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Princípios da Administração Pública

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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE: É considerado pela doutrina como um princípio genérico, pois, os outros princípios derivam deste, portanto, o princípio norteador mais importante a ser observado pela Administração Pública. Por este princípio podemos afirmar que o Estado só faz aquilo que a lei determinar, ou seja, um ato legal, legítimo é aquele praticado de acordo com os ditames legais. A CF traz em seu art. 5°, II que: “ O cidadão pode fazer tudo o que a lei não proibir”. Mas, o agir da Administração Pública necessita estar previsto em lei, esta deve agir quando, como e da forma que a lei determinar.
PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO: Segundo este princípio, o interesse público deve prevalecer sobre o interesse individual, isto ocorre devido ao fato do Estado defender o interesse da coletividade quando pratica os atos administrativos e não apenas o interesse de um único administrado. A supremacia do interesse público não prejudica a possibilidade de pagamento das indenizações devidas em virtude de lei ao particular. Tal princípio coloca o particular em pé de desigualdade com o Poder Público, isto se deve ao fato do ato administrativo ter sempre como finalidade atender o interesse da coletividade.
PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE: O agir da Administração Pública não se confunde com a pessoa física de seu agente, até porque este age com base na lei, tendo está a característica de ser genérica (Erga ommens- contra todos). Significa que o agir da Administração Pública não pode prejudicar ou beneficiar o cidadão individualmente considerado, impõe ao Administrador Público que só pratique o ato para o seu fim legal, e o fim legal é unicamente aquele que atinge o bem da coletividade. A CF no § 1º do art. 37, proíbe que conste nome, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos em publicidades de atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos. A lei nº 9.784/99, o princípio não aparece expressamente mencionado, porém, está implicitamente contido no art. 2º, parágrafo único, inciso III, nos dois sentidos assinalados, pois se exige “ Objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades”. É oportuno lembrar, ainda, que a lei nº 9.784/99, nos artigos 18 a 21, contém normas sobre impedimento e suspeição, que se inserem também como aplicação do princípio da impessoalidade e do princípio da moralidade.
PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE OU DE VERACIDADE: Esse princípio, que alguns chamam de princípio da presunção da legalidade, abrange dois aspectos: de um lado, a presunção de verdade, que diz respeito à certeza dos fatos, de outro lado, a presunção da legalidade, pois, se a Administração Pública se submete à lei, presume-se até prova em contrário, que todos os seus atos sejam verdadeiros e praticados com observância das normas legais pertinentes. Trata-se de presunção relativa (juris tantum) que, como tal, admite prova em contrário. O efeito de tal presunção é o de inverter o ônus da prova. Como consequência dessa presunção, as decisões administrativas são de execução imediata e tem a possibilidade de criar obrigações para o particular, independentemente de sua concordância e, em determinadas hipóteses, podem ser executadas pela própria Administração, mediante meios diretos ou indiretos de coação. É o que os franceses chamam de decisões executórias da Administração Pública.
PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE: Concernente à ideia de descentralização Administrativas- As Autarquias (INSS, IBAMA) - Como forma de descentralização a prestação de serviços públicos, com vistas à especialização de função, a lei que cria a entidade estabelece com precisão as finalidades que lhe incumbe atender, de tal modo que não cabe aos seus administradores afastar-se dos objetivos definidos na lei, isto precisamente pelo fato de não terem a livre disponibilidade dos interesses públicos.
PRINCÍPIO DO CONTROLE/TUTELA: Para assegurar que as entidades da Administração Indireta observem o princípio da especialidade, elaborou-se outro princípio: o do controle ou tutela, em consonância com o qual a Administração Pública direta fiscaliza as atividades dos referidos entes, com o objetivo de garantir a observância de suas finalidades institucionais.
PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA: Se exerce sobre os próprios atos, com a possibilidade de anular os ilegais e revogar os inconvenientes ou inoportunos, independentemente de recurso ao Poder Judiciário. É uma decorrência do princípio da legalidade, se a Administração Pública está sujeita a lei, cabe-lhe, evidentemente, o controle da legalidade. Súmulas do STF: nº346: “ A administração pode anular os seus próprios atos”, nº473: “ A administração pode anular os seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos, ou revoga-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. Também se fala em autotutela para designar o poder que tem a Administração Pública de zelar pelos seus bens que integram o seu patrimônio, sem necessitar de título fornecido pelo Poder Judiciário. Ela pode por meio de medidas de polícia administrativa, impedir quaisquer atos que ponham em risco a conservação desses bens. 
