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QUESTIONÁRIO PARA FIXAÇÃO DE CONTEÚDO – TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL 
PARTE 1 – DE NOÇÕES INTRODUTÓRIAS A EXTINÇÃO DA PESSOA NATURAL 
Turmas 1M, 1A e 1B – 1º Semestre 2016 
1. Por que ser simpático ou cordial com as pessoas não é uma conduta juridicamente relevante? 
R: Ser simpático e cordial não é uma conduta jurídica relevante, pois este comportamento integra as normas de conduta como etiqueta, educação necessárias para uma boa convivência e o fato de um indivíduo não ser simpático ou cordial não gera uma sansão (processo) por parte do Estado, apenas uma reprovação social.
2. O que tem em comum e o que diferencia uma norma de conduta social e uma norma de conduta jurídica? 
R: Tanto a norma de conduta social como a norma jurídica são regras de comportamento, os que as diferencia é que as normas de conduta social quando não cumpridas gera uma reprovação social, enquanto as normas de conduta jurídica ao serem desrespeitadas geram uma sansão, através da força coercitiva do Estado, uma vez que deve ser cumprida.
3. O que é sanção? Por que a sanção é tão importante para o Direito? 
R: A sansão é a punição pelo desrespeito à norma jurídica, ele é importante para garantir a ordem e a boa convivência social
4. Só existe direito escrito? Por que? 
R: Não verificamos que existe o direito natural entendido como princípios superiores da natureza racional e social do homem. Podemos dizer que o direito nasce com o homem, só existe em sua função.
5. O que é direito positivo? E direito natural? 
R: O direito positivo é o ordenamento jurídico em vigor em determinado país e em determinada época, é o direito posto pelo estado e estabelece as ações a serem cumpridas, indiferentemente do conhecimento de cada individuo, as ações são reguladas através das normas e por este motivo devem ser desempenhadas do modo estabelecido na norma.
O direito natural, nasce com o homem, está ligado a uma força superior conhecida como jusnaturalismo, é universal, absoluto e não pode ser modificado, deriva da norma jurídica da natureza, segundo Gouveia 1998, o Direito Natural é permanente e eternamente válido, independente de legislação, de convenção ou qualquer outro expediente imaginado pelo homem”
6. O que é direito objetivo? E direito subjetivo? 
R: O direito objetivo é um conjunto de normas jurídicas impostas pelo Estado, de caráter obrigatório que prescreve sansão quando violado.
O direito subjetivo é a permissão dada ao indivíduo por meio da norma jurídica para fazer ou não determinada coisa, meio de satisfazer os interesses humanos.
7. Empregando a classificação direito objetivo/subjetivo, a previsão do Código Civil de que quem causa dano deve reparar é direito objetivo ou subjetivo? E a possibilidade de pedir indenização contra alguém que causa um acidente de trânsito? Justifique.
R: Entendo como direito objetivo a causa do dano por ser este direito um conjunto de normas que são impostas, determinando o comportamento, no caso específico, reparando o dano. Já a possibilidade de pedir indenização está ligado ao direito subjetivo, pois o direito a indenização pode ser dispensado pela vítima, como afirma Venosa é uma faculdade de agir (facultas agendi). 
8. O direito está dentro do campo da moral ou a moral está dentro do campo do direito? Explique: 
R:O direito está dentro do campo da moral pois esta é mais ampla contendo todas as normas reguladoras da vida em sociedade, já o direito é uma pequena parte que para viabilizar o cumprimento da norma utiliza-se da coerção, o direito faz prevalecer a justiça enquanto a moral abarca o aperfeiçoamento do indivíduo.
 
9. O que são normas dispositivas? E normas cogentes? 
R: Normas dispositivas são normas de ordem privada, possuem imperatividade relativa, deixando uma margem de ação (escolha) para a pessoa, está dentro do campo do direito subjetivo.
Normas cogentes são normas de ordem pública com imperatividade absoluta, obrigatória e impositiva, portanto não pode ser modificada e nem deixar de ser aplicada.
10. O que é autonomia da vontade? Por que podemos afirmar que é característica do direito privado, a autonomia da vontade? 
R: Na autonomia da vontade o indivíduo pode decidir o que contratar, com quem e os termos do contrato, é uma característica do direito privado porque é uma relação entre as partes.
