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Direito Processual Civil II tipos de PEdido

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O que é pedido? Indique os dispositivos legais e respectivos tipos de pedidos a eles relacionados, previstos na lei.
R – pedido é a pretensão que se postula ao órgão judiciário (objeto da petição inicial), fundamentada na causa de pedir. 
“O pedido é o núcleo da petição inicial; a providência que se pede ao Poder Judiciário; a pretensão material deduzida em juízo (e que, portanto, vira a pretensão processual);a consequência jurídica (eficácia) que se pretende ver realizada pela atividade jurisdicional. É, como dito, o efeito jurídico do fato jurídico posto como causa de pedir.” DIDIER 2015
O autor pede uma providencia jurisdicional para que o seu direito material violado seja restaurado.
Os pedidos podem ser dos tipos:
Pedido alternativo – artigo 325 - Há pedido alternativo, se o autor pede “x”  ou “y”, cabendo a escolha, conforme o caso, ao juiz ou ao réu. Ex.: Paulo vende para Carlos um cavalo. Logo após a aquisição do semovente, Carlos percebe que o cavalo não tem os dentes de trás. Ingressa com uma ação formulando pedido alternativo para o réu. Ou Paulo devolve o dinheiro, e Carlos devolve o cavalo ou se faz um abatimento no preço, pois se comprou o cavalo foi comprado como tendo todos os dentes.
 
Pedido subsidiário – artigo 326 – quando o autor formula um pedido, principal, e outro, para o caso de rejeição do primeiro.  (art. 326). Ex.: Pede, por exemplo, a decretação da nulidade ou, se rejeitado esse pedido, a rescisão do contrato. Aquele que aliena imóvel mediante contrato de parcelamento, em eventual inadimplemento o autor da ação pode requerer ao magistrado a devolução do bem ou ainda pleitear o pagamento das mensalidades faltantes ao total adimplemento da dívida contraída.
Pedido cumulado – artigo 327 - O Código admite cumulação de pedidos, mesmo que não exista conexão entre eles, desde que sejam compatíveis entre si; seja o juiz competente para conhecer de todos e desde que seja adequado o procedimento (art. 327). Diz-se cumulação objetiva a cumulação de pedidos, em oposição à cumulação subjetiva, que ocorre quando há mais de um autor ou mais de um réu. Ex: ação de cobrança de aluguel cumulada com despejo, ação de dano emergente cumulada com lucros cessantes, ação de dano material cumulada com dano moral. 
Explique o que quer dizer pedido imediato e o que quer dizer pedido mediato? O que é pedido declaratório? O que é pedido condenatório? O que é pedido constitutivo? O que é pedido mandamental? O que é pedido executivo?
R – pedido imediato é aquele que indica a espécie de sentença almejada (requerida ao órgão jurisdicional), quais sejam: declaratória, constitutiva, condenatória, mandamental e executiva.
Pedido mediato é o bem da vida buscado. Ex. a declaração de uma certeza, a criação de uma situação, a modificação ou anulação de um contrato, o pagamento de certa quantia, a abstenção ou adoção de certo comportamento, a entrega da coisa, é a efetiva restauração do direito material.
Ex.: Numa ação de cobrança, a condenação ao pagamento constitui o pedido imediato (relacionado ao direito processual) , ao passo que o recebimento do crédito constitui o pedido mediato ( relaciona-se com o direito material).
“É possível distinguir, no pedido, um objeto imediato e um objeto mediato. Pedido imediato é a providência jurisdicional que se pretende: a condenação, a expedição de ordem, a constituição de nova situação jurídica, a tomada de providências executivas, a declaração etc. O pedido mediato é o bem da vida, o resultado prático que o demandante espera conseguir com a tomada daquela providência. Essa distinção tem algum relevo.” (DIDIER 2015)
As espécies de sentença almejadas podem veicular um ou alguns dos seguintes pedidos:
Pedido declaratório é o que objetiva uma declaração da existência ou inexistência de uma relação jurídica ou seus efeitos; Ex.: declaração da condição de pai de um menor.
Pedido constitutivo é o que postula a criação, extinção ou modificação de uma situação jurídica; Ex.: extinção de uma cláusula contratual.
Pedido condenatório é aquele que visa a condenação do réu em uma determinada quantia; Ex.: a condenação ao pagamento de certa quantia.
Pedido mandamental é o que visa que o juiz ordene que o réu faça ou deixe de fazer algum ato; Ex.: a abstração da realização de um determinado ato.
Pedido executivo é o que faz surgir a atuação direta sobre o patrimônio do réu. Ex.: o pagamento de certa quantia
Entre as características dos pedidos, temos: pedido certo, determinado e concludente. O que é pedido certo? Há exceções a esse tipo de pedido ? quais? Explique o que é pedido determinado? em que situações é possível formular pedido genérico ou indeterminado ? 
