pagado o banco. 
O banco havia aceitado o cheque. 
Já havíamos limpado a casa. 
Tenho aceitado trabalhos demais este ano. 
Ainda não tínheis acendido a vela. 
Ele tinha me salvado uma vez. 
Ela tinha pegado pena perpétua. 
O padre havia benzido o lugar. 
Você podia ter imprimido o material antes. 
 
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As formas irregulares (particípio não terminado em –ado ou –ido) são 
usadas na voz passiva com os auxiliares ser, estar ou ficar, normalmente; 
podem variar em gênero e número: 
 
Eu sou pago pelo banco. 
O cheque foi aceito pelo banco. 
A casa ficou limpa pela empregada. 
Meus trabalhos foram aceitos pela agência. 
A vela será acesa pelo coroinha. 
O homem estava salvo por ele. 
O ladrão foi pego em flagrante. 
O fiel era bento pelo padre. 
Aquele documento enfim ficou impresso. 
 
Obs.: Os verbos trazer, chegar, abrir, cobrir, escrever, etc. não são abundantes, logo a 
única forma no particípio é: trazido, chegado, aberto, coberto, escrito. Pelo amor de 
Deus! As formas trago e chego não são admitidas no registro culto da língua, segundo os 
maiores gramáticos. 
 
Ele tinha chegado tarde. E não: Ele tinha chego tarde. / O pacote foi trazido na hora 
certa. E não: O pacote foi trago na hora. 
 
O verbo vir tem como particípio vindo, a mesma forma que seu gerúndio, assim como 
seus derivados: advindo, intervindo, provindo, sobrevindo. 
 
Pronominais 
 
Não são conjugados sem a presença do pronome oblíquo átono com 
função de parte integrante do verbo. Vá à página 7. Para os preguiçosos 
(☺), veja agora alguns: valorizar-se, indignar-se, ufanar-se, atrever-se, 
alegrar-se, admirar-se, lembrar-(se), esquecer-(se), orgulhar-se, 
arrepender-se, queixar-se, sentar-se, suicidar-se, concentrar-se, 
converter-se, afastar-se, precaver-se, sentir-se, etc. 
 
Veja se estas frases refletem o uso da língua: “Eu apaixonei pelo 
professor”, “Nós queixamos do professor”, “Ela suicidou do prédio”. 
 
Se sua resposta foi “não”, parabéns! Está faltando o quê? O pronome 
oblíquo átono, pois o verbo é PRONOMINAL, ora... as frases adequadas 
ficam assim, portanto: “Eu apaixonei-ME pelo professor”, “Nós NOS 
queixamos do professor”, “Ela suicidou-SE do prédio”. Simples assim. 
 
Cuidado com os verbos esquecer e lembrar, pois, dentre outros, eles 
podem não ser pronominais sempre. Ok? Veja o que quero dizer com 
isso: “Ela esqueceu a informação ou Ela esqueceu-se da informação”. 
Quando esses verbos forem pronominais, exigirão um complemento 
preposicionado; percebe? 
 
Reflexivos 
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 Teoria e Questões da Funiversa 
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São verbos acompanhados de pronomes reflexivos. Sempre são verbos 
transitivos diretos e/ou indiretos (VTD/ VTI/VTDI). Segundo Bechara, ele 
“faz refletir sobre o sujeito a ação que ele mesmo praticou.” Diz-se que o 
pronome reflexivo, que acompanha tal verbo, é também recíproco quando 
há mais de um ser no sujeito e o verbo se encontra no plural. É possível 
substituir o pronome átono por ‘a mim mesmo, a ti mesmo, a si 
mesmo(s), a nós mesmos, a vós mesmos’ 
 
Ex.: A menina se cortou. / Se está doente, trate-se. / Os namorados se 
deram as mãos. (recíproco) / A avó e a neta se queriam muito. 
(recíproco) / Eles se beijaram. (recíproco) / Ela se impôs uma dieta muito 
severa. / Ele se achou culpado por ter perdido a luta. / Sofia deixou-se 
estar à janela. 
 
