CONFLITO DE JURISIDIÇÃO RESTITUIÇÃO DAS COISAS APREENDIDAS

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 DO CONFLITO DE JURISIDIÇÃO
I – CONCEITO:É quando na apreciação da causa dois ou mais juizes colocam-se na condição de competentes ou incompetentes para julgamento do feito. É a contenda entre dois ou mais magistrados na aferição da competência
II – TIPOS DE CONFLITOS DE JURISDIÇÃO:
1. Positivo: Quando dois ou mais juizes consideram-se competentes para o julgamento do feito
2. Negativo: Quando dois ou mais juizes consideram-se incompetentes para o julgamento do feito
3. Quando entre eles surgir controvérsia sobre a unidade de juizo, junção ou separação de processo
III – O CONFLITO DE JURISIDIÇÃO PODE SER SUSCITADO:
1- Pela parte interessada
2. Pelos órgãos do Ministério Público junto a qualquer dos juizes em dissídio
3. Por qualquer dos juizes ou tribunais em causa
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DA RESTITUIÇÃO DAS COISAS APREENDIDAS
I – INTRIODUÇÃO: O crime é ofensa a um bem jurídico, acarretando lesão que pode ser efetiva ou potencial que atinge o titular daquele bem, ou seja, o sujeito passivo. Consequentemente, cuidam as leis, além da indenização à vítima, da restituição das coisas relacionadas ao crime. Procura-se tornar ao estado anterior ao delito, satisfazendo-se aos interesses do ofendido. ( Art. 240, § 1º do C.P.P. e 118 do C.P.P.)
II – FINALIDADE: As leis determinam a apreensão das coisas objeto do delito, porque esta atitude permite que o juiz, pessoalmente, as conheça, dando-lhes o devido valor por elas servirem também como meios probatórios.
III – O Art. 91, Inc II, alíneas A e B do C.P. fala em confisco que é a perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa fé:
Dos Instrumentos do Crime ( Instrumenta Sceleris) que são as coisas materiais que serviram para a execução do delito. O confisco somente é determinado se o fabrico, uso, porte, forem ilícitos. Assim o bisturi do médico, o livro do estudante, o carro do motorista não podem ser confiscados.
Dos Produtos do Crime: ( Producta Sceleris) ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo agente com a prática do fato criminoso (Art. 240, § 1º do C.P.P.menos as alíneas A e G). Os produtos do crime que o Código da Processo tem em vista são as coisas havidas diretamente do 
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 delito. Ex. Coisa Furtada.
IV – PROCESSO CABÍVEL QUANDO HÁ RESTITUIÇÃO DA COISA:
Quando não persiste qualquer dúvida quanto ai direito do reclamante:sendo líquido o direito do reclamante ( domínio ou posse legítimo) não interessando a coisa ao processo e sendo lícita poderá ser devolvida quer pela autoridade policial, quer pelo juiz, conforme o procedimento se ache na forma do inquérito ou da ação penal. Não obstante tratar-se de caso isento de dúvida, o M.P. será ouvido.
Quando o direito é duvidoso:
Sendo duvidoso o direito deste ou tendo sido a coisa encontrada em poder de terceiro de boa- fé, o incidente será autuado em apartado, observando-se um processo sumário. Quando o processo sumário não esclarece o domínio ou a posse legítima, o juiz remeterá as partes às vias cíveis, ficando a coisa depositada em poder de quem com ela se achava ou nomear-se-á depositário.
Processo cabível quando as coisas apreendidas são facilmente deterioráveis
B.1. Ficam com o terceiro de boa-fé com quem estavam, sendo pessoa de idoneidade e que, aceitando a responsabilidade da guarda, assinará o necessário termo de depósito. Deverão ser os objetos, previamente, avaliados e especificados com todos os seus característicos: peso, dimensão, natureza, quantidade
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B.2. Vendê-las em hasta pública, quando não existir terceiro, este não quiser assumir a responsabilidade ou não for idôneo. O produto da venda ficará depositado até que se solucione o acidente.
3. Processo cabível quando a coisa apreendida não é a mesma do crime: Não será restituida já por faltar título ao lesado, já por não querê-la.Será esta aleiloada como no sequestro a fim de indenizá-lo, recolhendo-se o excedente ao Tesouro Nacional. É preciso que haja sentença transitada em julgado.