11. Quais são os ramos do direito que a doutrina costuma classificar como pertencentes ao direito público? E ao direito privado? 
Os ramos do direito que a doutrina classifica como direito público são: o direito constitucional, direito administrativo, direito tributário, direito financeiro, direito processual, direito penal e direito previdenciário. Já o direito privado abrange: o direito comercial, do trabalho, do consumidor e direito agrário. Pg 32 (Diniz, M. H.).
12. Direito Civil é o mesmo que Código Civil?
Não, direito civil é uma ramos do direito que rege as relações entre os particulares é comum a todas as pessoas por disciplinar o modo de ser e agir, sem quaisquer referências as condições socias ou culturais, o direito civil rege as relações mais simples da vida cotidiana, já o código civil é um conjunto de normas jurídicas que regulamentam as relações da vida cotidiana, estabelecendo direitos e deveres. ( pg. 33 Gonçalves, C. R. ).
13. O que são leis especiais (ou extravagantes)? Dê exemplos de leis especiais que compõem o nosso direito civil atual: 
R: Leis especiais ou extravagantes, são um conjunto de leis relativas a assuntos não regulados pelos códigos. Ex: Estatuto da criança e do adolescente, código de defesa do consumidor, lei da união estável.
14. O que são fontes do direito e como se classificam? 
R:A expressão fontes do direito tem várias interpretações, e pode significar tanto o poder de criar normas jurídicas quanto a forma de expressão destas normas, ou seja é um meio técnico de realização do direito positivo. As fontes se classificam em: históricas, atuais, costume, formal, não formal, direta ou indireta.
15. O que é pessoa natural? Pessoa natural é o mesmo que pessoa física? 
R: Pessoa é uma unidade personificada das normas jurídicas que lhe impõe deveres e confere direitos, ou seja pessoa é ser humano sujeito das relações jurídicas e pode ser pessoas natural ou pessoa física dotado de razão e portador de sociabilidade.
16. O que é personalidade jurídica? Todas as pessoas possuem personalidade jurídica? Seria possível haver pessoa natural sem personalidade jurídica? 
R:Personalidade jurídica é a própria capacidade jurídica, ou seja, o conjunto de poderes para figurar nas relações jurídicas, portanto todo aquele que nasce com vida torna-se sujeito de direitos e deveres adquirindo personalidade. Sim são aquelas que não possuem a plena capacidade para exercer seus direitos como os menores e as pessoas com graves problemas de saúde ou de desenvolvimento mental.
17. Quando ocorre o início da personalidade da pessoa natural? Que teorias explicam o início da pessoa natural? 
R: A personalidade civil da pessoa natural inicia no nascimento com vida, mas a lei põe a salvo, desde a a concepção os direito do nascituro – artigo 2º C.C. 
As teorias que explicam são a natalista que determina que a personalidade civil inicia com o nascimento e a teoria concepcionalista afirma que se adquire a personalidade desde a concepção, ressalvados apenas os direitos patrimoniais.
18. Quem é o nascituro? E o natimorto? 
R: O nascituro é o ser humano ainda não nascido e o natimorto é designado ao feto que morre no ventre materno ou durante o parto.
19. Os nascituros tem personalidade? E tem direitos? 
R: O nascituro não tem personalidade, esta só começa no nascimento com vida. O nascituro possui direitos desde a concepção.
20. O que ocorre com as medidas assecuratórias dos interesses do nascituro, caso venha a ser natimorto? Dê um exemplo.
R: Se o nascituro venha a ser um natimorto este deverá ter duas certidões: a de nascimento e a de óbito, pois caso comprove que houve nascimentocom vida através do exame denominado docimasia hidrostática de galeno. Ex: No caso do nascituro vir nascer com vida em caso de morte do pai, estando a mulher grávida e não havendo outros descendentes, para se aguardar o nascimento; ou, ainda, propor medidas acautelatórias, em caso de dilapidação por terceiro dos bens que lhe foram doados ou deixados em testamento. 
21. O que é capacidade? Todas as pessoas tem capacidade? Por que? 
R: Artigo 1º do Código Civil – Toda pessoa é capaz de direitos e deveres, portanto entende-se por capacidade a possibilidade para exercer e usufruir os direitos e os deveres que todas as pessoas têm, porém em determinadas situações esta capacidade pode ser limitada para proteger determinados indivíduos. Ex: os menores de 16 anos.