 
 
Conjugação Verbal e Verbos “Polêmicos” 
 
Não é incomum as provas de concurso, como o seu, cobrarem o 
conhecimento da conjugação (tempos, modos, números e pessoas) de 
alguns verbos; como a maioria deles é regular, sempre seguem um 
paradigma (modelo) na conjugação. 
 
Meu amigo, baseie a conjugação de todo e qualquer verbo regular pelos 
verbos AMAR (1ª conjugação), VENDER (2ª conjugação) e PARTIR (3ª 
conjugação). Beleza? Apesar de eu apresentar a conjugação das formais 
nominais, falarei mais sobre elas mais à frente, principalmente dos verbos 
no infinitivo. Veja o paradigma: 
 
VERBO AMAR 
Indicativo 
Pessoas Radical Presente 
Pretérito 
Perfeito 
Pretérito 
Imperfeito 
Pretérito 
Mais-
Que-
Perfeito 
Futuro 
do 
Presente 
Futuro 
do 
Pretérito 
EU Am o ei Ava ara arei aria 
TU Am as aste avas aras arás arias 
ELE Am a ou Ava ara ará aria 
NÓS Am amos amos ávamos áramos aremos aríamos 
VÓS Am ais astes áveis áreis areis aríeis 
ELES Am am aram avam aram arão ariam 
VERBO AMAR 
Subjuntivo 
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Pessoas Radical Presente Pretérito Futuro 
EU Am e asse ar 
TU Am es asses ares 
ELE Am e asse ar 
NÓS Am emos ássemos armos 
VÓS Am eis ásseis ardes 
ELES Am em assem arem 
 
Formas Nominais 
Radical Infinitivo Gerúndio Particípio 
Am ar ando ado 
 
VENDER 
Indicativo 
Pessoas Radical Presente 
Pretérito 
Perfeito 
Pretérito 
Imperfeito 
Pretérito 
Mais-
Que-
Perfeito 
Futuro 
do 
Presente 
Futuro 
do 
Pretérito 
EU Vend o i Ia era erei eria 
TU Vend es este Ias eras erás erias 
ELE Vend e eu Ia era erá eria 
NÓS Vend emos emos íamos êramos eremos eríamos 
VÓS Vend eis estes Íeis êreis ereis eríeis 
ELES Vend em eram Iam eram erão eriam 
VENDER 
Subjuntivo 
Pessoas Radical Presente Pretérito Futuro 
EU Vend a esse er 
TU Vend as esses eres 
ELE Vend a esse er 
NÓS Vend amos êssemos ermos 
VÓS Vend ais êsseis erdes 
ELES Vend am essem erem 
 
Formas Nominais 
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Radical Infinitivo Gerúndio Particípio 
Vend er endo ido 
 
PARTIR 
Indicativo 
Pessoas Radical Presente 
Pretérito 
Perfeito 
Pretérito 
Imperfeito 
Pretérito 
Mais-
Que-
Perfeito 
Futuro 
do 
Presente 
Futuro 
do 
Pretérito 
EU Part o i Ia ira irei iria 
TU Part es iste Ias iras irás irias 
ELE Part e iu Ia ira irá iria 
NÓS Part imos imos íamos íramos iremos iríamos 
VÓS Part is istes Íeis íreis ireis iríeis 
ELES Part em iram Iam iram irão iriam 
PARTIR 
Subjuntivo 
Pessoas Radical Presente Pretérito Futuro 
EU Part a isse ir 
TU Part as isses ires 
ELE Part a isse ir 
NÓS Part amos íssemos irmos 
VÓS Part ais ísseis irdes 
ELES Part am issem irem 
 
Formas Nominais 
Radical Infinitivo Gerúndio Particípio 
Part ir indo ido 
 
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