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COLOCACaO PRONOMINALad ARTIGO

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TEXTO.JUS NURT 
 
EMPREGO DE PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS 
COM INFINITIVO IMPESSOAL 
Quando ver-
bos no infi-
nitivo im-
pessoal são 
precedidos 
de fator de 
próclise, po-
de-se em-
pregar pró-
clise ou ên-
clise. 
Q 
uem nunca teve dú-
vidas acerca da cor-
reta colocação dos 
pronomes oblíquos átonos – o, 
a, os, as, lhe, lhes, me, te, 
se, nos, vos – no momento de 
redigir um texto? Certamente, 
essa questão aflige redatores, 
os quais, diante das inúmeras 
normas que regem a coloca-
ção pronominal em Língua 
Portuguesa, ficam frequente-
mente em dúvida sobre a ade-
quada posição que esses pro-
nomes podem ocupar em rela-
ção ao verbo, como se depre-
ende dos exemplos a seguir: 
TEXTO.JUS 
Núcleo de Revisão Textual Edição 6, outubro/2010 
 
Quanto ao efeito suspensivo do 
recurso, o juiz o concedeu ao 
impetrante em caráter excepcio-
nal. (pronome anteposto ao ver-
bo: próclise) 
 
Como se pode observar, os 
pronomes oblíquos átonos 
não possuem tonicidade pró-
pria e, por isso, aparecem co-
mo sílabas átonas do verbo 
que complementam, forman-
do, com ele, um todo fonéti-
co. Desempenham função de 
objeto direto (o, a, os, as) ou 
de objeto indireto (lhe, lhes). 
Quanto ao efeito suspensivo 
do recurso, o juiz concedê-lo-á 
ao impetrante em caráter ex-
cepcional. (pronome intercala-
do ao verbo: mesóclise) 
 
Quanto ao efeito suspensivo 
do recurso, o juiz concedeu-o 
ao impetrante em caráter ex-
cepcional. (pronome posposto 
ao verbo: ênclise) 
TEXTO.JUS NURT 
 
 
Vale mencionar que fatores 
fonéticos e sintáticos são de-
terminantes na escolha de 
uma ou de outra posição 
desses pronomes. Há, ainda, 
outros elementos decisivos 
que concorrem para o deslo-
camento deles, tais como: a 
distância entre verbo e pro-
nome, a pausa entre esses 
termos, a agradabilidade do 
som, a ênfase que se queira 
atribuir a certo elemento da 
frase, até mesmo o ritmo que 
se queira imprimir à oração. 
 
É necessário esclarecer, ain-
da, que a colocação dos pro-
nomes átonos, no português 
do Brasil, difere, muitas vezes, 
da colocação no português 
europeu. No português brasi-
leiro, esses pronomes posicio-
nam-se, o mais das vezes, em 
próclise ao verbo; já na varian-
te europeia se verifica prefe-
rência pela ênclise. 
TEXTO.JUS 
Núcleo de Revisão Textual Edição 6, outubro/2010 
Inegavelmente, um dos casos 
de colocação pronominal que 
mais suscitam dúvidas é o em-
prego dos pronomes oblíquos 
átonos junto a verbos no infiniti-
vo impessoal, forma verbal que 
exprime significação de modo 
genérico, vago e indefinido. 
 
Assim, qual é a forma correta: 
“O advogado estudava um 
meio de não o prejudicar.” 
ou 
“O advogado estudava um 
meio de não prejudicá-lo.”? 
 
“O recurso não versa exclusi-
vamente sobre matéria de di-
reito. Em razão disso, este Tri-
bunal não é competente para 
o apreciar.” 
ou 
“O recurso não versa exclusi-
vamente sobre matéria de di-
reito. Em razão disso, este Tri-
bunal não é competente para 
apreciá-lo.”? 
TEXTO.JUS NURT 
 
 
TEXTO.JUS 
Núcleo de Revisão Textual Edição 6, outubro/2010 
O indiciado, para não se com-
prometer, permaneceu em si-
lêncio durante o depoimento. 
(ou para não comprometer-
se ...) 
 
Nesses exemplos, as duas for-
mas – proclítica e enclítica – 
são corretas e estão de acor-
do com o padrão formal da 
Língua Portuguesa. 
 
Desse modo, ainda que ver-
bos no infinitivo impessoal 
apareçam precedidos de fa-
tor de próclise, como pala-
vras de sentido de negação, 
advérbios e conjunções su-
bordinativas, pode-se utilizar, 
indiferentemente, próclise ou 
ênclise, conforme afirmam 
Celso Cunha, Lindley Cintra 
e Adalberto Kaspary. 
 
Portanto, são corretos os se-
guintes empregos do pronome 
oblíquo átono: 
Nota: Nos casos em que o in-
finitivo é precedido da preposi-
ção a, normalmente se utiliza 
a ênclise para evitar o encon-
tro de duas vogais, os deno-
minados hiatos (a-o, a-os, a-a, 
a-as). Exemplos: 
 
Constantes preocupações, es-
tavam eles acostumados a en-
frentá-las. 
 
Diante das provas inequívocas 
apresentadas contra o réu, os 
jurados estavam inclinados a 
condená-lo. 
 
Aquele magistrado, todos 
passaram a escutá-lo com 
enorme interesse. 
 
O juiz examinou minuciosa-
mente os documentos do im-
petrante para lhe conceder 
habeas corpus. (ou para con-
ceder-lhe habeas corpus.)

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