PRINCÍPIO DA HIERARQUIA: Em consonância com o princípio da hierarquia, os órgãos da Administração Pública são estruturados de tal forma que se cria uma relação de coordenação e subordinação entre uns e outros, cada qual com atribuições definidas na lei. Só existe relativamente as funções administrativas, não em relação as legislativas e judiciais, decorre uma série de prerrogativas para a Administração: a de rever os atos subordinados, a de delegar e avocar atribuições, a de punir, para o Subordinado surge o dever de obediência.
Princípio da continuidade do serviço público: Por esse princípio entende-se que o serviço público, sendo a forma pela qual o Estado desempenha funções essenciais ou necessárias a coletividade, não pode parar, dele decorrem consequências importantes: * A Proibição da greve nos serviços públicos: essa vedação, que antes se entendia absoluta, esta relativa, pois a atual CF, no art. 37, inciso VII, determina que o direito de greve será exercido “nos termos e nos limites definidos em lei especifica”, o STF, na ausência de “lei específica”, decidiu pela aplicação da lei nº7.783/89. 
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE: Diz respeito a imposição legal da divulgação no órgão oficial (Diário oficial da União, Diário de MT, Diário oficial do município) do ato administrativo, como regra geral, no intuito do conhecimento do conteúdo deste pelo Administrado e início de seus efeitos externos. A publicidade do ato administrativo o torna exequível, ou seja, passível de ser exigido pela Administração Pública, a sua observância. “Todos devem ter conhecimento dos atos”, mas nem todos os atos administrativos necessitam de divulgação oficial para serem validos. Exceções conforme no art.5º, inciso LX, como nos casos de: Assuntos de segurança nacional, Investigações policiais, Interesse superior da Administração Pública.
PRINCÍPIO DA MORALIDADE: A Administração Pública impõe ao Agente Público que pratica ato Administrativo um comportamento ético, jurídico, adequado. Não basta a simples previsão legal que autorize o agir da administração pública, é necessário que além de legal, o ato administrativo também seja aceitável do ponto de vista ético-moral, segundo o que está expresso no art.37, inciso § 4º da CF. O conceito jurídico de moralidade é de difícil elaboração, pois, considera elementos subjetivos para sua formação. Elementos estes que podem se modificar de acordo com a sociedade, a base territorial e a época em que formulado. Razão pela qual a lei pertinente ao assunto, lei da improbidade Administrativa, nº 8.429/92 não fez menção ao conceito de moralidade, mas, sim a sanção a serem aplicadas aos que praticam atos considerados comosendo de improbidade administrativo, ou seja, atos imorais do ponto de vista administrativo. Imoralidade Administrativa: Ideia de desvio de poder, poder judiciário.
PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE: Segundo Hely Lopes Meirelles, o princípio da razoabilidade visa proibir o excesso, no sentido de aferir a compatibilidade entre meios e fins de modo a evitar restrições desnecessárias ou abusivas por parte da Administração Pública, com lesão aos direitos fundamentais. Ou seja: veda a imposição pelo Poder Público, de obrigações e sanções em grau superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público. Assim, se o administrador adotar medida manifestamente inadequada para alcançar a finalidade da norma, estará agindo em detrimento do da razoabilidade. Embora a lei nº 9.784/99 refira-se separadamente ao princípio da razoabilidade e ao da proporcionalidade, a ideia deste envolve a daquele e vice-versa. Isso porque, como adverte Maria Sylvia Zanella Di Pietro, o princípio da razoabilidade exige proporcionalidade entre meios utilizados pela Administração e os fins que ela deva alcançar.
PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO: Exige-se do administrador público a indicação dos fundamentos de fato e de direito que motivaram suas ações. A administração pública está obrigada a agir na conformidade da lei, todos os seus atos devem trazer consigo a demonstração de sua base legal bem como das razões de fato que ensejaram a conduta administrativa. Trata-se, portanto, de formalidade essencial para permitir o controle da legalidade dos atos administrativos. Nesse sentido, é forma de salvaguardar os administrados do capricho dos governantes. O que existe na Administração pública atualmente, é uma orientação, um norte, repassado aos administradores públicos na qual os atos administrativos ao serem emitidos, independente da sua natureza, ou seja, vinculados ou discricionários, devam ser fundamentados, motivados, a fim de se garantir futuros direitos dos administrados e facilitar a prestação de contas inerentes ao administrador público.
PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA: O princípio não estava previsto no texto constitucional original da CF através da emenda constitucional nº 19/98. Que trata da reforma administrativa do Estado. Definindo-o como “ O que se impõe a todo agente público de realizar suas atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional. Dever de boa Administração. Dois aspectos: pode ser considerado em relação ao modo de atuação do agente público, do qual se espera o melhor desempenho possível de suas atribuições, para lograr os melhores resultados, e em relação ao modo de organizar, estruturar, disciplinar a administração pública, também com o mesmo objetivo de alcançar os melhores resultados na prestação do serviço público.

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