R - Pedido certo é aquele feito de forma expressa, com precisão, de conteúdo explícito. A norma, como padrão de comportamento, desacolhe pedido feito de forma implícita, tácita, velada, etc. Há exceção no tocante aos pedidos referentes aos juros legais, correção monetária e as verbas de sucumbência, aí incluído os honorários advocatícios. Esses são considerados implicitamente pedidos pela parte autora (§ único do art. 322).
Pedido determinado é o pedido precisamente dimensionado (quantificado e qualificado). 
O pedido genérico pode ser formulado nas (i) ações universais; (ii) quando não for possível determinar desde logo, as consequências do ato ou fato; (iii) quando a determinação depender de ato que deva ser praticado pelo réu (§1º, II, II e III do art. 324);
“O pedido há de ser certo (art. 322, CPC), determinado (art. 324, CPC), claro (art. 330, §1o, 11, CPC) e coerente (art. 3 30, §1o, IV, CPC). Pedido certo é pedido expresso.' Como será examinado adiante, não se admite, como regra, o pedido implícito’. "Não se admite, a teor da melhor técnica, pedido obscuro, dúbio e vago, substituído, parcial ou integralmente, através de expressões elípticas, por exemplo, condenar o réu 'no que couber' ou, ainda, 'no que reputar justo', e outras, infelizmente com uns "Tanto o pedido mediato quanto o pedido imediato devem ser certos. Pedido determinado é aquele delimitado em relação à qualidade e à quantidade. Pedido determinado se contrapõe ao pedido genérico, logo abaixo examinado. O pedido tem também de ser claro, inteligível. Pedido que tenha sido formulado de maneira pouco clara implica inépcia da petição inicial, consoante já examinado. O pedido há, enfim, de ser coerente, ou seja, deve ser consequência jurídica prevista para a causa de pedir aduzida. Pedido que não decorre da causa de pedir implica inépcia da petição inicial, também como já examinado”. (DIDIER 2015)
Quando pela natureza da obrigação o devedor puder cumprir a obrigação por mais de um modo, como deve ser o pedido formulado? pedido alternativo e cumulação alternativa de pedidos são a mesma coisa ? em caso negativo explique a diferença.
R – o pedido formulado deve ser alternativo, conforme estabelece o artigo 325, par. Único, ou seja, o autor tem a faculdade de optar por um ou outro pedido. 
Ex.: Alguém, por exemplo, se obriga perante outrem a entregar um quadro ou seu equivalente em dinheiro.
O pedido alternativo, é aquele que pela natureza da obrigação, o devedor pode cumpri-la de mais de um modo. 
Cumulação alternativa de pedido (ou cumulação eventual) ocorre quando o autor formula pedido subsidiário, cuja apreciação só se dará na impossibilidade de acolhimento do pedido principal (art. 326, caput). Não há necessidade de compatibilidade, pois o pedido subsidiário só é apreciado se o pedido principal não for acolhido. Ex.: Eu peço ao juiz “a” ou “b” e o juiz é que estabelecerá o melhor, não há uma ordem de preferência, cabe ao juiz determinar qual será a indenização.
Há cumulação em sentido estrito quando o autor formula contra o réu mais de um pedido visando ao acolhimento conjunto de todos eles. A cumulação em sentido estrito comporta duas modalidades:
a) Cumulação simples (os pedidos poderiam ser formulados em ações autônomas)– em que o acolhimento de um pedido não dependedo acolhimento ou da rejeição de outro. Ex.: cobrança simultânea de duas dívidas oriundas de fatos ou atos diversas;
b) Cumulação sucessiva - o juiz só pode analisar o pedido sucessivo se acolher o primeiro. Ex.: investigação de paternidade e petição de herança. 
Na cumulação alternativa, em caso de procedência, é a vontade da parte que determina qual dos possíveis resultados práticos se atingirá; na cumulação eventual, essa vontade é irrelevante, cabendo a determinação do resultado ao órgão judicial, que pode acolher o pedido principal, ficando prejudicado o subsidiário; ou, em rejeitando aquele, acolher o subsidiário, segundo sua convicção. 
Pedido alternativo é diferente de cumulação alternativa. Na cumulação alternativa existe uma ordem de preferencia, o autor quer a procedência do pedido principal, em caso de impossibilidade, ele indica quais as alternativas que podem satisfazer seu direito. Noutro norte o pedido será alternativo ocorre quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder cumprir a prestação de mais de um modo. Ex.: João, pintor de paredes, contrata, de forma expressa, a pintura da casa de Maria. Nesse contrato foi fixada uma cláusula de inadimplência da obrigação nestes moldes. Assim, para o caso de inadimplência, os contratantes entabularam que o contratado (devedor da obrigação de pintar a casa) poderia cumprir a obrigação de duas formas: 1) devolver todo o dinheiro adiantado, inclusive concernente ao material de pintura; 2) contratar novo pintor e pagá-lo para pintar a casa. Quaisquer dessas formas (opção 1 ou 2) satisfará o credor.