22. O que é a capacidade de direito (ou capacidade de gozo)? E capacidade de fato (ou capacidade de exercício)? 
R: Capacidade de direito (ou de gozo) é a aptidão para adquiri direitos e contrair obrigações, já a capacidade de fato (exercicio) é a aptidão de exercer por si os atos da vida civil com discernimento e prudência sobre o que é licito/ilicito, conveniente ou prejudicial.
23. O que é legitimidade? Dê um exemplo em que o sujeito seja capaz de direito e capaz de fato, porém lhe falte legitimidade para praticar o ato. 
R: É estar de acordo com a razão, com a justiça ou com a lei, autorização para a prática de atos jurídicos.
24. O que é incapacidade? Por que o direito “incapacita” as pessoas? 
R: Incapacidade é o impedimento legal para o exercício de atos da vida civel. O direito incapacita as pessoas consideradas sem os requisitos para o exercício da capacidade somente em casos excepcionais com o intuito de protegê-las.
25. O que é incapacidade absoluta? E capacidade relativa? 
R: A incapacidade absoluta é a proibição total do exercício do direito já incapacidade relativa permite a prática de determinados atos, civis desde que assistidos por representantes legais.
26. O que é assistência? E o que é representação? 
R: Assistência é usado para acompanhamento das pessoas relativamente incapazes e a Representação é necessária para auxiliar os indivíduos considerados absolutamente incapazes de agir juridicamente (atrigo3º e 4º C.C.).
27. Após o advento da Lei n. 13.146/2015, ocorreram algumas mudanças na teoria das incapacidades do Código Civil, com a alteração da redação dos arts. 3º. e 4º.Quem são os absolutamente incapazes no Código Civil hoje? 
R: São absolutamente incapazes os menores de 16 anos. E relativamente incapazes os ébrios e os viciados em tóxicos e aqueles que por causa transitória ou permanente não puderem exprimir sua vontade.
28. Pessoa deficiente físico ou mental, apenas por este fato, pode ser considerada relativa ou absolutamente incapaz? 
R: Não pois conforme o Código Civil 10.406/2015 artigo 6° a deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa.
29. Pessoa idosa, apenas por este fato, pode ter sua capacidade reduzida? Justifique.
R: Segundo Dinis, 2015 p. 177 a senilidade por si só, não é causa da restrição da capacidade de fato, pois não pode ser considerada equivalente ao um estado psicopático, a interdição só se faz necessária se a senectude (velhice) originar um estado patológico que afete a faculdade mental, retirando o discernimento para tomar decisões, atos civis; que comprometem e prejudiquem o idoso. Raramente um idoso é interditado. 
30. Pessoa que sofra de grave doença mental (p. ex., Alzheimer) e não tem capacidade de expressão (p ex. paralisia grave e generalizada causada por AVC), pode ser considerada absolutamente incapaz? 
R: Todas as pessoas com capacidade de discernimento reduzido e paralisia grave pode ser considerada absolutamente incapaz.
31. Pessoas que sofrem de doença mental, que alternam estados de lucidez, podem ter sua capacidade reduzida? Nessa redução, podem ser consideradas absolutamente incapazes? 
R: Sim pode ter a capacidade reduzida, mas de acordo com o novo C.Civil o deficiente mental não pode ser considerado absolutamente incapaz.
32. O que é a interdição? Pode se interditar pessoa deficiente mental apenas por este fato (deficiência mental)? 
R:È o ato jurídico que declara incapacidade real e efetiva de pessoas miores para exercer atos da vida civil, o deficiente mental não pode ser interditado apenas por ser deficiente.
33. Pessoa que sofre interdição judicialmente declarada, pode voltar a ser plenamente capaz? 
R: Sim desde que seja comprovada que é efetivamente capaz.
34. Quem é o tutor? E o curador? 
R: Curador é o encargo atribuído a alguém para dirigir e administrar os bens de pessoas maiores incapazes e o tutor é aquele que cuida menor fora do poder familiar, órfão ou destituído do poder familiar.
35. O deficiente mental pode se casar? Ter filhos e exercer o poder familiar? 
Em que situação o deficiente mental pode sofrer redução de sua capacidade? Até que “grau” esta incapacidade pode chegar (absoluta ou relativa)? 
R: Sim, pois com o novo C.C.10.406/15 o deficiente mental deixou de ser considerado incapaz, adquirindo todos os direitos civis, portanto ´pode se casar e exercer o poder familiar. Ele pode sofrer redução de sua capacidade apenas quando a deficiência for severa e o deficiente não tiver a capacidade de discernimento levando-o a ter uma incapacidade absoluta.
36. Cite pelo menos três atos que o relativamente capaz pode exercer por si. 
R: Casar-se, exercer atividade remuneratória e ter filhos
37. O uso regular de bebidas alcoólicas ou tóxicos, por si só, levam o sujeito à relativa incapacidade? Explique. 
R: O uso regular de bebidas e o tóxico podem sim levar o sujeito a ter uma relativa incapacidade, pois o uso regular de drogas pode levar a pessoa a ruina econômica pela alteração da saúde mental.
38. O que são pródigos? Que atos o pródigo não pode exercer sem assistência?
R: Prodigo é o indivíduo que dilapida seus bens ou patrimônio, fazendo gastos excessivos e anormais. Os pródigos sem assistência não podem alienar, emprestar, dar quitação, transigir, hipotecar, agir em juízo e praticar atos de não seja de mera administração.
 
39. Quem são os silvícolas? Por que sofrem restrição na sua capacidade? 
R: Os silvícolas são os índios, eles sofrem restrição da capacidade por não serem absorvidos pelos costumes da civilização.
40. O menor de 18 anos pode se tornar capaz por quais meios? Explique cada um deles. 
O menor de 18 anos pode tornar-se capaz com o casamento, emprego público, graduação universitária, atividade empresarial e relação de emprego.
Casamento – homem e mulher menor de 16 anos somente com autorização de ambos os pais ou representantes legais.
Emprego público - com aprovação em concurso ou provimento CLT
Graduação - aluno com extraordinário desempenho nos estudos por meio de provas ou outros instrumentos
41. Quais são as formas de emancipação que o Código Civil prevê? Explique cada uma delas. As formas de emancipação podem ser?
Voluntária - concedida pelos pais.
Judicial- deferida por sentença, ouvindo o tutor em favor do tutelado que completou 16 anos.
Legal - com o casamento autorizado por ambos os pais.
42. Pais que emanciparam filho, mas este coloca fogo no refeitório da escola, podem se eximir da responsabilidade pelos danos causados? Explique. 
R: Não, pois mesmo o menor sendo emancipado os pais são responsáveis por ele, a emancipação os pais da responsabilidade.
43. Se os pais conflitarem quanto à emancipação do filho, pode apenas um deles emancipa-lo? 
R:Não. A emancipação só ocorre em comum acordo dos pais, caso contrário será necessário intervenção judicial.
44. O casamento é proibido para os menores de 18 e maiores de 16? Explique. R: Não, a idade mínima para se casar é de 16 anos, mas os menores de 18 anos e maiores de 16 são considerados relativamente incapazes e por isso precisam de autorização de ambos os pais, caso os pais ou um deles não concorde será necessário recorrer à justiça.
45. Menor de 16 anos podese casar? Em que hipóteses? 
R: Menor de 16 anos pode se casar em caso de gravidez ou para evitar processo criminal caso o homem seja maior de 18 anos.
46. Como se extingue a personalidade da pessoa natural? 
R: A personalidade natural se extingue com a morte.
47. O que é a morte real? O que caracteriza, segundo a doutrina, a morte real?
R: A morte real é a cessação da atividade encefálica, ausência de todas as funções neurológicas. 
48. É possível que a vontade da pessoa, apesar da morte (e consequentemente, da personalidade), possa subsistir, produzindo efeitos? Explique. 
R: Sim, sua vontade sobrevive através do testamento.
49. O que é a morte presumida? Quais as espécies de morte presumida que o CC prevê? 
R: A morte presumida pode ser com ou sem declaração de ausência (artigo 7° do C.C.). O código prevê:
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida
II – Se alguém desparecido em campanha (guerra) ou feito prisioneiro e não foi encontrado até 2 anos após a guerra.
Paragrafo único: A declaração de morte presumida, nesses caso somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações devendo a sentença fixar data provável do falecimento.
50. Qual é a ação judicial que é movida para declarar a morte no caso do art. 7º, CC? 
R: A sentença declaratória de morte presumida deverá ser registrada em registro público (artigo 9º C.C.)