Quais os critérios legais, para que haja cumulação de pedidos? qual é o procedimento a ser utilizado em caso de cumulação de pedidos, caso hajam procedimentos comum e especial?
R – Os critérios da cumulação são aqueles previstos no §1º do artigo 327, I, II e III, quais sejam:
É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão.
§ 1º São requisitos de admissibilidade da cumulação que:
I - os pedidos sejam compatíveis entre si;
II - seja competente para conhecer deles o mesmo juízo;
III - seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.
No caso de haver previsão de mais de um procedimento (comum e especial), prevalece a previsão do §2º do CPC, ou seja, deve ser empregado o procedimento comum.
 
§ 2o Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, será admitida a cumulação se o autor empregar o procedimento comum, sem prejuízo do emprego das técnicas processuais diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitam um ou mais pedidos cumulados, que não forem incompatíveis com as disposições sobre o procedimento comum.
“A cumulação de pedidos deve preencher alguns requisitos, sob pena de não ser admitida. Como já salientado, a cumulação indevida de pedidos não pode implicar indeferimento da petição inicial sem que se dê ao demandante oportunidade de corrigir o vício. Vejamos os requisitos que o legislador impôs para admitir a cum u lação de pedidos, encontráveis no art. 328 do CPC. 
6.3.4. 7. Compatibilidade dos pedidos. Também é requisito para a cumulação de pedidos que eles sejam compatíveis entre si (art. 327, §1°, I, CPC). Trata-se de pressuposto lógico da cumulação, que, se não preenchido, implica inépcia da petição inicial por força do art. 330, §1°, IV, CPC. Se for possível a formulação de pedidos incompatíveis, deve o demandante valer-se da técnica da cumulação imprópria (eventual ou alternativa), que, como visto, dispensa a compatibilidade dos pedidos, exatamente porque se espera o acolhimento de apenas um deles (327, § 3o, CPC. A incompatibilidade dos pedidos decorre do direito material, razão pela qual alguns autores usam a expressão "incompatibilidade substancial". Exemplos de cum u lação de pedidos incompatíveis: i) revisão e nulidade do contrato; ii) resolução e abatimento do preço (ação redibitória e quanti minoris); iii) complementação da área e resolução do contrato; iv) nulidade e resolução do contrato por inadimplemento.” 
6.3.4.2. Competência Somente é possível a cumulação se o juízo tiver competência absoluta para conhecer de todos os pedidos formulados (art. 327, §1°, 1 1, CPC). "Caso tenha competência para um e não tenha para o outro, não poderá haver cumulação". É o que pode ocorrer quando se formulam pedidos, em cumulação simples, contra litisconsortes facultativos, sendo que um deles goza de juízo privativo, como a União e demais entes públicos.
Não deve o magistrado indeferir totalmente a petição inicial, se ocorrer cumulação de pedido que fuja da sua competência; deve admiti r o processamento do pedido que lhe é pertinente, rejeitando o prosseguimento daquele estranho à sua parcela de jurisdição. Esse é o sentido do correto enunciado 170 da súmula da jurisprudência predominante do Superior Tribunal de justiça: "Compete ao juízo onde primeiro for intentada a ação envolvendo acumulação de pedidos, trabalhista e estatutário, decidi-la nos limites de sua jurisdição, sem prejuízo do ajuizamento de nova causa, com o pedido remanescente, no juízo próprio". Vão nessa linha os §§1o e 2° do art. 45 do CPC, que regulam a cumulação de pedidos perante o juízo federal, que é incompetente para um deles: "§ 1° Os autos não serão remetidos se houver pedido cuja apreciação seja de competência do juízo perante o qual foi proposta a ação. § 2° Na hipótese do § 1 °, o juiz, ao não admitir a cumulação de pedidos em razão da incompetência para apreciar qualquer deles, não examinará o mérito daquele em que exista interesse da União, de suas entidades autárquicas ou de suas empresas públicas". Se a cumulação envolver pedido para cujo processamento o juízo não tenha competência relativa, o desmembramento da petição inicial dependerá da alegação de incompetência pelo réu .No entanto, se entre os pedidos houver conexão, é possível a cumulação, mesmo que o juízo seja relativamente incompetente para processar e julgar um deles, em razão do efeito modificativo da competência que decorre da conexão (arts. 55, §1°, do CPC). Não poderá o réu opor-se a tal cumulação. É por isso que se admite a cumulação, no mesmo processo, de pedido de resolução do compromisso de compra e venda de imóvel (competência relativa) com o pleito reivindicatório do mesmo bem (competência absoluta).(DIDIER 2015)
É possível haver aditamento ou alteração do pedido? até que momento e em que situações?
R – sim, nos termos e prazos do art. 329
I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de consentimento do réu;
II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no prazo mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de prova suplementar.
Parágrafo único.  Aplica-se o disposto neste artigo à reconvenção e à respectiva causa de pedir.
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