51. O que é comoriência? Qual a consequência jurídica decorrente do reconhecimento da comoriência? 
R: A comoriência se dá quando dois ou mais indivíduos falecem na mesma ocasião, não podendo se avaliar se algum dos comorientes prevaleceu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos. A consequência é que nesta situação não sucessão entre os falecidos
52. José e Maria são casados e tem 2 filhos. José faz seguro de vida em favor de Maria. O casal, indo para a praia para comemorar o aniversário de casamento, sofre acidente na estrada e ambos tem morte instantânea. Como se resolve o pagamento do seguro neste caso? 
R: Como o seguro era em favor de Maria e esta morre juntamente com o marido os filhos herdam o seguro.
53. O que é a morte civil? Este instituto é admitido no direito brasileiro? Por quê? 
R:É quando é a extinção da personalidade, a morte civil era decretada a condenados a prisão perpétua e religiosos professos, ou seja o indivíduo mesmo vivo, perdia todos os direitos civis e políticos, mas morte civil não e admitida no direito civil brasileiro exceto quando priva o direito de herança ao herdeiro que cometeu atos criminosos ou reprováveis, taxativamente numerados em lei, contra a vida, a honra e a liberdade do cujus.
54. Quais são as hipóteses, em matéria sucessória, contempladas no CC, em que o herdeiro é tratado “como se morto fosse”? Explique-as. 
R: Isto ocorre para afastar o herdeiro da herança quando este for autor, coautor ou partícipe de homicídio doloso contra a pessoa de cuja a sucessão tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente, na legislação militar pode ocorrer a hipótese de a família do indigno do oficialato, que perde o seu posto e respectiva patente, perceber pensões, como se ele houvesse falecido(Dec.-Lei n. 3.038, de 10-2-1941). (Gonçalves, C.R. p.132).
55. O que é a ausência? Quais os requisitos para se declarar a ausência de alguém? 
R: Ausência é quando uma pessoas desaparece sem deixar notícias, sem representante ou procurador que administre seus bens. Diante do desaparecimento o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou o próprio Ministério Público (M. P.), declarara a ausência e nomeará um curador. Os requisitos para a declaração de ausência são: desaparecimento, inexistência de procurador requerimento de interessado ou M. P..
56. João sai para trabalhar e nunca mais volta para casa. A família contcata a polícia, contrata investigador particular, busca por todas as formas encontrar João, mas não logra êxito. Qual a medida judicial adequada: presunção de morte com ou sem declaração de ausência? Por quê? 
R: A medida judicial mais adequada é a declaração de ausência, pois o desaparecido pode voltar.
57. Entre o desaparecimento de uma pessoa de seu domicílio, sem deixar procurador, até a partilha de seus bens entre os herdeiros necessários, várias etapas são cumpridas. Explique cada uma delas, indicando (1) os efeitos que cada uma proporciona sobre o patrimônio do ausente e (2) as principais medidas judiciais que são tomadas em cada fase.
 
58. Em que fase do processo da ausência o cônjuge é declarado viúvo? E se, na condição de viúvo(a) contrair matrimônio, haja retorno do ausente, como ficaria a relação jurídica do segundo casamento? E do primeiro? 
R: O cônjuge é declarado viúvo(a) na 3° fase da ausência definitiva e se caso este se casou novamente e o ausente retornar o primeiro casamento (com o ausente) é dissolvido por divórcio na data da declaração de morte presumida.
59. José tem sua ausência declarada judicialmente e, após cumprimento de todas as condições que a lei impõe, realiza-se a sucessão definitiva de seus bens. Dois anos depois, José reaparece e descobre que seu filho e único herdeiro, Noel, se sustenta com a locação dos bens de José. Deve Noel devolver os bens? E os ganhos obtidos com a locação? Se Noel tiver vendido um veículo oriundo dos bens deixados por José, terá de repor este veículo?
R: Se o ausente retornar após dez anos e a sucessão definitiva foi realizada não terá direito a nada. (Dinis, p. 260)
60. Na hipótese de pessoa desaparecer em acidente aéreo, no qual a aeronave cai em alto mar, se ela deixar bens, qual a forma indicada para declarar sua morte presumida: com ou seu declaração de ausência? Por que?
R: Quando for extremamente provável a morte pode-se declarar a morte presumida , sem a declaração de ausência. (Venosa, p. 164)